Novo governo receberá pressão interna pelo fim das restrições a países como o Brasil.
A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira (25/01) que o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltará a proibir através de uma ordem executiva a entrada da maioria de viajantes não americanos e não residentes nos EUA que chegam do Brasil, Reino, Irlanda e 26 países europeus do Espaço Schengen. Desde maio de 2020, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) vetou a entrada de viajantes internacionais (com raras exceções) provenientes destes países, que que concentram grandes focos da pandemia da covid-19.
O fim das restrições de viagens foi
anunciado de forma surpreendente pelo ex-presidente Donald Trump, a dois do
final de seu mandato, e começariam a valer a partir de 26 de janeiro de 2021.
No entanto, no próprio dia em que a medida foi aprovada a equipe de Joe Biden
declarou a imprensa que não aprovava esta decisão
Desta maneira, brasileiros que desejam
viajar para os Estados Unidos, mas não se enquadram nas exceções estipuladas
pela lei americana, continuam precisando fazer “quarentena” de pelo menos 14
dias em outro país livre das mesmas restrições para só então solicitarem a
entrada em território americano. Além disso, como também divulgado em medida
recente, é necessário agora apresentar resultado negativo de teste de covid-19
feito 3 dias antes da viagem para poder embarcar para os EUA.
Embora a decisão do governo Biden
esteja embasada pelas autoridades de saúde dos EUA, o novo presidente deve
encontrar grande resistência por parte de setores vitais da sociedade americana
pela reabertura das fronteiras, que desde o ano passado sofrem com a ausência
de cidadãos dos países vetados, em especial os da China e do Brasil, que tradicionalmente
estão entre as nações que mais enviam turistas, estudantes e trabalhadores
temporários (não imigrantes) aos Estados Unidos.
“A pressão em cima de Biden deve vir,
principalmente da indústria do turismo, que representa cerca de 2.8% do PIB americano,
e está entre as mais importantes e lucrativas do país. Aproximadamente 77
milhões de pessoas visitam os EUA anualmente. Entretanto, com a chegada da
pandemia da Covid-19 em 2020, todos os indicadores de turismo caíram
vertiginosamente, gerando grave prejuízo e demissões em praticamente toda a
indústria do turismo no país” – declarou Rodrigo Costa, CEO da
AG Immigration, empresa especializada em vistos e green card para os Estados
Unidos.
Para se ter uma ideia, em 2019 o
turismo gerou 712 bilhões de dólares, enquanto em 2020, devido a pandemia, este
número diminuiu para 396,37 bilhões. Uma queda de 42.1%. Sobre este tópico,
Rodrigo Costa, que também é especialista em investimentos e mercado de
trabalho, comentou:
“O governo Biden sabe que precisa
recuperar o lucro gerado pelo turismo, assim como os empregos perdidos durante
o ano passado, e para isso terá não somente que implementar e reforçar medidas
sanitárias, como as que já estão em prática nos parques da Flórida, mas também
conseguir, eventualmente, repensar a decisão de manter as fronteiras
fechadas para países que tradicionalmente gastam muito dinheiro com
turismo nos EUA, como o Brasil e a China.. Com certeza a indústria americana do
turismo só irá se recuperar plenamente com a reabertura da fronteira com estes
países”.
Além disso, as universidades de ensino
superior e cursos de inglês também devem pressionar o governo pela reabertura
das fronteiras com os países vetados. Aproximadamente 12% dos estudantes
estrangeiros na América são chineses, e o Brasil é responsável por 5% de todos
os estudantes internacionais que chegam ao país.
Além da perda de receita imediata, as
principais instituições de ensino dos Estados Unidos temem que novos estudantes
dos países vetados encontrem alternativas de estudos em outros mercados, como
Nova Zelândia e Canadá, que não possuem as mesmas restrições americanas, tanto
para a entrada no país quanto para a obtenção de um visto de estudo, lembrando
que a Embaixada e Consulados americanos no Brasil continuam fechados para
emissão de tais vistos.
A reabertura das fronteiras para quem
deseja estudar nos EUA deve ser, portanto, preocupação do novo presidente, já
que muitos que vão aos EUA estudar acabam posteriormente ficando no país e,
consequentemente, fazendo parte importante do mercado de trabalho americano. “Em um mundo onde cada vez mais se
valoriza o capital intelectual, a retenção de estudantes internacionais também
deve ser considerada prioridade pelos novos mandatários do país”, destacou
Rodrigo Costa.
Por fim, com a pausa na emissão de
vistos das autoridades consulares americanas no Brasil desde o ano passado,
devido a pandemia, milhares de brasileiros não tiveram a oportunidade de
solicitar vistos de trabalho temporários, que servem para que um profissional
estrangeiro trabalhe nos EUA por um tempo determinado em uma empresa Americana.
Muitos destes vistos já haviam sido inclusive congelados durante o governo
Trump, antes da pandemia. Entre eles, os vistos H1-B, H-2B, H-4, e o L-1.
Calcula-se que mais de 240 mil
estrangeiros tenham deixado de ser contratados por empresas na América desde
que a medida foi aprovada. Tamanha restrição gerou revolta entre as grandes
companhias americanas, especialmente aquelas que trabalham com tecnologia de
ponta, segmento que sempre necessita de profissionais estrangeiros. Como os
pedidos de suspensão desta medida não foram ouvidos durante o governo Trump, a
expectativa é que a pressão agora recaia para que o novo presidente não apenas
reverta esta decisão, como também reabra as fronteiras para a entrada destes
profissionais estrangeiros qualificados nos EUA.
“Tradicionalmente, muitos brasileiros
obtêm vistos de trabalho temporário, e o fim do congelamento destes vistos
certamente seria extremamente bem recebido por diversos profissionais do
Brasil”, alertou Rodrigo Costa.
Rodrigo
Costa - CEO da AG Immigration e especialista em investimentos. Reside nos EUA
há 7 anos e atua no mercado americano há mais de 10 anos. Ele é administrador
de empresas com vasta experiência profissional em negócios, tecnologia e
marketing. Devido a sua expertise e profundo conhecimento do mercado americano,
se tornou CEO e responsável por gerenciar todas as operações da AG Immigration
na América Latina.
AG
Immigration
Fone: +1 (407) 728-6033 (11)4210-3678
e-mail: info@agimmigration.law
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