Encontro no Sindhotéis reuniu representantes da hotelaria e gastronomia, instituições, prefeitura e Câmara de Vereadores
Empresários
da hotelaria, gastronomia, entretenimento e lazer reuniram-se com representantes
da prefeitura e Câmara Municipal para debater alternativas para superar a crise
enfrentada pelo setor. O encontro foi mediado pelo presidente do Sindicato de
Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu, Neuso Rafagnin, na
segunda-feira, 25.
O evento
contou com participação do secretário municipal de Turismo, Paulo Angeli; do
assessor político especial de Relações com o Legislativo, coronel Jahnke; da
presidente da Comissão de Turismo da Câmara de Vereadores, Anice Gazzaoui; do
presidente do Conselho Municipal de Turismo, Yuri Benites; e do presidente do
Visit Iguassu, Felipe González.
A conversa
girou em torno das possibilidades de redução, parcelamento ou isenção de
tributos municipais para a indústria do turismo – principal atividade econômica
de Foz –, sobretudo aos setores mais impactados pela pandemia do novo
coronavírus. A proposta é seguir o exemplo de outros municípios que têm
flexibilidade na arrecadação, a fim de evitar falências no turismo, como
Cascavel.
Medidas – O objetivo é implantar os benefícios possíveis
ainda em 2021 e já propor e aprovar projetos de lei agora para mudanças que só
possam ser colocadas em vigor no próximo ano. “As entidades estão cientes dos
limites para mudar a legislação municipal, mas defendem que é possível atender
aos pedidos em curto e médio prazo”, afirmou Neuso Rafagnin.
Um exemplo
prático diz respeito à Taxa de Verificação de Funcionamento Regular (TVFR),
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e taxa de publicidade. Os valores,
antes compatíveis com a realidade local, hoje são praticamente impossíveis de
serem pagos diante da crise no turismo.
Outra
solicitação é estender o desconto do pagamento à vista também para os
parcelamentos. Em relação ao IPTU, por exemplo, pede-se a manutenção do
desconto de bonificação mesmo se, neste ano, o valor for pago parcelado. Acerca
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), solicitou-se a redução
da alíquota de 5% para 3%, como era até 2015.
Próximos passos – Diante dos
pedidos dos empresários, o secretário municipal de Turismo, Paulo Angeli,
assumiu o compromisso de levar – e defender – as propostas ao prefeito de Foz
do Iguaçu, Chico Brasileiro. “Buscaremos um parecer legal sobre todos os
pleitos. Alguns pontos devem dar mais trabalho para mudar, outros parecem
depender de decisão política”, disse.
A vereadora
Anice Gazzaoui destacou que o turismo é o carro-chefe para o desenvolvimento da
cidade, porém hoje o setor sente o peso dos tributos municipais, prejudicando a
manutenção de empregos e a sustentabilidade das empresas. “Vamos encontrar uma
saída juntos. Acredito que dá para ser feito”, resumiu.
Após o
debate, ficou acordada a criação de um grupo de trabalho, baseado no Comtur
(colegiado formado por 35 instituições da iniciativa privada e poder público) e
com participação de representantes da Secretaria Municipal da Fazenda, da Secretaria
Municipal de Transparência e Governança e da Procuradoria-Geral do
Município.
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