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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Como tratar e prevenir as otites em pets?

OTODEX®, da UCBVET, é um aliado dos tutores e possui fórmula exclusiva com três princípios ativos e agora vem com novo bico que auxilia na hora da aplicação


Balançar a cabeça com frequência, exalar um cheiro forte nas orelhas e coceiras frequentes podem ser sinais de que seu pet está com otite. Em países tropicais, como o Brasil, cerca de 20% dos atendimentos clínicos de cães e gatos, corresponde a casos de otite.

De acordo com a médica-veterinária Mariana de Castro Amâncio, os pets com pré-disposição a serem acometidos pela inflamação, geralmente são os animais com orelhas mais longas e com grande quantidade pelos, como exemplares das raças Basset Hound, Cocker Spaniel e Golden Retriever. “Os cachorros com orelhas pendulares, com bastante pelo são mais suscetíveis a um abafamento e, consequentemente, há um aumento de umidade no conduto auditivo e grande produção de cera. Com isso, o ambiente se torna propício para uma presença maior de ácaro, fungos e bactérias”, explica. 

Mariana aponta que não há uma época específica do ano com maior incidência da inflamação. “Alguns tutores acreditam que no inverno os pets podem ter mais problemas com otite. A exposição do animal ao vento pode causar otites, porém, o clima não é fator decisivo e isolado para ser causador do problema”, desmistifica.    

Para o tratamento efetivo das otites em pets, a UCBVET desenvolveu uma formulação exclusiva composta por três princípios ativos: enrofloxacina, clotrimidazol e betametasona. O OTODEX® é um medicamento anti-inflamatório, antibiótico e antifúngico que pode ser utilizado tanto em cães como em gatos. 

O OTODEX®  reúne em sua formulação a enrofloxacina que se destaca pela alta eficácia terapêutica nas Pseudomonas aeruginosa, considerada uma das principais bactérias causadoras das otites crônicas. Além disso, possui o clotrimidazol, que é um antifúngico altamente específico para Malassezia pachydermatis, encontrado em mais de 80% dos casos de otite externa. Outro componente é a betametasona, que é um anti-inflamatório local e auxilia na diminuição dos incômodos, como a coceira e a vermelhidão, o que facilita o tratamento e a cura do animal. 

“Além de ser altamente eficaz no combate das otites, o OTODEX® não mancha o pelo e seu novo formato vem com uma cânula otológica que alcança o conduto auditivo dos animais, evitando o desperdício e uma aplicação rápida”, salienta. 


Prevenção das otites

Segundo a médica-veterinária, é possível fazer uma prevenção e, assim diminuir a incidência das otites. Para isso, Mariana indica que o tutor faça semanalmente a limpeza e desinfecção do conduto auditivo e pavilhão auricular, com o auxílio de substâncias que removem o excesso de cerúmen acumulados no ouvido, como o Ceruclean®. 

“O Ceruclean® é um aliado para prevenir a otite, pois ele é ceruminolítico de pH fisiológico. Para os animais saudáveis, o tutor pode fazer um trabalho preventivo e aproveitar o momento do pós-banho semanal para a limpeza”, aconselha. 

“Ele serve tanto para prevenção e limpeza do excesso de cera como para desinfetar e preparar o epitélio do conduto auditivo do animal que já esteja com otite e vai receber um otológico terapêutico, o OTODEX®. O tutor pode usar o Ceruclean® e o OTODEX® de modo associativo e aliado, pois quanto mais próximo do pH do ouvido do animal, o tratamento contra a otite se torna mais eficaz”, finaliza.


quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Inscrições abertas para a 58ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama - IBCC



Corrida acontece em São Paulo, no dia 29 de setembro, no Campo de Marte e evento abre o calendário de ações do IBCC para o Outubro Rosa

Especialista no tratamento do câncer de mama e hospital com a maior demanda dessa especialidade na cidade de São Paulo, o IBCC - Instituto Brasileiro de Controle do Câncer - realiza no próximo dia 29 de setembro, a 58ª edição da Corrida e Caminhada contra o Câncer de Mama.

Organizado pela Life Marketing Esportivo com o apoio da Prefeitura de São Paulo, o evento ocorre a partir das 7h, no Campo de Marte, e terá os percursos de corrida de 5km e 10 km e caminhada de 3km para mulheres e homens. As inscrições podem ser feitas no www.corridaibcc.com.br
Em 2018, o evento reuniu mais de 8 mil pessoas entre participantes e acompanhantes, num dia especial para comemorar a vida. Os participantes procuram bater recordes pessoais, mas são as histórias de vida de cada um que fazem a diferença nesse dia.

A corrida é uma forma de engajamento na luta contra a doença mostrando a prevenção e detecção precoce como fator de superação. Quem participa da Corrida e Caminhada, mais do que lutar pelo pódio de chegada, luta pela conscientização sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce do tipo de câncer que mais mata as mulheres no país, através do autoexame e mamografia. A cada ano, quase 60 mil novos casos surgem no Brasil e podem ser curados em mais de 90% dos casos - se diagnosticada em fase inicial.

Além da conscientização, a prática de atividades esportivas contribui muito para uma vida saudável. “É comprovado que pessoas que mantém um estilo de vida saudável, aliando uma alimentação balanceada a prática regular de atividade esportiva, tem uma probabilidade menor de serem diagnosticados com câncer, além de outras doenças”, afirma o responsável técnico do IBCC, Dr. Walter Galvão.

Os valores líquidos arrecadados pela Corrida serão revertidos para a Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, cuja marca o IBCC detém os direitos exclusivos de uso no Brasil desde 1995, e que desde então tem colaborado para o crescimento e aperfeiçoamento dos serviços prestados pelo IBCC. Este ano, a corrida abre o calendário de ações da campanha Outubro Rosa que será realizada pelo instituto.


A Corrida

Entre os mais diversos eventos que o IBCC promove para a campanha O Câncer de Mama no Alvo da Moda, sem dúvida, um dos mais importantes e reconhecidos é a Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama. Criada em 1999, o evento fitness já faz parte do calendário de milhares de pessoas, atletas ou não, que todos os anos vestem a camisa estampada com o alvo azul, enchem suas garrafinhas d'água e aproveitam o percurso.

O IBCC já realizou 57 edições do evento em mais de 10 cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Blumenau, Brasília, Curitiba, Recife, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, Florianópolis e Porto Alegre.

Segundo a diretora executiva do IBCC, Joyce Romanelli, “apesar de ser um evento já estabelecido, nossa expectativa é continuarmos com o crescimento do público participante, para que mais pessoas sejam impactadas com a mensagem do IBCC a respeito da conscientização a respeito do Câncer de Mama”, afirma.


A Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”

A Campanha O Câncer de Mama no Alvo da Moda foi idealizada em 1994 por Ralph Lauren, que após acompanhar a luta de sua amiga e jornalista Nina Hyde contra o câncer de mama, decidiu que precisava usar a moda para falar com as mulheres sobre esse assunto. Criador do alvo azul, ele fez muito mais do que isso.

Sua campanha, abraçada pelos seus colegas do Council of Fashion Designers of America (CFDA), fez sucesso nos EUA e chegou ao Brasil em 1995, com a escolha do IBCC como detentor exclusivo da marca. Há 27 anos, os recursos arrecadados pela Campanha têm sido utilizados na melhoria do atendimento aos pacientes e na conscientização da população em geral com relação à importância da prevenção e da detecção precoce da doença.



Serviço - 58ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama
Dia: 29/09/2019 (domingo)
Local: Campo de Marte


Programação do Evento:

06h40 – Alongamento Geral
07h00 – Largada PCD
07h05 – Largada 5K / 10K
07h40 – Largada Caminhada 3K
08h30 – Premiação aos Primeiros Colocados
11h00 – Encerramento do Evento





O IBCC

O IBCC é uma rede de serviços hospitalares especializada em oncologia e em pessoas com câncer. Atua na conscientização, diagnóstico e tratamento do câncer de forma humanizada com soluções completas, tecnologia avançada e pesquisa. O IBCC é uma instituição privada, Beneficente de Assistência Social e o atendimento ofertado se divide entre o Sistema Único de Saúde (SUS), com 60%, particular e convênios. No corpo clínico são mais de 500 médicos especialistas em oncologia e que buscam inovações, pesquisa e atualizações no tratamento do câncer.

É pioneiro no combate ao Câncer de Mama, tendo instalado o primeiro mamógrafo do Brasil em 1971. Investe continuamente em pesquisa, educação, novas tecnologias e procedimentos complexos, sendo um dos maiores Centros de Transplante de Medula Óssea do país. Se orgulha de ter um Atendimento Humanizado diferenciado tanto para seus pacientes de operadoras de saúde quanto para pacientes do SUS.

O IBCC conta com Unidades na Mooca, Jaçanã, Itu e Formosa (GO) e está em ativação uma nova Unidade na Vila Mariana para o próximo ano. São quase 2 mil profissionais e especialistas que realizam mais de 120 mil consultas anuais, 24 mil sessões de radioterapia, mais de 18 mil aplicações de quimioterapia, 6 mil cirurgias, e mais de 800 mil exames.

São mais de 270 leitos ativos em todas as Unidades, tendo na Mooca um Centro de referência em Oncologia e Onco-hematologia com os seguintes tratamentos: cirúrgicos, quimioterápicos, radioterápicos e no acompanhamento clínico, além da referência em Onco-hematologia sendo o maior Centro de Transplante de Medula Óssea, em número de leitos, no Brasil.

A Unidade Mooca é certificada como Acreditada com Excelência (Nível III) pela Organização Nacional da Acreditação, ONA e é considerado um dos maiores recrutadores de pacientes para pesquisas clínicas com mais de 40 estudos patrocinados. O Centro de Pesquisa Clínica do IBCC finalizou o ano com 80 pesquisas em andamento, sendo 37 projetos patrocinados e 43 de iniciativa do investigador.

Em relação à experiência do paciente, no primeiro trimestre de 2019, os resultados da Pesquisa de fidelização do paciente com base na metodologia do NPS - Net Promoter Score - o IBCC esteve na zona máxima, a de excelência, com uma média de 75% de recomendação por seus usuários.

Instituto Vidas Raras leva artéria gigante ao metrô para orientar população sobre colesterol



Já pensou poder conhecer uma artéria por dentro? E entender como o colesterol se instala no corpo? Nos dias 26 e 27 de agosto, uma artéria gigante estará montada na Estação AACD-Servidor, da Linha 5-Lilás de metrô, em São Paulo-SP, e estará pronta para receber visitantes curiosos, das 10h às 17h.

A ação promovida pelo Instituto Vidas Raras (www.vidasraras.org.br) por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado em 08 de agosto, conta com o apoio da Amgen e da ViaMobilidade. Além da visita guiada à artéria, haverá entrega de conteúdo informativo sobre como cuidar do seu colesterol. O objetivo é mostrar na prática quais os malefícios de não controlar os níveis de colesterol ruim e conscientizar a população, estimulando o acompanhamento médico cardiológico regular e a adoção de hábitos de vida saudáveis.

“Apesar do clichê de falar nos cuidados com alimentação e qualidade de vida, o alerta é sempre importante quando o foco é a saúde, por isso uma divulgação do assunto como essa é de grande importância para um alcance maior da informação correta que, como sempre reforçamos,  é grande aliada e pode salvar vidas”, afirma a diretora-presidente do Instituto Vidas Raras, Regina Próspero. A entidade vive essa causa de perto, pois acompanha pacientes com diversas doenças raras, entre elas, a Hipercolesterolemia Familiar (HF), que está relacionada ao colesterol ruim alto. A doença demanda um diagnóstico preciso e o mais precoce possível para que o tratamento seja iniciado o quanto antes a fim de evitar complicações sérias como o infarto do miocárdio e o AVC.


Sobre o colesterol

O colesterol atinge qualquer pessoa, de qualquer idade. Até mesmo quem é magro, jovem e saudável. É um tipo de gordura presente no organismo que pode ser produzida pelo próprio organismo ou vir da alimentação e que é essencial para o seu funcionamento. Basicamente, existem dois tipos de colesterol, o bom - HDL e o colesterol ruim - LDL. A diferença consiste em: colesterol bom (HDL) tem a função de retirar o colesterol mau do corpo e levá-lo para o fígado, onde será metabolizado e eliminado do organismo; e o colesterol ruim (LDL) é perigoso, leva ao acúmulo de placas de gordura nas paredes internas das artérias, diminuindo o fluxo de sangue para órgãos importantes, como o coração e o cérebro, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares como infarto e AVC, por exemplo.

As sociedades médicas de Cardiologia (SBC), Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Diabetes (SBD) atualizaram recentemente a diretriz sobre os níveis de colesterol LDL, o chamado colesterol ruim, desejáveis para cada perfil de paciente. O controle está ainda mais rigoroso. Segundo a SBC, cerca de 40% da população adulta e 20% dos jovens brasileiros têm níveis elevados de colesterol ruim (LDL) na corrente sanguínea. Os profissionais de saúde frequentemente recomendam reduzir a ingestão de gordura saturada, mantendo uma dieta saudável e equilibrada e aumentar a prática de atividade física. Mas em alguns casos mudanças no estilo de vida não são suficientes para atingir as metas de colesterol e é necessário tratamento específico com medicamentos. Fica o alerta!


Sobre a Hipercolesterolemia Familiar

A HF é uma condição hereditária que causa níveis elevados de colesterol LDL logo na infância e, consequentemente, doenças cardiovasculares em uma idade precoce. Quem tem HF apresenta altos níveis de LDL-C porque seu organismo não consegue remover adequadamente o colesterol ruim da corrente sanguínea através do fígado. Pessoas com HF têm níveis de colesterol LDL de duas à seis vezes mais alto que o normal, dependendo do tipo da doença, variando de 190 mg/dL a 1000 mg/dL. A exposição a níveis elevados de LDL-c desde a infância imprime a estes pacientes um risco muito alto de eventos cardiovasculares principalmente do tipo infarto do miocárdio e AVC já nas primeiras duas décadas de vida e risco de morte prematura se forem conduzidos sem o tratamento medicamentoso apropriado capaz de promover uma redução do LDL-c em pelo menos 50%.

Estima-se que a cada 500 pessoas, uma seja portadora de HF. O pai e/ou a mãe que transportam um gene alterado causador da doença tem 50% de chance de passar a condição para cada um de seus filhos.


 Como controlar o colesterol?

É muito importante conhecer o seu colesterol, acompanhá-lo com exames periódicos, a partir de consultas regularmente com um médico cardiologista e, assim, mantê-lo sob controle com o tratamento adequado de acordo com indicação médica.




Artéria gigante para mostrar na prática quais os malefícios de não controlar os níveis de colesterol ruim e conscientizar a população
Entre os dias 26 e 27 de agosto.
Estação AACD-Servidor, da Linha 5-Lilás de metrô, em São Paulo-SP
Das 10h às 17h.
Contato para agendar entrevistas ou visitações: (11) 3094.2550

Campanha ressalta os pontos positivos de largar o cigarro


Ação Respire Fundo mostra que parar de fumar sempre vale a pena em qualquer época da vida


Na contramão das famosas campanhas publicitárias contra o tabagismo, a iniciativa “Respire Fundo”, realizada pelo Shopping Taboão, resolveu inovar e ressaltar os pontos positivos na vida de quem conseguiu parar de fumar. Afinal, todos os fumantes já estão cansados de saber o malefício desse vício. 

A ação toma conta dos corredores do empreendimento no mês de agosto, com a intenção de servir como incentivo para quem pretende largar o cigarro. Com duas grandiosas instalações, os clientes são convidados a refletir sobre quantas bitucas um fumante acumula ao longo da vida, encontrando um cinzeiro de mais de 1,5 metro de altura como um estímulo a mais para deixar de fumar. 
  
 Dentro do empreendimento uma outra intervenção artística parabeniza quem já aceitou o desafio, trazendo pequenas frases de incentivo como: “Entre 12 e 14 horas, seus pulmões passam a funcionar melhor”, “ Em 20 minutos, sua pressão arterial sanguínea e pulmonar voltam ao normal”, entre outras que apresentam mudanças no corpo e na vida daqueles que conseguem abandonar o tabaco.

 “A ideia da ação foi fugir do comum e busca exaltar os pontos positivos percebidos e comprovados por quem já conseguiu parar de fumar. Nossa intenção é a de servir como um último  argumento para aqueles fumantes que pretendem mudar de vida e seguir por uma opção mais saudável” comenta Mariuche Ismerin, gerente de marketing do Shopping Taboão.

A ação “Respire Fundo” faz parte da macrocampanha anual do Shopping Taboão, Calendário do Bem, que segue a linha de marketing de propósito adotada pelo empreendimento, onde mensalmente o centro de compras destaca assuntos que geram valor ao conceito #NossaGenteDoBem. São temas escolhidos com o objetivo de conscientizar o público em geral sobre causas importantes ligadas à saúde, meio ambiente, acolhimento e solidariedade.



Shopping Taboão
Endereço:
Rodovia Régis Bittencourt, 2643 – Taboão da Serra
Mais informações:
www.shoppingtaboao.com.br - telefone (11) 2699-4000.

Anvisa aprova medicamento para pacientes com câncer de rim[1] avançado


Combinação de pembrolizumabe e axitinibe é pioneira em unir dois mecanismos distintos de tratamento para forma mais comum da doença


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no último dia 16, sob a Resolução-RE Nº 2.282, a imunoterapia KEYTRUDA (pembrolizumabe) — o anti-PD-1 da MSD, em combinação com axitinibe, um inibidor da tirosina quinase — para o tratamento de primeira linha para pacientes com carcinoma de células renais avançado ou metastático. Essa é a primeira indicação de pembrolizumabe para a forma mais comum de câncer de rim e a primeira terapia anti-PD-1 aprovada no país como parte de um regime de combinação de dois medicamentos com mecanismos distintos: imunoterapia e terapia alvo.

O carcinoma renal de células claras é o principal tipo de câncer que pode atingir o rim, correspondendo a aproximadamente 75% dos casos[1]. No Brasil, a incidência estimada é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes1. O prognóstico da doença depende, dentre outros fatores, da idade do paciente e da rapidez do diagnóstico e do início do tratamento.

“Estamos confiantes com a aprovação do medicamento no Brasil também para o tratamento do câncer de rim metastático, pois o uso de pembrolizumabe permite que pessoas com a doença tenham a oportunidade de uma maior sobrevida nunca vista para esses pacientes”, afirma a Dra. Marcia Datz Abadi, Diretora Médica de Oncologia da MSD Brasil. A liberação foi baseada em dados que demonstraram melhora significativa na sobrevida global, na sobrevida livre de progressão e na taxa de resposta global da combinação quando comparada ao sunitinibe, terapia-alvo padrão, em pacientes acometidos pelo câncer de rim metastático[2].

A taxa de sobrevida global foi de 90% para os indivíduos tratados com pembrolizumabe em combinação com axitinibe versus 78% para os pacientes que receberam sunitinibe no período de 12 meses2. Já a mediana de sobrevida livre de progressão no primeiro grupo foi de 15,1 meses em comparação a 11,1 com a terapia padrão2. A comparação para a taxa de resposta objetiva, uma medida de desfecho de eficácia adicional, foi de 59% para pacientes que receberam pembrolizumabe e axitinibe contra 36% para os que receberam sunitinibe2.

Sobre o KEYNOTE-426

A aprovação pelo FDA foi baseada no estudo KEYNOTE-426, que demonstrou resultados consistentes em subgrupos pré-especificados, categorias de risco IMDC (Grupos de Risco: favorável, intermediário e desfavorável) e estratificação por região geográfica2.

Para as principais medidas de resultados de eficácia de sobrevida global e sobrevida livre de progressão, a combinação pembrolizumabe-axitinibe reduziu o risco de morte em 47% em comparação com o sunitinibe (HR = 0,53 [95% CI, 0,38-0,74]; p <0,0001); para sobrevida livre de progressão, a combinação pembrolizumabe-axitinibe mostrou uma redução no risco de progressão da doença ou morte de 31% em comparação com sunitinibe (HR = 0,69 [95% CI, 0,57-0,84], p = 0,0001)2.




MSD
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[1] Instituto Nacional do Câncer (INCA). Consultado em 12/08/2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/noticias/ministerio-da-saude-amplia-tratamento-para-cancer-renal.
[2] Rini BI, Plimack ER, Stus V, Gafanov R, Hawkins R, Nosov D, Pouliot F, Alekseev B, Soulières D, Melichar B, Vynnychenko I, Kryzhanivska A, Bondarenko I, Azevedo SJ, Borchiellini D, Szczylik C, Markus M, McDermott RS, Bedke J, Tartas S, Chang YH, Tamada S, Shou Q, Perini RF, Chen M, Atkins MB, Powles T; KEYNOTE-426 Investigators. N Engl J Med. 2019 Mar 21;380(12):1116-1127. doi: 10.1056/NEJMoa1816714. Epub 2019 Feb 16.




Ciência avança com estudos de Esclerose Múltipla e é possível enfrentar a doença


Com diagnóstico precoce e tratamento, é possível ter qualidade de vida, estudar, trabalhar. Mas é preciso acompanhamento regular com médico e equipe especialistas nesse tipo de Esclerose


Em 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Esclerose Múltipla, uma doença que assusta, não tem cura, mas que tem motivos para comemorar a data. Os estudos desse tipo de Esclerose avançaram nos últimos anos e novos tratamentos, possibilidades de terapias e controle da Esclerose têm garantido mais qualidade de vida e animado pacientes e médicos.

A Esclerose Múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, só no Brasil são 35 mil casos. A doença é considerada autoimune, afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal. Ainda não se sabe como ela surge e o porquê de agredir a bainha de mielina, uma capa que protege os nervos. Esse ataque causa interferência na comunicação do cérebro e gera sintomas sutis na primeira fase da doença, muitas vezes imperceptíveis pelo paciente.

Por isso, é importante ficar atento aos primeiros sinais da doença que são fraqueza muscular, dores nas articulações, alterações na coordenação motora, depressão e disfunções na bexiga e no intestino. Como existem outros tipos de Esclerose, o diagnóstico é fundamental para iniciar o tratamento e impedir os avanços da patologia, como explica a neurologista da NeuroAnchieta, Dra. Fernanda Ferraz.


O que é a Esclerose Múltipla?

Esclerose Múltipla é uma doença imunomediada, desmielinizante e degenerativa do Sistema Nervoso Central. Ela acontece porque o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) gera um processo inflamatório sobre a mielina, uma camada de gordura que envolve as fibras nervosas no encéfalo, nervo óptico e medula espinhal, comprometendo a condução dos impulsos elétricos.


Quais os primeiros sinais da doença?

O processo inflamatório que ocorre na Esclerose Múltipla gera lesões desmielinizantes no Sistema Nervoso Central que se manifestam clinicamente como surtos que comprometem a função neurológica da região acometida pela lesão. Os sintomas iniciais e crônicos da doença são múltiplos e variam de paciente para paciente, como: visão embaçada ou dupla, fraqueza, dormência e formigamento, rigidez muscular (espasticidade), tontura, disfunção da bexiga e intestino, disfunção erétil, dor, tremores. Além desses sintomas, o paciente pode apresentar muita fadiga, transtornos emocionais, diminuição da libido e prejuízo cognitivo.


A Esclerose é hereditária?

Pessoas com história familiar positiva em parentes de primeiro grau têm um risco maior que a população geral, porém não se pode dizer que a Esclerose Múltipla é hereditária, pois os fatores de risco para a Esclerose Múltipla são vários e por isso não está definida uma causa para a doença. Ela é mais frequente em pessoas de pele branca, jovens entre 20 a 40 anos, sexo feminino, tabagistas, histórico de obesidade na infância e adolescência, assim como prévia de infecção pelo vírus Epistein Barr, consumo excessivo de sal e residentes em regiões de clima temperado. A prevalência aumentada em populações que residem em áreas com baixa exposição solar levou à identificação da relação entre os baixos níveis de vitamina D no sangue e a progressão da doença. Estudos mais recentes também têm buscado uma correlação entre a presença e atividade da doença e o tipo de microbiota intestinal dos indivíduos.

Duas atrizes famosas estão enfrentando a doença e compartilham com o público o que passam. A humorista brasileira Claudia Rodrigues já fez tratamento com células-tronco e quimioterapia. A atriz americana Selma Blair também fez quimioterapia e agora está imunocomprometida, não pode ficar resfriada e precisa evitar contatos. Nas duas situações a doença se manifesta de formas parecidas, mas o avanço é diferente. Existem tipos de Escleroses?

Sim. A Esclerose Múltipla pode ser classificada em 4 formas clínicas:

- Remitente Recorrente (o paciente evolui com episódios surtos de déficits neurológicos que surgem e melhoram) - corresponde a 85% dos casos;

- Secundariamente Progressiva (após cerca de 10 a 20 anos de doença o paciente passa a apresentar incapacidade progressiva independente da ocorrência de surtos) - cerca de 80% dos pacientes com a forma Remitente Recorrente desenvolvem a forma Secundariamente Progressiva ao longo do tempo;

- Primariamente Progressiva (o paciente evolui desde o início da doença com incapacidade progressiva sem a ocorrência de surtos clinicamente definidos) - acomete 10% dos pacientes;

- Primariamente Progressiva com surtos (o paciente evolui desde o início da doença com surtos e incapacidade progressiva sem recuperação completa após os surtos) - acomete 5% dos pacientes.


Quais são os tratamentos para Esclerose?

O tratamento da Esclerose Múltipla é muito complexo. Nos surtos, é administrada a pulsoterapia com corticoide venoso ou terapias de alto custo, como imunoglobulina venosa. Já nos surtos graves refratários ao corticoide, é utilizada a plasmaferese. Para o tratamento a longo prazo, estão disponíveis medicamentos imunomoduladores e imunossupressores com diversos mecanismos de ação e formas de administração. A escolha do tratamento deve ser individualizada, pois cada paciente apresenta características particulares de modo de início e progressão da doença, fatores prognósticos, contraindicações e tolerância. O transplante autólogo de células hematopoiéticas (ou transplante de células tronco) está reservado para casos pontuais com alta atividade e refratário aos tratamentos medicamentosos. A suplementação oral de vitamina D está indicada para a manutenção de níveis do metabólito 25-OH- Vitamina D no sangue entre 40 a 100ng/dL. Além da imunoterapia, o tratamento abrange a abordagem farmacológica e não farmacológica multidisciplinar dos sintomas e sequelas como tratamento da dor, espasticidade, transtornos emocionais e cognitivos. 


Como estão os estudos quanto à doença? Há previsão de uma medicação que reverta os casos?

Atualmente, não há cura para a Esclerose Múltipla, mas o conhecimento científico sobre a doença é muito dinâmico e tem avançado bastante nas últimas décadas. Diversos marcadores de atividade inflamatória e degenerativa têm sido identificados e futuramente permitirão a monitorização mais acurada da progressão, mesmo na ausência de surtos ou lesões evidenciáveis por exames de imagem e, consequentemente, a prevenção mais precoce da incapacidade. Há novos medicamentos com eficácia comprovada para as diversas formas clínicas que já são utilizados em outros países e esperamos que em breve estejam disponíveis no Brasil.


É possível prevenir a Esclerose?

Como a Esclerose Múltipla é uma doença multifatorial e de causa indeterminada não é possível prevenir. O diagnóstico precoce ainda é a melhor estratégia para retardar a progressão da doença.


Após o diagnóstico, como conviver com a doença? É possível ter uma boa qualidade de vida mesmo sendo portador da doença?

É inegável que a Esclerose Múltipla transforma a vida das pessoas que têm a doença. Contudo, é possível conviver com ela e ter uma boa qualidade de vida, especialmente naqueles casos diagnosticados precocemente, que apresentam fatores de bom prognóstico e fazem acompanhamento médico regular com neurologista e equipe de saúde multidisciplinar com conhecimento profundo sobre a doença.


Qual a expectativa de vida de quem tem Esclerose?

A expectativa de vida dos pacientes com Esclerose Múltipla aumentou muito no século XXI com o surgimento dos medicamentos imunossupressores e com a maior disponibilidade de métodos diagnósticos, como a Ressonância Magnética. Entretanto, a expectativa de vida de quem tem Esclerose Múltipla ainda é 7 a 14 anos menor que a população geral. Essa estimativa varia nos estudos a depender dos grupos de pacientes analisados e dos fatores prognósticos. As principais causas de morte em pacientes com EM são infecções de vias aéreas superiores e sepse.


Qual a importância do Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla?

No Brasil, a EM é uma doença rara, acometendo cerca de 15 a cada 100.000 pessoas em média, porém inicia predominantemente em indivíduos jovens que passam a enfrentar inúmeros desafios impostos pela patologia. Os sintomas e sequelas frequentemente geram limitações e nem sempre essas limitações são visíveis e compreendidas pelas outras pessoas. Muitos médicos também não sabem reconhecer os surtos clínicos, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento. Além disso, em nosso país, há muita dificuldade para o acesso aos medicamentos mais eficazes e exames necessários para o diagnóstico e acompanhamento da doença. Portanto, precisamos avançar quanto às normas e gestão da assistência aos pacientes com EM. Diante desse cenário, as campanhas de conscientização sobre a Esclerose Múltipla são extremamente relevantes.


Como falar da Esclerose sem causar medo?

Ainda há um estigma muito grande em torno da EM porque há cerca de 15 anos tínhamos poucos medicamentos disponíveis e com baixa eficácia, o diagnóstico geralmente era mais tardio e a maioria dos pacientes evoluíam com incapacidades permanentes. Hoje, quando o paciente tem acesso ao diagnóstico e tratamento precoces e otimizados é possível tratar a doença de forma muito mais assertiva de forma que muitos indivíduos com EM podem estudar, trabalhar, praticar atividade física, desenvolver seus talentos e habilidades, ter filhos e envelhecer com qualidade.
  



Hospital Anchieta

26 de agosto: Dia Internacional da Igualdade Feminina


Data importante para lembrar que igualdade da mulher no acesso à saúde tem um longo caminho até ser alcançada
Um exemplo é câncer de mama no Brasil, em que as taxas de mortalidade estão relacionadas ao acesso aos serviços de saúde e à qualidade da assistência ofertada às mulheres com esse tipo de tumor


No dia 26 de agosto é comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. Muito se tem falado a respeito da igualdade de gênero e de equidade salarial. Porém, e sobre a saúde da mulher, qual o tipo de igualdade é abordado? De acordo com o oncologista André Sasse, CEO do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, infelizmente o acesso aos serviços de saúde e a qualidade da assistência ofertada às mulheres está longe de ser igual para todas. Desta forma, existe ainda muito fortemente, conforme apontado pelo médico, desigualdade entre as próprias mulheres no que diz respeito ao cuidado com a saúde.

“Quando falamos sobre o câncer de mama no cenário brasileiro, por exemplo, as taxas de mortalidade estão fortemente relacionadas ao acesso aos serviços de saúde e à qualidade da assistência que é ofertada às mulheres com esse tipo de tumor. No mundo, as estimativas de sobrevida em cinco anos mostraram uma tendência de aumento em países desenvolvidos; no Brasil, principalmente entre as mulheres que dependem da saúde pública, isso não é observado”, afirma.
Dados do importante estudo Concord-3 (ALLemANI, 2018) mostram que, no Brasil, as estimativas de sobrevida em cinco anos foram de 76,9% (75,5 - 78) para o período de 2005 a 2009 e de 75,2% (73,9 - 76,5) para o período de 2010 a 2014. 

“Algumas diferenças são reveladas quando os casos são comparados por regiões do país nos últimos três anos de atualização da base de dados. A proporção de casos de tumor classificados como doença avançada (estádios III e IV) antes do início do tratamento é maior na região Norte (50,1%). Nas regiões Sul e Sudeste, a proporção de mulheres que chegam ao hospital com doença inicial (estádios 0, I e II) é de 66,6% e 65,1%, respectivamente”, comenta Sasse.
O especialista explica ainda que quando são analisadas as informações considerando a escolaridade da mulher o cenário muda consideravelmente. “Conforme aumenta o nível de escolaridade, cresce a proporção de casos que iniciam o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico. Claramente, as mulheres com mais acesso às informações e aos serviços de saúde recebem mais rapidamente o tratamento”, afirma.


Dados

O câncer de mama é um dos desafios no cenário atual de envelhecimento populacional e enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. É o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil e segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) as estimativas de incidência para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres. É também o tipo de câncer que mais mata. Em 2016, foram registrados, no Brasil, 16.069 óbitos por câncer de mama em mulheres.

André Deeke Sasse -  oncologista, professor de pós-graduação na FCM-Unicamp, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Fundador do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua na coordenação da oncologia do Hospital Vera Cruz, do Instituto do Radium e do Hospital Santa Tereza. André é coordenador da Oncologia Clínica do Hospital PUC-Campinas e faz a preceptoria dos residentes do hospital.

Cirurgia bariátrica: mudanças do físico ao emocional



Divulgação
Profissionais da equipe multidisciplinar de acompanhamento ao paciente contam quais são os principais cuidados no pré e pós-cirúrgico


A cirurgia bariátrica começa muito antes da operação, tanto para o paciente quanto para os profissionais envolvidos. Isso porque são muitos os fatores que, relacionados, levam à decisão de realizar o procedimento, incluindo saúde emocional e física.

A psicóloga do Grupo São Cristóvão, Aline Melo, explica que o objetivo da avaliação psicológica é identificar alterações emocionais que possam prejudicar a adesão e acompanhamento pós cirúrgico, além de identificar a disponibilidade do paciente para as mudanças provenientes desse tipo de procedimento.


Acompanhamento psicológico e nutricional


 Antes da cirurgia

Segundo ela, a cirurgia bariátrica traz uma mudança que irá repercutir de maneira ampla na vida do paciente, e isso envolve diferenças físicas e psicológicas. Nesse aspecto, o acompanhamento psicológico é um grande aliado no pré e no pós-cirúrgico. “O acompanhamento psicológico irá ajudar o paciente a se adaptar às mudanças físicas e de comportamento, além de proporcionar melhor reconhecimento de seus aspectos emocionais”, explica.

Para a nutricionista Cintya Bassi, do Grupo São Cristóvão, também é fundamental que o paciente tenha acompanhamento nutricional no período pré-cirúrgico. O objetivo é corrigir deficiências de vitaminas e minerais decorrentes de uma alimentação desbalanceada que levaram à obesidade. “Nesta etapa, orientamos as mudanças nos hábitos alimentares, que devem ser iniciadas com antecedência, como a mastigação correta e a escolha dos alimentos”, comenta.


 Depois da cirurgia

É aí que se inicia o processo de reeducação alimentar, que vai ajudar o paciente a manter os resultados e a qualidade de vida após a cirurgia. A psicóloga conta que a reeducação começa com informação: o paciente aprenderá a associar a nova maneira de se alimentar a escolhas e não a restrições.

Aline frisa que trabalhar essas mudanças em si e observar os pensamentos diante da perda de peso e sua relação com a comida pode levar a pessoa a criar um padrão diferente para lidar com a alimentação. “Quando o cérebro compreende e se adapta a uma reeducação alimentar, o paciente não se sente inibido a comer e sim melhorando as suas escolhas, além de dificultar o boicote de sua alimentação pois não há uma dieta e sim a busca pelo equilíbrio", diz.

No acompanhamento nutricional, que se faz essencial sobretudo na primeira fase do pós-operatório, o paciente segue um esquema alimentar que mantém a reeducação iniciada no pré-cirúrgico, montada de acordo com a técnica cirúrgica utilizada e suas individualidades. Cintya explica que esse programa alimentar prioriza o aporte de vitaminas e minerais para minimizar possíveis deficiências comuns nesta etapa.


Cuidados especiais

Todos esses cuidados têm o objetivo de promover a saúde física e psicológica que irão garantir o sucesso da cirurgia. Por isso, é tão importante atuar diretamente na causa da obesidade, a qual levou o paciente a buscar a bariátrica. Um dos casos frequentes que levam ao sobrepeso e que precisa ser identificado para um acompanhamento adequado é a compulsão alimentar.

A psicóloga explica que a compulsão alimentar é um transtorno emocional que precisa de um acompanhamento mais aprofundado, visando a fornecer ao paciente recursos na percepção de tais comportamentos e em sua forma de agir. Cintya lembra que é essencial que a compulsão seja acompanhada desde antes da cirurgia, mas deve-se redobrar a atenção depois do procedimento, para que o paciente não volte a repetir os comportamentos que o colocaram em risco.

Além disso, os cuidados com a qualidade da alimentação devem ser intensificados após a cirurgia. Cintya conta que, durante todas as etapas da progressão da dieta, que evolui de líquida para pastosa e, finalmente, livre, a atenção com o valor nutricional é prioridade.
Segundo ela, a suplementação é importante nessa fase, pois o organismo não consegue absorver tudo o que recebe dos alimentos. “Os nutrientes que têm sua absorção mais prejudicada após a bariátrica são: ferro, cálcio, tiamina, ácido fólico, vitamina A, B12, D e E”, reforça.

De tal forma, antes da decisão juntamente com o médico para realização da bariátrica, é necessário analisar todos os cuidados que serão imprescindíveis para o sucesso do procedimento. A bariátrica implica em mudanças que vão muito além da estética e, por isso, é tão importante que sejam conduzidas por uma equipe multidisciplinar e competente.

Memória em dia: conheça a importância do ômega-3 para a saúde cognitiva





  shutterstock
O papel dos ácidos graxos ômega-3 (w-3) na melhora do desempenho cognitivo vem sendo explorado pela literatura, que aponta que o w-3 afeta as funções cerebrais por meio do aumento da perfusão cerebral e aumento da vasodilatação.

A manutenção da saúde endotelial é importante para a circulação sanguínea e para a modulação da produção de inúmeros compostos vasoativos, incluindo o óxido nítrico (NO). Além de responsável pela vasodilatação, o NO contribui para evitar a adesão celular na parede endotelial, bem como a agregação plaquetária. Quando ocorre algum problema na perfusão cerebral, consequentemente, as funções neste órgão, incluindo a performance cognitiva, podem ser duramente prejudicadas. Nesse sentido, o uso do w-3 pode contribuir para a prevenção do declínio cognitivo e melhora da memória.

Para ilustrar a importância da relação entre saúde cognitiva e perfusão cerebral, a revisão de Kuszewski et al. (2017) avaliou os efeitos da suplementação com ômega-3 na vasodilatação sistêmica e função cognitiva em ensaios randomizados controlados. Em comparação ao grupo placebo, a suplementação com ômega-3 aumentou a vasodilatação e, consequentemente, melhorou a função cognitiva. Van der Wurff et al. (2016) avaliaram os efeitos do w-3 sanguíneo na performance cognitiva de 266 adolescentes saudáveis entre 13 e 15 anos. O estudo apontou para uma relação positiva entre a concentração de ômega-3 e duas medidas cognitivas de um total de nove em um teste cognitivo.

Ambos os resultados dos estudos, muito possivelmente, estão relacionados às funções que os ácidos docosaexaenoico (DHA) e eicosapentaenoico (EPA) desempenham na fluidez da membrana cerebral, na neurotransmissão, na transdução de sinais e na integridade da barreira hematoencefálica, estruturas essenciais para a comunicação cerebral. Sobretudo durante o período gestacional, ácidos graxos do tipo w-3 interfere no peso e comprimento do feto, além de atuar na formação e crescimento de seus neurônios; nesse sentido, a literatura aponta que a deficiência, principalmente de DHA, pode contribuir para o prejuízo cognitivo do concepto.

Portanto, a deficiência de ômega-3 pode afetar a cognição e, consequentemente, a memória desde o período fetal, até o envelhecimento. Quando o consumo de alimentos-fonte não consegue suprir as necessidades de w-3, a suplementação pode se mostrar eficaz na prevenção ou tratamento de problemas associados à memória.




Fonte: Renato Leça, Coordenador das Disciplinas de Medicina Integrativa e de Nutrologia com Prática Ortomolecular da Faculdade de Medicina do ABC.
CRM-SP 58.672

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