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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Ministério da Saúde alerta para aumento de 149% dos casos de dengue no país


Dados epidemiológicos, até 2 de fevereiro, apontam necessidade de gestores e população intensificarem ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya


O Ministério da Saúde informa que o número de casos prováveis de dengue no Brasil, em janeiro deste ano, mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, registrou-se aumento de 149%, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis da doença. Quando verificado a incidência, em 2019, os casos chegam a 26,3 por 100 mil habitantes.  Em relação ao número de óbitos, o país registrou, até o momento, cinco mortes, sendo: Tocantins (1), São Paulo (1), Goiás (2) e Distrito Federal (1). Em 2018 foram notificados 23 óbitos.

Os dados epidemiológicos alertam para a necessidade de intensificação das ações de eliminação dos focos do Aedes aegypti em todas as regiões. São ações que envolvem gestores estaduais, municipais e Governo Federal, e a população. É essencial fazer do combate ao mosquito uma rotina de toda a sociedade em qualquer época do ano, embora, o verão seja a estação mais propícia para a proliferação do vetor. São medidas simples a serem adotadas, porém, eficientes, como manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água; trocar água dos vasos de planta uma vez por semana; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; e acondicionar pneus em locais cobertos.

A Região Sudeste concentrou 60% (32.821) do total de casos registrados no país em 2019 (54.777). 

Em sequência estão as regiões Centro-Oeste, com 10.827 casos de dengue; Norte, 5.224 casos, Nordeste, 4.105 casos; e Sul com 1.800 casos. Em relação ao dado de incidência, que considera a proporção de casos com o número de habitantes, às regiões Centro-Oeste e o Sudeste apresentam os maiores dados: 67,3 casos por 100 mil habitantes e 37,4 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

Quando comparado os dados entre as regiões no mesmo período (2018/2019), a Região Sul apresenta o maior índice de crescimento de casos de dengue, 597,7%, passando de 258 para 1.800 casos prováveis. Já a Região Sudeste teve aumento de 472,6%, saindo de 5.732 para 32.821 casos. A Região Norte com 233%, saindo de 1.569 para 5.224 casos; a Região Nordeste com 37,6% de crescimento, de 2.983 para 4.105 casos.  Sendo a Região Centro-Oeste a única que apresentou dados de redução, 5,4%, saindo de 11.450 para 10.827 casos prováveis.


DADOS ESTADUAIS 

Dois estados tiveram aumento de mais de 1000% no número de casos de dengue. São eles: Tocantins, com crescimento de 1.369%, saindo de 210 para 3.085 caos; e São Paulo com aumento de 1.072%, passando de 1.450 para 17.004 casos prováveis. Outros dois estados apresentaram crescimento significativo: Paraná, com aumento de 648,6%, saindo de 214 para 1.602; seguido de Santa Catarina, com 644%, passando de 18 para 134 casos.

Na incidência entre as unidades da federação, destacam-se Tocantins com 198,4 casos por 100 mil habitantes; Acre, com 163,7/100 mil habitantes; Goiás, com 108,7/100 mil habitantes; Mato Grosso do Sul, com 79,7/100 mil habitantes; Espírito Santo, com 61,9/100 mil habitantes; e Minas Gerais com 58,9/100 mil habitantes.


SINTOMAS DA DENGUE

A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).



DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 2019


ZIKA - Até 02 de fevereiro, foram notificados 630 casos de zika em todo o país, com uma redução de 18% em relação ao mesmo período de 2018, 776 casos. A taxa de incidência é de 0,3 casos/100 mil habitantes. Nesse período não foram registrados óbitos. A Região Norte apresentou o maior número de notificações, 410 casos. Em seguida, aparecem as regiões Sudeste com 119 casos; Nordeste, 49 casos; Centro-Oeste, 43 casos; e o Sul, com 9 casos.


CHIKUNGUNYA – Em relação aos dados de chikungunya, o Brasil apontou redução de 51% quando comparado ao mesmo período de 2018.  Até 02 de fevereiro de 2019, foram registrados 4.149 casos prováveis de chikungunya. Em 2018, foram notificados 8.508 casos da doença.  A incidência de casos em 2019, ficou em 2,0 casos por 100 mil habitantes. Entre as regiões, o Norte do país apresentou o maior número de casos, 2.730. Em seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste, 789 casos; Nordeste, 446 casos; Sul com 94 casos; e o Centro-Oeste, com 90 casos.



AÇÕES PERMANENTES

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Todas as ações são gerenciadas e monitoradas pela Sala Nacional de coordenação e Controle para enfrentamento do Aedes que atua em conjunto com outros órgãos, como o Ministério da Educação; da Integração, do Desenvolvimento Social; do Meio Ambiente; Defesa; Casa Civil e Presidência da República. A Sala Nacional articula com as Salas Estaduais e Municipais (2.166) as ações de mobilização e também monitora os ciclos de visita a imóveis urbanos no Brasil, que são vistoriados pelos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.

O Ministério da Saúde também oferece, continuamente, aos estados e municípios apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre que solicitado pelos gestores locais. Também são investidos recursos em ações de comunicação, como campanhas publicitárias e divulgação nas redes sociais, junto à população.

Para estas ações, a pasta tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,73 bilhão em 2018. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e é repassado mensalmente a estados e municípios.

Região Norte

Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Tocantins



Região Nordeste

Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia



Região Sudeste

Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo



Região Sul

Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul


Região Centro-Oeste

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

 


Alexandre Penido
 Agência Saúde


Governo liga alerta sobre feminicídio no Brasil

Só neste ano, cerca de 126 mulheres foram assassinadas pela condição de gênero. O aumento de casos de feminicídio no Brasil alertou o governo e as demais organizações civis


O aumento de casos de feminicídio no Brasil alertou o governo e as demais organizações civis. Em sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que dará prioridade para a proteção dos direitos da mulher.

Na ocasião, Damares afirmou que esforços não serão poupados “no enfrentamento da discriminação e da violência contra as mulheres, sobretudo o feminicídio e o assédio sexual."


Um dos motivos da preocupação é que em 2019, pelo menos 126 mulheres foram mortas no Brasil. Foram registradas 67 tentativas de feminicídio, quando se tenta matar uma mulher pela condição de gênero. Os dados são da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Outro número preocupante é que a cada dez feminicídios registrados em 23 países da América Latina e Caribe, em 2017, quatro foram no Brasil. É o que mostra o levantamento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à ONU.

Outro dado que chama atenção é a média nacional de 4,5 assassinatos a cada 100 mil mulheres, em 2016. O levantamento é do Atlas da Violência 2018, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipe) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) durante a década 2006 a 2016.








Fonte: agenciadoradio.com.br



Venezuela: só monstruosidades


O mais admirável país da América do Sul. Assim foi a Venezuela. Democrática, sempre imperfeita a democracia, como todas, mas de liberdade e de riquezas econômicas, posto que fundadas no monopólio estatal do petróleo.

Bastou a chegada dos primeiros problemas para crescer a ambição chavista. Assim como na Rússia e em Cuba, duas tentativas. A segunda se fez real.

Hugo Chávez não era homem de cultura política sólida. Porém, dominava fragmentos. E o fazia com destreza. Tornam-se essas lascas frouxas um profundo compêndio de sabedoria, quando alinhadas em grandes manifestações de massa.

Juntou-se ao marxismo, muito embora pouco dele conhecesse. Tal como outros propensos à esquerda, limitados a alguns jargões universais. Vista em profundidade, a teoria marxista não se fez superior a qualquer outra elucubração filosófica ou econômica. Ainda caminha o homem, na conjugação de todas, atrás de uma síntese razoável. Algo que possa trazer a felicidade universal. Estamos num longo caminho, o que não significa sua intransponibilidade.

Os fossos sociais justificaram o marxismo e, em sua mais profunda intimidade nacional, o bolivarianismo. Nada conclama mais o povo do que o apelo à justiça. E dá solidez às doutrinas que aparentemente a justificam. Não raro, ficam vazios os apelos e as doutrinas; e tudo decai ao populismo, que tanto mal acarreta à política. O apelo popular bolivariano foi intenso, porém caiu como castelo de cartas com seu líder da mentira demagógica.

Líder megalomaníaco que não soube fazer seu sucessor, ascendeu ao poder um ex-motorista de ônibus, contra os quais nada tenho, mas que concentrou seu poder sobre um exército corrupto, sobre força nacional do mesmo vácuo de hombridade e milícias cooptadas como se fossem turbas mercenárias. É dizer, não remedou a economia, não arranjou a política, não construiu uma sociedade venezuelana. E usa seu vozerio como provavelmente o usasse nas assembleias dos condutores de coletivos em Caracas.

Mas, infelizmente, ainda há o outro lado.  Ocorre que os protagonistas não são a ONU e as nações preocupadas com a paz mundial, cujas usuais recomendações voltam-se ao caminho democrático e diplomático das soluções consensuais e pacíficas. Nada melhor que a decadência de um regime como o venezuelano, à pobreza, à fome, à falta d'água, ao pior dos piores mundos humanos e animais, para o aproveitamento oportunista de governos como o de Donald Trump e suas inclinações xenófobas e belicistas, bem como às direitas extremas de todo jaez.

Nessa conjuntura de contradições e desbussolamento vivemos os últimos dias. Um regime em fim de caminhada, de verniz esquerdista a justificar a união de seus antípodas, nas profundezas do poço, garantido pelas forças das armas mantidas com o dinheiro do petróleo, e os pretensos opositores que, em nada sendo humanos, falam em ajuda humanitária barrada nas fronteiras, como a pior barbárie, quando tal ajuda não passa de provocação política, depositada em alguns pequenos caminhões da Colômbia e do Brasil. Perdido nesse xadrez internacional, esse sim, bárbaro, está o povo venezuelano, a cada dia que passa mais depreciado no sangue e na carne que lhe resta.

E a verdadeira solução para tais impasses, provenientes da Organização das Nações Unidas, cada vez mais menos ouvida, diplomática e pacífica, a implicar em eleições livres e gerais.  Enquanto a população suporta e supera suas agruras, o apreço pela liberdade e justiça vai-se ao pôr do sol das tristes tardes da Venezuela.





Amadeu Garrido de Paula - Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.


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