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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele: Pesquisa mostra que brasileiros conhecem a doença, mas não tomam medidas preventivas



Um em cada quatro brasileiros admite que poderia se proteger melhor do sol, mas não o faz, segundo estudo da SBOC


Dezembro é o mês do início do verão, mas também do Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, comemorado dia 2. A exposição ao sol é uma das principais causas relacionadas ao seu desenvolvimento, fato que é entendido por boa parte dos brasileiros, graças às grandes campanhas de prevenção, segundo constatou pesquisa proprietária da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o “Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em relação ao Câncer”. Entretanto, o mesmo estudo identificou que a população ainda deixa a desejar nas atitudes preventivas, o que se torna ainda mais perigoso com a chegada do verão. A doença é a variedade mais comum entre os tumores, correspondendo a 30% de todos os casos malignos do País, de acordo com o INCA.

Segundo o Panorama, o câncer de pele é um dos tipos mais conhecidos pelos brasileiros, sendo citado por 89% da população. O dado positivo é ainda mais relevante quando considerado que, além de conhecerem a enfermidade, também reconhecem sua causa direta: 83% dos brasileiros relaciona a exposição ao sol com o câncer. “Nos últimos anos, diversas campanhas conduzidas por órgãos públicos, sociedades médicas e pelo setor produtor de protetores solares conscientizaram a população brasileira sobre os riscos dos raios ultravioletas e a importância de se proteger adequadamente, cuidando da pele diariamente. Não à toa, se proteger do sol foi a segunda atitude preventiva contra o câncer mais lembrada, sendo citada por 86% dos brasileiros, atrás apenas do antitabagismo”, diz a Diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Dra. Andreia Melo.

Além disso, os mesmos 86% da população concordam que a exposição aos raios solares deve ser controlada desde a infância para evitar complicações na idade adulta. Os altos índices indicam que as diversas campanhas de prevenção tiveram efeito no nível de conhecimento. Entretanto, há uma diferença preocupante entre a teoria e a prática.

Ao todo, um em cada quatro brasileiros admite que poderia se proteger do sol, mas que não o faz – índice que aumenta para um a cada três entre os mais jovens com idades entre 18 e 29 anos. Além disso, 6% da população demonstra forte resistência, afirmando que não adotaria o hábito. “A resistência da população a adotar comportamentos simples no seu dia a dia, como aplicar protetor solar sobre a pele, usar óculos escuros e chapéu é preocupante. Em alguns estados, essa atitude é especialmente prejudicial. No Tocantins, por exemplo, quase um a cada cinco habitantes afirmou que não mudaria suas atitudes preventivas no futuro”, alerta Melo.

Além deles, pernambucanos, capixabas, catarinenses e rondonienses apresentaram altos índices de oposição a adotar hábitos preventivos em relação ao câncer de pele – cada um deles 10%. Por outro lado, paraibanos (87%), alagoanos (81%), sergipanos (80%) e gaúchos (80%) dizem já se protegerem do sol no seu dia a dia. “É crucial que consigamos melhorar os índices de conversão de conhecimento em ação. Com a chegada do verão, nosso desafio é levar a população a adotar as medidas de prevenção necessárias durante toda a estação e que essas medidas sejam utilizadas também nas outras estações”, finaliza Melo.




 SOBRE A SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 1,4 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. Desde novembro de 2017, é presidida pelo médico oncologista Sérgio Simon, eleito para o biênio 2017/2019.




Dezembro Vermelho(HIV x Filhos)



Casais contaminados pelo HIV já podem ter filhos
Os coquetéis de medicamentos e o avanço das técnicas de reprodução assistida tornam esse sonho possível na maioria dos casos

Estima-se que existam hoje no Brasil cerca de 780 mil pessoas portadoras do vírus HIV. Destas, 240 mil são mulheres em idade reprodutiva. O mais grave é que boa parte delas sequer desconfia estar contaminada. Por isso, antes de engravidar, é muito importante que o casal faça o teste para saber se um deles é soropositivo, o que pode significar passar o vírus para o bebê, se não houver o tratamento correto.
Até pouco tempo, a comunidade médica recomendava a essas pessoas que não tivessem filhos. Nos últimos 10 anos, entretanto, com o surgimento do chamado “coquetel” de remédios potentes, que reduzem muito a carga viral e o aparecimento da Aids, isso mudou.
Hoje, os indivíduos HIV positivos, que se tratam, têm uma qualidade e expectativa de vida muito maior, e o desejo de ter filhos sãos tornou-se uma realidade, com os avanços das técnicas de reprodução assistida.
“Em um casal sorodiscordante, onde o homem é infectado pelo HIV, mas a mulher é soronegativa, a concepção pode se dar com segurança. Nas clínicas de fertilização, técnicas de processamento permitem que as partículas virais presentes no sêmen sejam eliminadas, tanto para a inseminação intrauterina quanto para a fertilização in vitro, tornando possível uma gestação segura para a mãe e o bebê”, ressalta Dr. Edson Borges Jr., especialista em reprodução humana assistida e diretor científico do Fertility Medical Group.
Outra possibilidade é que ambos estejam infectados. “Quando tanto o homem quanto a mulher são soropositivos, o que vai definir a viabilidade dessa gestação é a saúde da paciente. Se for uma mulher jovem e saudável, com carga viral positiva baixa, seguimos com as técnicas de reprodução assistida”, explica o Dr. Assumpto Iaconelli, também diretor do Fertility Medical Group.
Os médicos falam dos casos em que apenas a mulher está infectada, onde a saúde da paciente é fator determinante para a viabilidade e o sucesso de uma inseminação intrauterina ou uma fertilização in vitro. Segundo os especialistas, quando a mulher é a única portadora, as chances de ela ter tido outras doenças sexualmente transmissíveis são grandes. E isso pode ter danificado suas tubas uterinas. Também é preciso ter claro que a possibilidade de a mãe transmitir o vírus HIV para o bebê é de 25%. Determinadas condutas e terapias, tanto para a mãe quanto para o feto, podem reduzir consideravelmente a taxa de infecção. Mas há que ressaltar que até mesmo a amamentação deve ser evitada. Por fim, quando não se consegue reduzir ao mínimo a quantidade de vírus por meio de medicamentos, as técnicas de reprodução assistida deixam de ser indicadas.





Dezembro Laranja alerta para prevenção ao câncer de pele



Objetivo é orientar população sobre cuidados importantes a serem tomados


Com o objetivo de incentivar medidas preventivas e informar a população sobre a doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) promove uma ação no sábado (02/12), das 10h às 12h, nos clubes: Associação Leopoldina Juvenil, AABB, Belém Novo Golfe e Grêmio Náutico União. A iniciativa marca o início do Dezembro Laranja.

O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados. Já o melanoma, que se origina nas células produtoras de melanina, é o mais grave e representa 3% das neoplasias. Em ambos os casos, há grandes probabilidades de cura quando detectados precocemente.

- A Região Sul é a que registra as principais taxas de incidência do câncer de pele no Brasil. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2016/2017 era de 440 novos casos em homens e 410 em mulheres. Portanto, aproveitamos esta data, marcada por diversas ações em todo país, para marcar presença nas instituições e ampliar o nosso trabalho preventivo – destaca a presidente da SBD-RS, Clarissa Prati.

A ação consiste em panfletagem e orientação aos transeuntes, semelhante à iniciativa já promovida pela SBD-RS em setembro, no Parcão, o “Todos Unidos Contra o Câncer”. Em parceria com outras entidades, os dermatologistas realizaram no segundo semestre deste ano, atividades com o intuito de difundir informações referentes à prevenção do câncer de pele e outros tipos, como mama e próstata.




Francine Malessa




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