Pesquisar no Blog

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Saiba mais sobre hipertensão arterial e previna-se



No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, Nemer Luis Pichara, cardiologista da rede dr.consulta, explica um pouco mais sobre a doença e como tratá-la


A hipertensão arterial sistêmica é uma doença caracterizada por altos e constantes sustentados níveis de pressão arterial. Está diretamente ligada a alterações de outros órgãos, como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos, que causam aumento do risco de complicações cardiovasculares.

Apesar de ser uma doença comum, possui baixas taxas de controle adequado na população brasileira e é considerada o principal fator de risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A chamada “pressão alta”, como é conhecida popularmente, está relacionada, dentre outros fatores, a idade, sexo, etnia e modo de vida.


Condições que aumentam o risco de hipertensão arterial

1.   Excesso de peso.
2.   Obesidade.
3.   Consumo excessivo de sal e álcool.
4.   Tabagismo.
5.   Sedentarismo.
6.   Abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcares. Essa condição pode ser um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer.


Diagnóstico e tratamento

Em geral esta doença não apresenta sintomas, sendo muitas vezes denominada como "inimigo silencioso”. O médico deve obter o quadro clínico completo do paciente, o histórico familiar e saber sobre a vulnerabilidade dos fatores de risco, além do estilo de vida, para dar um diagnóstico.

Caso o paciente tenha hipertensão arterial, deve fazer acompanhamento com o médico regularmente (pelo menos a cada seis meses) e manter a pressão arterial controlada, de acordo com cada paciente. Além do tratamento com remédio, é preciso também diminuir o peso, melhorar o padrão alimentar, reduzir o consumo de sódio (sal), bebidas alcoólicas e tabaco e fazer atividade física regularmente.

A hipertensão arterial é uma doença crônica e necessita de acompanhamento médico permanente. A rede de centros médicos dr.consulta possui cardiologistas altamente capacitados para identificar e prevenir casos, assim como orientar pacientes que têm a doença.


Dicas para minimizar os riscos de infarto ou AVC
  1. Melhorar a alimentação: uma dieta equilibrada pode ser a chave para uma boa saúde. A dica é consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache), pois são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim.

  1. Dormir bem: repor as energias do dia com uma boa noite de sono é muito importante para a sua saúde.

  1. Pratique exercícios físicos regularmente: a atividade física diminui a obesidade, a hipertensão, as doenças cardiovasculares, o diabetes, além de proporcionar mais disposição e energia.
Estudos recentes comprovam que não é apenas a falta de atividade física que pode diminuir a expectativa de vida, mas também a quantidade de tempo gasto sentado. Quem trabalha sentado deve fazer alongamento e reposicionar o corpo frequentemente durante a jornada do trabalho.
  1. Cuide-se: alguns cuidados do dia a dia como controlar o peso corporal e a ansiedade, parar de fumar, cultivar bons amigos e outras atividades também podem ajudar a prevenir as doenças cardiovasculares.


 
  

Pesquisa aponta método eficaz para combater hipertensão



Estudo testou uso de medicamentos para reduzir o risco de doenças cardiovasculares causadas por hipertensão


No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado hoje (26 de abril), é importante ressaltar a importância da prevenção, explica o Dr. Alvaro Avezum, cardiologista e diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). O médico participou da pesquisa internacional, intitulada HOPE-3 (Heart Outcomes Prevention Evaluation), realizada também no Brasil, mostrou que pacientes considerados de risco cardiovascular intermediário.

A pesquisa avaliou homens acima de 55 anos e mulheres acima de 60 anos, com obesidade abdominal, glicemia elevada ou HDL colesterol baixo e fumante, que apresentam pressão arterial sistólica (máxima), acima de 140 mmHg. Os indivíduos apresentaram benefício na redução de eventos cardiovasculares quando receberam tratamento anti-hipertensivo. “Esta população habitualmente não é tratada com medicamentos, sendo indicado apenas melhoria no estilo de vida. Com os resultados do HOPE3 estes pacientes passam a ter indicação de receber tratamento anti-hipertensivo, o que auxilia na redução do ônus da doença cardiovascular em nosso país. Os pacientes que tinham pressão arterial sistólica abaixo de 140 mmHg não apresentaram redução de eventos cardiovasculares, sendo que nestes casos devemos manter melhoria no estilo de vida”, explica o pesquisador.

O cardiologista da SOCESP salienta que o Brasil é o primeiro país a iniciar o programa 25X25 da Federação Mundial de Cardiologia que almeja redução da mortalidade cardiovascular de 25% até 2025. Esta foi a declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil é um dos signatários desta declaração. Para atingir este objetivo, a SOCESP trabalhará alinhada com o governo nos três níveis (Federal, Estadual e Municipal), juntamente com outras sociedades médicas, associações, iniciativa privada, universidades e hospitais no Brasil.

Os focos principais são:

1. Hipertensão Arterial: assegurar detecção de hipertensos, tratando e mantendo o controle dos níveis pressóricos. Atualmente o nível de pacientes hipertensos com PA sob controle é de apenas 10% no Brasil.

2. Tabagismo: redução das taxas de tabagismo em 25%.

3. Prevenção cardiovascular: em pacientes que já apresentaram um evento vascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral) para reduzir a recorrência destes eventos.

Dentro desta plataforma e coalizão para redução de mortes cardiovasculares no mundo e, particularmente, no Brasil, medidas para redução do sedentarismo, alimentação saudável, controle do colesterol alto, controle do diabetes, também serão enfatizadas.

De acordo com a SOCESP, presume-se que ocorram 720 paradas cardíacas no Brasil todos os dias (registros americanos estimam 50 paradas cardíacas para cada 100 mil pessoas por ano). Em média, uma morte ocorre a cada minuto e meio.

O especialista ressalta que esse estudo é importante para conscientizar a população da importância de adotar alguns cuidados para reduzir os fatores de risco mesmo sem possuir doenças crônicas, como ir ao médico com frequência para diagnóstico precoce de alterações na pressão arterial e no colesterol, manter o peso ideal, ter bons hábitos alimentares, praticar atividades físicas e parar de fumar. “Grande parte dos pacientes de consultório se enquadram no perfil deste estudo. Uma boa avaliação do risco individual, interpretação correta dos níveis pressóricos e de colesterol podem indicar o uso de medicamentos e assim, ajudar na redução do risco cardiovascular”, alerta o cardiologista.






Profissionais da educação precisam conhecer mais sobre epilepsia



O conhecimento sobre a epilepsia e como lidar com os pacientes no ambiente escolar é imprescindível para transformar a escola num ambiente seguro e inclusivo


Depois da família, a escola é a instituição mais importante para construção da identidade social de uma pessoa. Conceitualmente, essa identidade é o modo como se é percebido pela sociedade e a visão que se tem de si mesmo. No contexto da epilepsia, muitas vezes, o paciente é visto com olhares preconceituosos, principalmente, quando está exposto em momentos de crise, como a convulsão, impactando diretamente nas relações sociais. Quando isso acontece no ambiente escolar é preciso que os professores estejam atentos e saibam lidar com a situação, o que significa entender melhor a doença.

Porém, na maioria dos casos, os docentes não têm informação suficiente para lidar com essas manifestações, o que faz com que o estudante com epilepsia não receba a atenção adequada e necessária, tendendo a se isolar.

A recorrente manifestação de discriminação, principalmente no ambiente escolar, afeta de diversas formas tanto a identidade social como pessoal do estudante com epilepsia, o que inclui a autoestima, autoconfiança e motivação. Por isso, é muito importante que diretores, coordenadores, professores e todos os funcionários que estão nesse ambiente estejam preparados, não só para lidar com a criança e o jovem com epilepsia, mas inclui-lo no ambiente social e evitar que os colegas tenham medo ou preconceito.


Cognição e aprendizagem 

De acordo com a neurologista Dra. Maria Luiza Manreza, “pessoas com epilepsia, mesmo com crises não controladas, não necessariamente apresentam algum tipo de dificuldade cognitiva. Em alguns casos, porém, podem ocorrer alguns prejuízos em funções cerebrais, como a memória, atenção e raciocínio, o que depende de diversos fatores, como o tipo e a frequência das crises e a dosagem dos medicamentos utilizados para tratamento”, explica.

Em alguns casos, esses prejuízos podem repercutir no processo de aprendizagem. Dessa forma, os professores têm o papel de se aproximar da criança em questão e entender sua condição. Além disso, é importante estabelecer uma comunicação entre a escola e a família e, se houver necessidade, solicitar relatórios dos profissionais da saúde que a acompanham para facilitar a percepção da singularidade do caso, com a finalidade de otimizar o processo de aprendizagem. 


Preconceito e bullying

É na transição entre a infância e a adolescência que se busca desenvolver competências para incluir-se no mundo adulto. Por isso, no momento em que a pessoa com epilepsia se sente impotente para seguir nessa direção e se questiona sobre a própria capacidade, a relação com as pessoas que estão a sua volta se torna mais difícil.

“Tratar inadequadamente uma pessoa enquanto ela está tendo uma crise pode desencadear uma disseminação de preconceitos e estigmas, maus tratos e bullying por parte de quem está por perto, principalmente, os colegas”, completa a médica. 


Papel do profissional de educação

Os profissionais de educação têm o papel de observar o grau de iniciativa, participação e de motivação das crianças com epilepsia. Diferentes estímulos à cognição e expressões de credibilidade por parte do professor são fatores que também podem beneficiar a autoconfiança e seguraça do paciente, fazendo com que seu rendimento seja cada vez melhor.

Além disso, os profissionais de educação devem  estar preparados para agir diante de uma crise, sendo ela uma convulsão, crise de ausência, ou qualquer outra, servindo de modelo para todos aqueles que estiverem presenciando o ocorrido, fazendo com que absorvam o aprendizado e ajam de forma correta em situações futuras. Reverter o preconceito e estigma é uma questão de atitude, in loco, indispensável no momento em que a crise eclodir. 


Projeto Escola

Recentemente, a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) iniciou um projeto de educação sobre a doença em 92 escolas da rede estadual da zona sul de São Paulo. A ideia é conscientizar e ensinar todos os membros da diretoria e coordenação, professores e funcionários das escolas sobre as características da doença e suas manifestações, como a atitude que se deve tomar durante as crises e como evitar/eliminar estigmas e preconceitos dos colegas para que a autoconfiança e autoestima do paciente não sejam impactadas negativamente.

O projeto da ABE é dividido em etapas, com reuniões para cada grupo de profissionais mencionados. Na fase atual do projeto, em que se reforça a importância da escola como potencial elemento na diminuição do preconceito acerca da epilepsia, há a realização de treinamentos dos profissionais da Educação para disseminação do conhecimento. Posteriormente, haverá um professor responsável em levar o material adiante, abordando o tema em sala de aula e fazendo com que a epilepsia seja percebida como uma doença que não impossibilita o indivíduo de viver normalmente. Cerca de 100 mil alunos serão impactados pela ação, o que significa um avanço em direção à desmistificação da epilepsia e inclusão dos pacientes na sociedade.





Fonte: UCB Biopharma






Posts mais acessados