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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Movimento aponta prevenção e tratamento como alternativas à legalização das drogas





Iniciativa liderada pela FEAE lança manifesto com princípios para elaboração de políticas antidrogas

                Um movimento em busca de uma política antidrogas moderna, humana e baseada em evidências científicas. Assim podemos definir a União das Famílias pela Prevenção e Tratamento ao Uso de Drogas. A iniciativa, liderada pela Federação Brasileira de Amor Exigente (FEAE), conta com o apoio de diversas instituições e profissionais de saúde, buscando conscientizar a todos sobre os efeitos da descriminalização e da legalização das drogas no Brasil.

            Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal deve julgar uma ação que descriminaliza o consumo de drogas no país. Os magistrados analisarão a inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei Antidrogas e se o consumo continuará sendo considerado crime. Apesar de descriminalização não significar a legalização das drogas, a medida pode abrir um precedente preocupante.
           
            “Hoje existe um forte lobby em busca da descriminalização, que tem como base estratégias usadas em outros países: após descriminar o uso, será a vez do pequeno tráfico, em seguida se legaliza a maconha para uso medicinal e recreativo, para finalmente buscar a legalização de mais drogas”, explica Miguel Tortorelli, Vice-Presidente da FEAE. 

            A simples descriminalização das drogas pode agravar um quadro de problemas sociais e de saúde pública no Brasil, onde o consumo de drogas vem aumentando consideravelmente. Segundo relatório do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, entre 2005 e 2011, o consumo de cocaína no país avançou de 0,7% para 1,75% da população na faixa etária entre 12 e 65 anos. Isso corresponde a uma adesão ao uso problemático e à dependência quatro vezes superior à média mundial e 25% maior que a média da América do Sul.

            O  uso de drogas, porém, é um mal que não afeta somente os usuários. “As consequências sociais e econômicas vão muito além. Dados da Universidade Federal de São Paulo indicam que no âmbito familiar, para cada dependente de drogas existem, em média, mais quatro pessoas afetadas, comprometendo, de diversas formas, quase 30 milhões de brasileiros”, diz Ronaldo Laranjeira, psiquiatra especialista em dependência química e presidente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

Legalizar? Punir? Não, uma “terceira via”

            Um dos principais objetivos da União das Famílias pela Prevenção e Tratamento ao Uso de Drogas é quebrar o radicalismo e a polarização no debate sobre as melhores políticas para o controle das drogas ilícitas. “Nenhuma das abordagens, da descriminalização, legalização ou da repreensão pura e simples, se baseia nas melhores evidências científicas disponíveis, ou são suficientemente efetivas. O que propomos é uma ‘terceira via’, baseada em evidências científicas e focada na prevenção e no tratamento”, afirma Tortorelli.

            Desta forma, o movimento sugere, em seu manifesto, os princípios para uma boa política antidrogas (confira abaixo), além de defender ações imediatas, como orientações sobre prevenção ao uso de substâncias, violência, gravidez precoce, etc., como parte do currículo escolar. Sugere também que todas as famílias que tiverem um dos seus membros usando substâncias psicoativas devem receber orientações sobre como lidar com a drogadição, sendo disponibilizada toda e qualquer forma de tratamento necessária para resolver o problema.

            “Antes de qualquer alteração na lei, precisamos educar e conscientizar a população, esclarecendo-a sobre o assunto, além de proporcionar atendimento de qualidade. Isso criará uma mudança social e cultural no país. Apenas quando essas ações estiverem consolidadas é que podemos admitir mudanças em nossa legislação”, conclui Laranjeira.

Princípios propostos para uma boa política antidrogas

1º - Direitos Humanos são fundamentais para desenvolver políticas antidrogas.
2º - Redução do consumo de drogas nas comunidades.
3º - Controle de fronteiras e de penalizações relacionadas às drogas.
4º - Prevenção e tratamento da dependência química devem ser priorizados.
5º - Medidas de prevenção, tratamento e os serviços de recuperação devem integrar-se no sistema de saúde pública.
6º - Criação de programas específicos para prevenção e detecção do uso de drogas.
7º - Ampliação e diversificação do tratamento oferecido no SUS.
8º - Promoção do acesso a programas de orientação sobre drogas.
9º - Sistema de recuperação social deve abranger também a reabilitação profissional.
10º - Definir e implantar estratégias específicas para coibir a ação de pequenos e médios traficantes.

Sobre a FEAE

A Federação Brasileira de Amor Exigente (FEAE) é uma instituição sem fins lucrativos fundada em 1984, que reúne os grupos que atuam na linha do Programa Amor Exigente (AE)de auto e mútua ajuda, oferecendo acolhimento e orientações para dependentes químicos e seus familiares.  O movimento conta com 11 mil voluntários, que realizam aproximadamente 100 mil atendimentos mensais gratuitos por meio de reuniões, cursos e palestras. São mais de mil grupos no Brasil, 1 na Argentina e 14 no Uruguai.

Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
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Exagerar no açúcar prejudica a visão




O brasileiro consome 4 a 5 vezes mais açúcar que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Saiba como isso afeta seus olhos.

O consumo de açúcar vem crescendo no mundo todo e se transformou numa das principais questões da saúde pública em vários países. O Brasil é um deles. Por aqui, o consumo per capta de açúcar responde pela ingestão de 40O a 500 calorias/dia, segundo estudo conduzido na Universidade de Harvard (EUA). Isso é 4 a 5 vezes mais que as 100 calorias/dia ou 6 colheres de chá que correspondem as 25 gramas/dia, recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Além da obesidade e diabetes, este hábito causa doenças cardíacas e oculares a médio prazo.
O oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, afirma que antes até da balança, os olhos podem sinalizar que  o consumo de açúcar está muito alto em pessoas que não têm predisposição para ganhar peso. Os problemas oculares desencadeados pela hiperglicemia vão muito além da já conhecida retinopatia diabética.  "Adultos que nunca usaram óculos e de repente começam a enxergar embaçado à distância, devem fazer um exame de sangue", alerta. Isso porque, explica, o aumento da glicose na corrente sanguínea pode induzir à miopia por provocar o inchaço do cristalino, lente natural do olho responsável pelo focalização das imagens. Não por acaso, ressalta, é comum diabéticos chegarem ao consultório acreditando que precisam trocar os óculos. Em muitos casos é  só uma flutuação na refração decorrente de  glicemia mal controlada. Trocar os óculos não resolve. Quando a glicemia está sob controle  os óculos voltam a corrigir a visão.
Outros efeitos
O descontrole glicêmico no Brasil é maior do que se possa imaginar. A VIGITEL 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), pesquisa anual realizada pelo Ministério da Saúde desde 2006,  mostra que 18,1% dos brasileiros comem doce diariamente, sendo 15,6% da população masculina e 20,3% das mulheres.
Segundo Queiroz Neto o aumento e redução da espessura do cristalino provocado pelo flutuação da glicemia predispõe à formação da catarata, opacificação do cristalino. Hoje, a operação é a única forma de eliminar a catarata.  O especialista diz que o ideal para diabéticos é a cirurgia a laser. Isso porque, a técnica  faz cortes precisos e numa inclinação autosselante que dispensa o fechamento com pontos. Esta precisão, destaca, diminui o risco do procedimento, agiliza a recuperação e evita distorções visuais provocadas pela cicatrização irregular que pode ocorrer no método convencional.
O oftalmologista ressalta que outro alteração ocular resultante do descontrole glicêmico é o glaucoma. "A doença ocorre porque o aumento da espessura do cristalino em alguma pessoas  dificulta o fluxo do humor aquoso, líquido que preenche os olhos, e leva ao aumento da pressão intraocular característico do glaucoma" explica. O tratamento é feito com colírios para manter a pressão intraocular normal. O glaucoma, ressalta,  é a segunda maior causa de cegueira definitiva no mundo. Se os colírios não forem usados corretamente leva à perda do campo visual até a completa cegueira. 
Retinopatia diabética
A mais temida doença ocular decorrente da hiperglicemia é a retinopatia que geralmente aparece depois de 10 anos convivendo com o diabetes. O especialista afirma que a retinopatia resulta da obstrução dos vasos da retina. Inicialmente leva à diminuição da visão e à formação de manchas quando atinge parte da mácula, porção central da retina responsável pela visão de detalhes.  Conforme evolui pode levar à formação de novos vasos. Por serem mais frágeis estes neovasos, podem romper e causar grande hemorragia no fundo do olho que leva à cegueira definitiva. 
Queiroz Neto alerta que alguns alimentos aumentam o risco de obstrução dos vasos e artérias. São os que combinam glicose e frutose, como por exemplo os refrigerantes, sucos industrializados, entre outros. Isso porque, explica, quando este coquetel cai no fígado é convertido em gordura. Para manter a visão, o oftalmologista recomenda checar a composição dos alimentos. Sempre que combinar açúcar e frutose representa um risco mais para a circulação, inclusive dos olhos.

Chuva de meteoros mais intensa do ano acontece esta semana





Visível a olho nu, a chuva Perseidas tem previsão de mais de 100 meteoros por hora

Entre hoje (12/08) e o dia 14, acontecerá a chuva de meteoros Perseidas, a mais intensa do ano. Nomeada por poder ser observada na constelação de Perseus, o fenômeno terá seu pico de atividade na madrugada do dia 13 para 14, com previsão de caírem mais de 100 meteoros por hora. 
"A chuva de meteoros ocorre quando a Terra cruza a órbita de um cometa ou asteroide e pequenas partículas perdidas destes, chamadas meteoroides, entram com alta velocidade na atmosfera do planeta. Essas partículas esquentam e incandescem devido ao atrito, se tornando visíveis, formando a chuva de meteoros" explica o coordenador do Curso de Mestrado em Astrofísica da Universidade Cruzeiro do Sul, Gustavo Amaral Lanfranchi. 
A chuva é visível a olho nu, porém é necessário estar em um local com céu limpo para conseguir enxergá-la. Fenômenos regulares, as chuvas acontecem diversas vezes por ano, sendo as de Leônidas e Perseidas as mais conhecidas. Para os astrofísicos, o evento faz parte do cotidiano, sendo um entre os vários acontecimentos da astronomia. 
"No mestrado de Astrofísica, além de aprofundar seus conhecimentos na área de astronomia como o reconhecimento do céu a olho nu, até o estudo da formação e evolução do universo, passando por estrelas, gás, galáxias, matéria escura, o aluno ajuda a desenvolver o conhecimento nessa área, através de projetos de pesquisa, podendo, ao final do curso, publicar seus resultados em revistas científicas internacionais. Além do mestrado, são oferecidos cursos de extensão universitária e especialização para interessados", relata Lanfranchi. 
E para aqueles que confundem astronomia e astrologia, o professor esclarece a diferença: A astrologia é uma prática que procura decifrar, a partir de símbolos, a influência dos astros celestes em acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, prevendo o futuro de povos ou indivíduos, sem uma base científica estabelecida. Já a Astronomia é uma ciência baseada em observações e estudos sistemáticos rigorosos do universo, que procura entender e explicar origens, movimentos, constituição e características dos corpos celestes utilizando a física e a matemática como ferramentas. 

Universidade Cruzeiro do Sul - www.cruzeirodosul.edu.br

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