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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Novembro Azul: 7 em cada 10 homens só procuram o médico quando sentem sintomas, alerta especialista

Imagem criada com auxílio de IA
Diretor médico da Nova Saúde, Dr. Armindo Matheus, explica por que a resistência masculina ao autocuidado ainda é um desafio e orienta quando e como manter a rotina de exames 


A cada ano, o câncer de próstata atinge mais de 70 mil brasileiros, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e continua sendo o tipo de câncer mais incidente entre os homens no país, atrás apenas do de pele não melanoma. Embora o diagnóstico precoce garanta até 90% de chance de cura, muitos casos ainda são identificados tardiamente.
 

Um dos motivos é a falta de acompanhamento médico regular. Dados do Ministério da Saúde mostram que 31% dos homens não vão ao médico há mais de dois anos, e 70% só procuram atendimento quando apresentam sintomas. 

Para o Dr. Armindo Matheus, diretor médico da Nova Saúde, operadora de planos de saúde com atuação em cinco estados brasileiros, essa é uma consequência direta de fatores culturais e da pouca valorização da prevenção. 

“O homem, de modo geral, busca o médico quando sente dor ou percebe que algo está errado. Falta o hábito do cuidado preventivo, que é justamente o que salva vidas. O resultado é que muitas doenças são descobertas tardiamente, em estágios mais complexos”, explica o especialista.

 

A importância da prevenção e do check-up anual 

Segundo o Dr. Armindo, a atenção com a saúde masculina deve começar antes dos 40 anos, especialmente para quem tem histórico familiar de doenças como hipertensão, diabetes ou câncer. A partir dos 35 anos, já é indicado realizar um check-up anual, com exames simples que ajudam a mapear fatores de risco e acompanhar a evolução da saúde. 

“Um check-up básico inclui avaliação cardiológica, exames de sangue para medir colesterol, glicemia e função renal e hepática, além do controle da pressão arterial. A partir dos 45 anos, ou dos 40, no caso de histórico familiar, entra o rastreamento da próstata, com o PSA e o exame clínico”, detalha o médico. 

Apesar dos números, o tema segue cercado de tabu. 

“Há uma resistência histórica em relação ao exame clínico, mas ele continua sendo um método importante, complementar ao PSA. É rápido, indolor e pode representar a diferença entre a cura e um diagnóstico tardio”, reforça o Dr. Armindo.

 

Sinais de alerta que merecem atenção 

O especialista explica que o corpo costuma dar sinais, e aprender a reconhecê-los é essencial. Entre os principais sintomas de alerta, estão: 

  • Dificuldade para urinar ou jato urinário fraco,
  • Aumento da frequência urinária, especialmente à noite,
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen,
  • Dor na região pélvica ou nos ossos,
  • Fadiga e perda de peso inexplicável. 

“Esses sinais muitas vezes aparecem de forma discreta, mas indicam que algo precisa ser investigado. O ideal é não esperar o incômodo aumentar para procurar ajuda”, orienta o médico.

 

Mudança de comportamento e saúde integral 

O Dr. Armindo ressalta que, além da questão cultural, o estilo de vida também influencia diretamente na saúde do homem. O sedentarismo, a má alimentação, o consumo de álcool e o tabagismo continuam entre os principais fatores de risco. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de morte entre homens no país, representando cerca de 30% dos óbitos. 

“A prevenção não se resume ao consultório. Cuidar da alimentação, praticar atividade física regular, dormir bem e gerenciar o estresse são atitudes que fazem diferença. A saúde é um processo contínuo, e não um evento pontual”, afirma. 

O médico também reforça a importância de abordar o aspecto emocional como parte do cuidado integral. 

“Homens têm dificuldade de falar sobre emoções, e isso também adoece. O estresse e a ansiedade podem agravar doenças crônicas. Saúde mental e física caminham juntas”, destaca.

 

Um novo olhar para o cuidado masculino 

Com mais de 35 anos de experiência, o Dr. Armindo acredita que o maior avanço do Novembro Azul é promover o diálogo. 

“O Novembro Azul nos lembra de algo essencial: o cuidado é um ato de responsabilidade, não de fraqueza. Procurar o médico não é sinal de vulnerabilidade, é sinal de inteligência e amor-próprio”, resume. 

Com mais de três décadas de experiência, o Dr. Armindo atua à frente da diretoria médica da Nova Saúde, onde lidera um modelo baseado na atenção primária, prevenção e acompanhamento contínuo. Ele acredita que o futuro da saúde passa pela educação e pela construção de vínculos entre médicos e pacientes. “Nosso papel, enquanto médicos, é educar para o cuidado. O ideal é que o homem não espere o sintoma aparecer. Cuidar é viver melhor e por mais tempo, e essa é a mensagem que queremos reforçar todos os dias”, conclui.

 

 Nova Saúde

 

Mitos e verdades sobre o câncer de próstata: o que todo homem precisa saber

Doença é a segunda mais incidente no Brasil e exige atenção mesmo na ausência de sintomas
 

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, com mais de 70 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já no mundo, são mais de 1 milhão de diagnósticos anuais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Apesar dos números expressivos, a doença ainda é cercada por mitos que podem atrasar o diagnóstico e comprometer o sucesso do tratamento. “O grande desafio é combater as falsas crenças e incentivar os homens a cuidarem da saúde de forma preventiva”, alerta o oncologista Humberto de Matos, médico do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS).


Mito 1: “Se não tenho sintomas, não preciso me preocupar”

Esse é um dos enganos mais comuns. Em grande parte dos casos, o câncer de próstata é assintomático nas fases iniciais — muitos diagnósticos são feitos em homens que não apresentam qualquer queixa urológica. Por isso, a prevenção deve começar antes que os sintomas apareçam.
 

Mito 2: "Câncer de próstata só acontece em idosos”

Outro mito. A doença é mais comum a partir dos 60 anos, mas pode ocorrer em homens mais jovens. “Estima-se que um em cada seis homens terá câncer de próstata ao longo da vida”, reforça o especialista.
 

Diagnóstico e prevenção: quando procurar o médico 

Por ser uma doença comum e, em geral, silenciosa, o acompanhamento deve começar cedo. Para a população geral, o exame de PSA (sangue) deve ser iniciado a partir dos 50 anos. Vale ressaltar que o PSA normal é um excelente sinal, mas precisa ser repetido anualmente, sempre em conjunto com o exame de toque retal, para garantir o monitoramento adequado da saúde da próstata. 

Já para quem possui histórico familiar, a recomendação é iniciar o acompanhamento aos 45 anos. Isso porque homens com parentes de primeiro grau (pai, irmão ou filho) diagnosticados com câncer de próstata têm um risco de 2 a 3 vezes maior de desenvolver a doença. Já aqueles com mutações genéticas, especialmente no gene BRCA, podem ter risco até 5 vezes mais alto.
 

Sinais que merecem atenção 

Embora muitos pacientes não apresentem sintomas, alguns sinais devem acender o alerta:

- Sangue na urina ou no sêmen (hematúria);

- Diminuição do jato urinário;

- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;

- Dor ao urinar;

- Dificuldade para manter o jato de urina.

“Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito por alterações no PSA ou no exame físico, e não pelos sintomas. Por isso, o acompanhamento regular é fundamental”, explica Dr. Humberto.
 

Estilo de vida e prevenção

A atividade física é uma grande aliada: homens ativos têm 25% menos risco de desenvolver a doença. Além disso, uma alimentação rica em frutas, legumes e grãos pode reduzir em até 20% as chances de tumores malignos na próstata. “Adotar um hábito de vida saudável é recomendado para prevenção de todos os tipos de tumores, e para o câncer de próstata não é diferente”, finaliza o oncologista.
 


Instituto de Oncologia de Sorocaba

 

Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal reforça importância do diagnóstico precoce e da conscientização sobre a doença

Dra. Silvia Picado, cirurgiã de cabeça e pescoço da Verte Clinique, alerta para sinais e cuidados essenciais 

 

De 1º a 7 de novembro, acontece a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, uma campanha fundamental para estimular o diagnóstico precoce e reforçar hábitos preventivos que podem salvar vidas. A data chama atenção para uma doença que, embora silenciosa, pode ter sérias consequências quando descoberta tardiamente.

De acordo com a cirurgiã de cabeça e pescoço Dra. Silvia Picado, da Verte Clinique, os principais fatores de risco para o câncer de boca são o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, especialmente quando associados. “Esses dois hábitos apresentam um efeito sinérgico e aumentam muito o risco da doença”, explica a médica. Outros fatores também merecem atenção, como a exposição solar sem proteção (principalmente nos lábios), a má higiene bucal, o uso de próteses mal adaptadas, as infecções pelo HPV, além da obesidade e de uma alimentação pobre em frutas e verduras.

Para Dra. Silvia, a prevenção é o melhor tratamento. “É imprescindível parar de fumar, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, usar protetor labial com filtro solar, manter boa higiene bucal e uma alimentação saudável. Também é importante lembrar do uso de preservativo oral e da vacinação contra o HPV”, reforça.

O alerta também vale para os sinais que não devem ser ignorados. “É importante procurar um especialista sempre que aparecerem lesões na boca que não cicatrizam em até 15 dias, sejam avermelhadas ou esbranquiçadas, dolorosas ou não, com aspecto de feridas ou nódulos. Outros sintomas de alerta incluem sangramento sem causa aparente, dificuldade para mastigar, engolir ou movimentar a língua, rouquidão persistente e dor que irradia para o ouvido”, orienta a cirurgiã.

A médica destaca que consultas regulares ao dentista e o autoexame da cavidade oral são atitudes simples que podem fazer toda a diferença. “O dentista tem papel essencial na identificação de lesões iniciais. No entanto, quando há persistência dos sintomas, o paciente deve ser encaminhado ao cirurgião de cabeça e pescoço para avaliação especializada”, ressalta.

A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal busca justamente estimular esse olhar preventivo e fortalecer a cultura do autocuidado. “Campanhas como essa são fundamentais para informar a população, incentivar o autoexame e promover o acesso ao diagnóstico precoce em ações públicas e privadas. Informação e atenção aos sinais do corpo são as principais armas contra o câncer de boca”, afirma Dra. Silvia.

Ela lembra que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura e reduz as sequelas do tratamento. “Quando o câncer é identificado no início, o tratamento é menos agressivo, com menores impactos na fala, na mastigação e na autoestima do paciente. Já o diagnóstico tardio pode exigir cirurgias mais complexas, com risco de traqueostomia e uso de sonda para alimentação. Detectar cedo preserva a vida e a qualidade dela”, finaliza.

 

 Dra. Sílvia Picado - possui graduação em Ciências Médicas pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Concluiu Residência Médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço em 2015 e obteve o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) no mesmo ano, tornando-se membro efetivo e integrante da atual comissão de marketing da SBCCP. Em 2019, a Dra. Sílvia Picado concluiu o mestrado no programa de Pós-graduação em Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, exerce o cargo de professora na UNILUS e é a Diretora Social da Associação Paulista de Medicina de Santos (APM Santos).


Ansiedade pré-vestibular: como manter o equilíbrio emocional?

Com a aproximação das provas, psicóloga alerta para o impacto da pressão e ensina como se preparar para esse período desafiador


Com a chegada dos vestibulares, é normal a ansiedade nos estudantes que se preparam para encarar essa etapa decisiva crescer bastante. Além do desafio de revisar o conteúdo, a pressão emocional pode se tornar um grande obstáculo. O medo de não alcançar uma boa nota, de frustrar expectativas familiares ou não corresponder às comparações com colegas e redes sociais costuma afetar o bem-estar de muitos candidatos.

De acordo com Denise Rodrigues, psicóloga e responsável técnica da Clínica-Escola de Psicologia da UNINASSAU Rio de Janeiro, sentir ansiedade antes de grandes provas é natural, mas é preciso atenção quando começa a limitar a rotina. “Essa é uma reação esperada diante de algo importante. Porém, não é saudável quando ela paralisa e o estudante não consegue pensar em mais nada ou sente que perdeu o controle sobre si mesmo”, explica.

Segundo a especialista, a pressão excessiva pode vir de diferentes frentes, como escola, família, amigos, internet e a própria sociedade. “A maioria dos vestibulandos ainda é adolescente, sendo muita responsabilidade para alguém tão novo. Muitos acabam acreditando que o resultado da prova define quem são. Porém, na verdade, isso não é real. A nota não determina o valor ou a capacidade de alguém”, ressalta.

Para evitar o nervosismo atrapalhando o desempenho, Denise recomenda buscar momentos de descanso e relaxamento nos dias que antecedem o exame. Dormir bem, evitar exageros na alimentação e praticar atividades prazerosas ajudam a reduzir a tensão e manter o foco. No dia da prova, técnicas simples de respiração, como inspirar lentamente pelo nariz e expirar pela boca, podem auxiliar a retomar o equilíbrio e a concentração.

Além disso, o apoio da família e de pessoas próximas faz a diferença. Demonstrar compreensão e incentivo, reforçando que o desempenho em uma prova não define o futuro, contribui para diminuir a pressão e fortalecer a autoconfiança dos estudantes. O equilíbrio emocional, aliado à preparação acadêmica, é o responsável por sustentar um bom desempenho nesse período desafiador.

 

Brasil forma médicos, mas não consegue mantê-los onde mais precisa

O alerta é do cardiologista e presidente da AHOSP, Anis Mitri, que defende políticas de fixação para garantir atendimento em todas as regiões 

 

Mesmo com o crescimento constante no número de profissionais médicos no Brasil, a distribuição desigual desses profissionais continua comprometendo o acesso à saúde em diversas regiões do país. É o que alerta o cardiologista e presidente da Associação de Hospitais do Estado de São Paulo (AHOSP), Dr. Anis Mitri. 

De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil 2025, o país conta atualmente com uma média de 3,08 médicos por 1.000 habitantes, representando um aumento em relação a anos anteriores e um índice considerado adequado pelos padrões internacionais. Contudo, as desigualdades regionais continuam marcantes: na Região Norte, a razão é de apenas 1,70 médico por 1.000 habitantes, enquanto no Sudeste o índice chega a 3,77 e no Centro-Oeste a 3,44. Estados como o Maranhão (1,27) e o Pará (1,37) estão entre os que apresentam menor densidade médica. O relatório também mostra que municípios pequenos — especialmente aqueles com menos de 20 mil habitantes — enfrentam grave escassez de profissionais, com menos de 1 médico por 1.000 habitantes, revelando uma distribuição ainda desigual e uma carência persistente na Atenção Primária à Saúde. 

O grande gargalo não é apenas quantos médicos formamos, é onde estes profissionais estão. Formamos muitos médicos, mas não conseguimos mantê-los onde mais se precisa deles”, ressalta Mitri. O especialista destaca que as grandes capitais concentram mais de 50% dos médicos do país, enquanto o interior e as periferias seguem com escassez crônica de profissionais. 

Os dados mostram que, embora o número de médicos no Brasil tenha aumentado entre 2010 e 2025, a interiorização da medicina ainda avança lentamente. Muitos municípios enfrentam obstáculos para contratar e manter médicos, como salários insuficientes, falta de infraestrutura, insegurança e escassas oportunidades de crescimento profissional. “Não basta abrir mais vagas em faculdades. É preciso oferecer remuneração justa, infraestrutura adequada, segurança e oportunidades de desenvolvimento profissional para que o médico escolha permanecer onde é mais necessário”, defende o presidente da AHOSP. 

A desigualdade territorial também impacta a qualidade da assistência e o tempo de espera por consultas. Segundo. Mais da metade dos 576 mil médicos brasileiros está concentrada na região Sudeste, enquanto áreas remotas da Amazônia Legal, do Nordeste e do Centro-Oeste sofrem com a ausência de especialistas em pediatria, ginecologia e psiquiatria. 

Para o presidente da AHOSP, é necessário que o país adote políticas de fixação mais eficazes, com programas de incentivo à permanência e fortalecimento da rede regional de saúde. Além disso, ele ressalta que a qualidade da formação médica deve ser acompanhada por medidas que valorizem a carreira e garantam condições dignas de trabalho. “Um médico bem formado, mas desmotivado e mal remunerado, dificilmente ficará no interior ou em regiões vulneráveis. A fixação passa por reconhecimento e condições dignas de trabalho”, enfatiza. 

Mitri reforça que o Brasil precisa de um projeto nacional de valorização da medicina, que una educação, gestão pública e políticas de incentivo. “Falta médico, sim, e falta há muito tempo. Mas o que falta ainda mais é vontade política para transformar a profissão médica em uma escolha que faça sentido profissional, econômico e humano”, conclui. 

 

Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado de São Paulo - AHOSP


Exercício físico é sinônimo de saúde, mas exige responsabilidade: saiba quais os principais cuidados antes de praticar

Educador físico explica quais atitudes são fundamentais para iniciar os treinos com segurança  

 

Mudar os hábitos e começar a se exercitar é um passo enorme rumo a uma vida mais saudável, e cada vez mais pessoas estão em busca desse equilíbrio entre corpo e mente. Segundo o Panorama Setorial Fitness Brasil 2024, desenvolvido pela Fitness Brasil, 77% dos entrevistados afirmam praticar atividades físicas regularmente, um reflexo do crescimento do interesse por saúde e bem-estar no país. Mesmo assim, o levantamento mostra que o grande desafio está em manter a constância: muitos iniciantes acabam interrompendo a rotina nos primeiros meses. E parte desse abandono, está ligada à falta de preparo e planejamento antes de começar.

Para o educador físico e personal trainer Anderson Téu, da Academia Gaviões, rede com 50 anos de mercado e funcionamento 24 horas, o erro mais comum é iniciar sem orientação. “Muita gente chega empolgada e quer treinar todos os dias, mas sem o devido preparo isso pode gerar dores e até lesões. O ideal é começar com uma boa avaliação e respeitar os limites do próprio corpo”, orienta.

Pensando nisso, o profissional compartilha cinco recomendações práticas para quem está prestes a dar os primeiros passos em uma vida mais ativa e quer fazer isso com segurança e resultado.


  1. Faça uma avaliação física completa

Antes de iniciar qualquer programa de atividades, é importante realizar um exame detalhado. “O processo inclui medições corporais, testes de resistência, flexibilidade, postura e composição corporal, esses dados servem de ponto de partida para que o professor monte uma rotina realmente adequada à realidade do aluno. Além de prevenir sobrecargas, permite acompanhar a evolução de forma segura e motivadora”, explica Téu. Segundo ele, esse diagnóstico também ajuda a identificar desequilíbrios musculares e limitações que, se ignoradas, podem gerar dores e compensações durante os exercícios.


  1. Tenha liberação médica atualizada

Mesmo para quem se considera saudável, a checagem médica é um cuidado indispensável. O ideal é fazer um check-up anual, com exames cardiológicos, laboratoriais e ortopédicos. “Às vezes, o aluno chega à academia sem saber que tem pressão alta, anemia ou até problemas articulares. Com o aval do médico, conseguimos adaptar o plano de treino para reduzir riscos”, afirma o personal.

Além disso, pessoas que usam medicamentos ou têm condições específicas, como diabetes ou asma, devem informar os profissionais responsáveis para receber acompanhamento individualizado.


  1. Prepare o físico antes do esforço

O aquecimento é uma etapa frequentemente ignorada, mas fundamental para o desempenho e a prevenção de lesões. “De cinco a dez minutos de movimentação leve já bastam para elevar a temperatura corporal e preparar músculos e articulações para o esforço”, orienta o profissional.


  1. Evite suplementos e fórmulas milagrosas

Antes de recorrer a pré-treinos, cápsulas energéticas ou misturas indicadas na internet, busque sempre orientação profissional. “Cada pessoa reage de forma diferente, e o uso inadequado pode causar taquicardia, insônia, queda de pressão e até sobrecarga no fígado”, alerta o profissional.

Para o educador, o alicerce de qualquer progresso está em uma alimentação equilibrada e boa hidratação. “Comer bem e manter uma rotina constante já garantem resultados consistentes. O suplemento só deve ser usado quando houver real necessidade e acompanhamento nutricional”, ressalta.


  1. Respeite o seu ritmo e os períodos de descanso

O organismo precisa de tempo para se adaptar aos novos estímulos. Forçar demais no início pode trazer o efeito contrário ao esperado. “Muitos alunos querem resultados rápidos e acabam exagerando nas cargas ou na frequência. O ideal é começar com práticas leves, progredindo gradualmente conforme o corpo responde”, explica.

Além da regularidade, o descanso também faz parte do processo. É durante esse período que o sistema físico se recupera, fortalece e evolui. “Dormir bem e intercalar momentos de treino e pausa ajuda a evitar fadiga e melhora o desempenho”, conclui.

 

Academia Gaviões


Paciente descobre tumor de pâncreas em preparo para bariátrica

Paciente descobriu um tumor no pâncreas durante exames preparatórios
 da cirurgia bariátrica.
 Arquivo pessoal
Dr. Eduardo Ramos
Cirurgia robótica de alta precisão beneficiou a paciente de 31 anos e simboliza nova era no tratamento de tumor de fígado e pâncreas 

 

Já é comprovado que a obesidade está associada a mais de 13 tipos de câncer. Além disso, pacientes que sofrem com o excesso de peso exigem um maior cuidado em procedimentos cirúrgicos. Este foi o caso de uma paciente de Ponta Grossa, no Paraná, que descobriu um tumor neuroendócrino de pâncreas durante exames preparatórios para uma cirurgia bariátrica e teve que realizar uma cirurgia robótica para o tratamento da doença, em Curitiba. 

A descoberta do câncer antes da perda de peso, quando a paciente encontrava-se com pouco mais de 90 quilos, fez com que a equipe médica indicasse a cirurgia robótica para o tratamento da doença. Isso porque a tecnologia facilita o acesso ao tumor em pessoas com obesidade. 

“Foi um choque saber que era um tumor maligno. Mas quando me explicaram sobre a cirurgia robótica e seus benefícios, fiquei mais tranquila e confiante”, contou a paciente, a professora Cláudia Ruanna Torres da Silva, de 31 anos. O câncer dela era um tumor que se forma nas células neuroendócrinas pancreáticas, responsáveis por produzir hormônios que regulam funções como açúcar no sangue e digestão. 

O cirurgião Eduardo Ramos e sua equipe, que estão entre os maiores especialistas em fígado, pâncreas e vias biliares do Brasil, realizaram em Cláudia a centésima cirurgia robótica para remoção de tumor em pâncreas. O procedimento de alta complexidade, realizado no Hospital Nossa Senhora das Graças, representa o avanço da tecnologia aplicada à medicina. 

A cirurgia robótica também foi especialmente importante para Claudia porque as imagens dos exames apontavam apenas duas lesões no pâncreas. Quando o Dr. Eduardo e equipe iniciaram a cirurgia, depararam-se com sete linfonodos malignos, de um total de 22 linfonodos que foram retirados. 

“Optamos pela robótica por se tratar de uma paciente jovem e com obesidade. Essa tecnologia reduz o trauma cirúrgico e o tempo de internação”, explica Eduardo Ramos.

 

Câncer de pâncreas

O procedimento de Cláudia foi a retirada do corpo e cauda do pâncreas, chamada pancreatectomia distal com esplenectomia e linfadenectomia, realizado por via robótica. A técnica permite incisões menores, maior precisão e uma recuperação mais rápida. Tanto que, em cinco dias, a paciente já teve alta do hospital, mesmo tratando-se de uma cirurgia muito complexa e com riscos. E com 22 dias já estava liberada para caminhadas e serviços leves em casa. 

“Os tumores de pâncreas podem ser funcionantes (quando liberam hormônios em excesso, causando sintomas) ou não funcionantes (sem produção hormonal, geralmente descobertos em exames de rotina). Nos casos em que o tumor é maior que 2 cm, o tratamento é cirúrgico. E para alguns deles é indicada a cirurgia robótica", explica o Dr Eduardo Ramos. 

Os sintomas do câncer de pâncreas costumam ser silenciosos nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. À medida que a doença avança, podem surgir dores abdominais que irradiam para as costas, perda de apetite, emagrecimento inexplicável, fraqueza, náuseas e icterícia — caracterizada pela coloração amarelada da pele e dos olhos, geralmente causada pela obstrução do ducto biliar. Também podem ocorrer fezes claras, urina escura e coceira intensa. Em alguns casos, o paciente apresenta diabetes recente ou de difícil controle, o que pode ser um sinal indireto da presença do tumor. 


Avanço para a medicina curitibana 

O uso dessa tecnologia reforça o papel de Curitiba como polo de referência médica, ampliando as opções de tratamento para pacientes com tumores pancreáticos. Por ser muito experiente neste tipo de cirurgia, o Dr. Eduardo Ramos atende, no Cighep (Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia), pacientes do Brasil todo, que vêm a Curitiba em busca da cura do câncer de pâncreas. Conheça mais sobre o trabalho do cirurgião no site e em suas redes sociais.


Pesquisa inédita revela que 64% dos homens desconhecem a relação entre HPV e câncer

Levantamento do Instituto Ipsos mostra que a desinformação sobre o HPV ainda é alta entre os homens e que boa parte acredita, erroneamente, que o uso da camisinha garante proteção total; dados serão apresentados em evento que marca o lançamento da campanha "Cuide do seu - HPV em Homens: do tabu à imunização", iniciativa da MSD com o apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

 

Uma pesquisa realizada pela MSD com apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com 300 homens, de 22 a 45 anos das cinco regiões do Brasil, revela um cenário de alerta sobre o nível de conhecimento do público masculino em relação ao HPV. Mais da metade dos entrevistados (54%) acredita que o vírus não causa verrugas genitais e apenas 34% sabem que a infecção pode levar ao desenvolvimento de câncer. Já em relação aos exames regulares, 49% desconhecem que eles ajudam na detecção precoce do vírus e 45% acreditam que o uso da camisinha é suficiente para prevenir o HPV. 

Em homens, os sinais mais comuns do HPV são o aparecimento de verrugas genitais, e os cânceres relacionados ao vírus. Estima-se que cerca de um em cada cinco homens com mais de 15 anos de idade está infectado com pelo menos um tipo de HPV que pode causar câncer. A infecção pelo HPV está associada a cerca de 5% de todos os casos de câncer no mundo, e mais de 80% das pessoas sexualmente ativas podem contrair o vírus até 45 anos. 

Os dados apontam ainda que, embora 65% dos homens afirmem saber o que é o HPV, o vírus ainda não aparece entre as ISTs mais lembradas por eles, ficando atrás de HIV, AIDS, sífilis e gonorreia. Mesmo entre os homens das classes A e B1, persistem crenças equivocadas, como a de que o uso da camisinha oferece proteção total, além de desconhecimento sobre a relação entre HPV e câncer e sobre a variedade de subtipos do vírus. O levantamento identificou que as principais preocupações masculinas estão voltadas ao câncer, às doenças cardíacas e aos transtornos mentais, o que evidencia um foco maior em longevidade e estilo de vida do que em saúde íntima. 

Outro ponto de destaque é que a rotina médica masculina ainda é restrita: em média, eles procuram de uma a duas especialidades, com predominância do Clínico Geral (76%), seguido por Dermatologista (38%) e Cardiologista (32%), o que reforça um cuidado básico, mas pouco diversificado e personalizado. 

“Os resultados evidenciam que ainda existe uma lacuna importante entre a preocupação dos homens com a própria saúde e o conhecimento real sobre o HPV. Muitos homens ainda acreditam que o HPV é um problema feminino ou que a camisinha resolve tudo, o que causa uma falsa sensação de segurança. É importante destacar que o uso adequado do preservativo reduz o risco de exposição, ele não elimina completamente a possibilidade de infecção”, explica a urologista Maria Claudia Bicudo, coordenadora da Comissão de Imunizações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e docente da Faculdade de Medicina do ABC.

 

Campanha de conscientização

Criada pela MSD com o apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a campanha "Cuide do seu - HPV em Homens: do tabu à imunização" tem como objetivo informar, conscientizar e incentivar a prevenção do HPV entre os homens. A iniciativa aborda desde os tabus que ainda cercam o tema até a importância da vacinação e do acompanhamento médico regular como medidas essenciais de cuidado com a saúde. Assim como a participação de públicos diversificados — que incluem o universo masculino, as mulheres e as famílias —, o engajamento de celebridades e grandes nomes de várias modalidades do esporte é parte da estratégia, ajudando a ampliar o alcance da mensagem, a quebrar estigmas e a transformar o debate sobre saúde sexual masculina em uma pauta social e educativa.

Mais informações sobre a campanha: Link 

 MSD


Como manter a saúde óssea em dia: práticas e nutrientes essenciais

Créditos: Wavebreakmedia
iStock


Cuidar bem dos ossos previne doenças como a osteoporose, além de garantir mais qualidade de vida como um todo


A estrutura óssea funciona como um “andaime” para o corpo: sustenta, protege órgãos vitais e permite a movimentação livre. Manter a boa saúde dos ossos é fundamental em todas as fases da vida, da infância à maturidade.

Com o passar do tempo, a densidade óssea tende a diminuir naturalmente, e fatores como sedentarismo, falta de nutrientes e baixa exposição à luz solar podem acelerar esse processo. Além disso, condições como a osteoporose tornam os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.

Uma alimentação rica em nutrientes específicos e a adoção de hábitos saudáveis são estratégias-chave para prevenir problemas no futuro.

Principais nutrientes para ossos fortes

Entre os nutrientes mais importantes para o fortalecimento ósseo, destacam-se o cálcio e a vitamina D. O cálcio é o mineral estrutural dos ossos; sem ele, a massa óssea fica mais fraca. Já a vitamina D auxilia na absorção do cálcio no intestino e atua no metabolismo ósseo.

Uma alimentação equilibrada, com laticínios, folhas verdes, peixes gordurosos e exposição moderada ao sol, contribui para essa combinação. Além disso, proteínas adequadas ajudam a compor a matriz óssea, enquanto outros micronutrientes como fósforo, zinco e vitamina K também colaboram com o fortalecimento.

O papel do magnésio na saúde óssea

O magnésio exerce um papel igualmente importante no metabolismo do cálcio, na formação óssea e na regulação do equilíbrio de outros minerais. A deficiência desse mineral pode comprometer a estrutura óssea. Quando a dieta não supre adequadamente essa necessidade, a suplementação de magnésio — associada a outros nutrientes — pode auxiliar na manutenção da saúde óssea.

É importante lembrar que suplementos não substituem boas escolhas alimentares e hábitos saudáveis, e sempre devem ser utilizados sob orientação médica.

Hábitos que fortalecem os ossos

Algumas práticas cotidianas contribuem diretamente para a manutenção da saúde óssea:

  • Exposição à luz solar: facilita a produção natural de vitamina D, essencial para absorver cálcio.
  • Atividade física regular: exercícios de impacto moderado (como caminhar, subir escadas, dançar, etc.) e musculação ajudam a estimular os ossos e a manter a densidade.
  • Evitar hábitos prejudiciais: sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo e excesso de cafeína ou de sal podem interferir negativamente no metabolismo ósseo.
  • Manter um peso saudável: tanto o baixo peso quanto o sobrepeso podem comprometer a estrutura óssea. A dieta e os exercícios ajudam a se manter em um IMC (Índice de Massa Corporal) adequado.

Quando considerar a suplementação

Embora o ideal seja obter os nutrientes por meio da alimentação, existem situações em que a suplementação pode ser necessária, sempre com acompanhamento profissional.

Se os exames indicarem baixa densidade óssea ou níveis insuficientes de vitamina D, a suplementação de vitamina D, cálcio ou magnésio pode ser indicada. Em pessoas com absorção reduzida ou dietas restritivas, a suplementação de magnésio também pode ajudar no fortalecimento ósseo.

A suplementação deve ser vista como complemento, e não substituto, de uma alimentação e rotina equilibradas.


Prevenção e equilíbrio entre alimentação e suplementação

Cuidar da saúde óssea é um compromisso contínuo. A combinação entre alimentação adequada, exposição solar e prática regular de exercícios fortalece os ossos e reduz o risco de doenças como a osteoporose.

O equilíbrio entre alimentação, bons hábitos e, quando necessário, suplementação, costuma ser suficiente para garantir uma estrutura óssea forte e saudável ao longo da vida.

 

Médicos alertam corredores sobre a importância dos exames antes de iniciar os treinos

Cardiologistas e ortopedistas reforçam que a avaliação médica é essencial para prevenir riscos e garantir segurança na corrida 

 

Com o aumento de provas de corrida, cresce também a preocupação com a saúde de quem decide calçar o tênis e começar a correr. Especialistas do SOS Cárdio reforçam que, antes de iniciar os treinos, é fundamental passar por uma avaliação médica completa, especialmente nas áreas de cardiologia e ortopedia.


Coração em primeiro lugar

O cardiologista Rafael Kuhnen, do Hospital SOS Cárdio, explica que correr é um excelente aliado da saúde e do bem-estar, mas exige preparo e alguns cuidados.

“A corrida melhora a capacidade cardiovascular e ajuda a reduzir muitos dos fatores de risco para as doenças do coração”, afirma. Segundo o especialista, de forma geral, recomenda-se que homens acima de 35 anos e mulheres acima de 40 anos, bem como pessoas com fatores de risco cardiovascular — como hipertensão, diabetes e tabagismo —, realizem uma avaliação clínica prévia antes de iniciar os treinos.

O médico também alerta que o surgimento de sintomas como dor no peito, palpitações, falta de ar excessiva, tontura ou desmaios durante o exercício é um sinal de atenção e indica a necessidade de avaliação médica imediata.

“A corrida ajuda a proteger a saúde do coração, mas em pessoas com alguma doença prévia não diagnosticada pode desencadear um mal súbito ou até mesmo um evento grave”, reforça Kuhnen.

Por isso, ele destaca que correr é um ótimo exercício para quem deseja melhorar a saúde cardiovascular, desde que seja praticado com segurança e, preferencialmente, após uma avaliação clínica criteriosa.

 


Atenção também às articulações

Além do coração, o sistema musculoesquelético precisa estar preparado para o impacto repetitivo da corrida. O ortopedista do SOS Cárdio, Dr. Gustavo Carriço, ressalta que a prevenção é o melhor caminho para evitar afastamentos e dores.

“A corrida é um esporte democrático, mas de impacto. Avaliar postura, histórico de lesões e força muscular é essencial para evitar sobrecarga nas articulações”, orienta.

Estudos apontam que entre 50% e 75% das lesões em corredores são causadas por uso excessivo, resultado da repetição constante dos mesmos movimentos. Uma pesquisa com 616 corredores revelou que 84,4% já sofreram alguma lesão, sendo que 44,6% ocorreram no último ano. Os locais mais afetados são joelhos, tornozelos e quadris.

Entre os fatores de risco estão desequilíbrios de força e mobilidade, que interferem no padrão da técnica de corrida, no padrão de impacto e na marcha, além de alterações no calçado e mudanças abruptas no volume de treino, especialmente excessos no período inicial de prática.

“O ideal é que o atleta seja acompanhado por um ortopedista, um fisioterapeuta e um educador físico desde o início, com um plano de fortalecimento e aumento gradual de carga”, acrescenta o especialista.

O fisioterapeuta tem papel fundamental tanto na avaliação quanto no acompanhamento do atleta, auxiliando na correção de desequilíbrios musculares e na recuperação adequada entre os treinos.

É importante lembrar que correr não é sinônimo de lesão: a maioria das alterações observadas em corredores são transitórias e tratáveis, e com acompanhamento adequado é possível seguir evoluindo com segurança e desempenho.


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