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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Novembro Azul: 7 em cada 10 homens só procuram o médico quando sentem sintomas, alerta especialista

Imagem criada com auxílio de IA
Diretor médico da Nova Saúde, Dr. Armindo Matheus, explica por que a resistência masculina ao autocuidado ainda é um desafio e orienta quando e como manter a rotina de exames 


A cada ano, o câncer de próstata atinge mais de 70 mil brasileiros, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e continua sendo o tipo de câncer mais incidente entre os homens no país, atrás apenas do de pele não melanoma. Embora o diagnóstico precoce garanta até 90% de chance de cura, muitos casos ainda são identificados tardiamente.
 

Um dos motivos é a falta de acompanhamento médico regular. Dados do Ministério da Saúde mostram que 31% dos homens não vão ao médico há mais de dois anos, e 70% só procuram atendimento quando apresentam sintomas. 

Para o Dr. Armindo Matheus, diretor médico da Nova Saúde, operadora de planos de saúde com atuação em cinco estados brasileiros, essa é uma consequência direta de fatores culturais e da pouca valorização da prevenção. 

“O homem, de modo geral, busca o médico quando sente dor ou percebe que algo está errado. Falta o hábito do cuidado preventivo, que é justamente o que salva vidas. O resultado é que muitas doenças são descobertas tardiamente, em estágios mais complexos”, explica o especialista.

 

A importância da prevenção e do check-up anual 

Segundo o Dr. Armindo, a atenção com a saúde masculina deve começar antes dos 40 anos, especialmente para quem tem histórico familiar de doenças como hipertensão, diabetes ou câncer. A partir dos 35 anos, já é indicado realizar um check-up anual, com exames simples que ajudam a mapear fatores de risco e acompanhar a evolução da saúde. 

“Um check-up básico inclui avaliação cardiológica, exames de sangue para medir colesterol, glicemia e função renal e hepática, além do controle da pressão arterial. A partir dos 45 anos, ou dos 40, no caso de histórico familiar, entra o rastreamento da próstata, com o PSA e o exame clínico”, detalha o médico. 

Apesar dos números, o tema segue cercado de tabu. 

“Há uma resistência histórica em relação ao exame clínico, mas ele continua sendo um método importante, complementar ao PSA. É rápido, indolor e pode representar a diferença entre a cura e um diagnóstico tardio”, reforça o Dr. Armindo.

 

Sinais de alerta que merecem atenção 

O especialista explica que o corpo costuma dar sinais, e aprender a reconhecê-los é essencial. Entre os principais sintomas de alerta, estão: 

  • Dificuldade para urinar ou jato urinário fraco,
  • Aumento da frequência urinária, especialmente à noite,
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen,
  • Dor na região pélvica ou nos ossos,
  • Fadiga e perda de peso inexplicável. 

“Esses sinais muitas vezes aparecem de forma discreta, mas indicam que algo precisa ser investigado. O ideal é não esperar o incômodo aumentar para procurar ajuda”, orienta o médico.

 

Mudança de comportamento e saúde integral 

O Dr. Armindo ressalta que, além da questão cultural, o estilo de vida também influencia diretamente na saúde do homem. O sedentarismo, a má alimentação, o consumo de álcool e o tabagismo continuam entre os principais fatores de risco. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de morte entre homens no país, representando cerca de 30% dos óbitos. 

“A prevenção não se resume ao consultório. Cuidar da alimentação, praticar atividade física regular, dormir bem e gerenciar o estresse são atitudes que fazem diferença. A saúde é um processo contínuo, e não um evento pontual”, afirma. 

O médico também reforça a importância de abordar o aspecto emocional como parte do cuidado integral. 

“Homens têm dificuldade de falar sobre emoções, e isso também adoece. O estresse e a ansiedade podem agravar doenças crônicas. Saúde mental e física caminham juntas”, destaca.

 

Um novo olhar para o cuidado masculino 

Com mais de 35 anos de experiência, o Dr. Armindo acredita que o maior avanço do Novembro Azul é promover o diálogo. 

“O Novembro Azul nos lembra de algo essencial: o cuidado é um ato de responsabilidade, não de fraqueza. Procurar o médico não é sinal de vulnerabilidade, é sinal de inteligência e amor-próprio”, resume. 

Com mais de três décadas de experiência, o Dr. Armindo atua à frente da diretoria médica da Nova Saúde, onde lidera um modelo baseado na atenção primária, prevenção e acompanhamento contínuo. Ele acredita que o futuro da saúde passa pela educação e pela construção de vínculos entre médicos e pacientes. “Nosso papel, enquanto médicos, é educar para o cuidado. O ideal é que o homem não espere o sintoma aparecer. Cuidar é viver melhor e por mais tempo, e essa é a mensagem que queremos reforçar todos os dias”, conclui.

 

 Nova Saúde

 

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