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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Respirar pela boca pode indicar problemas de saúde?

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Odontologista explica impactos invisíveis dessa prática comum 

Especialista alerta que o hábito, muitas vezes negligenciado, pode afetar o sono, fala, postura e qualidade de vida em todas as idades 

 

Você costuma respirar pela boca com frequência? Mesmo que pareça algo simples ou passageiro, esse hábito pode ser um sinal de alerta. 

De acordo com a Dra. Juliana Benine Warlet, coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, a respiração bucal prolongada pode trazer uma série de impactos à saúde que vão muito além do desconforto momentâneo e acometem crianças, adolescentes e adultos. “A respiração nasal é a forma mais adequada para o organismo, pois o ar é filtrado, umidificado e aquecido antes de chegar aos pulmões. Quando a respiração ocorre pela boca de forma habitual, há um desequilíbrio em várias funções do corpo, que pode afetar desde a saúde bucal até a postura e o sono”, explica a professora. 

Juliana aponta que entre os principais impactos da respiração bucal estão o ressecamento da mucosa oral, aumento na incidência de cáries, quando associados a outros fatores predisponentes da doença, mau hálito, inflamações gengivais e infecções orais oportunistas. A boca constantemente aberta também pode alterar o posicionamento da língua, afetar a mastigação, a fala e o equilíbrio da musculatura da face. 

Além disso, quem respira pela boca tende a apresentar sono de má qualidade, roncos, cansaço diurno, dor de cabeça frequente, irritabilidade e até menor rendimento no trabalho ou nos estudos. “Esses sintomas muitas vezes não são associados diretamente à respiração, o que retarda o diagnóstico e o tratamento”, pontua a doutora. 

No caso das crianças e adolescentes, o hábito prolongado pode interferir ainda no crescimento e desenvolvimento da face e dos arcos dentários, além de afetar o desempenho escolar e a socialização. Já em adultos, pode estar associado a distúrbios do sono, como apneia, e piora de quadros respiratórios e alérgicos. 

A respiração bucal pode ter diversas causas, como desvio de septo, rinite, sinusite, pólipos nasais, amígdalas ou adenoides aumentadas, além de fatores estruturais da boca ou mandíbula, possivelmente ocasionados por alterações do desenvolvimento associado a hábitos deletérios. Por isso, o ideal é buscar avaliação com profissionais especializados. “Na Odontologia conseguimos identificar sinais durante consultas de rotina, mas o diagnóstico completo geralmente exige o trabalho conjunto com otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, especialmente quando há impactos na musculatura e nos hábitos de fala e deglutição”, explica Juliana. 

O tratamento varia conforme a origem do problema, podendo envolver desde medidas simples, como mudanças no ambiente (evitar alérgenos, por exemplo), até intervenções cirúrgicas ou o uso de aparelhos ortodônticos e miofuncionais. A reeducação da respiração, muitas vezes com acompanhamento fonoaudiológico, também é indicada. “Respirar pela boca não deve ser considerado normal. Se for um hábito frequente, é preciso investigar as causas e tratar o quanto antes. Prevenir complicações futuras, garantir boa oxigenação e melhorar a qualidade de vida são benefícios importantes que vêm com o diagnóstico precoce”, conclui a professora.

 

Pneumonia em idosos: conheça as causas e riscos


A pneumonia em idosos é uma condição séria e preocupante. É a quinta causa de morte no Brasil nesta faixa etária.1 Caracterizada pela infecção nos pulmões, ela pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos e é especialmente perigosa para pessoas acima de 65 anos. Além disto, indivíduos com imunidade diminuída ou comorbidades, como diabetes e doenças cardíacas, têm maior risco de desenvolver pneumonia.2,3

 

O que é pneumonia? 

A pneumonia é uma infecção nos pulmões que pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos. O Streptococcus pneumoniae é o agente causador em 60% dos casos.4 O quadro é caracterizado por acometer os alvéolos pulmonares, estruturas responsáveis pela troca de oxigênio e gás carbônico no corpo.5 Esses alvéolos podem se encher de pus ou líquido, dificultando a respiração e provocando sintomas como febre, tosse, dores no peito e fadiga.6

 

O que pode causar pneumonia em idosos? 

O enfraquecimento do sistema imunológico com o envelhecimento é um fator crucial, tornando os idosos mais suscetíveis a infecções respiratórias.3 Idosos e pessoas com doenças crônica têm risco aumentado para desenvolver a doença.3,4 Além do Streptococcus pneumoniae, o vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR), por exemplo, também podem levar a complicações em idosos, como a pneumonia.8,9 

Além disso, a inalação de microrganismos ou substâncias tóxicas, como fumaça ou poluentes, pode aumentar o risco.7 Outros fatores incluem doenças crônicas, como diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e histórico de tabagismo.3,7

 

VSR pode causar pneumonia? 

Sim, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode causar pneumonia, principalmente em idosos, pessoas imunossuprimidas e com doenças crônicas.8 Esse vírus, mais conhecido por causar infecções respiratórias em crianças, como a bronquiolite, também pode afetar gravemente adultos mais velhos.8,10 

 

Quais são as possíveis complicações da pneumonia? 

A pneumonia pode levar a complicações graves, ou até mesmo levar à morte:2,11 

  • Bloqueio das vias respiratórias, colapso pulmonar e abscessos pulmonares (acúmulo de pus);
  • Empiema, uma infecção na cavidade torácica ao redor dos pulmões;
  • Pericardite, uma inflamação do revestimento externo do coração. 

A pneumonia pneumocócica, é uma das formas mais graves da doença, ela pode ser fatal em cerca de 1 a cada 20 casos.11 A taxa de hospitalizações e mortalidade devido à pneumonia é significativamente maior em indivíduos acima de 60 anos. Vários fatores, dentre eles idade avançada e presença de algumas doenças crônicas, como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), diabetes e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), estão associados à sua maior gravidade e mortalidade.1,3

 

Como prevenir pneumonia em idosos? 

A vacinação desempenha um papel crucial na prevenção da pneumonia.7 E, neste aspecto, três vacinas são recomendadas:

  • Vacina contra gripe: O vírus da gripe pode causar pneumonia em pessoas com mais de 60 anos, daí a importância dessa vacina.9 A imunização precisa ser renovada anualmente para garantir a proteção e reduzir as chances de complicações.13,18 
  • Vacina pneumocócica: É essencial para prevenir a pneumonia. No Brasil, existem quatro vacinas pneumocócicas conjugadas disponíveis: a VPC-10; a 10-valente (VPC10), a 13-valente (VPC13), a 15 valente (VPC15) e a 20-valente (VPC20).14 Elas previnem, respectivamente, 10, 13, 15 e 20 tipos de pneumococos, bactérias que são responsáveis por doenças graves, como pneumonia e meningite.14
  • Vacina contra VSR: Segundo dados do boletim InfoGripe, 1 a cada 5 pacientes 60+ hospitalizados com quadros graves de síndrome respiratória devido ao VSR podem ir a óbito.15 As infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório podem ser prevenidas por vacinação. É importante lembrar que as vacinas influenza, pneumocócicas e covid-19 não protegem contra o VSR.16,17 

Além disso, bons hábitos de higiene, como lavar as mãos regularmente, manter os ambientes arejados, cobrir a boca e o nariz ao tossir/espirrar e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, são essenciais.18 

 

Referências:

  1. JORNAL BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA. Pneumonias adquiridas na comunidade em pacientes idosos: aderência ao Consenso Brasileiro sobre Pneumonias. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  2. Centers for Disease Control and Prevention. About Pneumonia. Disponível: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  3. Centers for Disease Control and Prevention. Risk Factors for Pneumonia. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  4. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. SBPT divulga atualização das recomendações de manejo da pneumonia adquirida na comunidade (PAC). Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  5. Biblioteca Virtual em Saúde. Pneumonia. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  6. World Health Organization. Health-topics. Pneumonia. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  7. Fundação Oswaldo Cruz. Pneumonia: especialista esclarece sintomas e formas de prevenção. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  8. Centers for Disease Control and Prevention. RSV in Older Adults. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  9. Centers for Disease Control and Prevention. Signs and Symptoms of Flu. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  10. 10.Centers for Disease Control and Prevention. RSV in Infants and Young Children. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  11. Centers for Disease Control and Prevention. Pneumococcal Disease Symptoms and Complications. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  12. Centers for Disease Control and Prevention. Flu. Prevention. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  13. Sociedade Brasileira de Imunizações. Calendário de Vacinação do nascimento à terceira idade 2024/2025. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  14. Sociedade Brasileira de Imunizações. Vacinas. Vacinas Disponíveis. Vacinas Pneumocócicas Conjugadas. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  15. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe SE-52 | Vigilância das Síndromes Gripais Influenza, COVID-19 e outros vírus respiratórios de importância em saúde pública. Disponível em: BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Vigilância das Síndromes Gripais. Semana Epidemiológica 46 (21 de Janeiro de 2024). Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  16. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). RSV Prevention. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025;
  17. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm Idoso 2024/2025. Disponível em: <Link> Acesso em: JUN/2025;
  18. BRASIL. Ministério da Saúde. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: <Link>. Acesso em: JUN/2025.


Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

No dia 21/09 é lembrado o Dia Mundial do Alzheimer. Não por acaso, um dia antes, 20/09 é o Dia Mundial da Hidrocefalia pela iniciativa da Hydrocephalus Association (entidade americana) e da Organização Mundial de Saúde já que as duas doenças têm muito em comum.

 

Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP e membro da diretoria da Sociedade Mundial de Hidrocefalia (HYDROCEPHALUS SOCIETY) explica as semelhanças entre os sintomas e conta que, diferente da doença de Alzheimer, a HPN tem cura através de uma cirurgia.

“A doença de Alzheimer e a Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) são condições neurológicas que afetam o cérebro EM PESSOAS COM MAIS DE 60 ANOS, mas têm diferentes causas, manifestações e tratamentos. No entanto, as duas podem compartilhar sintomas semelhantes, o que às vezes leva a diagnósticos errôneos ou complicações no tratamento”, alerta o neurocirurgião. 

Enquanto a HPN é uma condição em que há acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos do cérebro, que CAUSA ALTERAÇÃO NA COMPLACÊNCIA CEREBRAL, mas pode ser tratada com um procedimento cirúrgico para desviar o excesso de líquido, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que causa a morte de células cerebrais, levando a um declínio gradual das funções cognitivas, como memória, linguagem e habilidades de pensamento que não existe cura, e o tratamento se concentra apenas em retardar a progressão dos sintomas.
 

Onde os sintomas se confundem

“Em ambas as doenças os sintomas são compartilhados, tais como demência principalmente, mas também dificuldade ao andar e incontinência urinária. Os sintomas tão parecidos podem dificultar o diagnóstico diferencial entre as duas condições que necessitam de testes cognitivos e exames de imagem para comprovação exata do diagnóstico”, afirma o especialista.

Dr. Fernando explica que o Alzheimer é diagnosticado com base em testes cognitivos e imagens cerebrais que mostram atrofia, dosagens de biomarcadores no sangue e no líquor, já a HPN pode ser diagnosticada através de exames de imagem que mostram a dilatação dos ventrículos sem atrofia cerebral significativa e um teste DENOMINADO tap-test. “Neste teste realizamos uma punção lombar que retira uma quantidade significativa de líquido cefalorraquidiano (LCR) da coluna vertebral que reduz temporariamente a pressão no cérebro. Se, ao retirar o líquido em excesso, o paciente tiver melhora nos sintomas, especialmente na marcha e na cognição, é porque é HPN e daí então é indicada a cirurgia”, fala.

Na cirurgia para tratar a hidrocefalia de pressão normal (HPN) é feita a implantação de um dispositivo que desvia o excesso de líquido cefalorraquidiano (LCR) do cérebro para outra parte do corpo, como a região abdominal, que então poderá ser absorvido. “Esta cirurgia é conhecida como derivação ventriculoperitoneal (DVP), que é o tipo mais comum de procedimento realizado para HPN e que devolve ao paciente vida normal”, afirma o especialista.

Se após o tap-test e exames complementares a HPN estiver descartada então é sinal de que pode ser doença de Alzheimer ou outra doença, e que, segundo o médico, podem requerer tratamentos focados em medicamentos que podem retardar a progressão da doença, mas não há cura. 



Dr. Fernando Gomes - Professor Livre Docente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores. Há 12 anos atua como comunicador, já tendo passado pela TV Globo por seis anos como consultor fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes (2013 a 2019), por um ano (2020) na TV Band no programa Aqui na Band como apresentador do quadro de saúde “E Agora Doutor?” e dois anos (2020 a 2022) como Corresponde Médico da TV CNN Brasil. Atualmente comanda seu programa Olho Clínico com Dr. Fernando Gomes semanalmente no Youtube desde 2020. É também autor de 9 livros de neurocirurgia e comportamento humano. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas.
drfernandoneuro


Vai para o festival? Cuide da sua garganta em eventos lotados


Com a aproximação de grandes festivais de música, fãs se preparam para dias intensos de shows e multidões. No entanto, o que muita gente esquece é que ambientes lotados, além do esforço vocal, criam o cenário perfeito para a proliferação de vírus respiratórios, que causam dores de garganta e outros sintomas.

"Em ambientes com grandes aglomerações, o risco de transmissão de doenças respiratórias aumenta consideravelmente", alerta a Sociedade Paulista de Biologia e Análise (SPBA) em artigo recente. A proximidade entre as pessoas facilita a circulação de vírus pelo ar, sendo a garganta uma das principais portas de entrada para esses agentes infecciosos. O esforço vocal, somado à exposição a poeira e fumaça, pode irritar a garganta e torná-la ainda mais suscetível a inflamações e infecções.

Para curtir a experiência do festival sem preocupações, é fundamental adotar medidas simples de prevenção:

  • Hidratação constante: A água ajuda a manter a mucosa da garganta úmida, o que é essencial para o funcionamento dos cílios (pequenas estruturas que "varrem" as impurezas e microrganismos para fora do corpo). Uma garganta seca é uma porta aberta para infecções.
  • Controle do esforço vocal: Gritar e cantar em volume alto por muito tempo causa microlesões nas cordas vocais. Essas lesões, além de provocarem dor e rouquidão, enfraquecem a barreira de defesa local.
  • Higiene rigorosa: Tocar o rosto, olhos, nariz e boca com as mãos sujas é a rota mais comum para a entrada de vírus e bactérias. A lavagem das mãos e o uso de álcool em gel interrompem essa cadeia de transmissão.
  • Ação rápida: Algumas pastilhas para a garganta não apenas aliviam a dor, mas agem diretamente na inflamação e nos agentes que causam o desconforto, auxiliando na recuperação e na proteção da garganta. Elas fornecem um alívio direcionado e rápido para que a pessoa não precise interromper a diversão.
  • Ajuda médica: Se a dor persistir, se agravar, ou se outros sintomas como febre alta aparecerem, procure ajuda médica imediatamente. O cuidado profissional é indispensável para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

"A garganta é a parte do corpo que mais sofre em eventos lotados. É fundamental adotar medidas preventivas, como a hidratação constante e a atenção aos sinais de desconforto. Ter uma solução rápida em mãos pode ser a diferença entre curtir o show e ter que ir embora mais cedo", explica Bruna Nobre, gerente de marketing de Strepsils.




Sobre Strepsils
Strepsils® é a marca número 1 no Brasil no tratamento de dor de garganta¹ e oferece alívio rápido e eficaz² com uma fórmula exclusiva à base de flurbiprofeno — ativo com poder anti-inflamatório e analgésico que age diretamente na inflamação e proporciona alívio da dor a partir de 2 minutos³, com efeito que dura até 4 horas4. Presente há mais de 15 anos no Brasil, Strepsils se consolidou como referência em soluções científicas inovadoras para o bem-estar da garganta, sua linha de produtos está disponível nas principais farmácias e e-commerces nos sabores Mel e Limão e Laranja sem açúcar.

STREPSILS® (flurbiprofeno) M.S. 1.7390.0003. Indicado para alívio da inflamação da garganta. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. ABR/2025.


¹IQVIA, FMB, base Mai/24, MAT Mai/24, em valores R$ CPP, canal farmácia, total Brasil, mercado montado “Dor de Garganta”.

²Looze, Shepard, Smith. Journal of Pain Research 2019:12 3477–3509.

³Início do efeito suavizante após administração.
4Bula do produto.


8 mitos e verdades sobre a diferença entre sobrepeso e obesidade

Dra. Bruna Durelli, médica nutróloga e fundadora da LevSer Saúde, esclarece dúvidas comuns e aponta riscos invisíveis por trás desses diagnósticos

 

De acordo com o Painel da Obesidade do Ministério da Saúde, em 2023, mais de 20% da população adulta brasileira já apresentava excesso de peso. No entanto, é cada vez mais comum encontrar dúvidas sobre o que, de fato, diferencia o sobrepeso da obesidade: embora ambos indiquem acúmulo de gordura corporal, os dois quadros possuem implicações clínicas distintas e exigem atenção específica.

 

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2025, o Brasil tem hoje 31% da população adulta com obesidade e a projeção é que esse número continue crescendo nos próximos anos. “A grande questão é que, muitas vezes, as pessoas só buscam ajuda médica quando já desenvolveram sintomas ou doenças associadas, como diabetes ou hipertensão. E aí o cuidado se torna mais complexo”, explica a Dra. Bruna Durelli, médica nutróloga especializada em obesidade e fundadora da LevSer Saúde.

 

A especialista alerta: apesar de não ser uma condição irreversível, a obesidade é uma doença crônica, inflamatória e multifatorial. O sobrepeso, por sua vez, pode ser um alerta precoce para o risco de evolução do quadro, mas não deve ser minimizado. “Ambos os diagnósticos exigem acompanhamento, cada um com sua estratégia, mas sempre com foco na saúde e não apenas na balança”, destaca.

 

A seguir, a nutróloga esclarece oito mitos e verdades comuns sobre o tema, com base em evidências clínicas e nos mais recentes consensos médicos:

 

1. Sobrepeso é só um estágio antes da obesidade.


Mito. “Embora o sobrepeso possa evoluir para obesidade se não tratado, nem todo paciente com sobrepeso progride para esse estágio. Existem pessoas que mantêm o sobrepeso de forma estável por anos, principalmente quando adotam hábitos saudáveis. Mas isso não significa ausência de risco, é um sinal de atenção”, pontua.

 

2. A obesidade é uma doença crônica reconhecida.


Verdade. “A obesidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica, complexa e multifatorial. Ela envolve alterações hormonais, inflamação sistêmica e disfunções metabólicas que afetam diretamente a qualidade e a expectativa de vida”, alerta.

 

3. O IMC é suficiente para diagnosticar obesidade.


Mito. “O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta útil, mas limitada. Ele não diferencia massa magra de gordura, por isso, avaliamos também a circunferência abdominal, a composição corporal e indicadores inflamatórios, que oferecem uma visão mais precisa do risco metabólico”, esclarece.

 

4. Pessoas com sobrepeso podem desenvolver doenças crônicas.


Verdade. “Mesmo sem atingir o IMC de obesidade, o excesso de gordura corporal, especialmente a gordura visceral, já pode desencadear doenças como hipertensão, resistência à insulina, esteatose hepática e apneia do sono. O risco existe desde o sobrepeso, principalmente quando há predisposição genética”, diz.

 

5. Estar com peso normal garante saúde.


Mito. “Nem sempre. Pessoas com IMC dentro do ideal podem apresentar alta gordura corporal e baixa massa muscular, o que caracteriza o chamado ‘obeso metabolicamente normal’. O ideal é olhar para além da balança e avaliar a composição corporal, o estilo de vida e os exames laboratoriais”, reforça.

 

6. A saúde mental é igualmente afetada no sobrepeso e na obesidade.


Verdade. “Ambos os quadros podem impactar negativamente a autoestima, a imagem corporal e a vida social. Muitos pacientes relatam sentimentos de inadequação, culpa e vergonha, o que pode levar ao isolamento e dificultar o processo de mudança”, comenta.

 

7. Exercício físico é suficiente para reverter o quadro.


Mito. “Embora fundamental, a atividade física sozinha não resolve a obesidade, pois se trata de uma doença multifatorial. O tratamento pode envolver reeducação alimentar, suporte psicológico, medicação e, em alguns casos, procedimentos como o balão intragástrico. A estratégia deve ser personalizada”, afirma.

 

8. É possível ter qualidade de vida mesmo com sobrepeso ou obesidade.


Verdade. “Com acompanhamento adequado, é possível sim melhorar marcadores metabólicos, controlar doenças associadas e viver com mais disposição e autoestima. O foco não é apenas o peso ideal, mas saúde real e sustentável”, finaliza a Dra. Bruna Durelli. 

 



Dra. Bruna Durelli - Médica nutróloga e referência no tratamento da obesidade, Dra. Bruna Durelli é fundadora da LevSer Saúde, clínica com foco em cuidados integrativos, que combina atendimento médico especializado, suporte psicológico e estratégias personalizadas para promover saúde, autoestima e qualidade de vida de forma sustentável.


Conitec abre Consulta Pública para avaliar incorporação de medicamento para câncer de mama precoce RH+/HER2- no SUS

As contribuições podem ser enviadas pelo portal Participa Mais Brasil até 14 de setembro; doença tem 95% de chance de cura quando diagnosticada e tratada em estágio inicial [1]

 

Até 14 de setembro, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) realiza a Consulta Pública de número 72 [2] para avaliar a incorporação de abemaciclibe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de câncer de mama precoce receptor hormonal (RH) positivo e receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2) negativo, linfonodo positivo com alto risco de recorrência [3]. A participação voluntária é aberta a qualquer pessoa, incluindo profissionais de saúde e pacientes. As contribuições podem ser realizadas por meio da plataforma Participa Mais Brasil. 

Abemaciclibe é o primeiro e único inibidor de quinase dependente de ciclina (CDK) 4/6 aprovado no Brasil para tratamento de câncer de mama RH+/HER2- de alto risco[4]. O medicamento da Eli Lilly do Brasil leva à redução do risco de doença invasiva e de recidiva à distância, de 32% e 32,5% respectivamente 2, resultados que não eram observados há mais de 15 anos [5]. Atualmente, abemaciclibe está incorporado ao SUS, mas ainda não disponível na saúde pública, e ao sistema privado apenas para câncer de mama metastático [6], quando já não há mais chance de cura. 3 

O câncer de mama feminino é o tipo de câncer mais incidente em todo o mundo. Globalmente, é a segunda principal causa de morte por câncer entre as mulheres - apenas no Brasil, em 2023, foram 18.032 óbitos. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o triênio 2023-2025 mais de 73,6 mil novos casos, o que representa 30,1% dos cânceres em mulheres [7]. A tendência é que o número de casos continue a aumentar, sobretudo devido ao envelhecimento da população, às mudanças no comportamento e estilo de vida, além da melhoria nos métodos de diagnóstico [8]. Para os próximos anos, estima-se que uma em cada oito mulheres corram risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida [9]. 

O perigo é ainda maior nas pacientes com câncer de mama precoce RH+/HER2-: cerca de uma em cada três apresenta metástase em linfonodos, o que é considerado fator de risco significativo para recidiva e morte [10]. Além disso, 30% evoluem para uma doença metastática e incurável dentro de cinco anos do início do tratamento com terapia endócrina (TE)[11], trazendo alto impacto no sistema de saúde e na sociedade. 

Esse panorama pode ser diferente, pois nove a cada dez dessas pacientes são diagnosticadas em estágio inicial[12] e, nesse momento, há 95% de chance de cura com as opções terapêuticas adequadas1. Apesar desse cenário, atualmente não está disponível no SUS um tratamento específico para câncer de mama na fase precoce da doença para pacientes de alto risco. “A incorporação de abemaciclibe para o tratamento adjuvante do câncer de mama representa um avanço significativo na jornada das pacientes de alto risco, que têm chances reais de cura quando tratadas dentro da janela terapêutica ideal”, diz Luiz André Magno, Diretor Médico Sênior da Lilly. “Nesse contexto, essa incorporação está totalmente alinhada com os objetivos e prioridades da recém-publicada Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), que busca garantir o acesso ao cuidado integral, melhorar a qualidade de vida das pacientes e reduzir a mortalidade associada ao câncer de mama."[13]  

O cuidado no início significa economia para o Estado e benefícios para a sociedade. O tratamento de câncer de mama em estágio avançado no SUS pode custar até 10 vezes mais que em estágios iniciais, com valores que variam de R$ 17 mil na fase precoce da doença até R$ 356 mil no estágio metastático [14]. Além disso, dados mostram que quatro em cada 10 mulheres deixaram de trabalhar após o diagnóstico da doença. Sem contar 40% dessas pacientes não retornaram às suas atividades após dois anos do diagnóstico [15]. A saída do mercado de trabalho devido ao tratamento de câncer de mama pode ter impactos econômicos e sociais profundos, uma vez que as mulheres representam cerca de 46% da força de trabalho total, 50,8% dos domicílios são chefiados por elas e 11,3 milhões é o número de domicílios com mães solo [16].

 

Mecanismo de participação da sociedade em decisões importantes

O contínuo avanço científico permite que médicos tenham um arsenal terapêutico cada vez mais amplo para cuidar dos pacientes e as Consultas Públicas fazem parte da jornada para ampliar o acesso a essas descobertas pela população. 

As Consultas Públicas são mecanismos que promovem e reafirmam a participação da sociedade em decisões da Conitec, por meio de discussões abertas sobre temas relevantes. As opiniões recebidas subsidiam a tomada de decisão, tornando as ações governamentais mais democráticas e transparentes. Qualquer cidadão, membros de sociedades científicas, entidades profissionais, universidades, institutos de pesquisa e representantes do setor regulado, pode participar dessa e de outras consultas públicas por meio da plataforma Participa Mais Brasil.

 


Lilly do Brasil
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Referências: 

[1] Tratamento para o câncer de mama pode alcançar até 95% de cura com diagnóstico precoce. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/tratamento-para-o-cancer-de-mama-pode-alcancar-ate-95-de-cura-com-diagnostico-precoce. Acesso em: 30/05/2025.

[2] Diário Oficial da União – Ministério da Saúde – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde. Consulta Pública Nº 72: Link - Acesso em 25/08/2025

[3] Liu N, Yang Z, Liu X, Niu Y. Lymph node status in different molecular subtype of breast cancer: triple negative tumours are more likely lymph node negative. Oncotarget. 2017;8(33):55534-55543

[4] Abemaciclibe: eficácia no tratamento de câncer de mama inicial de alto risco e avançado. Disponível em: https://oncologiabrasil.com.br/abemaciclibe-eficacia-no-tratamento-de-cancer-de-mama-inicial-de-alto-risco-e-avancado-hrher2/. Acesso em 29/05/2025.

[5] Rastogi P, O1Shaughnessy J, Martin M, et al. Adjuvant Abemaciclib Plus Endocrine Therapy for Hormone Receptor–Positive, Human Epidermal Growth Factor Receptor 2–Negative, High-Risk Early Breast Cancer: Results From a Preplanned monarchE Overall Survival Interim Analysis, Including 5-Year Efficacy Outcomes. J Clin Oncol, 2024; 42:987-993

[6] Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer — Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/cgcan. Acesso em 30/05/2025.

[7] Instituto Nacional de Câncer - INCA. Relatório Anual 2023: Dados e números sobre o câncer de mama. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf. Acesso em 01/07/2025.

[8] Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil. 160 p. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2023.pdf. Acesso em 30/05/2025

[9] Lilly. Verzenio®. Disponível em: https://verzenio.lilly.com/early-breast-cancer#what-is-ebc. Acesso em 30/05/2025.

[10] Liu N, Yang Z, Liu X, Niu Y. Lymph node status in different molecular subtype of breast cancer: triple negative tumours are more likely lymph node negative. Oncotarget. 2017;8(33):55534-55543

[11] Salvo EM, Ramirez AO, Cueto J, et al. Risk of recurrence among patients with HR-positive, HER2-negative, early breast cancer receiving adjuvant endocrine therapy: A systematic review and meta-analysis. Breast. 2021;57:5-17.

[12] Breast Cancer Facts & Figures 2019-2020. Dispon em: https://www.cancer.org/content/dam/cancer-org/research/cancer-facts-and-statistics/breast-cancer-facts-and-figures/breast-cancer-facts-and-figures-2019-2020.pdf. Acesso em 30/05/2025.

[13] Brasil. Secretaria Especial de Comunicação Social. PNPCC: Prevenção e Controle do Câncer. Disponível em: Link - Acesso em 08/07/2025

[14] O custo do tratamento do câncer de mama por paciente no SUS. Disponível em: https://observatoriodeoncologia.com.br/estudos/tratamento-em-oncologia/2024/o-custo-do-tratamento-do-cancer-de-mama-por-paciente-no-sus/. Acesso 30/05/2025.

[15] Mulheres sofrem com perda do emprego após diagnóstico de câncer de mama. Datafolha. Disponível em: https://www.oncoguia.org.br/conteudo/mulheres-sofrem-com-perda-do-emprego-apos-diagnostico-de-cancer-de-mama-aponta-datafolha/17447/7/. Acesso em 30/05/2025.

[16] Ministério das Mulheres. Relatório Anual Socioeconômico da Mulher – RASEAM. 2024. Disponível em: Link - Acesso em 30/05/2025

 

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