A cabeleireira e embaixadora da Keune
Haircosmetics, Marília Tambasco, explica o que pode atrapalhar os resultados do
seu tratamento capilar e como ajustar a rotina para conquistar fios mais
saudáveis
O cronograma capilar é um dos temas mais buscados por
quem deseja recuperar, tratar e manter a saúde dos fios. No entanto, apesar de
sua popularidade, ainda existem muitas dúvidas e práticas que comprometem a
eficácia dessa prática. Especialista no assunto, a cabeleireira e embaixadora
da Keune Haircosmetics, Marília Tambasco, listou os principais erros cometidos
durante o cronograma capilar e separou dicas sobre como evitá-los. Confira:
1. ETAPAS EM EXCESSO PODEM PREJUDICAR OS FIOS
O cronograma capilar precisa respeitar o que o cabelo está pedindo
naquele momento, já que é um processo individual e deve ser adaptado às
necessidades específicas de cada um. Cada tipo de fio vai demandar uma
sequência, que levará em consideração o nível de porosidade, histórico de
procedimentos químicos, queda, quebra e frizz. “Usar produtos de reconstrução
em excesso, por exemplo, pode deixar os fios rígidos e pesados. A dica é seguir
as orientações do seu cabeleireiro de confiança e ter disciplina no dia a dia”,
conta a especialista.
2.
CONFUNDIR OS PRODUTOS DE CADA ETAPA
Um dos erros mais comuns no cronograma capilar é
utilizar produtos inadequados para cada etapa, como aplicar uma máscara hidratante
no momento de reconstrução ou o contrário. Para que o tratamento funcione de
forma eficaz, é essencial respeitar a função de cada fase e observar os ativos
presentes nas fórmulas. Cada produto deve ser escolhido com base no que os fios
realmente precisam: hidratação para devolver a umidade, nutrição para repor os
lipídios ou reconstrução para restaurar a estrutura capilar.
Na etapa de hidratação, o foco está em recuperar a água dos fios,
o que é fundamental para manter a maleabilidade e o aspecto saudável.
Ingredientes como glicerina e pantenol, amplamente utilizados também no
skincare, são grandes aliados aqui. Essa fase é especialmente indicada para
todo tipo de cabelo, especialmente aos ásperos ao toque, sem brilho, com frizz
excessivo ou difíceis de desembaraçar — sinais claros de que o fio está
desidratado e precisa de reposição hídrica.
Já a nutrição atua na reposição dos lipídios, que são as gorduras
naturais responsáveis pela maciez, brilho e definição dos fios. Cabelos com
curvatura, químicas ou opacos, volumosos e sem controle, geralmente estão
carentes dessa etapa. Exposição solar, uso de ferramentas térmicas sem proteção
e fatores como alimentação desequilibrada podem acelerar essa perda de
nutrientes.
Por fim, a reconstrução entra como um verdadeiro resgate para
cabelos danificados por químicas que apresentam quebra, pontas duplas, fios
ralos, textura áspera e elasticidade comprometida. Rica em proteínas como a
queratina, essa etapa devolve força e estrutura à fibra capilar, sendo indispensável
para quem passou por químicas como alisamentos ou descoloração.
3. ESQUECER DO COURO CABELUDO
Muitas mulheres concentram os cuidados apenas nos
fios e esquecem que um couro cabeludo saudável é essencial para que qualquer
tratamento realmente funcione. “É preciso dar atenção às necessidades dessa
região, usando produtos que ajudem a equilibrar disfunções como oleosidade
excessiva, caspa, sensibilidade ou até queda capilar. Isso melhora não só o
conforto e a aparência, mas também a performance dos produtos aplicados em
seguida”, explica Marília.
4. NÃO PROTEGER OS FIOS DURANTE O USO DO CALOR
Mesmo com um bom planejamento capilar, o uso
frequente de ferramentas térmicas sem a proteção térmica adequada pode anular
os resultados. O calor excessivo degrada os ativos e a estrutura do fio. Sendo
assim, a embaixadora da Keune recomenda sempre investir em um bom protetor
térmico antes da escova, da chapinha ou do babyliss.
“É como investir em um tratamento e depois colocar tudo a perder.
Por isso, sempre indico usar um bom leave-in antes de qualquer fonte de calor”,
conclui a especialista.
5. NÃO TER ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO
Um erro frequente é construir o próprio cronograma
sem a avaliação de um profissional especializado. “Cada cabelo é único e é
muito importante que o cronograma seja feito a partir de uma orientação
profissional”, reforça Marília. Além disso, seguir o mesmo cronograma por
meses, sem ajustar a rotina conforme as mudanças no cabelo ou nas estações do
ano. Fatores como clima, exposição ao sol, rotina de coloração, uso de
ferramentas térmicas e até alterações hormonais impactam diretamente nas necessidades
dos fios.
“O cabelo muda o tempo todo! O que ele precisa no verão, por
exemplo, não é o mesmo do inverno. Por isso, contar com o olhar de um
cabeleireiro de confiança faz toda a diferença para desvendar os sinais dos
fios e adaptar o cronograma conforme essas mudanças. Manter uma rotina rígida e
sem ajustes pode impedir que o tratamento seja realmente eficaz”, finaliza.