Tricologista da Smart Hair explica as vantagens e desafios de cada estação e dá dicas para quem planeja o transplante capilar
O transplante capilar é um procedimento cada vez
mais procurado por homens e mulheres que desejam recuperar os fios e a
autoestima. Mas, além de escolher a clínica e o método mais adequados, definir
a época do ano para realizar o procedimento pode fazer toda a diferença na
experiência durante a evolução do transplante.
Durante o verão, as altas temperaturas e o aumento
da transpiração tornam o período pós-operatório mais delicado. “O suor
excessivo pode dificultar o desenvolvimento do transplante, provocando
irritações no couro cabeludo, porém não tem impacto no resultado”, explica o
médico Hudson Dutra Rezende, tricologista da Smart Hair Clinic. Outro fator é a
exposição solar. “Após o transplante, é essencial evitar o sol direto na cabeça
por pelo menos 30 dias para proteger a região transplantada e garantir uma boa
cicatrização.”
Por outro lado, no inverno, o clima ameno costuma
ser mais confortável. “Como transpiramos menos, há menor risco ligado ao suor,
e o paciente não sente tanta necessidade de lavar o couro cabeludo diversas
vezes ao dia, o que facilita os cuidados iniciais”, aponta Rezende. Porém, o ar
frio e seco também apresenta seus desafios. “É comum o couro cabeludo ficar
ressecado e apresentar leve descamação ou coceira, o que deve ser controlado
com loções hidratantes específicas e orientações médicas”, reforça o
tricologista.
Outro ponto importante é o uso de acessórios.
Enquanto no inverno chapéus e gorros são usados com moderação apenas para
proteção contra o frio, no verão o chapéu é uma boa ideia para evitar o sol,
mas requer cuidados. “Logo após o transplante, recomendamos evitar qualquer
tipo de pressão sobre a área transplantada, inclusive o uso de bonés apertados
ou chapéus rígidos. Isso vale pelo menos para os 10 primeiros dias”, alerta o
médico.
Planejamento é fundamental
Mais do que a estação do ano, o tricologista
destaca que o melhor momento é aquele em que o paciente consegue organizar sua
rotina para garantir o repouso, sem compromissos sociais ou profissionais que
exijam grande esforço. “O paciente precisa evitar exercícios físicos intensos
por pelo menos 15 a 20 dias e se resguardar do sol e de atividades ao ar livre
prolongadas por pelo menos 30 dias. Planejar isso, seja no inverno ou no verão,
é o que vai permitir o sucesso do procedimento”, explica Hudson Dutra Rezende.
Outro fator que muitos esquecem é o impacto
psicológico. “O transplante é seguro e eficaz, mas, nos primeiros meses, é
normal haver o chamado shedding, quando parte dos fios
transplantados cai antes de crescer novamente. Isso faz parte do ciclo natural
e é preciso ter paciência. Escolher uma época do ano em que você esteja mais
tranquilo emocionalmente também ajuda muito nesse processo”, reforça o
tricologista.
Portanto, a melhor época do ano para o transplante
capilar varia conforme o estilo de vida, a possibilidade de repouso e as
condições climáticas que mais se adaptam a cada pessoa. “Converse com seu
médico, tire todas as dúvidas e escolha um período em que poderá priorizar sua
recuperação. Isso é decisivo para alcançar um resultado estético satisfatório e
duradouro”, finaliza.
Hudson Dutra Rezende - Dermatologista pela Comissão Nacional de Residências Médicas e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mestre em dermatologia pelo Hospital das Clínicas da USP de São Paulo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário