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sábado, 2 de agosto de 2025

Clima e rotina: como escolher a melhor época para o transplante capilar

Tricologista da Smart Hair explica as vantagens e desafios de cada estação e dá dicas para quem planeja o transplante capilar


O transplante capilar é um procedimento cada vez mais procurado por homens e mulheres que desejam recuperar os fios e a autoestima. Mas, além de escolher a clínica e o método mais adequados, definir a época do ano para realizar o procedimento pode fazer toda a diferença na experiência durante a evolução do transplante.

Durante o verão, as altas temperaturas e o aumento da transpiração tornam o período pós-operatório mais delicado. “O suor excessivo pode dificultar o desenvolvimento do transplante, provocando irritações no couro cabeludo, porém não tem impacto no resultado”, explica o médico Hudson Dutra Rezende, tricologista da Smart Hair Clinic. Outro fator é a exposição solar. “Após o transplante, é essencial evitar o sol direto na cabeça por pelo menos 30 dias para proteger a região transplantada e garantir uma boa cicatrização.”

Por outro lado, no inverno, o clima ameno costuma ser mais confortável. “Como transpiramos menos, há menor risco ligado ao suor, e o paciente não sente tanta necessidade de lavar o couro cabeludo diversas vezes ao dia, o que facilita os cuidados iniciais”, aponta Rezende. Porém, o ar frio e seco também apresenta seus desafios. “É comum o couro cabeludo ficar ressecado e apresentar leve descamação ou coceira, o que deve ser controlado com loções hidratantes específicas e orientações médicas”, reforça o tricologista.

Outro ponto importante é o uso de acessórios. Enquanto no inverno chapéus e gorros são usados com moderação apenas para proteção contra o frio, no verão o chapéu é uma boa ideia para evitar o sol, mas requer cuidados. “Logo após o transplante, recomendamos evitar qualquer tipo de pressão sobre a área transplantada, inclusive o uso de bonés apertados ou chapéus rígidos. Isso vale pelo menos para os 10 primeiros dias”, alerta o médico.


Planejamento é fundamental

Mais do que a estação do ano, o tricologista destaca que o melhor momento é aquele em que o paciente consegue organizar sua rotina para garantir o repouso, sem compromissos sociais ou profissionais que exijam grande esforço. “O paciente precisa evitar exercícios físicos intensos por pelo menos 15 a 20 dias e se resguardar do sol e de atividades ao ar livre prolongadas por pelo menos 30 dias. Planejar isso, seja no inverno ou no verão, é o que vai permitir o sucesso do procedimento”, explica Hudson Dutra Rezende.

Outro fator que muitos esquecem é o impacto psicológico. “O transplante é seguro e eficaz, mas, nos primeiros meses, é normal haver o chamado shedding, quando parte dos fios transplantados cai antes de crescer novamente. Isso faz parte do ciclo natural e é preciso ter paciência. Escolher uma época do ano em que você esteja mais tranquilo emocionalmente também ajuda muito nesse processo”, reforça o tricologista.

Portanto, a melhor época do ano para o transplante capilar varia conforme o estilo de vida, a possibilidade de repouso e as condições climáticas que mais se adaptam a cada pessoa. “Converse com seu médico, tire todas as dúvidas e escolha um período em que poderá priorizar sua recuperação. Isso é decisivo para alcançar um resultado estético satisfatório e duradouro”, finaliza.

 


Hudson Dutra Rezende - Dermatologista pela Comissão Nacional de Residências Médicas e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mestre em dermatologia pelo Hospital das Clínicas da USP de São Paulo.


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