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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Como a acreditação pode ajudar na prevenção do câncer?


Dia 4 de fevereiro – Dia Mundial do Câncer

 

Terça-feira, dia 4 de fevereiro é reconhecido como o Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa global liderada pela União Internacional para o Controle do Cancro (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).


De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá registar mais de 600 mil novos casos de câncer até ao final deste ano. O aumento do número de casos está associado ao envelhecimento da população e à persistência de fatores de risco como o tabagismo, sedentarismo, obesidade e uma alimentação inadequada. Embora fatores genéticos também desempenhem um papel no desenvolvimento de vários tipos de câncer, estudos indicam que aproximadamente 40% dos casos podem ser evitados através de mudanças simples no estilo de vida.


Entre as principais medidas preventivas destacam-se a adoção de uma dieta equilibrada, com baixo consumo de açúcar e gorduras, evitando fritos e alimentos processados. A inclusão regular de frutas, legumes e verduras na alimentação tem um papel crucial na redução do risco de cancro. Além disso, a prática constante de atividade física é essencial para uma vida mais saudável e livre de doenças.


Mas como pode a acreditação ajudar na prevenção do câncer? A acreditação é um processo de avaliação que verifica se as instituições de saúde cumprem rigorosos padrões de qualidade e segurança no atendimento. Este processo não só assegura que as melhores práticas sejam aplicadas em todas as fases do cuidado ao paciente como contribui diretamente para a prevenção de doenças, ao garantir que cada paciente receba um tratamento humanizado, adequado e eficaz.


Para Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA – Organização Nacional de Acreditação - a qualidade na saúde vai além da excelência assistencial dentro das instituições. A Organização Nacional de Acreditação (ONA) tem um papel fundamental ao incentivar que as organizações de saúde, sejam públicas ou privadas, desenvolvam programas de prevenção voltados à sociedade. “A promoção da saúde e a prevenção de doenças são pilares essenciais para um sistema de saúde mais eficiente e sustentável. Acreditamos que, por meio de orientações, iniciativas e boas práticas, é possível impactar positivamente a vida da população, reduzindo a incidência de doenças e promovendo o bem-estar coletivo. Nosso compromisso é apoiar e incentivar as organizações de saúde a assumirem essa responsabilidade, tornando a prevenção um elemento central em suas estratégias e contribuindo para um futuro mais saudável para todos", complementa.

 

Prevenção e diagnóstico precoce: A acreditação incentiva as instituições de saúde a implementarem programas de rastreio e de educação sobre a prevenção do câncer. Estas iniciativas incluem campanhas de sensibilização sobre fatores de risco (como o tabagismo, dieta e exposição ao sol) e rastreios regulares, como exames específicos, que ajudam a identificar a doença em estágios iniciais, quando as chances de um tratamento eficaz são maiores.


Acreditação das instituições de saúde: Para serem acreditadas, as instituições devem seguir protocolos clínicos baseados em evidências científicas, como diretrizes para o acompanhamento de pacientes com fatores de risco para o cancro. Isso resulta numa abordagem mais proativa na prevenção e diagnóstico da doença.


Segurança do paciente: A acreditação também se concentra na segurança do paciente, prevenindo erros médicos e melhorando a qualidade dos tratamentos. Isso inclui a implementação de sistemas que garantam a correta realização de exames e tratamentos, reduzindo o risco de diagnósticos incorretos ou atrasados.


Cenário de acreditação no Brasil - Das mais de 380 mil organizações de saúde instaladas no País, segundo CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), 1932 são acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,1% no mercado de acreditação, o que corresponde amais de 1.500 organizações de saúde acreditadas, dos quais 422 são hospitais. Deste montante, 0,45% das instituições de saúde estão certificadas no Brasil. Considerando que 68,4% (917) são de gestão privada; 22,2% (298) são de gestão pública; 8,3% (111) de gestão filantrópica e 0,1% (gestão militar).


Atualmente, 61% das instituições acreditadas pela ONA estão concentradas na região Sudeste. O Sul é responsável por 12,7%; Nordeste 12,1%; Centro-Oeste, 11,4% e Norte por 2,8%. www.ona.org.br

 

Fevereiro Roxo e Laranja: CRCSP alerta para o diagnóstico precoce do lúpus, fibromialgia, Alzheimer e leucemia

Campanha reforça a importância da informação e do apoio a pacientes que convivem com essas condições. 

 

O Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP) reforça seu compromisso com a saúde e o bem-estar da sociedade ao apoiar a campanha Fevereiro Roxo e Laranja. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar a população sobre quatro doenças que afetam milhares de brasileiros: lúpus, fibromialgia, Alzheimer e leucemia. 

A campanha recebe o nome de Fevereiro Roxo e Laranja em referência às cores que simbolizam as doenças abordadas. O roxo representa a conscientização sobre o lúpus, a fibromialgia e o Alzheimer, sendo guiado pelo lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. Já o laranja destaca a importância do diagnóstico e tratamento da leucemia, além de incentivar a doação de medula óssea como forma essencial de salvar vidas.

 

Conscientização e prevenção são fundamentais 

Embora algumas dessas doenças não tenham cura, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O CRCSP reforça a necessidade da informação para que a sociedade compreenda os sintomas e as formas de apoio disponíveis.

 

Lúpus 

Doença autoimune crônica que pode afetar diferentes partes do corpo, incluindo a pele, os rins, as articulações e o sistema nervoso central. Os principais sintomas incluem fadiga extrema, dores articulares e erupções cutâneas.

 

Fibromialgia 

Síndrome caracterizada por dor generalizada no corpo, fadiga persistente, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas. Embora não tenha uma causa definida, o tratamento pode envolver fisioterapia, medicação e mudanças no estilo de vida.

 

Alzheimer 

Doença neurodegenerativa que afeta a memória, o raciocínio e o comportamento. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de brasileiros convivem com demências, sendo o Alzheimer a principal delas.

 

Leucemia 

Tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos do sangue, levando a sintomas como anemia, fadiga intensa e febres frequentes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 6.738 pessoas morreram de leucemia no Brasil em 2020. A doação de medula óssea é um ato fundamental para ajudar pacientes em tratamento.

 

O papel da Contabilidade na responsabilidade social 

Além de seu papel essencial na economia, a Contabilidade também desempenha um papel importante na responsabilidade social. O CRCSP apoia campanhas como o Fevereiro Roxo e Laranja para contribuir com a informação e sensibilização da sociedade sobre temas relevantes para a saúde pública. 

Ao longo do mês, o CRCSP promoverá ações informativas para ampliar o conhecimento sobre essas doenças e incentivar hábitos de vida mais saudáveis. 

Para saber mais sobre a campanha, acesse o site do CRCSP: www.crcsp.org.br. 


Sintomas de virose? Saiba em que momento procurar atendimento médico

O termo “virose” é amplamente utilizado para descrever doenças causadas por vírus, que invadem as células do corpo humano e provocam uma variedade de sintomas. Essas infecções podem atingir diferentes partes do organismo, manifestando-se de diversas formas — desde infecções respiratórias leves, como gripes e resfriados, até doenças mais graves, como hepatite viral e herpes. 

No verão, as gastroenterites virais encontram condições ideais para se disseminarem com maior intensidade. Isso porque as altas temperaturas, somadas à maior circulação de pessoas em locais públicos, favorecem a propagação. Segundo o infectologista Felipe Moreno, médico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), a contaminação ocorre, na maioria das vezes, pela via fecal-oral, ou seja, por meio do consumo de alimentos, água ou contato com objetos contaminados por coliformes fecais. 

Dessa forma, ambientes como praias tornam-se propícios para a transmissão de viroses, devido a uma série de fatores. A qualidade da água do mar, que pode conter vírus, bactérias e parasitas, o consumo de alimentos e bebidas mal armazenados, o contato com superfícies contaminadas e a aglomeração de pessoas contribuem para o aumento dos casos no verão.
 

Sintomas comuns e diferenças para outras doenças 

"Os sintomas mais comuns de uma virose incluem diarreia líquida, com alta frequência de idas ao banheiro, acompanhada de dor abdominal, náuseas, vômitos e perda de apetite", explica o médico. Para diferenciar de outras doenças, ele ressalta que as viroses tendem a ser mais brandas, sem febre alta ou presença de sangue e muco nas fezes, e costumam apresentar melhora rápida. 

Em caso de suspeita de virose, para cuidados básicos em casa, o principal ponto de atenção é a hidratação. "Na maioria das vezes, a infecção cessa espontaneamente, sendo fundamental manter a ingestão de líquidos", afirma Dr. Felipe. A recomendação, segundo ele, é beber água potável regularmente ou preparar o soro de reidratação oral, que consiste em misturar 1 litro de água, 1 colher de chá de sal e 1 colher de sopa de açúcar.
 

Quando procurar atendimento médico 

Muitas pessoas têm dúvidas sobre quando uma virose exige atendimento médico. O especialista destaca que é essencial buscar ajuda se houver dificuldade em manter a hidratação, como em casos de vômitos intensos, presença de sangue nas fezes ou febre alta persistente. "Crianças e idosos exigem atenção especial, pois desidratam rapidamente. Caso apresentem urina muito escura, prostração, pele pegajosa ou, no caso de bebês, choro excessivo, é fundamental procurar atendimento", alerta o infectologista. 

Sobre a utilização de medicamentos, o médico afirma que o uso de analgésicos e antitérmicos pode ser seguro antes de consultar um médico, ajudando a aliviar os sintomas. No entanto, adverte que se houver necessidade frequente desses medicamentos para manter o bem-estar, é indicado também procurar avaliação profissional, pois eles podem mascarar problemas mais graves.
 

Cuidados necessários 

É importante destacar que o tratamento das viroses, na maioria dos casos, é voltado para o alívio dos sintomas, uma vez que há poucas opções de antivirais eficazes contra a maioria das infecções virais. Em determinadas situações, a prevenção por meio da vacinação é fundamental, como ocorre com a gripe e a hepatite. Além das vacinas, adotar medidas preventivas como manter uma boa higiene, lavar as mãos com frequência e evitar contato próximo com pessoas infectadas é essencial para reduzir o risco de contágio.
 



Hospital Evangélico de Sorocaba


Além da queda de cabelo: alguns tipos de câncer podem ter a estomia como consequência do tratamento

  • No Dia Mundial de Combate ao Câncer, saiba o que é a estomia e como é possível ter qualidade de vida apesar da condição
  • Estomizado há 18 anos, Átila Beck afirma que a estomia lhe deu outra chance para viver 

 

O Dia Mundial de Combate ao Câncer, em 04 de fevereiro, é uma data que tem como principal objetivo conscientizar a respeito da doença por meio da disseminação de informações relevantes sobre sintomas, diagnóstico e tratamento. Muitas pessoas desconhecem que, dependendo do tumor, são necessários procedimentos que podem mudar a vida do paciente, que vão muito além da conhecida queda de cabelo causada pela quimioterapia. 

É o caso dos tumores do intestino e da cavidade abdominal, que, dependendo do quadro, podem resultar na necessidade de uma estomia. Esse procedimento cirúrgico cria uma abertura em um órgão, nesse caso o intestino, para o exterior do corpo, funcionando como um caminho alternativo para a eliminação das fezes. “Todo câncer que acomete o intestino ou afeta sua integridade pode resultar em estomia. Além do câncer propriamente do intestino ou de tumores localizados dentro do abdômen, qualquer lesão na região do períneo ou na região anal pode necessitar do desvio do trânsito das fezes para um melhor tratamento ou uma cicatrização adequada”, explica Marcos G. Adriano Jota, Cirurgião Oncológico e Gestor do Cuidado e Diretor Nacional de Parcerias e Ações Sociais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. 

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o número estimado de casos novos de câncer de cólon e reto (ou câncer de intestino) para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos, correspondendo a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 casos entre os homens e 23.660 casos entre as mulheres[i]. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil e a mesma posição quando considerada a incidência de mortalidade[ii]. 

De acordo com o especialista, o principal desafio de um paciente após uma cirurgia de câncer seguida de uma estomia é a adaptação. “Essa pessoa vai precisar se adequar a uma nova rotina, que inclui o uso da bolsa coletora. Além desses desafios, que são técnico e físico, há a parte emocional, que também é muito impactada, já que a estomia impõe uma parte do intestino para fora do corpo e, consequentemente, a eliminação das fezes acontece externamente, por meio da bolsa”, destaca. Para o cirurgião, é importante preparar o paciente psicologicamente antes do procedimento, quando é eletivo, para facilitar essa adaptação. “Quando a estomia não é feita de urgência, temos a oportunidade de preparar e conscientizar o paciente para que o impacto não seja tão grande, além de passar todas as informações sobre como essa operação pode ser a melhor opção para o seu estado”, esclarece Marcos G. Adriano Jota. 

O médico afirma que é possível ter uma vida normal com uma estomia. “Ter uma estomia resultante de um tratamento do câncer não é o fim da vida, muito pelo contrário. É fundamental aproveitarmos o Dia Nacional de Combate ao Câncer para compartilhar a experiência de pacientes que vivem uma vida adaptada com muita qualidade e conseguem realizar as suas atividades rotineiras. Além disso, é uma chance para conscientizar também amigos, familiares e todos os profissionais de saúde que acompanham o paciente sobre a importância de orientá-lo a respeito dos cuidados com a pele ao redor estoma e as trocas da bolsa coletora”, conclui.

 

Estomizado, e agora? 

Átila Beck, especialista em Relacionamento com Associações de Usuários da Coloplast, sempre gostou de trabalhar com eventos para estar com pessoas e ver a alegria dos outros. Mas sua jornada começou a mudar quando, em 2006, aos 44 anos de idade, precisou passar por uma cirurgia de hemorroida, porque sofria com muitas dores. “Já no quarto do hospital, o médico me mostrou o material retirado, com margem de segurança, para ser enviado à biópsia. Aguardei o resultado com a minha a família, até que, em meados de janeiro de 2007, recebi o diagnóstico: adenocarcinoma maligno de intestino grosso com nódulos na parede posterior do reto”, relembra. 

Átila conta que foi uma descoberta muito difícil para ele e todos a sua volta, mas logo buscou forças para iniciar o tratamento. “Fui internado e operado em março do mesmo ano para a retirada de parte do intestino grosso e amputação abdomino-perineal do reto. Assim entrava para as estatísticas como mais um estomizado”, diz. 

No entanto, o especialista afirma que não se deixou abater. “A confiança que tomou conta de mim desde o princípio e o querer viver a partir dessa nova chance de vida tornou-me uma pessoa melhor em tudo. E com outra visão do mundo. De lá para cá já foram, além de diversos trabalhos, uma graduação e mais três pós-graduações lato sensu na área de marketing – área de minha paixão e aptidão. Usar a bolsa coletora tornou-se uma coisa normal que me ofereceu mais suporte à vida, uma nova vida”, ressalta. 

Entre 2019 e 2020, em meio a todo caos que a pandemia da Covid-19 começava a causar no mundo, Átila abriu um canal no YouTube para ajudar pessoas com o mesmo problema. No endereço Link é possível acessar muitos vídeos que abordam desde o diagnóstico até o tratamento e a aceitação. “Eu me dedico às pessoas que estão enfretando esse desafio para que tenham mais qualidade de vida. Sei que é difícil, mas não desistir é o melhor caminho”, explica. 

Agora, no auge dos seus 61 anos – dos quais 18 estomizado – Átila acredita que vive da melhor forma possível. “Eu me alimento bem, faço exercícios regularmente, me divirto com os amigos, adoro estar em família, namoro muito e tento agregar somente coisas boas, nunca fazer da rotina um caminho tortuoso. E, principalmente, não me vitimizo, pois sinto que tive outra chance para viver a vida que prezo e buscar os sonhos que almejo”, conclui. 

 

Coloplast
nosso site
coloplastestomia | @coloplastcontinencia | @coloplastprofessinalbr

  

[i] Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: Link

Acesso em janeiro/2025.

[ii] Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: Link Acesso em janeiro/2025



Consumo de frutas, café, chocolate e vinho reduz em até 23% o risco de síndrome metabólica

Também foi observada redução no risco de desenvolver hipertensão,
 resistência à insulina e dislipidemia (imagem: Hans/Pixabay)
Maior estudo sobre o impacto da ingestão de polifenóis no risco de problemas cardiometabólicos abrangeu mais de 6 mil brasileiros, acompanhados durante oito anos

 

Uma dieta rica em alimentos como uva, morango, açaí, laranja, chocolate, vinho e café pode reduzir em até 23% o risco de síndrome metabólica – conjunto de alterações hormonais e no metabolismo que eleva o risco de o indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares.

Foi o que comprovou estudo realizado com mais de 6 mil brasileiros, o maior do mundo a associar os efeitos do consumo de polifenóis – compostos bioativos conhecidos por sua ação antioxidante e anti-inflamatória – na proteção de problemas cardiometabólicos. Os resultados foram divulgados no Journal of Nutrition.

“Trata-se de uma boa notícia para quem gosta de frutas, chocolate, café e vinho, alimentos ricos nesses compostos. Embora a relação entre o consumo de polifenóis e a redução do risco de síndrome metabólica já ter sido identificada em estudos anteriores, ela nunca havia sido verificada em uma população tão grande [6.378 indivíduos] e ao longo de tanto tempo [oito anos]. Com o resultado da nossa pesquisa, não restam dúvidas: a promoção de dietas ricas em polifenóis pode ser uma estratégia valiosa para reduzir o risco cardiometabólico na população e prevenir a síndrome metabólica”, afirma Isabela Benseñor, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e coautora do artigo.

O trabalho integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), que monitora a saúde de 15 mil funcionários públicos de seis universidades e centros de pesquisa do país desde 2008. A iniciativa conta com financiamento do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A análise dos dados para o artigo foi feita na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, durante o pós-doutorado de Renata Carnaúba, no âmbito do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

Entre os 6.378 participantes analisados, 2.031 desenvolveram a síndrome metabólica. A condição é caracterizada pela combinação de pressão alta, obesidade abdominal, níveis sanguíneos elevados de açúcar (hiperglicemia), de triglicerídeos e de colesterol (dislipidemia). Geralmente, o diagnóstico é dado quando o indivíduo apresenta pelo menos três desses cinco fatores.

A prevalência da síndrome metabólica está aumentando em proporções epidêmicas em todo o mundo. No Brasil, saltou de 29,6% em 2013 para 33% em 2022, apontam pesquisas previamente publicadas.

“Pretendemos nos aprofundar, em futuros estudos, no papel dos polifenóis na proteção contra doenças cardiometabólicas. O que se sabe até agora são questões relacionadas ao poder anti-inflamatório e antioxidante desses compostos, além de uma possível influência positiva na microbiota intestinal”, destaca Benseñor, que coordena o ELSA-Brasil.


Variedade de alimentos

Existem mais de 8 mil tipos de polifenóis já identificados na natureza, sendo que os mais conhecidos e estudados são os ácidos fenólicos (presentes no café e no vinho), os flavonoides (frutas de forma geral, feijão e chocolate), as lignanas (sementes e laranja) e os estilbenos (uva roxa e vinho tinto).

Para identificar quais substâncias os participantes da pesquisa consumiam regularmente, foram aplicados questionários. Verificou-se a frequência da ingestão de 92 alimentos ricos em diferentes classes de polifenóis. Os efeitos de diferentes métodos de cozimento e processamento foram levados em consideração para permitir medições precisas da ingestão desses compostos bioativos.

Com base nessa análise, concluiu-se que um consumo elevado de polifenóis totais (469 miligramas por dia), proveniente de diferentes alimentos, diminuiu em 23% o risco de os indivíduos desenvolverem a síndrome metabólica, em comparação com aqueles que apresentaram um consumo mais baixo (177 mg/d). Uma redução similar do risco foi encontrada para o consumo de ácidos fenólicos, uma classe específica de polifenol abundante no café, vinho tinto e nos chás.

Carnaúba explica que a quantidade de polifenóis associada à redução do risco de síndrome metabólica é referente ao valor total de consumo do composto, que é obtida a partir da ingestão de diversos alimentos. “A variedade alimentar importa, pois uma das justificativas para os efeitos benéficos dos polifenóis na saúde é a sua capacidade de modular a microbiota intestinal. Esse processo pode estimular o crescimento de bactérias benéficas, conhecidas como probióticas. Porém, quanto mais diversa for a alimentação e mais variadas forem as fontes de polifenóis na dieta, melhor é o efeito na microbiota intestinal e, consequentemente, na saúde do indivíduo”, pontua.

De acordo com as análises, o consumo mais elevado de flavan3ol, uma subclasse de flavonoide, esteve associado com um risco 20% menor de desenvolver síndrome metabólica. Na população estudada, o consumo de flavan3ol se deu principalmente a partir do vinho tinto, que, sozinho, contribuiu com quase 80% da ingestão total deste composto. O chocolate também foi um contribuinte importante, já que determinou 10% do consumo de flavan3ol nesta população.

O estudo também analisou o impacto dos polifenóis em outras questões cardiometabólicas relacionadas à síndrome metabólica, como hipertensão, resistência à insulina e triglicérides aumentados, por exemplo.

“Os resultados mostraram que os efeitos dessas substâncias no metabolismo e nas questões cardíacas não são poucos. Independentemente de diversos fatores de risco para a doença, como sexo, idade, tabagismo e atividade física, aqueles que ingeriram mais polifenóis tiveram até 30 vezes menos chance de desenvolver pressão arterial elevada, 30 vezes menos chance de apresentar resistência à insulina e 17 vezes menos chance de ter triglicerídeos aumentados”, relata Carnaúba.

O artigo Associations between polyphenol intake, cardiometabolic risk factors and metabolic syndrome in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) pode ser lido em: https://jn.nutrition.org/article/S0022-3166(24)01185-4/abstract.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP*
https://agencia.fapesp.br/consumo-de-frutas-cafe-chocolate-e-vinho-reduz-em-ate-23-o-risco-de-sindrome-metabolica/53828



Ozempic aumenta a fertilidade e as chances de engravidar? Entenda esse fenômeno!

Uso da medicação permite o emagrecimento e controle de diabetes tipo 2, questões que estão indiretamente relacionadas às chances de reprodução 

 

O uso do Ozempic (Semaglutida), medicamento indicado principalmente para o tratamento do diabetes tipo 2 e recentemente aprovado pela ANVISA para auxiliar na perda de peso, agora sob o nome de Wegovy, tem gerado discussões sobre seus efeitos na fertilidade.  

A semaglutida atua de forma semelhante ao hormônio GLP1, produzido no intestino e sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade, diminuindo a fome. Esta substância também reduz o esvaziamento do estômago, potencializando a perda do apetite. Embora o Ozempic ou a Wegovy não tenham uma relação direta comprovada com a fertilidade, podem influenciar a saúde reprodutiva, pois é reconhecida que a obesidade leva ao aumento circulante dos estrogênios, alterando a perfeita conexão da hipófise ao ovário, impactando negativamente o padrão ovulatório e a qualidade dos óvulos, podendo levar à infertilidade ou ao aborto.  

De acordo com o Dr. Eduardo Motta, especialista em saúde reprodutiva do Grupo Huntington, o Ozempic e outros medicamentos similares, como Wegovy ou Rybelsus têm mostrado eficácia na promoção da perda de peso, passo importante para aqueles que enfrentam dificuldades para conceber. Outro ponto é que essas medicações auxiliam na saúde de mulheres obesas com a síndrome do ovário policístico (SOP). “A perda de peso pode melhorar a função ovariana e o controle hormonal em mulheres com SOP, condição que muitas vezes está associada à obesidade e infertilidade”, explica. 

Além disso, o uso de semaglutida permite o controle do diabetes, fator essencial para a fertilidade feminina, já que mal controlada pode interferir nos ciclos menstruais e na ovulação. “No caso de mulheres com diabetes tipo 2, o uso do Ozempic pode ser benéfico, pois melhora o controle glicêmico e pode resultar em uma regularização dos ciclos menstruais, aumentando as chances de concepção”, afirma o Dr. Eduardo.

 

Impacto da obesidade na fertilidade 

A obesidade é um fator conhecido por afetar a fertilidade, tanto em mulheres quanto em homens. Nos homens, a semaglutida pode oferecer benefícios indiretos ao melhorar o controle glicêmico, uma vez que o diabetes tipo 2 é conhecido por afetar a qualidade do esperma e aumentar o risco de disfunção erétil. “Além das mulheres, é importante estarmos atentos à saúde dos homens. Neles, o excesso de peso pode prejudicar a qualidade do esperma, afetando a contagem, motilidade e morfologia dos espermatozoides. Isso também entra em conta o diabetes mal controlado, que também pode acarretar alterações hormonais, o que impacta diretamente a fertilidade. O uso do Ozempic pode ajudar a reduzir esses riscos ao controlar melhor os níveis de glicose no sangue”, ressalta.

 

Cuidados e Recomendações 

É essencial que tanto mulheres quanto homens que utilizam Ozempic ou outros medicamentos similares para controle de diabetes ou perda de peso mantenham um acompanhamento médico contínuo. “Para mulheres em idade fértil, é fundamental discutir o uso de Ozempic com um especialista, especialmente quando há planos de gravidez. Pois, embora o medicamento possa ter efeitos positivos em algumas condições, como o diabetes e a obesidade, a segurança durante a gravidez precisa ser mais bem compreendida”, destaca o especialista. “A combinação de um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios, continua sendo a principal recomendação para aqueles que buscam melhorar a saúde reprodutiva”, conclui.  

 

Huntington Medicina Reprodutiva
Huntington

 

Campanha do Dia Mundial do Câncer coloca as pessoas no centro dos cuidados

Cuidados com a nutrição e bem-estar dos pacientes são alguns dos aprendizados oferecidos nos cursos do Senac EAD

 

O Dia Mundial do Câncer é estipulado em 4 de fevereiro, com objetivo de conscientizar a sociedade global sobre os riscos da doença. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, anualmente, 7,6 milhões de pessoas morrem em decorrência da patologia. 

É importante acrescentar o comprometimento de diversas organizações sem fins lucrativos que se dedicam a promover campanhas de esclarecimento e atendimento à população. A UICC (União Internacional para o Controle do Câncer) é pioneira nesse trabalho e foi criada em 1933, na cidade de Genebra (Suíça). Atualmente, a instituição conta com 1.100 entidades parceiras, em mais de 170 países e territórios. 

As ações são realizadas a partir de temas escolhidos a cada edição, porém o tema trabalhado em 2025 será repetido até 2027, e se chama “Unidos pela Única”. O mote da campanha é colocar as pessoas no centro dos cuidados e divulgar as histórias dos pacientes que enfrentam ou já foram diagnosticados com a doença.
 

Estatísticas do câncer no Brasil 

O Inca (Instituto Nacional do Câncer) divulgou, em 2024, os resultados de um estudo detalhado sobre os diagnósticos identificados, em todas as regiões do país. Considerando o gênero dos indivíduos, os três tipos mais comuns em homens são: pele não melanoma, próstata e pulmão. Nas mulheres, o registro de pele não melanoma também é o mais verificado, seguido de tumores nas mamas e colo do útero. 

A partir desses dados, vale acrescentar uma pesquisa realizada pela OPAS (Organização Pan-americana da Saúde), organização diretamente ligada à OMS (Organização Mundial do Câncer). O câncer ainda é considerado a 2ª principal causa de morte em todo mundo, com variável de um em cada seis óbitos. 

O Ministério da Saúde alerta que a doença não tem uma causa única, já que pode ser resultado de eventos externos ou internos, entre os quais: hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Porém, quase 90% dos diagnósticos estão relacionados com a degradação do meio ambiente e os hábitos de consumo. 

Crédito da imagem: UICC

Por isso, é importante reforçar que 1/3 dos óbitos decorrentes da doença são impulsionados por riscos comportamentais e alimentares dos indivíduos: alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física e uso de álcool e tabaco. 

Dessa maneira, é fundamental que toda a sociedade se comprometa a combater os casos de diagnósticos que, identificados em estágio avançado, multiplicam as chances de morte. 

No caso dos profissionais de saúde, o aperfeiçoamento profissional é a melhor estratégia e no Senac EAD terão oportunidade de realizar especializações lato sensu como “Assistência Nutricional ao Paciente com Câncer”, “Nutrição e Gastronomia: integrando saúde e cozinha” e “Nutrição Clínica: do home care ao hospital”. 

Se você tem interesse em aumentar os conhecimentos sobre as abordagens terapêuticas do câncer, acesse o portal do Senac EAD e confira os detalhes das pós-graduações citadas. Afinal, o melhor método de tratamento para a doença ainda é a prevenção. 

 

Senac EAD


Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência: um alerta para um problema de saúde pública

Só o primeiro semestre de 2024 registrou aproximadamente 141 mil partos de mães adolescentes. Gestação precoce oferece riscos para a saúde da mãe e do bebê

 

Até 8 de fevereiro, o Brasil chama a atenção para a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, uma iniciativa essencial para debater e conscientizar a população sobre um problema de saúde pública que, apesar da redução dos índices ao longo dos anos, ainda apresenta números alarmantes no país. A médica ginecologista e obstetra Dra. Renata Moedim ressalta que a gravidez precoce pode trazer impactos profundos físicos e emocionais. "Uma gestação nessa fase da vida oferece riscos elevados para a saúde tanto da mãe quanto do bebê", alerta a especialista. 

Entre os principais riscos estão o parto prematuro, o baixo peso ao nascer e complicações durante o parto. “Doenças como hipertensão gestacional e diabetes também são mais frequentes, além do aumento da incidência de malformações e síndromes nos bebês”, alerta. 

Para reduzir esses números, a médica destaca a importância da educação sexual. "A adolescente precisa ter acesso a informações confiáveis, que vão além dos métodos contraceptivos. É fundamental que ela compreenda as consequências de uma gravidez nessa idade, tanto para sua vida pessoal quanto para sua saúde", explica. 

Atualmente, existem diversos métodos contraceptivos adequados para adolescentes, incluindo anticoncepcionais orais, dispositivos intrauterinos (DIU) e implantes hormonais. A ginecologista reforça que cada adolescente deve receber orientação personalizada sobre o melhor método para sua realidade, sempre enfatizando a importância do uso de preservativos para prevenir também infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Para aquelas que já se encontram em uma gestação precoce, é essencial garantir suporte emocional e acesso a um pré-natal precoce e adequado já que trata-se de uma gravidez de alto risco, que requer acompanhamento especializado desde o início para minimizar complicações e garantir melhores condições de saúde para mãe e bebê", finaliza a Dra. Renata.




Dra. Renata Moedim ginecologista - Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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Volta às aulas: Como o peso da mochila pode afetar a coluna dos alunos?

O uso prolongado de mochilas muito pesadas combinado com a má postura pode prejudicar a saúde do estudante, afirma o neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho 

 

Com o início do ano letivo, é comum ver alunos carregando mochilas cheias de livros e cadernos, algumas atingindo alguns quilos.  

No entanto, o peso excessivo das mochilas pode trazer prejuízos à saúde no longo prazo, especialmente à coluna vertebral, em uma fase essencial do seu desenvolvimento. 

 

Uma fase importante

De acordo com o neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, o uso inadequado de mochilas pode contribuir para dores nas costas, alterações posturais e até problemas mais graves, como desvios na coluna. 

“Carregar mochilas muito pesadas ou usá-las de forma errada pode causar problemas sérios, como desvio na coluna, sobrecarregando músculos e articulações, especialmente em crianças, que estão em fase de desenvolvimento, aumentando o risco de problemas futuros”.

 

Os efeitos negativos do peso na coluna

A recomendação geral é de que o peso da mochila não ultrapasse 10% do peso corporal do usuário, mas quando essa recomendação é ignorada, a sobrecarga nos ombros, coluna e quadris pode causar desequilíbrios musculares e dores. 

“Crianças e adolescentes estão em fase de crescimento e, nessa etapa, a estrutura óssea é mais suscetível a deformidades posturais. Por isso, carregar mochilas muito pesadas diariamente pode causar desvios posturais, simulando uma lesão como escoliose, hiperlordose ou cifose”, alerta o Dr. Luiz Felipe  Carvalho, especialista no controle da dor e procedimentos com células tronco.

 

Como prevenir problemas posturais?

Algumas medidas simples podem evitar os danos causados pelo excesso de peso das mochilas:

 

1 - Controle do peso da mochila: A mochila deve pesar no máximo 10% do peso corporal da criança. Retirar itens desnecessários e priorizar materiais essenciais pode ajudar;

 

2 - Mochilas ergonômicas: Opte por modelos com alças largas e acolchoadas, que distribuam o peso de forma uniforme nos ombros;

 

3 - Uso correto das alças: A mochila deve ser carregada com ambas as alças ajustadas de maneira que fique próxima às costas;

 

4 - Organização interna: Coloque os itens mais pesados próximos ao corpo para evitar que o peso puxe a criança para trás;

 

5 - Postura durante o uso: Ensine os alunos a manterem o tronco alinhado e os ombros relaxados ao carregar a mochila.

 

 

Dr. Luiz Felipe Carvalho - O Gaúcho é Diretor do Departamento de Tratamento com Uso de Células Tronco do CPAH - Centro de Pesquisa e Análise Heráclito - possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente está estruturando o serviço de Medicina Regenerativa na Cidade de São Paulo para tratamentos de Artrose e de dores crônicas osteomusculares. Dr. Luiz Felipe Carvalho é ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa e neurociências. Já tratou grandes atletas como o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha do Grêmio. Além do tenista Argentino naturalizado Uruguaio Pablo Cuevas que faz tratamento com célula tronco desde 2017 melhorando muito sua performance avançando no ranking desde então.



Sintomas do TDAH são mais acentuados no período de volta às aulas

Cellera Farma dá algumas dicas de como facilitar à readaptação ao ambiente escolar após o término das férias 

 

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição relacionada ao desenvolvimento neurológico que afeta crianças e pode persistir na vida adulta. Os principais sintomas são desatenção, impulsividade e hiperatividade, e podem ser mais intensos em casos específicos. Mas, uma coisa é certa: não importa o nível de TDAH, é preciso cuidar para que o desempenho na escola não seja prejudicado e apoiar a criança social e emocionalmente. E quanto antes isso for feito, melhor.

Estima-se que o TDAH afete cerca de 3% a 8% das crianças e adolescentes em idade escolar, de acordo com levantamento das Secretarias de Atenção Especializada à Saúde e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. O transtorno pode causar problemas para se concentrar, seguir instruções e completar tarefas. Além disso, comportamentos impulsivos podem levar a conflitos com professores e colegas, prejudicando o aprendizado e a integração social. O suporte adequado, como acompanhamento especializado por profissionais de saúde e da pedagogia, é essencial para minimizar esses impactos.

Esse cuidado se torna ainda mais urgente na volta às aulas, pois a falta de uma rotina bem definida durante as férias pode tornar mais difícil retomar hábitos escolares, como cumprir horários, concentrar-se nas aulas e gerenciar tarefas. A mudança na volta às aulas, muitas vezes, aumenta o sentimento de frustração e sobrecarga emocional, dificultando a adaptação. “O retorno à escola representa um período crítico para crianças com TDAH, exigindo atenção especial para garantir uma adaptação saudável e produtiva", diz Marcos Cataldo, Gerente Médico da Cellera Farma.

Além disso, o especialista ressalta a importância dos pais e profissionais de saúde ficarem atentos à composição dos produtos utilizados no tratamento e no dia a dia das crianças. “Embora o vermelho Allura AC seja amplamente utilizado e aprovado por órgãos regulatórios, é essencial que consumidores e profissionais da saúde estejam cientes dos potenciais riscos associados ao seu consumo, especialmente em populações sensíveis, como crianças. A leitura atenta dos rótulos dos alimentos e a moderação no consumo de produtos que contenham esse corante são medidas recomendadas para minimizar possíveis efeitos adversos.”

A Cellera Farma reforça seu compromisso com a segurança dos pacientes e não utiliza esse corante em nenhum de seus produtos.


Como identificar sinais e o que fazer?

No início do ano escolar, crianças com TDAH podem apresentar sinais de dificuldade como desatenção frequente, esquecer materiais ou tarefas, resistência em cumprir horários e comportamento impulsivo ou ansioso. Mudanças de humor, frustração ao realizar tarefas e dificuldade em seguir regras na sala de aula também são comuns.  

O suporte adequado, como estratégias para organizar a rotina, reforço positivo e a colaboração entre família e escola, são cruciais nesse período, para estabelecer uma transição mais tranquila e produtiva. A adaptação ao ambiente escolar pode ser desafiadora, mas algumas estratégias simples podem fazer toda a diferença:


- Estabeleça uma rotina consistente:

Defina horários fixos para estudar, brincar e descansar.
 

- Organize os materiais escolares:

Utilize listas de verificação e etiquetas para facilitar a organização.

Incentive o uso de agendas ou planners para acompanhar tarefas e compromissos.
 

- Crie um ambiente tranquilo para estudos:

Escolha um local livre de distrações para a realização das atividades escolares.
 

- Reforce conquistas:

Elogie os esforços e comemore até as pequenas vitórias para motivar a criança.
 

- Mantenha comunicação com a escola:

Dialogue regularmente com professores e a equipe escolar para monitorar o progresso e ajustar estratégias quando necessário.
 

É fundamental que crianças com TDAH recebam acompanhamento de profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras. A psicoterapia, por exemplo, pode ensinar habilidades específicas para gerenciar o comportamento e transformar padrões de pensamento negativos em positivos, ajudando na adaptação escolar e no desenvolvimento de habilidades sociais. Esse trabalho conta com o apoio de medicamentos que melhoram a atenção e reduzem a impulsividade e a hiperatividade. “Existem no mercado alternativas de tratamento farmacológico com tecnologia de liberação prolongada, permitindo controle dos sintomas ao longo do dia, com uma dose única diária, facilitando a adesão ao tratamento. Esse é um grande diferencial”, afirma Marcos Cataldo, Gerente Médico da Cellera Farma.

A Cellera Farma oferece em seu site vasto material voltado para apoiar famílias após o diagnóstico de TDAH. Esses recursos são projetados para fornecer informações práticas e orientações essenciais para pais e responsáveis, ajudando a entender melhor o transtorno e a lidar com os desafios do dia a dia. Entre os materiais disponíveis, destaca-se a cartilha "Orientações para a família após o diagnóstico de TDAH". Para acessar esse conteúdo, basta visitar o site da Cellera Farma por meio do seguinte link: Orientações para a família após o diagnóstico de TDAH – Cellera Farma.
  


Cellera Farma
www.cellerafarma.com.br


Saiba como proteger a pele das crianças durante o verão

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul alerta sobre os riscos da exposição excessiva ao sol e como prevenir danos à pele infantil 

 

Durante o verão, a exposição ao sol aumenta significativamente, especialmente nas férias. Embora a luz solar seja importante para a saúde, a exposição excessiva, principalmente entre 10h e 16h, pode causar danos irreparáveis à pele das crianças, como queimaduras e o aumento do risco de câncer de pele no futuro. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a importância de adotar medidas preventivas para proteger as crianças, garantindo que aproveitem o verão de forma segura. 

A dermatologista pediátrica e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Ana Elisa Kiszewski Bau, salienta que para garantir a proteção adequada da pele das crianças, é fundamental utilizar filtros solares com FPS alto, preferencialmente de 50 ou mais.  

“Para bebês de 6 meses a 2 anos, recomenda-se o uso de filtros solares 100% minerais, enquanto para crianças entre 2 e 12 anos, o filtro solar infantil é o mais indicado. A reaplicação é crucial, especialmente em ambientes aquáticos, sendo necessário reaplicar o produto a cada uma hora. Além disso, é importante investir em roupas e acessórios com FPU no tecido sempre que possível”, afirma. 

A médica complementa que embora o filtro solar em aerossol seja prático, ele não é recomendado para a infância, já que pode não garantir uma cobertura uniforme, levando à falsa sensação de proteção. Também é imprescindível evitar a exposição ao sol entre 10h e 15h, quando a incidência de radiação UVB é mais intensa, aumentando o risco de queimaduras solares e câncer de pele. 

A especialista também orienta que, além da aplicação do protetor solar, os pais devem incentivar o uso de roupas com proteção UV e manter as crianças em ambientes sombreados sempre que possível. A SPRS enfatiza a importância de conscientizar as famílias sobre os cuidados com a pele e a saúde das crianças, recomendando a consulta com um especialista dermatologista em caso de dúvidas ou para um acompanhamento mais detalhado.

 

Marcelo Matusiak

 

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