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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência: um alerta para um problema de saúde pública

Só o primeiro semestre de 2024 registrou aproximadamente 141 mil partos de mães adolescentes. Gestação precoce oferece riscos para a saúde da mãe e do bebê

 

Até 8 de fevereiro, o Brasil chama a atenção para a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, uma iniciativa essencial para debater e conscientizar a população sobre um problema de saúde pública que, apesar da redução dos índices ao longo dos anos, ainda apresenta números alarmantes no país. A médica ginecologista e obstetra Dra. Renata Moedim ressalta que a gravidez precoce pode trazer impactos profundos físicos e emocionais. "Uma gestação nessa fase da vida oferece riscos elevados para a saúde tanto da mãe quanto do bebê", alerta a especialista. 

Entre os principais riscos estão o parto prematuro, o baixo peso ao nascer e complicações durante o parto. “Doenças como hipertensão gestacional e diabetes também são mais frequentes, além do aumento da incidência de malformações e síndromes nos bebês”, alerta. 

Para reduzir esses números, a médica destaca a importância da educação sexual. "A adolescente precisa ter acesso a informações confiáveis, que vão além dos métodos contraceptivos. É fundamental que ela compreenda as consequências de uma gravidez nessa idade, tanto para sua vida pessoal quanto para sua saúde", explica. 

Atualmente, existem diversos métodos contraceptivos adequados para adolescentes, incluindo anticoncepcionais orais, dispositivos intrauterinos (DIU) e implantes hormonais. A ginecologista reforça que cada adolescente deve receber orientação personalizada sobre o melhor método para sua realidade, sempre enfatizando a importância do uso de preservativos para prevenir também infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Para aquelas que já se encontram em uma gestação precoce, é essencial garantir suporte emocional e acesso a um pré-natal precoce e adequado já que trata-se de uma gravidez de alto risco, que requer acompanhamento especializado desde o início para minimizar complicações e garantir melhores condições de saúde para mãe e bebê", finaliza a Dra. Renata.




Dra. Renata Moedim ginecologista - Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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