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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Garimpos ilegais de ouro podem emitir 3,5 toneladas de carbono por hectare e concentrar mercúrio no solo

 

Os pesquisadores coletaram amostras em áreas de mineração de ouro
 nos municípios de Tucumã (PA), Colider (MT), Poconé (MT) e Descoberto (MG),
que abrangem os biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica
 (fotos: Matheus Bortolanza Soares)

Pesquisadores da USP e colaboradores analisaram amostras de áreas de mineração em quatro biomas, incluindo Amazônia

 

 Garimpos ilegais de ouro reduzem em até 50% os estoques de carbono de áreas mineradas, especialmente durante estações secas. Como consequência dessa emissão, há aumento de até 70% na disponibilidade de mercúrio (Hg) no solo, representando riscos ambientais e de saúde pública, especialmente para comunidades que vivem próximas a esses locais.

Com base em amostras de solo de regiões de mineração ilegal em quatro biomas, pesquisadores brasileiros verificaram que a liberação de carbono para a atmosfera é, em média, de 3,5 toneladas por hectare, enquanto o acúmulo de Hg pode chegar a 39 quilos por hectare. Os resultados estão em artigo publicado na revista Science of The Total Environment.

Para analisar a dinâmica sazonal dos dois elementos químicos, os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas, como a extração química, a espectroscopia – que avalia como a luz interage com a matéria para identificar substâncias e entender suas propriedades químicas e físicas – e a termogravimetria, que mede a variação de massa de um material conforme ele é submetido a alterações de temperatura.

Ao fazer as avaliações ao longo do tempo, os cientistas detectaram que a mudança da estação chuvosa para a seca pode elevar em até 20% a liberação de carbono para a atmosfera.

“A matéria orgânica no solo tem papel crucial na retenção de mercúrio. Com a mineração e o desmatamento, além de liberar o CO2 para a atmosfera, contribuindo com o aquecimento global, há um acréscimo na disponibilidade de mercúrio no solo. Além disso, as mudanças das estações do ano promovem aumento na liberação de Hg do solo, podendo favorecer a contaminação de corpos d’água, entre eles nascentes, rios e lençol freático, com grande potencial de chegar aos seres vivos”, explica o engenheiro agrônomo Matheus Bortolanza Soares, pesquisador de pós-doutorado vinculado ao Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

Autor correspondente do artigo, Soares recebe bolsa da FAPESP, que também financia o Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) sediado na USP e coordenado por Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, coautor do artigo. Também assina o texto Luís Reynaldo Alleoni, pesquisador vinculado ao CCARBON.

“Nossos resultados realçam que a mudança nas estações climáticas [seca e chuvosa] desempenha papel fundamental na manutenção dos estoques de carbono e na regulação da disponibilidade de Hg. A análise da solução do solo mostrou o esgotamento de carbono devido à conversão de pastagem em área de mineração e ao acúmulo de Hg, o que pode representar sérios riscos tanto para os ecossistemas quanto para a saúde humana. Além disso, a contaminação significativa de mercúrio influenciada por fatores climáticos sugere que as mudanças no clima podem exacerbar o transporte e a biodisponibilidade de Hg, levando a maiores desafios ambientais e de saúde pública”, diz Alleoni, que foi orientador de Soares no doutorado e supervisiona seu pós-doutorado, ambos com bolsa da FAPESP.


Paisagens diversas

Os pesquisadores coletaram as amostras em áreas de mineração de ouro nos territórios dos municípios de Tucumã (PA), Colider (MT), Poconé (MT) e Descoberto (MG), que abrangem os biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. Para trabalhar nessas regiões, contaram com a ajuda de professores e cientistas de universidades e instituições de pesquisa locais, que fizeram a intermediação com garimpeiros para entrar nas áreas de coleta.

Dados do MapBiomas referentes a 2022 apontam que o Brasil tem 263 mil hectares de garimpo (duas vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro) – dos quais 92% estão na Amazônia. Desse total da floresta tropical, 77% ficam a menos de 500 metros de algum tipo de corpo d’água, como rios, lagos e igarapés.

Considerando os valores médios de estoques de Hg obtidos no estudo liderado por Soares, a estimativa é que esses solos minerados possam abrigar cerca de 10.200 toneladas do metal. A pesquisa destacou que a quantidade de Hg varia significativamente entre os locais analisados, sendo a forma de mineração e a idade dos garimpos os fatores cruciais que influenciaram a dinâmica do mercúrio no solo, afetando diretamente sua concentração e mobilidade.

“Nosso trabalho é pioneiro por ter conseguido quantificar a perda de carbono e o acúmulo do metal nas áreas pesquisadas, além de analisar quanto a mudança das estações do ano afeta esses resultados. Porém, ainda precisamos refinar os dados em escala atômica e molecular para desvendar quais compostos orgânicos têm maior potencial de reter Hg e carbono e compreender melhor o papel do clima nessa interação. Isso é fundamental para avaliar o impacto no Brasil como um todo e os efeitos no clima”, diz Soares à Agência FAPESP.

Os garimpos ilegais – sem registro em agências reguladoras e órgãos ambientais – geralmente usam mercúrio em excesso para viabilizar a separação do ouro dos demais sedimentos, causando uma série de impactos sanitários, ambientais, socioculturais e econômicos.

Na Amazônia, o ouro está presente no ambiente em forma de partículas muito pequenas. Para uni-las e facilitar a extração, é utilizado mercúrio metálico, que forma um amálgama. Quando liberado – após a queima do amálgama ou a lavagem nos rios –, pode sofrer um processo químico (metilação) por ação de microrganismos, tornando-se um composto altamente tóxico.

Ao longo do tempo, os peixes podem acumular o metal em seus tecidos e, quando consumidos, representam risco para a saúde humana. Estudo desenvolvido por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de instituições amazonenses, divulgado em 2023, revelou que peixes dos principais centros urbanos da Amazônia estavam contaminados pelo metal (leia mais em: agencia.fapesp.br/50128).

No organismo humano, o mercúrio provoca distúrbios renais, cardiovasculares e imunológicos, com comprometimento da visão e do sistema respiratório. Também pode afetar o sistema nervoso central, resultando em danos cerebrais e desempenho cognitivo reduzido, como os registrados em indígenas do povo Yanomami de nove aldeias assediadas pelo garimpo em Roraima, segundo estudo da Fiocruz em parceria com a USP. Além deles, os territórios mais ocupados por garimpeiros são as terras indígenas Kayapó e Munduruku.

Estima-se que cerca de 19 mil pessoas, majoritariamente indígenas e ribeirinhos, são diretamente afetadas pela contaminação decorrente da mineração de ouro somente na Amazônia, de acordo com a pesquisa. Nos outros biomas os dados sobre as populações em risco de exposição são menos abrangentes.

No trabalho, os cientistas também citam outro estudo que apontou cerca de 5,4 milhões de hectares de minas legalmente ativas no Brasil, incluindo vários tipos de minério, onde os estoques globais de dióxido de carbono equivalente no solo foram calculados em 1,68 gigatonelada (leia mais em: agencia.fapesp.br/41887).

Com base nesses resultados, há uma perda aproximada de até 0,07 gigatonelada de dióxido de carbono equivalente apenas nas camadas mais superficiais do solo, considerando exclusivamente as áreas legais, independentemente do tipo de mineração, e assumindo perdas de carbono semelhantes entre as diferentes regiões.


Alternativas

Segundo os pesquisadores, para mitigar os danos, é essencial fortalecer as políticas de fiscalização da mineração, incentivar a legalização da atividade e implementar programas de educação ambiental direcionados às comunidades locais. Além disso, é necessário utilizar técnicas capazes de reduzir os impactos causados pela disponibilidade de Hg no solo e na água, como a fitorremediação.

Os cientistas estudaram amostras de uma área de mineração abandonada há mais de 50 anos e observaram sinais de restauração da floresta nativa. Nessa área, os teores de carbono no solo são elevados e os níveis de Hg disponíveis são baixos. No entanto, isso demonstra que o processo de restauração é muito lento e, provavelmente, poderia ser acelerado por meio de pesquisas e o uso de novas estratégias de recuperação.

Para Soares, os resultados obtidos são fundamentais para desenvolver estratégias que promovam o aumento da matéria orgânica no solo visando melhorar a retenção de Hg e minimizar as possíveis emissões de CO2. Essas iniciativas contribuem para mitigar a degradação ambiental causada pela mineração, reduzindo os riscos de contaminação e os impactos negativos sobre o ecossistema.

Atualmente na Inglaterra, o pesquisador está em estágio de pesquisa no exterior com bolsa da FAPESP. O objetivo é desenvolver estratégias para reduzir a contaminação ambiental por meio da adição de nanopartículas de biocarvão e resíduos vegetais, além de compreender como as interações do carbono presente nesses materiais podem influenciar o solo e minimizar os impactos causados pela liberação de Hg.

O artigo Impact of climatic seasons on the dynamics of carbon, nitrogen and mercury in soils of Brazilian biomes affected by gold mining pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969724064350?via%3Dihub.

 


Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/garimpos-ilegais-de-ouro-podem-emitir-35-toneladas-de-carbono-por-hectare-e-concentrar-mercurio-no-solo/53510


Por que libertar o jardineiro que existe dentro de você

A busca pela felicidade é um processo completamente natural. Muitas vezes essa alegria está próxima de nós. Ela pode ser encontrada em um jardim. Assim, em comemoração ao Dia do Jardineiro, celebrado no dia 15/12, a iniciativa Nutrientes Para a Vida faz um convite para despertar o jardineiro que está dentro de você


Se você jardina, já sabe que jardinagem é, entre outras coisas, uma atividade relaxante e que pode ser praticada desde a infância até a idade avançada. Além disso, está comprovado que se trata de uma forma de diminuir o estresse e esquecer dos problemas do dia a dia.
 

Jardinar envolve sim alguma atividade física, que também pode ajudar a melhorar o humor, liberando endorfina e aliviando a ansiedade. Na verdade, cultivar os seus próprios vegetais e frutas também permite comer de forma mais saudável. Nem sempre pensamos neste aspecto da jardinagem. No entanto, ver as suas plantas crescerem e colher os seus próprios vegetais pode lhe dar uma sensação de satisfação e autorrealização. 

Em cada pequeno jardim ou em cada parte dos grandes jardins encontramos a poesia trazida pelo jardineiro que expressou ali toda a sua criatividade. Percebemos a energia do coração que ele implantou no local. O que encontramos no jardim é: apaziguamento, equilíbrio, bem-estar, calma, relaxamento, gentileza, paz, pureza, tranquilidade, segurança... 

Se você já cultivou uma planta pequena conhece a alegria de ver crescer algo que você plantou. É absolutamente mágico! Seu dia se torna especial nas visitas às suas plantas. Você monitora seu crescimento. Uma gotinha de água, uma pequena limpeza em volta... alguns pequenos tratamentos que fazem bem tanto a você quanto à planta. 

Além do jardim, cultivar alimentos frescos e saudáveis, ricos em nutrientes essenciais, pode ajudar a manter o equilíbrio hormonal e uma boa saúde mental. Além disso, consumir refeições de qualidade pode trazer sensação de satisfação e bem-estar. E, o melhor de tudo, se vierem do nosso próprio trabalho, então podem contribuir para uma atitude positiva e para uma melhor gestão do estresse. 

Se a nossa própria horta puder fornecer nosso alimento, isso trará um grande orgulho, proporcionando um efeito benéfico sobre o moral e permitindo que você passe mais tempo ao ar livre, conectando-se com a natureza. 

Como jardineiro, é possível trabalhar em contato próximo com o meio ambiente e cuidar da produção e do cuidado das plantas. Você trabalha o solo, cultiva canteiros, cultiva plantas, rega e as fertiliza. Além de cuidar do seu jardim, cultivar também significa cuidar do meio ambiente. Cuidando do nosso cantinho, damos a nossa contribuição ao planeta e cuidamos de nós e dos nossos entes queridos. 

Quer mais vantagens? Você também consegue melhorar os sintomas de depressão, e estimula a exposição ao sol, elevando ainda os índices de vitamina D em seu corpo.

Depois de descobrir tantas vantagens, o que falta para libertar o que jardineiro que mora dentro de você?
 



Valter Casarin - coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.


NPV - Nutrientes para a Vida


Férias escolares: como pais separados podem obter autorização para viagens de filhos em situação de guarda compartilhada

Pais separados ou divorciados devem ficar atentos à legislação
 

O ano letivo de 2024 chega ao fim e o período de recesso escolar se inicia neste mês de dezembro e segue até janeiro de 2025. Uma das dúvidas mais frequentes nas férias é sobre a necessidade de autorização do outro genitor para viajar com o filho, mesmo que a guarda seja compartilhada. Estar atento para garantir que ambos os pais possam participar de momentos significativos com os filhos, fortalecendo os laços familiares. 

Além de promover o equilíbrio na convivência, essa prática assegura que as decisões sobre atividades de lazer, viagens e rotina sejam tomadas em conjunto, priorizando o bem-estar e o desenvolvimento emocional das crianças. Também evita disputas, proporcionando uma organização mais harmoniosa das agendas familiares nesse período. 

As regras podem variar de acordo com o tipo de viagem e com quem o menor de idade estará acompanhado. A guarda compartilhada não só assegura o convívio contínuo da criança ou adolescente com ambos os pais após a separação, mas também promove uma participação igualitária e ativa de ambos na criação, educação e momentos de lazer dos filhos. 

Para viagens dentro do Brasil, o genitor que está com a criança durante o período das férias não precisa da autorização por escrito do outro genitor, desde que seja realizada dentro do território nacional. Porém, é fundamental que haja comunicação prévia entre os pais, evitando qualquer tipo de conflito. 

Caso a viagem seja realizada somente com terceiros - tios ou amigos - é necessária a autorização por escrito de ambos os pais, com firma reconhecida em cartório. Vale ressaltar que, caso a viagem seja realizada dentro do território nacional com os avós, basta apresentar a certidão de nascimento com a comprovação do grau de parentesco. 

Mesmo em casos de guarda compartilhada, viagens internacionais com apenas um dos genitores exigem a autorização por escrito do outro. Essa medida é essencial para proteger a criança e prevenir situações de subtração internacional de menores. 

Especialista em Direito de Família e Sucessões, sócia e co-fundadora do PHR Advogados, Patrícia Valle Razuk explica que a viagem internacional depende muito do tipo de passaporte que foi eleito pela família daquela criança. “Alguns já constam a autorização no documento, mas a grande maioria não tem. É comum os pais optarem pela necessidade de autorização, que é a modalidade mais segura”, diz. A advogada ressalta a importância de ter a autorização reconhecida em cartório, em duas vias, uma para a ida e outra para a volta ou até mesmo uma via reserva. 

É recomendável que seja utilizado o modelo padrão de autorização disponível nos cartórios ou no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No ato do reconhecimento em cartório devem ser apresentados os documentos de identificação do menor e dos pais (RG, CPF e certidão de nascimento). 

Em situações de conflito, em que um dos genitores se recusa a fornecer a autorização necessária para a viagem, por exemplo, o outro genitor pode recorrer à via judicial. Razuk esclarece que, para tanto, é importante demonstrar que a viagem é de interesse do menor e que não apresenta riscos à sua segurança e bem-estar. Segundo a advogada, a decisão do juiz deverá sempre ser pautada pelo melhor interesse da criança ou do adolescente.  



Fonte: Patrícia Valle Razuk - sócia e co-fundadora do PHR Advogados. Graduada em Direito pela Pontificia Universidade Católica (PUC/SP), especialista em Direito de Família e Sucessões pela Escola Paulista de Direito (EPD). Especialista em Mediação de Conflitos pela Harvard Law School.


Celulares em sala de aula: entre limites e possibilidades

Opinião


A proibição do uso de celulares nas salas de aula tornou-se o tema central dos debates na área da educação. Seguindo uma tendência internacional adotada por países como a França, Espanha, Grécia, Suíça e México, o Brasil caminha para proibir os aparelhos do cotidiano escolar. Com o apoio popular de 86% dos brasileiros favoráveis à proibição – segundo levantamento realizado pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados - os projetos que estão tramitando em níveis estadual e federal tem tudo para serem aprovados e se tornarem lei. A nova lei, está muito bem fundamentada e sugiro a leitura das justificativas. 

Mas a questão vai muito além de proibir ou permitir: é necessário refletir sobre como integrar os dispositivos ao ambiente escolar sem comprometer os pilares da formação pedagógica, sócio emocional e ética das crianças e adolescentes. 

Celulares permitem acessar informações em tempo real, promovem a inclusão de alunos com necessidades específicas e enriquecem as práticas pedagógicas, por exemplo. A tecnologia, quando bem utilizada, é uma ferramenta poderosa; e a inteligência artificial é uma grande aliada em muitos aspectos. Mas o uso inadequado e sem propósito definido de celulares traz prejuízos inegáveis. A tecnologia quando usada para a interação, não substitui o vínculo afetivo das interações frente a frente e olho no olho, que desenvolve as habilidades humanas fundamentais, como a empatia, compaixão e de comunicação assertiva. 

Estudos científicos apontam que o excesso de telas reduz a criatividade, prejudica a capacidade de atenção, causa estresse, distúrbios de sono, irritação, isolamento social e muitas vezes, se torna um catalisador de problemas como a dependência digital. Também está relacionado o aumento de casos de violência como o bullying e o cyberbullying, além de comportamentos antissociais, impactando diretamente o desenvolvimento emocional das novas gerações. Em casos extremos, como reflexo do uso desmedido dos aparelhos em casa, crianças e jovens chegam à escola apresentando sintomas de abstinência digital. 

A discussão do tema precisa ser vista sob uma perspectiva ampla, que considera tanto os benefícios quanto os prejuízos que a tecnologia pode trazer ao desenvolvimento humano. Nesse sentido, a regulamentação do uso de celulares, como propõem os projetos de lei, é um passo importante, mas não é suficiente, pois, no contexto escolar, a dependência digital não é apenas um problema tecnológico, mas também uma questão moral e ética e deve se iniciar em casa com as famílias ajustando os seus próprios limites e rotinas. 

É urgente educar as novas e futuras gerações para o uso consciente dos dispositivos e principalmente das mídias sociais. Para crianças menores de 10 anos, das quais as medidas propõem a proibição total de uso, substituir os dispositivos por atividades físicas e interações sociais é fundamental para estimular habilidades críticas e a criatividade. Isso também se deve ao fato do desenvolvimento do cérebro, que é impactado profundamente quando nossas crianças e jovens são expostas ao ambiente digital. O não conhecimento desses impactos, faz com que as pessoas minimizem e desconsiderem as consequências futuras, que são gravíssimas e comprovadas cientificamente como preocupantes. 

Já para os alunos mais velhos, a autorregulação e o uso pedagógico supervisionado são indispensáveis. Porém existe um período na adolescência em que o cérebro dos jovens estão em grande produção de conexões neurais, que não podem ser desprezada com o uso abusivo desses dispositivos. O uso de estratégias educativas e éticas, são fundamentais para prevenir esses danos, pois agem de forma preventiva, capacitando os jovens a identificação dos riscos online, e a reagir frente a interações com desconhecidos em jogos e a situações de assédio, entre outras exposições perigosas e desnecessárias. 

Programas que integram a convivência mora; e ética, a psicologia positiva a formação de caráter são nossas aliadas frente a esse quadro e nos ajuda a criar as estratégias curriculares e intervenções positivas que os levam a experiências enriquecedoras na rotina escolar. Os alunos desenvolverem uma relação saudável com o digital, se tornam aptos a identificar ambientes vulneráveis e seus perigos, e são capacitados a fugir dessas armadilhas digitais. 

Ao desenvolverem autoconhecimento, resiliência e capacidade de autorregulação, os alunos se tornam aptos a equilibrar o uso da tecnologia com as demandas do mundo real. Nesse sentido, a proposta de saúde mental dos projetos legislativos, que inclui o acolhimento de alunos e a capacitação de professores, é essencial para enfrentar os desafios trazidos pela tecnologia. 

É no equilíbrio que se encontra a solução para o dilema dos celulares em sala de aula. Basta lembrarmos que tablets, notebooks e lousas digitais são usados em sala de aula há um bom tempo, e trouxeram inovação tecnológica para os ambientes acadêmicos. Não se trata apenas de restringir ou liberar, mas de criar um ambiente onde a tecnologia seja uma ferramenta e não um obstáculo ao aprendizado e ao desenvolvimento humano. 

E também, e talvez o mais importante é certificarmos que o uso desses dispositivos está bem claro e com um propósito muito bem definido. Bem diferente do uso sem propósito, quando eles passam horas e horas rolando as telas, passando de uma tela para outra tela, ou jogando, sem sequer se dar conta do tempo que foi literalmente perdido. 

É nosso papel, como educadores, formar indivíduos que, não apenas dominem as ferramentas tecnológicas, mas que também saibam viver de forma ética, criativa e conectada com os valores universais e humanos. O uso ou proibição de celulares na escola exige uma transformação cultural na maneira como educamos nossas crianças e jovens para lidar com o mundo digital. Afinal, a educação deve sempre priorizar aquilo que nos torna, acima de tudo, seres sociais: nossa capacidade de pensar, sentir e transformar o mundo ao nosso redor.
 



Ana Claudia Favano - especialista em Psicologia Positiva e educadora da Escola Internacional de Alphaville


ONG Ficar de Bem promove mutirão de empregabilidade em Santo André

Para a região do ABCD a instituição oferece mais de 59 vagas em diversas áreas com início imediato

 

A ONG Ficar de Bem promove mutirão de empregabilidade em Santo André, uma iniciativa que visa impulsionar a economia local e facilitar o acesso ao mercado de trabalho. Reunindo mais de 59 oportunidades em diferentes funções, durante a iniciativa, os candidatos podem cadastrar seus currículos, esclarecer dúvidas e obter informações sobre as vagas disponíveis e os benefícios oferecidos.

Para se candidatar às oportunidades é necessário comparecer na sede da Ficar de Bem, localizada a rua Humberto Olivieri, 114 – Jardim Bela Vista – Santo André/SP, com o currículo atualizado e RG para passar pela triagem de vagas. Nos dias 09 e 10 de dezembro das 09h às 15h. 

Confira as oportunidades

- Auxiliar de Educador Social

- Cuidador Social

- Educador Social 

- Auxiliar de Serviços Gerais 

- Técnico(a) Social – Psicologia

- Técnico(a) Social – Serviço Social (30hs semanais) 

- Nutricionista 

- Técnico(a) em nutrição

- Estoquista

- Cozinheiro(a)

- Auxiliar de cozinha

- Meio oficial de cozinha

- Técnico(a) Social - Terapeuta ocupacional 

- Musicoterapeuta 

- Motorista categoria D

- Oficineiro(a) (artesanatos, dança, atividades lúdicas, etc)

- Assistente de Marketing Junior 

- Assistente de Depto Pessoal com experiência

Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail selecao@ficardebem.org.br ou Whatsapp (11) 94070-1228


Sobre Ficar de Bem
A Ficar de Bem é uma organização não governamental, sem fins lucrativos e sem vínculos políticos ou religiosos, que há 36 anos defende os direitos e oferece apoio integral a crianças, adolescentes e suas famílias vítimas de violência física, psicológica, sexual e negligência. Fundada em 1988 como CRAMI – Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD – pelo pediatra Dr. Emílio Jaldin Calderon, a instituição atualmente é presidida pelo empresário Evenson Robles Dotto e conta com núcleos de atuação em Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. Com 18 projetos voltados para prevenção, acolhimento e suporte social, além de coordenar o Bom Prato na região do ABC, a ONG mantém parcerias com o poder público que possibilitam a ampliação e sistematização do atendimento, rompendo ciclos de violência e promovendo relações de cuidado e respeito. Reconhecida por sua transparência e eficiência, a Ficar de Bem possui certificações e prêmios e é declarada Utilidade Pública em níveis municipal, estadual e federal, atuando conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), reafirmando seu compromisso com uma sociedade justa e igualitária. Além disso, a instituição está terceiro ano consecutivo na lista das 100 melhores ONGs do Brasil.

 

ERP: quatro tendências para maximizar o uso em 2025

 

Estamos na era dos dados. Diante disso, conceitos como cibersegurança, Big Data, IoT e LGPD, entre outros, impactam o dia a dia das empresas. Para lidar com essa ampla gama de demandas, é essencial que as organizações construam uma base sólida. Nesse contexto, um velho aliado se destaca como uma ferramenta indispensável: o Enterprise Resource Planning, mais conhecido como ERP.

Comprovando sua eficácia, o mercado global de ERP continua apresentando altos índices de crescimento. Segundo a projeção da IDC, espera-se um aumento anual de 10,4% até 2027. O Brasil ocupa a quinta posição nesse ranking, atrás de Estados Unidos, Alemanha, China e Japão, segundo um estudo da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software).

Para o empresariado brasileiro, há uma vasta oportunidade de escolher entre soluções nacionais ou globais, dependendo das necessidades e objetivos específicos de cada empresa. Esse “dilema” representa um grande desafio, especialmente devido à falta de conhecimento sobre a verdadeira função do sistema, o que leva algumas organizações a acreditarem, equivocadamente, que o software resolverá todos os obstáculos operacionais.

Em outros casos, a escolha do ERP é baseada apenas no custo, o que pode gerar frustração quando os resultados esperados não são alcançados. É fundamental lembrar que o software é uma ferramenta que apoia o planejamento e gestão. Sua eficiência depende do quanto a empresa está disposta a acompanhar os dados e relatórios emitidos, bem como tomar decisões baseadas em informações concretas.

À medida que a tecnologia avança, surgem novas funcionalidades que permitem aprimorar ainda mais o uso do ERP. Destacamos aqui quatro tendências para o ERP em 2025:

#1 Inteligência Artificial (IA): a IA continuará sendo uma tendência dominante no mercado de ERP. Sua integração com o sistema oferece sugestões e customizações para melhorar o desempenho e a experiência do usuário.

#2 Capacitação dos colaboradores: a combinação de IA e capital humano pode potencializar o desempenho da organização. Para isso, é essencial investir em treinamentos, capacitando a equipe para o uso eficiente do sistema, a fim de automatizar tarefas e criar um ambiente de trabalho estratégico e inovador.

#3 Gestão da mudança: mais do que implementar um ERP, a empresa precisa estar aberta a mudanças. Seja uma pequena ou grande, todas podem se beneficiar da ferramenta, mas é necessário renunciar a práticas ineficazes e adotar uma gestão baseada em dados e estratégias bem definidas.

#4 Nuvem: embora a tecnologia de computação em nuvem não seja nova, seu protagonismo cresceu em 2024 e deve continuar forte em 2025. Hoje, as ferramentas já nascem e operam em nuvem, por isso, investir em um ambiente em cloud, permite que a solução obtenha um melhor desempenho, com eficiência e segurança.

Essas tendências reforçam a importância da colaboração entre pessoas e tecnologia. Apesar dos receios de que a IA possa substituir trabalhadores, a realidade mostra que essa relação precisa ser aprimorada para trazer o melhor dos dois mundos. O desafio para 2025 será conscientizar o empresariado a abandonar o conceito de “sempre foi assim”, e a se abrirem para as inovações. O ERP entra como uma peça-chave nessa transição, apoiando as organizações em um momento de transformação.

No entanto, para maximizar os resultados, a escolha do software deve ser baseada na adequação ao negócio, e não apenas no custo. Por isso, contar com uma consultoria especializada pode ser uma estratégia valiosa para identificar as melhores soluções e preparar a equipe para aproveitar ao máximo os recursos do sistema.

E, para aqueles que têm dúvidas quanto ao investimento, o retorno é positivo. Estudos indicam que uma empresa pode trocar de ERP em média três vezes ao longo de 20 anos, embora isso varie conforme o nível de maturidade digital. Em um mercado em constante evolução, seguir as tendências e planejar ações estratégicas são passos essenciais para o sucesso em 2025. 





Patrícia Pereira - head de soluções empresariais no Grupo INOVAGE.
Grupo INOVAGE


Após longa espera, acusados de golpe da BWA são denunciados

Após anos de espera, o caso da BWA Brasil Tecnologia Digital Ltda., que causou prejuízos milionários a milhares de investidores, incluindo grande número de vítimas na cidade de Santos, no litoral paulista, avança na busca por justiça. O Ministério Público do Estado de São Paulo apresentou denúncia formal contra os principais envolvidos no esquema fraudulento, acusando-os de crimes graves como estelionato, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e falsidade ideológica. 

A BWA Brasil, com sede em Santos, atraiu milhares de investidores ao se apresentar como uma empresa especializada em operações com criptoativos. Ao prometer retornos irreais de até 10% ao mês, a empresa conquistou a confiança de pessoas de diferentes perfis, como empresários, aposentados e profissionais liberais. No entanto, investigações revelaram que a operação não passava de um esquema de pirâmide financeira, no qual o dinheiro de novos investidores era usado para pagar rendimentos aos mais antigos, enquanto os líderes do esquema desviavam grande parte dos valores para enriquecimento pessoal. 

O impacto desse golpe na Baixada Santista foi profundo. Por estar sediada na cidade de Santos, a BWA transmitia uma falsa sensação de segurança, levando muitas vítimas a investirem todas as suas economias ou a se endividarem para participar do que parecia ser uma oportunidade rentável e confiável. Além do prejuízo financeiro, o golpe deixou marcas emocionais em muitas famílias, que enfrentaram perdas irreparáveis e desestruturações em suas vidas pessoais. 

A denúncia detalha como os principais acusados — Paulo Roberto Ramos Bilibio, Roberto Willens Ribeiro, Marcos Aranha, Bruno Henrique Maida Bilibio e Júlia Abrahão Aranha — organizaram e operaram o esquema. Eles utilizaram contratos falsos e movimentações financeiras complexas, incluindo o uso de criptoativos e transferências internacionais, para dificultar o rastreamento dos recursos desviados. O Ministério Público estima que os prejuízos aos investidores ultrapassem R$ 450 milhões. 

Embora o processo de falência da BWA, decretado em 2021, tenha arrecadado apenas R$ 385 mil até o momento por meio do leilão de veículos, há possibilidade de que outros ativos sejam recuperados no futuro. A conclusão do processo criminal, especialmente com a colaboração dos denunciados ou revelação de novos dados financeiros, pode auxiliar na identificação de bens ocultos. Esses ativos podem estar registrados em nome de terceiros, localizados em contas internacionais ou aplicados em criptomoedas, o que demanda um trabalho contínuo de rastreamento por parte das autoridades. O desfecho do processo pode trazer novas oportunidades para localizar esses valores e viabilizar a ampliação do patrimônio da massa falida, beneficiando os credores. 

A apresentação da denúncia é um marco no caso, assim como um sinal de esperança para as vítimas, que aguardam não apenas a responsabilização dos acusados, mas também a recuperação de parte dos valores perdidos. A cidade de Santos, epicentro das operações da BWA, segue como símbolo da luta de investidores por justiça e ressarcimento. Este caso destaca a importância de aprofundar investigações financeiras e de reforçar a conscientização pública para evitar que novos esquemas como esse se repitam.

 Com o avanço do processo, espera-se que os responsáveis sejam devidamente punidos e que, mesmo que de forma parcial, os prejuízos das vítimas possam ser amenizados por meio da recuperação de ativos ainda não localizados.




Jorge Calazans - advogado especializado na defesa de investidores vítimas de fraudes e sócio do escritório Calazans e Vieira Dias


Como a assessoria de imprensa pode ajudar na construção de uma marca

Com uma boa estratégia, a assessoria de imprensa é capaz de ajudar um negócio a construir uma marca sólida perante a mídia

 

Atualmente, no mercado corporativo, a atenção do consumidor é altamente disputada, isso porque, a mídia atualiza as novidades a cada minuto. Nesses momentos, construir uma marca sólida vai além do que uma simples ação de marketing, é uma necessidade para permanecer o negócio sempre em evidência.  

Porém, muitas vezes, na ânsia de querer estar em evidência, o mundo corporativo acaba subestimando o papel fundamental da assessoria de imprensa. Através de uma estratégia bem elaborada, a assessoria não é só capaz de gerar visibilidade para a empresa, como também é capaz de gerar credibilidade e reputação do negócio.

 

O papel do assessor de imprensa

 

Muitas pessoas que vivem dentro do mundo corporativo não estão preparadas para lidar diariamente com a mídia. Essas pessoas muitas vezes são capacitadas para lidar com outras funções, e é nesse momento que entra a necessidade de um profissional especializado na área da assessoria de imprensa. 

 

O assessor é um jornalista especializado em trabalhar a visibilidade, credibilidade e a reputação da marca no mercado em que ela atua. 

 

A assessora de imprensa e diretora da Fatos&Ideias Comunicação - empresa de assessoria de comunicação especializada em redes de franquia - Renata Brito, afirma que a assessoria de imprensa é responsável por criar uma rede de contatos e se aproximar da maior quantidade possível de jornalistas. 

“Além disso, o assessor desempenha toda parte de produção de conteúdo, como os releases, sugestões e solicitações de pauta, treinamento dos clientes para lidar com a imprensa e gestão de crise”, conta a diretora da Fatos&Ideias Comunicação.

Ao garantir que a mensagem da sua empresa esteja sendo comunicada e entregue de maneira correta, a assessoria de imprensa é capaz de fazer toda a diferença da percepção do público em relação a marca. 

 

A importância da assessoria na construção de uma marca sólida 

As mudanças na forma de se informar e de se comunicar são constantes, no meio desse mar de coisas novas, é necessário que a marca se adapte a esses novos jeitos. Muitas vezes, um negócio possui anos no mercado, mas ainda não construiu a sua reputação perante a mídia. 

Há casos em que a empresa realiza trabalhos incríveis, mas que não são de conhecimento público. É nesse momento que a assessoria de imprensa se torna aliada desse objetivo.  

 

Quais as estratégias realizadas?

Um dos papéis da assessoria de imprensa, como já citado, é o de gerar credibilidade e reputação da marca perante a mídia. “Quando uma empresa é divulgada por veículos de comunicação respeitáveis no país, é mais fácil para aquela empresa ganhar a confiança de um público ainda não conhecido”, explica Renata. 

Essa divulgação é feita através da construção de pautas sobre assuntos desenvolvidos pelo negócio e que mostra relevância e interesse público para os jornalistas. 

Para além da visibilidade, a assessoria de imprensa também é responsável pela gestão de crise. Com uma boa estratégia, o papel do assessor pode ajudar a minimizar os prejuízos em relação à reputação da marca diante do público. 

Mas, é importante lembrar que, para que essas estratégias aconteçam de forma eficaz, é preciso, antes de tudo, definir quais as metas palpáveis, os objetivos a serem alcançados e alinhar as expectativas. 

Para Renata Brito, assessora e diretora da Fatos&Ideias Comunicação, é importante frisar que o trabalho do assessor é contínuo e persistente. A diretora ainda pontua que costuma alertar aos seus clientes que a assessoria é como um passo de formiguinha.

“Para a marca ganhar cada vez mais visibilidade, credibilidade e reputação em seu mercado de atuação, a parceria com a assessoria de imprensa precisa de uma constância. Afinal, quem não é visto não é lembrado, não é mesmo?! Há casos em que o resultado é muito mais rápido que o esperado entre essa ligação da empresa com os veículos de comunicação, porém, deve ser algo com constância, daí a necessidade de um trabalho contínuo”, diz.

Vale lembrar também que nem sempre o cliente estará em evidência na mídia, isso porque, quem tem o poder de decidir o que será publicado ou não são os jornalistas e editores dos veículos de comunicação. Por isso, não é possível garantir publicações constantes, mas não significa que os objetivos não estão sendo cumpridos. A credibilidade vai além da mídia.  



Fatos&Ideias Comunicação
www.fatoseideias.com.br


Varejistas podem gerar até R$ 200 milhões em faturamento a partir da gestão da própria carteira de clientes, segundo Serasa Experian

A análise é baseada na análise da carteira de clientes de quatro varejistas que oferecem cartões de crédito 

·      Levantamento mostra ainda que é possível mitigar os riscos de inadimplência reduzindo em 25% os limites já existentes no cartão

 

Um estudo inédito realizado pela Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, mostrou que é possível que varejistas ampliem de forma segura, por meio da gestão inteligente e análise periódica da carteira, sua oferta de crédito em até R$ 200 milhões para clientes de sua base que possuem cartão de crédito. O estudo foi realizado a partir de uma análise customizada da carteira de quatro players do varejo, unindo dados exclusivos e de mercado com a inteligência analítica da Serasa Experian.

 

Em termos financeiros, o estudo mostrou que os limites de cartão dos clientes das carteiras analisadas têm potencial para crescer 60%, uma ampliação da oferta de crédito que equivale a R$ 200 milhões.

 

“Entender o perfil, o potencial de compra e o risco de cada cliente é fundamental para uma gestão de carteira customizada e uma readequação do limite de cartão de crédito para cada CPF. Isso permite uma avaliação de risco mais acurada dividindo os clientes em três grupos: os que precisam ter o limite reduzido, pois apresentam risco de inadimplência, os que podem ter o crédito aumentado, pois tem potencial de compra com baixo risco, e os que estão com o limite adequado. Com isso, é possível aumentar receita trabalhando com clientes que já estão dentro de casa - o que é muito mais barato, menos complexo e mais atrativo do que ir em busca de novos clientes no mercado. Ao mesmo tempo, tem-se visibilidade sobre os CPFs que apresentam maior risco e precisam de adequação da oferta ou uma estratégia de acompanhamento mais próximo para não se tornarem inadimplentes”, explica o diretor de Decisioning e Advanced Analytics da Serasa Experian, Pedro Braga.

 

O estudo identificou também a parcela da base dos clientes com limites que trazem potenciais riscos de inadimplência. Para esse grupo, a análise sugere uma redução de 25% do limite, o que reduziria a concessão total de R$ 235 milhões para R$ 175 milhões, com uma redução total de R$ 60 milhões.

 

Tipos de cartões no varejo

O segmento costuma ofertar dois tipos de cartões de crédito: bandeirados e private label. A primeira modalidade é um cartão de crédito convencional, aceito em todos os estabelecimentos que operem com a bandeira emissora e emitido, normalmente, por meio de uma parceria entre a loja e a bandeira. Já o private label é um modelo que pode ser utilizado apenas nas lojas do varejista emissor. E para ambos a gestão de risco periódica da carteira não somente é aplicável, como também recomendável.

 

Para o primeiro grupo, de cartões bandeirados, os dados mostram que é possível ampliar o crédito em 63%, saindo de R$ 179 milhões para R$ 292 milhões, um aumento de R$ 113 milhões. O mesmo raciocínio se apresenta para o risco de inadimplência. Para esse grupo, a redução dos limites seria em cerca de 25%, o equivalente a R$ 16 milhões. Com isso, o novo limite concedido cairia de R$ 65 milhões para R$ 49 milhões, aproximadamente.

 

Para os varejistas que comercializam o cartão private label, o incremento no valor seria de R$ 73 milhões, ou 46%, elevando os limites de R$ 159 milhões para R$ 232 milhões. Entre os clientes com risco de inadimplência, a redução dos limites seria de 25%, ou R$ 43 milhões, levando o total de R$ 170 milhões para R$ 126 milhões.

 

“Definir uma política robusta não apenas na concessão, mas também na manutenção de crédito, aplicada ao perfil da carteira e baseada na união do histórico do cliente com a loja, com dados de mercado sobre aquele CPF, é um dos pontos mais importantes na jornada das empresas que oferecem cartões. Isso é ainda mais crucial para o varejo, uma vez que o histórico e comportamento financeiro dos consumidores não está centralizado com eles. Nosso objetivo é apoiar nossos clientes com inteligência analítica e automação ponta a ponta dos processos de análise para reduzir seus riscos, ampliar suas oportunidades e trazer agilidade e eficiência para as decisões de negócio. E, é possível ainda por exemplo, realizar ofertas personalizadas para novas vendas e vendas cruzadas para os consumidores que já fazem parte da base de clientes, reduzindo o custo operacional das empresas”, finaliza Pedro.


 

Metodologia


Os números são resultado de um estudo feito com base em resultados obtidos com a solução integrada Gestão de Clientes usando como ponto de partida cases de quatro empresas do setor de varejo adeptas da solução.

A análise é feita por meio de uma avaliação estratégica e individualizada da base fornecida, unindo dados exclusivos e de mercado com a capacidade de inteligência analítica, possibilitando imprimir uma visão ampla do potencial de seus clientes por CPF e/ou CNPJ. Na solução é possível identificar o público com maior potencial de elegibilidade a produtos de crédito, tanto na visão de risco como de propensão, e um valor de limite é indicado de acordo com o comportamento financeiro do cliente no mercado. Outros segmentos como bancos e seguradoras, por exemplo, também já são adeptos da solução Gestão de Clientes. 

 

Experian
experianplc.com


6 dicas para oferecer um excelente atendimento ao cliente nas compras de Natal

A temporada de compras de Natal é uma das épocas mais movimentadas do ano para o varejo. De acordo com uma pesquisa do IFec RJ, 51,4% dos lojistas acreditam que as vendas este ano serão superiores às de 2023.

Com consumidores buscando os melhores presentes e ofertas, garantir um Customer Experience (CX) excepcional pode ser o diferencial para atrair e fidelizar clientes. Por isso, separei 6 estratégias para brilhar durante essa temporada:

1. Atendimento omnichannel
Hoje, os clientes esperam interagir com as marcas em diferentes canais, seja no site, redes sociais, chatbots ou lojas físicas. Invista em plataformas integradas para que o cliente possa transitar entre os canais sem interrupções. Soluções omnichannel ajudam a centralizar dados, personalizar atendimentos e resolver questões rapidamente. Use chatbots para responder perguntas frequentes, mas disponibilize atendentes humanos para casos mais complexos.

2. Antecipe as necessidades dos clientes
Com a análise de dados, é possível prever tendências e oferecer produtos personalizados antes mesmo que os clientes percebam suas próprias necessidades. Use ferramentas de inteligência artificial para recomendar presentes baseados em compras anteriores. Uma boa estratégia é enviar sugestões de produtos com descontos exclusivos para clientes que compraram no Natal passado.

3. Agilidade no pós-venda
Problemas com entregas ou trocas podem gerar frustração nos clientes. Tenha uma equipe bem treinada para resolver questões de forma rápida e eficiente. É importante que o consumidor receba atualizações constantes sobre o status do pedido e tenha canais abertos para feedback.

4. Personalize a interação
Os clientes se sentem mais valorizados quando percebem que não são apenas números. A personalização é uma estratégia essencial para empresas que desejam se destacar em um mercado competitivo. Ao utilizar dados e tecnologias avançadas, as empresas conseguem oferecer experiências únicas e adaptadas às necessidades, preferências e comportamentos de cada cliente. Essa abordagem não apenas aumenta a satisfação e fidelidade do consumidor, mas também impulsiona a eficiência operacional e os resultados financeiros.

5. Invista em tecnologia
Soluções como assistentes virtuais, automação de processos e inteligência artificial ajudam a gerenciar o volume de atendimentos, mantendo a qualidade e a eficiência. No mercado, existem soluções que permitem monitorar e otimizar a experiência em tempo real, garantindo um atendimento ágil e eficaz.

6. Esteja preparado para picos de alta demanda
Durante o Natal, o volume de interações e pedidos aumenta. Escale sua operação para lidar com esse fluxo, garantindo que nenhum cliente fique sem resposta.

Um excelente atendimento ao cliente durante o Natal vai além de resolver problemas. É sobre criar experiências positivas que deixam os consumidores com vontade de voltar. Antecipar demandas, investir em tecnologia e personalização, além de capacitar a equipe, são passos fundamentais para garantir que sua marca se destaque nessa época tão competitiva.
Que tal transformar essa temporada de final de ano em uma oportunidade de fidelização?





Thiago Siqueira - vice-presidente de Vendas da NICE para o Cone Sul.

Dia Nacional da Criança com Deficiência: promovendo inclusão, conscientização, respeito e acolhimento

  

O Dia Nacional da Criança com Deficiência, comemorado hoje, 09 de dezembro, tem como objetivo sensibilizar a sociedade para os direitos e necessidades das crianças com deficiência. A relevância deste dia é lembrada pelo Defensor Público Federal André Naves. 

“Este dia busca aumentar a compreensão sobre as dificuldades enfrentadas por crianças com deficiência e suas famílias, quebrando estigmas e preconceitos. Ao educar a sociedade sobre as diversas deficiências e a necessidade de inclusão e acessibilidade, é possível criar um ambiente mais acolhedor. A data celebra também a diversidade e a individualidade de cada criança, reforçando que todas têm o direito de serem tratadas com dignidade, independentemente de suas limitações”, enfatiza Naves. 

A data serve também para incentivar o empoderamento das crianças com deficiência e de suas famílias. Todas essas crianças têm potencialidades a serem desenvolvidas, apesar das dificuldades. E essas potencialidades podem ser ampliadas se houver um ambiente inclusivo, que ofereça acessibilidade e suporte adequado, como programas educacionais especializados, terapias e a participação em atividades comunitárias. 

“As crianças com deficiência possuem um vasto leque de potencialidades, assim como qualquer outra criança. A deficiência, por si só, não define as capacidades cognitivas, sociais, emocionais ou criativas de uma criança. Cada indivíduo é único, e suas habilidades e talentos podem se manifestar de maneiras diferentes, dependendo de fatores como ambiente e oportunidades de aprendizado”, afirma o Defensor Público, que complementa: “Se nós dermos à essas crianças condições de acesso pleno à educação, estaremos aumentando, cada vez mais, a produtividade agregada de todo o mercado de trabalho. Nós estaremos incluindo socialmente todas essas crianças, futuros cidadãos, seja no trabalho ou em outras frentes. E nossa democracia só cresce com a inclusão de todos”, ressalta Naves. 

Deste modo, é primordial promover a inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares e em atividades sociais. Precisamos também do cumprimento das legislações e da criação de novas políticas públicas que garantam seus direitos: maior acesso à educação, saúde, lazer, transporte e outros serviços essenciais. 

O Dia Nacional da Criança com Deficiência chama atenção também para a necessidade urgente de investimentos na capacitação de profissionais de diferentes áreas, para que eles possam atender as necessidades específicas dessas crianças, com mais empatia e eficiência.

“Nesta dia, precisamos ressaltar a importância do debate sobre inclusão social e educacional; respeito às diferenças; e fortalecimento de políticas públicas que promovam um ambiente mais justo e igualitário para todos, independentemente de suas condições”, conclui o Defensor Público André Naves.


ICMS de compras internacionais terá alíquota elevada de 17% para 20

Thinkstock
Os Estados informaram que a nova alíquota, que passa a valer a partir de abril de 2025, busca alinhar o tratamento tributário aplicado às importações ao praticado para os bens comercializados no mercado interno

 

Os Estados anunciaram nesta sexta-feira, 6/12, um acordo para elevar a alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 20% sobre compras internacionais. A medida terá efeito a partir de 1º de abril de 2025.

A decisão foi firmada durante a 47ª Reunião Ordinária do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), realizada na quinta-feira, 5, em Foz do Iguaçu (PR). No encontro, foi deliberado sobre a tributação do ICMS incidente sobre importações realizadas pelo Regime de Tributação Simplificada (RTS).

A definição, de acordo com o Comsefaz, considerou as alíquotas modais já aplicadas nos Estados. As unidades federadas que possuem alíquota modal ou alíquota específica para o RTS inferior a 20% dependerão de aprovação de suas respectivas Assembleias Legislativas.

Em nota, o Comitê informou que a nova alíquota "busca alinhar o tratamento tributário aplicado às importações ao praticado para os bens comercializados no mercado interno, criando condições mais equilibradas para a produção e o comércio local".

"O objetivo é garantir a isonomia competitiva entre produtos importados e nacionais, promovendo o consumo de bens produzidos no Brasil. Com isso, os Estados pretendem estimular o fortalecimento do setor produtivo interno e ampliar a geração de empregos, em um contexto de concorrência crescente com plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço", diz a nota divulgada à imprensa.

 

Estadão Conteúdo

 

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