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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Grana abandonada: 5 dicas para poupar o dinheiro esquecido e investir a longo prazo

 

BC libera consulta de valores a receber de instituições financeiras; especialista em finanças mostra como poupar e definir prioridades

 

 

Cerca de R$ 8 bilhões estão parados em bancos e instituições financeiras de todo o país, esperando serem sacados. Esse dinheiro pertence a clientes, mas muitas pessoas ou empresas nem sequer sabem que possuem esses recursos. E já pode ser consultado no Banco Central para qualquer cidadão verificar possíveis valores a receber de instituições financeiras. O serviço é disponibilizado por um site exclusivo para as consultas ao Sistema Valores a Receber.

 

Segundo Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic, é necessário que os brasileiros mudem os seus hábitos de consumo e aproveitem esse dinheiro para poupar ou investimentos essenciais. “É um momento de se reorganizar e definir as prioridades, gastando o menos possível, ou seja, usar o dinheiro apenas para as necessidades reais, e poupar o que sobrar para investir com segurança. O mais importante é se atentar para não entrar no vermelho. Pensando nisso, a executiva elencou algumas dicas de como poupar dinheiro e começar a investir. 

 

Defina um objetivo ou tenha um bom motivo

É preciso estabelecer o motivo pelo qual está poupando o dinheiro, e, entender que poupar, como a própria palavra diz, é abrir mão de certos “luxos”, para poder guardar um dinheiro a mais que sobra na conta no final do mês, como possível garantia de conforto para um futuro breve. Seu objetivo pode ser comprar um carro, uma casa, fazer uma viagem ou simplesmente guardar pensando em uma garantia no futuro caso perca um emprego, etc. 

 

Ter conhecimento do quanto gasta fixo todo mês

Ao dar início no mês, já coloque na ponta do lápis quais são os gastos cruciais mensais, já calcule também o quanto pode usar em 4 semanas para “luxo” e saídas, e, já tire da conta o que sobrar para poupar e não ter risco de usar. Além disso, com essas contas, é possível também analisar se consegue cortar alguns desses gastos ou adiá-los. 

 

Defina um valor mensal para poupar

Depois de fazer as contas fixas, é possível estabelecer um valor mensal para retirar e, se possível, investir. Não importa se for apenas 50 reais, o importante é se educar para poupar impreterivelmente todo mês. E claro, se for possível colocar em determinado mês além do estabelecido, melhor ainda. O que não pode deixar acontecer, é não colocar ou colocar menos do “combinado”. 

 

Faça um investimento

Guardar dinheiro na gaveta ou na poupança não é um ato recomendável, pois o rendimento é muito pequeno. Porém, já é melhor do que não guardar nada. O recomendado é fazer um investimento no mercado, mas, para isso, vale avaliar qual seu perfil de investidor com um profissional da área, que irá te instruir sobre investimentos seguros e acessíveis. A ideia é já tirar o dinheiro da conta assim que receber o salário ou a renda mensal e colocar nesses canais. 

 

Não crie novas dívidas e evite cartões de crédito

É importante se policiar para não precisar incluir um novo gasto mensal desnecessário que coloque em risco o dinheiro do investimento estabelecido, ou, ainda pior, fazer com que se torne uma dúvida. Além disso, não ter em mãos o cartão de crédito como opção, assim não se perde o controle daqueles gastos mensais. A ideia é já no início do mês separar o dinheiro para cada data, conta ou “evento” e manter esse compromisso com você mesmo. 


Vendas do varejo paulista devem registrar crescimento de R$ 1,48 bilhão no mês do Dia das Crianças

Valor, que representa expansão de 3,3% em comparação ao mesmo período de 2023, reflete cenário econômico estável, aponta a FecomercioSP

 

Estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostram que o faturamento dos segmentos varejistas mais impactados pelo Dia das Crianças deve chegar a R$ 46,6 bilhões em outubro, um incremento de R$ 1,48 bilhão (ou alta de 3,3%) em comparação ao mesmo período do ano passado. Na visão da Entidade, apesar de moderado, esse crescimento reflete um cenário econômico estável em que o consumo se mantém em alta.

Dentre os quatro segmentos mais impactados pela data no Estado de São Paulo, a previsão é que as atividades de farmácias e perfumarias liderem a alta nas vendas, com um aumento de 6,7% — que, em números absolutos, representa R$ 665,5 milhões a mais em comparação a outubro de 2023. Essa expansão sugere que a procura por cosméticos e perfumaria pode estar relacionada a presentes.

Outro destaque é o do grupo de vestuário, tecidos e calçados, que deve registrar alta de 3% nas vendas, gerando R$ 224,2 milhões a mais em relação a 2023. Em outras atividades — que inclui as lojas de brinquedos —, a expectativa é de elevação de 2,5%, um crescimento de R$ 529,2 milhões no faturamento. O segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e linha branca deve apresentar um desempenho mais tímido (0,9%), resultando em R$ 61 milhões a mais nas vendas. 

[TABELA 1]

PROJEÇÕES DO FATURAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA PARA OUTUBRO DE 2024

ESTADO DE SÃO PAULO


 

TERMÔMETRO DE VENDAS PARA O NATAL

Na avaliação da FecomercioSP, as estimativas positivas para as vendas do varejo no Estado de São Paulo, no mês das crianças, remetem a boas perspectivas para o Natal, a principal data para o Comércio, uma vez que movimenta cifras relevantes — especialmente graças à injeção dos recursos do décimo terceiro salário. O desempenho em outubro permite que os empresários avaliem tendências de consumo, identifiquem preferências de produtos e ajustem as estratégias para o fim do ano.

 

Essa data, voltada principalmente às vendas de brinquedos, roupas infantis, alguns itens em farmácias e perfumarias e eletrônicos, oferece uma prévia do comportamento do consumidor, fornecendo dados sobre a demanda e o tíquete médio. Além disso, o Dia das Crianças pode ser um indicativo da confiança do público, indicando o impacto de fatores econômicos, como renda disponível, crédito e desemprego.

 

De acordo com a Entidade, as projeções positivas apontadas no estudo podem ser interpretadas como uma boa prévia para o Natal, principalmente se o otimismo dos consumidores permanecer e o Comércio ajustar estoques e promover ofertas. A Black Friday, que ocorre no fim de novembro, também é uma data importante para ajudar nesse balizamento.

 

As perspectivas macroeconômicas corroboram essas estimativas: emprego e renda crescentes, confiança do consumidor em patamar positivo, preços sob controle e mercado de crédito sem sustos. Os riscos, por sua vez, estão mais vinculados ao desequilíbrio das contas públicas — que é preocupante, porém não causará efeitos práticos imediatos.

 


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As Bets e o jogo patológico

No final de Setembro tivemos a revelação estarrecedora de uma transferência de bilhões de reais de recursos do Bolsa Família para as contas das Bets, sites de apostas esportivas on-line. A geração que mais faz apostas dessa modalidade foi a Z (de 16 aos 27 anos), mas tem gente de todas as idades jogando o leite das crianças nas apostas . Os algoritmos são desenhados para superestimular os jogadores em busca do pico de prazer da aposta-expectativa-frustração e busca de recuperação do dinheiro perdido. Esse texto vai falar sobre esse círculo vicioso e seus efeitos.

O DSM V, manual diagnóstico e estatístico da Associação Psiquiátrica Americana, já tinha classificado o Transtorno de Jogo Patológico como uma Dependência Comportamental desde 2013. Isso quer dizer que esse transtorno equivale a uma adicção semelhante (eu diria pior) a um dependente de Cocaína ou Heroína.

Geralmente almoço na cozinha do meu consultório, ouvindo resenhas esportivas de Youtube. Invariavelmente, elas são patrocinadas pelos tais sites de aposta. O apresentador, algumas vezes, fala do patrocício na Bet tal ou qual e faz uma observação: “Não se esqueça de jogar com responsabilidade”. Para uma pessoa que tem esse transtorno, equivale a tentar frear uma carreta na decida com o pé no chão, como o Fred Flinkstone. Mas, perguntam os leitores aí do outro lado da tela: isso não é “só” uma questão de força de vontade? Infelizmente, não.

A Neurociência vem demonstrando que instalar uma Dependência no seu Sistema Nervoso é um processo de aprendizagem e reforço. Mas tem um detalhe que o público talvez desconheça: esse aprendizado tem um efeito nas suas expressões genéticas. Não são apenas as suas redes neurais que ficam condicionadas e fissuradas pela próxima aposta: a manifestação de determinadas populações genéticas também vão sendo modificadas nesse processo de busca consciente e consciente das apostas. Como se o sistema ficasse programado para repetir o comportamento, como a carreta na descida. Como todo processo de dependência (note o leitor e a leitora que não estou usando a palavra “vício”, que está em desuso e só reforça o estigma dos doentes), o Cérebro passa a viver e trabalhar em função de buscar mais e mais uma dose, ou várias doses dessa droga, no caso, fazer outra aposta.

Muita gente fala em aulas e vídeos, já que o Youtube forma muitos neurocientistas todo dia, que a base dessa dependência é a busca pela Dopamina, neurotransmissor associado ao prazer. Está errado em sua concepção. No caso do Jogo Patológico, a Dopamina tem um papel muito mais destrutivo e perigoso: ela é liberada na iminência do prazer. Na busca infinita pelo prazer, diante de uma falta que nunca cessa. A Dopamina move as rodas do Capitalismo. Você já ouviu que o melhor da festa é esperar por ela? Pois é. O ditado está correto. A espera do prazer é mais potente que o prazer em si.

A iminência do ganho despeja um shot de Dopamina no seu Cérebro Emocional, com uma euforia e sensação de superpoder que demora a passar. Essa parte do nosso sistema é mais antiga e mais profunda em nossa evolução e toma de assalto as áreas racionais. Por isso que tratar todos os transtornos que envolvem compulsão, repetição e fissura são tão difíceis de se gerar resultado e tão devastadores para pacientes e suas famílias: não é tão incomum de se ver a perda de todos os bens, o endividamento progressivo e o desmoronamento de toda vida econômica e afetiva dos dependentes, levando a divórcios, violência e suicídio no meio dessa ciranda devastadora. Como toda droga, o jogo patológico se cronifica na medida que a pessoa passa a usar essa droga para combater seus efeitos deletérios: como um alcoolista bebe logo cedo para diminuir os efeitos da abstinência, os jogadores buscam na próxima aposta recuperar o dinheiro perdido.

Freud descreveu, há mais de cem anos, a dualidade de Eros e Tânatos em nossas psiques. A dualidade entre as forças que alimentam e vida e o instinto que busca, inconscientemente, da própria aniquiliação: o Instinto de Morte. O Jogo Patológico parece o reino de Eros, com prazer, excitação, divertimento. Costuma terminar em seu oposto para uma parcela da população, com perda, dissipação e aniquilamento da vida pessoal e familiar.

Estamos na Era dos Excessos. Isso vai criando muitos caminhos para Eros acabar virando Tânatos. Não adianta, apenas, levantar bandeiras contra os jogos e sites de apostas on-line. Precisamos de uma Psicoeducação profunda, precoce, sobre algo que os gregos presavam muito, que é a justa medida. Estamos numa civilização em que a compulsão é o motor do lucro e a Regulação Emocional virou uma piada.

 Temos que ensinar Regulação Emocional na escola. E mandar muitos marmanjos para a Recuperação.      



Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiano e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”


Inscrições estão abertas para 7 mil vagas do curso gratuito da Plataforma PROA no Estado de São Paulo

Vagas são voltadas para estudantes que estão finalizando ou já concluíram o Ensino Médio em escolas públicas

 

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do curso gratuito da Plataforma PROA 2024, que terá sua primeira aula em 14 de outubro. São 7 mil vagas disponíveis para jovens do Estado de São Paulo, destinadas a estudantes que estão concluindo ou já finalizaram o Ensino Médio em escolas públicas.

Para participar, o candidato deve se inscrever no site e responder a um teste básico de língua portuguesa, matemática e análise de perfil. Se aprovado, prossegue para a etapa de preenchimento dos dados pessoais e matrícula no curso.

Trata-se de uma oportunidade em um contexto em que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos no Brasil atingiu 16,8% no 1º trimestre de 2024. “Cerca de 85% dos jovens conseguem emprego após a conclusão do curso que qualifica o estudante para entrar preparado no mercado de trabalho”, afirma Alini Dal’Magro, CEO do Instituto PROA.

O curso do PROA possui carga horária de 100 horas e é dividido em quatro módulos, focando no autoconhecimento, planejamento profissional, raciocínio lógico e comunicação, para ajudar os alunos a definirem metas e se destacarem em entrevistas de emprego. Além disso, semanalmente, são realizados encontros ao vivo por tutores.

Os jovens têm, ainda, a opção de cursar um quinto módulo com uma trilha técnica específica, escolhendo entre oito carreiras patrocinadas por grandes empresas. Cada trilha oferece 50 horas de preparação nas seguintes áreas: Administração (P&G), Logística (P&G), Excel e Power BI (Microsoft), Varejo (Fundação Casas Bahia), UX Design (Accenture), Promoção de Marcas (BRF), Educação Financeira (Bloomberg + Dahlia Capital) e Atendimento a Clientes (IMFG + Grupo BMG).

Ao final do curso, os participantes recebem certificado de conclusão e acesso a uma plataforma exclusiva com oportunidades de emprego.


Mercado de trabalho

Um exemplo de sucesso é o ex-aluno Samuel Lopes Cabral, de 20 anos, que conheceu a Plataforma PROA através de uma reportagem na TV e participou do curso em 2023. “Aprendi desde criar um currículo até melhorar minha comunicação, foi uma experiência única e hoje me sinto mais seguro profissionalmente”, afirma o jovem, que depois do curso e com a ajuda do PROA, está empregado como assistente administrativo no Grupo Casas Bahia. 


Serviço – Plataforma PROA

Processo seletivo para a Plataforma PROA: de 30 de setembro a 27 de outubro

Início das aulas: 14 de outubro de 2024 – O curso começará duas semanas após (sempre na segunda-feira) a aprovação no processo seletivo.

Inscrições no site: proa.org.br


Requisitos: 

- Ter entre 17 e 22 anos;

- Morar em São Paulo;

- Estar cursando ou ter concluído o 3º ano do Ensino Médio em escola pública.

Vagas para São Paulo: 7 mil

 

Sobre o Instituto PROA

O Instituto PROA foi fundado em 2007 com o objetivo de auxiliar jovens de baixa renda a ingressarem no mercado de trabalho, dividindo conhecimentos sobre carreiras, planejamento, autoconhecimento para vocações e comunicação. Desde então, já impactou mais de 36 mil alunos com seus dois principais projetos, Plataforma PROA – preparação para o primeiro emprego – e PROPROFISSÃO – curso de programação para quem deseja ser um(a) desenvolvedor(a) Java Junior. A Plataforma PROA está presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e em 2024, chega em Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco.

 

8 em cada 10 pais se preocupam que o filho chegue à vida adulta sem saber como lidar com as finanças


  • Pesquisa realizada pela Serasa para marcar o Dia das Crianças mostra que 21% dos pais ainda acreditam que finanças não é assunto para crianças.
  • Mas 80% admitem que a família tem papel fundamental na educação financeira.
  • 59% conversam sobre finanças com os filhos “sempre que podem”.
  • 8% dos adultos ouvidos confessam que não falam sobre finanças com os filhos.
  • Salário de pai e mãe é tabu para 21% dos entrevistados.
  • Guardar dinheiro é a forma como 58% dos pais iniciam o tema da educação financeira com os filhos.
  • 72% dos pais acham que devem falar sobre dinheiro com os filhos ainda na infância, mas 28% preferem esperar pelo menos a pré-adolescência.
  • 21% hesitam em permitir que os filhos gerenciem seu próprio dinheiro no dia a dia.
  • E 29% ainda acreditam que as crianças não têm capacidade de entender sobre o assunto.

 

Para marcar a passagem do Dia das Crianças, a Serasa divulga um levantamento especial no qual estuda, em profundidade, a relação de pais e filhos com as finanças, o dinheiro, gastos e salários. Produzida pelo Instituto Opinion Box, a pesquisa exclusiva mostra uma evolução no tratamento da pauta em casa, mas ao mesmo tempo explica por que parte dos jovens chegam à fase adulta sem noções básicas sobre finanças pessoais.

Entre os pais entrevistados, 87% confiam que “é fundamental que crianças e adolescentes aprendam sobre dinheiro”. No entanto, as conversas sobre o tema ainda são tímidas e conservadoras dentro dos lares: apenas 59% dos entrevistados falam sobre finanças sempre que possível, enquanto 33% o fazem apenas em situações pontuais. E 8% confessam que nunca abordam o tema com os filhos.
 

Barreiras e tabus

Boa parte dos pais e mães admitem que enxergam barreiras para falar sobre o assunto com os filhos. Aproximadamente 25% relataram resistência em discutir abertamente sobre salários e 21% hesitam em permitir que os filhos gerenciem seu próprio dinheiro em situações cotidianas. Apesar da resistência constatada, 70% afirmam que “a conversa sobre dinheiro deveria ser iniciada ainda na infância”.


 

Dinheiro é pauta em família

Levando em consideração que a educação financeira ainda é um tema pouco explorado no currículo escolar, cresce a importância que a iniciativa de liderar o assunto seja de pais e mães. Thiago Ramos, especialista em educação financeira da Serasa, diz que desenvolver a habilidade de planejar e economizar pode fazer a diferença no futuro dos pequenos: “O diálogo sobre dinheiro deve ser parte integrante da educação, ajudando os mais jovens a desenvolver uma relação saudável e sem tabus com algo que estará presente em toda a sua vida”, observa. 

Menos mal que 80% dos entrevistados admitem que a família “tem papel fundamental em ensinar educação financeira para crianças e adolescentes”. Mostrar a verdadeira importância de guardar dinheiro é a principal maneira de os pais abordarem educação financeira com os filhos. Esclarecer o preço dos produtos é a forma escolhida por 53% dos pais, enquanto 44% preferem abordar o assunto pela economia e corte de despesas e 43% estimulam a reserva de dinheiro ao modelo “guardar no cofrinho”.

 

 

A pesquisa ainda aponta que, surpreendentemente, somente 30% dos pais consultados asseguram ter conhecimento suficiente para ensinar seus filhos sobre educação financeira da melhor maneira possível.

Para auxiliar crianças e adultos, a Serasa oferece um Blog repleto de conteúdo sobre finanças, um curso de finanças pessoais e mais de 800 vídeos no Youtube com informações e orientações de especialistas da empresa: saiba mais sobre o Serasa Ensina.
 

Metodologia

O estudo faz parte da 11ª edição do Serasa Comportamento, série de levantamentos realizados pela Serasa sobre a forma como os brasileiros lidam com suas finanças. A pesquisa ouviu 1.540 consumidores de todas as regiões do país, de 18 até 60 anos ou mais. Para conferir o relatório completo, acesse: Link.
 



Serasa
www.serasa.com.br


Viagens, games e até casamento. Veja como pagamentos com criptomoedas são usados ao redor do mundo

Segundo relatório, empresas de turismo lideram com cerca de 11,54% quando se trata da adoção de criptomoedas

 

A Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de mercado, tem ampliado a possibilidade de transações cotidianas com criptomoedas. Por meio do Binance Pay, a exchange facilitou o uso dos criptoativos para pagamentos. Atualmente, agências de viagens, varejistas, imobiliárias, empresas de games, companhias aéreas e outras empresas têm aceitado esses ativos como forma de pagamento, aproveitando a alta rapidez na liquidação e baixos custos.

O Binance Pay registrou no ano de 2023, um crescimento de 61% em volume de transações na América Latina. O volume total ultrapassa os US$ 120 bilhões, já o número de usuários ativos do Binance Pay no mundo é de cerca de 12 milhões. O crescimento do número de usuários está diretamente relacionado à adesão do Binance Pay como método de pagamento para serviços mais corriqueiros.

Muitos dos pagamentos tradicionais podem oferecer experiências inferiores e mais custosas em transações internacionais devido às taxas embutidas. Com os criptoativos, viajantes, por exemplo, podem evitar a necessidade de trocar moedas, e a burocracia envolvida no processo.


Turismo

Segundo o Crypto Adoption Report, as empresas de turismo lideram quando se trata da adoção de criptomoedas. Cerca de 11,54% dos negócios no setor já aceitam pagamentos via blockchain, ação que tem permitido que agências de viagens apresentem vantagens competitivas por meio do desenvolvimento de programas de fidelidade, da agilização de pagamentos e da tokenização de serviços.

Um exemplo é a parceria com a Decolar, agência de viagens online líder na América Latina, que se tornou a primeira da região a aceitar criptomoedas para todos os seus serviços. Desde que iniciou sua parceria com o Binance Pay em 2023, a empresa testemunhou uma tendência de alta significativa nos pagamentos com ativos digitais, com voos e pacotes de viagens emergindo como os itens comprados com mais frequência. Os principais destinos incluem Buenos Aires, Rio de Janeiro e Cancún e, notavelmente, 51% dessas transações foram feitas por meio do aplicativo Decolar, principalmente por usuários iniciantes com menos de 35 anos.

De maneira similar, a plataforma Travala permite aos usuários reservar acomodações, voos e atividades com criptomoedas. De janeiro de 2023 a janeiro de 2024, o volume de transações para reservas em cripto na empresa aumentou 46%. A agência online também permite pagamento via Binance Pay, frequentemente classificado entre as principais opções. Atualmente, cerca de 80% dos usuários do site já custeiam as próprias viagens com criptoativos.

No mundo acelerado das viagens e do turismo, a verificação de identidade e a prevenção de fraudes são pontos problemáticos para viajantes e empresas. Com inúmeras transações acontecendo a cada segundo em várias plataformas, é essencial garantir que as identidades dos viajantes sejam devidamente verificadas e, ao mesmo tempo, minimizar o risco de fraude. Tradicionalmente, isso tem sido gerenciado por meio de sistemas centralizados, que, embora funcionais, são propensos a erros, violações de dados e ineficiências.

Para os viajantes, a verificação de identidade baseada em blockchain pode significar mais controle sobre seus dados pessoais. Em vez de depender de terceiros para armazenar informações confidenciais em bancos de dados centralizados e vulneráveis a hacks, a tecnologia blockchain permite que viajantes armazenem e gerenciem com segurança suas identidades em redes descentralizadas. Isso significa que eles só precisam compartilhar credenciais verificadas com empresas de viagens ou governos quando necessário, reduzindo ainda mais o risco de exposição de dados.


Mercado de games

As plataformas de games também já usam as criptomoedas em maior escala. No Brasil, o Binance Pay já estreou com alguns parceiros, desde a Weo Games, uma loja de jogos que inclui produtos de jogos populares como Free Fire (Garena), Valorant e League of Legends (Riot Games), até o construtor de sites WordPress, que oferece o plugin de comércio eletrônico WooCommerce. A Weo Games é a primeira plataforma de jogos na América Latina a aceitar pagamentos com criptomoedas.

A Nuuvem, maior loja de games da América Latina, também agregou o pagamento com criptomoedas à plataforma em parceria com o Binance Pay. Com a novidade, os mais de 1,5 milhão de usuários da loja no Brasil, já muito habituados à tecnologia Web3, passaram a ter uma nova forma de pagamentos integrada ao universo de blockchain desde o ano passado. A Nuuvem tem um catálogo com milhares de títulos para PC, Nintendo, PlayStation, Xbox e produtos mobile, e já trabalhou com produtoras de jogos como Nintendo, Playstation, Microsoft, Konami, Capcom, Warner, Ubisoft, Rockstar e Take 2.


Um casamento possível com Binance Pay

O Binance Pay foi a solução para que um casamento acontecesse. O casal Bram e Zenia (nomes fictícios), usou o serviço para superar os entraves causados por crises políticas e econômicas do seu país de residência.

Após escaparem para um país vizinho, eles recorreram ao Binance Pay para pagamentos de fornecedores de serviços, desde o aluguel do espaço da cerimônia ao serviços de buffet.

O casal mostrou aos fornecedores a possibilidade de aceitarem criptomoedas como pagamento, o que facilitou as transações que eram frequentemente bloqueadas em bancos tradicionais devido às restrições econômicas do país de origem. Eles usaram USDT (a stablecoin atrelada ao dólar) para se proteger contra a volatilidade da moeda local. Isso não apenas garantiu que seu casamento pudesse acontecer, mas também ajudou a popularizar o uso do Binance Pay entre amigos e familiares do casal, que usaram a ferramenta para pagar a viagem e participar do casamento, além de enviar presentes aos noivos.

"As pessoas podem dizer que a criptomoeda é volátil, mas para as pessoas do meu país, cuja moeda já perdeu todo o seu valor ao longo de uma década, a criptomoeda é um porto seguro, um salvador de vidas, uma proteção em tempos de crise", explicou Bram.

O Binance Pay também foi usado depois do casamento, permitindo que Bram e Zenia viajassem e pagassem por passagens e acomodações na lua de mel. A experiência deles destaca como o Binance Pay se tornou uma ferramenta vital para a realização de um momento significativo das vidas desses usuários.

 

Binance
Para mais informações, visite: Link.


Dia das Crianças: 5 formas de ensinar finanças aos filhos

Para aproveitar a data, especialistas trazem dicas importantes para que os pequenos comecem a ter responsabilidade sobre o próprio dinheiro

 

É muito comum ver pais que dão mesadas aos filhos como forma de incentivá-los a gerenciar o próprio dinheiro, enquanto outros recompensam as crianças com bonificações ao atingir metas - como alcançar certa nota em uma prova ou ajudar com as tarefas de casa. Um levantamento deste ano realizado pelo PicPay, porém, mostrou que a prática da mesada só é realidade para 12,5% dos pais. 

 

Oferecer mesada é uma das formas de ensinar educação financeira aos pequenos, conforme aponta Marcello Marin, contador, administrador, Mestre em Governança Corporativa e especialista em Recuperação Judicial. “É extremamente importante mostrar para as crianças questões ligadas à moeda, a compras e a guardar capital. Muitas pessoas acham que isso é prejudicial para os pequenos, mas eu discordo totalmente, visto que essas crianças, quando crescerem, serão adultos mais conscientes com o próprio dinheiro e saberão como evitar ciladas relativas a isso”, defende ele.

 

Igor Lucena, economista, Doutor em Relações Internacionais e CEO da Amero Consulting, também compartilha da visão sobre educar as crianças em relação à administração do próprio dinheiro. “É importante que, conforme cresçam, elas tenham consciência do que é e quanto vale o salário-mínimo no Brasil, a fim de compreenderem de forma literal a dimensão de valores na realidade do país”, diz.

 

A mesada pode se transformar no presente

 

Às vezes, um presente pode não caber no orçamento atual dos pais naquele momento, o que é perfeitamente normal, apesar de gerar certas dores de cabeça - como a frustração dos filhos. Dessa forma, é possível usar essa situação como gancho para conversar sobre a educação financeira e orientar os pequenos a guardarem a mesada para comprarem o que querem assim que possível.

 

Para ajudar a falar desse assunto com as crianças, os especialistas dão dicas importantes a seguir; confira-as:

 

1. Abra uma conta para seus filhos. “Se os filhos já tiverem consciência de responsabilidade, abra uma conta para que eles recebam os valores repassados, sejam de mesada ou de algo específico que fez para ganhar o dinheiro. Desse modo, assim como todo adulto, eles terão a responsabilidade de usar os valores disponibilizados como se fosse um salário, com dia certo para depósito. Mas atenção: evite adiantamentos e valores extras sem motivo”, ensina Marcello.

 

No entanto, Igor alerta para o uso excessivo de dinheiro digital. “Já está provado que a digitalização, seja por cartões ou celulares, faz com que pessoas que não têm um controle financeiro estabelecido percam essa noção. Portanto, é importante que as crianças usem dinheiro físico, pois ele dá uma noção mais clara de quanto se tem e quanto foi gasto. Até mesmo as nações mais desenvolvidas mostram que, quando se perde totalmente o controle do dinheiro físico, o grau de endividamento das pessoas realmente aumenta”, diz,

 

2. Ensine a importância do valor do dinheiro. “Reforce a importância do controle financeiro. O valor da mesada deve ser gasto de maneira correta e deve durar pelo menos o período do mês. É importante que os filhos entendam que o dinheiro pode acabar, ou seja, que tenham a ideia de escassez”, complementa Igor.

 

3. Recompense pela ajuda. “Criança não deve trabalhar, mas pode ajudar em casa. Os filhos podem ser melhor estimulados a ajudar nas tarefas domésticas se forem ‘recompensados’ por isso. Tente definir um valor para cada atividade; você pode, inclusive, estipular uma ‘multa’ para coisas erradas que eles façam, pois isso trará também bastante responsabilidade”, pontua o contador.

 

4. Ensine o valor das coisas. “É importante que compreendam que 10 reais não são 100, mil reais. Elas precisam começar a saber quanto custam coisas básicas, como uma coxinha, um refrigerante, uma água, e quanto custa um brinquedo. Também é essencial que elas tenham noção de quanto é, por exemplo, um salário mínimo e que entendam a grandeza dos valores”, explica o economista.

 

5. Incentive o interesse sobre o assunto. “Se seu filho já lê, mostre para ele livros e outras leituras sobre o tema. Há também diversos influenciadores financeiros que estão criando conteúdos para as crianças. É importante que os pequenos tenham acesso ao assunto, pois pode ajudar demais no seu crescimento como pessoa”, finaliza Marcello Marin.

 



Igor Lucena - economista, Doutor em Relações Internacionais na Universidade de Lisboa e CEO da Amero Consulting. Membro da Chatham House – The Royal Institute of International Affairs e da Associação Portuguesa de Ciência Política


Marcello Marin - contador, administrador, Mestre em Governança Corporativa e especialista em Recuperação Judicial.


11 de outubro - Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física

Defensor Público alerta que é preciso ampliar a acessibilidade e garantir plena igualdade de oportunidades às pessoas com deficiência 

 

Neste 11 de outubro comemora-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física. A data é uma oportunidade para sensibilizar a sociedade sobre a importância de garantir igualdade de oportunidades e condições adequadas para essa numerosa parcela da população. De acordo com o IBGE, o Brasil tem mais de 15 milhões de indivíduos com deficiência física. Portanto, é um momento para fortalecer o compromisso com políticas públicas que assegurem a plena participação dessas pessoas na sociedade. 

Apesar dos avanços na legislação, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), muitas barreiras continuam dificultando a vida das pessoas com deficiência física. No dia a dia, essa legião de brasileiros ainda enfrenta uma série de desafios, profundos e estruturais. 

“É fundamental promovermos a sensibilização, a conscientização e o rompimento da barreira do preconceito, do desdém, do olhar enviesado às pessoas com deficiência. Precisamos, todos, lutar para que essas pessoas sejam percebidas, não como coitados, mas sim, como pessoas capazes, que merecem todo o nosso respeito”, afirma o Defensor Público Federal André Naves, que é especialista em Direitos Humanos e Inclusão.

Dentre as principais barreiras para que pessoas com deficiência física possam exercer a plena cidadania, destacamos:


Acessibilidade limitada: a falta de infraestrutura adequada nas cidades, como calçadas, rampas e transportes públicos adaptados, ainda é uma triste realidade na maioria das cidades, principalmente em municípios ou bairros mais carentes. Estes são os maiores obstáculos à mobilidade das pessoas com deficiência física, comprometendo o seu direito de ir e vir de maneira independente.
 

Transporte: Pessoas com deficiência têm direito à gratuidade em diversos meios de transporte, como ônibus, trens e metrôs. Essa garantia está prevista na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015). Contudo, a implementação da lei varia de acordo com a cidade ou o estado, já que existem regras específicas em cada localidade. Por isso, na prática, muitos não usufruem desse direito. 

Burocracia na compra de veículo isento de impostos: comprar um carro com isenção de impostos pode ser complicado para pessoas com deficiência física por causa da burocracia. O processo envolve várias etapas, como a apresentação de documentos médicos, laudos e formulários específicos. Isso pode ser confuso e demorado e, por isso, muitos desistem. 

Desigualdade no mercado de trabalho: embora existam leis que garantam a inclusão de PcDs no mercado de trabalho, como a Lei de Cotas, muitas empresas ainda resistem em cumprir as normativas ou empregam essas pessoas em funções subvalorizadas, limitando seu potencial de crescimento profissional. 

Educação inclusiva deficiente: a inclusão educacional é um direito garantido, mas ainda faltam profissionais capacitados e adaptações nas escolas, o que dificulta o acesso à uma educação de qualidade. 

Preconceito e estigmatização: pessoas com deficiência física frequentemente enfrentam discriminação e preconceito, o que pode afetar sua autoestima e restringir uma participação mais ativa na sociedade.

 “O grande desafio atual é tornar realidade os direitos previstos pela legislação e avançar para assegurar novos direitos. Isso pressupõe não apenas a implementação eficiente de políticas públicas bem como um compromisso cultural de toda a sociedade com a prática contínua da inclusão”, lembra André Naves, que complementa: “Precisamos avançar para que, cada vez mais, as cidades, as escolas, os hospitais e postos de saúde, e o mercado de trabalho, estejam adaptados para acolher e valorizar as pessoas com deficiência, garantindo-lhes autonomia e dignidade”, finaliza.

 

Como proteger e educar os jovens no ambiente digital: o papel das famílias e escolas

Crianças e adolescentes estão cada vez mais imersos no ambiente digital, onde encontram inúmeras oportunidades de aprendizagem, comunicação e entretenimento. De acordo com a Pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 95% dos jovens de 9 a 17 anos têm acesso à internet, somando mais de 25 milhões de pessoas conectadas em todo o país. No entanto, essa realidade traz também inúmeros desafios, aumentando a preocupação com a segurança online desses jovens.

 

Monitoramento e orientação no ambiente digital 

Os principais riscos ao navegar na internet incluem a exposição a conteúdos inadequados, como violência e material impróprio para a faixa etária, o contato com estranhos que podem representar perigo, o cyberbullying, a exposição excessiva da vida privada e os golpes financeiros. Essas ameaças se manifestam por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens, jogos online e outras plataformas digitais. 

Para identificar essas ameaças, os pais devem observar sinais como mudanças de comportamento, isolamento, irritabilidade, ansiedade ao usar dispositivos eletrônicos ou conversas sigilosas com desconhecidos. Manter uma comunicação aberta e atenta com os filhos é fundamental para detectar problemas, sendo uma das principais estratégias de prevenção. 

Os riscos online podem afetar significativamente o desenvolvimento e o bem-estar psicológico dos jovens, gerando problemas como baixa autoestima, depressão, ansiedade e dificuldades de socialização. A exposição contínua a conteúdos na internet, que muitas vezes promovem padrões irreais de aparência, status ou vida ideal, pode distorcer as percepções dos jovens sobre si mesmos e sobre o mundo, impactando suas emoções e comportamentos.

 

Medidas práticas 

Família e educadores têm um papel essencial na orientação e supervisão dos jovens, ensinando sobre os perigos da internet e reforçando a importância de comportamentos seguros. Esse papel vai além de simplesmente monitorar o uso de dispositivos; é preciso também educar sobre ética, respeito e privacidade digital. Conversar abertamente sobre os riscos, estabelecer regras claras para o uso da tecnologia e estimular o pensamento crítico são atitudes fundamentais para educar crianças e adolescentes sobre segurança na internet. Participar das atividades digitais dos filhos, conhecendo as plataformas que utilizam, é uma forma eficaz de identificar possíveis perigos e orientar suas interações online. 

Existem diversas ferramentas para monitorar e proteger a atividade online dos jovens, como aplicativos de controle parental, filtros de conteúdo e configurações de privacidade nas redes sociais. Entre as práticas que crianças e adolescentes devem adotar para um uso mais seguro estão: não compartilhar informações pessoais, evitar interações com desconhecidos, ajustar configurações de privacidade para reduzir a exposição e denunciar conteúdo ou contatos inadequados. Promover o uso consciente e respeitoso da internet é essencial para garantir a segurança online. 

Para incentivar hábitos saudáveis de uso da internet, é importante estabelecer limites de tempo para o uso de dispositivos e promover atividades offline, como brincadeiras, esportes e leitura. A família deve servir de exemplo, equilibrando seu próprio uso da tecnologia e reforçando a importância do tempo de qualidade em família. Manter um diálogo constante sobre o que é visto e feito online ajuda a criar um ambiente seguro e equilibrado para o uso da internet. 

Nesse sentido, o equilíbrio entre supervisão e liberdade online é um dos maiores desafios para os pais. É importante encontrar um meio-termo que ofereça a supervisão necessária para garantir a segurança, mas que também permita que crianças e adolescentes desenvolvam autonomia e responsabilidade digital. 

As escolas também desempenham um papel crucial na educação sobre segurança online. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta que os estudantes adquiram habilidades para utilizar a tecnologia de forma crítica, ética e responsável, compreendendo os riscos e as boas práticas no ambiente digital. É importante que as instituições de ensino sigam essas diretrizes, integrando temas como segurança na internet, privacidade digital e proteção de dados nos ambientes de aprendizagem. Também é fundamental fornecer orientação aos estudantes sobre como lidar com situações como o cyberbullying, fortalecendo sua capacidade de navegar no mundo digital de forma segura e consciente. 

Proteger as crianças no ambiente digital é um desafio contínuo que requer a participação ativa de famílias, educadores e dos próprios jovens. Com as ferramentas corretas, uma comunicação aberta e a educação constante sobre os riscos e responsabilidades online, será possível criar um ambiente digital mais seguro e saudável para todos.

 

Graziele C. Ortega - Coordenadora de Projetos Educacionais da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.



Justiça abre um novo paradigma no tratamento off label de pacientes com câncer

Em uma decisão marcante para o direito à saúde dos pacientes com câncer, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou a Sul América Companhia de Seguro Saúde S/A a fornecer o medicamento oncológico Pembrolizumabe (Keytruda) a uma beneficiária de plano de saúde, mesmo em caráter off label. A determinação da Justiça estabelece um importante precedente para pacientes que necessitam de tratamentos não previstos na bula do medicamento. 

O Pembrolizumabe é um imunoterápico utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão e linfoma de Hodgkin. Contudo, no caso em questão, a paciente foi diagnosticada com sarcoma pleomórfico de alto grau, uma forma rara e agressiva de câncer, para a qual o uso do Pembrolizumabe não possui aprovação específica. A decisão foi embasada em laudo médico que indicou o medicamento como a melhor alternativa terapêutica, dada a gravidade e a urgência do caso.

O Tribunal paulista também frisou o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana e ao direito à saúde, garantidos pela Constituição Federal. Apesar de o uso off label não estar regulamentado para certas condições, ele pode ser essencial para a sobrevivência e qualidade de vida de pacientes com doenças graves e sem outras opções terapêuticas disponíveis. 

A decisão também reafirma a responsabilidade dos planos de saúde em garantir acesso a tratamentos prescritos por médicos, ainda que não constem especificamente em suas diretrizes, desde que amparados por evidências científicas e pela singularidade do quadro clínico. 

Para os profissionais do direito, este caso sublinha a importância de uma defesa bem fundamentada em favor dos pacientes, unindo conhecimento técnico e sensibilidade. O sucesso da beneficiária reforça a necessidade de uma abordagem jurídica que considere as peculiaridades de cada caso clínico. 

Em tempos de Outubro Rosa, esse precedente pode influenciar futuras ações judiciais, promovendo uma interpretação mais ampla e humanizada das coberturas de planos de saúde, especialmente em tratamentos oncológicos e em outras áreas de alta complexidade médica. A decisão do TJSP constitui um marco na luta pelo direito à saúde e à vida digna, reafirmando a necessidade de uma justiça que se adapta às demandas reais dos cidadãos.

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia

 

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