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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Escolas utilizam IA reconhecida pela Unesco para identificar alunos com risco de evasão escolar

Com assertividade de até 95%, ferramenta desenvolvida pela Betha Sistemas auxilia gestão da educação pública municipal, prevenindo abandono escolar


Em todo o Brasil, a rede municipal de educação conta com mais de 19,8 milhões de alunos matriculados, conforme informações prévias do Censo Escolar da Educação Básica 2023, divulgadas pelo INEP. Entre os principais desafios enfrentados em sala de aula pelos professores e alunos e também pela gestão municipal estão a evasão escolar e a reprovação. Para melhorar os indicadores e, ao mesmo tempo, a qualidade do ensino, a Betha Sistemas vem apostando em inteligência artificial em suas soluções para gestão escolar. Somente em 2024, o chamado Sistema Educação vem sendo utilizado por 230 clientes, que incluem prefeituras, autarquias, secretarias e órgãos públicos em geral, auxiliando na gestão dos mais de 610 mil alunos.

“A inteligência artificial é uma tecnologia que tem sido usada com sucesso pela gestão pública municipal. Inclusive, o projeto da Betha Sistemas foi reconhecido pela Unesco, com a indicação ao Prêmio King Hamad Bin Isa Al-Khalifa, pelo uso da inteligência artificial para inovar a educação, o ensino e o aprendizado. Ter disputado esse prêmio de nível mundial em 2020 foi uma vitória e representa muito. Afinal, reconhece o nosso esforço na busca de uma educação pública municipal cada vez mais eficiente”, destaca o CEO da Betha Sistemas, Aldo Garcia. 

Já no primeiro bimestre escolar, com a avaliação de indicadores de presença e notas, a IA consegue identificar e sinalizar aos professores o risco de evasão escolar, com uma precisão de até 95% . “A tecnologia cruza dados de 12 variáveis diferentes, entre notas e faltas, e consegue em cima dos dados do município já indicar o risco de evasão. Isso possibilita que a criança e o adolescente tenham uma atenção diferenciada do conselho escolar, que poderá acionar os pais e o conselho tutelar a fim de evitar o abandono da sala de aula e assistir melhor esse aluno em suas necessidades”, explica o executivo.


Business Intelligence: demanda real com redução de custos  

A governança de dados na educação é uma aliada no planejamento de sala e também no diagnóstico e previsão de custos e repasse à Secretaria. Com o uso de BI, é possível ter um diagnóstico atualizado de todas as salas de aulas ativas e inativas e nível de ocupação por bairro, região e ano escolar. “Esses dados auxiliam na melhoria da disponibilidade de recursos e ampliação de escolas e creches dentro da real necessidade do município. No painel do gestor é possível ter uma visão sobre o tempo de espera para matrículas em creches e escolas, o custo por aluno, entre outros indicadores estratégicos definidos pelo MEC”, destaca Garcia.

A previsibilidade contribui para o uso efetivo de recursos também no dia a dia operacional das unidades de ensino. Com a chamada digital, o time responsável pelo preparo das refeições recebe já no início do turno escolar o número de alunos presentes e faz o cardápio do dia para aquele total de crianças e adolescentes, evitando o desperdício de alimentos. O sistema também indica os alunos com intolerâncias alimentares, que necessitam de um nível de atenção elevado e de preparações específicas.


Segurança em pauta

A chamada digital é um recurso que contribui para o controle parental das crianças no ambiente escolar. A plataforma da Betha Sistemas tem o recurso para envio de alertas aos pais do ingresso da criança e adolescentes em sala de aula. “É possível integrar o sistema de reconhecimento facial às catracas, permitindo apenas a entrada de pessoas autorizadas no ambiente escolar, essa é uma alternativa que contribui para reforçar a segurança nas unidades”, comenta Garcia.


Facilitando a vida do professor

A inteligência artificial é uma aliada do corpo docente na elaboração e acompanhamento do planejamento escolar. Por meio da plataforma de gestão da educação da Betha Sistemas, os professores podem segmentar por dia os temas que serão trabalhados em sala de aula, criar uma linha do tempo dos conteúdos e fazer a verificação de integração com os conteúdos previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - que determina as competências, habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica.

“A ferramenta speak to text, que transcreve no planejamento o que é dito pelos professores, facilita e agiliza o dia a dia nessas verificações e atualizações mais automatizadas, liberando tempo para que o educador se dedique mais a parte intelectual desse processo”, aponta o executivo. 

De acordo com levantamento feito pelo Sindicato de Professores do Distrito Federal (SINPRO-DF), um professor gasta, em média, 24 horas de preparo para cada oito horas de aula. Sendo assim, a tecnologia contribui para reduzir esse tempo e melhorar a qualidade de vida dos professores, sem perder a qualidade do ensino em sala de aula.


Escolas utilizam IA reconhecida pela Unesco para identificar alunos com risco de evasão escolar

 Com assertividade de até 95%, ferramenta desenvolvida pela Betha Sistemas auxilia gestão da educação pública municipal, prevenindo abandono escolar


Em todo o Brasil, a rede municipal de educação conta com mais de 19,8 milhões de alunos matriculados, conforme informações prévias do Censo Escolar da Educação Básica 2023, divulgadas pelo INEP. Entre os principais desafios enfrentados em sala de aula pelos professores e alunos e também pela gestão municipal estão a evasão escolar e a reprovação. Para melhorar os indicadores e, ao mesmo tempo, a qualidade do ensino, a Betha Sistemas vem apostando em inteligência artificial em suas soluções para gestão escolar. Somente em 2024, o chamado Sistema Educação vem sendo utilizado por 230 clientes, que incluem prefeituras, autarquias, secretarias e órgãos públicos em geral, auxiliando na gestão dos mais de 610 mil alunos.

“A inteligência artificial é uma tecnologia que tem sido usada com sucesso pela gestão pública municipal. Inclusive, o projeto da Betha Sistemas foi reconhecido pela Unesco, com a indicação ao Prêmio King Hamad Bin Isa Al-Khalifa, pelo uso da inteligência artificial para inovar a educação, o ensino e o aprendizado. Ter disputado esse prêmio de nível mundial em 2020 foi uma vitória e representa muito. Afinal, reconhece o nosso esforço na busca de uma educação pública municipal cada vez mais eficiente”, destaca o CEO da Betha Sistemas, Aldo Garcia. 

Já no primeiro bimestre escolar, com a avaliação de indicadores de presença e notas, a IA consegue identificar e sinalizar aos professores o risco de evasão escolar, com uma precisão de até 95% . “A tecnologia cruza dados de 12 variáveis diferentes, entre notas e faltas, e consegue em cima dos dados do município já indicar o risco de evasão. Isso possibilita que a criança e o adolescente tenham uma atenção diferenciada do conselho escolar, que poderá acionar os pais e o conselho tutelar a fim de evitar o abandono da sala de aula e assistir melhor esse aluno em suas necessidades”, explica o executivo.


Business Intelligence: demanda real com redução de custos  

A governança de dados na educação é uma aliada no planejamento de sala e também no diagnóstico e previsão de custos e repasse à Secretaria. Com o uso de BI, é possível ter um diagnóstico atualizado de todas as salas de aulas ativas e inativas e nível de ocupação por bairro, região e ano escolar. “Esses dados auxiliam na melhoria da disponibilidade de recursos e ampliação de escolas e creches dentro da real necessidade do município. No painel do gestor é possível ter uma visão sobre o tempo de espera para matrículas em creches e escolas, o custo por aluno, entre outros indicadores estratégicos definidos pelo MEC”, destaca Garcia.

A previsibilidade contribui para o uso efetivo de recursos também no dia a dia operacional das unidades de ensino. Com a chamada digital, o time responsável pelo preparo das refeições recebe já no início do turno escolar o número de alunos presentes e faz o cardápio do dia para aquele total de crianças e adolescentes, evitando o desperdício de alimentos. O sistema também indica os alunos com intolerâncias alimentares, que necessitam de um nível de atenção elevado e de preparações específicas.


Segurança em pauta

A chamada digital é um recurso que contribui para o controle parental das crianças no ambiente escolar. A plataforma da Betha Sistemas tem o recurso para envio de alertas aos pais do ingresso da criança e adolescentes em sala de aula. “É possível integrar o sistema de reconhecimento facial às catracas, permitindo apenas a entrada de pessoas autorizadas no ambiente escolar, essa é uma alternativa que contribui para reforçar a segurança nas unidades”, comenta Garcia.


Facilitando a vida do professor

A inteligência artificial é uma aliada do corpo docente na elaboração e acompanhamento do planejamento escolar. Por meio da plataforma de gestão da educação da Betha Sistemas, os professores podem segmentar por dia os temas que serão trabalhados em sala de aula, criar uma linha do tempo dos conteúdos e fazer a verificação de integração com os conteúdos previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - que determina as competências, habilidades e as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver durante cada etapa da educação básica.

“A ferramenta speak to text, que transcreve no planejamento o que é dito pelos professores, facilita e agiliza o dia a dia nessas verificações e atualizações mais automatizadas, liberando tempo para que o educador se dedique mais a parte intelectual desse processo”, aponta o executivo. 

De acordo com levantamento feito pelo Sindicato de Professores do Distrito Federal (SINPRO-DF), um professor gasta, em média, 24 horas de preparo para cada oito horas de aula. Sendo assim, a tecnologia contribui para reduzir esse tempo e melhorar a qualidade de vida dos professores, sem perder a qualidade do ensino em sala de aula.


Setor de casamentos deve movimentar R$ 32 bilhões em 2025

Levantamento inédito prevê 476 mil festas de casamento com ticket médio de R$ 66 mil no próximo ano

 

Segundo um levantamento do Casar.com, maior plataforma de sites e listas de casamento do Brasil, em conjunto com a Assessoria VIP, o volume anual de cerimônias no país deve alcançar a marca de 476 mil em 2025, superando assim os 471 mil deste ano. Ainda de acordo com o estudo, o ticket médio por festa será de R$ 66 mil, o que contribui cada vez mais para a economia nacional. 

O setor de casamentos deve movimentar R$ 31,7 bilhões no próximo ano, representando uma excelente oportunidade para o futuro do segmento no país. Inclusive, estima-se 941 mil casamentos civis em 2025, contra os 932 mil oficializados em 2024. 

Entre os principais fornecedores que compõem o ticket médio estão buffet, decoração, flores, som e iluminação, fotografia e filmagem, entre outros. Estes investem anualmente em inovação e experiências personalizadas, a fim de superar as expectativas dos casais, ao passo que a diversificação dos serviços e produtos ofertados no mercado contribuem ainda mais para a valorização do setor e, consequentemente, para a movimentação econômica do Brasil. 

O buffet foi o serviço de maior valor em 2024, representando, aproximadamente, R$ 18 mil e um crescimento médio de 6,3%, se comparado com o ano anterior. Na sequência, temos a decoração que equivale a R$ 10 mil do montante e obteve aumento médio de 14%. 

Quanto aos presentes dos convidados, os resultados do levantamento apontam um crescimento de 4% no próximo ano, cuja média atual é de R$ 346,00. “De fato, o mercado de casamentos segue aquecido e estabelecendo novos padrões, o que contribui para o desenvolvimento do setor com um todo. Considerado um evento social ainda mais valorizado e amplamente celebrado pelos brasileiros, os casamentos permanecerão personalizados e autênticos para experiências ainda mais inesquecíveis”, destaca Fabio Camillo, CEO e cofundador do Casar.com.
 

Tendências 

Refletindo as mudanças sociais, tecnológicas e ambientais, os casamentos de 2025 serão vibrantes, audaciosos e profundamente pessoais. Afastando-se do tradicional, os casais devem optar por tons intensos desde os convites e decoração, às flores e até mesmo aos vestidos tanto das noivas como das damas de honra. 

Em paralelo, as cerimônias sustentáveis seguirão em alta no próximo ano, a partir do uso de materiais biodegradáveis, além de alimentos frescos e de origem local. As celebrações eco-conscientes também incluem convites digitais, decorações reutilizáveis e lembrancinhas ecológicas. 

Para Paula Raimo, sócia do Casar.com, cada casal é único, logo os casamentos de 2025 refletirão essa individualidade. “Ao longo dos últimos anos, os casais buscam formas de tornar as cerimônias mais pessoais a partir de elementos que representam seus interesses e valores. Certamente teremos temas personalizados, menus e lembrancinhas exclusivas, que refletem sua personalidade e, sobretudo, tornam o momento ainda mais memorável”, conclui.

 

A responsabilização das vítimas em esquemas de pirâmide financeira: equívoco e inversão de valores

Recente decisão de um magistrado da Justiça de Santa Catarina causou revolta entre as milhares de vítimas de esquemas fraudulentos que assolam o país. A decisão negou o pedido de indenização de uma vítima de pirâmide financeira, sob o argumento de que sua conduta foi motivada pela busca de "ganhos fáceis". E o pior, o juiz apontou dolo na conduta da própria vítima. Contudo, essa justificativa carece de uma análise mais profunda sobre a natureza das fraudes financeiras e o papel das vítimas. 

É inegável que as promessas de lucros rápidos atraem muitos investidores, mas é crucial reconhecer que esses esquemas são planejados com sofisticação, explorando a vulnerabilidade e a confiança das pessoas. Essas armadilhas manipulam os investidores com falsas promessas de segurança e altos rendimentos.  

Assim, comparar uma vítima de pirâmide financeira a um criminoso, ou sugerir dolo em sua conduta, ignora o caráter prejudicial dessas transações.

As vítimas, em sua maioria, são pessoas comuns, sem conhecimento técnico sobre o mercado financeiro. Elas são seduzidas pela confiança depositada nos promotores de esquemas fraudulentos, que se apresentam como legítimos. 

A complexidade dessas fraudes é tão significativa que, muitas vezes, até investidores experientes falham em identificar sinais de alerta antes que seja tarde.

A pirâmide financeira é, por sua própria natureza, um esquema projetado para iludir e enganar. Os operadores desses esquemas são mestres da manipulação, utilizando estratégias psicológicas complexas e marketing agressivo, muitas vezes respaldados por figuras de autoridade ou influenciadores sociais, o que confere legitimidade às suas operações. Quando essas promessas vêm de pessoas ou instituições aparentemente respeitáveis, a barreira da desconfiança se reduz, tornando absurdo o argumento de que as vítimas agiram com dolo. 

Além disso, o avanço tecnológico dessas fraudes evoluíram significativamente. Muitas pirâmides financeiras, agora, mascaram suas operações como investimentos sofisticados, usando termos financeiros complexos ou promessas de retorno ligadas a criptomoedas, marketing digital, ou outros setores em ascensão. Esse novo perfil atrai até mesmo pessoas que buscam proteger suas economias, e não necessariamente "ganhos fáceis".  

Na verdade, essas vítimas acreditam estar participando de um modelo de negócio inovador e legítimo. Culpar as vítimas por sua intenção de investir ou diversificar suas fontes de renda não apenas desafia a lógica, mas também mina a confiança nos sistemas financeiros e na justiça brasileira. 

O papel do sistema judicial deve ser o de proteger essas vítimas, punir os infratores e garantir a reparação adequada pelos danos sofridos. Isso é fundamental para restaurar a confiança nas instituições e promover um ambiente mais seguro e transparente para os investidores. Somente assim será possível alcançar uma justiça plena e eficaz, que não apenas pune os culpados, mas também resgata a dignidade das vítimas. 

Portanto, responsabilizar as vítimas de esquemas de pirâmide por sua própria ruína é um erro que desconsidera a natureza enganosa e complexa dessas fraudes. Ao negar indenização sob a alegação de que as vítimas buscavam "ganhos fáceis", o Judiciário corre o risco de desviar o foco dos verdadeiros culpados: os fraudadores que arquitetam e lucram com essas operações ilícitas. As vítimas, muitas vezes, agiram de boa-fé ao confiar em promessas de rentabilidade, e tratá-las como cúmplices ou negligentes é um equívoco grave da justiça.

 


Mayra Vieira Dias - advogada e sócia do escritório Calazans e Vieira Dias


Brasil tem 443 ações judiciais por dia devido a cancelamentos de voo, aponta levantamento

Volume entre janeiro e julho desse ano foi de 94 mil processos novos; montante de ações na Justiça subiu 47% entre 2022 e 2023 

 

O Brasil tem uma média de 443 processos por dia por conta de cancelamentos de voo por companhias aéreas. Entre janeiro e julho desse ano, o período mais recente disponível, a Justiça registrou um total 94 mil casos novos. Já entre 2022 e 2023, houve uma alta de 47% com uma variação de 100 mil para 148 mil processos. Os dados foram obtidos a partir de levantamento com base no BI (Business Intelligence) do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por meio da consolidação dos dados e da verificação dos assuntos presentes nas tabelas de gestão processual do órgão.

O estado de São Paulo é a federação em 2024 com o maior número de ações na Justiça de consumidores que viveram o voo cancelado. A média é de 68 processos todos os dias. O ranking segue com o Rio de Janeiro, com 50 casos diários, e com a Bahia, com 35. Entre 2022 e 2023, o estado fluminense viu o total de casos novos aumentar de 8 mil para 17 mil.

Outros estados com aumentos acentuados foram o Amazonas, com alta de 2 mil para 5 mil, e o Mato Grosso, de 5 mil para 10 mil. O Mato Grosso do Sul é a única federação que registrou queda, de modo que o total de ações novas diminuiu de 1,8 mil para 889.

“As companhias são frequentemente responsabilizadas por danos morais e materiais, com a Justiça estabelecendo valores que refletem o transtorno causado pelo cancelamento. Há uma tendência de reconhecimento da legitimidade das reivindicações dos consumidores, o que resulta em um alto índice de processos considerados procedentes”, relata João Valença, advogado consumerista do VLV Advogados.

O especialista também afirma que muitos casos discutidos na Justiça hoje envolvem a falta de assistência das companhias e a razão pelo qual os cancelamentos ocorreram. “Frequentemente também é discutida a responsabilidade das companhias em prestar assistência adequada aos passageiros, incluindo alimentação, hospedagem e transporte. E cabe ao Judiciário decidir se os cancelamentos foram motivados por eventos controláveis ou por força maior. O STJ tem firmado entendimento que facilita a responsabilização das companhias”, complementa.

Como buscar o seu direito?

O primeiro passo para o consumidor que deseja questionar na Justiça o transtorno pelo qual passou é reunir informações. O especialista orienta que é interessante anotar todos os detalhes do voo cancelado, como número do voo, data, horário e a razão apresentada pela companhia. Além disso, é importante guardar qualquer comunicação com a empresa, seja por e-mail, telefone ou WhatsApp.

Além disso, antes de entrar com uma ação judicial, é recomendado que o consumidor entre em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da companhia aérea e formalize a reclamação. Utilizar plataformas de defesa do consumidor, como o consumidor.gov.br, também é uma boa prática.

A depender do valor que será solicitado de indenização à Justiça, uma eventual ação pode ser ingressada no Juizado Especial Cível, que trata das pequenas causas, ou à Justiça Comum. “As provas que devem ser apresentadas no processo incluem passagens aéreas e cartões de embarque; e-mails, mensagens ou anotações de contatos com a companhia; notas fiscais de gastos decorrentes do cancelamento, como alimentação e hospedagem; e declarações de outras pessoas que possam corroborar a situação vivida”, afirma Valença.

A advogada consumerista Mayra Sampaio, do escritório Mayra Sampaio Advocacia & Consultoria Jurídica, também lembra que as ações podem ir além do pedido de indenização. “O passageiro que tem o seu voo cancelado tem direito ao reembolso das passagens junto com as taxas; a um voo alternativo se houver essa opção; e também a uma assistência material dependendo de quanto tempo o voo tenha atrasado. Ele vai ter direito a um lanche, a um valor referente a uma refeição e a um lugar para ele poder dormir e tomar banho, dependendo de quanto tempo vai demorar até o próximo voo. Quanto à indenização, ela pode variar entre o valor de R$ 3 mil a R$ 15 mil a depender do caso”, orienta a especialista.

 

Omnicanalidade e Inteligência Artificial para a melhor experiência do cliente

Um recente estudo elaborado pela Meta, concluído em junho deste ano, apontou que 80% dos consumidores brasileiros preferem utilizar mensagens como meio principal de comunicação com as empresas. Esse cenário não é apenas um dado estatístico, ele reflete o que, na NICE, temos observado nos últimos anos: a transformação que molda a forma como os clientes se comunicam com as empresas.

Canais como WhatsApp, Telegram e até os chats de marketplaces deixaram de ser apenas alternativas práticas e rápidas; tornaram-se meios de interação institucionalizados e, como vemos pelos dados da Meta, preferidos pelas pessoas. Este grupo de ferramentas contemporâneas de comunicação, que engloba também plataformas como Instagram, Messenger e TikTok, revelam-se cada vez mais eficazes para o fortalecimento da relação com o consumidor e, consequentemente, para a fidelização. De acordo com o estudo, 73% das empresas que aderiram à utilização eficiente desses canais relataram um aumento expressivo no retorno sobre investimento em publicidade (Roas), demonstrando o impacto positivo direto nas finanças.

Isso ocorre porque, ainda de acordo com a Meta, as mensagens assíncronas — ou seja, aquelas que não demandam uma resposta imediata — têm ganhado grande adesão dos consumidores. O contato assíncrono oferece flexibilidade, porque permite que os clientes façam compras ou resolvam problemas enquanto realizam outras atividades.

Por exemplo: enquanto aguarda uma consulta médica ou a realização de um exame, uma pessoa pode resolver alguma questão com sua operadora. Antes de sair de casa para o trabalho, outro consumidor pode enviar uma mensagem para tirar dúvidas sobre um produto e, do caminho mesmo, realizar a compra depois de sanados seus questionamentos. Esse novo comportamento reflete uma mudança nas atitudes do consumidor moderno, que valoriza conveniência e autonomia. Portanto, é vital para as empresas compreender e se adaptar a essa realidade.

Este estudo corrobora o que já estamos comunicando ao mercado há tempos: é de máxima importância que as marcas invistam em soluções omnichannel para o atendimento aos seus clientes. Já não é mais um diferencial e, sim, uma commodity. As empresas que que não orquestram suas interações via múltiplos canais - e de forma simultânea - já enfrentam dificuldades competitivas, mesmo que não o saibam ainda. Soluções que integram múltiplos canais de atendimento são essenciais, não apenas para proporcionar uma jornada fluida ao consumidor, mas também para potencializar o impacto de campanhas e programas de retenção.

Uma estratégia de experiência do cliente eficaz junta soluções de omnicanalidade com inteligência artificial elaborada especificamente para a CX. Ferramentas genéricas de IA não oferecem o mesmo nível de personalização e compreensão profunda do comportamento do consumidor. Já a tecnologia específica permite não apenas os insights mais ricos para a o aperfeiçoamento das interações, como também sugere novas oportunidades de vendas baseadas no perfil do cliente, promoções e outras formas de personalização que fortalecem o vínculo entre a marca e seu público-alvo.

Toda essa orquestração está relacionada a melhores práticas corporativas centradas no cliente. A dupla omnincanalidade e IA é o que há de mais eficiente para um relacionamento duradouro e satisfatório com os consumidores. Afinal, a experiência do consumidor é um dos principais diferenciais competitivos em um mundo cada vez mais digitalizado e indivíduos altamente conectados.

 

André Fernandes - Diretor de Pré-vendas da NICE



O algoritmo não gosta de saúde mental?


O tabu sobre saúde mental e a desinformação a respeito existem como fenômenos culturais. Eu diria que são até mesmo fenômenos espontâneos, na medida em que mesmo a concepção de algo como “saúde mental” que deva ser cuidada é bastante recente na história da saúde. Mas esses preconceitos não existem no vácuo: se sua existência é um subproduto histórico, seu impulsionamento é ao mesmo tempo algo propositalmente mantido e até incentivado por aqueles que se beneficiam da ignorância. 

A curadoria algorítmica é por si só muito competente em compartilhar desinformação ou, no mínimo, versões bastante reduzidas e superficiais das discussões (só tem alcance o que cabe num meme); dos oportunistas vendendo soluções milagrosas aos profetas prometendo que a saúde mental depende da conformidade ao tipo específico de suas fés, o que não falta são atores sociais poderosos que lucram mais quanto menos saúde mental tiverem os vulneráveis que estão explorando.   

Digo isso também por experiência própria: minha própria família foi muito marcada por questões de saúde mental e, mais ainda, pela negligência dessas questões, pelo oportunismo daqueles que tentaram se aproveitar da nossa vulnerabilidade e pelo preconceito social como um todo.  Até que se estabilizasse nossa situação e cada um dos meus familiares afetados encontrasse a solução em tratamentos adequados, passamos por templos e espertalhões que nos prometeram todo tipo de milagre. Numa visão pragmática, de pura tentativa e erro, já de criança eu vim com a prova anedótica de que psiquiatria e psicologia fizeram pelos meus familiares aquilo que tantos outros discursos tinham prometido. 

Discutir saúde mental e buscar tratá-la quando necessário não é nenhuma panaceia, também. O melhor psicólogo e o melhor psiquiatra do mundo trabalhando juntos não resolveria o sofrimento de quem passa fome, de quem tem um trabalho terrível do qual não consegue se demitir porque depende do dinheiro para dar sustento aos filhos, etc. Se o mundo está erodindo aos poucos, a verdade é que vamos todos aos poucos ficando com a psique mais comprometida. Mas isso também só reforça a necessidade de falar de saúde mental abertamente: se hoje todos nós já sofremos com desafios de saúde mental, e se com os dilemas crescentes do mundo é provável que soframos com isso cada vez mais, talvez exponencialmente, então é importante entender o que pode ser feito a respeito. Por onde começar. O que funciona,  o que não funciona. O que pode ser resolvido com pensamento positivo e muito esforço e disciplina (pouca coisa) e o que depende de entender e lidar com angústia, ansiedade, melancolia – para citar aquilo que todos terão – e ainda o que envolve lidar com condições mais graves e específicas como depressão, bipolaridade, esquizofrenia… 

Nada disso é suficientemente compartilhável. Segundo as paranoias panópticas do algospeak (a linguagem de redes sociais que tenta evitar um prejuízo ao alcance com alternativas ao invés de termos que o algoritmo hipoteticamente não gosta), termos como suicídio reduzem o alcance. Discussões sobre saúde mental (especialmente sobre suas implicações mais graves) não são portanto discussões que vão performar bem se tratadas com todas as nuances que exigem. Em inglês, encontraram uma solução terrível: não é mais suicídio, que o algoritmo supostamente não gosta, é unalived, algo como “desvivo” em português – construção esta que deixaria a novilíngua orwelliana orgulhosa.   

Mas é por isso que se trata de um desafio para todos nós. Encontrar jeitos de comunicar uma visão responsável sobre saúde mental é algo que envolve médicos, pais, professores, comunicólogos, jornalistas, publicitários, artistas, influenciadores digitais, governos, amigos, familiares… Não cabe só aos psiquiatras e psicólogos, e com certeza não cabe somente aos caprichos e vontades das plataformas digitais.

 

Levando a discussão de saúde mental para novos lugares por meio da arte 

Tenho tentado atacar isso de diferentes maneiras. Para começar, tenho desnudado o que posso da minha experiência e a da minha família, evitando expor mais do que o necessário, mas buscando ser honesto no que passamos. Faço isso usando nosso exemplo como um ponto de partida, porque sei que não fomos nem de longe os únicos a passar por situações semelhantes. Diria inclusive que demos sorte e tivemos uma série de privilégios que nos impediram de acabar em uma situação muito triste como outras famílias acabaram. Foi um bom nível financeiro e sorte que impediram que alguns de nós terminássemos como acabam muitas pessoas com transtornos mentais no Brasil: dormindo na rua, caminhando por aí enquanto falam sozinhas, viciadas em alguma droga barata. 

Também tento tratar desses temas com arte. Um dos meus livros, Eu Só Existo às Terças-feiras, é focado em questões como conflitos de identidade, lidar com traumas e conflitos familiares, fazer terapia. Foi inspirado pelo meu próprio processo terapêutico, no qual ingressei aos 19 anos, e pelos meus primeiros estudos sobre psicologia na época em que escrevi, aos vinte e um e aos vinte e dois anos – principalmente sobre Jung, e o livro todo funciona basicamente como uma metáfora para um processo de individuação. Com esse livro em particular, e com o movimento do mercado literário e do entretenimento como um todo que vejo atacando esse tema cada vez mais, percebo que temos uma oportunidade interessante de expandir a conversa de formas mais acessíveis e lúdicas, mas sem sacrificar sua gravidade – essa é a vantagem da boa arte, da boa comunicação. 

Sinto que medidas como o Setembro Amarelo são importantes, mas que correm o risco de parecer de uma superficialidade panfletária. Precisam ser complementadas e integradas a uma conscientização recorrente e gradual também durante o resto do ano. As pessoas não deixam de ter ideações suicidas fora desse mês e precisam de caminhos mais profundos para discutir isso do que um spot de quinze segundos no rádio associado a alguma marca qualquer. Os lugares comuns, o “é coisa da sua cabeça” e o “é só focar nas coisas boas” são ditos o ano todo e também não serão curados só com briefings vindos do marketing. A arte acaba encontrando jeitos de se enfiar na vida das pessoas e contribuir para uma conscientização de saúde mental mesmo nos contextos mais inusitados, normalmente com uma vantagem estética que facilita bastante o pontapé de discussões mais amplas. 

Quero dar um exemplo sobre isso. Alguns anos atrás, escrevi um pequeno poema que acho que ilustra bem o que entendo como um caminho simbólico para tentar falar de temas de saúde mental:

 

 

Boca 

Minha boca

é ferida aberta

que cospe sangue;

 

expurgo traumas

nas palavras

que são amargas;

 

mas sou mais leve

que os tons graves

das minhas vozes;

 

meus versos

quando choram

me dão alívio;

 

nos sofridos escritos e ditos

de pouco em pouco me curo

de mim;

 

depois de botar tudo pra fora,

dentro já não sobra

quase nada de ruim;

 

é então que minha boca

me deixa sorrir

enfim. 

 

Eu poderia ter escrito as ideias que esse poema carrega de uma forma mais objetiva e direta, com um parágrafo ou até com um ensaio? Talvez. Mas algo seria comprometido no componente emocional, imagino eu, e a sensibilidade é parte importante dessa conversa. Falar de saúde mental com responsabilidade é tanto um dever artístico (e uma oportunidade também) quanto é para profissionais da área da saúde. Nossa subjetividade não é só analítica, objetiva e racional, nem é algo que se comunica somente em artigos científicos.  

É uma experiência bem diferente a de ler livros que comunicam questões psicológicas numa linguagem objetiva, frente àquela do que é ler livros que discutem essas mesmas questões metaforicamente (como fazem os de Hermann Hesse, que é desde a juventude um dos meus autores prediletos e uma de minhas principais inspirações para isso). E isso vale para a arte no geral: uma música pode apresentar com metáforas uma ideia que uma matéria jornalística também apresenta, mas pode fazer isso com mais poder porque faz emocionalmente.  

Existe um fator humano que exige a honestidade e a autenticidade nas discussões sobre isso – algo para o qual a arte contribui muito, se não romantizar a doença. Para falar de saúde mental, é importante se mostrar vulnerável, explicar sua perspectiva, e talvez até se expor em alguma medida. É importante falar do tema sem tabu, sem achismos e sem também algum otimismo exagerado que prometa resolver o mundo inteiro num divã.  

No geral, é importante falar sobre o assunto com nuances e com verdade. Essa verdade que parece ausente às vezes num panfleto distribuído na empresa, mesmo se os dados expostos resumidos em bullet points junto a ícones estejam corretíssimos. Essa verdade que pode parecer mais presente num livro, num filme, num seriado ou numa música que explore aquela realidade com justiça, mesmo sem mencionar estatística nenhuma. A conscientização precisa ser muito mais do que um esforço corporativo, ou dos meios de comunicação, precisa ser também um esforço cultural – um fenômeno artístico.

 

Rodrigo Goldacker (@rodrigoldacker) vive de palavras. Trabalha como redator há sete anos e é Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. Publicou três romances pela Amazon, sendo que um deles, “Eu Só Existo às Terças-feiras”, trata de questões de saúde mental e foi um dos cinco finalistas do primeiro Prêmio Amazon de Literatura Jovem. Seu livro mais recente por lá é Éramos Deuses”, uma ficção científica filosófica. Mantém um blog no Medium e publicou em formato impresso NFTs, influencers e a música ࿃ूੂ࿃[...] do do artist [...] com a editora artesanal Castrês. Tem 29 anos, mora em São Paulo e no tempo livre gosta de fofocar com sua esposa, passear com sua cachorra Sunna e de sentar na varanda para ler.



Uso estratégico de dados: o que o setor de saúde tem a aprender com o varejo?


Os dados são considerados hoje um dos principais ativos de uma companhia. Isso porque ajudam a melhorar a operação em diversos aspectos, como identificar riscos e oportunidades e, principalmente, tomar decisões estratégicas. Alguns setores da economia já perceberam a importância desse tema para o sucesso dos negócios, como o varejo, e por isso são bastante proativos no uso inteligente dos dados. Na saúde, porém, isso infelizmente não é a realidade de muitas instituições. 

No segmento varejista, o uso de dados de forma estruturada e integrada tem auxiliado as marcas a aumentarem suas vendas, otimizarem suas operações, fidelizarem clientes e construírem estratégias de negócios mais efetivas. Com o avanço da digitalização, o setor compreendeu a necessidade de buscar plataformas de inteligência de dados que ajudem a entender toda a jornada do cliente, personalizando as ofertas e a comunicação para se relacionar com o consumidor em múltiplos canais. 

Enquanto isso, o segmento da saúde vive uma realidade bastante diferente. Apesar de estar avançando no processo de digitalização de forma geral, o setor ainda não atingiu um nível de maturidade em relação à inteligência de dados com foco em aprimorar a experiência do paciente. Isso acontece devido à falta de uma cultura de dados mais efetiva nas instituições de saúde, combinada com a dificuldade de integração entre os diferentes sistemas que rodam nessas organizações. 

Para superar esses desafios e transformar essa realidade, destaco que a saúde pode – e deve – aprender com o varejo. Vejamos alguns exemplos: os varejistas já entenderam que o uso de dados do histórico dos seus consumidores auxilia em recomendações personalizadas de compra e na personalização de ofertas. Gigantes do e-commerce, como a Amazon, já utilizam essa estratégia há anos para oferecer uma experiência de compra mais satisfatória e fluida para seus consumidores. 

Fazendo um paralelo com o setor de saúde, os dados e o histórico do paciente podem auxiliar no aprimoramento do serviço oferecido. O uso inteligente de dados é muito importante, por exemplo, para trazer fluidez para a jornada de saúde do paciente. Enquanto no varejo o consumidor é conhecido pela marca independente do canal onde esteja (loja física, e-commerce, redes sociais), num laboratório de exame na maioria das vezes o paciente precisa dar todos os seus dados para agendar o exame, depois fazê-lo novamente para abrir a ficha no local - e se ele voltar outras vezes a este mesmo laboratório, terá que repetir o processo de novo! Ou seja: pouquíssima integração, ou intraroperabilidade, dos dados em uma mesma instituição. 

Além disso, o uso de dados também pode contribuir para o fomento e avanço da medicina preditiva, que busca compreender a probabilidade de uma pessoa desenvolver certa condição de saúde e, assim, reduzir potenciais gastos associados com tratamentos. 

Outra estratégia da abordagem de dados que se destaca no varejo são as comunicações personalizadas. No que tange à área da saúde, por meio do histórico do paciente é possível promover uma comunicação mais humana e individualizada. Entre os exemplos está o envio de informativos de prevenção a doenças crônicas para pacientes que tenham maior propensão a desenvolverem aquela enfermidade, além de lembretes de exames e sugestões de hábitos saudáveis adequados a cada paciente de acordo com seu histórico de acompanhamento e pedidos médicos. 

A inteligência de dados também é amplamente utilizada no comércio para a gestão e a integração de diferentes canais de venda, auxiliando em processos como controle de estoque, logística e gestão de custos. No caso da saúde, os dados podem auxiliar na gestão estratégica de recursos das instituições, como o melhor aproveitamento e distribuição de leitos, medicamentos, vacinas e até profissionais, representando assim uma ferramenta poderosa para momentos de alta demanda, como em cenários de surtos de doenças. 

Por fim, o varejo tem usado a análise de dados para mapear tendências e hábitos dos consumidores. O que poderia ser replicado na saúde para antecipar e mapear possíveis surtos e epidemias e, assim, tomar todas as medidas necessárias para preveni-las ou amenizar seus impactos sobre a população. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu já uma ferramenta para detecção precoce, verificação, avaliação e comunicação de ameaças à saúde pública, a partir da inteligência de dados obtidos a partir de fontes públicas de informação. 

Enfim, o uso inteligente dos dados, respeitadas todas as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), representa a melhor alternativa para o setor de saúde buscar formas de otimizar processos e custos, oferecendo uma experiência melhor para todos os usuários, sejam eles os profissionais de saúde e, sobretudo, os pacientes.

  

Rogério Pires - diretor de produtos para Saúde da TOTVS

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Hospital do GRAACC alerta para doação de sangue

 

Todos os meses, são realizadas mais de 500 transfusões de sangue para os pacientes do Hospital do GRAACC

 

No próximo dia 12 de outubro, é feriado nacional e também se comemora o Dia das Crianças. Com isso, as pessoas costumam viajar e se esquecem de realizar um ato de solidariedade: doar sangue. O Hospital do GRAACC, referência no tratamento de casos de alta complexidade de câncer infantojuvenil, ressalta que esse ato generoso é essencial para salvar vidas, especialmente de crianças e adolescentes com câncer. 

Os pacientes em tratamento no GRAACC apresentam grande demanda transfusional. Todos os meses são realizadas mais de 500 transfusões de sangue, o que corresponde a um consumo superior a 1000 unidades de hemocomponentes (produtos derivados do fracionamento do sangue total), principalmente concentrados de hemácia e plaquetas. Cerca de 70% dessas transfusões ocorrem em pacientes internados e os outros 30% em regime ambulatorial. 

“Esse suporte hematológico é de fundamental importância para pacientes com câncer. A medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas, é extremamente comprometida pelo tratamento ao qual são submetidos, o que leva à anemia e aumenta o risco de sangramento e infecções durante esse período”, explica a Dra. Paula Guedes Granja, médica responsável pelo Serviço de Hemoterapia do Hospital do GRAACC. 

Quem quiser doar sangue ao Hospital do GRAACC, deve procurar a unidade de coleta da Colsan (Sociedade Beneficente de Coleta de Sangue) mais próxima da sua casa. A doação é um procedimento rápido e seguro.

 

Quem pode doar:
 

Todas as pessoas saudáveis que atendam aos requisitos abaixo:

  • Ter entre 16 e 69 anos de idade*, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos;
  • Pesar acima de 50 quilos;
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Estar alimentado. No entanto, não fazer refeições pesadas (gordurosas) nas 3 horas que antecedem a doação.
  • Portar documento oficial e original de identidade com foto que contenha CPF e esteja dentro do prazo de validade (RG, Carteira Profissional, Carteira de Habilitação).

    * Doadores menores de 18 anos devem ser acompanhados por um adulto maior de 21 anos, o qual deve portar o termo de autorização de doação de menor de idade preenchido e com firma reconhecida em cartório; documentos de identidade originais com foto do menor e do responsável legal; e cópias simples do documento de identidade de ambos, que ficarão arquivadas na instituição.

Saiba como e onde doar em: Link


Coalizão Vozes do Advocacy e Associação em Defesa dos Diabéticos de Anápolis promovem capacitação em diabetes para profissionais de saúde da Unimed

A Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade em parceria com a Associação em Defesa dos Diabéticos de Anápolis promovem o Projeto Educar para Salvar, para os profissionais de saúde da Unimed Anápolis. A iniciativa visa capacitar os colaboradores em diabetes, no dia 10 de outubro, às 13h, no Auditório da instituição, localizado na Avenida Fayad Hanna, Quadra B - Anápolis/GO.

A última Pesquisa Vigitel constatou que 8.8% da população da cidade de Goiânia têm diabetes. A Secretaria de Saúde de Goiás publicou, em seu último boletim epidemiológico, que o diabetes, em se tratando do ônus direto gerado pelas internações hospitalares em Goiás, de 2007 a 2018, a média de investimento foi de R$2.772.467,00, e a média de gasto por paciente, foi de R$546,00. O cenário de gastos relacionados com a condição no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*.

Uma complicação importante foi diagnosticada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular no ano passado. Embora o crescimento de amputações realizadas entre 2012 e 2022 esteja estabilizado no país, em Goiás houve um aumento expressivo de 416 de 2012 para 736 em 2022, boa parte devido ao diabetes mal controlado.

De acordo com a Larissa Roberta Soares da Silva, Presidente da Associação em Defesa dos Diabéticos de Anápolis, “precisamos trabalhar continuamente com a atualização do conhecimento dos profissionais de saúde, para que possam transmitir as informações corretas e dar o suporte necessário a fim de que as pessoas realizem o autocuidado de forma eficiente. Dessa forma, a população com a condição apresentará menos internações, hospitalizações, complicações e ganhará mais qualidade de vida.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio da empresa Roche.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.


Estação Jardim Romano da CPTM recebe ação de saúde para testes rápidos de HIV nesta terça-feira (08)

Ação acontece entre 09h e 18h; também serão realizados teste de Sífilis e Hepatites B e C

 

A Estação Jardim Romano da CPTM recebe nesta terça-feira (08/10) uma ação de saúde com o objetivo de realizar testes rápidos de HIV e diagnosticar precocemente pessoas que não saibam seu status sorológico. Também serão realizados teste de Sífilis e Hepatites B e C. 

Entre 09h e 18h, a equipe do CTA Dr. Sérgio Arouca realizará os testes e irá orientar sobre a importância do diagnóstico precoce de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), pois quando tratadas no início podem evitar o desenvolvimento de formas mais graves das ISTs e melhorar a qualidade de vida, além de interromper a cadeia de transmissão.
 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.



Serviço

Ação de Saúde - Testagem e Aconselhamento DST/Aids
Onde: Estação Jardim Romano, que atende a Linha 12-Safira da CPTM
Data: Terça-feira, 8 de outubro
Horário: 9h às 18h

 

Câncer de mama: veja como a doença se manifesta em pessoas trans

Enfermidade é o segundo tumor mais frequente em mulheres e deve ser prevenido por todas as pessoas que possuem tecido mamário
 

O mês de outubro é marcado pela campanha de conscientização para o controle do câncer de mama. A doença, que é o segundo tumor mais frequente em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, deve ser uma preocupação não somente para mulheres cisgênero – aquelas que se identificam com o gênero de nascença –, mas para todas as pessoas que possuem tecido mamário, incluindo mulheres e homens transgêneros – indivíduos que não se identificam com o gênero atribuído ao nascer.

Um estudo publicado na British Medical Journal em 2019, envolvendo 2.260 mulheres trans e 1.229 homens trans, identificou 15 casos de câncer de mama no público feminino e quatro casos no masculino. A professora do curso de Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida (UVA) Abilene Gouvea destaca que o tratamento hormonal com estrogênio, utilizado para provocar as mudanças físicas, é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. “Após o início do tratamento hormonal a mulher trans precisa ter tanto cuidado quanto uma mulher cis em relação à doença, realizando o rastreamento e a prevenção”, ressalta.

No caso dos homens trans, a mastectomia – cirurgia de retirada dos seios – reduz o risco de aparecimento de câncer de mama, mas isso não significa que não haja probabilidade de desenvolvimento de tumores, já que existe tecido mamário no prolongamento axilar ou em áreas próximas da região retirada. “O risco diminui cerca de 90%, mas ainda assim é importante ficar atento aos sinais de anormalidade, principalmente se esse homem trans tiver por exemplo um marcador genético para a doença”, alerta a professora da UVA. 

Abilene também adverte que para todos os casos o diagnóstico precoce é a chave para a prevenção. Por isso, é fundamental conhecer seu corpo e estar atento ao aparecimento de nódulos, saída de secreção sanguinolenta das mamas, lesões que não cicatrizam, pontos endurecidos, pele da mama com aspecto de casca de laranja, alterações no tamanho, entre outros. “Essas mudanças podem não representar o desenvolvimento de câncer em si, mas precisam ser investigadas via rastreamento clínico ou mamografia, a depender da idade, ou ultrassonografia”, recomenda a especialista. 

A docente da Veiga de Almeida enfatiza a importância do exame clínico periódico das mamas como melhor forma de prevenção. O Ministério da Saúde recomenda a realização de uma mamografia a cada dois anos entre os 50 e 69 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica o exame anual a partir dos 40 anos. “Independentemente da idade, se apresentar qualquer uma das alterações corporais mencionadas anteriormente, procure o serviço de saúde mais próximo para que o caso seja investigado e tratado o mais rápido possível”, aconselha Abilene. 

Para a professora é necessário ampliar o debate sobre o câncer de mama para além da realização do exame clínico das mamas. A adoção de hábitos saudáveis, como o consumo de frutas, legumes e verduras, redução da ingestão de carnes vermelhas ou processadas e de bebidas alcoólicas ajudam a prevenir tumores em qualquer parte do corpo. “De modo geral, atividades físicas somadas a uma alimentação balanceada contribuem para diminuição das chances de contração do câncer”, explica. 

Segundo ela, é fundamental que os centros de saúde sejam acolhedores e seguros para que todos os indivíduos possam procurar esses serviços e realizar o tratamento de forma menos dolorosa. “É importante que a população trans se sinta incluída, acolhida e respeitada. É necessário realizar campanhas de divulgação sobre a prevenção correta do câncer de mama para esse público e respeitar o nome social e os pronomes durante as consultas e tratamento”, finaliza.

 

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