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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Paris 2024: Quais esportes mais exigem do coração dos atletas

Frequência média de batimentos e picos atingidos em dez esportes olímpicos foram mapeados em levantamento

 

 

Em alguns esportes na atual edição das Olimpíadas, é possível ver na transmissão os batimentos cardíacos do atleta no exato momento da disputa. É curioso que, em algumas modalidades em que o competidor fica parado, como no tiro com arco, os batimentos cardíacos passam de 100 bpm. A maratona, por outro lado, exige o pico de batimentos mais alto entre todos os esportes. Essas e outras informações foram levantadas no estudo do Bolavip sobre os batimentos cardíacos em 10 esportes olímpicos. São eles: atletismo (provas rápidas), atletismo (maratona), basquete, boxe, futebol, luta greco-romana, natação (provas rápidas), natação (provas médias), tênis e tiro com arco. Utilizando apenas estudos científicos como referência, os valores levados em conta se referem apenas à prática do esporte em alto nível e praticado por atletas profissionais. Os níveis são relativos ao momento aeróbico da prática do esporte, nunca no momento de descanso ou de menor intensidade.

 

Pico de batimentos: só futebol entre esportes coletivos no topo 

A maratona é a modalidade que atinge o maior pico de batimentos, podendo chegar a 220 bpm. Em seguida, as provas de natação de tiro curto, que podem chegar a 201 bpm. O nadador chinês Zhanle Pan, de 19 anos, provavelmente chegou perto ou atingiu essa marca ao quebrar o recorde mundial dos 100m livre na abertura do revezamento 4x100m livre com o tempo de 46s80. Boxe e provas de tiro curto no atletismo podem bater 199 bpm e provas de médio distância na natação, 197 bpm. Bia Ferreira, brasileira medalhista de bronze em Paris, pode ter atingido BPM próximo a isso nos rounds finais de suas lutas. O futebol e o tênis profissionais podem atingir bpm máximo de 195.

 

Top 5 - Pico de batimentos por esporte  

1° Atletismo - maratona (220 bpm)

2° Natação - tiro curto (201 bpm)

3° Boxe/Atletismo - tiro curto (199 bpm)

4° Natação - média distância (197 bpm)

5° Futebol/Tênis (195 bpm)

 

Média de batimentos: natação possui maior exigência 

Somente a natação possui BPM médio superior a 190 durante a prática profissional: nas provas de tiro curto (até 100m), são 192 batimentos por minuto, e nas provas de média distância são dois a menos. Na sequência, as provas de tiro curto do atletismo (até 200m), com 178 bpm de média; tiro com arco (168 bpm); boxe (167 bpm) e basquete (163 bpm).  

"O atleta de basquete precisa ter muita resistência e os treinamentos são direcionados para isso. É necessário ter trabalho funcional, academia no mínimo duas vezes na semana, trabalho de força e aeróbico. O foco é sempre na resistência e movimento", detalha Douglas Nazar, preparador físico do time de basquete do São Paulo e 11 vezes campeão da NBB pelo Sesi Franca.

 

Top 5 - Batimentos médios por esporte 

1° Natação - tiro curto (192 bpm)

2° Natação - média distância (190 bpm)

3° Atletismo - tiro curto (178 bpm)

4° Tiro com arco (168 bpm)

5° Boxe (167 bpm)

 

Momentos decisivos = batimentos elevados  

Os estudos coletados no levantamento trazem informações curiosas quanto ao batimentos cardíacos em situações distintas da prática esportiva. Em momentos decisivos, como no final de corridas ou nos assaltos finais do boxe, os batimentos se elevam consideravelmente. No futebol, o momento em que os batimentos mais se elevam é quando um jogador tenta ou consegue roubar a bola do adversário. De modo geral, os atletas que competem em provas e jogos com maior duração precisam ter mais resistência, já que é necessário manter os batimentos a níveis altos durante um longo período. A natação se mostra o esporte de maior exigência, ocupando as duas primeiras posições na média de batimentos e a segunda de maior pico nas provas de curta distância.

 

Bolavip Brasil

 

Natação: Ombro é a articulação mais lesionada na modalidade esportiva

O “ombro do nadador “é a lesão mais
comum da modalidade esportiva 
 
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Problema nessa articulação levou medalhista olímpico a desistir de Paris; Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo ressalta ações para prevenção

 

Antes da seletiva de natação para as Olimpíadas de Paris, o nadador e medalhista olímpico Bruno Fratus decidiu não disputar os Jogos. O atleta revelou que o tempo de treino foi comprometido por lesões, cirurgias e fisioterapia nos últimos 18 meses. Desde o Mundial de Esportes Aquáticos em 2022, Bruno passou por quatro cirurgias, incluindo uma no ombro esquerdo.

 

A natação é tida como esporte completo, ao combinar toda a força, flexibilidade e resistência do corpo. Problemas nos ombros são frequentes entre os nadadores, inclusive, uma das lesões mais comuns é a síndrome do impacto do ombro ou tendinite do manguito rotador, conhecida popularmente como “ombro do nadador” e que ocorre devido à inflamação ou irritação dos tendões e tecidos ao redor da articulação do ombro.

 

Durante o nado, especialmente em estilos como crawl e borboleta, os movimentos repetidos dos braços, além da sobrecarga, podem causar atrito e compressão dos tendões, especialmente do manguito rotador e bíceps (sua porção longa), em contato com o osso denominado acrômio, na parte superior da escápula. “É necessário atentar-se à execução da braçada, sobrecarga muscular por movimentos repetidos e à falta de fortalecimento e alongamento muscular. Esses fatores podem ocasionar lesões por sobrecarga e repetição”, explica o ortopedista e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos.

 

Quando o atleta tem alguma queixa no ombro (dor, instabilidade ou sensações de formigamento), é necessário a avaliação pelo especialista. O tratamento geralmente é conservador, com fisioterapia, medicação e ajuste da técnica.

 

O presidente da SBCOC salienta que treinar com dor pode ser potencialmente prejudicial. “A dor é um sinal de alerta para possibilidade de lesão e continuar treinando com sintomas pode piorar a situação, ou ocasionar lesões mais graves”, ressalta. “O ideal é procurar um especialista o quanto antes para o diagnóstico, orientação e tratamentos adequados”, completa.

 

 

Prevenção

 

Para prevenir lesões, é recomendado treinos de fortalecimento muscular, para manter músculos fortes e equilibrados, além dos alongamentos regulares para manter a flexibilidade e, assim, evitar lesões.

 

“O quadro clássico do “ombro do nadador” é uma condição tratável, mas principalmente evitável quando são tomados os cuidados apropriados de prevenção”, finaliza.

 


Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo


Consumo de medicamentos para colesterol cresce 93% no primeiro semestre de 2024, aponta levantamento da epharma

 

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Economia gerada por meio da plataforma teve incremento de 96% no período

 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 40% dos adultos no país apresentam nível elevado de colesterol, aumentando os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Estilo de vida saudável e aderência ao tratamento medicamentoso para controlar as taxas de colesterol ajudam a evitar complicações. 

Um levantamento da epharma, empresa pioneira no programa de benefícios em medicamentos (PBM), apontou que o volume vendido de medicamentos para colesterol entre os usuários da plataforma saltou 93% entre janeiro e junho de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. 

O Centro-Oeste foi a região que apresentou o maior número de usuários que adquiriram os medicamentos para controle do colesterol, por meio de redes credenciadas da epharma. O crescimento foi de quase sete vezes maior no primeiro semestre de 2024, em relação com o mesmo período do ano anterior. 

“A prevenção do colesterol alto reduz consideravelmente as chances de ter AVC (acidente vascular cerebral), infarto e outros tipos de doenças cardiovasculares. Além de promover saúde e qualidade de vida, o cuidado contribui também para a sustentabilidade dos sistemas de saúde por evitar gastos com complicações da doença”, explica Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma. 

A economia gerada por meio da venda via PBM foi 96% superior nos seis primeiros meses de 2024, comparada ao primeiro semestre de 2023. 

Em relação aos princípios ativos mais vendidos entre julho de 2023 e junho de 2024, os três que apresentaram maior incremento foram a sinvastatina (222%), a combinação de ezetimiba+rosuvastatina (207%) e rosuvastativa (73%). 

Em níveis adequados, o colesterol é fundamental para diferentes processos orgânicos, como síntese de hormônios, vitamina D e ácidos envolvidos na digestão de gorduras. Já o excesso aumenta os riscos de doenças cardiovasculares. Os principais tipos de colesterol são o HDL, considerado bom e que ajuda a limpar as artérias, e o LDL, que, em nível elevado, forma placas de gordura nas artérias. 

“Manter o nível equilibrado de colesterol é muito importante para a saúde. Por isso, além da indicação médica, uma vida mais saudável, sem tabagismo, com atividade física regular, dieta balanceada, é essencial para evitar complicações”, explica Dr. Carlos Eduardo Vilhena, cardiologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”. No caso das pessoas com altas taxas de colesterol, o tratamento medicamentoso é recomendado para ajudar no controle e no bem-estar", complementa.
 

Recomendações Alimentares

Para manter níveis saudáveis de colesterol, Lia Buschinelli, nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP), recomenda o consumo de alimentos menos industrializados. “A inclusão de gorduras monoinsaturadas e ricas em fibras como azeite de oliva, amendoins, castanhas, abacate, e alimentos integrais, feijão, grão-de-bico, frutas frescas, verduras e legumes, aveia, linhaça e chia, é fundamental para a saúde cardiovascular. Também é igualmente importante reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, presentes em carnes gordas, embutidos, leite integral, queijos amarelos e fast food”, finaliza a especialista.

 

epharma

 

Luta pela vida: como o Brasil está combatendo a Leucemia com transplantes de medula óssea

 


Diante de mais de 11 mil possíveis casos e a dificuldade de um doador compatível, especialista explica a importância do procedimento e como instituições especializadas devem ajudar 

Um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil são as chamadas doenças de sangue, ou hematológicas. Enquanto algumas, como anemias por falta de nutrientes, podem ser evitadas com uma dieta adequada, outras requerem tratamentos mais específicos. A leucemia, um tumor que afeta os glóbulos brancos do sangue, é o décimo tipo de câncer mais frequente na população brasileira, e deve registrar cerca de 11.540 novos casos somente em 2024, de acordo com previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

“Como outros cânceres, o tratamento da leucemia pode passar por medicamentos e quimioterapia ou radioterapia, mas dependendo do tipo, como no caso da leucemia aguda e da mieloide crônica, podem chegar à necessidade de um transplante de medula óssea”, explica Dr. Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente médico do Grupo GSH. Segundo o médico, esse transplante envolve a substituição da medula óssea doente por células-tronco saudáveis, que podem ser obtidas do próprio paciente (transplante autólogo) ou de um doador compatível (transplante alogênico). 

“O processo de transplante de medula óssea começa pela identificação de um doador compatível, que passa por vários testes para que, então, suas células-tronco hematopoiéticas sejam coletadas da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical”, esclarece dr. Leandro. No transplante para o receptor, há uma destruição da medula óssea doente por meio de quimioterapia ou radioterapia, seguida pela infusão das células-tronco saudáveis, que irão ocupar a medula óssea e restaurar a produção normal de células sanguíneas. 

Ainda segundo o médico, é preciso haver também um preparo específico e estruturado da instituição para dar o apoio necessário ao transplante. “Aqui no Grupo GSH, por exemplo, possuímos todo o suporte para realizar o planejamento conjunto com a equipe de transplantadores, realizando tanto o procedimento de coleta do material, quanto a avaliação e acompanhamento do doador alogênico de medula, além de um time instruído para manipular e preparar o produto colhido, seja para infusão ou criopreservação”, ressalta. 

Apesar de o Brasil possuir hoje mais de 5,7 milhões de doadores de medula óssea cadastrados, segundo o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), há cerca de 650 pacientes na fila de espera por uma doação. “Isso ocorre porque é mais difícil conseguir um doador compatível que não seja da própria família, cerca de um em cada 100 mil pessoas sem nenhum parentesco”, comenta Dr. Leandro, que reforça a importância do incentivo à doação de medula óssea. “Quanto mais voluntários tivermos para essas doações, mais chance de encontrar um doador compatível para esses pacientes”, conclui.

 

40% da população brasileira apresenta níveis elevados de colestero

Divulgação
Em 8 de agosto, celebramos o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, uma data fundamental para conscientizar a população sobre a importância de manter os níveis de colesterol sob controle. O colesterol elevado é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. 

 

Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 40% da população brasileira apresenta níveis elevados de colesterol. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 39% dos adultos tenham colesterol elevado, com mais de 17 milhões de mortes anuais atribuídas a doenças cardiovasculares.

O mercado de alimentos e suplementos voltados para a redução do colesterol tem crescido significativamente nos últimos anos. Segundo um relatório da Grand View Research, o mercado global de suplementos, que inclui produtos para o controle do colesterol, deve alcançar US$ 24,8 bilhões até 2025, com um crescimento anual de 6,5%.

A prevenção e controle do colesterol envolvem mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta balanceada, prática regular de exercícios físicos, redução do consumo de álcool e controle do peso. A nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, destaca a importância de escolhas alimentares saudáveis:

"Manter uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais e gorduras boas, como as encontradas no abacate e no azeite de oliva, pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL (o colesterol 'ruim') e aumentar o HDL (o colesterol 'bom'). Evitar alimentos ricos em gorduras trans e saturadas é crucial para prevenir o acúmulo de colesterol nas artérias," explica Fernanda.

A Bio Mundo, que atua em mais de 22 estados brasileiros com mais de 170 unidades, oferece uma variedade de produtos que auxiliam no controle do colesterol. Entre eles, destacam-se:

  • Aveia: Rica em fibras solúveis que ajudam a reduzir a absorção do colesterol.
  • Nozes e amêndoas: Fontes de gorduras boas que auxiliam na redução do colesterol LDL.
  • Chia e linhaça: Ricas em ômega-3, ajudam a melhorar os níveis de colesterol HDL.

Com a conscientização e a adoção de práticas saudáveis, é possível prevenir complicações e garantir uma melhor qualidade de vida. "O Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol é uma oportunidade para refletir sobre a importância de hábitos saudáveis e a necessidade de monitorar regularmente os níveis de colesterol," reitera Larralde. 

 

Bio Mundo

 

Cinco razões para investir em exercícios na menopausa


Essa é a última semana das Olimpíadas de Paris, e o mundo inteiro está focado em assistir e torcer muito para os atletas. Mas além de inspirar admiração, esses eventos esportivos podem oferecer valiosas lições de vida, especialmente para mulheres na menopausa, afinal, investir em exercícios físicos antes e durante esta fase pode trazer inúmeros benefícios, que vão muito além da estética. Abaixo, confira cinco razões, inspiradas pelo espírito olímpico, para adotar uma rotina de exercícios para quem está vivendo - ou chegando - nessa fase da vida. 

1. Saúde cardiovascular: o exercício regular ajuda a melhorar a saúde do coração. Estudos mostram que atividades como caminhada, natação e ciclismo ajudam a reduzir a pressão arterial, melhorar os níveis de colesterol e diminuir o risco de doenças cardíacas, que aumentam após a menopausa. 

2. Controle de peso: manter um peso saudável pode ser desafiador durante a menopausa devido às mudanças hormonais que diminuem o metabolismo, por isso, a prática de exercícios aeróbicos e de resistência não só queimam calorias, mas também aumentam a massa muscular, o que pode acelerar o metabolismo e ajudar a manter o peso sob controle. 

3. Saúde mental: a prática de atividades é conhecida por liberar endorfinas, os hormônios do bem-estar, que combatem o estresse, a ansiedade e a depressão. As Olimpíadas de 2024 destacam a resiliência mental dos atletas, que pode servir de inspiração para mulheres na menopausa enfrentarem as mudanças emocionais com mais equilíbrio e positividade. 

4. Força óssea: a osteoporose é uma preocupação significativa para mulheres na menopausa devido à diminuição dos níveis de estrogênio. Levantamento de peso, dança e até mesmo caminhar podem ajudar a fortalecer os ossos e prevenir a osteoporose. 

5. Flexibilidade e mobilidade: yoga, pilates e alongamento são excelentes formas de exercícios que podem melhorar a flexibilidade e a mobilidade, reduzindo o risco de quedas e lesões. Incorporar essas práticas na rotina diária pode ajudar mulheres na menopausa a se sentirem mais confiantes e capazes em suas atividades diárias.

 

Márcia Cunha - CEO e fundadora da Plenapausa, empresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres, explica que estudos e pesquisas como do International Journal of Obesity, mostram que o ganho de peso na menopausa está diretamente ligado às quedas de estrogênio e à redução no gasto de energia, o que não significa que o consumo de calorias aumentou e, sim, que o que metabolismo está mais lento, ou seja, queimando menos calorias. "O ganho de peso na menopausa não é apenas um mito, é uma realidade enfrentada por muitas mulheres devido a alterações hormonais. O sobrepeso pode ser um desafio adicional durante esse período da vida, exigindo uma abordagem multifacetada para controle de peso", diz.  

As Olimpíadas de 2024 não são apenas um espetáculo de habilidade e dedicação, mas também uma fonte de inspiração para pessoas de todas as idades. Mulheres na menopausa podem tirar proveito das lições aprendidas com esses atletas, investindo em uma rotina de exercícios que promove a saúde física e mental, a longevidade e a qualidade de vida.
 

Plenapausa

 

Bebidas energéticas aceleram desgaste dentário, alertam especialistas

Ácido em bebidas energéticas está ligado à erosão do esmalte dental e aumento do risco de cáries

 

O consumo de bebidas energéticas está em alta, especialmente entre jovens e adultos que buscam melhorar seu desempenho físico e mental. No entanto, esses produtos podem causar sérios danos à saúde bucal, contribuindo para o desgaste dentário e o aumento do risco de cáries.

A relação entre o consumo de bebidas energéticas e a perda da saúde bucal é um tema bastante estudado e bem documentado na literatura científica. Há alguns motivos para essa ligação, como a alta acidez. O pH baixo dessas bebidas facilita a dissolução da camada externa mais dura dos dentes, o que intensifica o processo de erosão.

O Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia e membro da International Federation Esthetic Dentistry (IFED), explica a gravidade da situação. “Há muitas novas marcas de energéticos no mercado, de todos os tipos, sabores e cores. Seus efeitos colaterais, no entanto, não são tão chamativos. O risco para a saúde bucal é grande, pois as bebidas energéticas têm um pH muito baixo. Quando consumidas regularmente, elas deixam os dentes expostos e suscetíveis a danos”, resume.


Impacto ácido

Os ácidos presentes nas bebidas energéticas, como o cítrico e o fosfórico, são responsáveis pela corrosão do esmalte dental. “Essa combinação ácida cria um ambiente perfeito para a desmineralização do dente. Tudo isso contribui para agravar ainda mais o desgaste do esmalte”, explica o Dr. Todescan.

Os danos causados pelos energéticos não são apenas superficiais. A dissolução contínua do esmalte pode levar a problemas mais graves, como a exposição da dentina, que é a camada interna do dente. Isso resulta em dor e sensibilidade, dificultando atividades diárias como comer e beber.


Medidas preventivas e recomendações

Para diminuir os efeitos nocivos das bebidas energéticas na saúde bucal, é importante adotar algumas medidas preventivas. “Deixar de utilizar esses produtos é essencial. No caso de consumo, esperar pelo menos 30 minutos antes de escovar os dentes ajuda a evitar a abrasão do esmalte enfraquecido pelo ácido”, Dr. José Todescan Júnior sugere.

A adoção de uma dieta equilibrada e a manutenção de uma rotina rigorosa de higiene bucal, incluindo o uso de fio dental e visitas regulares ao dentista são fundamentais para prevenir o desgaste dentário para todos, mas em especial para consumidores frequentes de energéticos.

Por fim, é possível substituir itens de higiene bucal diários para aqueles mais recomendados para quem ingere bebidas com alta acidez. “Usar uma pasta com floreto de amina também ajuda a proteger os dentes. E, depois da ingestão desse ácido, é recomendável comer um alimento rico em cálcio. O uso de canudinho pode ser usado para minimizar o atrito do líquido contra o dente”, aponta o especialista.

Por isso, Dr. José Todescan Júnior reforça a importância da conscientização. “Todos precisam estar cientes dos riscos que esses produtos representam para a saúde bucal. Com moderação e cuidados adequados, é possível minimizar os danos, embora o ideal seja abandonar o hábito que causou a doença ”, aponta. 



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry), membro da no Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital). Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.


Clínica Todescan
clinicatodescan.com.br
instagram.com/todescanjrodontologia


Coqueluche: altamente contagiosa, doença atinge principalmente bebês e crianças e gera alerta após aumento de casos1,4

O crescimento das notificações no Brasil, especialmente no Sudeste, segue tendência mundial, devido a quedas nas coberturas vacinais. A incidência dos casos tem sido maior em menores de um ano de idade 1-4

Segundo estudos, a transmissão das mães para os bebês é uma das formas mais comuns de infecção, sendo responsáveis por, aproximadamente, 39% dos casos. A imunização das gestantes com a dTpa é uma das medidas de prevenção recomendadas 6,9,15

 

Somente no primeiro semestre de 2024, o Brasil já teve mais de cem casos confirmados de coqueluche, número que aponta um aumento nos registros da doença.1 No Estado de São Paulo, por exemplo, foram 78 casos em apenas seis meses comparados aos 54 casos no ano de 2023 inteiro.1 O Rio de Janeiro registrou aumento de mais de 300%, com 34 confirmações da doença até julho contra oito registros no ano anterior.2 Minas Gerais também aponta crescimento, com 15 confirmações este ano ante às 13 do ano passado.3 Os casos têm sido notificados em diversos grupos etários, com maior incidência nos menores de um ano de idade.3,4 De acordo com uma nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, estes dados ainda não refletem um pico epidêmico, porém, mostram que o país está acompanhando a tendência de aumento de relatos da doença, que já vem sendo registrado na Europa, Ásia, Oceania e Américas, principalmente, em razão de quedas nas coberturas vacinais.4 

A coqueluche, conhecida popularmente como “tosse comprida”, é uma doença infecciosa aguda de transmissão por gotículas, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que ocorre, principalmente, em bebês menores de um ano de idade e crianças e que pode evoluir para formas graves especialmente nos lactentes menores, que ainda não completaram o esquema de vacinação primário de rotina, que começa aos 2 meses de idade e finaliza aos 6 meses.5,6 “Quanto mais novo é o bebê, mais grave pode se tornar a doença, que é uma importante causa de morbi-mortalidade em crianças. Devido justamente à gravidade acentuada em recém-nascidos, a vacina dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, integra o calendário de vacinação da gestante como forma de prevenção da coqueluche nos primeiros meses de vida do bebê, para preencher esta lacuna de proteção”, comenta Dr. Marcelo Freitas, gerente médico de vacinas da GSK.

 

Vacinação contra coqueluche 

Com a imunização durante a gravidez, as mães podem proteger seus bebês contra diversas doenças infecciosas, como a coqueluche.10,14,15 “As gestantes devem se imunizar com a dTpa a partir da 20ª semana de gravidez. Estudos demonstram que os anticorpos da gestante exercem uma importante ação protetora sobre o bebê, até os 3 meses de idade. Já numa futura gravidez, os níveis de anticorpos podem não permanecer altos o suficiente para fornecer um nível adequado de proteção, mesmo se as gestações forem próximas. Por isso, é importante que a mãe se vacine com a dTpa a cada gestação”, explica Dr. Marcelo. 

O Ministério da Saúde, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação. Já para gestantes nunca vacinadas ou com histórico vacinal desconhecido, recomenda-se uma dose de dTpa e o restante de doses faltantes para completar o esquema que deve ser feito com a dT.15-17

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, o esquema vacinal contra coqueluche para crianças menores de um ano pode ser realizado com três doses da vacina pentavalente ou hexavalente, que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo b, hepatite B e poliomielite, administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. Dos 15 aos 18 meses e dos quatro aos seis anos de idade, são realizados os reforços contra a doença.  O reforço entre 4 e 6 anos pode ser realizado com DTPa-VIP, dTpa-VIP, DTPa ou DTPw. O próximo reforço deve ser feito com a vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa) cinco anos depois, preferencialmente entre 9 e 11 anos.7 Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacina acelular (dTpa) é preferível à de células inteiras (dTpw) devido à menor frequência e intensidade dos eventos adversos associados à sua administração.7 No SUS, está disponível a vacina pentavalente para o esquema primário e o reforço deve ser realizado com DTP aos 15 meses e 4 anos de idade.7 

A Sociedade Brasileira de Imunizações preconiza o reforço com dTpa a cada dez anos, para aqueles com  esquema de vacinação básico completo. Já para aqueles com esquema básico incompleto, é recomendada uma dose de dTpa e o uso de dT, dupla bacteriana do tipo adulto, de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados e/ou pessoas com histórico vacinal desconhecido devem tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses.8

 

Estratégia Cocoon 

É importante alertar que os familiares próximos são os principais transmissores da bactéria que causa a coqueluche para os bebês. Como as mães costumam ser a pessoa que convive mais de perto durante os primeiros meses de vida do recém-nascido, elas são a fonte mais comum de infecção, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente 39% dos casos. Cerca de 16% das contaminações acontecem através dos pais, entre 16% e 43% dos irmãos e 5% através dos avós.6 Por isso, os contactantes mais próximos do recém-nascido, como pais, irmãos, avós e cuidadores, também devem estar com a imunização em dia para proteger os lactentes contra a coqueluche, formando assim uma rede de proteção conhecida como “estratégia cocoon” ou “estratégia casulo”.6,10 

Para os contactantes de lactentes, é recomendado o reforço da dTpa, em substituição à dT, cinco anos após a última dose da vacina, para que, além da proteção individual, reduza a transmissão da Bordetella pertussis para os mais suscetíveis a complicações, como os recém-nascidos. A imunização deve ser feita antes do nascimento do bebê para que todos já estejam protegidos no momento do nascimento. Mesmo quem já teve coqueluche também deve se vacinar, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.8 Manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com regularidade e cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar, também podem ajudar a prevenir e conter a disseminação da doença.11

 

Vacinas são seguras para as gestantes 

A imunização de gestantes é uma prática consolidada no Brasil e foi responsável pela eliminação de doenças infecciosas, como o tétano materno e neonatal, e pela redução de hospitalizações e óbitos por outras doenças, como a influenza e a coqueluche. As vacinas recomendadas durante a gestação são inativadas, ou seja, são compostas por microrganismos sem capacidade de gerar a doença.9,12,13 

Por isso, é importante reforçar a importância das vacinas recomendadas durante o período da gravidez: influenza, contra gripe; dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche; dT, que imuniza contra difteria e tétano; a vacina contra hepatite B; e a vacina contra COVID-19. Todas estão disponíveis na rede pública de saúde de todo o país, através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, além das unidades privadas de vacinação.14,15 

“As vacinas recomendadas durante a gestação têm como objetivo fortalecer o sistema imunológico da gestante e proteger a saúde do bebê. Com a imunização, os anticorpos da mulher são transferidos para a criança pela placenta e, após o nascimento, por meio da amamentação”, finaliza Dr. Marcelo Freitas, gerente médico de vacinas da GSK.

 



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

GSK



Referências:

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Coqueluche. Tabela de casos de coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

2. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Secretaria de Estado de Saúde alerta para aumento no número de casos de coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

3. SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS. Vacinação é a principal forma de prevenção à coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Nota técnica. Alerta sobre o aumento global de casos de coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

5. PORTAL FAMÍLIA SBIM. Doenças. Coqueluche (pertussis). Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

6. WILEY, KE. et al. Sources of pertussis infection in young infants: A review of key evidence informing targeting of the cocoon strategy. Vaccine,31(4): 618-25, 2013;

7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm criança 2024/2025. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm adulto 2024/2025. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA. Vacinação de gestante: proteção em via dupla. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

10. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home. Vaccines & Pregnancy: Top 8 Things You Need to Know. Disponível em: <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

11. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: <Link>. Acesso em 15 de julho de 2024;

12. BRASIL. Ministério da Saúde. Tétano Neonatal. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Documento técnico. Imunização na gestação, concepção e puerpério. Disponível em: <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

14. BRASIL. Ministério da Saúde. Saiba quais vacinas devem ser administradas durante a gestação. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

15. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante 2024/2025. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

16. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: <Link>. Acesso em 15 de julho de 2024;

17. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO, 2021. Disponível em: <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024.

 

Saiba qual a diferença entre os sinais e tipos de câncer em crianças e adultos

Presidente da SOBOPE explica as formas distintas de manifestação do câncer segundo a faixa etária

 

Com cerca de 8 mil diagnósticos anuais e uma taxa bruta de incidência de 134,8 novos casos por milhão, o câncer é a primeira causa de morte por doenças na faixa etária de 1 a 19 anos de idade. Entre crianças e adolescentes, as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e o neuroblastoma são os tipos de cânceres mais comuns. 

Os tumores originados de células embrionárias, em geral, reconhecidos com a terminologia blastoma, são raros em adultos e ocorrem, em 90% dos casos, em menores de 5 anos de idade. Em adultos, os principais tipos de câncer são os carcinomas e adenocarcinomas, tumores originados de células epiteliais e glandulares, que por sua vez são bem menos comuns em crianças.
  
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, a faixa etária tem influência nos tipos e comportamento biológico do câncer. Ele ressalta a alta taxa de proliferação celular e a dificuldade em prevenir e rastrear o câncer infantojuvenil. “Os tumores em crianças e adolescentes crescem rapidamente. E as células cancerígenas, em geral, afetam células ainda imaturas espalhadas em variadas localizações no corpo”, explica. 

“Quando uma criança chega para avaliação clínica, o pediatra tem que lembrar que embora o câncer seja uma condição rara nesta faixa etária, pode começar com sinais inespecíficos, semelhantes aos de outras enfermidades da infância e adolescência. Contudo, a persistência e a piora da intensidade dos sintomas devem servir de alerta para o médico pensar no diagnóstico de câncer. É comum os pais relatarem repetidas idas aos serviços de saúde até chegarem ao centro de tratamento oncológico”, relata o especialista.
 

Fatores de risco

Diferente do câncer em adultos, características ambientais, alimentação inadequada, sedentarismo e tabagismo têm pouca influência no desenvolvimento do câncer infantojuvenil. O oncologista pediatra explica: “Esses fatores de risco relacionados a hábitos comportamentais e exposições a variados fatores carcinogênicos ao longo da vida podem predispor adultos ao desenvolvimento de tumores, mas não é o que acontece na maioria dos casos entre crianças e jovens”. 

De acordo com o presidente da SOBOPE, cerca de 15% dos cânceres em geral estão associados a alguma predisposição genética. “Quando a família tem o diagnóstico de uma síndrome de predisposição genética ao câncer, o pediatra pode fazer o acompanhamento desde os primeiros meses de vida da criança. A questão crucial é o desconhecimento dessas síndromes por profissionais de saúde”, explica o especialista.
 


Diagnóstico precoce

Como a maioria dos tumores pediátricos têm alta taxa de multiplicação celular, respondem mais rapidamente ao tratamento quimioterápico. Por esse e tantos outros pontos determinantes, é preciso estar atento ao diagnóstico precoce. “Quanto mais oportuna e assertivamente fizermos o diagnóstico, maior será a chance de cura”, reforça Neviçolino Pereira de Carvalho Filho. 

“Temos que tratar essas crianças da melhor forma possível. Para isso, o primeiro passo é sim fazer um diagnóstico assertivo, identificando qual tipo de câncer, se está localizado ou disseminado, com exames laboratoriais, de imagem e de biologia molecular. A partir dessa análise inicial, é preciso definir a melhor estratégia de tratamento. Esses exames, contudo, nem sempre estão acessíveis a todos”, diz. 

Prova da importância deste caminho até a terapia ideal, dados da literatura médica indicam que até 80% dos pacientes diagnosticados com câncer infantojuvenil podem ser curados, se tiverem o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. “O tratamento consiste em possibilitar a melhor chance de curar com mínimos efeitos tardios na vida adulta”, explica o especialista.
 



SOBOPE

Adrenalina: qual a função do hormônio e como ele pode salvar vidas

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Michelle Rohl

Vital para o corpo humano, o hormônio é essencial no tratamento de reações alérgicas graves, como a anafilaxia
 

A adrenalina é frequentemente associada ao entusiasmo, euforia e até a excitação de algo novo e desconhecido que está para acontecer, mas também tem outras funções importantes para o corpo humano. Também conhecida como epinefrina, é produzida naturalmente pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins. Essas glândulas produzem ainda outros hormônios relevantes, como cortisol, aldosterona, androgênios, noradrenalina e dopamina, essenciais para o metabolismo e a composição da circulação sanguínea. 

A adrenalina serve para estimular o corpo a conseguir reagir de forma mais rápida às situações de perigo e seus efeitos podem ser aproveitados sob a forma de medicamento quando administrada por meio de uma caneta auto-injetável, por exemplo. A Dra. Sofia Leão, especialista da comunidade de Saúde Alice, plano de saúde para empresas que faz a gestão proativa da saúde de seus membros, explica: "Ela pode ser uma verdadeira salva-vidas. A adrenalina auto-injetável é indicada durante uma reação alérgica grave, conhecida como anafilaxia, quando dois sistemas do corpo, como o cutâneo e o respiratório, são acometidos."

 

Anafilaxia ou Choque Anafilático

A anafilaxia, também conhecida como choque anafilático, é uma reação alérgica sistêmica grave e de rápida progressão causada por uma substância alérgena, sendo considerada uma emergência médica. Os sintomas mais severos incluem a queda de pressão arterial e a obstrução das vias respiratórias. O tratamento deve ser imediato, com a administração de adrenalina por via intramuscular como primeira medida. 

A adrenalina, ou epinefrina, começa a agir no primeiro minuto, estabilizando o paciente ao aumentar a pressão arterial e reduzir o inchaço das mucosas, prevenindo o desmaio ou a parada respiratória. Outros medicamentos utilizados no tratamento de alergias têm um tempo de resposta significativamente maior. Os anti-histamínicos podem levar até 20 minutos para começar a agir, enquanto os corticoides podem demorar até duas horas para fazer efeito.

Mesmo sendo um recurso vital em emergências, a adrenalina deve ser usada com cuidado. "O uso da caneta é indicado exclusivamente para reações alérgicas graves", ressalta a especialista. O medicamento só está disponível em ambientes hospitalares, mas pode ser transportado por indivíduos com alto risco de sofrer uma reação alérgica grave. "É fundamental que um especialista avalie cada caso individualmente para determinar a necessidade", acrescenta a Dra. Sofia.

A adrenalina pode ser a diferença entre a vida e a morte. A Dra. Sofia Leão destaca que os benefícios de salvar uma vida superam em muito os riscos potenciais. "O maior risco é não aplicá-la quando necessário. Mesmo que utilizada em um momento não adequado, os riscos são mínimos comparados aos benefícios de salvar uma vida em uma situação de anafilaxia", finaliza a especialista.

 

ALICE

 

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