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terça-feira, 2 de julho de 2024

MorumbiShopping anuncia campanha de doação de sangue em parceria com Amor se Doa e Hemocentro São Lucas



Evento acontecerá no dia 05 de julho, no piso G2 do mall


O MorumbiShopping, em parceria com o projeto Amor Se Doa e o Hemocentro São Lucas, realiza no dia 05 de julho, das 09h às 15h, mais uma edição da sua campanha de doação de sangue. Os clientes que quiserem participar desta importante ação serão recebidos em um espaço exclusivo ao lado do SAC, no piso G2, e além de ajudar a salvar vidas, ganharão um mimo especial. 

A ação faz parte do “Multiplique o Bem'', hub de iniciativas adotadas pela Multiplan com o propósito de contribuir com o desenvolvimento social e a qualidade de vida nas comunidades onde os shoppings da Companhia estão presentes.

 

Para participar basta agendar por meio do Sympla.

 

Requisitos para doar sangue:


1. Portar documento oficial de identidade com foto;

2. De preferência, beber bastante água antes da doação e se alimentar bem, evitando apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação;

3. Pesar acima de 52 kg;

4. Não estar em jejum;

5. Ter entre 16 e 69 anos; (menores de 18, precisam de autorização);

6. Estar descansado;

7. Quem fez tatuagem, só após 12 meses;

8. Vacina Coronavac - 48 horas / Demais 7 dias

O interessado deve chegar no seu horário agendado, nem antes e nem depois, para contribuir com o bom andamento das coletas.

 

Para ficar por dentro de tudo o que acontece no MorumbiShopping, acesse: @morumbishopping, nas redes sociais.

#EunoMBS #Multipliqueobem

 


Serviço: Doação de sangue no MorumbiShopping em parceria com Amor Se Doa e Hemocentro São Lucas

Data: 05 de julho

Horário: das 09h às 15h, mediante agendamento prévio

Agendamento: Sympla

Local: Ao lado do SAC – Piso G2 - Av. Roque Petroni Júnior, 1.089 - Jardim das Acácias, São Paulo - SP, 04707-900


Otorrino alerta sobre doenças infantis no inverno

Do resfriado à pneumonia, médica conta quais são os indícios de que é preciso buscar ajuda médica

 

Com os dias mais frios e o ar mais seco, a tendência é buscarmos cada vez mais ambientes fechados e aconchegantes. O grande problema é que esse tipo de ambiente é propício para a propagação de diferentes doenças típicas da estação. Dra. Maura Neves Otorrino da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF explica que as crianças, mais vulneráveis, são as mais acometidas por doenças como: 

  • Asma: caracterizada por espasmo da musculatura dos brônquios, que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram de noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, a asma é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória.
  • Bronquiolite: infecção viral dos bronquíolos, que tem início do quadro com leve resfriado, que progride após 2 a 3 dias com chiado no peito, tosse, fadiga respiratória, cianose e febre. A infecção apresenta graus variáveis de gravidade: de leve a severa, necessitando de internação em UTI. O principal causador é o vírus sincicial respiratório.
  • Resfriado: coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta, tosse e rouquidão são os sintomas da doença, que é causada por vírus. Duração de 3 a 7 dias.
  • Gripe: os sintomas dos resfriados são acompanhados de febre e são causados por vírus. Duração de 3 a 7 dias.
  • Pneumonia: infecção bacteriana ou viral no pulmão. Causa tosse, falta de ar, dor torácica e febre. Pode ocorrer tosse com expectoração.
  • Sinusite: infecção viral ou bacteriana dos seios da face. Causa sempre obstrução nasal e secreção amarelada (critérios diagnósticos maiores). Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre.
  • Rinite: causa alérgica ou irritativa. Os sintomas são obstrução nasal, coriza clara, espirros e coceira (nariz, céu da boca, olhos, ouvidos).
  • Otite: infecção bacteriana da orelha média. Causa dor de ouvido, altercação auditiva e febre. Em alguns pacientes pode ocorrer ruptura timpânica com saída de secreção. 

E quando a criança sofre com algum dos problemas acima, os pais entram em desespero. A médica orienta os pais sobre como agir.

 

Quando se deve procurar um médico? 

Dra. Maura: Sugiro sempre procurar um profissional nos quadros infecciosos. Quadros alérgicos, já orientados em consulta, podem iniciar tratamento em casa. Caso ocorra agravamento ou prolongamento dos sintomas, além de presença de algum sinal não habitual, o paciente deve ser avaliado novamente.

 

Por que as doenças respiratórias são tão frequentes durante o outono, inverno? 

Dra. Maura: Nessa estação ocorrem condições climáticas (seco e frio) que favorecem a proliferação de vírus. Além disso, há tendência das pessoas buscarem aglomerações ou mesmo locais fechados, o que favorece a transmissão desses agentes infecciosos - por contato interpessoal – mãos e partículas de secreções.

 

Elas sempre começam com alguma coriza, tosse ou espirro e febre?

Dra. Maura: Os quadros respiratórios de via aérea alta se iniciam desta maneira na maioria das vezes. A febre é frequente em quadros infecciosos e não está presente em quadros alérgicos. Coriza, tosse e espirro não ocorrem nas otites.

 

Tem como cuidar da criança em casa (tratamentos e cuidados caseiros, nada de automedicação)?

Dra. Maura: Há cuidados gerais, como boa alimentação, lavar as mãos com água e sabão, além de lavagem nasal com solução salina que devem ser feitos de maneira rotineira para prevenção. A lavagem nasal pode ser intensificada no início dos sintomas dos quadros de via aérea alta para alivio sintomático.

 

Por que a automedicação pode ser perigosa? 

Dra. Maura: O uso de medicações sem prescrição médica pode: causar efeitos colaterais ao uso da mesma; mascarar sintomas da infecção atual; medicamento pode ser usado sem necessidade (por não ser indicado no quadro).

 

Quando é necessária a visita ao pediatra? 

Dra. Maura: O pediatra deve ser visitado de rotina para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e nos episódios de doenças agudas.

 

Existe alguma faixa etária em que essas doenças podem ser mais preocupantes? Qual e por quê? Como agir nesses casos?

 

Dra. Maura: Crianças abaixo de 2 meses devem ser avaliadas de imediato. No geral, quanto menor a criança maior a potencial gravidade da infecção. Nestes casos um médico deve ser consultado.

 

Existe alguma idade em que é mais comum que as crianças fiquem doentes? Por quê? 

Dra. Maura: Teoricamente, crianças entre 2 e 4 anos apresentam de 8 a 11 episódios de infecção viral ao ano. Isto decorre da imaturidade do sistema imunológico associado ao início de atividades sociais (escola etc). Atualmente, o ingresso precoce nas escolas facilitou o aumento da frequência destas infecções.

 

Verdade que crianças com alguma doença crônica ou alergia (como rinite ou asma) estão mais suscetíveis às doenças? 

Dra. Maura: A presença de alergia ou doença crônica causa uma redução nas defesas do sistema respiratório. Isto facilita a entrada de um agente infeccioso.

 

É possível passar a temporada sem pegar nenhuma das doenças? Como? 

Dra. Maura: SIM! Devem-se manter as vacinas em dia, alimentação saudável com aporte de legumes e frutas in natura, realizar o repouso com horas de sono adequadas, prática de exercícios físicos. Além disso, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e realizar lavagem nasal ao menos duas vezes ao dia.

 

A vacina faz toda a diferença, mas nem todas as famílias têm seguido à risca as vacinações das crianças. Qual a sua recomendação? 

Dra. Maura: A recomendação é vacinar-se. Em todas as faixas etárias há vacinas que devem ser recebidas: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Sugiro atenção ao calendário vacinal dos postos de saúde. As vacinas são disponibilizadas gratuitamente no Brasil e são seguras. Quem se vacina ajuda a sua própria saúde (evitando infecções) e a do próximo (ao diminuir a transmissão de doenças). Casos de câncer, hepatite etc. ou gravidez devem ser avaliados individualmente. Nas crianças, atenção à idade: cada vacina tem indicação em uma determinada faixa etária.

 

Quais as suas dicas de modo geral para fugir das doenças de outono, inverno? 

Dra. Maura: Manter as vacinas em dia, alimentação saudável com aporte de legumes e frutas in natura, realizar o repouso com horas de sono adequadas, prática de exercícios físicos. Além disso, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e realizar lavagem nasal ao menos duas vezes ao dia.  



Dra. Maura Neves – Otorrinolaringologista. Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF. Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP.


Como manter a memória em dia na terceira idade?

 

A perda de memória é um dos problemas mais sérios a serem enfrentados com o envelhecimento da população, atingindo quase metade das pessoas com mais de 50 anos, segundo pesquisa publicada na Revista Internacional de Psiquiatria Geriátrica em novembro de 2023. Ela pode ser responsável, por exemplo, pelo esquecimento de ingerir um medicamento. Também reduz a qualidade de vida por gerar medo e depressão, levando a uma vida mais reclusa e infeliz.

Medicamentos para memória surgem com frequência, mas os idosos já sofrem com os custos e efeitos do uso de muitos medicamentos para diversas doenças como hipertensão, diabetes e osteoporose. Contudo, duas possibilidades muito interessantes têm estado no radar dos médicos e cientistas: exercícios e creatina.

Os exercícios físicos são propostos como benéficos desde a Grécia Antiga. Já se sabe que músculos exercitados não só são esteticamente bonitos e fortes, eles produzem substâncias que permitem um melhor funcionamento do corpo. Essas moléculas estimulam o bom funcionamento do coração, das artérias, dos ossos e do cérebro. Também ajudam a combater efeitos nocivos de doenças e atenuam o processo de envelhecimento.

Já a creatina, queridinha das academias por ajudar no aumento dos músculos, é um nutriente importante para o funcionamento dos neurônios. Os neurônios são as células do cérebro responsáveis pelo raciocínio e memória. Com o envelhecimento, a quantidade de creatina no cérebro tende a diminuir, afetando os neurônios. Daí a necessidade de quantidades adequadas de creatina na dieta, para que os neurônios continuem a funcionar bem. Por vezes pode ser necessária até a suplementação.

Exercícios físicos e dieta balanceada já são uma receita antiga, mas nunca é demais prestar atenção na quantidade de creatina ingerida. Procure um profissional de educação física e um nutricionista para lembrar de aproveitar o melhor da vida.

 

Marco Machado - um dos principais cientistas sobre creatina do mundo, é profissional da Educação Física, professor universitário, pesquisador sobre bem-estar na terceira idade, autor do livro "Creatina e Envelhecimento”.



Alimentação no berçário: Quais pontos devem ser levados em consideração?


Não é novidade que promover uma nutrição saudável desde os primeiros meses de vida é essencial para prevenir problemas futuros e contribuir para o desenvolvimento saudável de uma pessoa. A alimentação no berçário desempenha um papel crucial nesse processo, visto que uma dieta inadequada durante essa faixa etária acarreta uma série de complicações que podem afetar, a longo prazo, a vida de uma criança. 

Diante disso, um estudo conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com cerca de 15 mil crianças, concluiu que o Brasil apresenta um quociente de desenvolvimento de 0,93 em uma escala onde o ideal é 1. Isso indica que as crianças estão levando mais tempo do que o esperado para se desenvolverem física e intelectualmente. 

Nesse contexto, a procura por um berçário muitas vezes coincide com o início da introdução alimentar, o que pode gerar dúvidas significativas durante o processo de escolha. Portanto, é fundamental que os pais e responsáveis reconheçam o papel crucial desse ambiente na alimentação e como ele pode contribuir para o desenvolvimento do bebê antes de tomarem a decisão final.

 

O que saber antes de realizar a matrícula? 

Durante as visitas a um berçário, é essencial que as famílias tirem suas dúvidas relacionadas à alimentação e questionem pontos fundamentais, como se o cardápio é variado e balanceado, se seguem as orientações do pediatra de cada criança em relação às texturas dos alimentos e ao modo de preparo e armazenamento. 

Os questionamentos não devem se limitar apenas à questão nutricional, mas também verificar se os momentos de alimentação são corretos e se promovem a autonomia e o processo de aprendizagem dos bebês. 

Além disso, como as crianças costumam permanecer por longos períodos no berçário, muitas vezes realizando todas as refeições do dia, a presença de um profissional de nutrição é fundamental. Esse profissional elabora os cardápios para que atendam às necessidades nutricionais dos bebês, assegurando que todas as crianças recebam uma alimentação balanceada, além de ser responsável pela condição e qualidade higiênico-sanitária dos alimentos oferecidos. 

No berçário, o nutricionista também deve orientar, as famílias e os responsáveis quanto às dificuldades ou necessidades na alimentação. Ele ajuda a pensar em alternativas para substituir certos alimentos se houver restrição alimentar, garantindo assim a necessidade nutricional da criança. 

As famílias devem fornecer essas informações prontamente, por escrito, assinadas pelo médico pediatra responsável, para que possam ser seguidas corretamente pelo berçário. Essas informações devem ser compartilhadas com todos os colaboradores e expostas por escrito na cozinha e no refeitório.

 

Nutrição saudável é um ponto chave 

A alimentação nessa faixa etária deve ser simples e natural, recomendando-se a oferta de frutas, legumes e verduras da safra, arroz e feijão, macarrão e proteínas animal e vegetal diariamente. 

Temperos naturais e azeite podem ser usados para incrementar as preparações e deve-se, ainda, evitar alimentos industrializados, como macarrão instantâneo, nuggets, biscoitos e iogurtes industrializados, que, apesar de muitas vezes serem vendidos como saudáveis, podem trazer grandes prejuízos à saúde nesta faixa etária, principalmente, se consumidos frequentemente.

 

Como deve ser feita a alimentação no berçário? 

Levando em conta esse contexto, a introdução alimentar deve ser lenta e gradual, pois o paladar do bebê ainda está sendo moldado. É possível oferecer o mesmo alimento à criança até dez vezes antes de garantir que ela realmente não goste. É comum que os bebês não se adaptem a texturas ou sabores mais acentuados de alguns alimentos a princípio, mas aos poucos se acostumem. Explorar o visual, a temperatura e os sabores é a melhor opção para tornar o momento da refeição mais atrativo. 

Oferecer alimentos conforme a etapa de desenvolvimento do bebê é um outro aspecto primordial. Aos seis meses, a alimentação deve ser bem pastosa, em pequenas quantidades e com atenção à deglutição adequada, introduzindo um alimento por vez. Para crianças um pouco maiores, os alimentos já podem ser apresentados em pedaços, permitindo um tempo maior para a degustação. 

O ambiente da refeição também pode influenciar a aceitação dos alimentos. O uso de telas ou o excesso de pessoas ao redor podem interferir negativamente no interesse pelo alimento que está sendo servido. Modificar a forma de apresentação dos alimentos também pode ajudar e pode-se ainda variar o tempero. É importante avaliar também se, no momento da refeição, o bebê não está com sono ou fome excessiva, o que pode causar irritação e desmotivar a alimentação.

 

Como os pais podem apoiar esse processo? 

A troca de informações sobre a alimentação dos bebês entre educadores e pais deve ser diária, independentemente da introdução de novos alimentos. Procurar manter os mesmos horários de refeição em casa e no berçário ajuda a estabelecer uma rotina alimentar, prevenindo a recusa. 

Permitir que a criança explore o alimento com as mãos ou com a colher, conforme seu desenvolvimento, auxilia na criação de autonomia. As pessoas responsáveis pela alimentação devem ter paciência para aguardar o tempo necessário para a criança mastigar e engolir, garantir que ela esteja sentada de forma confortável e separar os alimentos no prato, em vez de misturá-los. Essas práticas podem contribuir significativamente para um melhor desenvolvimento alimentar. 

Assim, a alimentação no berçário torna-se um processo colaborativo entre pais, educadores e nutricionistas. Quando realizada de maneira assertiva, essa parceria auxilia consideravelmente para o crescimento saudável de cada criança, contribuindo para um desenvolvimento harmonioso em diversas formas e gerando frutos positivos para o futuro. 


Vânia de Almeida - Coordenadora do Berçário na unidade de São Paulo e Márcia Juliane é Nutricionista da unidade do Rio de Janeiro, ambas da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.



O impacto do divórcio na sexualidade, sexóloga explica


Para a sexóloga Débora Pádua especialista no tratamento de dores e disfunções na relação sexual causadas pelos mais diversos motivos, o divórcio, está entre uma das causas que afeta a sexualidade das mulheres, uma vez que a separação não impacta apenas os aspectos emocionais, como também os psicológicos e físicos.

“A tristeza, a raiva, a ansiedade e até a depressão que pode aparecer no processo de divórcio podem diminuir o desejo sexual e afetar autoestima, influenciando assim na confiança em novos relacionamentos. Além disso, o estresse associado ao divórcio pode causar problemas físicos, como disfunção erétil, em homens ou dor durante o sexo, na mulher. A saúde física em geral pode ser afetada, influenciando a capacidade e o desejo de manter relações sexuais”, alerta a especialista. 

Débora explica ainda que as alterações nos níveis hormonais provocadas pelo estresse, ainda podem levar a secura vaginal e dor durante a relação sexual e assim provocar a tensão muscular e desconforto na hora H. mas, a especialista garante: “Sempre tem tratamento para aliviar a dor, que nunca pode ser considerada normal, nem em um momento como este, de uma separação”, afirma. 

“É importante consultar um especialista para entender a causa da dor, depois disso o uso de lubrificantes pode ajudar a reduzir a secura vaginal e o desconforto e fisioterapia pélvica pode acabar com a memória de dor em poucas sessões”, fala Débora que é especialista em vaginismo – uma condição tratável que causa dor na relação e impede mulheres de realizarem exames ginecológicos. 

“Vaginismo é uma condição tratável, tem cura e o tratamento é feito com massagem perineal, eletroestimulação, dilatadores vaginais e exercícios apropriados para a melhora da disfunção, assim, em cerca de 2 meses a mulher já sente o corpo voltando ao normal”, finaliza a especialista.

 

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Atualmente atende em sua clínica na capital paulista e no interior de SP, em Campinas, ambas especializadas no tratamento de vaginismo. Autora do livro “Vaginismo - Dor na relação não é normal” Link


Cálculo renal: hábitos no inverno aumentam a incidência dos casos


Durante o inverno, geralmente as pessoas bebem menos água devido à menor sensação de sede. No entanto, a hidratação continua sendo essencial para o organismo, independentemente da estação. A falta de consumo adequado de água pode levar à desidratação e ao surgimento de problemas renais, como cálculos, popularmente conhecidos como pedras nos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a incidência de cálculos renais aumenta em até 20% durante essa época do ano.
De acordo com o Dr. Luiz Gustavo Gun, urologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), mesmo que transpiremos menos e percamos menos líquidos no inverno, é crucial manter a ingestão de água nos níveis adequados, como nos meses mais quentes. Além de tomar menos água, é comum o aumento do consumo de alimentos calóricos, condimentados e processados no frio, muitos deles ricos em sal. A longo prazo, isso eleva o risco de doenças renais e cálculos, pois os rins precisam trabalhar mais para filtrar o excesso de sal, resultando em sobrecarga.


Formação dos cálculos renais

Os rins equilibram o volume de água no organismo e filtram impurezas do sangue, produzindo urina, que é armazenada na bexiga e posteriormente eliminada. Quando há excesso de cálcio e ácido úrico na urina, eles podem se aglomerar e formar cálculos, que se alojam nos rins e no sistema urinário. "Existem vários tipos de cálculos, mas quase todos estão quimicamente associados ao cálcio", explica o Dr. Luiz Gustavo Gun. A condição afeta principalmente pessoas com histórico de cálculos renais, doenças sistêmicas como hipertensão, diabetes e Doença de Crohn, além de obesidade e sedentarismo.


Sintomas e diagnóstico

Os sintomas das doenças renais variam conforme a condição específica, mas é importante estar atento a sinais como cólicas intensas irradiando para as costas e a parte inferior do abdômen, dificuldade e/ou ardência ao urinar, além de urina em pequenas quantidades e com frequência aumentada. Presença de sangue na urina, febre, náuseas e vômitos também são sinais de alerta. "Os sintomas decorrem da obstrução causada pelo cálculo ao sair do rim. Se ele não tiver tamanho suficiente para passar pelo canal, provocará a obstrução da urina e, consequentemente, a cólica renal", explica o Dr. Luiz Gustavo. 

O diagnóstico é feito por meio de exame simples de urina e tomografia computadorizada do aparelho urinário. "Quase todos os tipos de cálculos urinários podem ser tratados atualmente de forma endoscópica ou por laparoscopia, minimamente invasiva, com alta no mesmo dia ou no dia seguinte", orienta o urologista. 

Para preservar a saúde dos rins, o médico recomenda reforçar hábitos importantes: manter uma ingestão adequada de água, adotar uma vida saudável com atividades físicas regulares e alimentação equilibrada, controlar doenças sistêmicas e consultar um médico regularmente para se assegurar que as vias urinárias estejam livres e desobstruídas. 



Hospital Evangélico de Sorocaba


Acidentes com crianças e adolescentes em São Paulo crescem 11% em 2023, aponta levantamento da Aldeias Infantis SOS

Incidentes com quedas somam 10.224 casos, ou 57% do total, após aumento de 11% em relação a 2022

 

Um levantamento exclusivo realizado pela Aldeias Infantis SOS, organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, mostra que, em 2023, os acidentes envolvendo crianças e adolescentes no Estado de São Paulo cresceram 11% na comparação com o ano anterior. No total, foram registradas 17.965 internações causadas por lesões não intencionais, entre as faixas etárias de 0 a 14 anos, contra 16.202 registros em 2022.

O estudo, elaborado com dados do DataSUS, é desenvolvido pelo Instituto Bem Cuidar, programa de gestão de conhecimento da Aldeias Infantis SOS, que analisou oito categorias de causas de acidentes. Destas, sete apontaram crescimento nas hospitalizações, com destaque para intoxicação (+ 23%), sinistros de trânsito (+ 13%) e afogamento (+ 13%). As outras causas em alta, devidamente categorizadas, foram quedas (+ 11%), queimadura (+ 10%) e sufocação (+ 5%).

“O quadro desenhado pelo levantamento é desalentador. Chama a atenção o total de acidentes provocados por motivo de queda: foram 10.244 ocorrências, ou 57% de todos os casos registrados. O dado repete padrão observado no levantamento de 2022, quando as quedas também lideravam as hospitalizações de jovens no Estado paulista”, explica Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS.

As hospitalizações por conta de acidentes envolvendo queda representaram mais da metade do total de ocorrências em 2023, ou mais de quatro vezes a segunda principal causa de internações, os sinistros de trânsito, responsáveis por 12% dos registros totais. A terceira maior causa foi queimaduras, respondendo por 9% das ocorrências.

As crianças e adolescentes que mais sofreram hospitalizações por causa de acidentes, em 2023, tinham de 10 a 14 anos (6.036), e houve um crescimento de 10% nas ocorrências dessa faixa etária em relação a 2022. Por outro lado, o levantamento da Organização mostra que, no grupo de 5 a 9 anos, houve a maior variação no registro de acidentes – foram 6.187 novos casos de internações, ou um aumento de 13% em relação ao ano de 2022.

“O período que compreende os 5 aos 14 anos é de maior autonomia e circulação pelos espaços comunitários e, na população que apresenta maior vulnerabilidade social, meninos e meninas dessa faixa etária são, muitas vezes, responsáveis pelo cuidado de irmãos e irmãs menores, fato este que os deixa mais propensos a acidentes. Deve-se atentar à necessidade de campanhas de conscientização da população sobre medidas de prevenção de acidentes também nessas faixas etárias”, destaca a especialista.

Ainda houve um aumento nos acidentes com crianças de 1 a 4 anos, um total de 4.584 casos (+10%), e também com menores de um ano, que somaram 1.158 casos (+8%).

“Nos casos de sufocação ou engasgo, a hipótese é que, durante a fase de aleitamento e da introdução alimentar, o uso de telas nas horas das refeições ou realização da alimentação em movimento não permita a correta mastigação. É importante destacar a necessidade de conhecimentos de primeiros socorros pelos cuidadores, educadores e familiares, além das medidas de prevenção de acidentes”, finaliza Erika.


Mortes por acidentes

Entre 2021 e 2022, o levantamento observou um crescimento de 10% no número de mortes de crianças e adolescentes causadas por acidentes, passando de 445 para 488. Repetindo o padrão do ano anterior, o maior número de óbitos se deu entre menores de um ano (40%). Também, a exemplo de 2021, a principal causa de mortes em 2022 foi sufocação, responsável por 230 casos (47%), que tiveram um salto de 31% em relação ao ano anterior.  


Brasil

No Brasil, o levantamento da Aldeias Infantis SOS mostra que os acidentes de crianças e adolescentes cresceram quase 8% na comparação com o ano anterior, sendo o maior número desde 2019, período pré-pandemia. Em 2023, foram 119.245 internações causadas por lesões não intencionais, entre as faixas etárias de 0 a 14 anos, contra 109.988 registros em 2022.  

Segundo cálculo da Organização, a cada hora, cerca de 13 crianças são internadas por lesões não intencionais, sendo que 90% dos acidentes poderiam ser evitados por meio de ações simples de prevenção e cuidado qualificado. 

No que se refere a óbitos, entre 2021 e 2022, o levantamento observou uma queda de 1% no número de mortes de crianças e adolescentes causadas por acidentes, passando de 3.275 para 3.237. O maior número de óbitos se deu entre crianças de 1 a 4 anos (31%). A principal causa foi sufocação, responsável por 986 casos, sendo que, desse total, 765 (77%) envolveram menores de 1 ano.

Ainda de acordo com a Aldeias Infantis SOS, os dados indicam que nove crianças morrem todos os dias por causas de acidentes que poderiam ser evitados em 90% dos casos.

 

Sobre o Instituto Bem Cuidar

 O Instituto Bem Cuidar (IBC) é um programa das Aldeias Infantis SOS responsável pela gestão de conhecimento e que tem o compromisso realizar consultorias, assessorias, diagnósticos e pesquisas, para a própria organização ou ainda atender demandas de conselhos, governos ou empresas. O instituto promove a proteção e o cuidado de qualidade à infância e juventude por meio da produção, promoção e distribuição de conteúdo digital educativo, além de favorecer a troca de experiências, o aprimoramento e a difusão de boas práticas de cuidado de crianças e adolescentes, por meio de ações formativas, sistematização e produção de conteúdo. Além disso, o Instituto Bem Cuidar dissemina práticas de prevenção de acidentes por meio do Projeto Criança Segura, que apresenta anualmente, entre outros resultados, as estatísticas sobre os principais fatores que levam a internação de crianças e adolescentes.

Sobre a Aldeias Infantis SOS

A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A Organização lidera o maior movimento de cuidado do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de desenvolver ações humanitárias.Fundada na Áustria, em 1949, está presente em mais de 130 países. No Brasil, atua há 57 anos e mantém mais de 80 projetos, em cerca de 30 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e jovens que perderam o cuidado parental, a Aldeias Infantis SOS luta para que nenhuma criança cresça sozinha. 


A importância de se realizar terapias hormonais de forma segura e responsável


A importância de se realizar terapias hormonais de forma segura e responsável

 

Hormônios são substâncias químicas, produzidas por nossas glândulas, e responsáveis por todas as atividades metabólicas, imunológicas e reprodutivas no nosso organismo.

O universo hormonal feminino é bastante complexo e deve ser muito bem entendido por quem faz terapias hormonais em mulheres. Estas são diferentes em várias fases do mês, como na menstruação, na ovulação e no período pré-menstrual. Como são diferentes na sua evolução cronológica, ou seja, infância, puberdade, vida reprodutiva, gestação, lactação, climatério, menopausa e pós menopausa.

Compreender todas as mudanças hormonais femininas, nas suas diversas etapas é de crucial importância para que possamos fazer terapias hormonais, quando necessárias.

As terapias com hormônios sofreram muitas mudanças com a evolução da medicina e com o próprio conhecimento mais apurado de determinadas patologias.

Mas é muito importante salientarmos que a mudança de comportamentos e hábitos femininos aconteceu de maneira acentuada nos últimos anos, e isto impacta muito na conduta médica em terapias hormonais.

As mulheres hoje têm menor número de filhos e tempo de lactação, além de um número crescente de mulheres que não desejam reproduzir, muito diferente dos hábitos reprodutivos das mulheres de outras épocas.

Outro detalhe importante é o fato das mulheres acima de 40 anos, quando os ovários já estão em processo de falência, estarem no ápice das suas vidas profissionais, sexuais, além da liderança familiar. Sem contar ainda, as mulheres acima de 50 anos, com seus ovários na maioria das vezes falidos, e estas em plena forma física, mental e sexual. Vale ainda lembrar que a sobrevida das mulheres brasileiras é de aproximadamente 80 anos, na maioria das regiões do país, ficando assim, estas mulheres por mais de 30 anos em completa falência ovariana, privadas dos seus principais hormônios esteróides.

Pensando em todos estes fatos, chegamos à conclusão que, nós médicos, temos o dever e a responsabilidade de atendermos às necessidades físicas, metabólicas, sexuais, psicoemocionais e reprodutivas destas mulheres nas mais diversas fases de suas vidas.

Terapias hormonais sérias, individualizadas, responsáveis e que mantenham as mulheres em equilíbrio, seja na adolescência com TPM, na mulher madura com endometriose, na paciente com menopausa - com todo o seu sofrimento ou na jovem que deseja um método para não engravidar, não provocam prejuízos e, sim, bem-estar.

Hormônios sempre serão ferramentas valiosas e extremamente úteis quando bem utilizados, criteriosamente.

Infelizmente, temos hoje, o uso indiscriminado, abusivo, sem critérios, sem conhecimento por parte de quem usa, em doses supra fisiológicas, levando a desequilíbrios e seqüelas para a saúde de diversas mulheres.

O uso de esteróides com fins exclusivamente estéticos pode levar mulheres a muitos problemas metabólicos, físicos e emocionais, muitas vezes graves e irreparáveis.

Este excesso de apelo estético também abrange outras áreas da medicina como a cirurgia plástica e estética facial, onde observamos um abusivo número de procedimentos sem indicação e realizado por profissionais inabilitados.

Enfim, terapias hormonais existem há muito tempo, estão em evolução, são extremamente úteis quando bem utilizados por profissionais sérios e hábeis na sua prática e podem ser muito prejudiciais a saúde feminina quando tentam atingir outros objetivos que não sejam o de tratar patologias e promover o bem-estar, equilíbrio e longevidade saudável para as mulheres.

 

Dr. Ricardo Barone - Ginecologista. Pós-Graduado em Medicina Integrativa e Longevidade Saudável. Especialista em Implantes Hormonais.



Julho Verde

   Prevenção e diagnóstico precoce são chaves para combater o câncer de cabeça e pescoço

Conscientização e informação são pilares dessa campanha; a detecção em estágio inicial pode resultar em taxas de cura acima dos 90%

Conhecido como Julho Verde, este período destaca a necessidade de informar e educar a população sobre os diversos tipos de câncer que podem afetar a tireoide, a boca, a garganta, a laringe, a faringe, a nasofaringe, a pele e o couro cabeludo. No Brasil, essa questão de saúde pública ganha relevância com a estimativa de 41 mil novos casos em 2023, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).


 

O câncer de cabeça e pescoço é um problema significativo, com uma divisão alarmante dos casos: 15.190 novos casos de câncer de cavidade oral, 7.650 de laringe e 13.780 de tireoide, sendo este último mais comum em mulheres. A conscientização e a informação são pilares dessa campanha, ressaltando que a detecção precoce pode aumentar as chances de cura para até 90%.
 

Previna-se
 

Os fatores de risco para esses tipos de câncer variam de acordo com a região do corpo afetada. Entre os mais comuns estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a infecção pelo HPV. A prevenção passa por mudanças de estilo de vida, como abandonar o cigarro, moderar o consumo de bebidas alcoólicas, manter uma boa higiene bucal e vacinar meninos e meninas contra o HPV. 

Além disso, é importante lembrar de usar protetor solar nas orelhas e proteção específica nos lábios, locais frequentemente esquecidos. O uso de chapéus ou bonés também é recomendado. O sexo oral sem preservativo é outro fator de risco que merece atenção.
 

Fique atento aos sinais
 

Os cânceres de cabeça e pescoço podem ser silenciosos nos estágios iniciais, tornando essencial a observação de qualquer sinal persistente, especialmente aos fumantes e ex-fumantes. Atenção a feridas na pele ou na boca que não cicatrizam após 15 dias, rouquidão, nódulos no rosto ou boca, dor ou dificuldade para engolir, sangramento no nariz e ínguas no pescoço. A atenção precoce a esses sinais e sintomas é crucial para um diagnóstico rápido.
 

Diagnóstico e tratamento
 

O diagnóstico precoce é um fator chave na luta contra o câncer de cabeça e pescoço. Para isso, médicos e dentistas devem estar atentos a lesões suspeitas e realizar biópsias. Se a biópsia for positiva, exames adicionais como ressonância magnética e tomografia são necessários para determinar a extensão da doença.

O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, com cirurgiões, oncologistas, radioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, patologistas e fisioterapeutas, trabalhando em conjunto para decidir o melhor curso de ação. Centros de tratamento que reúnem todos esses especialistas e oferecem os equipamentos e medicações necessárias são ideais para proporcionar os melhores desfechos aos pacientes.
 

Reabilitação e reinserção 

Os tratamentos mais complexos podem exigir reabilitação extensiva e esforços para a reintegração do paciente à vida social e profissional. A colaboração contínua entre os profissionais de saúde e o apoio da família são essenciais para uma recuperação bem-sucedida.

 

Dr. Paulo Pizão - oncologista. Por ser docente em faculdade, gestor em instituições de saúde, atuar no atendimento clínico e por ter sido pesquisador na indústria farmacêutica, tem uma visão geral do setor e conhece o mecanismo desse segmento. Pesquisador no Centro de Pesquisa Clínica São Lucas (PUC-Campinas), coordenador da disciplina de Oncologia Clínica no Curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas-SP; oncologista no Instituto do Radium. Especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO); Especialista em Cancerologia (Oncologia Clínica) pela Associação Médica Brasileira; PhD em Medicina (Oncologia) pela Universidade Livre



Cerca de 150 mil brasileiros têm a visão afetada pela ceratocone todos os anos

Doença genética e progressiva atinge indivíduos entre 10 e 25 anos, é caracterizada pela curvatura e afinamento da córnea, e pode levar à necessidade de um transplante se não for tratada


Férias escolares chegaram, e que tal aproveitar a pausa na rotina, para um check-up na saúde ocular? Uma das doenças oculares mais verificadas é o ceratocone, que afeta cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Essa condição, que geralmente atinge indivíduos entre 10 e 25 anos, é caracterizada pela curvatura e afinamento progressivo da córnea, o que pode levar à perda significativa da visão. 

De acordo com o oftalmologista Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO), o ceratocone é uma doença não transmissível, de origem genética. “Ela é degenerativa, ou seja, progressiva, e afeta em 96% das vezes os dois olhos. Ele provoca um aumento progressivo da curvatura e o afinamento da córnea, tornando-a opaca, quadro que chamamos de hidropsia. Quando chega nesse estágio, o paciente não tem mais visão e um transplante se torna necessário”, explica. 

Inicialmente, o ceratocone pode não apresentar sintomas evidentes, mas geralmente está associado a uma doença ocular alérgica. À medida que o ceratocone progride, os sintomas podem incluir: dificuldade para enxergar à noite; desfoque gradativo da visão; visão duplicada de objetos (diplopia); aumento da sensibilidade à luz (fotofobia); dificuldade para realizar atividades rotineiras como ler e dirigir; surgimento ou agravamento de miopia e astigmatismo.

 

Detecção e tratamento 

O diagnóstico da doença exige exames oftalmológicos específicos, como topografia de córnea, paquimetria e ceratometria. Esses exames ajudam a detectar a deformação e o afinamento da córnea, confirmando a presença do ceratocone. Em casos mais avançados, exames simples, como o uso da lanterna de fenda ou a esquiascopia podem ser suficientes para a detecção do problema. 

"A doença não tem preferência por homens ou mulheres. O público mais afetado é o de adolescentes, pré-adolescentes ou adultos jovens", afirma Henrique. Portanto, a detecção precoce é crucial para evitar o agravamento da doença. 

Para prevenir o avanço do ceratocone, é fundamental adotar algumas medidas: "Não se deve coçar ou dormir em cima dos olhos porque pode piorar a doença e é importante ir ao oftalmologista anualmente para fazer os exames corretos para poder ver se a pessoa tem esse tipo de doença e se ela está evoluindo ou não", destaca. 

O tratamento do ceratocone varia conforme a evolução da doença. "Um paciente que tenha um quadro de ceratocone estabilizada, mas que está com baixa visual de forma que um óculos não seja suficiente para dar qualidade, pode fazer um teste de lente de contato rígida. A lente pode moldar a superfície da córnea e melhorar a qualidade de visão do paciente", detalha Henrique. Além disso, ele cita o implante de anel intraestromal, conhecido como anel de Ferrara, que é inserido dentro do estroma da córnea, moldando-a e melhorando a qualidade de visão do paciente. Em casos mais graves, onde o ceratocone progride significativamente, o transplante de córnea pode ser imprescindível para restaurar a visão do paciente.


SBGG alerta sobre dores crônicas em pessoas idosas: “Não é consequência do envelhecimento”

Entidade médica também reforça sobre os impactos negativos na qualidade de vida

 

No próximo dia 5 de julho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Dor Crônica. A data possui como objetivo reconhecer e apoiar as pessoas que sofrem com essa condição debilitante. 

De acordo com dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), subsidiado pelo Ministério da Saúde, até dezembro de 2023, cerca de 37% das pessoas com 50 anos ou mais convivem com dores crônicas. 

A dor, de maneira simplificada, pode ser classificada como aguda ou crônica. A aguda possui uma função protetora que sinaliza o cérebro sobre a presença de estímulos prejudiciais, por exemplo, queimaduras, cortes e quedas. Por sua vez, a crônica, que é considerada a própria doença, persiste após três meses ou além do tempo esperado de cura, tal como enxaqueca, fibromialgia, dor lombar e artrite. 

A geriatra e presidente da Comissão de Dor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Bianca Figueiredo de Barros, afirma que as dores crônicas afetam negativamente a qualidade de vida das pessoas idosas. As consequências podem causar insônia, isolamento social, depressão, ansiedade, polifarmácia, hospitalização e internação prolongada, e o aumento da demanda por serviços de saúde.

Ademais, a especialista reitera que apesar da idade ser um fator de risco, a dor não é consequência do envelhecimento: “Hábitos e atitudes corretas de vida podem contribuir para a prevenção de quadros crônicos, considerando a individualidade de cada paciente. Praticar exercícios físicos, controlar a obesidade, boa alimentação, cuidados com a postura e boa qualidade no sono são algumas atitudes que ajudam na prevenção de quadros dolorosos”. 

Por fim, a presidente da Comissão de Dor da SBGG ressalta a importância de ações do poder público, a fim de garantir que a pessoa idosa acometida de dor crônica receba atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Por meio da criação de políticas públicas haverá melhor educação e conscientização da sociedade sobre a dor crônica, ajudando a reduzir estigmas como a dor ser normal da idade. A dor crônica onera o serviço de saúde e, com ações adequadas, consequentemente, haverá redução de custos.” 

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG



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