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terça-feira, 11 de junho de 2024

De olho nas pintas: atenção aos sinais do melanoma

Embora represente apenas 3% dos casos de câncer de pele no Brasil, neoplasia é agressiva e merece atenção. Oncologista comenta importância do diagnóstico e tratamento precoce, e explica como prevenir a doença 


Apesar de raro, o melanoma - tipo menos comum de câncer de pele - é o mais agressivo, principalmente se não tratado precocemente. De modo geral, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele ultrapassa no Brasil a marca de 185 mil novos casos ao ano. Quanto ao melanoma, ainda de acordo com o órgão, o subtipo da doença representa 3% das neoplasias malignas no país.

Devido sua alta capacidade de metástase, o melanoma tem como principal manifestação inicial o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares. Além disso, segundo a Dra. Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, também é importante ficar de olho em outros fatores. "A pinta ou sinal possui tons acastanhados e, apesar de aparecer com mais frequência nas áreas expostas ao Sol, pode surgir em qualquer parte do corpo, inclusive nas mucosas. Na pele negra, por exemplo, elas podem aparecer comumente nas palmas das mãos e plantas dos pés", explica.


Por que o melanoma aparece?

O melanoma tem origem nas células que produzem a melanina - os melanócitos -, responsáveis por determinar a cor da pele. "Devido a exposição prolongada aos raios solares ultravioletas e também às câmaras de bronzeamento artificial, as células passam a se reproduzir descontroladamente. Além disso, o melanoma tem alta possibilidade de metástase - a disseminação da doença para outros órgãos. Contudo, quanto antes for diagnosticado, maiores são as chances de sucesso no tratamento ", alerta a oncologista.


Prevenção é tudo!

A melhor maneira de prevenir o câncer de pele melanoma é evitando a exposição ao sol das 10h às 16h, justamente pelos raios serem mais intensos. "Outra maneira de evitar a situação é procurar lugares com sombra, investir no protetor solar, usar roupas com proteção UV, bonés, óculos de sol e protetor próprio para os lábios", orienta Sheila Ferreira.

A oncologista reforça ainda que o uso do protetor solar deve ser feito até mesmo nos dias nublados, cerca de 15 minutos antes de sair de casa. "É importante que o protetor solar tenha, pelo menos, 30 de FPS. Reaplique a cada duas horas ou ainda depois de nadar ou suar". 

Também é importante evitar câmaras de bronzeamento artificial -- vale lembrar que elas estão proibidas no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009.


Fatores de risco do melanoma

  • Uso de câmeras de bronzeamento artificial;
  • Pele e olhos claros
  • Exposição excessiva e prolongada ao sol;
  • Histórico familiar ou pessoal de câncer de pele

Como identificar precocemente 

O diagnóstico precoce do câncer de pele melanoma pode ser realizado a partir de exames clínicos, endoscópicos ou radiológicos. "Através da identificação antecipada, a chance de cura pode chegar a 90%. Apesar de nem sempre manchas ou pintas serem de fato câncer de pele, é fundamental procurar por um especialista para o diagnóstico correto", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

A investigação do melanoma começa quando existem pintas ou sinais escuros e de bordas irregulares, que podem aumentar conforme o tempo, ou ainda provocar coceira e descamação no local. "As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ABCDE -- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro e Evolução”, explica a especialista.

  • Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte
  • Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular
  • Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto
  • Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm
  • Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)

"Trazer informações sobre o assunto é fundamental para que cada vez mais pessoas conheçam os sinais do seu próprio corpo e consigam identificar alguma anormalidade da pele. Além disso, deve-se sempre destacar sobre a necessidade do uso do protetor solar diariamente, sendo ele uma das principais alternativas para a prevenção da doença que atinge milhares de pessoas todos os anos. A boa notícia é que, atualmente, temos diversas opções de tratamento e que as chances de cura aumentam muito quando o diagnóstico é feito em estágios iniciais, daí a importância de procurar precocemente auxílio médico na identificação de uma lesão suspeita", comenta a Dra. Sheila Ferreira.


Pessoas com tatuagem devem redobrar os cuidados!

Os desenhos, principalmente aqueles realizados com tintas escuras, podem acabar atrapalhando a visualização de possíveis lesões na pele. "No caso do câncer de pele melanoma, justamente por sua pigmentação escura nas pintas e sinais, as tatuagens tendem a dificultar as análises durante os testes", explica a médica.


Estágios do melanoma

Após o diagnóstico, é fundamental analisar qual a extensão da neoplasia. "O câncer de pele melanoma pode ser classificado em estágios (I a IV), sendo I o mais precoce e IV quando há acometimento de órgãos à distância, o que denominamos metástases. “A boa notícia é que para todos os estágios temos opções de tratamento", ressalta a Dra. Sheila Ferreira.

De modo simplificado, nos estágios I e II, a espessura do tumor, o que chamamos de Breslow, é variável e, neste caso, não há acometimento de gânglios/ linfonodos, nem de outros órgãos.

No estágio III, além da pele, as células do melanoma são encontradas nos gânglios, mas não em outros órgãos.

No estágio IV há acometimento de outros órgãos à distância (pulmão, fígado, cérebro).

Para definição do tratamento, além do estadiamento, o oncologista deve avaliar também fatores como sintomas, estado geral do paciente, presença de outras doenças concomitantes, exames laboratoriais e localização do tumor, entre outros.

 

Tratamento

Na grande maioria dos casos, a doença é diagnosticada em fases iniciais e, habitualmente, o único tratamento necessário é a cirurgia. 

Nos casos de doenças localmente avançadas, em que há comprometimento dos gânglios/linfonodos, pode ser necessário algum tipo de tratamento complementar, visando reduzir a chance de a doença retornar no futuro.

Para os estágios mais avançados, a terapia alvo, ou imunoterapia são os tratamentos de escolha, pois vão atuar em todas as células, independentemente da localização. "Porém, vale lembrar que cada caso é um caso e, atualmente, temos diversas opções de tratamento. A avaliação cautelosa e individualizada feita pelo oncologista que acompanha o paciente é necessária para determinar a melhor terapia para cada pessoa", finaliza a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.



Epigenética: como se dá a regulação genética x a qualidade de vida além da sequência de DNA


A epigenética é uma área da ciência que analisa como o ambiente e o estilo de vida podem alterar o funcionamento de nossos genes. E, nesse sentido e na atualidade, em que a medicina avança em vários campos em busca de respostas mais eficazes para doenças que afetam a humanidade, a epigenética surge como um campo fascinante e dinâmico no âmbito da biologia molecular, oferecendo uma perspectiva revolucionária sobre como os organismos vivos regulam a expressão gênica e herdam características sem alterar a sequência de DNA.  

O termo "epigenética", do grego "epi" (além) e "genética", refere-se a modificações reversíveis e hereditárias no genoma que não envolvem mudanças na sequência de DNA, mas influenciam a atividade gênica. Nesse contexto, para nós especialistas em medicina reprodutiva humana, é muito interessante observar como essas influências podem afetar diretamente a fertilidade de homens e mulheres.

Um aspecto intrigante da epigenética é sua plasticidade e resposta a sinais ambientais. Experiências e exposições ambientais podem modular padrões epigenéticos, alterando a expressão gênica e, potencialmente, afetando o fenótipo. Já há estudos que demonstraram que a dieta, o estresse, a exposição a toxinas e até mesmo a qualidade do ambiente social podem influenciar os padrões epigenéticos e, por conseguinte, a saúde e o desenvolvimento de um organismo.

As primeiras observações nesse sentido foram feitas por médicos holandeses em 1944, no cenário da Segunda Guerra, quando perceberam que aquele ambiente, a privação de alimentos e a sensação de insegurança afetavam diretamente as gestantes e também seus filhos. A privação de alimentos levou à uma maior metilação do DNA, com isso genes importantes na regulação da insulina foram desligados.  Hoje já se sabe que os bebês nascidos dessas gestantes, apresentam maior risco para desenvolvimento de diabetes e de doenças cardíacas, quando comparadas às crianças nascidas na mesma época, cuja as mães não passaram por períodos de privação alimentar.

Apesar de a sequência de DNA ser a principal herança biológica, crescentes evidências sugerem que as modificações epigenéticas - que ligam e desligam genes - adquiridas durante a vida podem ser transmitidas para a próxima geração. Isso pode ocorrer quando gametas, óvulos e/ou espermatozoides, têm os seus genes ligados e/ou desligados, passando essas informações para os filhos, no momento da fertilização. Nesse sentido, os avanços na tecnologia de sequenciamento e nas técnicas de análise epigenética - inclusive à luz da medicina reprodutiva - estão permitindo uma compreensão mais profunda dos mecanismos e das implicações da epigenética em uma variedade de processos biológicos e doenças humanas. 
 

Pesquisas recentes destacam seu papel em condições como câncer, distúrbios neuropsiquiátricos, doenças metabólicas e envelhecimento. Já existem estudos que indicam a relação da qualidade de vida à piora nos quadros de endometriose e Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), por exemplo. Alterações seminais e na qualidade dos óvulos podem ser ocasionadas por essas modificações epigenéticas relacionadas ao estilo vida. Por essa razão, no processo de reprodução assistida, as fases pré-concepcional e concepcional são de grande importância e merecem atenção redobrada das mulheres que querem engravidar e das gestantes. 

A epigenética tem demonstrado que é influenciada por diversos fatores, incluindo o ambiente, estilo de vida, exposição a diferentes estímulos, contaminantes, produtos químicos, dentre outros. Dessa forma, a qualidade de vida está intimamente ligada aos hábitos que uma pessoa adota ao longo de sua vida. Entre os fatores que têm sido estudados estão:

  1. Hábitos de vida saudáveis: Alimentação, exercício físico, sono adequado e gestão do estresse podem influenciar a expressão gênica, por meio de mecanismos epigenéticos. Uma dieta rica em nutrientes pode promover padrões epigenéticos saudáveis, que estão associados a um menor risco de doenças cardiovasculares, por exemplo;
  2. Exposição a toxinas e poluentes: A exposição a substâncias químicas nocivas pode alterar os padrões epigenéticos e aumentar o risco de doenças, como câncer e infertilidade. Evitar a exposição a essas substâncias pode contribuir para uma melhor qualidade de vida e saúde;
  3. Estresse: O estresse crônico pode desencadear mudanças epigenéticas que afetam a saúde mental e física. Estratégias para gerenciar o estresse, como meditação, exercícios de relaxamento e terapia, podem ajudar a mitigar esses efeitos negativos;
  4. Relações sociais e apoio emocional: Relações sociais positivas e um forte sistema de apoio emocional estão associados a padrões epigenéticos saudáveis e melhor saúde mental e física;
  5. Desenvolvimento precoce: Experiências durante os estágios iniciais da vida podem ter um impacto duradouro na expressão gênica por meio de modificações epigenéticas. Um ambiente de infância seguro, estável e enriquecedor pode estabelecer padrões epigenéticos saudáveis que promovem uma boa saúde ao longo da vida.

Em resumo, a epigenética representa uma camada complexa e dinâmica de regulação genética que vai além da sequência de DNA, integrando informações ambientais e influenciando o destino celular e o fenótipo de organismos vivos. Ela desempenha um papel fundamental na relação entre estilo de vida, ambiente e qualidade de vida, destacando a importância de adotarmos hábitos saudáveis e promovermos ambientes que favoreçam padrões epigenéticos benéficos para a saúde e das futuras gerações. Seu estudo promete não apenas desvendar os mistérios da biologia, mas também abrir novas perspectivas para o tratamento e a prevenção de doenças humanas. 



Renata Bossi - embriologista na clínica Origen BH e certificada pela Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE, na sigla em inglês)


Casos de herpes-zóster crescem no Brasil e na Bahia; infectologista destaca a importância da vacinação

Acervo Sabin
A doença é causada pelo vírus da catapora, que permanece latente no organismo das pessoas que tiveram a doença, e pode ser reativado com a queda da imunidade  

 

As internações por herpes-zoster na Bahia tiveram um aumento de quase 70% entre 2022 e 2023, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde. No total, foram 155 baixas hospitalares no estado no ano passado e 92, em 2022. No Brasil, as internações também cresceram. Em 2023, foram 2.537 casos, quase 30% a mais do que no ano anterior, quando foram registradas 1.961 hospitalizações.  

Como a doença não é de notificação compulsória, apenas os dados dos pacientes hospitalizados são registrados, o que aponta para um total de ocorrências ainda maior. No entanto, uma vacina licenciada para pessoas com mais de 50 anos pode prevenir casos agudos. 

“A vacina Shingrix, produzida pela farmacêutica britânica GSK com vírus inativado, foi aprovada pela Anvisa e já está disponível no mercado brasileiro. Esse imunizante é seguro, tendo uma eficácia de 97%. Ele deve ser administrado em duas doses com o intervalo de dois meses”, informa o infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, que recomenda a necessidade da imunização para prevenir uma progressão para um quadro de maior gravidade da doença, como a internação. 

Conhecida popularmente como cobreiro ou fogo selvagem, a herpes-zoster é causada pela reativação, na idade adulta, do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. A doença atinge, normalmente, um lado do corpo, com o aparecimento de pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas) cercadas por uma área avermelhada e dolorida, que pode durar de duas a quatro semanas.

 

Vacina 

A vacina é indicada para pessoas a partir de 50 anos, sobretudo para aquelas que tiveram contato com o vírus no passado. Além disso, o imunizante é recomendável para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão, a exemplo das que tiveram alguma infecção viral, como Covid-19; portadoras de comorbidades (HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, diabetes etc.); ou as que vão se submeter a transplantes. 

Bastos destaca que antes do aparecimento das lesões de pele é comum, na maioria dos casos, que o paciente sinta dores nos nervos, febre, dor de cabeça, mal-estar, ardor, coceira, formigamento, agulhadas e/ou adormecimento locais. 

“Apesar de não ter uma causa definida, a doença pode surgir durante episódios de baixa imunidade e/ ou estresse em pessoas de qualquer idade que já tiveram catapora ativa ou nas que tiveram contato com o vírus, mas ficaram assintomáticas. Isso porque, após o primeiro contato, o vírus permanece latente e inativo no corpo por anos até ter uma situação que possa ativá-la novamente, causando a herpes-zóster”, informa o infectologista, acrescentando que as pessoas a partir de 50 anos têm mais chances de ter a doença, uma vez que, naturalmente, tem uma Redução da capacidade do sistema de defesa do organismo, que se denomina imunossenescência.   

O especialista pontua ainda que a transmissão da herpes-zoster pode acontecer pelo contato direto com as vesículas cutâneas ou por secreções respiratórias. Ele destaca que, normalmente, a cura da doença pode ocorrer de forma espontânea, mas um médico pode avaliar a necessidade de uso precoce da medicação antiviral para acelerar a resolução do quadro. Além disso, a vacinação pode prevenir complicações mais graves, que podem atingir os órgãos, e até levar à morte, em situações mais raras, como em casos de pacientes imunossuprimidos.  

“Também é importante ressaltar que o vírus pode provocar outros problemas de saúde, como a infecção bacteriana secundária, neuralgia pós-herpética, meningites, AVC e síndromes que podem provocar incapacidade ou limitação física, como a de Ramsay Hunt”, informa o médico, orientando que as pessoas devem lavar as mãos com água e sabonete após tocar nas lesões e higienizar os objetos que possam estar contaminados. 

 

Onde encontrar a vacina 

Na capital baiana, o imunizante está disponível nas unidades físicas do Sabin nos bairros de Alphaville, Graça e Itaigara. Já em Lauro de Freitas, é possível se vacinar na unidade que fica em Vilas do Atlântico. Ambas as cidades dispõem do serviço de atendimento móvel. O mesmo aconteceu na unidade de vacina do Sabin em Barreiras, no oeste da Bahia. Para solicitar, basta acessar o endereço https://www.sabin.com.br/agendamentos.  As empresas também podem solicitar o atendimento móvel pelo telefone 71 3261-1314.  



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A importância da Saúde Mental no Dia dos Namorados


Dia dos Namorados é uma data comemorada por casais em todo o mundo, representando um momento especial para expressar amor, afeto e compartilhar momentos emocionantes. No entanto, em meio às expectativas românticas e comerciais que cercam essa ocasião, é essencial lembrar da importância da saúde mental.  

Essa data pode ser uma época desafiadora para muitas pessoas, pois podem experimentar uma série de emoções e pensamentos que afetam diretamente o bem-estar psicológico. Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, explora a relação entre a saúde mental e o Dia dos Namorados, abordando questões como a solidão, a pressão social, a autoestima e a importância do autocuidado emocional. Além disso, discutiremos estratégias e sugestões para promover uma experiência saudável e positiva nessa ocasião. Confira:

 

·       Como cuidar da saúde mental durante essa época? 

De acordo com Higor, essa é uma época em que as emoções podem estar ainda mais à flor da pele e nem sempre são as mais agradáveis a se ter nesse momento. A solidão e a tristeza podem ficar mais gritantes em datas como esta, reconhecer esses sentimentos e permitir sentí-los também é importante. “Priorize o autocuidado, faça coisas que lhe tragam alegria e satisfação pessoal. Busque conexões significativas com outras pessoas, mesmo que não seja um relacionamento romântico; como encontrar familiares e amigos; o apoio social pode ser reconfortante. Não se compare aos outros e tente focar em seu próprio crescimento e felicidade. Se os sentimentos de tristeza e solidão persistirem, considere buscar ajuda profissional”, completa.

 

·       Como equilibrar a saúde mental com as expectativas e demandas de um relacionamento amoroso no Dia dos Namorados? 

É fundamental que você se comunique abertamente com seu parceiro sobre suas necessidades emocionais e mentais. Seja honesto e aberto sobre suas expectativas e limites. Evite colocar pressão excessiva sobre essa data específica e pense no seu relacionamento como um todo. 

 

·       Como lidar com memórias dolorosas de relacionamentos passados ou traumas emocionais? 

É comum sentir raiva, tristeza, dor ou qualquer outra emoção que possa surgir ao recordar de relacionamentos traumáticos do passado. Procure apoio de pessoas que você confia, como família, amigos e também apoio de um terapeuta. Compartilhar suas experiências e emoções pode ser terapêutico. O profissional irá te ajudar a processar melhor essas memórias dolorosas, diz o médico psiquiatra.

 

·       Quais são as melhores ações para prevenir um relacionamento tóxico? 

Tenha um bom entendimento de si mesmo, incluindo seus valores, limites e necessidades. Quanto mais você se conhecer mais fácil será reconhecer sinais de alerta em um relacionamento e tomar decisões mais conscientes. Os sinais de alerta de uma relação tóxica podem incluir comportamento controlador, falta de respeito, ciúmes excessivo, violência verbal ou física e manipulação emocional. Mantenha-se conectado com amigos e família. Defina padrões saudáveis para o tipo de relacionamento que você deseja ter, não aceitando comportamentos abusivos e construindo limites claros e expectativas realistas com o parceiro.

 

Higor Caldato (@drhigorcaldato) - médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. Graduado em medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA) e fez sua residência médica em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bem como suas especializações de psicoterapias e transtornos alimentares também pela universidade carioca.


Dia dos namorados sem mau hálito é o objetivo

 pexels
Como prevenir e remediar o mau hálito para ter o encontro perfeito

 

No Dia dos Namorados, um problema que pode afetar os relacionamentos é a halitose, ou mau hálito. De acordo com uma nova pesquisa, o mau hálito é considerado o maior obstáculo na busca por um novo parceiro, superando até mesmo piadas ruins e maus modos. Os resultados revelam que a maioria dos adultos considera o mau hálito um fator decisivo para não aceitar um segundo encontro podendo chegar a até 80% de rejeição.

Para entender mais sobre, pedimos ajuda para a Dra. Cláudia Gobor, dentista especialista em halitose para nos explicar um pouco melhor. "A halitose, como é conhecida clinicamente, pode ser causada por diversos fatores, sejam bucais ou sistêmicos, e estes, a curto prazo, como alimentos com cheiro forte ou picante, (exemplo - alho ou peixes), e até bebidas como café e vinho tinto também podem contribuir para o problema."

"No entanto, a principal causa do mau hálito é a má higiene bucal. Não escovar os dentes regularmente, não higienizar corretamente entre os dentes com o fio dental ou uma escova interdental pode levar a alteração do hálito - especialmente a falta de limpeza entre os dentes que permite o acúmulo de restos de comida, estimulando a formação de bactérias e placas, resultando em um hálito desagradável", diz Cláudia Gobor.

Apesar de ser um problema comum, o mau hálito pode ser facilmente evitado com uma boa rotina de saúde bucal. É recomendado escovar a língua, pois ela pode abrigar bactérias que contribuem para o mau hálito. Além disso, é importante buscar orientação de um profissional capacitado para diagnosticar e tratar corretamente esta alteração, caso o problema persista, pois o mau hálito pode ser um sinal de problemas mais amplos, como doenças gengivais que, se não tratadas, podem levar também à perda dos dentes.

Algumas pessoas tentam disfarçar o mau hálito apenas usando mascaradores, como hortelã, cravo ou pastilhas, porém isso não resolve o problema. Mascar chiclete sem açúcar, por outro lado, pode ajudar, pois aumenta o fluxo de saliva, que auxilia na limpeza da boca e eliminação dessas bactérias causadoras do mau hálito.

Por isso, no Dia dos Namorados, é importante levarmos a halitose a sério. Além de afetar os relacionamentos, o mau hálito pode ser um indício de problemas de saúde bucal mais graves que podem ser diagnosticados corretamente e tratados. Portanto, adote uma boa rotina de saúde bucal e não hesite em buscar aconselhamento profissional caso o mau hálito persista ou você tenha dúvidas sobre o seu controle e tratamento. 

 

Bom hálito Curitiba
Dra. Cláudia C. Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente e atual Diretora Executiva da Associação Brasileira de Halitose
https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
(41) 3022-3131 | (41) 99977-7087
@bomhalitocuritiba


Os benefícios da massoterapia para o bem-estar físico e mental da Geração Z

De acordo com um estudo realizado pela SaudaBe, a Geração Z está demonstrando um crescente interesse por uma vida saudável e equilibrada. A pesquisa apontou que apenas 11% dos jovens dessa geração não se preocupam com a saúde, enquanto 37% estão em busca de hábitos mais saudáveis. 

Por outro lado, atualmente, os jovens têm enfrentado inúmeros desafios relacionados à saúde física e mental, em consequência, principalmente, da pressão das redes sociais e da incerteza sobre o futuro profissional, conforme apontam pesquisas da McKinsey & Company e Deloitte. 

De um modo geral, esses fatores têm o potencial de desencadear ansiedade, depressão e outras questões emocionais, levando-os a buscar tratamentos que elevem o seu bem-estar. Diante disto, os benefícios da massoterapia vêm se destacando como importantes aliados, oferecendo não apenas relaxamento físico, mas também alívio do estresse e apoio à saúde mental.

 

Os benefícios da massoterapia na prática 

Um dos desafios enfrentados pela Geração Z é a ansiedade. Segundo o estudo Global Health Service Monitor 2023, o tema é apontado como o principal problema, para metade dos entrevistados, no que diz respeito ao bem-estar. 

Neste contexto, ao promover a liberação de hormônios como a citocina e a serotonina, responsáveis pelo bem-estar, a massoterapia proporciona um momento de conexão corpo-mente, auxiliando estes jovens a saírem do turbilhão de pensamentos e a focarem no presente, aliviando a ansiedade e promovendo um maior equilíbrio mental. 

A tensão muscular também é comum entre os jovens dessa geração, especialmente por conta do uso excessivo de dispositivos eletrônicos, que podem causar problemas como a tendinite. Neste caso, a massoterapia atua na promoção da liberação da musculatura, no aumento do fluxo sanguíneo e na redução do estresse nos músculos, prevenindo o surgimento de dores e lesões. 

Além disso, a massagem terapêutica pode ajudar a corrigir problemas posturais causados pelo tempo excessivo em frente a telas de computador ou smartphones. Nesse sentido, técnicas específicas, como alongamentos e manipulações musculares, ajudam a corrigir desequilíbrios posturais e fortalecer músculos pouco utilizados.

 

Automassagem e autocuidado para a Geração Z 

Além das sessões de massoterapia, a automassagem é uma prática complementar valiosa para os jovens da Geração Z. Com dicas simples, como alongamentos e a estimulação de pontos específicos de analgesia, os jovens podem cuidar de si mesmos no dia a dia, aliviando a tensão física e mental de forma prática e acessível. 

Desta forma, a automassagem pode focar em pontos específicos do corpo conhecidos por aliviar a dor e a tensão. Um bom exemplo é o ponto IG4, localizado entre o polegar e o indicador, na parte superior da mão. Estimular esse ponto pode ajudar a aliviar dores de cabeça e tensões faciais, por exemplo.

 

Estabelecendo uma rotina de Bem-Estar 

Para esta geração, a massagem não é apenas uma forma de relaxamento momentâneo, mas parte de um estilo de vida saudável e equilibrado. Por isso, integrar a massoterapia a uma rotina de autocuidado, junto com alimentação saudável, atividade física e cuidados preventivos, contribui para o bem-estar físico, mental e emocional de forma abrangente. 

Além disso, a massoterapia pode inspirar os jovens a adotar outros hábitos saudáveis. Ao experimentarem os benefícios da massagem, podem sentir-se motivados a explorar outras práticas terapêuticas, como meditação, yoga ou aromaterapia, ampliando suas ferramentas de autocuidado. 

Em suma, a massoterapia se apresenta como uma valiosa opção de bem-estar para a Geração Z, oferecendo benefícios que vão além do relaxamento físico. Ao combater a ansiedade, aliviar a tensão muscular e promover o autocuidado, a técnica se destaca como uma prática essencial para os jovens que buscam equilíbrio e saúde em meio aos desafios da vida moderna. 

 

Hideo Muraoka - CEO da rede Muraoka Massoterapia, empresa com mais de 20 anos no mercado de saúde e bem-estar e uma das precursoras da famosa Quick Massage.

 

Toxina botulínica avança no tratamento da dor crônica

 

Uso da substância representa um passo promissor no tratamento minimamente invasivo dessa condição.


A área da medicina da dor está avançando com intervenções inovadoras para o tratamento da dor crônica. Entre essas, destaca-se o uso da toxina botulínica como uma intervenção minimamente invasiva, oferecendo novas esperanças para pacientes que sofrem com dores persistentes.

Embora a aplicação da toxina botulínica para enxaquecas crônicas seja bem estabelecida e aprovada, seu uso para outras condições de dor crônica permanece como uma prática chamada "off label" (fora do rótulo). No entanto, estudos recentes indicam que a toxina botulínica pode ser eficaz no alívio de diversas formas de dor crônica, incluindo dores musculoesqueléticas, neuropáticas e outras síndromes dolorosas.

A toxina botulínica, conhecida popularmente por seu uso estético, atua bloqueando a liberação de neurotransmissores que conduzem os sinais de dor. Esse mecanismo de ação tem se mostrado promissor em reduzir a intensidade da dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entre os principais benefícios observados estão:

- Alívio significativo da dor: pacientes relataram uma redução substancial na intensidade da dor, após as aplicações de toxina botulínica.

- Melhoria da função: a diminuição da dor permite uma melhor mobilidade e função nas áreas afetadas.

- Segurança e eficiência: como intervenção minimamente invasiva, a aplicação de toxina botulínica apresenta um perfil de segurança favorável e baixa incidência de efeitos colaterais.

"Pesquisas recentes apontam que a toxina botulínica pode ser uma opção viável para pacientes com dor crônica resistente a outros tratamentos convencionais. A intervenção tem mostrado eficácia em condições, como a dor lombar crônica, dor miofascial e neuropatia periférica. Embora esses usos sejam atualmente off label, a crescente base de evidências sugere um potencial significativo para expandir as indicações aprovadas", explica a Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, com consultório em Sorocaba (SP).


O futuro da terapia com toxina botulínica

A contínua pesquisa e inovação nesta área prometem ampliar, ainda mais, as aplicações da toxina botulínica no tratamento da dor crônica. "Clínicos e pesquisadores estão otimistas sobre a possibilidade de novas aprovações regulatórias que possam formalizar essas práticas off label, tornando-as padrões de tratamento amplamente aceitos e beneficiando um número maior de pacientes", conta a médica fisiatra.

O uso da toxina botulínica representa um avanço significativo na terapia da dor crônica, proporcionando uma opção eficaz e minimamente invasiva para os pacientes.

Em um estudo recentemente publicado na revista científica FT, o uso da toxina botulínica tipo A tem atraído o interesse e pesquisas da comunidade científica. As perspectivas futuras para o uso da toxina botulínica no tratamento da enxaqueca crônica são promissoras, com pesquisas investigando sua eficácia em longo prazo e sua combinação com outras terapias. Há esforços em andamento buscando identificar biomarcadores que possam prever a resposta ao tratamento, personalizando-o para cada paciente e melhorando os resultados.

  

Fisiatria
www܂dramatildesposito܂com܂br
@dramatildesposito
Tel (15) 3229-0202
WhatsApp (15) 98812-2958.
O consultório da Prof.ª Dra. Matilde Sposito fica localizado na clínica Ápice Medicina Integrada
Rua Eulália Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba/SP.


Tratamento contra câncer de cérebro modifica a forma como o DNA tumoral se comporta

Os gliomas representam cerca de 42% de todos os tumores cerebrais
 (
ilustração: acervo dos pesquisadores)

Maiores grupos de amostras de pacientes com glioma da literatura científica, pesquisadores da USP observaram alterações em genes relacionados à agressividade do câncer após quimio e radioterapia. Descoberta pode orientar mudanças nas abordagens terapêuticas

 

Estudo publicado na revista Cancer Research revela que os tratamentos comumente usados no combate ao glioma – um dos tipos mais comuns de câncer no cérebro – podem alterar a forma como o DNA tumoral se comporta e sua agressividade. Segundo os autores, a descoberta pode representar um primeiro passo para modificações na abordagem terapêutica atual.

Os gliomas representam cerca de 42% de todos os tumores cerebrais, incluindo os benignos, e 77% dos malignos, ou seja, aqueles agressivos e incuráveis, de acordo com dados do A.C.Camargo Cancer Center. A incidência da doença, que é rara em crianças, aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas entre 75 e 84 anos.

Uma das características mais relevantes para a classificação da agressividade e gravidade desse tipo de tumor nos pacientes são as chamadas alterações epigenômicas, ou seja, processos bioquímicos que modificam o padrão de expressão dos genes, como a metilação do DNA (adição de um grupo metil à molécula). Tal fato foi constatado anteriormente, em 2016, pelo mesmo grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP) que assina o novo artigo.

A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Epigenômica
o Câncer da FCFRP-USP
foto: acervo dos pesquisadores

"Observamos nos pacientes com tumores de baixo grau que receberam tratamento uma alteração epigenética que deixou esses tumores parecidos com tumores de alto grau, que são muito mais agressivos; parece então haver uma associação entre o tratamento e as alterações no DNA desses pacientes”, explica Tathiane Malta, primeira autora do estudo e coordenadora do Laboratório de Epigenômica do Câncer da FCFRP-USP. "Agora, precisamos confirmar se essas alterações epigenéticas estão envolvidas na progressão para tumores mais agressivos.”

No estudo atual, realizado no âmbito de um Auxílio à Pesquisa Jovem Pesquisador da FAPESP, os cientistas avaliaram a evolução epigenética dos gliomas em resposta à pressão terapêutica, analisando os resultados de amostras de 132 pacientes. Os dados incluíam informações tanto sobre o tumor primário quanto sobre o recorrente após o tratamento, o que permitiu uma melhor comparação. Trata-se do maior grupo de glioma longitudinal já registrado na literatura científica.

Diversos aspectos relacionados a alterações no epigenoma puderam ser observados, como a maior proliferação de células tumorais, o aumento de células vasculares no tumor e mudanças no microambiente tumoral. No entanto, um se destacou: pacientes IDH1 mutantes (com melhor prognóstico inicial) que foram tratados com quimioterapia ou radioterapia apresentaram maior alteração no epigenoma tumoral.

“Vimos que esses gliomas apresentam níveis iniciais elevados de metilação do DNA, que são progressivamente reduzidos quando há recorrência da doença após a quimio ou radioterapia, e se tornam mais agressivos”, conta Malta. “Já o epigenoma dos pacientes IDH selvagem – os inicialmente mais agressivos – são mais estáveis, com níveis relativamente baixos de metilação, ou seja, nesse caso, os tumores primários são bastante parecidos com os recorrentes, inclusive porque já se encontravam em um grau máximo de agressividade.”

“Isso quer dizer que o tratamento, de alguma forma, modifica esse tumor, e essa mudança está associada à agressividade.”


Mudanças na abordagem terapêutica

De acordo com Malta, ao demonstrar que a regulação epigenética está associada com a progressão do câncer, o trabalho contribui para o melhor entendimento da biologia tumoral e, consequentemente, abre espaço para novas abordagens terapêuticas com esse direcionamento.

Os próximos passos para entender a implicação da descoberta e avaliar seu real impacto no tratamento dos gliomas devem incluir, em um primeiro momento, a realização de tratamentos in vitro em linhagens de tumores e, na sequência, em modelos in vivo para confirmar os resultados já obtidos.

“Como nesse estudo nos baseamos em uma coorte retrospectiva, com dados coletados de muitas instituições e manejos clínicos que passaram por alterações ao longo do tempo, é preciso considerar a presença de diversos vieses.”

O artigo The epigenetic evolution of glioma is determined by the IDH1 mutation status and treatment regimen pode ser lido em: https://aacrjournals.org/cancerres/article/84/5/741/734933/The-Epigenetic-Evolution-of-Glioma-Is-Determined.

 


Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/tratamento-contra-cancer-de-cerebro-modifica-a-forma-como-o-dna-tumoral-se-comporta/51909



Influenza A e VSR estão entre os principais causadores das infecções respiratórias nas últimas semanas

  Diagnósticos rápidos e precisos, como os realizados pelos testes sindrômicos, podem ajudar a detectar o causador da doença e direcionar os pacientes ao tratamento mais adequado 

 

Com a chegada das estações mais frias, as infecções respiratórias começam a liderar entre os diagnósticos hospitalares. De acordo com o último boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2024 já foram diagnosticados mais de 58 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que nas últimas semanas de maio tiveram como maior prevalência as contaminações pelo vírus da Influenza A (gripe) e pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável pelos quadros de bronquiolite. 

Segundo Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da QIAGEN, o maior desafio para as equipes médicas e unidades de saúde, nessa época do ano, é conceder um diagnóstico rápido e preciso aos pacientes, a fim de evitar as superlotações dos hospitais e direcionar essas pessoas ao tratamento mais adequado.

“As infecções respiratórias costumam apresentar sintomas bastante parecidos, como tosse, febre, dor de garganta, coriza, entre outros, o que dificulta o diagnóstico correto. Por isso é tão importante que se invista em novas tecnologias, como os testes sindrômicos, que mostram, inclusive, quando o paciente está infectado por mais de um tipo de agente ao mesmo tempo”, aponta o executivo.

Realizados por meio de PCR em tempo real – que identifica diretamente o DNA ou RNA do agente causador da doença - e indicados para as diferentes queixas respiratórias apresentadas pelos pacientes nas unidades de saúde, Munford explica que os testes sindrômicos – como o QIAstat-Dx, da QIAGEN – conseguem detectar até 23 patógenos causadores das infecções respiratórias mais comuns, entre vírus e bactérias em circulação. 

“Em apenas uma hora esses exames são capazes fornecer os resultados. Essa precisão e agilidade são fundamentais quando se busca reduzir o tempo de permanência do paciente no hospital e evitar as internações desnecessárias, contribuindo para a redução das superlotações, aumentando a fluidez, e trazendo economia a todo o sistema, principalmente nessa época do ano”, salienta o executivo.

Outra contribuição importante desses testes, de acordo com Munford, é a administração e uso consciente de antibióticos; uma medida que contribui para tratamentos mais eficazes e evitam diferentes complicações, entre elas, a resistência microbiana.

“Identificando o exato agente causador da infecção respiratória, é possível definir o tratamento mais adequado. Nos casos em que o paciente esteja infectado por um vírus, por exemplo, a administração de antibióticos não é indicada, pois além de não surtir efeito, ainda é capaz de contribuir para a resistência aos medicamentos. Já em casos bacterianos, o uso precoce do remédio correto pode evitar as sequelas e a redução dos casos fatais”, conclui o executivo da QIAGEN.


SBGG destaca a importância da nova lei que garante acesso a cuidado integral para pessoas com Alzheimer

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) afirma que a lei, que atenderá 1,2 milhão de brasileiros, é fundamental para idosos e familiares que estão nesta situação, e revela o que espera sobre ela a curto, a médio e a longo prazo

 

No último dia 4, o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 4.364/2020, que foi aprovada pelo Congresso Nacional, que institui a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras Demências. Um marco para o país, que passa a olhar com mais atenção para as pessoas nesta situação. 

No Brasil, atualmente, há mais de 30 milhões de idosos, sendo que a projeção para 2050 é de que esse número chegue a 60 milhões. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com centros de referência que oferecem tratamento gratuito para pacientes com a doença, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas, que afeta 1,2 milhão de pessoas no país. “O SUS terá de fazer uma reforma na política pública, especialmente na atenção aos pacientes com doença de Alzheimer, pois tanto os pacientes quanto os familiares terão direito a um tratamento com abordagem multiprofissional. Toda esta reestruturação trará um ganho na manutenção da autonomia e da independência do paciente nas diferentes fases da doença e, com certeza, trará uma sobrecarga bem menor para os familiares”, explica o geriatra, Dr. Marco Túlio Cintra, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

Particularidades

Capacitação dos profissionais de saúde públicos e privados para a prevenção, a identificação de sinais e sintomas destas doenças em fases iniciais, além de assistência e integração dos serviços de saúde existentes são algumas das diretrizes da lei, que também é bastante objetiva em relação ao tratamento adequado e ao suporte integral aos pacientes e cuidadores. Além disso, o SUS deverá incluir informações sobre a ocorrência da doença de Alzheimer, assim como de outras demências, nos sistemas de registro. 

O fato é que esta nova lei altera a Lei Orgânica 8.742, de 1993, que trata sobre a organização da assistência social, para criar programas de amparo às pessoas idosas com necessidades em entidades de longa permanência. No entanto, para que a lei cumpra seu objetivo, o Ministério da Saúde tem um papel primordial na orientação e na conscientização dos profissionais da área da saúde, tanto os que trabalham no setor público como no setor particular, sobre estas doenças que levam a perdas cognitivas.


 

Expectativa

O presidente da SBGG espera, a curto prazo, que haja uma grande divulgação da lei para todos os meios, não apenas para a população, mas, também, para todas as áreas interessadas e que atuam diretamente com estas doenças. “É importante que o poder público continue ouvindo as instituições que trabalham e são referência para esta parcela importante da sociedade e que surjam outras leis como esta”, comenta Dr. Marco Túlio Cintra, ao destacar que a lei sancionada é importante porque promove a saúde, abordando a prevenção; o diagnóstico; o tratamento e a reabilitação em casos de demência na pessoa idosa, destacando também a capacitação profissional, que gera uma descentralização do cuidado e melhora a qualidade de vida da pessoa. “Este paciente terá a perspectiva de um diagnóstico mais precoce em uma fase que em que a perda de funcionalidade é ainda incipiente ou leve, o que será ótimo para o paciente e sua família.” Todavia, para a plena abordagem da lei, será necessário o uso de recursos públicos e esperamos que as pessoas com demência estejam entre as prioridades dos gestores da área da saúde para a plena aplicação da lei aprovada. 

A médio e a longo prazo, o presidente da SBGG deseja que se desenvolvam outras políticas de saúde, sempre preservando o paciente idoso, para que esse tenha um tratamento diferenciado junto as suas necessidades. “A lei é interessante porque também incentiva a pesquisa, o uso de tecnologia e o amparo à família, mas é bem complexa porquê é multisetorial, envolvendo educação, saúde, moradia e previdência, e isso também envolve investimento”, observa.

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG

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Dia dos namorados: busca por casamentos entre pessoas com mais de 50 anos se torna tendência no Brasil

divulgação

Longevidade saudável e reestruturação de papéis sociais impulsionam aumento de casamentos tardios no país, revela Instituto de Longevidade MAG
 

 

O casamento continua sendo um tema que ainda é muito discutido pela população brasileira. Segundo os dados das Estatísticas do Registro Civil de 2022, divulgados neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram realizados 970 mil matrimônios, registrando um aumento de 4% em 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

Com o aumento da expectativa de vida, as pessoas têm se permitido adiar eventos como o casamento por possuírem mais tempo para realizar essas escolhas. Além disso, homens e mulheres que permanecem ativos após os 60 anos, permitem redefinir seus papéis sociais e considerar se casar em uma idade mais avançada. 

De acordo com o estudo do IBGE, casamentos entre cônjuges masculino e feminino por grupos de idade, do total de 959 mil casamentos registrados, entre as idades 60 a 64 anos, houve 22 mil casamentos.á nas idades de 65 anos ou mais, chega a 28 mil, reforçando a busca por casamentos entre o público longevo. 

“O que os dados mostram é que nunca é tarde para dizer “sim”, explica Antonio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade MAG. “Geralmente o público 50+ traz uma reestruturação de papéis sociais: homens e mulheres, antes dedicados a cuidar dos filhos ou da carreira, não têm mais responsabilidades familiares e podem mudar o ritmo de trabalho. Buscar uma nova relação seria avançar para mais um estágio na vida, por isso, a busca pelo amor torna-se um interesse”, ressalta Leitão.

 

Instituto de Longevidade MAG    ‌  

 

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