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quarta-feira, 6 de março de 2024

Empresários estão mais otimistas em São Paulo, mas ainda segurando investimentos, mostra FecomercioSP

Cenário econômico eleva expectativas com resultados positivos em 2024, embora injeção de recursos nos negócios permaneça estável

 

Após a queda no fim do ano passado, o nível de confiança do empresariado paulistano seguiu melhorando em fevereiro, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador cresceu 2% em relação a janeiro, passando de 108 pontos, no primeiro mês do ano, para 110,2 pontos, em fevereiro [gráfico 1]. É o maior resultado desde outubro de 2023, às vésperas da Black Friday, quando o ICEC estava na casa dos 117,2 pontos.

 

A melhora da conjuntura econômica, diante do ciclo de redução dos juros, assim como a inflação e o endividamento em queda, colabora para deixar os empresários mais otimistas. Além disso, há uma grande expectativa de aumento nas receitas para o setor do Comércio em 2024, motivado pelos resultados do ano passado.

Na comparação com fevereiro de 2023, porém, o indicador caiu 1,9%, o que sinaliza que, no começo do ano passado, as expectativas estavam ligeiramente mais altas.

 

[GRÁFICO 1]

ÍNDICE DE EXPANSÃO DO COMÉRCIO (ICEC)

Série histórica (12 meses)

Fonte: FecomercioSP

 

Se alguns números que conformam o ICEC reforçam esse aumento da confiança, como o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) — que mensura a realidade presente do empresariado e subiu significativamente (7,2%), passando de 86,1 pontos, em janeiro, para 92,2 pontos, neste mês, ou mesmo a percepção de avanço da economia brasileira (3,6%) —, outros apontam um cenário ainda de cautela. 

O Indicador de contratação de funcionários, por exemplo, ressecou 1,3% em fevereiro, com uma retração ainda mais relevante (-3,8%) na comparação com o mesmo mês do ano passado. No auge do índice, em julho passado, estava na casa dos 119,7 pontos — enquanto, hoje, está em 113,3 pontos, uma queda de 5,3%

Da mesma forma, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede o quanto os players do setor estão dispostos a injetar recursos nos negócios, caiu 2%, apontando que os empresários estão segurando recursos. O nível de investimentos das empresas confirma essa conjuntura, com reduções de 1,5%, na comparação mensal, e de 2,7%, na anual.

 

ESTOQUES INADEQUADOS


Os empresários paulistanos também seguem receosos quanto ao fluxo dos estoques no início de ano. O índice de Estoques (IE) recuou 0,3%, ao passar de 117,6 pontos, em janeiro, para 117,3 pontos, em fevereiro.

No entanto, em comparação a fevereiro do ano passado, o indicador avançou 5%. Ainda assim, a proporção dos empresários que relatam estoques adequados segue maior do que os que alegam inadequação: 56,8% contra 24,7%, respectivamente. 

Segundo a FecomercioSP, o ano começou com otimismo, apesar de pedir certa cautela. A Federação orienta que os empresários se planejem para as incertezas econômicas, criem boas estratégias de vendas e façam uma gestão inteligente dos estoques para aumentar as receitas. Optar por liquidações, por exemplo, é uma boa forma de reduzir o volume de produtos com boas conversões.

Isso aumenta as receitas e abre espaço para realizar novos investimentos.

 

BOLETIM DE INVESTIMENTOS | PRINCIPAIS INDICADORES 

FecomercioSP 

 

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC) 

 

PONTUAÇÃO

(%) VARIAÇÃO JAN/FEV

(%) VARIAÇÃO 

FEV23 – FEV24 

110,2

2

-1,9

 

  

ÍNDICE DE EXPANSÃO DO COMÉRCIO (IEC) 

 

PONTUAÇÃO

(%) VARIAÇÃO  JAN/FEV

(%) VARIAÇÃO 

FEV23 – FEV24 

103,8

-1,4

-3,3

 

ÍNDICE DE ESTOQUES (IE) 

 

PONTUAÇÃO

(%) VARIAÇÃO JAN/FEV

(%) VARIAÇÃO 

FEV23 – FEV24 

117,3

-0,3

5

 

  

Notas metodológicas 


ICEC 


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados).

As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana. 


 

IEC 


O Índice de Expansão do Comércio

(IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana. 

 


IE 


O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo).


Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana. 

 


FecomercioSP


Dia das Mulheres: empreendedorismo feminino x supremacia masculina

Como falar de conquistas quando todos os dias em quase todos os jornais têm uma ou mais notícias de feminicídio ou agressão às mulheres? Eu poderia abordar aqui o 8 de março de forma histórica ou narrando as diversas conquistas sociais, profissionais e de direitos que as mulheres tiveram nas últimas décadas. Mas não consigo. Me pergunto se na mesma medida que direitos e espaços são conquistados pelas mulheres, também aumenta a resistência e desagrado a esse feito.

O ódio contra as mulheres é um fenômeno complexo que pode ter origens diversas e multifacetadas, porém existem alguns mecanismos mentais e psicológicos que podem contribuir para isso, na subjetividade de parte dos homens: socialização e normas de gênero negativas desde a infância; traumas passados; insegurança e baixa autoestima; problemas psicológicos e de saúde mental; e ideologias extremistas, são algumas delas.

Atualmente, alguns grupos extremistas de supremacia masculina têm, infelizmente, crescido em número e capilaridade, disseminando conceitos que contribuem para o ódio e intransigência ao feminino. Os mais conhecidos, como RedPills, Incels (Involuntary Celibates) e MGTOW (Men Going Their Own Way), promovem ideias e estratégias que visam "dominar", "controlar" e até agredir mulheres, baseadas em ideologias que reforçam estereótipos de gênero prejudiciais e promovem a ideia de que os homens devem exercer poder e serem superiores às mulheres, em todas as áreas. Grupos que difamam e perseguem judeus e negros, por exemplo, são impedidos - socialmente, legalmente e pelos filtros das plataformas digitais - na disseminação de seu discurso de ódio. Mas esses não. Ainda são socialmente aceitos e ganham cada vez mais seguidores.

Na contramão desses movimentos depreciativos, temos o impacto positivo da mulher no mercado de trabalho e na sustentabilidade. O chamado Pink Money (Dinheiro Rosa) é um termo frequentemente associado ao mercado LGBTQ+, também aplicado de maneira mais ampla para destacar o poder econômico das mulheres, especialmente em iniciativas de empreendedorismo feminino. Essa abordagem econômica reconhece o poder econômico das mulheres e destaca o impacto positivo que o empreendedorismo feminino e a inclusão das mulheres no mercado de trabalho podem ter na economia mundial. Seja desempenhando um papel significativo como consumidoras, empreendedoras ou CEOs, investir nesse potencial pode gerar benefícios econômicos e sociais relevantes.

Pesquisas revelam que iniciativas de empreendedorismo feminino têm o potencial de impulsionar o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e social, reduzir a pobreza, promover a igualdade de gênero e criar empregos em todo o mundo, além de trazer inovação e competitividade, já que a diversidade de gênero nos negócios é frequentemente associada a melhores resultados financeiros e desempenho empresarial.

Em resumo, o empreendedorismo feminino e as iniciativas de inclusão das mulheres no mercado de trabalho têm o potencial de gerar benefícios econômicos e sociais significativos, fortalecendo a economia mundial e promovendo a igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável. É estratégico investir em políticas e programas que apoiem e capacitem as mulheres empreendedoras, reconhecendo seu papel vital no crescimento e na prosperidade econômica global - que é o que realmente importa, e não a perca de privilégios.

Durante muito tempo os homens tiveram a hegemonia em quase todas as áreas. Agora as mulheres também têm o seu espaço, e cada vez mais e mais. Não somente porque elas querem, mas porque a sociedade quer, porque é vantajoso. Resistir a isso somente demonstra um espírito pequeno, mente limitada e moral retrógrada. Enquanto isso, esperamos que extremistas e abusadores sejam devidamente impedidos e responsabilizados por seus atos pela legislação e autoridades.
 


Relly Amaral Ribeiro - mestre em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina, professora e tutora dos cursos de pós-graduação em serviço social do Centro Universitário Internacional Uninter


Jogadores de futebol: 5 fatores que aumentam o seu valor de mercado

Quando se trata de um jogador profissional, existem vários fatores que podem ajudar a aumentar o seu valor de mercado, explica o empresário do futebol, Emerson Zulu

 

Os jogadores de futebol profissional possuem valores de mercado, que é uma média de quanto custaria a sua contratação por um time de futebol, quanto maior essa métrica, melhores as possibilidades para o jogador em sua carreira, mas o que muitos não sabem é que os fatores que influenciam esse valor vão desde lesões a multas contratuais.

 

De acordo com o empresário do futebol e CEO da Strategic Sports, Emerson Zulu, quando o jogador tem um time de profissionais lhe assessorando ele pode modular melhor essas métricas para aumentar o seu valor de mercado.

 

Se um jogador de futebol profissional quer aumentar o seu valor de mercado ele irá precisar de uma equipe multidisciplinar de profissionais para agir em cada um desses fatores e aumentar o seu valor de mercado para futuras negociações, o que também ajuda a chamar a atenção de clubes maiores”, explica.

 

5 fatores que aumentam o valor de mercado de um jogador de futebol:


01 - Desempenho consistente:


O desempenho em campo é o centro do futebol, por isso, é um dos mais importantes pontos analisados. Jogadores que mantêm uma performance consistente em várias temporadas têm maior destaque, gols, assistências e participações em jogos importantes contribuem para elevar o valor de mercado”, explica Emerson Zulu.

 

02 -  Idade e potencial de desenvolvimento:


A idade de um jogador também é um fator estratégico, pois jovens promessas com potencial de desenvolvimento têm seus valores calculados de uma forma diferente de jogadores em fim de carreira, nesse caso cabe analisar a estratégia de cada clube com a contratação”.

 

03 - Saúde e histórico de lesões:


Ter um grande histórico de lesões pode reduzir seu valor de mercado, principalmente se elas forem, por exemplo, sempre no mesmo local, além disso, a saúde geral do jogador é considerada através de exames médicos”, explica.

 

04 - Multas contratuais:


O novo clube normalmente precisa arcar com a multa de transferência do jogador de seu antigo time, ou seja, se ela for muito grande esse poderá ser um empecilho para a contratação. Mas esse tipo de multa só é exercida caso o jogador saia fora do término do contrato, o que geralmente acontece, ou seja, ela é alta para evitar que o jogador saia do time antes do fim do contrato”.

 

05 - Reputação fora do campo:


Além das habilidades no jogo, a imagem fora de campo é cada vez mais importante, isso porque, patrocínios, presença nas redes sociais e uma reputação positiva contribuem para a construção de uma marca pessoal sólida, por isso, jogadores com apelo comercial significativo são ativos valiosos para clubes e marcas”, afirma Emerson Zulu.

 

 

 

Emerson Zulu - empresário do futebol, que atua há cerca de 10 anos na área. Após anos de empreendedorismo em grandes multinacionais, ingressou no futebol e a experiência de outros setores agregada à sua visão estratégica tem lhe proporcionado uma ascensão no futebol internacional. Ele é agente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como também tem licença como agente na Espanha e na Inglaterra. Entre os empresariados de Zulu está o jogador Emerson Royal, jogou em grandes clubes como o Barcelona, seleção brasileira, atualmente está no clube Tottenham. Além dele, são empresariados jogadores do Santos, Corinthians, Atlético Paranaense, São Paulo e Roma. Atualmente, Emerson também tem network e parceria com grandes nomes do futebol europeu.


Igualdade de gênero: Como a lei ampara mulheres no ambiente corporativo?

 Advogada destaca a relevância das leis trabalhistas para garantir a igualdade de oportunidades no ambiente profissional

 

Desde 1975, o dia 8 de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher, uma data que celebra as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao redor do mundo. Originado a partir de movimentos históricos por igualdade de direitos e melhores condições de trabalho, o dia serve como um lembrete do progresso alcançado e dos desafios ainda enfrentados pelas mulheres em busca de equidade de gênero. 

Ao longo dos anos, a celebração evoluiu para incluir uma variedade de atividades, desde marchas e manifestações, eventos culturais, discussões acadêmicas e até leis que protejam os direitos e oportunidades das mulheres.

Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganham em média 20% a menos que os homens nas mesmas funções. No entanto, a boa notícia é que hoje o país possui uma lei que reforça a proibição da diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. 

Embora este impedimento já esteja previsto na CLT, a Lei 14.611 de 2023, conhecida como Lei de Igualdade Salarial, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União em junho de 2023, objetivando estabelecer novas bases legais para que trabalhadoras tenham garantido o seu direito à igualdade de remuneração.

Mas qual o real impacto dessa legislação no cotidiano empresarial? 

Uma das inovações trazidas pela lei é a exigência de que empresas com mais de 100 colaboradores forneçam relatórios semestrais de transparência salarial e critérios remuneratórios. Não cumprir essa obrigação pode acarretar multas administrativas que variam de acordo com a folha de salários do empregador, podendo chegar a até 3% da folha de pagamento, limitando a 100 salários-mínimos. Importante ressaltar que, a apresentação dos relatórios se encerra na próxima sexta-feira (08).

A advogada trabalhista, Agatha Otero, do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, comenta que caso seja verificada a desigualdade salarial, a empresa deverá apresentar e implementar um plano de ação para mitigar a desigualdade, com metas e prazos. Além disso, uma vez comprovada a discriminação em termos de salário, a empresa poderá ser multada em valor correspondente a 10 vezes o salário que deveria ser pago, que poderá ser dobrado, em caso de reincidência. 

E, se caso a trabalhadora desejar reivindicar seus direitos conforme estabelecido pelo governo federal, a advogada recomenda que “busque o auxílio nos órgãos competentes, como o Ministério do Trabalho e Emprego, os Sindicatos de Classe, além de contar com a assistência de um advogado especializado em Direito  do Trabalho”, sugere.

“É imprescindível que ocorra uma mudança imediata nesse cenário. As mulheres precisam internalizar a noção de que seus direitos básicos à igualdade são inalienáveis e devem ser respeitados. Não é admissível que qualquer forma de discriminação, especialmente no âmbito profissional e salarial, seja tolerada unicamente pelo fato de serem mulheres. Todos devem ser tratados com equidade perante a lei”, completa.


5 direitos trabalhistas que protegem as mulheres no Brasil

  1. Lei 14.611/23 - Igualdade salarial entre homens e mulheres
  2. Lei 11.350/2006 (Lei Maria da Penha) - Garante a estabilidade no emprego para mulheres que são vítimas de violência doméstica.
  3. Lei 14.614 - Atletas beneficiárias do programa Bolsa Atleta mantém o benefício durante a gravidez e licença-maternidade
  4. Consolidação das Leis do Trabalho, Art. 390 - Mulheres não são obrigadas a levantar pesos superiores a 20 kg em trabalho contínuo e 25 kg em trabalho ocasional.
  5. Consolidação das Leis do Trabalho, Art. 395 - em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar á função que ocupava antes do afastamento.

“Ao proporcionar direitos como igualdade salarial, estabilidade no emprego e proteção durante a maternidade, essas normas não apenas fortalecem a posição das mulheres no mercado de trabalho, mas também contribuem para a construção de uma sociedade equitativa. Contudo, sua eficácia depende não apenas da existência dessas leis, mas também da sua aplicação efetiva e do comprometimento das empresas em promover uma cultura organizacional inclusiva e respeitosa”, conclui Agatha. 



Dra. Agatha Flávia Machado Otero - Bacharela em Direito pela Universidade Santo Amaro e pós-graduanda em Direito e Processo do Trabalho pela Escola Paulista de Direito.


O uso de tags pode tornar a forma de pagar o pedágio mais fácil, rápida e ainda pode evitar multas

 O pagamento automático da tarifa é mais seguro e evita desperdício de tempo em filas

 

O usuário das rodovias concedidas do Estado de São Paulo conta com diversas formas de pagamento das tarifas de pedágio. E entre eles, a tag, uma tecnologia simples utilizada para o pagamento automático da tarifa.

 

A utilização das tags reduz o tempo das viagens, proporciona maior economia de combustível e redução das emissões de CO2 ao evitar as filas de pedágio, além de dispensar o uso de dinheiro ou cartão nas transações, aumentando a segurança durante a viagem e evitando preocupações com troco ou possíveis fraudes.

 

“O Programa de Concessões do Estado de São Paulo tenta facilitar o pagamento do pedágio de todas as formas possíveis, para que o usuário tenha tranquilidade para circular pelas rodovias do Estado”, comenta Milton Persoli, diretor geral da ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo. 

 

Como funciona a tecnologia?

A tag é um dispositivo eletrônico que conta com um sensor que é instalado geralmente próximo ao retrovisor do veículo. 

 

Ela lembra uma etiqueta e sempre que o motorista passa por uma praça de pedágio, a empresa que fornece o serviço identifica a placa e libera a cancela. Em seguida, há o cálculo e a cobrança do pedágio, que acontece de acordo com o plano escolhido pelo cliente. 

 

Benefícios da tag

Pode ser pré ou pós pago: O motorista adquire a tag como for melhor, para os que passam sempre por pedágios, o plano mensal é melhor, já para quem utiliza o pedágio de forma esporádica, o pré-pago, pode ser uma boa opção. 

 

Mais economia: Não é necessário pegar filas para realizar o pagamento, o que resulta em economia de tempo e gasolina. 

 

Evita multas: O carro que passa por praças de pedágio que cobram a tarifa por pórticos, que são uma tendência nas rodovias de todo o país, pode realizar o pagamento de forma mais prática e evita multas por esquecimento do pagamento que, sem a TAG, deve ser feito por boleto. 

 

Outras formas de pagamento

Atualmente, todas as praças de pedágios do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo contam com modalidades de pagamento como: automático, por meio das tags dos veículos; manual, com dinheiro; vale-pedágio (mais utilizado pelos veículos comerciais). 

 

Além disso, o pagamento com cartão por aproximação já está presente em mais de 78%​​ das praças de pedágio do Estado de São Paulo (são 138 praças de pedágio que aceitam o pagamento por aproximação. Delas, 90 aceitam cartão de crédito e débito e 48 somente débito).



Dia da escola: espaços disruptivos, alegres e tecnológicos


O surgimento das escolas no Brasil ocorre em virtude da necessidade de ensinar a escrita, a leitura, a matemática e a doutrina religiosa. Mas com a expulsão dos jesuítas o ensino passa a ser laico e, na atualidade, a educação básica visa promover formação que permita o exercício da cidadania e apresentar o mundo do trabalho.

Mas afinal de contas de qual escola estamos falando? Lembrem que o nosso país possui 5.568 municípios, uma legislação federal (a LDB 9.394/1996) e uma organização que pode ser realizada por Secretarias de Educação Estaduais e Municipais, e não nos esqueçamos que elas podem ser públicas (a maioria) ou privadas. Ou seja, pensar a Escola não é tarefa fácil para os governantes, tendo em vista sua diversidade, tanto em razão das possibilidades de financiamento quanto da própria estrutura física existente e de sua possibilidade de ampliação para atender as demandas das suas comunidades. No entanto, além de ser uma obrigação legal pensar uma escola de qualidade é, ou deveria ser, um dos principais objetivos de todo governante para com sua comunidade.

Voltando à pergunta inicial, a maioria de nós conhece ou foi formado pela escola com uma estrutura conservadora, mas será que é esta a escola que de fato irá formar para a cidadania e apresentar o mundo do trabalho permitindo sua análise, compreensão e inserção na vida em sociedade? Defendo a opção de uma escola diferente, atualizada em seu tempo histórico e, mesmo que a estrutura dos prédios seja tradicional, o trabalho pedagógico dos seus profissionais necessita ser progressista e atenda aos interesses da sua comunidade.

A escola necessita de alegria, tanto dos seus estudantes, da sua comunidade, quanto dos seus professores, pois todos trabalham em razão da formação de novos cidadãos que compreendem a realidade social em que estão inseridos. Mas, ainda assim, as ações permitem a realização de críticas e a modificação desta realidade mais justa e inclusiva.

Partindo deste princípio, a escola não seria um local de aquisição de conhecimentos (que alguns pensam não ter sentido) e nem de rotinas. Seria o lugar para pensar novas formas de ensinar, estimular a criatividade que, com certeza, não estariam restritas a uma sala de aula, pois caberia aos professores explorarem os diversos espaços e instrumentos existentes na escola e, quando possível, fora dela para que a aprendizagem tivesse sucesso.

Para comemorar o Dia da Escola (15/03) nada melhor do que promover reflexões com a comunidade escolar sobre a estrutura da escola, permitir sonhar com espaços tecnológicos que deveriam fazer parte da sua realidade e refletir sobre as condições de trabalho e formação dos seus professores. E como resultado, encaminhar um relatório para a sua respectiva Secretaria de Educação para que seja possível pensar novas políticas públicas que visem a qualidade do ensino aos estudantes e para toda a população.



Marcos Aurélio Silva Soares - mestre em Educação e coordenador de Cursos de Pós-Graduação na área de Educação do Centro Universitário Internacional UNINTER

 

Mulheres à frente: elas são maioria entre chefes de família, mas enfrentam os maiores índices de desemprego no país


 

Nos últimos dez anos, 51% dos lares brasileiros passaram a ser chefiados por mulheres. Ao mesmo tempo, elas ainda precisam lutar mais para garantir o sustento de suas famílias e superar o desemprego acima da média nacional 

 

As mulheres são maioria na população brasileira, têm nível de escolaridade maior que os homens e assumiram a chefia de 51% dos lares brasileiros nos últimos dez anos, mas são elas também que enfrentam, ao lado das pessoas negras, o maior índice de desocupação no país, fechando 2023 com taxa acima da média nacional. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam um cenário que coloca as mulheres brasileiras em uma verdadeira corrida de obstáculos para conquistarem seus espaços, reflexo da construção social que ainda as desfavorece. 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua apontou que, no último trimestre de 2023, as mulheres registraram uma taxa de desemprego de 9,2%, enquanto os homens alcançaram o índice de 6%. Nem mesmo a maior escolaridade feminina — na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres tinham nível superior completo em 2019 e somente 15,1% dos homens tinham esta formação — tem sido capaz de equiparar o acesso aos postos de trabalho. Como extensão deste mesmo panorama, a desigualdade de renda no Brasil faz com que as mulheres recebam 26,2% menos que os homens.

 

“Não contrata mulher, ela vai engravidar” 

Uma pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou que, no Brasil, 84,5% das pessoas têm ao menos um preconceito contra mulheres. O estudo revelou ainda que 31% dos brasileiros acreditam que os homens têm mais direito ao trabalho do que as mulheres ou que homens fazem melhores negócios do que as mulheres. 

Para a orientadora de carreira da Refuturiza, Ellen Murray, os principais motivos que levam as mulheres a viverem a maior taxa de desemprego são, justamente, culturais. “Se você, mulher, é mãe, é questionada com quem deixa seu filho. Eu já ouvi: não contrata mulher porque se ela está casada, vai engravidar. 

‘Não vou te contratar porque você é mãe, você vai procriar’. É assim, você pode trabalhar, mas vai ter um piso salarial menor”, diz Murray. 

A especialista afirma ainda que o estigma de associar o trabalho como algo ‘difícil demais’ para a mulher que é mãe é a primeira barreira utilizada para não seguir com uma contratação. “É preciso enxergar que para a mulher sempre vai ser mais difícil, principalmente para a que tem filho, uma mãe solo. E é difícil porque a sociedade impõe que é, não porque ela vê assim. Eu sou mãe solo e para mim essa jornada [na carreira] é prazerosa, mas a sociedade impõe que é difícil’, aponta Ellen Murray. 

A cultura permeada pelo machismo e patriarcado é um fator destacado pela profissional como agravante para o desenvolvimento profissional das mulheres. “O mercado de trabalho ainda é muito machista, com ambientes onde a mulher sofre abusos, às vezes em um tom de brincadeira, uma olhada, e isso faz com que nós deixemos a área profissional de lado para nos dedicarmos dentro de casa. Assim acabamos reproduzindo aquela visão antiga de que a mulher serve somente para o trabalho doméstico”, destaca.

Como reflexo de uma sociedade que ainda privilegia os homens, Murray ressalta que a falta de oportunidades também dificulta o acesso das mulheres aos postos de trabalho. “A gente não tem as mesmas oportunidades, porque para você ser vista como um homem executivo é visto, por exemplo, tem que vestir uma persona que não é sua e, por mais que você tenha os mesmos conhecimentos e as mesmas competências, é dado um valor menor”.

Para mudar o cenário que desfavorece as mulheres, Murray defende que é preciso que as empresas entendam seu papel e seu lugar na agenda da diversidade. “Temos de entender o perfil de empresa que nós somos para que tudo flua e tenhamos colaboradores que compartilhem da mesma visão que a nossa.

Conhecendo a cultura da empresa e tendo paixão pela diversidade, é possível criar ações afirmativas considerando a história das pessoas”.

 

Iniciativas que transformam 

Diante do paradoxo que impacta as brasileiras — são a maioria entre chefes de família, mas têm a maior taxa de desemprego e menor renda —, oferecer alternativas de economia no dia a dia é um dos esforços do Cartão de TODOS, maior cartão de descontos em saúde, educação e lazer do país. “As mulheres são maioria em nossa base de filiados e pensar como podemos ajudá-las a enfrentar essa desigualdade é crucial. O cuidado com a saúde e educação da família tende a ser uma preocupação muito mais da mulher, por isso, a missão do Cartão de TODOS é facilitar o acesso a consultas médicas, exames, cursos e formações por meio de valores que cabem no bolso. Com a administração solidária, acreditamos que podemos gerar um impacto positivo para a população que mais precisa, e esse é nosso objetivo número um”, afirma Mariana Rangel, Diretora de Marketing do Cartão de TODOS. 

Com a inflação do país acelerando no mês de fevereiro — alta de 0,78%, mais que o dobro do que foi verificado em janeiro —, planos de saúde com previsão e reajustes de até 25% e a compra do mercado mais cara, em razão da alta nos preços do arroz, feijão e itens básicos na mesa do brasileiro, a conta não fecha para a mulher que chefia seu lar. “Pensar estratégias de economia doméstica para que essas mulheres consigam prover e cuidar de suas famílias é muito mais do que ‘fazer negócio’, é ser humano, buscando meios para amenizar e reparar uma situação que é, desde sempre, desigual”, afirma Rangel.


Elas são potência 

Líderes sobrecarregadas na economia do cuidado, as mulheres são responsáveis por 65% do trabalho doméstico e de cuidado com seus dependentes. 

Este trabalho invisível, se contabilizado, subiria o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 8,5%, de acordo com pesquisa do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Elas são indispensáveis e se destacam em casa e no mercado de trabalho, potências que movimentam a economia do país. 

Vislumbrando uma outra realidade, Ellen Murray acredita que é possível romper com o círculo cultural vicioso que há tanto tempo — e desde sempre — silencia as mulheres. “Podemos enxergar um lado positivo: estamos nos

posicionando cada vez mais e isso é muito importante. Então eu torço e acredito muito — porque se eu não acreditasse, acho que não trabalharia mais nessa área [de recrutamento e pessoas e cultura] — que daqui há uns cinco ou seis anos, a gente não vai ter ainda esse ambiente de igualdade, porque é uma questão social e cultural e nós precisamos romper com tudo isso, mas vamos conseguir nos desenvolver sim”. A especialista acrescenta ainda que “não fomos criadas e preparadas para o mercado de trabalho, mas já conseguimos romper com isso, porque a criação da geração de hoje é totalmente diferente, coisas que nós passávamos, essa geração não precisa mais passar e ainda bem”. 

Para Mariana Rangel, o desejo para este 8 de Março é que cada mulher conquiste um presente e futuro que impulsione sua potência. “Neste Dia da Mulher, em meio a obstáculos e desafios, o objetivo é poder construir vivências mais justas, para que nossa capacidade, nosso preparo e nossa atuação sejam reconhecidos e abram espaço para novas oportunidades. Conquistamos muito, mas podemos e vamos conquistar ainda mais”, afirma Rangel.

 

Cartão de TODOS


Estado de São Paulo mantém liderança na produção de frutas do Brasil

Em 2023, a produção paulista de fruticultura foi de 14,5 milhões de toneladas. Frutas como laranja, limão, banana e abacate colocam o estado como referência nacional no setor

 

O Estado de São Paulo é líder disparado no cultivo de frutas no País. De acordo com os dados levantados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA - APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a produção paulista em 2023 foi de 14,5 milhões de toneladas. Vale destacar que o Brasil é o terceiro maior produtor do mundo, neste segmento, ficando atrás somente da China e da Índia. 

As culturas que colocam São Paulo como protagonista na fruticultura brasileira, ficam por conta da laranja (10,6 milhões de toneladas), do limão (1,2 milhão de toneladas), da banana (1,12 milhão de toneladas), do abacate (192,16 mil toneladas), e do caqui (84,23 mil toneladas). 

Para este ano, a estimativa da produção, em geral, no estado, não deverá superar ao que foi obtido, em 2023. Entretanto, algum setor, individualmente, poderá ter resultado acima do esperado. “O segmento das frutas é bastante amplo e possui comportamentos diferentes para cada cultura. No geral, não há sinais de grandes alterações na área de produção para 2024. Segundo dados divulgados pelo Hortifruti/Cepea, o abacate vem apresentando demanda crescente e possibilidade de aumento na produção”, destacou a assessora técnica do Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), Marina Marangon. 

Ainda, segundo a assessora técnica da FAESP, as variações climáticas e o poder aquisitivo do produtor rural são alguns dos fatores determinantes para manter a produtividade no campo. “O clima continua sendo uma preocupação, assim como já observado em 2023, o primeiro semestre ainda com atuação de El Niño resulta em temperaturas elevadas no Sudeste, que podem afetar a safra e a qualidade dos frutos. Além disso, os custos de produção, apesar de terem apresentado um arrefecimento em 2023, ainda se encontram em patamares elevados e restringem os investimentos por parte dos produtores”, concluiu Marina Marangon.

 

Do campo para o comércio sem fronteiras 

Além de produzir e abastecer o mercado nacional, a produção paulista de fruticultura também possui participação significativa no comércio exterior. Só o setor citrícola exporta o equivalente a mais de US 2 bilhões por ano. São cerca de 9,6 mil propriedades, que geram 200 mil empregos no estado, aponta o relatório do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). 

Para manter este cenário na cadeia produtiva de citros, o governo de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), lançou uma campanha para conscientização sobre a importância do combate ao Greening, praga que atinge plantações de laranja e de outros cítricos e que pode comprometer a produção paulista se não for contida. 

Em outubro de 2023, a CDA criou um canal direto para que os produtores rurais possam denunciar casos de pomares abandonados ou mal manejados. A medida visa conter o avanço da doença. “Desde o lançamento do canal recebemos e já iniciamos o atendimento de 65 denúncias, onde já tivemos sucesso na erradicação de plantas doentes”, comenta Danilo Romão, engenheiro agrônomo e gerente do Programa Estadual de Pragas Quarentenárias Presentes. 

Vale destacar que a produção da fruticultura paulista vem se expandindo e ganhando referência no cenário internacional. Prova disso é que São Paulo sediará, em abril, pela primeira vez, a Fruit Attraction 2024, considerada uma das principais feiras do setor no mundo. 

A Secretaria de Agricultura participará ativamente do evento, com todo o corpo técnico para atender os visitantes. “Vamos mobilizar os pequenos produtores para que possamos engajá-los a participar deste grande marco. O Brasil é um país de grandes oportunidades e queremos mostrar isso aos produtores”, disse o secretário executivo da SAA, Edson Fernandes.


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