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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Novembro Azul

 Câncer de próstata: mitos e verdades que você precisa saber 

No mês de conscientização sobre a doença, urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece as principais dúvidas e orienta sobre a importância do diagnóstico precoce 

 

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum no país, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em 2020, quase 16 mil brasileiros morreram com a doença e, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), são estimados 71.730 novos casos da doença no país para o triênio de 2023 a 2025. 

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura, que podem chegar a 90%, segundo o Inca. Por isso, criou-se o Novembro Azul, uma campanha que visa alertar a população sobre a necessidade de realizar exames periódicos e cuidar da saúde de forma integral. 

No entanto, há muitas dúvidas, medos e preconceitos em relação ao câncer de próstata e aos seus métodos de detecção. Pensando nisso, o Dr. Carlo Passerotti, coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, esclarece quais são os mitos e verdades sobre o assunto:


1. O câncer de próstata é uma doença exclusiva entre homens idosos.

Mito

O câncer de próstata pode ocorrer em homens de qualquer idade, mas é mais frequente a partir dos 50 anos, podendo ocorrer até mesmo antes dos 40 anos. Aproximadamente 62% dos casos são diagnosticados em pacientes acima dos 65 anos, portanto a vigilância deve começar mais cedo. Além disso, fatores como familiares e obesidade podem aumentar o risco da doença.

 

2. Minha família não tem antecedentes de câncer de próstata, portanto minhas probabilidades de desenvolver essa doença são muito baixas.

Mito

Apesar de um histórico familiar positivo dobrar as chances de ter a doença, cerca de 85% dos casos ocorrem em homens sem parentes com câncer de próstata. Hábitos alimentares, obesidade e estilo de vida, além também de idade, pode determinar o aparecimento da neoplasia. Portanto, todo homem deve ficar atento aos sinais e fazer os exames recomendados pelo médico.


3. A ausência de qualquer sintoma indica a ausência de câncer de próstata.

Mito

O câncer de próstata é uma doença silenciosa, que geralmente não apresenta sintomas iniciais. Quando eles surgem, podem ser confundidos com outras condições, como infecção urinária ou hiperplasia benigna da próstata. Os sintomas mais comuns são: dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou interrompido, urgência para urinar, dor ou ardor ao urinar, sangue na urina ou no sêmen, dor na região pélvica ou lombar e disfunção erétil. Portanto, é essencial realizar exames regulares.

 

4. O exame de PSA, somente, é capaz de identificar a presença de câncer de próstata.

Mito

O exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) é um teste sanguíneo que avalia os níveis desse antígeno no sangue, o qual é produzido naturalmente pelo tecido prostático e está presente tanto na corrente sanguínea quanto no sêmen. É importante destacar que o PSA pode estar elevado em diversas situações, como infecções, inflamações ou crescimento benigno da próstata. 

Portanto, um nível elevado de PSA por si só não é suficiente para diagnosticar o câncer de próstata, mas serve como um forte indicativo para a realização de outros exames. Por outro lado, um PSA baixo não descarta completamente a possibilidade de câncer de próstata, sendo necessário considerar outros fatores e realizar uma avaliação médica completa para obter um diagnóstico preciso.

 

5. Um nível elevado de PSA pode garantir, a presença de câncer de próstata.

Nem sempre

Como já mencionado, o PSA pode estar alto por outros motivos que não o câncer. Além disso, existem casos em que o PSA está normal e o homem tem câncer de próstata. Por isso, é importante avaliar outros fatores, como idade, histórico familiar e resultados anteriores do PSA.

 

6. Ter um nível baixo de PSA não implica necessariamente a ausência de câncer de próstata.

Nem sempre

Cerca de 15% dos homens com níveis normais de PSA têm câncer de próstata. Além disso, alguns tumores de próstata podem não produzir PSA ou produzir em quantidades muito baixas, dificultando a sua detecção.

 

7. O exame de toque retal é necessário mesmo quando o PSA é realizado.

Verdade

O exame de toque retal é um procedimento simples, rápido e indolor, para palpar a próstata e verificar se há alterações em seu tamanho, forma ou consistência. Ele é essencial para complementar o exame PSA, pois permite identificar lesões que podem não ser detectadas pelo teste de sangue. Além disso, ele pode ajudar a definir a necessidade e a localização da biópsia da próstata, que é o único exame capaz de confirmar o diagnóstico de câncer. Portanto, ambos os exames devem ser realizados juntos para uma detecção eficaz, uma vez que são complementares.

 

8. Manter ou não uma vida sexual ativa, usar cueca apertada ou passar muito tempo sentado provoca câncer de próstata.

Mito

Esses fatores não têm nenhuma relação com o desenvolvimento de tumores de próstata. O que pode influenciar o risco da doença são hábitos como tabagismo, alcoolismo, alimentação inadequada e sedentarismo. Inclusive, alguns estudos indicam que uma vida sexualmente ativa pode até reduzir o risco de neoplasia de próstata.

 

9. Não há sintomas de câncer de próstata em estágio inicial.

Verdade

Normalmente, isso é verdade. No entanto, alguns homens podem apresentar sintomas urinários devido ao envelhecimento e ao aumento da próstata, que ocorre com o passar dos anos. Sintomas como dificuldade miccional, aumento da frequência urinária, esvaziamento incompleto e acordar durante a noite para urinar podem ocorrer simultaneamente e causar confusão, podendo ser decorrentes da hiperplasia benigna da próstata. Portanto, é importante consultar um médico urologista para esclarecer a causa dos sintomas e realizar os exames adequados.

 

10. O câncer de próstata não é curável.

Mito

O câncer de próstata tem cura sim, desde que seja diagnosticado precocemente e tratado adequadamente, as chances chegam a 90% de cura. Existem diversas opções de tratamento para o câncer de próstata, como cirurgia, radioterapia, braquiterapia, hormonioterapia e quimioterapia. A escolha do tratamento depende do estágio da doença, das características do tumor, da idade e das condições clínicas do paciente. O objetivo do tratamento é eliminar o tumor, preservar a função sexual e urinária e evitar as complicações da doença.

 

11. Não existe prevenção para o câncer de próstata.

Verdade, porém

Não existe uma forma de prevenir o câncer de próstata, mas existem medidas que podem reduzir o risco ou facilitar a detecção precoce da doença. Entre elas estão: manter uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras e cereais integrais; diminuir a gordura da dieta e ingerir alimentos que contenham licopeno (tomate); praticar atividade física regularmente; evitar o consumo excessivo de álcool; não fumar; realizar consultas médicas periódicas e fazer os exames de rastreamento conforme a orientação do médico.

 

12. Traumas na região peniana aumentam os riscos de câncer de próstata.

Mito

Não há evidências científicas que comprovem essa relação. Os traumas na região peniana podem causar dor, sangramento, infecção ou deformidade do órgão, mas não aumentam o risco de câncer de próstata.

 

13. Transexuais femininas precisam fazer exame de próstata.

Verdade

Sim. Mulheres transgênero, travestis e pessoas não binárias também devem fazer os exames de próstata conforme a recomendação médica. Isso porque elas ainda têm a glândula prostática e podem desenvolver câncer nela. O uso de hormônios femininos pode reduzir o tamanho da próstata e os níveis de PSA, mas não elimina totalmente o risco da doença.

 


Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Link


TRATAMENTO PARA CÂNCER DE BEXIGA APRESENTA QUEDA DE 53% NO RISCO DE MORTE E 55% NA PROGRESSÃO DA DOENÇA, APONTA ESTUDO

 

Combinação de duas terapias se mostrou mais eficiente que a quimioterapia em primeira linha no tratamento dos pacientes com carcinoma urotelial metastático

 

Um tratamento para câncer da bexiga apresentou queda de 53% no risco de morte e 55% no risco de progressão da doença, em comparação à quimioterapia padrão, em primeira linha de tratamento para todo perfil de paciente com tumor metastático¹. Os dados foram apresentados na ESMO, o Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica, um dos eventos mais importantes da especialidade, que aconteceu em Madri, Espanha, no final de outubro. Esta indicação ainda precisa ser aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

O estudo fase III, randomizado e multicêntrico foi realizado com quase 900 pessoas, e comparou o uso combinado de enfortumabe vedotina com pembrolizumabe (EV+P) versus o tratamento quimioterápico padrão de primeira linha para pacientes com câncer de bexiga metastático¹. O EV é uma terapia inovadora, da classe dos anticorpos conjugados a droga (ADC), tecnologia que vem se destacando em eventos médicos pelo potencial contra diversos tumores avançados e refratários, como câncer de mama, ovário, pulmão e esôfago. 

“Neste caso, o estudo apresentou um avanço que não era observado há muitos anos. A adoção desse protocolo pode mudar a forma como o câncer de bexiga metastático é tratado”, afirma o Dr. Diogo Rosa, oncologista do Grupo Oncoclínicas. 

A mortalidade do câncer de bexiga se aproxima de 5 mil pessoas por ano em todo o Brasil, sendo que mais de 11,3 mil novos casos devem ser registrados entre 2023 e 2025, a cada ano, conforme estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Dor ao urinar, sangue na urina, aumento da frequência urinária e urgência para urinar estão entre os principais sintomas, que devem ser investigados havendo ou não histórico familiar². 

O tabagismo é um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença, embora seja um fator evitável. O câncer é mais incidente em homens brancos, com idade acima de 65 anos, além de pessoas expostas a componentes químicos como azocorantes, benzeno e benzidina, poeira de metais e agrotóxicos. A detecção precoce pode ser feita com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença².

 

Uso ampliado

O produto está aprovado pela ANVISA desde o Mai/2022 e, no último dia 30 de outubro, teve sua indicação de uso ampliada pela Agência. Com a mudança, o tratamento que era restrito para pacientes que já tivessem recebido uma ou mais linhas de tratamento prévio, agora podem receber enfortumabe vedotina em combinação com pembrolizumabe pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático, em primeira linha de tratamento, desde que inelegíveis para quimioterapia a base de cisplatina ³.

 


ADIUM


Referências:

Open-Label, Randomized Phase 3 Study of Enfortumab Vedotin in Combination with Pembrolizumab vs Chemotherapy in Previously Untreated Locally Advanced or Metastatic Urothelial Carcinoma. LBA6 – Oral presentation ESMO 2023

INCA. Link. Acesso em 24/10/2023.

Diário Oficial da União (DOU), resolução nº 4064 de 26 de outubro de 2023. Edição nº 206, de 30 de outubro de 2023.

Como a ISO 45001 pode transformar o cenário do burnout no Brasil?



A International Stress Management Association (ISMA) recentemente divulgou um dado alarmante: 30% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout, uma síndrome associada à exaustão extrema, estresse e esgotamento decorrentes de um excesso de trabalho e situações desgastantes relacionadas a ele. Essa estatística posiciona o Brasil como o segundo país com o maior número de casos no mundo, ficando apenas atrás do Japão com 70%. 

No ano passado, o distúrbio recebeu o código QD85 na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), o que permite um afastamento remunerado de até 15 dias para os afetados. Essa classificação oficial sublinha a gravidade do problema e a necessidade de abordá-lo. 

Nesse contexto, a norma ISO 45001, desenvolvida pela International Organization for Standardization, se mostra como um instrumento importante. Ela não apenas direciona a prevenção de riscos físicos no ambiente de trabalho, mas também aborda cuidados acerca da saúde mental dos colaboradores. 

Essa norma propõe a identificação dos fatores que influenciam o estresse dos trabalhadores, promovendo estratégias para mitigar essas situações. Além disso, incentiva a criação de uma cultura que valorize os colaboradores, incentivando uma comunicação aberta e a adoção de serviços de apoio à saúde mental. 

Essa pesquisa nos acende um alerta sobre a urgência de implementar estratégias eficazes de gerenciamento do estresse e promover um ambiente de trabalho saudável. O burnout não apenas afeta a saúde e bem-estar dos profissionais, mas também tem um impacto significativo na produtividade e no desempenho das organizações. 

A ISO 45001 é aplicável a organizações de todos os setores e tamanhos, e pode ser facilmente integrada com outros padrões ISO, como a ISO 9001 e ISO 14001. Além de proporcionar um processo de melhoria contínua através da metodologia Plan, Do, Check, Act (PDCA) - planejar, fazer, checar e agir. 

Para obter a certificação, após a implementação da norma, a organização deve contatar um organismo certificador, que realizará uma auditoria para validar a conformidade com os requisitos. Posteriormente, será emitido um certificado de conformidade ISO 45001, válido por três anos, com auditorias anuais de acompanhamento. 

A organização que opta por essa norma precisa saber que é um processo permanente, precisando se comprometer com a manutenção e melhoria constante do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional. Para isso, o envolvimento de todas as partes da empresa é essencial para garantir o sucesso e, consequentemente, aumentar o bem-estar dos colaboradores. 

A ISO 45001 oferece não apenas um caminho para a conformidade, mas uma abordagem abrangente para a saúde e bem-estar dos colaboradores, destacando-se como uma ferramenta crucial na luta contra o burnout e na criação de ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.

 

Paulo Bertolini - diretor-geral da APCER Brasil, uma empresa de origem portuguesa, reconhecida mundialmente como um dos principais prestadores de serviços de certificação, auditoria a fornecedores, auditoria interna e treinamento. A organização oferece soluções de valor a instituições de qualquer setor de atividade, permitindo que se diferenciem em um mercado cada vez mais complexo e em constante mudança. Conheça mais sobre os serviços oferecidos no site da APCER.


TCS desenvolve a primeira réplica virtual de coração humano com a tecnologia Digital Twins

Solução oferece dados personalizados sobre a saúde cardiovascular, detalhando seu funcionamento e eficiência
 

A Tata Consultancy Services (TCS), empresa global de consultoria e TI, anunciou a criação do TCS Digital Twin Heart, a primeira réplica virtual de um coração humano criada com a tecnologia Digital Twins. Des Linden, campeã da Maratona de Boston e duas vezes maratonista olímpica, será a primeira pessoa a usar a solução, projetada para impulsionar o desempenho atlético e proporcionar cuidados de saúde personalizados. 

O Digital Twin Heart oferece dados precisos sobre o coração humano, detalhando seu funcionamento, eficiência e resposta a condições variadas. Além disso, a ferramenta oferece insights exclusivos sobre sua saúde cardiovascular ao longo dos treinamentos, o que representa um salto significativo na integração da tecnologia, ciência do esporte e saúde. 

A tecnologia digital twin tem o potencial de transformar a forma como os atletas de elite treinam, competem e cuidam da saúde. Demonstrando as vantagens de uma saúde e um bem-estar personalizados, a solução engloba uma gama de recursos inovadores:
 

1. Monitoramento em tempo real: Um coração gêmeo digital pode monitorar continuamente parâmetros cardiovasculares, incluindo frequência cardíaca, fluxo sanguíneo e níveis de oxigênio, fornecendo feedback instantâneo durante a atividade física. Esses dados em tempo real capacitam os atletas a tomar decisões bem embasadas sobre seu treinamento, recuperação e estratégia de corrida.
 

2. Simulações: Permite também um número infinito de simulações com vários cenários de treinamento. Ao simular o futuro no mundo digital, um atleta pode se preparar para o desempenho máximo no mundo real, independentemente das condições do dia da corrida.
 

3. Saúde Personalizada: O Digital Twin Heart representa a convergência da ciência do esporte e da medicina personalizada. Os insights coletados de uma pessoa podem permitir o desenvolvimento de intervenções individuais de saúde e planos de tratamento.
 

"O esporte e a tecnologia têm um tremendo poder de se unir e mudar vidas. O Digital Twin Heart de pode otimizar seu treinamento, desempenho e recuperação, mas essa tecnologia é importante por razões muito além do esporte, podendo desencadear uma revolução na saúde pessoal. Com as doenças cardíacas sendo a principal causa de morte nos EUA, por exemplo, é mais importante do que nunca inovar técnicas para manter os corações saudáveis" explica Debashis Ghosh, Presidente de Life Sciences and Healthcare Business Group da TCS. 

A tecnologia de Digital Twins (gêmeos digitais) está pronta para transformar a forma como os atletas de elite treinam, competem e gerenciam sua saúde, ao mesmo tempo em que demonstram o poder e o potencial da saúde e do bem-estar personalizados. 

"A ferramenta não apenas fornecerá insights exclusivos sobre a saúde e o desempenho do coração, mas também pode abrir caminho para futuros atletas e indivíduos otimizarem sua saúde e bem-estar. A tecnologia Digital Twin Heart tem o potencial de tornar o treinamento de todos tão discado e pode inspirar mais pessoas a correr," afirma a maratonista Des Linden. 

Tata Consultancy Services - organização de serviços de TI, consultoria e soluções de negócios que tem feito parceria com muitas das maiores empresas do mundo em suas jornadas de transformação por mais de 55 anos. A TCS oferece um portfólio integrado liderado por consultoria, impulsionado pela cognição, de serviços e soluções de negócios, tecnologia e engenharia. Isto é fornecido por meio de seu modelo de entrega Localização Independente Ágil™, reconhecido como uma referência de excelência em desenvolvimento de software. 

  

Hospitais do Futuro: conheça as principais tendências que já impactam a saúde do presente e outras novidades para o setor

Executivo da FCamara elenca tecnologias que vêm transformando o mindset do segmento de saúde

 

A saúde vem sofrendo transformações substanciais por meio da tecnologia, e até mesmo o modelo de atendimento dos hospitais sentiu o impacto da digitalização e da automação dos processos nos últimos anos. A virada de chave está nos modelos preventivos, capazes de identificar riscos antes que eles se tornem problemas graves, e no maior controle de performance dos cuidados com os pacientes, que garantirão abordagens assertivas e estratégicas. 

“O foco está em antecipar riscos à saúde, evitar que as pessoas fiquem doentes a partir de uma mudança comportamental e, especialmente, prover um maior alcance do cuidado. Ou seja, a ideia é democratizar a saúde a ponto de proporcionar mais qualidade de vida para um número maior de pessoas, não importando onde vivem ou estejam”, afirma Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios. 

Nesse sentido, Moraes afirma que o hospital do futuro, ou hospital digital, irá muito além de remediar e trabalhar o assistencial. “Para que essas mudanças aconteçam, é necessário implementar modelos mais inteligentes, eficientes e, principalmente, mais escaláveis, diferentemente do que vemos nos modelos de saúde tradicionais. Esse é o momento, portanto, de se buscar uma boa interoperabilidade de dados, automatização de processos, decisões baseadas em dados, implantação de tecnologias e tudo que proporcione uma experiência centrada no paciente”, aponta. 

O especialista elenca ainda três grandes tendências trazidas pelos hospitais do futuro, que beneficiam tanto pacientes quanto profissionais. Confira:

 

1 - Hospital-at-Home

Nesse conceito, a tecnologia é aplicada diretamente na casa do paciente. Como exemplos práticos, temos o monitoramento de sinais vitais por meio de wearables, assistência por telemedicina para conversas da equipe médica com pacientes e seus familiares, sistemas de alarme e câmeras móveis.

“É a transcendência do cuidado físico. Leva-se o cuidado e a saúde para onde quer que as pessoas estejam, inclusive em casa. Com isso, também ressignificamos o valor dos leitos hospitalares, pois transformamos a casa dos pacientes em leitos de baixa complexidade”, explica Marcos. 

Não será necessário deslocar-se a uma unidade médica para consultas de acompanhamento ou monitoramento de condições crônicas. Afinal, os Hospitais do Futuro permitirão que os pacientes sejam cuidados também no conforto de seus lares, tornando o atendimento personalizado, ágil e acessível.

 

2 - Robôs autônomos

A automatização completa dos sistemas de pedidos de suprimentos e rastreamentos otimizam a velocidade do atendimento. “Os robôs autônomos recebem e preenchem pedidos de suprimentos médicos 24 horas por dia, o que diminui o tempo de execução desse serviço e libera os profissionais para dedicarem mais tempo aos pacientes”, pontua o especialista.

 

3 - Alta interoperabilidade

A interoperabilidade é a capacidade de comunicação entre diferentes sistemas, para que trabalhem de forma integrada, agregando e processando informações de diferentes fontes. Exemplos práticos são os prontuários digitais, que podem receber atualizações de diferentes softwares envolvidos no cuidado do paciente, e os sistemas personalizados de leitos, que dão ao visitante enfermo a autonomia para mudar a temperatura da sala, se comunicar com médicos e enfermeiros, acessar seu histórico de saúde, entre outras ações. 

“As tecnologias do hospital também ficam 100% integradas, facilitando o acesso a dados, para que sejam usados a qualquer momento. Ao ter todo o histórico de saúde do paciente acessível em um só lugar, desde exames, sinais vitais, alimentação, vacinas e comportamento, os provedores de saúde conseguem ter uma visão 360º de toda a situação e conseguem oferecer um diagnóstico e um cuidado mais assertivos”, prossegue Moraes.

 

4- Telemedicina
Devido à implementação cada vez maior do atendimento in-house, serão utilizadas mais tecnologias para realizar o cuidado remoto dos pacientes. Sendo assim, podemos citar as teleconsultas, telediagnóstico, teleinterconsultas, entre outras ramificações do universo da telemedicina.

 

5- Wearables

Esses dispositivos vestíveis serão usados para o monitoramento 24/7 das pessoas. Como resultado disso, o cuidado hospitalar poderá ser levado não apenas para casa, como nos atendimentos in-house, mas para onde quer que as pessoas estejam, seja ainda no trabalho ou no lazer. A partir desses devices, os agentes de saúde poderão receber alertas de riscos e agir de forma preventiva, tomando decisões baseadas nos indicadores monitorados.


 

6- IA & Modelos Data Driven

Assim como em vários setores, o de saúde também tem sido modificado pela inteligência artificial. Ela será a base para melhorar as tomadas de decisões clínicas e principalmente proporcionar diagnósticos médicos. Afinal, a partir de modelos data driven, os hospitais conseguirão usar os dados de forma estratégica. Logo, também será possível auxiliar os profissionais de saúde a desempenharem seu papel de maneira ainda mais acertada, potencializando suas ações.

 

7- Metaverso

Essa tecnologia, em união com as tecnologias de realidade virtual e aumentada, será gradualmente mais utilizada no universo hospitalar. Sua aplicação se tornará crucial para realizar e otimizar o treinamento de profissionais médicos, simulações clínicas e processos preparatórios para cirurgias de alta complexidade.

  

FCamara

Mirtilo: a fruta que impede o acúmulo de gordura da idade e promove melhora geral da saúde


Especialista destaca os diversos benefícios do consumo de mirtilo, tanto para a saúde, quanto para pele; Emagrecimento, melhora da circulação sanguínea, proteção do DNA do corpo e aumento do colágeno são alguns dos efeitos benéficos da fruta
 

 

Frutas, legumes e vegetais, em geral, trazem diversos benefícios para a saúde. Cada um com suas propriedades e nutrientes beneficiam diferentes áreas do corpo. Mas existem alguns alimentos que são praticamente completos nesse quesito, como é o caso do mirtilo (também conhecido como blueberry, em inglês).

Pequena, mas poderosa, a fruta possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que proporcionam um combo perfeito para a saúde e, também, para a pele. “Rico em vitaminas A, B, C e K, em sais minerais (como o cálcio, cobre, ferro, fósforo, magnésio, manganês, potássio e zinco), além de ser uma fonte natural de flavonoides, resveratrol e antocianidinas, que são substâncias que combatem os radicais livres, anti-inflamatórias e anticancerígenas, o mirtilo previne diversas doenças e ainda combate o envelhecimento precoce”, explica Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia.


Principais benefícios para a saúde 

  • Emagrecimento - Um benefício dessa fruta que é pouco falado, é que ele contribui com o emagrecimento. “O consumo de mirtilo impede o acúmulo de gordura proveniente da idade. Conforme envelhecemos, o nosso metabolismo vai ficando mais lento e, assim, temos mais dificuldade para emagrecer. Por ser baixo em calorias, rico em água e fibras, o consumo do mirtilo contribui com o aumento da saciedade, diminui a sensação de inchaço e facilita a digestão”, ressalta o farmacêutico.

  • Circulação sanguínea – O mirtilo ainda é um potente ativo que ajuda a regular o açúcar no sangue e a estimular sua circulação, fazendo com que nosso organismo trabalhe melhor. “Por ser rico em antocianinas, um tipo de antioxidante que ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir a resistência à insulina, o consumo do mirtilo, além de prevenir a obesidade, ainda previne o surgimento de doenças como diabetes tipo 2”, explica.

  • Benefícios para o coração e controle da hipertensão – Por ser rico em antioxidantes, o mirtilo contribui com a redução do ‘colesterol ruim’ e, desta forma, previne doenças cardíacas. “Em estudos realizados com mais de 80 mil enfermeiras, descobriu-se que o consumo de mirtilo diminuiu em 32% o risco de ataques cardíacos. Esse dado foi creditado à maior ingestão de antocianinas, um dos principais antioxidantes do mirtilo. Outro estudo também apontou que, por ser rico em flavonoides, o mirtilo pode contribuir com a redução da pressão arterial e com os níveis de colesterol, o que, consequentemente, diminui também o risco de problemas cardíacos”, ressalta o especialista.

  • Melhora da visão – A fruta também é conhecida por seus benefícios para condições oculares, como a catarata, a retinopatia, a degeneração macular (perda de visão no centro do campo visual, devido a danos na retina) e visão noturna. “Um dos benefícios da antocianina, é justamente a capacidade de reverter ou evitar problemas oculares, principalmente, quando falamos sobre perda de visão relacionada à idade ou fadiga muscular, que pode ocorrer por conta do uso excessivo de computadores e celulares”, diz Dr. Maurizio.

  • Prevenção contra o câncer – Outro benefício bastante conhecido do consumo do mirtilo, é a prevenção contra o câncer, já que a fruta possui grandes quantidades de compostos fenólicos, ou seja, potentes antioxidantes com propriedades anticancerígenas que atuam diminuindo o estresse oxidativo do organismo. “Desta forma, o consumo do mirtilo evita danos ao DNA do nosso corpo e, assim, inibe a proliferação das células cancerosas. Segundo estudos, o mirtilo oferece propriedades que são capazes de promover a apoptose (morte celular) em células cancerosas e, ainda, pode promover a redução da invasão dessas células e, consequentemente, as metástases no organismo”, explica o farmacêutico.

  • Melhora da capacidade cognitiva e função cerebral – Sabemos que o estresse oxidativo pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro e, assim, afetar suas funções. Porém, os antioxidantes encontrados no mirtilo podem beneficiar neurônios envelhecidos e áreas do cérebro essenciais para a inteligência, aumentando a capacidade de memória e prevenindo o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. “Estudos apontam que o consumo diário de suco de mirtilo por idosos com comprometimento cognitivo leve, tiveram melhorias em diversas áreas da função cerebral com apenas 12 semanas de testes”, destaca.

  • Prevenção de infecção urinária – Por suas propriedades antibacterianas, o mirtilo também é um grande aliado na prevenção e no tratamento da infecção urinária. “A fruta possui compostos que impedem que as bactérias fiquem aderidas ao trato urinário. Desta forma, seu consumo ajuda a impedir que bactérias (especialmente a Escherichia coli) se liguem à parede da bexiga e causem infecções”, afirma o especialista.

E os benefícios do mirtilo para a saúde não param por aí. Por ser uma fruta com tantas propriedades benéficas, o consumo do mirtilo ainda pode contribuir com:

  • Fortalecimento do sistema imunológico;
  • Diminuição do acúmulo de gordura no fígado;
  • Melhora do trato gastrointestinal;
  • Auxílio no tratamento de doenças como artrite e artrose;
  • Contribui com a recuperação muscular após exercícios físicos;
  • Melhora do humor e sensação de bem-estar.

 


Benefícios para a pele

E não bastasse a fruta promover tantas melhorias para a saúde do corpo, ela também é conhecida por seus benefícios para a pele e para o cabelo. Entre os principais, podemos destacar os seguintes:

  • Combate ao envelhecimento precoce – Por ser rico em antioxidantes e em propriedades anti-inflamatórias, o mirtilo contribui com a formação de colágeno e previne contra os radicais livres, principais causadores de rugas e sinais de envelhecimento.
  • Prevenção e tratamento da acne – Por possuir alta concentração de salicilatos (propriedade muito utilizada em produtos tópicos para tratamento de acne), o mirtilo beneficia na redução da pele morta, na limpeza de poros entupidos e ainda é um forte combatente da proliferação de bactérias. Além disso, o mirtilo é rico em fibra, propriedade que ajuda a ‘expulsar’ leveduras e fungos do corpo na forma de excreções e, quando isso não acontece, essas excreções saem através da pele, o que pode resultar em erupção cutânea e acne.
  • Melhora do colágeno – Por ser rico em vitamina A e C, o consumo do mirtilo estimula a criação de colágeno e elastina, proporcionando uma pele mais firme e rejuvenescida.
  • Benefícios capilares – O mirtilo ajuda a estimular o crescimento dos fios capilares e, por ser rico em vitamina B, o mirtilo também pode prevenir e atrasar o surgimento de cabelos brancos que, apesar de ainda não se ter informações sobre o motivo do grisalho precoce em algumas pessoas, é sabido que a deficiência de vitamina B12 pode causar esse tipo de condição.

Consumo do mirtilo

Mesmo sendo uma fruta tão completa para a saúde, seu consumo não precisa ser exagerado para garantir todos os benefícios citados acima. “O consumo do mirtilo pode ser feito com a fruta pura, ou mesmo em sucos, vitaminas e em diversas receitas. No Brasil, por não ser o país de origem do mirtilo, encontramos essa fruta com mais facilidade em formato de suplementos”, explica Dr. Maurizio Pupo.

“Ainda é importante ressaltar que o consumo da fruta natural não deve ultrapassar de 60g a 120g. Estudos apontam que o consumo diário de 50g já é suficiente para o nosso corpo absorver todas as propriedades benéficas do mirtilo. De qualquer forma, ter o acompanhamento de um nutricionista é sempre indicado para obter os melhores resultados de acordo com as necessidades do organismo de cada um”, finaliza o farmacêutico.

 

 

Dr. Maurizio Pupo - farmacêutico ítalo brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, DIFENDIOX® OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos ADA TINA.

PARA EVITAR LESÕES: ESPECIALISTA EXPLICA PORQUÊ E COMO FORTALECER O NÚCLEO DO CORE

Imagem ilustrativa. Créditos: Freepik
“O fortalecimento do core é essencial para garantir o bem-estar e evitar lesões durante o treino” é o que diz Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral de Guarulhos

 

Você já se perguntou qual é o segredo para ter um corpo forte, ágil e livre de dores nas costas? A musculatura do core, que engloba os músculos abdominais, desempenha um papel importante na estabilização e no suporte de quase todos os movimentos do corpo, proporcionando um suporte fundamental para a coluna vertebral, a pelve e a cadeia cinética durante as atividades diárias.
 

De acordo com Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral de Guarulhos, quando a musculatura do core está enfraquecida, o risco de desenvolvimento de dor na lombar aumenta significativamente. “A falta de ativação da musculatura do corpo durante os movimentos funcionais, pode sobrecarregar outras articulações além da coluna e também pode estar envolvido num mecanismo de lesão dependendo do movimento”, explica.
 

O fisioterapeuta também salienta que aquecimentos e alongamentos feitos de forma correta antes dos treinos podem ser essenciais. “A grande maioria das lesões poderiam ser evitadas com a ajuda de exercícios especializados para fortalecer o núcleo. Uma sugestão é que o atleta comece seu treino com exercícios como o dead stop pushup, abdominal com rolo ou mountain climbing. Essas opções são simples de executar e bem conhecidas, contribuindo não apenas para a eficácia do treino, mas também para a redução das dores nas costas” pontua Sampaio.
 

Portanto, é de essencial não subestimar a inclusão de exercícios destinados ao fortalecimento do core em suas rotinas de treinamento, para isso, conheça mais sobre os exercícios indicados pelo fisioterapeuta e saiba como fazê-los.
 

1- Dead stop pushup

Realize uma flexão de braço de maneira clássica, mas com um movimento que começa desde a posição inicial, desafiando o núcleo e ampliando a mobilidade e estabilidade do ombro. Siga estas etapas para uma execução precisa:

  • Deite-se de bruços com o peito e a barriga no chão, mantendo as mãos e os pés elevados. Realize o movimento de flexão de forma convencional, elevando o corpo com os braços e pernas esticadas. Ao retornar, encoste o peito e a barriga no chão, voltando à posição inicial, e repita o número de repetições típicas da série.

2- Abdominal no rolinho

O rolo pode ser empregado para esticar os músculos na área estável dos ombros com uma ênfase adicional na flexão. Neste exercício, o atleta se beneficia da posição estável do tronco, que auxilia na sustentação do corpo. Para fazê-lo, siga os passos abaixo:

  • Ajoelhe-se com o rolo colocado à sua frente. Segure-o pelo centro da barra (entre as anilhas) ou pela parte lateral, mantendo uma coluna alinhada. Deslize o rolo para a frente o mais rápido que puder e retorne à posição inicial. Repita o exercício em séries que você está habituado a realizar.

3- Mountain climbing

Este exercício combina estabilidade lombar dinâmica com movimentos de flexão e extensão de quadril e joelhos. A alternância das pernas replica a necessidade do corpo de manter a estabilidade lombar durante a prática de corrida, criando um desafio sonoro para a região lombar. A execução é simples e para uma boa execução, faça desta forma:

  • Na posição de flexão, com ambas as mãos apoiadas no chão ou em um colchonete, estenda os braços e estire as pernas para trás. Realize uma alternância de pernas em um ritmo acelerado. Enquanto uma perna retorna para trás, a outra avança para a frente com o joelho dobrado, mantendo um movimento rápido. “É importante que a velocidade utilizada para fazer o exercício seja confortável e adaptada ao nível de frequência que o atleta se exercita”, orienta o fisioterapeuta.

O especialista ainda destaca que o fortalecimento do core proporciona uma série de vantagens, “o core fortalecido aumenta a potência e aprimora a eficiência dos movimentos, com o equilíbrio potencializado, o risco de lesões diminui gradativamente e, além disso, proporciona melhorias notáveis ​​no sistema nervoso e cooperante muscular, conclui Bernardo.
 


Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas, especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo, mestrando em ciências da saúde pela mesma instituição. Bernardo é diretor clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata de Guarulhos, e professor universitário em pós-graduações na área de fisioterapia músculo esquelética.

 

Mitos e verdades sobre os efeitos das proteínas vegetais no organismo da mulher

 Especialista da NotCo destaca que alimentos plant-based proteicos podem ajudar o público feminino no equilíbrio hormonal, a evitar doenças, dentre outros fatores 

 

Os produtos proteicos vegetais vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado; um grande exemplo disso é o sucesso do NotMilk High Protein, bebida 100% plant-based da NotCo, foodtech global e principal referência de alimentos à base de plantas, que traz 15g de proteínas. Porém, ainda há muitos mitos e verdades em relação aos efeitos desses macronutrientes no organismo feminino.

Por isso, a Líder da Equipe de Ciências Biológicas da empresa, Ana Batista, resolveu desmistificar algumas questões sobre o assunto que ainda causam muitas dúvidas. Confira:

 

  • Musculação e prática de exercícios físicos

Um dos principais mitos em relação ao consumo feminino de proteínas vegetais é o risco de uma deficiência do macronutriente, o que atingiria, principalmente, as praticantes de musculação e exercícios físicos. A verdade é que uma dieta à base de plantas bem planejada, com muitos alimentos vegetais e proteicos diferentes, pode garantir às mulheres uma rotina alimentar excelente e completa.

“A variedade de fontes proteicas plant-based ajuda a mulher que realiza atividades físicas no seu dia a dia, seja uma atleta ou não”, diz Batista. “Além disso, a proteína vegetal normalmente tem menos gorduras saturadas, menor ingestão calórica e mais fibras e metabólitos benéficos (como os antioxidantes) do que a animal”, completa.

 

  • Níveis de energia e resistência

Outra dúvida sobre as proteínas vegetais é se elas realmente trazem um impacto positivo na energia e resistência das mulheres. A Líder da Equipe de Ciências Biológicas da foodtech ressalta que isso é uma verdade, desde que os macronutrientes de origem plant-based façam parte de uma dieta equilibrada e saudável: 

“Os alimentos à base de plantas são ricos em hidratos de carbono complexos, conhecidos por serem fontes sustentadas de energia. Já no que se refere à resistência, o fato de possuírem moléculas anti-inflamatórias e menos gorduras saturadas é fundamental, porque evitam inflamações em geral e reforçam a saúde cardiovascular”, afirma.

 

  • Diferença no consumo de mulheres jovens e mais velhas

Mais uma verdade é que, em geral, as mulheres mais velhas têm uma maior necessidade de ingestão proteica do que as jovens, o que está relacionado à manutenção da massa muscular, cuja perda é associada à idade. Por esse motivo, Batista explica que é recomendada uma maior atenção à quantidade e qualidade das proteínas: 

“O público feminino mais velho pode se dar satisfeito ao ingerir leguminosas, cereais, frutos secos e sementes. Por outro lado, ambos os grupos podem ter necessidades diferentes em termos de nutrientes, que precisam ser acompanhadas por especialistas de acordo com o seu estado hormonal”, pontua.

 

  • Uso por grávidas e lactantes

Um dos maiores mitos relacionados ao tema também é a não recomendação de dietas à base de plantas para mulheres grávidas e lactantes. A especialista da NotCo ressalta que estes grupos podem consumir proteínas vegetais, mas devem ter certos cuidados por possuírem necessidades especiais.

“Micronutrientes como o ferro e o cálcio são imprescindíveis para gestantes, porque apoiam no crescimento dos seus bebés e a produção de leite. O mesmo raciocínio se aplica ao Ômega 3 e a Vitamina B12. Por essas razões, a consulta médica e nutricional é indispensável para qualquer mulher que esteja nessas condições e queira seguir um plano alimentar plant-based”, reforça.

 

  • Ação sobre a menopausa precoce 

Alguns estudos associam o consumo elevado de proteínas vegetais a uma menor incidência de menopausa precoce. Já outros mostraram que não existe essa correlação.

Batista conclui que os vários resultados dessas pesquisas indicam que elas devem ser tomadas com precaução. “Não devemos tirar conclusões precipitadas; sabemos, por exemplo, que as isoflavonas, presentes em alguns produtos de soja, podem aliviar os sintomas da menopausa. Então, em resumo, o que podemos concluir é que um bom plano alimentar vegetal terá impacto na saúde geral das mulheres e, por consequência, há a possibilidade de impactar processos como a menopausa”, finaliza.


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