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terça-feira, 3 de outubro de 2023

Confiança empresarial cai 0,7 ponto em setembro, informa FGV

 

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Na passagem de agosto para setembro, a confiança dos serviços caiu 0,5 ponto, a do comércio diminuiu 1,6 ponto, da indústria teve redução de 0,4 ponto, e a construção aumentou 2,2 pontos

 

 

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,7 ponto em setembro ante agosto, para 94,1 pontos, informou nesta segunda-feira, 2/10, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador se manteve pelo quarto mês consecutivo dentro de uma faixa de confiança moderadamente baixa, entre 94 e 95 pontos, ressaltou a FGV.

"A confiança empresarial acomoda em patamar inferior ao nível neutro de 100 pontos, mas com resultados heterogêneos entre os setores. A percepção sobre a situação atual dos setores de Serviços e Construção indica certa resiliência, enquanto na Indústria e no Comércio as avaliações sugerem uma fase de desaceleração", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Ainda segundo Campelo Júnior, as expectativas vêm se tornando menos otimistas em todos os setores exceto na Construção, segmento que ainda prevê um ambiente de negócios favorável para os próximos meses. "O pessimismo das empresas no horizonte de seis meses preocupa por ser uma variável que costuma antecipar decisões de investimentos e contratações nos meses seguintes." 

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,9 ponto em setembro ante agosto, para 94,5 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 2,1 pontos, para 93,1 pontos, com perdas em todos os componentes no mês. Os destaques negativos foram a avaliação sobre a demanda no horizonte de três meses, queda de 1,9 ponto, e a tendência dos negócios seis meses à frente, redução de 2,1 pontos, fechando o mês em 90,0 pontos, "mais distante do nível neutro de 100 pontos que os outros componentes de expectativas", apontou a FGV.

Na passagem de agosto para setembro, a confiança dos serviços caiu 0,5 ponto, para 96,9 pontos; a do comércio diminuiu 1,6 ponto, para 92,2 pontos; a da indústria teve redução de 0,4 ponto, para 91,0 pontos; e a construção aumentou 2,2 pontos, para 98,1 pontos.

Em setembro, a confiança avançou em 43% dos 49 segmentos integrantes do ICE. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.818 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de setembro.

 

 Estadão Conteúdo 


Obrigatoriedade de emissão de NFS-e deve reduzir taxa de mortalidade do MEI

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Sebrae aponta que 29% dos microempreendedores individuais fecham nos primeiros cinco anos de atividade, especialmente os ligados ao comércio

 

Desde o dia 1º de setembro passou a ser obrigatório aos microempreendedores individuais (MEIs) a emissão da Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e) no padrão nacional. Estabelecida pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) por meio da Resolução 169/2022, a medida visa facilitar o cumprimento de obrigações tributárias. 

Dados da Receita Federal apontam que há atualmente no Brasil mais de 15 milhões de microempreendedores individuais.

A medida, segundo especialistas ouvidos pelo Diário do Comércio, tem potencial para reduzir a mortalidade dos MEIs. Isso porque, antes da Resolução, a categoria estava dispensada da emissão da nota, o que resultava em perda de organização e da origem dos recursos, situações que podem levar à falência por falta de uma boa gestão.

O último relatório “Sobrevivência das empresas mercantis brasileiras”, realizado pelo  Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em 2021, aponta que o MEI é o segmento que mais sofre com a mortalidade. Pelo estudo, 29% dos MEIs fecham as portas nos primeiros cinco anos de atividade. 

A maior taxa de mortalidade é verificada no comércio (30,2% fecham em cinco anos) e a menor, na indústria extrativa (14,3% fecham em cinco anos).

Entre as empresas fechadas em 2020, por exemplo, o Sebrae verificou que a maior proporção de MEIs eram pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio; tinham pouco conhecimento/experiência anterior no ramo; abriram por exigência de clientes e fornecedores; tiveram menos acesso ao crédito ou fizeram menos esforços de capacitação.

Para o consultor de negócios Adriano Hirami, um dos maiores problemas dos MEIs, que os levam à falência, é a má gestão do negócio, principalmente a financeira. “Acredito que a obrigatoriedade de emissão de nota fiscal para tudo dará uma organizada na gestão dessas empresas”, afirma.

O Sebrae, por sua vez, garante que a obrigatoriedade vai reduzir custos e aumentar a eficácia para o MEI.

A falta de organização pode começar do mais básico, como revela o especialista em finanças Ricardo Holz. “Muitos mal sabem precificar o seu produto ou serviço. Colocam um lucro muito baixo, não têm o menor conhecimento sobre aquisição de crédito e não fazem um marketing eficiente. Tudo isso junto só pode dar errado. Emitir notas fiscais é uma forma de colocar a casa em ordem”, acredita.


GUIA DE SOBREVIVÊNCIA

Os especialistas em gestão afirmam que muita gente desiste do próprio negócio ainda no primeiro ano por não ter certeza do que está fazendo. Para se ter sucesso, é preciso ter em mente a importância de uma boa gestão.

A seguir, os fatores mais importantes apontados pelos consultores para ter sucesso nessa fase:


1- Precificação

Segundo os especialistas, o primeiro passo é saber precificar o que se está vendendo. Cada centavo faz a diferença. Para saber o preço de venda, faça o seguinte cálculo: Preço de venda = custos + despesas + lucro.

“Vou citar um salão de beleza, por exemplo. A proprietária não coloca no custo final o tempo que leva para comprar os materiais, o transporte, a limpeza do local, enfim, coisas passam despercebidas e impactam o lucro final”, diz Holz. 

Para o consultor de negócios Adriano Hirami, o preço de venda proposto pela empresa não deve considerar apenas o valor das matérias-primas e dos custos dos serviços. “Nesta conta, é preciso considerar todas as despesas, como energia, água, celular, aluguel, limpeza, salários e outros gastos.


2- Cursos

Buscar apoio junto a instituições e profissionais qualificados faz a diferença quando o negócio estiver formalizado e no mercado.

O Sebrae, por exemplo, oferece mais de 100 cursos gratuitos on-line e pelo Whatsapp. A instituição também tem fechado parcerias para que os microempreendedores individuais tenham condições de vender seus produtos pela internet, em grandes marketplaces.

A adesão ao comércio eletrônico é parte da estratégia de sobrevivência de muitos MEIs. “Se preparar para entrar no mundo dos negócios é o primeiro passo para ter sucesso com uma empresa. O empreendedor deve sempre buscar a capacitação e procurar ajuda quando não souber lidar com algo”, afirma Hirami.


3 - Obtenção de crédito

De acordo com o Sebrae, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro.

Holz se depara frequentemente com microempreendedores que mal sabem onde buscar dinheiro para começar o negócio. “Há recursos públicos que são mais vantajosos do que os dos bancos privados, mas a maioria vai no banco onde tem conta para pedir empréstimo e paga mais caro por isso.”

O especialista diz que o poder público poderia ajudar mais nesse quesito, auxiliando com cursos de gestão e controle financeiro, palestras e workshops. “O Sebrae faz bem esse trabalho, mas talvez as prefeituras pudessem ser mais ativas. A falta de conhecimento pode jogar o MEI em dívidas impagáveis e, consequentemente, na falência”, avalia.


4 - Controle financeiro

O maior erro do MEI é utilizar a conta bancária pessoal para movimentar o dinheiro da empresa. “É de extrema importância definir bem o que é do negócio e o que é salário. Se o microempreendedor abrir uma conta bancária jurídica, a gestão dos recursos fica mais eficiente. Além de organizar as contas, a conta jurídica dá mais credibilidade ao negócio”, ensina o especialista em finanças Holz.

É essencial manter um rígido controle das contas a pagar. Se o empresário sabe exatamente quais são as contas que serão pagas e quanto elas vão consumir das receitas da sua empresa, saberá imediatamente quanto vai sobrar para que parte do dinheiro possa ser reinvestido no negócio para compra de novos materiais. A segunda parte é o custo com divulgação e a terceira é o salário em si.

É fundamental traçar um planejamento financeiro antes de tomar qualquer decisão na empresa. Isso inclui traçar metas e definir os passos a serem seguidos. 

Para Holz, o microempreendedor individual deve instituir uma média de salário, o chamado pró-labore. “É fundamental definir um valor médio de retirada. O microempreendedor que pensa em pegar todo o lucro que sobra, por ele ser o dono, sem um limite definido, está fadado ao fracasso. Ele precisa ter um planejamento para crescer. Sem isso, ele perde a oportunidade de constituir uma reserva financeira para emergências e de reunir os recursos necessários para investimentos com foco no crescimento do negócio”, aconselha.

A sugestão é adotar uma planilha para realização do controle das entradas e saídas e alimentá-la diariamente.


5 - Marketing

A propaganda é uma das estratégias mais eficientes para ajudar o negócio a crescer. Atualmente, há ações ágeis e com baixo custo que ajudam os microempreendedores a divulgarem seus produtos e serviços. 

Muitos microempreendedores acreditam que contratar profissionais de marketing ou fazer propaganda é apenas um gasto desnecessário. “Mas isso é um investimento se for bem feito. O marketing melhora o engajamento ao negócio e aumenta as vendas, além de conseguir reter clientes e conquistar novos”, afirma Hirami.

“Estude as redes sociais e veja como seus potenciais clientes se comportam e onde compram. Observe os concorrentes e converse diretamente com o cliente para identificar essa atuação”, diz o consultor.

O Instagram e o Facebook são plataformas mais visuais que permitem ao empreendedor compartilhar vídeos e fotos. Já o Twitter é uma mídia utilizada para textos curtos, eficiente com divulgação de promoções, por exemplo. E Youtube, por sua vez, é apropriado para quem deseja detalhar especificidades sobre o uso de produtos.

O especialista Ricardo Holz também concorda que o marketing digital é o caminho mais curto e mais barato. 

“As redes sociais estão aí para ampliar a área de atuação das empresas e divulgar o negócio. É fácil, barato e permite atuar em todo o país em alguns casos. Uma lojinha de biquínis, por exemplo, pode ter clientes em todo o Brasil se partir para um e-commerce ou vender pelo Instagram, por exemplo. Mas, para isso, precisa saber fazer e lidar corretamente com as plataformas, a logística, as entregas e respeitar os prazos. Só assim se fideliza clientes”, avalia.


COMO EMITIR NOTA FISCAL

Para quem ainda tem dúvidas de como emitir notas fiscais, sendo MEI, o Sebrae preparou um e-book com um passo a passo para tirar as dúvidas dos microempreendedores individuais. O telefone 0800-5700800 e o e-mail atendimento.nfs-e@rfb.gov.br  estão disponíveis para esclarecimentos adicionais.

O primeiro acesso deve ser feito no Portal Nacional de Emissão de Nota Fiscal de Serviços eletrônica, pelo endereço https://www.nfse.gov.br/EmissorNacional/Login

Após o cadastro dos dados da empresa e definição de uma senha, o microempreendedor escolhe a opção "Emissão Completa" (com mais informações) ou "Emissão Simplificada". Em cada caso há informações e dados específicos que devem ser informados. Após esse processo, a nota poderá ser emitida. 

Outra forma de emitir a NFS-e é por meio do Portal do MEI, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O Portal também permite a abertura da empresa de maneira simplificada, a emissão de declarações anuais e boletos do DAS, ajuda no controle de contas a pagar e a receber e oferece consultoria e orientação sobre procedimentos.  



Cibele Gandolpho
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/obrigatoriedade-de-emissao-de-nfs-e-deve-reduzir-taxa-de-mortalidade-do-mei


Como a gestão por Objetivos e Resultados Chaves ajuda a lidar com complexidades?

Atualmente, com a grande quantidade de coisas acontecendo a todo momento, fica difícil saber sobre cada questão em discussão e ter controle sobre tudo. O cenário poderia ser mais simples se não se tratasse de situações complexas, em que nossos simples esforços não são suficientes para conseguir resolvê-las. No entanto, sempre existe uma ferramenta capaz de ajudar. Os OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) foram criados para lidar com a complexidade.

Apesar de não ter sido algo determinado de forma consciente, a ferramenta entrega muito valor nestes contextos. Mas o que seria uma situação considerada complexa? Geralmente, definimos algo como ‘complexo’ quando envolve alto grau de incerteza e interação entre diversos fatores que não sabemos exatamente qual resultado advirá, diferente de cenários determinísticos onde temos clara uma relação de causalidade entre os fatores. Adotamos premissas, fazemos apostas e podemos dizer que há probabilidade para que algo dê certo.

Dentro de um cenário complexo, existem agentes sobre os quais temos bem mais controle do que outros. Os fatores externos, que afetam a tomada de decisão nas organizações, como a cotação do dólar, decisões de política monetária em função da inflação, a própria inflação em si e o último grande abalo sísmico na economia, que foi a pandemia do coronavírus. Para alguns destes fatores, é possível ter um histórico, entender um pouco do racional, já outros não temos absolutamente nenhuma ideia de que podem vir a surgir.

Também existem fatores internos que afetam os planos e, por serem internos, achamos que o nosso controle é maior. Um exemplo disso é o
turnover de colaboradores. Ao mesmo tempo que temos conhecimento e capacidade de ação sobre os fatores que afetam este indicador, não o controlamos propriamente. Os clientes que decidem parar de comprar seu produto e podem interromper a sua assinatura na hora que bem entenderem.

Entretanto, várias destas coisas, especialmente as internas, não deveriam ser uma surpresa por completo para a liderança de uma organização. Uma boa gestão, com um bom sistema, deveria municiar os seus executivos de informações para tomar uma decisão de como será melhor agir em dado momento. Cada um na sua esfera de competência, seja o presidente da empresa ou um coordenador e seu time.

Por essa razão, para estar preparado não basta ter um lindo
dashboard com centenas de gráficos de barra, pizza e linha, é preciso ter um processo adequado para fazer uso deles e uma atitude correta perante as situações. Dentre os elementos de processo, trabalhar em ciclos curtos é fundamental em situações de incerteza, já que os planos com horizontes longos tendem a perder validade muito rápido.

Por outro lado, também é necessário construir visão de longo prazo, mas priorizar ter um plano mais detalhado para o curto prazo. Desta maneira, a organização terá capacidade de reação na medida em que perceber que as hipóteses e premissas do plano de longo prazo não estão se desenvolvendo como imaginado e ter a possibilidade de reavaliar a rota e propor ajustes. Gerando assim mais aprendizado e afiando o machado, quando considerar os fatores, externos e internos, no processo de construção do orçamento anual, plano de crescimento de vendas, margem e retorno aos acionistas, etc.

Tendo esse processo ajustado, ao se deparar com algo que não estava previsto, será mais fácil agir rápido no sentido de identificar os impactos e minimizá-los, caso venham a existir. Assim que a situação permitir, é necessário voltar no plano para identificar qual premissa furou e o que faltou no plano para que pudéssemos antecipar determinado acontecimento. É claro que nem tudo podemos nos antecipar, mas ter a capacidade de reação é essencial.

Quando mencionei no começo que os OKRs foram criados para lidar com a complexidade é a isso que estou me referindo. A ferramenta espelha todo o processo de gestão, as atividades e os objetivos de cada um e, tem como premissa, os ajustes de curto prazo tão necessários, sejam por razões externas ou internas.




Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.
http://www.gestaopragmatica.com.br/


Cardiopatias na Isenção do IR: como funcionam e como obter?

A isenção do imposto de renda é garantida, dentre muitos fatores, a contribuintes que apresentem alguma das 17 doenças categorizadas através da Lei nº 7.713/88. Dentre elas, problemas de saúde enquadrados nas denominadas cardiopatias graves, são alguns dos diagnósticos mais comuns e solicitados para recuperação do IR. Mesmo sendo um pedido comum, certos desafios e entraves podem ser enfrentados por aqueles que desejam solicitá-lo – devendo, assim, se atentar aos fatores primordiais exigidos pelos órgãos reguladores para sua aprovação.

Para fins de restituição, nem todas as cardiopatias são elegíveis pela nossa legislação. Em uma definição direta, as doenças graves são apenas aquelas que gerem algum grau limitante ao paciente – ou seja, com repercussão clínica sentida pela pessoa ou, ao menos, diagnosticada através de exames, mesmo diante da ausência de sintomas. Ainda, sua classificação independe do tratamento realizado pelo contribuinte, podendo ser em objetivo curativo ou paliativo, visando prolongar a qualidade de vida trazendo o máximo conforto possível.

Dentre os exemplos mais comuns vistos nos laudos médicos enviados para os órgãos reguladores, é possível encontrar uma longa lista de cardiopatias graves recorrentes – abrangendo casos congênitos pela transposição de grandes vasos, uso de marca passo, miocardiopatias (as quais provocam perda progressiva das funções), insuficiências cardíacas, e determinadas categorias de arritmias.

Diante de tantos critérios de enquadramento de cardiopatias graves para fins de restituição e isenção, a definição do estado atual no qual o paciente se encontra é um dos principais entraves iniciais enfrentados. Afinal, mesmo para condições já clinicamente curadas via tratamentos curtos ou extensos, muitas cardiopatias demandarão de cuidados permanentes para o resto da vida – assim como é o caso do marca passo. Mesmo sendo um recurso eficaz via procedimento cirúrgico, o equipamento exige uma troca periódica de, normalmente dez anos, como forma de garantir seu funcionamento adequado.

Por isso, um dos maiores requisitos para conquista da isenção do IR por cardiopatias graves, é um detalhamento sucinto e objetivo da condição de cada paciente em um laudo médico – o qual deve, obrigatoriamente, ser preenchido por um profissional que atue na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste documento, deverão constar, dentre muitos dados: a expressão clara da cardiopatia grave, seguida da especificidade da doença enquadrada na categoria; seu CID; a data do início da doença ou de seu diagnóstico; tratamento realizado ou o qual está sendo feito; resultados de todos os exames feitos; estado clínico atual e, ainda, perspectivas de cura ou melhora, mediante o tratamento finalizado ou em andamento.

Todos esses dados devem ser informados de forma mais clara possível, principalmente levando em consideração que a análise de requerimento de isenção será feita por um auditor fiscal que não será especialista na área médica. Qualquer erro, falta de informações ou desencontro, poderá entravar a solicitação de restituição – especialmente, diante de tantas declarações recebidas pelos órgãos reguladores. Neste ano, como exemplo, o número de documentos enviados para a Receita Federal bateu recorde, totalizando mais de 36,3 milhões.

Uma vez preenchido, o processo de restituição envolverá duas etapas. Na primeira, o laudo deverá ser encaminhado ao INSS ou órgãos complementares para avaliação. Aqui, é importante que o documento seja escrito com base no modelo padrão desenvolvido pela própria Receita, como forma de garantir que todos os dados exigidos sejam fornecidos, sem espaço para questionamentos. Quando aprovado, o contribuinte poderá seguir para a solicitação da restituição dos valores indevidos.

Em toda essa jornada, o laudo bem elaborado será a peça-chave de sucesso para a recuperação dos valores devidos graças à cardiopatia grave enfrentada. Principalmente, diante da possibilidade de ficar retida na malha fina – sendo o documento que servirá como comprovação de isenção.

Muitas dúvidas e questionamentos são enfrentados por inúmeros contribuintes que iniciam este processo de isenção e restituição. Diante de tantos critérios de avaliação e, obrigatoriedades burocráticas, é importante contar com o apoio de uma empresa especializada neste segmento. Apenas com esta expertise no ramo, será possível se certificar do cumprimento e adequação a todos os dados exigidos pelos órgãos reguladores e, a completa recuperação de todos os valores devidos.

 

Dr. Tales Struecker - especialista em Clínica Médica e Cardiologia e médico assistente do Corpo Clínico do Acesso Saúde de Curitiba.

Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.



Restituição IR
https://restituicaoir.com.br/


PIB paulista tem projeção de 2,8% em 2023, aponta Fundação Seade

Taxa anual desacelerou em julho, após registrar 3% em junho

 

A Fundação Seade manteve as projeções para o Produto Interno Bruno (PIB) do Estado de São Paulo este ano com mínima de 2%, média de 2,5% e máxima de 2,8%. 

O PIB paulista de julho recuou 0,7% em julho, na comparação com junho, com o ajuste sazonal. Na comparação com julho de 2022, houve retração de 0,6%. Já no acumulado do ano, de janeiro até julho, houve avanço de 1,9%. Em termos anuais, o PIB teve crescimento de 2,6% em julho, mostrando desaceleração em relação ao resultado de junho (3,0%). 

Os indicadores considerados pela análise do Seade para a economia paulista, estão a seguir. Houve retração de 0,5% na produção industrial de julho de 2023 na comparação com junho, excluindo a sazonalidade, de acordo com a PIM-PF do IBGE. Em termos anuais, a taxa chegou a 0,1% em julho, depois de registrar 0,5% em junho. 

O volume de serviços no Estado de São Paulo teve variação de -0,1% na passagem entre junho e julho, segundo a PMS, do IBGE. A taxa anual desacelerou para 4,3% em julho, após alcançar 8,9% em janeiro, empurrada pelo arrefecimento da demanda de serviços reprimida durante a pandemia e também pelo fraco ritmo da atividade industrial.  

O consumo em julho, com base nas vendas do varejo paulista, registrou retração de 2,8% em relação a junho, com ajuste sazonal, repetindo os movimentos de queda verificados em janeiro, abril e maio, segundo a PMC do IBGE. A taxa anual partiu de valor negativo em junho e atingiu crescimento de 1,8% em julho. 

O mercado de trabalho paulista segue entre as variáveis mais positivas, com crescimento de 0,3% entre junho e julho. Houve saldo positivo de 320 mil postos de trabalho, expansão de 2,4% em relação ao mesmo período de 2022, segundo o Caged. No acumulado de 12 meses até julho, os resultados também são favoráveis, com saldo positivo de 425,5 mil contratações e crescimento de 3,3%. 

No comércio exterior, as exportações, pelo critério de domicílio fiscal, somaram US$ 49,5 bilhões, considerando-se o acumulado entre janeiro e agosto, um crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2022. 

Na mesma base comparativa, as importações recuaram 10%, resultando em saldo acumulado de US$ 700,0 milhões da balança comercial. De acordo com o estudo, essa retração nas importações pode estar associada a alguma mudança mais estrutural ou ao enfraquecimento da indústria, setor que responde pela maior parte do total importado pelo Estado de São Paulo. 

Saiba mais sobre o estudo em: https://pib.seade.gov.br/wp-content/uploads/sites/10/2023/09/PIB-projecoes-sao-paulo-julho-2023.pdf


Crianças em condomínios: cuidados para garantir diversão com segurança

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Playground e circulação da criançada requerem atenção, destaca Grupo Graiche

 

Outubro é o mês das crianças e, para celebrar com a alegria característica do público infantil, diversas ações são realizadas para proporcionar muita diversão à garotada. Nos condomínios, por exemplo, organizar festas e atividades para celebrar a ocasião é uma excelente pedida que, além de agradar aos pequenos, pode ser ainda uma boa oportunidade para fortalecer os laços entre os vizinhos e criar um clima mais amistoso para o decorrer do ano.

 

Seja nas festividades alusivas à data ou em qualquer outro dia, é importante que o condomínio ofereça segurança às crianças e estabeleça algumas questões junto aos pais para preservar a integridade dos condôminos mirins.

 

“Brincar é a maneira mais saudável para uma criança desenvolver fatores importantes como a socialização, coordenação motora, percepção tátil e a criatividade. Os condomínios que possuem uma área para promover o lazer dos pequenos são cada vez mais valorizados, mas é preciso que seja, além de divertido e educativo, seguro”, fala Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que administra mais de 915 condomínios e associações, com 113.755 mil unidades administradas.

 

Para o playground, é possível encontrar brinquedos para diferentes faixas etárias, mas, antes de escolhê-los, o condomínio precisa delimitar qual a faixa etária aquela área irá se destinar. “Essa informação influencia no tipo de material a ser utilizado e até mesmo em quais são os melhores equipamentos a serem adquiridos. Existem, por exemplo, opções de plástico, que são recomendadas para crianças pequenas, pois possuem menores riscos de acidentes; de madeira, que são recomendadas para crianças em torno de 7 a 10 anos e o material é mais resistente; e ainda as de ferro, que é uma opção mais duradoura e resistente, porém mais recomendado para crianças acima de 10 anos”, pontua.

 

O playground do condomínio deve contar com várias placas indicativas sobre idade, altura e peso dos usuários. “Existem algumas definições e requisitos feitos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, que devem ser seguidas para prevenir problemas, como: estabelecer regras de uso, cuidar sempre bem do acabamento, ter uma manutenção frequente programada, realizar cálculo da distância entre os brinquedos, exigir a presença de um responsável para supervisionar as crianças e ter atenção à instalação de um piso adequado”, elenca Luciana.


 

Circulação


As áreas comuns não devem ser consideradas como “quintal de casa”, pois às crianças sem acompanhamento podem trazer riscos de quedas no solo ou piscina, contato inadequado com plantas do jardim (ingestão), acidentes no elevador, entre outras situações.

 

“Pais ou responsáveis precisam sempre estar presentes quando suas crianças circularem por estes locais. A responsabilidade legal sobre tudo o que acontece com as crianças nas áreas comuns é dos pais ou responsáveis legais”, salienta. “Em situações que envolvem conflitos por conta de crianças, muitas vezes os funcionários dos condomínios são responsabilizados, no entanto, os funcionários não têm nenhuma obrigação sobre as crianças nos condomínios. São os pais e responsáveis que devem responder pelos atos dos pequenos”, conclui.

 

 

 

Programação especial para o Dia dos Crianças


Para marcar o Dia das Crianças, em 12 de outubro, o Grupo Graiche traz algumas sugestões de atividades:

 

Piquenique: Em condomínios que contam com jardins ou locais não utilizados, essa pode ser uma alternativa para reunir os pequenos e suas famílias.

 

Rodas de histórias: Podem ser feitas em um espaço como o salão de festa ou a brinquedoteca.

 

Sessão Cinema: Pode ser realizada no salão de festas, com direito à pipoca e guloseimas.

 

Caça ao Tesouro: Pistas são espalhadas pelo condomínio para que as crianças trabalhem em equipe e encontrem o prêmio.

 

Oficinas: Podem ser realizadas oficinas de artesanato, como confecção de brinquedos com materiais recicláveis; de pintura, entre outras.

 

Como ser o melhor cliente interno de serviços de marketing


Há quase duas décadas, distante do meu primeiro cargo executivo, onde deixei minha posição de coordenador em Curitiba para assumir a gerência de marketing de um Centro Universitário no interior de São Paulo, muitas transformações ocorreram na disciplina de marketing e em mim.

Apesar das mudanças significativas que presenciei, uma coisa permaneceu inalterada ao longo desses anos: a postura de alguns clientes corporativos em relação aos processos de comunicação e marketing.

Durante esse período, acumulei diversas lições de gestão de marketing que gostaria de compartilhar aqui.

A primeira delas é que todos têm uma opinião sobre marketing, mesmo aqueles que afirmam não serem profissionais da área. Na realidade, não deveria haver um: "... não sou profissional de marketing, mas...". Se você não é um profissional de marketing, é importante reconhecer isso.


Outra lição crucial é que um simples "não gostei" não constitui um rebriefing adequado.

É fundamental fundamentar os feedbacks com orientações técnicas. Uma vez que cada ação de marketing deve ser respaldada por um pensamento estratégico, da mesma forma, qualquer negação de uma ideia deve ser baseada em uma análise estratégica sólida.


É vital lembrar que os profissionais de marketing são seres humanos.

A comunicação desperta desejos e emoções, mas é essencial manter a cortesia, resiliência e profissionalismo, mesmo nos momentos mais desafiadores de uma crise.

Um ponto importante a ser considerado é que “toda ação de marketing é a ação de marketing mais importante para alguém”.

Trabalhar em marketing requer paciência, pois cada dia amanhece com uma nova crise, com a pressão constante para entregar a "ação de marketing mais importante para uma pessoa". Os departamentos de marketing frequentemente enfrentam o desafio de priorizar entre ações importantes e urgentes, e os clientes nem sempre compreendem completamente essa gestão.


Outra realidade é que o trabalho de marketing tende a expandir até ocupar todo o tempo disponível.

Enquanto houver prazos, alguns executivos estarão solicitando "refações" e ajustes. É importante aceitar que a perfeição absoluta é uma ilusão, especialmente no marketing, e respeitar os prazos estabelecidos.

Marketing envolve muitas áreas, sendo duas das mais cruciais o prazo e o briefing.

Em relação ao prazo, é importante entender que campanhas precisam de tempo para amadurecer e gerar resultados. Até mesmo os velozes algoritmos precisam de tempo para otimizar conteúdos online. Quanto ao briefing, a clareza e especificidade são fundamentais para um trabalho eficaz.

Surpreendentemente, muitas demandas gráficas poderiam ser facilmente resolvidas através de textos, como ofícios e e-mails. Eu diria 80% delas. Evitar demandar solicitações criativas para informações que não requerem tal abordagem é uma prática sensata.


É essencial reconhecer que quase nada é adequado para redes sociais.

Cerca de 80% dos briefings incluem a orientação de utilizar Redes Sociais e o Site como canais de divulgação.

No entanto, essas mídias se tornaram mídias de massa, e mensagens específicas devem ser direcionadas para públicos relevantes. A superexposição de mensagens nas redes sociais pode saturar o canal e prejudicar a eficácia da comunicação.


Dar feedbacks é uma prática importante, mesmo quando são positivos.

Concentrar-se apenas em pontos de melhoria pode criar tensões nas relações. Portanto, elogiar a equipe responsável pelas entregas é igualmente fundamental.


Não existe um botão mágico para tornar o conteúdo viral. O engajamento de uma audiência e seu compartilhamento são imprevisíveis e difíceis de controlar. Embora existam boas práticas, a expectativa de que algo se torne viral pode ser frustrante.


Compreender o orçamento é fundamental para o sucesso. Oferta, tempo de campanha e orçamento para audiência são três fatores-chave. É importante reconhecer que recursos são limitados, e mesmo permutas envolvem custos.

Por fim ser acessível e envolvido é uma prática que acelera os processos internos e contribui para entregas mais rápidas. Responder a ligações, e-mails e mensagens de WhatsApp de forma eficiente reduz o tempo de deliberação interna, permitindo que as equipes criativas, fornecedores e canais de mídia entreguem resultados mais rapidamente.

Em resumo, ser um bom cliente corporativo de serviços de marketing envolve reconhecer a expertise dos profissionais de marketing, fornecer feedbacks construtivos, entender a importância do tempo e do briefing, evitar a sobrecarga de redes sociais com mensagens irrelevantes, valorizar a comunicação clara e ser consciente do orçamento disponível. Ao adotar essas práticas, é possível construir relacionamentos mais produtivos e obter resultados mais eficazes nas estratégias de marketing.

 

Rafael Villas Bôas - Marketing I Comercial I Inovação


A Personalização do atendimento é a chave para ganhos de competitividade

Foram-se os dias em que as pessoas estavam limitadas a estabelecimentos físicos ou às prateleiras virtuais da internet. Hoje, os consumidores desfrutam da liberdade de selecionar os canais por meio dos quais preferem realizar suas compras, possuindo uma compreensão aprofundada de suas próprias preferências, optando pelos modos de interação que melhor se alinham com seus perfis únicos e locais de transação preferidos. Como resultado, o campo de batalha pela lealdade do cliente intensificou-se, com empresas competindo para oferecer a mais envolvente variedade de serviços e produtos. 

De acordo com o estudo Tendências do Varejo 2023, divulgado em março pela Opinion Box e Dito, impressionantes 84% dos brasileiros agora preferem experiências de compra integradas, que mesclam perfeitamente os mundos físico e online. Entre os entrevistados, 72% expressaram a expectativa de serem reconhecidos como indivíduos distintos, antecipando que as empresas decifrarão habilmente seus interesses únicos e 73% dos consumidores manifestaram preferência por empresas que já adotam essa abordagem. 

Nesta luta contínua pela aquisição de clientes, dois fatores críticos destacam-se como os pilares do sucesso: um atendimento excepcional ao cliente e uma experiência personalizada para o consumidor, especialmente quando esses fatores são adaptados às necessidades e preferências individuais. 

O atendimento bem-feito desempenha um papel indispensável na confiança entre os clientes e as empresas. Consequentemente, o atendimento emerge como o pilar para obter uma vantagem competitiva, já que os clientes se inclinam para empresas nas quais confiam. 

A experiencia personalizada, impulsiona as vendas oferecendo produtos e serviços que estejam alinhados com as preferências individuais. Compradores satisfeitos se transformam em defensores da marca, promovendo fervorosamente aspectos positivos por meio de diversos canais e inspirando outros a seguirem o mesmo caminho. Afinal, quem entre nós nunca buscou a sabedoria de colegas e comentários antes de fechar uma compra? 

As empresas que buscam se destacar nesse cenário altamente competitivo devem adotar cada vez mais as seguintes abordagens estratégicas:

 

·         Segmentação Automática de Clientes: utilizando o poder da inteligência artificial, as empresas podem aprofundar sua compreensão do comportamento e das preferências dos consumidores, aprimorando seu atendimento para alinhar com seu público-alvo.

·         Plataformas Omnichannel com Integração de IA: dada a crescente interconectividade dos consumidores e seu fácil acesso às inovações do mercado, a interação multicanal tornou-se imperativa para o sucesso empresarial. A tendência é que as empresas adotem plataformas que integrem de maneira transparente sua comunicação e ofertas de serviços em diversos canais.

·         Suporte Proativo e Acompanhamento Personalizado: a jornada de interação com os clientes deve ser construída usando os insights derivados do entendimento das suas necessidades. Soluções inteligentes de chatbot surgem como uma necessidade, adaptando-se à linguagem dos usuários e oferecendo uma variedade de ações, desde a resolução de problemas até a assistência ou o acompanhamento de clientes durante o processo de compra. 

Nesse percurso, onde as empresas reconhecem cada vez mais o cliente como o ponto focal de suas operações, a relação entre consumidores e marcas adquirirá novas dimensões. A variedade de escolhas disponíveis para os clientes continuará expandindo, e a qualidade dos serviços das empresas será submetida a uma análise cada vez mais intensa. As empresas que se destacarão serão as que verdadeiramente compreendem e satisfazem as necessidades do seu público.

 

Cristiane Reis - Chief Business Officer da Robbu


Mentoria Virtual: Muita luz, pouca Ação!

Em um mundo onde as redes sociais são o palco principal da vida moderna, uma nova febre parece ter tomado conta dos holofotes digitais: a mentoria online. Todos querem ser mentores, todos buscam mentores, num frenesi de sabedoria compartilhada que, paradoxalmente, parece gerar mais estagnação do que progresso.

Vivemos na era do conhecimento livre e compartilhado, onde um oceano de saberes se abre diante de nossos olhos com um simples clique. Proliferam-se infinitas lives, webinars e workshops prometendo desbloquear o potencial criativo e profissional que, supostamente, jaz adormecido em cada um de nós. Entretanto, será que tanta mentoria tem, de fato, levado a ações concretas e transformações palpáveis? Ou será apenas mais uma cortina de fumaça na grande ilusão digital?

 

Mestres do nada, aprendizes de tudo

Ao analisarmos mais de perto o fenômeno das mentorias online, percebemos uma profusão de “gurus” oferecendo conselhos, dicas, truques e segredos para o sucesso. No entanto, muitos destes autoproclamados mestres nunca pisaram fora do cálido conforto do teórico, do hipotético, do ideal. São profetas do saber, mas não do fazer, mestres da retórica, mas não da prática.

É claro, a transmissão de conhecimento é vital e necessária, mas quando se torna um fim em si mesma, corre-se o risco de criar uma geração de sonhadores improdutivos, de criativos sem criação, de profissionais sem profissão. A ação, a experiência prática, o “aprender fazendo” são deixados em segundo plano, sufocados por uma avalanche de teorias, conceitos e palavras bonitas.

 

A Inércia digital

O excesso de informação e de mentoria parece criar, paradoxalmente, uma paralisia, um estado de inércia digital. É como se, inundados por tantas possibilidades, tantos caminhos e tantas vozes, nos perdêssemos em um mar de indecisão e inação. O potencial criativo e profissional, ao invés de ser liberado, parece ficar ainda mais enclausurado, prisioneiro de um ciclo interminável de aprendizado teórico sem aplicação prática.

 

A chama da ação

A crítica aqui não é à mentoria em si, mas ao desequilíbrio entre o aprender e o fazer, entre o saber e o agir. Precisamos reacender a chama da ação, equilibrar a balança entre a teoria e a prática, entre a mentoria e a experiência. É tempo de colocar a mão na massa, de transformar palavras em atos, de fazer com que o potencial adormecido desperte e se manifeste no mundo real.

É fundamental questionarmos: os conselhos, as dicas, as orientações que recebemos estão sendo convertidos em ações concretas? Estão, realmente, nos levando a um crescimento real e a uma transformação efetiva? Ou estão apenas alimentando nosso ego e nosso intelecto, enquanto nossa capacidade de agir e criar permanece adormecida?

 

Conclusão: equilíbrio e transformação

A mentoria online tem seu valor e seu lugar, mas não pode substituir ou obscurecer a importância da ação e da experiência prática. É preciso equilibrar o saber e o fazer, transformar o potencial em poder, a teoria em prática, a mentoria em ação. Só assim poderemos, verdadeiramente, deslanchar nossos potenciais criativos e profissionais e construir um futuro mais rico, mais diverso e mais autêntico.

É o momento de sermos não apenas aprendizes e mestres do saber, mas também agentes e arquitetos da transformação. É o tempo de transcendermos a mentoria virtual e abraçarmos a ação real. É a hora de transformarmos não apenas nossas mentes, mas também nosso mundo

 

Francisco Carlos - CEO Mundo RH


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