Na passagem de agosto para setembro, a confiança dos serviços caiu 0,5 ponto, a do comércio diminuiu 1,6 ponto, da indústria teve redução de 0,4 ponto, e a construção aumentou 2,2 pontos
O Índice de Confiança
Empresarial (ICE) caiu 0,7 ponto em setembro ante agosto, para 94,1 pontos,
informou nesta segunda-feira, 2/10, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O
indicador se manteve pelo quarto mês consecutivo dentro de uma faixa de
confiança moderadamente baixa, entre 94 e 95 pontos, ressaltou a FGV.
"A confiança empresarial
acomoda em patamar inferior ao nível neutro de 100 pontos, mas com resultados
heterogêneos entre os setores. A percepção sobre a situação atual dos setores
de Serviços e Construção indica certa resiliência, enquanto na Indústria e no
Comércio as avaliações sugerem uma fase de desaceleração", avaliou
Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto
Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Ainda segundo Campelo Júnior,
as expectativas vêm se tornando menos otimistas em todos os setores exceto na
Construção, segmento que ainda prevê um ambiente de negócios favorável para os
próximos meses. "O pessimismo das empresas no horizonte de seis meses
preocupa por ser uma variável que costuma antecipar decisões de investimentos e
contratações nos meses seguintes."
O Índice de Confiança
Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e
Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na
economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das
pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Segundo a FGV, o objetivo é que
o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade
econômica.
O Índice de Situação Atual
Empresarial (ISA-E) subiu 0,9 ponto em setembro ante agosto, para 94,5 pontos.
Já o Índice de Expectativas
(IE-E) recuou 2,1 pontos, para 93,1 pontos, com perdas em todos os componentes
no mês. Os destaques negativos foram a avaliação sobre a demanda no horizonte
de três meses, queda de 1,9 ponto, e a tendência dos negócios seis meses à
frente, redução de 2,1 pontos, fechando o mês em 90,0 pontos, "mais
distante do nível neutro de 100 pontos que os outros componentes de
expectativas", apontou a FGV.
Na passagem de agosto para
setembro, a confiança dos serviços caiu 0,5 ponto, para 96,9 pontos; a do
comércio diminuiu 1,6 ponto, para 92,2 pontos; a da indústria teve redução de
0,4 ponto, para 91,0 pontos; e a construção aumentou 2,2 pontos, para 98,1
pontos.
Em setembro, a confiança
avançou em 43% dos 49 segmentos integrantes do ICE. A coleta do Índice de
Confiança Empresarial reuniu informações de 3.818 empresas dos quatro setores
entre os dias 1º e 26 de setembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário