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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Controle estratégico de parasitas garante desempenho do gado e evita prejuízos financeiros

O controle estratégico antecipado das infestações
 é uma solução viável e aplicável, que reduz os prejuízos
 A falta de controle parasitário pode ocasionar perda de desempenho e até mortes no rebanho; inverno, normalmente mais seco, é período ideal para realizar a vermifugação do rebanho


Muitas vezes invisíveis, os parasitas internos representam um dos principais desafios para a pecuária ao prejudicar a performance dos bovinos e gerar diversas perdas para os pecuaristas. Por isso, é fundamental que haja um programa de controle estratégico em cada propriedade para garantir o bom desempenho e bem-estar dos animais, além de evitar prejuízos financeiros.

A elaboração de um programa de controle estratégico parasitário deve levar em consideração a idade do gado, a raça ou grau de sangue no cruzamento industrial, a suscetibilidade individual, o status nutricional e o comportamento de pastejo, como explica o médico-veterinário e coordenador de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó, João Paulo Lollato, que frisa a importância de também analisar o ambiente.

“É importante considerar e cuidar, por meio de uma avaliação, da resistência, infecciosidade, especificidade, distribuição e concentração parasitária dos vermes que acometem os bovinos. Outro ponto de extrema importância é o ambiente. É preciso considerar topografia, cobertura de solo, aguada, clima, pluviosidade e tipo de pastagem. Apenas 5% dos parasitas estão nos animais e os outros 95% se encontram no ambiente”, salienta Lollato.

Como os animais podem ser hospedeiros durante toda a vida, os parasitas internos se instalam em vários órgãos do corpo, sendo mais comum nos intestinos delgado e grosso e no estômago. No caso dos bovinos, a incidência também pode ocorrer no pulmão e fígado.

“Esses vermes possuem ciclo evolutivo e cada espécie tem detalhes que permitem a permanência no ambiente até encontrar um outro animal para ser parasitado, ou até o mesmo animal. A contaminação pode ocorrer pela ingestão dos ovos, larvas ou ainda por vermes que possuem uma fase da vida que podem penetrar a pele dos animais sadios e pela corrente sanguínea chegar ao seu órgão de destino para se instalar”, reforça o médico-veterinário.


Aproveitar o inverno para vermifugar

Lollato destaca que a temperatura e a umidade são fatores primordiais para a sobrevivência dos parasitas. Por isso, em períodos como o inverno, que tem por característica dias mais secos e menos quentes, a estratégia utilizada por muitos produtores é a aplicação de vermífugo. “No inverno, quando está seco, os parasitas estão em maior quantidade nos animais, por isso é uma excelente época para o pecuarista vermifugar os animais e obter um resultado excepcional. Já na época das chuvas, temos mais parasitas no ambiente do que nos animais, por isso nesse período aplicamos produtos de longa ação para que os animais permaneçam limpos por mais tempo”, pontua Lollato.


Prevenção antecipada

Os parasitas representam um prejuízo estimado em US$ 14 bilhões por ano para a pecuária mundial, e a ausência de um controle parasitário que garanta a prevenção dos animais pode levá-los a situações como perda de desempenho e, em casos mais extremos, até a morte.

O coordenador de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó reitera que o gado mais jovem é o que sofre mais e pode ter seu desenvolvimento mais prejudicado quando comparado aos adultos, que são mais tolerantes. Porém, é importante realizar a aplicação em todos os animais considerando que os adultos continuam eliminando ovos de vermes, que recontaminam a pastagem, aumentando o desafio ambiental.

Lollato enfatiza que o controle estratégico antecipado das infestações é uma solução viável e aplicável, que reduz os prejuízos. “O pecuarista deve estar atento ao clima para fazer as vermifugações estratégicas. O conceito 5-7-9, desenvolvido pela Embrapa, com cada número representando os meses de saída do verão, entrada do inverno e início do verão, é muito utilizado. Esse planejamento facilita o manejo contra vermes”, resume o médico-veterinário.

Para o manejo estratégico, Lollato menciona os produtos Flok 1,10% e 3,15%, Ivergen Platinum, Ivergen 1%, Biopersol Forte e Galgosantel Oral, que formam a linha de antiparasitários da Biogénesis Bagó. “Considerando o mês 5 (maio), como a entrada da estação seca, aplicar um produto à base de ivermectina 1% ou 3,15% ou doramectina 1,10% contribui para que os animais diminuam seu desafio de parasitas para enfrentar a escassez de pastagens. A aplicação nos meses 7 e 8 (julho ou agosto), com a seca já está estabelecida em grande parte do País, apresenta um desafio menor e os parasitas já estão se refugiando dentro dos animais. Por isso, é interessante uma aplicação de Fosfato de Levamisol concentrado, porque elimina grande parte da verminose presente nos animais. A outra aplicação, indicada para o mês 9 ou 11 (setembro e novembro), início da estação das águas, é de ivermectina ou doramectina 3,15%, fazendo com que os animais passem tranquilamente pela estação de melhores pastagens com menor desafio tanto para parasitas internos quanto externos”, detalha Lollato.

“O controle estratégico é uma ferramenta prática, eficaz e rentável que, usada da forma correta, evita os prejuízos e utiliza o clima e o ambiente para auxiliar no controle dos parasitas”, conclui o coordenador de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó, João Paulo Lollato.

 

Biogénesis Bagó


PIB global depende do desenvolvimento sustentáve

A corrida para salvar a biodiversidade do planeta é tão urgente quanto a crise climática.

 

De acordo com dados da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, um quarto das espécies de plantas e animais está ameaçado de extinção e o Fórum Econômico Mundial calcula que mais da metade do PIB global depende da natureza. 

O desenvolvimento sustentável e integrado só é possível a partir do envolvimento da sociedade civil na discussão que, neste caso, deve estar baseada nos interesses e demandas das comunidades e povos amazônicos. Nesse sentido, os Diálogos Amazônicos permitem a participação ativa e propositiva da sociedade civil, que tem a oportunidade de pautar a formulação de novas estratégias para a região. 

“Essa agenda também chama atenção para a urgência da preservação do bioma da Amazônia e incentiva a união de esforços rumo à contenção dos efeitos dos impactos causados pela mudança climática no Brasil e no mundo.", afirma o coordenador de Políticas Socioambientais do IDS, Marcos Woortmann. 

“O desenvolvimento sustentável dos oito países amazônicos passa pelo combate ao desmatamento e pela criação de alternativas para geração de emprego e renda, viabilizando a manutenção da floresta em pé. A mensagem é destaque de uma carta aberta enviada pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura as representantes das nações da região, como ministérios e embaixadas”, relata a ambientalista Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios. 

Esta carta ressalta a urgência do fortalecimento da rastreabilidade das cadeias produtivas, que ganhou novos contornos após a aprovação de legislações no exterior que proíbem a importação de commodities produzidas em locais com ocorrência de desmatamento. Atacar este problema, segundo a Coalizão, demandará investimentos em tecnologias de rastreamento e o georreferenciamento de diversas commodities, que têm peso expressivo na balança comercial brasileira. 

Os presidentes que se reuniram nos dias 8 e 9 de agosto em Belém (PA) na Cúpula Amazônica, 4a Reunião dos Chefes de Estado das Partes do Tratado de Cooperação Amazônica, com a missão de chegar a uma visão comum de desenvolvimento sustentável para os povos que habitam o bioma. Para quase 300 líderes e especialistas de mais de 100 organizações dos nove países da Pan Amazônia, isso não é possível sem colocar a bioeconomia no centro de um novo modelo de desenvolvimento para a região. 

Segundo a gerente adjunta para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da TNC Brasil, Juliana Simões, por abrigar a maior parte da Floresta Amazônica (58%), o Brasil pode ser protagonista na implementação da Cúpula da Amazônia, com ações que estimulem a produção e os negócios sustentáveis na floresta, promovendo assistência técnica específica, valorizando o conhecimento e a cultura dos povos indígenas e comunidades tradicionais, contribuindo para a inovação e verticalização das cadeias produtivas da sociobiodiversidade, agregando tecnologia, valor e melhorando a renda do campo. 

“A floresta amazônica está perigosamente perto de seu ponto de colapso. Em algumas regiões, ela já se degradou. Ainda estamos em tempo de impedir a imensa perda de biodiversidade que isso acarretaria e promover as economias lideradas pelas comunidades que são os atores principais de sua conservação. A próxima década será crucial para a sobrevivência, ou não, da floresta e do modo de vida e cultura de seus povos”, alerta Rachel Biderman, da Conservation International. 

“Preservar a Floresta Amazônica é um grande desafio. Manter a biodiversidade da Amazônia e as áreas ricas em carbono depende de proteção e respeito aos ecossistemas”, conclui Vininha F. Carvalho.


ESG e diversidade: como o RH pode impulsionar essa agenda?

Incorporar a agenda ESG, voltada ao desenvolvimento dos pilares ambientais, sociais e de governança corporativa, é uma decisão muito importante, uma vez que assumir esse compromisso demonstra intensa responsabilidade em fazê-los valer internamente, moldando a cultura da empresa e assegurando práticas que atinjam esse resultado permanentemente. Neste processo, o RH desempenha um papel fundamental em criar essas conexões, promovendo esse novo mindset em sua relação com os movimentos de pessoas internamente para que este propósito da empresa possa existir.

A agenda de ESG engloba todo o ecossistema da empresa, tanto internamente como externamente. Contudo, toda essa abrangência é um dos fatores que pode dificultar sua implementação para aquelas que não tiverem uma clara compreensão do que significa iniciar este processo.


Como o RH pode colocar em prática a agenda ESG?

Por isso, o departamento de recursos humanos precisa ser incluído nessa jornada, sendo uma área ativa por promover uma reflexão sobre o tema e integração com a área de times para que seu propósito seja atingido. Seja através de treinamentos, palestras, processo de onboarding, ou o conjunto dessas e de outras ações, incorporar os pilares ambientais, sociais e de governança internamente dependerá de uma transformação da cultura organizacional, e da forma pela qual esse tema será tratado e trazido para o dia a dia de cada um dos setores da companhia.

Tal compromisso (metas de ESG), ao se tornar público, demonstra que a empresa em questão se posiciona e assume seu papel dentro desse grande ecossistema. Com isso, é natural que a companhia irá se associar com consumidores, clientes e fornecedores que estejam em alinhamento com esse posicionamento.

Da perspectiva de atração de talentos, as companhias tenderão a atrair mais profissionais aderentes a estes ideais, e que desejarão enxergar como eles são aplicados no dia a dia da empresa.

Todos esses compromissos precisam ser traduzidos em metas e ações ao longo do tempo. Como prova disso, em dados divulgados pela pesquisa “Futuro do Trabalho”, 60% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) confirmaram que se sentiriam mais inspirados a trabalhar em empreendimentos que adotem essa política internamente.

Todos os profissionais – até mesmo, aqueles que cogitam ingressar na companhia – precisam enxergar claramente este tema, contando com o apoio do RH para levar estes valores aos funcionários, como forma de conscientização sobre a importância para a marca.

A “tradução” de tais compromissos públicos de ESG passarão por pequenas metas/tarefas do dia a dia, até chegarmos a mudanças mais estruturais com indicadores de sucesso mensuráveis e palpáveis, sendo algo notório para todos os diferentes stakeholders da empresa – até porque, tais stakeholders deverão também ser medidos e cobrados por tais ações, uma vez que estes estão na cadeira de fornecimento da companhia.

Portanto, defina quais serão os resultados a serem conquistados dentro da realidade da empresa, se são coerentes, e nunca se acomode. Essas metas devem ser revisitadas periodicamente, para que estejam sempre alinhadas ao propósito maior do negócio. Estes acordos, moldados ao comportamento dos times, darão todo o suporte necessário para que o ESG se torne uma realidade eficaz na empresa e em seus membros.

 

Thiago Xavier - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/


Glitter prejudica o crescimento de organismos-chave para os ecossistemas aquáticos, indica estudo

 

Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na
Agricultura da USP avaliaram os efeitos de cinco
concentrações de purpurina em duas linhagens de
cianobactérias (
cultura de cianobactérias contendo partículas de glitter
 foto: acervo dos pesquisadores
)

Presença constante em fantasias e maquiagem de carnaval, as partículas de glitter podem comprometer o crescimento de organismos que constituem a base de ecossistemas aquáticos, como as cianobactérias, que têm papel fundamental para os ciclos biogeoquímicos da água e do solo e na alimentação de outros organismos. A conclusão é de um estudo da Universidade de São Paulo (USP) publicado recentemente na revista Aquatic Toxicology.

Também conhecidas como purpurina, as partículas de glitter são microplásticos com menos de 5 milímetros. Seu tamanho reduzido impede que sejam filtradas pela rede de tratamento de esgoto. Portanto, quando os foliões tomam banho, elas escorrem diretamente pelo ralo e se espalham por praias, sedimentos, florestas, lagos e oceanos. Estima-se que, nos últimos anos, mais de 8 milhões de toneladas do material foram lançados no oceano, de acordo com a literatura científica atual.

Por não ser biodegradável, o glitter entra em contato com os organismos aquáticos e afeta todo o ecossistema à sua volta. Essa exposição pode acontecer de diversas formas, como ingestão, contato com subprodutos tóxicos ou danos e ferimentos causados pelas bordas afiadas das partículas. Além disso, sua forma, tamanho e propriedades físico-químicas dificultam a medição precisa dos níveis de contaminação da água.

Em estudo conduzido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP (Cena-USP) com apoio da FAPESP (projetos 16/14227-5 e 18/24049-2), pesquisadores avaliaram os efeitos de cinco concentrações de partículas de purpurina não biodegradáveis em duas linhagens de cianobactérias, Microcystis aeruginosa CENA508 (unicelular) e Nodularia spumigena CENA596 (filamentosa), que são responsáveis por formações de florações em corpos d’água. Ambas fazem parte da coleção de quase 800 linhagens coletadas no país pelo grupo Cyanos. Durante 21 dias, a taxa de crescimento celular das cianobactérias foi medida a cada três dias por meio de espectrofotometria (medição de densidade óptica).

“Conseguimos observar que as doses crescentes de glitter aumentam o biovolume das células de cianobactérias, fazendo com que passem por processos de estresse que comprometem até mesmo a fotossíntese, o que destaca a toxicidade pouco explorada do glitter em microrganismos”, afirma Mauricio Junior Machado, autor do estudo e pesquisador do Laboratório de Biologia Celular e Molecular do Cena-USP. “Vale lembrar que, se algo afeta as cianobactérias diretamente, então indiretamente afetará outros organismos do mesmo ambiente.”

Os resultados sugerem que concentrações ambientais de glitter semelhantes à maior dosagem testada (>200 mg de glitter por litro de água) podem influenciar negativamente organismos suscetíveis dos ecossistemas aquáticos. O efeito mais evidente foi visto em Microcystis aeruginosa, que apresentou mudanças na taxa de crescimento durante todo o período de experiência: um pico de crescimento foi registrado no tratamento com glitter de 50 mg por litro de água, enquanto o menor crescimento foi registrado com 200 mg por litro de água. Em Nodularia spumigena, o maior crescimento foi medido em 100 mg de glitter por litro de água, com efeitos negativos observados em concentrações de purpurina acima de 137,5 mg por litro de água, afetando a densidade celular sem recuperação. A diferença na taxa de crescimento só aconteceu no 21º dia do experimento.

Não houve diferença significativa entre as concentrações de clorofila e de carotenoides totais. Entretanto, em valores absolutos, ambas as linhagens apresentaram redução de carotenoides nos grupos expostos a 200 e 350 mg de glitter por litro de água, e uma variação na fluorescência da clorofila foi observada em Nodularia spumigena para células expostas a 350 mg por litro de água.


Carnaval sustentável

Os pesquisadores acreditam que o estudo ofereça embasamento para que o poder público e a população repensem as comemorações da festa mais popular do país e estimule um consumo mais consciente de itens derivados de plástico.

“O glitter foi criado para ser usado em festividades e, nesses momentos, as pessoas acabam não pensando na problemática criada para o meio ambiente”, acredita Marli de Fátima Fiore, pesquisadora do Cena-USP e coordenadora do trabalho. “Mas é preciso lembrar que esses microplásticos comprometem e contaminam ecossistemas tanto marinhos quanto de água doce, que são extremamente importantes para nossa vida, e pensar em campanhas para que eles sejam evitados ao máximo.”

Os pesquisadores pretendem agora realizar os mesmos testes em mais linhagens de cianobactérias e também analisar o glitter dito biodegradável para verificar se esse material realmente não gera problemas para os organismos (como, por exemplo, prejuízos decorrentes de possíveis pigmentos com metais na composição).

O artigo Response of two cyanobacterial strains to non-biodegradable glitter particles pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0166445X23001935?via%3Dihub.

 

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/glitter-prejudica-o-crescimento-de-organismos-chave-para-os-ecossistemas-aquaticos-indica-estudo/42128/


Violência patrimonial: uma sombra oculta de abuso e controle

A violência patrimonial é um tipo de abuso financeiro que afeta grupos como crianças, mulheres e idosos, resultando em desequilíbrio de poder

 

Em um mundo onde as discussões sobre abuso muitas vezes giram em torno de agressões físicas e verbais, há uma forma insidiosa de violência que permanece nas sombras, corroendo a independência: a dignidade e a autoestima das vítimas. 

Trata-se da violência patrimonial, uma realidade muitas vezes negligenciada, mas que deixa cicatrizes profundas e duradouras nas vítimas. Enquanto a violência física e verbal é evidente, a violência patrimonial atua de maneira sutil, minando a liberdade financeira e mantendo as vítimas presas em um ciclo de controle abusivo. 

A violência patrimonial envolve uma série de práticas manipulativas que visam a restringir o acesso a recursos financeiros, bens e propriedades. Essa forma de abuso pode se manifestar de maneiras variadas, desde negar à vítima o acesso a dinheiro necessário para suas necessidades pessoais até a apropriação indébita de propriedades ou recursos econômicos. Ela também pode se manifestar por meio de ameaças de cortar o apoio financeiro, restringir a capacidade de trabalho ou destruir pertences pessoais.

 

No entanto, a violência patrimonial não se limita apenas à manipulação de bens materiais. Ela é muitas vezes acompanhada por um controle psicológico devastador, minando a autoconfiança e a autonomia das vítimas.

 

A dependência financeira resultante desse abuso cria uma dinâmica desequilibrada de poder, onde a vítima fica aprisionada em um ciclo de submissão e medo. Apesar de seu impacto profundamente prejudicial, a violência patrimonial muitas vezes passa despercebida ou é minimizada, tornando-se um desafio adicional para as vítimas que buscam ajuda e apoio.

 

Em muitos casos, essa forma de abuso é percebida como normal ou mesmo justificada, o que dificulta ainda mais a quebra do ciclo. Neste cenário, a conscientização desempenha um papel vital na identificação e prevenção da violência patrimonial. É fundamental que as vítimas e a sociedade em geral reconheçam os sinais sutis dessa forma de abuso e ofereçam apoio às vítimas para romper o ciclo.

 

Educação financeira, empoderamento e a promoção de relacionamentos saudáveis são ferramentas essenciais para erradicar a violência patrimonial e criar um ambiente onde a independência financeira seja uma realidade para todos. 

Nos tópicos a seguir, exploraremos mais profundamente os diferentes aspectos dessa forma de abuso, seus impactos em grupos vulneráveis e como prevenir e enfrentar a violência patrimonial em nossa sociedade.

 

Celebridades e Crianças

Nos últimos anos, casos envolvendo nomes da música, televisão e mundo de influência globais ganharam destaque no contexto do abuso financeiro, especialmente de talentos mirins. E a temática não é nova, nem isolada a um país: casos como o do astro Michael Jackson na década de 1970, do cantor-mirim francês Jordy no início da década de 1990 e o da cantora Britney Spears, que dominou a imprensa no ano passado, são alguns tristes exemplos que evidenciam como o abuso financeiro pode prejudicar o crescimento saudável e a independência de um “jovem prodígio”.

 

O controle excessivo dos pais sobre os ganhos e as escolhas financeiras das crianças pode prejudicar sua capacidade de tomar decisões informadas e moldar seu próprio futuro.

 

Mulheres: Reféns do Controle Financeiro

A violência patrimonial em mulheres – muitas vezes disfarçada como um ato de amor ou cuidado excessivo – é uma realidade angustiante que afeta muitas mulheres em todo o mundo. 

Essa forma de abuso, embora não deixe marcas físicas visíveis, causa feridas profundas na independência financeira, na autoestima e na dignidade das vítimas. A violência patrimonial contra mulheres assume várias formas, desde o controle excessivo das finanças até a negação de acesso a recursos econômicos e propriedades.

 

É uma manipulação cruel que visa minar a liberdade financeira e, consequentemente, o poder de decisão das mulheres em relação às suas próprias vidas. A mensagem subjacente é clara: o controle sobre o dinheiro equivale ao controle sobre a vida da mulher. 

Essa forma de abuso é frequentemente acompanhada por um ciclo vicioso de isolamento social e dependência emocional, o que torna ainda mais difícil para as vítimas buscarem ajuda. 

A ameaça constante de retirar apoio financeiro, a recusa em permitir que as mulheres trabalhem ou estudem e a manipulação de bens e propriedades são táticas insidiosas que mantêm as mulheres aprisionadas em relacionamentos tóxicos.

 

A violência patrimonial tem consequências devastadoras para as mulheres. Ela pode impedi-las de buscar independência financeira, de tomar decisões que afetam suas vidas e até mesmo de deixar relacionamentos abusivos. Muitas vezes, as vítimas se veem em uma situação em que a saída parece impossível, uma vez que o controle financeiro cria um ciclo de dependência do agressor.

 

Idosos: Vítimas Silenciosas da Exploração Financeira

A violência patrimonial é também uma sombra escura que se estende sobre os idosos, deixando marcas profundas em uma fase da vida que deveria ser de tranquilidade e respeito. Muitas vezes ignorada ou negligenciada, a violência patrimonial contra idosos é uma forma insidiosa de abuso que busca controlar e explorar os recursos financeiros daqueles que são mais vulneráveis. 

Os idosos, frequentemente isolados e dependentes de cuidadores ou familiares, tornam-se alvos fáceis para abusos financeiros. A violência patrimonial a idosos pode se manifestar de várias maneiras, desde a apropriação indevida de bens e recursos até a manipulação psicológica para forçar decisões financeiras prejudiciais. 

Familiares ou cuidadores inescrupulosos podem induzir os idosos a assinarem documentos, transferir propriedades ou ceder recursos sob coação, aproveitando-se da confiança e fragilidade desses indivíduos. 

O isolamento social muitas vezes coloca os idosos em uma posição de maior vulnerabilidade, tornando mais difícil para eles pedirem ajuda ou denunciarem abusos. A falta de compreensão sobre tecnologia moderna também pode impedir que eles detectem fraudes financeiras ou roubos de identidade, deixando-os à mercê de predadores financeiros. 

É alarmante perceber que os próprios familiares, aqueles que deveriam proteger e cuidar dos idosos, muitas vezes são os perpetradores da violência patrimonial. Mais da metade dos crimes de abuso econômico a idosos envolve os parentes mais próximos, como filhos, netos e sobrinhos. O abuso financeiro por parte de filhos, netos ou outros parentes é uma traição dolorosa e uma grave violação de confiança. 

A legislação reconhece a gravidade desse problema e oferece proteção aos idosos. O Estatuto do Idoso, no Brasil, tipifica diversas formas de abuso, incluindo a violência patrimonial. 

No entanto, a conscientização e a denúncia são essenciais para fazer valer esses direitos e garantir que os idosos sejam protegidos contra abusos financeiros. É essencial que a sociedade como um todo esteja atenta a essa forma de violência e se engaje na sua prevenção e no seu combate.

 

A criação de redes de apoio, a educação financeira para os idosos e a conscientização sobre seus direitos são passos cruciais para protegê-los contra a violência patrimonial. Além disso, é fundamental que os idosos tenham acesso a mecanismos de denúncia confiáveis e seguros, para que possam pedir ajuda sem medo de represálias. Nossos idosos merecem respeito, cuidado e proteção. Combater a violência patrimonial é um dever de todos nós, pois somente assim poderemos assegurar que eles desfrutem de uma vida digna e segura em sua terceira idade.

 

Identificação e Prevenção: Empoderando as Vítimas

Reconhecer os sinais da violência patrimonial é o primeiro passo para sua prevenção. O controle excessivo das finanças, a negação de acesso a recursos e as ameaças financeiras são sinais de alerta cruciais. Buscar apoio em redes de amigos, familiares e organizações que combatem a violência é essencial para enfrentar esse ciclo prejudicial.

 

Construindo a Resiliência Financeira

A educação financeira é uma arma poderosa contra a violência patrimonial. Todos podemos buscar a independência financeira por meio da educação e do trabalho. A promoção de relacionamentos saudáveis, baseados na igualdade e no respeito, é fundamental para a erradicação desse abuso.

 

Dicas para Evitar a Violência Patrimonial

Conheça Seus Direitos e Leis: Educar-se sobre seus direitos e as leis que protegem contra a violência patrimonial é um primeiro passo crucial. Familiarize-se com a legislação existente, como a Lei Maria da Penha, e entenda o que constitui violência patrimonial. Isso permitirá que você reconheça e denuncie situações de abuso.

 

Comunicação e Transparência Financeira: Mantenha canais abertos de comunicação sobre assuntos financeiros com seu parceiro ou familiares. Compartilhar informações sobre contas bancárias, investimentos e gastos ajuda a evitar a manipulação financeira. Estabeleça acordos claros sobre o uso conjunto de recursos e tome decisões financeiras juntos.

 

Independência Financeira: Busque manter sua independência financeira, se possível. Tenha uma fonte de renda própria ou reserve uma quantia para suas despesas pessoais. Isso ajuda a evitar situações em que você fica completamente dependente do agressor financeiramente, tornando-se mais vulnerável.

 

Documentação e Registros: Mantenha registros de transações financeiras, documentos pessoais e bens em seu nome. Isso inclui extratos bancários, contratos, propriedades e bens valiosos. Ter documentação sólida protege seus interesses e ajuda a evitar manipulações ou ocultações de patrimônio.

 

Rede de Apoio e Conscientização: Mantenha contato com amigos, familiares e organizações de apoio. Fale sobre suas preocupações e compartilhe experiências. Participar de grupos de conscientização e educação sobre violência patrimonial oferece suporte emocional e informações valiosas para identificar sinais de abuso e buscar ajuda. Lembre-se, a prevenção da violência patrimonial envolve conhecimento, comunicação, independência e apoio. Ao se informar e tomar medidas proativas, você fortalece sua capacidade de proteger seus direitos e manter sua segurança financeira.

 

Conclusão: Rompendo as Amarras Invisíveis

A violência patrimonial transcende as fronteiras materiais e mergulha nas complexidades das relações humanas. Reconhecer e combater esse tipo de abuso requer uma mistura de conhecimento legal, consciência emocional e empoderamento financeiro.

 

Ao educar-se, comunicar-se abertamente, buscar independência e fortalecer sua rede de apoio, você não apenas se defende contra a violência patrimonial, mas também contribui para uma sociedade onde todos têm o direito de prosperar, livre da manipulação financeira. Juntos, podemos criar um ambiente no qual a dignidade, o respeito e a segurança prevalecem, tanto no plano material quanto no emocional.


Desenvolvendo LiÌderes: 7 dicas de capacitação na gestão de equipes gastronoÌ‚micas

 

 A GASS Company, compartilha suas perspectivas sobre o desenvolvimento de líderes e a importância da capacitação na gestão de equipes gastronômicas. 

 

Segundo uma pesquisa realizada pela Forbes, a falta de treinamento e suporte adequados leva 28% dos funcionários a se demitirem nos primeiros 90 a 120 dias de trabalho. Esse dado ressalta a relevância da capacitação de integração e do treinamento contínuo, não apenas para reter talentos, mas também para aumentar a satisfação dos funcionários e reduzir as taxas de turnover.

 

"Investir na capacitação de gestores para alcançar o sucesso em um cenário cada vez mais competitivo. A indústria gastronômica é conhecida por sua dinâmica acelerada e demandas rigorosas", enfatiza Victor Macambira, CMO da GASS Company.  Nesse contexto, a liderança eficaz desempenha um papel fundamental para garantir a qualidade, a eficiência e a satisfação dos clientes. Macambira destaca que "A formação de líderes  e colaboradores competentes é um dos pilares essenciais para alcançar resultados positivos em nosso setor".

 A pesquisa da Forbes evidencia também que o treinamento adequado não só contribui para o sucesso dos funcionários, mas também os faz sentir valorizados e reconhecidos em suas funções. A capacitação de integração desempenha um papel crucial na retenção de novas contratações, oferecendo-lhes as ferramentas e o conhecimento necessários para se adaptarem ao ambiente de trabalho e desempenharem suas funções com confiança. 

A empresa entende que, ao investir na capacitação dos líderes e profissionais da alimentação fora do lar, estará contribuindo para um ambiente de trabalho mais positivo e colaborativo, capaz de gerar impacto positivo nos resultados financeiros e na satisfação geral dos envolvidos. "A busca por maiores lucros, produtividade, alegria e eficiência é uma jornada conjunta que percorremos com nossos clientes, apoiando-os em cada etapa do caminho", afirma Victor Macambira.

 

O executivo listou 7 dicas que você deve fazer para capacitar líderes, confira:

 

1 - "Demonstre claramente a visão de crescimento do seu restaurante para deixar claro para a equipe de liderança a possibilidade de crescimento pessoal e profissional de cada um ao desempenhar com êxito as atividades propostas."

 

2 - "Use as metas e os indicadores de desempenho como aliados para direcionar o caminho e avaliar o desempenho das lideranças com justiça."

 

3 - "Dê espaço para o líder de fato liderar sua equipe e/ou processos. Não deixar sua equipe de liderança com liberdade para gerir seu próprio time é o começo do erro na capacitação de lideranças."

 

4 - "Utilize a técnica dos  2 C’s: Cobrança e colaboração mútuas. Esteja próximo da sua liderança para cobrar seu desempenho, mas fique também disponível para apoiar com o que ele precisar."

 

5 - 'Defina momentos estruturados de fóruns com suas lideranças para que a comunicação e a periodicidade do acompanhamento dos resultados seja organizada. Aposte em fóruns semanais de acompanhamento das metas e mensais para fechamentos de resultados."

 

6 - "Invista em treinamentos de gestão para elevar as competências dos seus líderes."

 

7 - "Abrace as possíveis falhas com a visão de que o problema está provavelmente nos processos e não nas pessoas. Com isso você torna o ambiente seguro para seu funcionário e pode focar sua atenção em melhorar o método de como as atividades são desempenhadas. Existem muitas pessoas na operação, com excelente atitude, mas travadas por medo de errar. Abrace o erro e junto com seus líderes corrija os processos que ocasionaram o erro, desenvolvendo também o modelo de gestão do seu restaurante."

 

Segundo uma pesquisa recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 93% dos restaurantes têm buscado contratar profissionais com pouca experiência e então capacitá-los dentro dos estabelecimentos, de acordo com sua visão e valores, para que assim a equipe esteja alinhada e visando crescimento da empresa, em conjunto. A mesma pesquisa, que foi realizada com 2.615 empresas, mostrou que 74% dos entrevistados já possuem essa cultura de ascensão profissional.

Seguindo o cenário da pesquisa acima, no qual 93% dos restaurantes têm buscado contratar profissionais com pouca experiência e capacitá-los dentro dos estabelecimentos, é essencial que essas empresas estejam preparadas para receber esses novos contratados do setor da gastronomia. Para garantir o sucesso desse modelo de contratação e ascensão profissional, é fundamental que as empresas possuam profissionais líderes em suas funções, devidamente capacitados para orientar e desenvolver esses novos colaboradores. Ao contar com uma equipe alinhada aos valores da empresa e visando o crescimento conjunto, essas organizações têm maiores chances de prosperar no mercado gastronômico.

 

GASS Company
https://gassacademy.com/


Influenciadores: como trabalhar de forma estratégica

Na comunicação com o mercado, é preciso alinhar a interação com influencers com aspectos essenciais do negócio. Saiba o que levar em conta nessa jornada

 

Nos últimos anos, se tornou praticamente um consenso de mercado que contar com influenciadores como parte de uma estratégia de comunicação era não apenas necessário, mas praticamente obrigatório. E, de fato, inúmeros casos de sucesso e argumentos existem para defender essa ideia. Só para citar alguns pontos: 

·         Influenciadores criam uma via adicional de contato da marca com o público, oferecendo sua credibilidade como avalista;

·         Consumidores não confiam em publicidade tradicional e têm ressalvas a comunicação das próprias marcas;

·         Influenciadores são vistos como pessoas capazes de apresentar novas marcas e produtos para os clientes de uma forma tida como mais imparcial;

·         Atuar com influenciadores permite que as marcas sejam mais ágeis na exploração de redes sociais emergentes ou de inovar em suas estratégias de comunicação.

 

Um estudo divulgado recentemente pela Opinion Box a partir de entrevistas com 1.500 usuários brasileiros do TikTok mostra que 52% deles gostariam que as marcas usassem mais a rede social para divulgar seus produtos. Como é preciso estar onde o cliente está, expandir a presença em mídias sociais e dar foco aos influenciadores como uma forma de participar das conversas parece ser um caminho óbvio de atuação.


O problema de tudo o que parece óbvio, porém, é assumir que dará certo sem uma estratégia clara embasando as ações. No caso da comunicação via influencers, é preciso ter uma estratégia muito bem definida, para otimizar investimentos e colher melhores resultados.


 

Conte com personalidades afins

 

Parte do nosso trabalho como agência de comunicação é ajudar nossos clientes a identificar oportunidades de relacionamento com os clientes em uma atuação 360 graus. Vamos bem além da assessoria de imprensa para buscar, em podcasts, eventos, comunicação via influencers e uma série de outras maneiras, as melhores maneiras de fazer com que cada cliente fale com seu público.

 

Com esse posicionamento, precisamos estar sempre atentos para perceber quem são os influenciadores que fazem sentido dentro da estratégia, da personalidade e dos objetivos de negócios de cada marca. Neste trabalho, é preciso dizer “não” com muita frequência.

Isso porque o trabalho com influenciadores não deve ser visto como uma oportunidade – e sim como um match de personalidades que poderá ser rápido ou duradouro, mas que será eterno enquanto dure (como diria o poeta). Por isso, o principal pilar de uma estratégia de comunicação via influencers é identificar quais são as pessoas e canais que fazem sentido para a marca e para o consumidor.

O influenciador precisa ter fit com a marca – mesmo que seja a primeira vez em que os dois trabalham juntos. O público-alvo e o tom de voz precisam fazer sentido, mesmo que se trate de uma ação de guerrilha, feita para surpreender. O espaço é amplo para exercer a criatividade, mas é preciso estabelecer uma comunicação de pessoa para pessoa – do influencer para a audiência.

Nesse processo, o influenciador precisa ser reconhecido pelos consumidores como alguém apto a emitir uma opinião sobre o produto que está vendendo (seja um produto real, como uma camiseta, ou a credibilidade de uma empresa como líder em conteúdo). Mas existe uma camada que pouca gente aborda...

 

Qual é o impacto sobre o negócio?

Na maioria dos casos, os resultados das ações com influenciadores ainda se baseiam em métricas “de vaidade”, como o número de views, likes e compartilhamentos. No dia a dia dos negócios, é preciso ir muito além disso para gerar relevância para o negócio.

Não que essas métricas não sejam importantes – afinal de contas, o alcance conta muito na presença de uma marca no mercado. Mas é preciso ir além disso e conectar esses números aos objetivos-chave do negócio. Os OKRs, na sigla em inglês, apresentam esses objetivos e fornecem balizadores muito claros do que é importante, naquele momento, para o negócio.

Estruturar a comunicação segundo os OKRs da empresa garante um alinhamento das ações com o que é mais relevante do ponto de vista de negócios: gerar faturamento de forma consistente, atraindo novos clientes, retendo os consumidores atuais e ampliando seu tíquete médio.

Com o uso de OKRs e seu desdobramento em indicadores-chave de desempenho (KPIs) para as ações de comunicação, a empresa consegue responder à “pergunta de um milhão de dólares”: “qual é o impacto dessas ações para as vendas?” Mesmo que o objetivo direto da ação não seja a geração de vendas (dificilmente alguém termina um podcast e vai às compras), ela precisa contribuir para a consolidação da imagem da marca dentro daquele mercado, para que o público que segue o influenciador passe a considerar seus produtos e serviços como possibilidades viáveis.

Essa é uma estratégia de médio e longo prazo, que constrói, a partir de cada interação com o público, novas oportunidades de relacionamento. É preciso ser constante e consistente, seja nas relações diretas com consumidores finais (B2C), seja no relacionamento com empresas (B2B). Inevitavelmente, quando um negócio não parte dos OKRs para identificar onde e como se apresentar para o mercado, a consistência fica em segundo plano.

 

Nem tudo são flores


Nesse aspecto, é preciso estar muito atento a um ponto importante no uso de influenciadores como uma forma de dar impulso aos negócios. Como o influencer de certa forma “empresta” sua credibilidade para o negócio, ruídos na comunicação do influenciador podem respingar em sua marca.

Já vimos inúmeros exemplos: um influenciador cresce, ganha visibilidade e, em algum momento, faz um comentário ofensivo / misógino / elitista / racista que afeta sua imagem e a de todas as marcas que estão conectadas a ele. Somos todos seres humanos e falhamos muitas vezes, mas quando a credibilidade de um negócio (e a vida de dezenas, centenas ou milhares de pessoas que trabalham na empresa) está envolvida, é preciso ser muito mais

cuidadoso.

Aqui, os OKRs também podem dar uma contribuição muito importante. O alinhamento do perfil dos influenciadores aos objetivos-chave do negócio traz para a discussão questões como o posicionamento e o propósito da empresa e do influencer. E, inevitavelmente, essas questões acabam sendo fundamentais para o sucesso do negócio no longo prazo.

Por isso, ao desenvolver uma estratégia de comunicação que tenha o relacionamento com influenciadores como um ponto importante, vá além das métricas de alcance: alinhe seus objetivos-chave e o propósito do seu negócio ao que o influencer pode trazer. E seja seletivo: relevância não se constrói de forma massificada, mas com sabedoria.

 

Fabiana Ramos - pós-graduada em Gestão Comercial, com 20 anos de experiência em empresas multinacionais, hoje é a CEO da PinePR, agência de relações públicas especializada em scale-ups e empresas de tecnologia e inovação. Responsável, principalmente, pela expansão comercial da agência e pelo avanço da oferta de produtos e serviços. Ela tem a missão de colocar em prática as decisões tomadas no conselho administrativo da empresa, reforçar o posicionamento da PinePR como referência no mercado e garantir a melhor experiência para os clientes. Em sua última experiência, Fabiana atuou por 3 anos na expansão comercial da Swarovski no mercado B2B, desenvolvendo uma abordagem internacional de vendas com foco intensivo nos países da América Latina.

 

Liderança é uma habilidade natural, mas que também pode ser adquirida, desenvolvida e potencializada

O papel dos líderes é essencial em qualquer organização. Eles são responsáveis por guiar, motivar e inspirar suas equipes em direção ao sucesso. No entanto, uma questão intrigante persiste: essas pessoas já nascem com essa habilidade, ou é possível desenvolvê-la ao longo do tempo?

A discussão sobre a liderança ser natural é objeto de debate por décadas. Há teorias que sugerem que algumas pessoas têm traços de personalidade que as tornam naturalmente líderes, como carisma, confiança, empatia e habilidades de comunicação. Por outro lado, há uma corrente que defende que a liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida por meio de experiências, aprendizado e prática.

Entendo que essa habilidade complexa e multifacetada pode ser influenciada tanto por traços naturais quanto por aprendizado e desenvolvimento contínuo. Embora algumas pessoas possam ter uma vantagem inicial devido a suas características, qualquer indivíduo que esteja disposto a aprender e crescer pode se tornar um líder eficaz. O compromisso com o desenvolvimento pessoal e o aprimoramento das habilidades de liderança ao longo do tempo são fatores-chave para se tornar um líder capaz de inspirar e guiar uma equipe rumo ao sucesso.

É inegável que algumas pessoas parecem possuir características naturais que as tornam líderes eficazes desde cedo. E alguns desses traços incluem:

Carisma: Pessoas carismáticas têm a habilidade de atrair e inspirar os outros. A presença e personalidade cativante facilitam sua liderança e influência.

Inteligência Emocional: Líderes com alta inteligência emocional têm a capacidade de compreender e gerenciar suas próprias emoções e as emoções dos outros. Essa habilidade permite que eles se conectem de maneira significativa com suas equipes.

Comunicação Efetiva: A capacidade de comunicar ideias e visões de forma clara e persuasiva é um traço valioso para líderes. Alguns indivíduos possuem uma habilidade natural para se expressarem de maneira impactante.

Confiança: A confiança em si mesmo e em sua equipe é fundamental para liderar com sucesso. Alguns líderes têm uma confiança tão inabalável que são capazes de enfrentar desafios e tomar decisões difíceis nos mais diversos momentos.

O Desenvolvimento da Liderança

É importante destacar que a liderança também pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Muitas dessas habilidades podem ser aprendidas, aprimoradas e fortalecidas por meio de experiências, educação e esforço contínuo. Algumas maneiras de desenvolvê-las incluem participar de cursos, seminários e treinamentos específicos que podem fornecer insights valiosos e ferramentas práticas para melhorar as habilidades de liderança.

A experiência é um dos melhores professores. Liderar projetos, equipes ou grupos informais pode proporcionar a oportunidade de aprender com os sucessos e fracassos. Buscar feedback de colegas e subordinados, além de fazer uma autoavaliação honesta, permite identificar áreas de melhoria e trabalhar nelas para se tornar um líder melhor.

Além disso, adaptabilidade e abertura para mudanças também são dois pontos fundamentais para quem está disposto a aprender com novas situações e ajustar suas abordagens conforme necessário.

 

Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, Europa, África e Ásia, tendo feito especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br.

 

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