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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

No Dia dos Pais, confira dicas para manter a boa saúde em meio à correria

Especialista explica como ter um estilo de vida saudável aliado às demandas da rotina


Conciliar a paternidade com a vida cotidiana já é desafiador por si só. Alinhar toda a demanda gerada por filhos, trabalho, vida social, relacionamento e ainda ter uma alimentação saudável chega a parecer impossível para muitos, mas não é. 

Segundo Deise Doi, nutricionista pós-graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase, criadora do método de emagrecimento Magra&Livre, que envolve a reprogramação da mente para perder a fome e estratégias que secam e aceleram o metabolismo, além de fundadora da Clínica de Injetáveis InjetSlim, são vários os homens com queixa de desânimo, insônia, irritabilidade e depressão, algo que aumentou após a pandemia de Covid-19. “Por isso é importante adotar hábitos saudáveis. Além de fazer bem à saúde, é um ótimo exemplo para os filhos”, revela. 

Uma das orientações da nutricionista é planejar as refeições com antecedência, o que ajuda a evitar uma escolha por alimentos não saudáveis na última hora, por falta de tempo. Ter um plano antecipado também contribui com uma maior variedade nutricional, trazendo uma mistura pensada dos grupos alimentares e incluindo no cardápio frutas, vegetais, proteínas, poucos grãos integrais e laticínios com alto teor de gordura e baixa caseína e lactose, como os queijos curados, por exemplo.

Outro ponto importante, segundo a especialista, é controlar as porções para evitar excessos, para isso, o ideal é treinar a mastigação correta e aprender sobre saciedade, e manter uma hidratação adequada, bebendo bastante água ao longo do dia e evitando refrigerantes ou outras bebidas açucaradas. “Uma lista eficaz de atitudes e dicas para manter a boa saúde no dia a dia é consumir menos açúcar, beber álcool apenas esporadicamente, consumir muita água, dormir bem, fazer exercício de força, manter o consumo de proteína, não excluir gordura natural da alimentação, evitar inflamatórios como leite, glúten, refrigerantes e fast foods e, se necessário, suplementar com magnésio, creatina e vitaminas lipossolúveis. Para isso, é preciso procurar ajuda profissional. Também é importante avaliar níveis hormonais e ter tempo de qualidade para manter o cortisol adequado (baixo estresse), entre outros”, acrescenta.

Ter à mão sempre um lanchinho saudável pode ser bastante útil, como castanhas, iogurte natural e frutas como abacate e coco. Além de contribuir com mais energia e tirar a fome, eles auxiliam na ingestão correta de nutrientes, segundo a nutricionista. Reduzir açúcar e sal, cozinhar em casa na medida do possível e executar atividades físicas são outros pilares da boa saúde. “E tente sempre incluir os filhos nessas ações, para que eles possam se familiarizar a um modo de vida com mais qualidade”, sugere Deise. 

A nutricionista ressalta que o equilíbrio é essencial para manter o corpo em bom estado. Sair da dieta vez ou outra não é o problema, mas sim manter hábitos ruins com frequência. As mudanças também podem ser realizadas de maneira gradativa - pouco a pouco, e os resultados vão surgindo. De qualquer maneira, Deise orienta que é sempre importante buscar um profissional que possa ajudar nessa caminhada para ter resultados mais efetivos.     


Deise Doi - Palestrante e nutricionista com mais de 15 anos de experiência, pós-graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase. Fundadora da Clínica de Injetáveis InjetSlim e criadora do método de emagrecimento Metabolismo Magro, que abrange três elementos: perder a fome falsa, ter acesso às estratégias mais efetivas e acelerar o metabolismo.
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Sorriso radiante: saiba como a prevenção pode ser sua maior aliada

Foto: Internet
Entenda a importância de fazer visitas regulares ao dentista

 

Um sorriso radiante é um indicador de uma boa saúde bucal, e a prevenção desempenha um papel crucial nesse processo. Ao cuidar adequadamente dos dentes e das gengivas, é possível evitar diversos problemas odontológicos e garantir um sorriso bonito e saudável ao longo da vida.

 

O Dr. Roberto Gamarano, dentista e sócio proprietário da Clínica Odontológica Santé - Santo Agostinho - Belo Horizonte,  explica a importância da prevenção na manutenção de um sorriso radiante e na saúde bucal em geral. “Problemas de saúde bucal como a cárie e doenças de gengiva podem afetar diretamente a estética do paciente, causar dores, infecções e até mesmo levar o paciente a problemas sistêmicos. Recentemente, um estudo científico relacionou infecções gengivais a mais de 11 doenças sistêmicas, dentre elas diabetes, pneumonia e até demência”, enfatiza. 

 

Os hábitos de higiene bucal recomendados para alcançar e manter um sorriso saudável são: escovação três vezes ao dia, após as principais refeições (café da manhã, almoço e janta) acompanhada do uso do fio dental. “Essa simples rotina de escovação pode prevenir as cáries e as doenças periodontais. Além disso, é importante adicionar a escovação da língua, isso porque muitas bactérias relacionadas com mau hálito se aderem nessa região”, completa Dr. Roberto. 

 

A importância das visitas regulares ao dentista

 

O dentista é capaz de personalizar a prevenção de acordo com a necessidade de cada paciente. Alguns precisam de visitas a cada três ou quatro meses, a grande maioria de seis em meses, e alguns podem até prolongar esse período. ”É a prevenção que o dentista realiza a limpeza, realiza radiografias de controle e garante a manutenção da saúde do paciente”, afirma o dentista. 

 

Os sinais de alerta que os pacientes devem observar em relação à saúde bucal e que requerem uma visita imediata ao dentista são: dor, sangramento gengival, mau hálito, fio dental desfiar ao rasgar entre os dentes. 

 

Hábitos de vida como tabagismo e consumo de álcool, podem afetar negativamente a saúde bucal. “O  consumo associado de cigarro e  álcool é a principal causa de câncer bucal. O uso do cigarro também está  associado a mau hálito e doenças gengivais de perda óssea. Já o álcool,  cárie dentária devido ao açúcar, erosão do esmalte devido a acidez de algumas bebidas consumidas em excesso, irritação da gengiva”, conclui Dr. Gamarano. 

 

Fonte: Dr. Roberto Gamarano – Dentista e Sócio Proprietário da Clínica Odontológica Santé - Santo Agostinho - BH.

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Relatório da OMS aponta que cinco pessoas morrem a cada minuto no país devido a erros médicos


A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório alarmante que aponta para o aumento global na ocorrência de erros médicos. No contexto do Brasil, o Anuário de Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), revelou que cinco pessoas morrem a cada minuto no país devido a erros médicos. 

“Esses dados e pesquisas destacam a crescente incidência de eventos adversos na área da saúde. No contexto brasileiro, alguns números merecem atenção especial”, afirma a advogada Andrea Ferreira, gestora da área de Saúde do Peck Advogados.  Entre eles, a especialista cita que o Brasil tem 50 mil novos médicos por ano no país, 500 demandas judicializadas relacionadas à saúde e 35 mil novos processos por erro médico. 

Entre as especialidades mais expostas à judicialização estão ginecologia e obstetrícia, cirurgia plástica, ortopedia, medicina de emergência e cirurgia geral. Os valores envolvidos nas indenizações variam de R$ 10 mil a R$ 800 mil. 

Diante deste cenário, a advogada indica algumas recomendações, para as pessoas e operadoras, que, embora possam parecer básicas e repetitivas, muitas vezes são negligenciadas na defesa e prevenção de eventos adversos. 

São elas:

- buscar atualização constante na área de atuação, tanto para profissionais quanto para entidades hospitalares;

- estar atento às boas práticas no dia a dia e conscientizar-se sobre a importância das práticas preventivas;

- utilizar diretrizes, protocolos e estabelecer uma comunicação clara e transparente entre médicos e pacientes, especialmente na obtenção de consentimento informado;

- conscientização dos direitos dos pacientes, bem como dos médicos e demais profissionais de saúde;

- conhecer a legislação brasileira que caracteriza um erro médico como imprudência, negligência e imperícia;

- considerar as consequências éticas junto aos Conselhos de Classe, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), além das ações judiciais. 

“Sempre bom lembrar que hospitais e operadoras de planos de saúde devem realizar melhorias nos processos operacionais, os hospitais capacitar sempre a equipe médica e demais profissionais da área e, claro, consultar um advogado quando necessário”, ressalva Andrea.


Mais de 1 criança/dia entra na fila de transplante de córne

Diagnóstico precoce evita a cirurgia.

 

O relatório da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) mostra que nos primeiros 90 dias do ano ingressaram na lista de espera por transplante de córnea mais de uma criança/dia.  Foram 106 inscrições. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, o ceratocone responde no Brasil por 70% dos transplantes de córnea. Isso porque, a doença é um distúrbio progressivo, geralmente bilateral. que afina e aumenta a curvatura da córnea, causando alterações biomecânicas nas fibras de colágeno. Estudos mostram que quando a doença surge na infância este processo tende a ser mais rápido do que em adultos. Provoca miopia, astigmatismo irregular e grave comprometimento visual.   “A detecção e o tratamento precoces, interrompem a progressão e podem evitar o transplante de córnea, está sujeito à rejeição e nem sempre proporciona boa acuidade visual”, pontua.

 

Como barrar a progressão

Para se ter ideia, o oftalmologista afirma que normalmente nossa córnea, lente externa do olho que responde por 2/3 da refração, tem uma espessura que varia de 470 a 550 micras (milésimos de milímetros). O mais frequente, pontua, é o ceratocone surgir entre 12 e 18 anos, mas pode estar latente desde a infância, embora esta não seja a regra.  Alguns pacientes só desenvolvem a doença aos 30 ou 40 anos.  “Uma criança com ceratocone pode perder 180 micras da córnea em meses. Por isso, o tratamento tem de ser diferenciado para impedir o transplante de córnea”, salienta.

Queiroz Neto afirma que geralmente a indicação do crosslink, único tratamento que interrompe a progressão do ceratocone, só é indicado após alguns meses de acompanhamento da doença, visando confirmar a progressão.  Na infância, observa, requer aplicação imediata de croslinking caso a córnea ainda tenha a espessura mínima de 400 micras. Isso porque, explica, abaixo desta espessura o procedimento é contraindicado. “A cirurgia é ambulatorial e consiste na reticulação das fibras de colágeno da córnea através da aplicação de luz ultravioleta associada à riboflavina (vitamina B2) que aumenta em até 3 vezes a resistência da córnea, explica. A criança ressalta, responde melhor ao crosslinking e frequentemente ganha algumas linhas de visão, embora não seja este o objetivo do tratamento. Em jovens adultos, nem sempre o procedimento impede a progressão. Em um levantamento realizado por Queiroz Neto com 315 pacientes de 16 a mais de 26 anos 88% afirmaram que o crosslink interrompeu a progressão e 45% também tiveram melhora da acuidade visual.

 

Sintomas e sinal de alerta

Queiroz Neto afirma que os sintomas do ceratocone são: perda progressiva da visão, grande sensibilidade à luz, olhos irritados, troca frequente dos óculos, visão embaçada e desfocada. O oftalmologista ressalta que nem todos apresentam sintomas logo no início. Por isso, alerta os pais que o astigmatismo em crianças pode progredir para ceratocone. Por isso, devem passar por uma bateria completa de exames mesmo que não apresente qualquer sintoma. Isso porque, detectar o ceratocone ainda insipiente pode permitir enxergar bem sem óculos ou lente de contato.

O diagnóstico, ressalta inclui exame de refração, análise do globo ocular com lâmpada de fenda, tomografia, topografia, tomografia de coerência óptica (OCT), estudo biomecânico da córnea e aberrometria ocular que faz a varredura de aberrações ou pequenas imperfeições na córnea.

 

Tratamento e prevenção

O oftalmologista afirma que na fase inicial o tratamento é feito com óculos. Conforme a doença progride é indicado o uso de lente de contato rígida para aplanar o formato da córnea e melhorar a refração.

Evitar coçar os olhos é a principal recomendação do oftalmologista para prevenir o ceratocone. “A fricção dos olhos fragiliza as fibras de colágeno. Isso porque, estimula a liberação de proteinases que afinam a córnea”, explica. Por isso, a Síndrome de Down e a atopia são fatores de risco para desenvolver a doença. A hereditariedade, citada em alguns ensaios, só é encontrada em 20% dos casos.

 

Outras terapias

Queiroz Neto ressalta que o implante de anel intraestromal que aplana o formato da córnea também pode evitar o transplante. “Outra terapia nada invasiva é a lente escleral que fica apoiada na esclera, parte branca do olho, invés de se apoiar na borda da córnea. Por isso,  em alguns casos pode evitar o transplante, mas só o crosslinking interrompe a progressão da doença, conclui.

 

Dia dos Pais com saúde em dia: família é aliada nos cuidados de rotina

Homens tendem a dar menos importância para
exames de rotina e, segundo especialista,
família é essencial no incentivo aos cuidados
com a saúde 
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Para cada homem que busca um médico especializado, há seis mulheres que mantêm rotina ginecológica; saiba quais exames necessários em cada etapa da vida

 

O Dia dos Pais pode ser uma ótima oportunidade para lembrar, com carinho, que eles precisam cuidar da saúde. Para quem é pai ou tem o pai ao lado, o lembrete é: mantenha sempre em dia os exames de rotina. Afinal, são esses exames que podem detectar doenças precocemente, aumentando as chances de sucesso nos tratamentos. 

Cada faixa etária e estágio da vida apresentam necessidades específicas. Portanto, é aconselhável realizar consultas anuais com um médico de confiança, que pode ser um urologista, clínico geral, médico da família ou cardiologista, entre outros. 

O médico urologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Gino Pigatto Filho, ressalta que a família, especialmente esposa e filha, ajudam no cuidado da saúde do homem. “As mulheres acabam estimulando o pai ou o marido a ir atrás de pequenas queixas ou simples exames de rotina. Isso faz com que ele detecte doenças numa fase mais precoce, quando são mais facilmente tratáveis”, observa Pigatto Filho. 

O urologista também destaca a importância do convívio social para os idosos. “Diversas pesquisas em todo o mundo indicam que os idosos que possuem  uma rede de apoio, com pessoas que cuidam, monitoram e oferecem assistência, tendem a viver mais e com qualidade de vida melhor”, conclui.


Check-up em dia

O alerta vale para o Dia dos Pais, principalmente porque os homens tendem a dar menos atenção aos exames de rotina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em 2022, mais de 1,2 milhão de mulheres se consultaram com ginecologistas, enquanto que apenas 200 mil homens marcaram consultas com urologistas. Isso indica que, para cada homem que busca um médico especializado, há seis mulheres que mantêm a sua rotina ginecológica.

O urologista reforça também a importância de o homem ter o hábito de fazer a palpação dos testículos, da mesma forma que as mulheres fazem o autoexame de mama. “Como é um exame simples, é interessante que os homens façam a palpação testicular pelo menos uma vez por mês. Este hábito é especialmente recomendável para homens com menos de 50 anos, para quem não há indicações de exames mais específicos para a próstata, mas todos devem fazer”, enfatiza Pigatto Filho. 

O check-up básico normalmente inclui os seguintes exames:


De sangue:

  • Hemograma - analisa as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas).
  • Colesterol (HDL, LDL e triglicerídeos) e triglicerídeos - verificam as gorduras presentes no sangue.
  • Glicemia - mede a taxa de açúcar no sangue e para acompanhamento de diabetes.
  • TSH e T4 livre - para avaliar o  funcionamento da tireoide. 
  • Creatinina - indica o funcionamento dos rins.


Pressão arterial

  • Exame que pode mostrar alterações tanto na pressão sanguínea como na hipertensão, que são fatores de risco para doenças neurocardiovasculares


De urina

  • Parcial de urina - analisar composição das substâncias presentes na urina


Investigação de DST

  • Verifica se o paciente tem sífilis, hepatites ou HIV. Exames recomendados para casos em que não há parceira sexual fixa.


Exames por idade:

40+

  • Eletrocardiograma - serve para verificar o funcionamento do coração, bem como para identificar insuficiência, arritmias e outras doenças.
  • Avaliação periódica com cardiologista


50+

  • Próstata 

- o exame do toque retal é realizado para analisar alterações de formato e consistência da glândula. A periodicidade do exame varia conforme a orientação médica. Homens com histórico de doença de próstata na família devem iniciar o acompanhamento mais cedo. 

- PSA Total - exame de sangue utilizado para rastreio de câncer de próstata

  • Colonoscopia - o mais indicado para detectar o câncer de reto e intestino grosso. Além de avalia a mucosa intestinal. Homens com histórico de doença na família devem antecipar a realização do exame.


60+

  • Densitometria óssea - exame para medir a densidade dos ossos, verificando grau de osteopenia e osteoporose

ANS aprova inclusão de radioterapia de IMRT para câncer de pulmão, esôfago e mediastino

A incorporação de radioterapia de intensidade modulada (IMRT) para câncer de pulmão, mediastino e esôfago foi aprovada na segunda (7) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O órgão avaliou os benefícios para da incorporação da técnica IMRT em comparação com a técnica conformada

 

Inicialmente contrária à incorporação de radioterapia de intensidade modulada (IMRT) para tratamento de neoplasias de tórax (câncer de pulmão, mediastino e esôfago) a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu seu parecer favorável à técnica durante a 6ª Reunião Extraordinária de Diretoria Colegiada, na segunda (7). A nota técnica de recomendação final veio após análise de relatório técnico da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e da realização, de 1 a 20 de junho, da Consulta Pública nº 110. Antes desta decisão, a radioterapia de IMRT estava no rol de procedimentos da agência apenas para tumores de Cabeça e Pescoço. Além da SBRT, outras entidades que contribuíram no processo foram o Instituto Oncoguia, Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Associação Brasileira de Câncer Gástrico (ABCG) e Todos Juntos Contra o Câncer.

Ao manifestar os fatores que resultaram na alteração do parecer, antes desfavorável à incorporação, foi o potencial ganho de sobrevida global e menor toxicidade, evidenciado por estudos científicos. A nota técnica de recomendação final da ANS afirma que “o uso amplo e consolidado da IMRT, bem como seus benefícios para redução da toxicidade de curto e longo prazo relacionada à radiação, foram francamente corroborados por especialistas e outros interessados, que reforçam a importância da incorporação de uma técnica mais segura para o paciente e da ampliação das opções de radioterapia disponíveis no Rol para o tratamento de tumores de pulmão, mediastino e pulmão”.

O radio-oncologista e presidente da SBRT, Marcus Simões Castilho, celebra o parecer favorável à incorporação e destaca que a técnica de IMRT é a única com capacidade de entregar radiação concentrada no tumor. No caso de irradiação no tórax, é feita a modulação para se atingir – com uma dose alta e segura - apenas o tumor e, assim, são poupados os órgãos saudáveis ao redor, como coração, esôfago, pulmões e medula espinhal, evitando sequelas graves nesses órgãos. “Essa técnica é a mais avançada que existe e a utilizamos no Brasil há mais de 20 anos. É considerada padrão na maior parte do mundo”, complementa o radio-oncologista Robson Ferrigno, diretor de defesa profissional da SBRT.

O próximo passo, afirma a SBRT, é manter o tema em aberto, buscando incorporações para tratamento de pacientes com tumores de outras localidades. O relatório da SBRT aponta que, em países de medicina socializada, como Canadá e Reino Unido, mais da metade dos pacientes com tumores de outras regiões do corpo (além da região de cabeça e pescoço, pulmão, mediastino e esôfago) recebem radioterapia com IMRT como técnica de tratamento. A entidade argumenta que a IMRT seja a técnica escolhida de tratamento sempre que se tenha por intenção aumentar, de forma significativa, as chances de cura do paciente, bem como em situações de alto risco de toxicidade, onde a redução de dose de radiação possa minimizar de forma significativa estes efeitos.

O Relatório RT2030, também produzido pela Sociedade Brasileira de Radioterapia, mostra que 70% dos serviços privados dispõem da técnica de IMRT e a utilizam. O efeito que esta incorporação no Rol trará é que os outros 30% que não têm a técnica, investiriam e seriam devidamente remunerados.


Investimento e custo-efetividade - Para ser realizada, a IMRT exige investimentos em hardware e software específicos e se utiliza o mesmo equipamento que as demais técnicas de radioterapia, que é o acelerador linear. Os tratamentos com IMRT consomem mais tempo de pessoal durante simulação e planejamento, mais tempo de equipamento para entrega de dose, além de cuidados mais precisos com controle de qualidade e segurança de tratamento, exigindo maior treinamento de toda a equipe envolvida. Por sua vez, estudos evidenciam ser uma técnica custo-efetiva e com impacto na redução de mortalidade.


Tumores no tórax em números - O câncer de pulmão é o terceiro mais comum nos homens e quarto entre as mulheres, totalizando mais de 32 mil novos casos previstos para 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer de esôfago também está entre os mais incidentes nos brasileiros, somando mais de 11 mil casos anuais.  Deste total, 7 entre 10 pacientes recebem a indicação de radioterapia, informa a SBRT. Em todo o mundo, de acordo com o Global Cancer Observatory, da Organização Mundial da Saúde, o câncer de pulmão é o mais letal no mundo, com 1,8 milhão de mortes anuais.



Sociedade Brasileira de Radioterapia – SBRT
https://sbradioterapia.com.br/

 

Comissão de Doação de Sangue e Órgãos do Hetrin realiza ação de conscientização

Mensalmente os membros da unidade do governo de Goiás se reúnem para divulgar e explicar a importância das doações para a população  



Membros da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e do Comitê Transfusional (CT) do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), unidade do governo de Goiás gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), se reuniram para conscientizar os moradores de Trindade sobre a importância da doação de órgãos e de sangue como gestos de amor capazes de salvar muitas vidas.

“É um trabalho de formiguinha”, define a gerente de enfermagem e coordenadora da CIHDOTT, Pollyana Bueno, ao descrever o esforço da equipe. "Se pelo menos uma pessoa decidir doar, já alcançamos nosso objetivo do dia". É assim, pessoa por pessoa, que as bolsas do banco de sangue do Hemocentro Estadual Coordenador de Goiás – Professor Nion Albernaz (HEMOGO) são preenchidas, e muitas vidas são salvas a cada doação.

Durante a ação de conscientização, os membros das equipes do Hetrin distribuíram panfletos explicativos e abordaram pedestres e ciclistas que passeavam pelo Parque Lara Guimarães, tirando dúvidas e falando da importância que esses gestos, seja da doação de sangue, órgãos ou de tecidos, contribuem para salvar muitas vidas.


Como ser doador de órgãos?

Uma das principais dúvidas é sobre o processo de doação de órgãos. Não há necessidade de fazer um cadastro específico, nem ter a autorização adicionada à carteira de identidade (RG). "Basta você ter a vontade de ser doador e comunicar isso aos seus familiares, amigos e pessoas mais próximas, pois, atualmente, em caso de possibilidade de doação, são os familiares que tomam essa decisão”, explica o médico e membro do CIHDOTT do Hetrin, Igor Ferreira.

Dessa forma, você se torna automaticamente elegível para a doação de órgãos no caso de uma internação no hospital e de uma eventual morte encefálica. “Manifestar esse desejo de ser doador evita dúvidas ou dificuldades para os familiares em um momento delicado. Portanto, é fundamental compartilhar sua decisão em vida com seus entes e amigos”, ressalta o membro do CIHDOTT.


Como doar sangue?

Quando o assunto é doação de sangue, o processo é bastante simples. O voluntário precisa cumprir alguns pré-requisitos, como pesar mais de 50 kg, ter entre 16 e 69 anos (menores de idade mediante autorização dos pais) e estar em boas condições de saúde. Os candidatos passam por uma triagem de avaliação para verificar se atendem aos critérios estabelecidos.

A coleta dura, aproximadamente, de 8 a 12 minutos, e o processo completo, incluindo a triagem, leva pouco mais de 30 minutos. É importante lembrar que a retirada não afeta em nada nosso organismo, pois ele se recupera e alcança os níveis normais de sangue em até 72 horas.

Para facilitar o atendimento de quem quer doar sangue e não deseja esperar, o Hemocentro de Goiás conta com o agendamento online que pode ser feito pelo site (https://agenda.hemocentro.org.br/) e também pelo telefone 0800 642 0457 (ligação gratuita).

A doação de sangue é de extrema importância e pode ajudar a salvar até quatro vidas. No Comitê Transfusional do Hetrin, o lema "Seu tipo de sangue é o tipo certo de alguém!" incentiva doadores a vivenciar a oportunidade de oferecer esperança e ajuda para quem mais precisa.


Imunizante contra a dengue começa a ser aplicado em todo país

 "As clínicas particulares já estão oferecendo a vacina, que não será incorporada, nesse momento, ao calendário do SUS"


A dengue é uma doença que, infelizmente, acomete milhares de brasileiros todos os anos. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o crescente número de casos na América, que no 1º semestre de 2023 contabilizou cerca de 2,9 milhões de registros, sendo que 80% deles são do Brasil, que teve um aumento de 70% de contágio, de acordo com a média registrada nos últimos 5 anos.

A doença que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti pode evoluir para casos gravíssimos, a chamada dengue hemorrágica que pode até levar à morte. Para evitar a proliferação do contágio, medidas são tomadas em todas as regiões do País e mutirões são formados a fim de eliminar possíveis focos de dengue, entretanto, mesmo com a ajuda da população, os casos continuam a subir.

Hoje, a forma mais eficaz de não desenvolver a doença é por meio da vacina. No Brasil, o imunizante QDenga, fabricado pelo laboratório Takeda, já está disponível na rede particular. “Pessoas de 4 a 60 anos podem ser imunizadas, independente de ter pego a doença ou não, esse é o grande diferencial dessa nova vacina.  A aplicação consiste em 2 doses com intervalo de 3 meses”, conta Thaís Farias, sócia diretora da AMO Vacinas. 

Já para o SUS, existe uma vacina em fase 3 de pesquisa clínica, que será incorporada de acordo com as análises e discussões nos comitês orçamentários, mas ainda não há previsão e nem informações sobre a faixa etária que será designada.

Vale lembrar da importância da vacinação para a erradicação e eliminação de doenças, apenas no ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde mais de 1000 brasileiros morreram após contrair a dengue, algo que não era registrado desde meados dos anos 80.  Já os casos, tiveram um aumento de mais de 160%, chegando ao número de 1.450.270 pessoas infectadas.

Tendo em vista esse cenário, a rede AMO Vacinas, especializada em tornar o momento da vacinação o mais confortável e humanizado possível, passou a oferecer em seu portfólio esse imunizante. O valor de cada dose é  R$599,00 e a AMO preparou um combo por  R$ 1.099, 00 com as duas doses. Como estamos a poucos meses do pico da doença, uma vez que é durante o Verão que ocorre uma explosão de casos, segundo Thaís, esse é o momento ideal para que a população se vacine e esteja com as duas doses entre novembro e dezembro. 

“A procura está cada vez maior, mas ainda sentimos muita desinformação por parte da população. A ideia de se vacinar contra a dengue é muito nova, mas estamos batalhando para que cada vez mais brasileiros saibam da existência do imunizante e se protejam, afinal, dengue é uma doença instável, que pode causar sintomas leves, mas também pode causar sintomas fortíssimos e levar à morte. Além disso, as pessoas podem ter dengue 4 vezes, pois são 4 vírus: DEN 1, DEN 2, DEN 3, DEN 4, por isso, é extremamente importante se vacinar”, finaliza Thaís.



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Jejum intermitente: afinal, é bom ou ruim para a saúde?

Especialista do CEJAM explica benefícios e dá dicas essenciais para uma realização segura

Atire a primeira pedra quem nunca tentou seguir alguma dieta para emagrecer. O hábito, comum entre as pessoas que buscam perder peso, pode, de fato, auxiliar nesse processo. Dessa forma, uma estratégia que vem ganhando crescente popularidade é o jejum intermitente. Famosos como Dua Lipa, Jade Picon e Deborah Secco são alguns nomes que aderiram à prática, que vem caindo no gosto dos brasileiros.

Nesse tipo de jejum, a pessoa geralmente programa suas refeições após longos períodos. Os intervalos podem variar de seis horas ou mais, durante os quais não se ingerem alimentos, ou apenas se consomem líquidos não calóricos, como água, chás e café sem açúcar. Existem diferentes tipos de jejum intermitentes, e a escolha deve considerar a rotina individual de cada pessoa, para, assim, determinar o método mais adequado e benéfico à saúde.

"A adoção desse estilo de dieta pode trazer efeitos positivos para a saúde cardiovascular. Isso inclui a redução de gordura corporal e melhorias nos níveis lipídicos, como colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Além disso, essa abordagem tem o potencial de diminuir a presença de citocinas inflamatórias, reduzir a resistência à insulina e a produção de radicais livres, contribuindo para a longevidade. Ainda pode influenciar a regulação do apetite, uma vez que promove mudanças hormonais e cerebrais”, afirma Francyne Silva Fernandez, nutricionista da UBS Jardim Caiçara, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Apesar das vantagens, essa prática ainda divide opiniões, já que, embora beneficie a saúde e a perda de peso, também pode resultar em diferentes efeitos colaterais. Por essa razão, a nutricionista enfatiza que o jejum intermitente não é indicado para todos.

"Atletas submetidos ao jejum intermitente podem experimentar queda de desempenho e menor tolerância à fadiga. Pessoas em gestação, lactantes, com distúrbios tireoidianos, doenças crônicas, atletas de resistência, crianças e adolescentes não devem adotar esse tipo de dieta", adverte a profissional.

Entre os sintomas mais relatados estão tonturas, dores de cabeça recorrentes, náuseas, distúrbios temporários do sono, aumento dos níveis de cortisol, dificuldade de concentração, fraqueza, desnutrição, desidratação e hipoglicemia.

"Isso ocorre porque existe uma abordagem correta para implementar essa estratégia nutricional. Por isso, ela nunca deve ser adotada sem a devida orientação e avaliação prévia de um nutricionista, já que nem todas as pessoas são capazes de seguir os protocolos com sucesso", acrescenta Francyne.

Mas, quando realizado adequadamente, o jejum intermitente também pode contribuir para o controle do diabetes tipo 2, caracterizado por resistência à insulina. Um recente estudo conduzido por cientistas chineses e publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, comprova a hipótese.

O experimento envolveu 36 pacientes com a doença, que aderiram ao jejum intermitente por três meses. A pesquisa revelou que aproximadamente 90% dos participantes, incluindo aqueles que estavam fazendo uso de agentes redutores de açúcar e insulina, conseguiram reduzir a necessidade de medicamentos para diabetes após adotarem o jejum. Além disso, em torno de 50% dos participantes apresentaram remissão da doença e conseguiram interromper o uso da medicação.

"Esses resultados podem estar relacionados à redução do índice de massa corporal e ao efeito de hipoglicemia, uma vez que o corpo não produz insulina durante o jejum, devido à ausência de glicose para metabolizar. Contudo, é crucial destacar que a prática pode contribuir para a evolução de um quadro pré-diabetes em algumas pessoas, com ocorrência de picos de insulina. Portanto, a supervisão profissional é fundamental em todo o processo", ressalta a nutricionista.

A maneira correta de fazer um jejum intermitente

Para realizar uma dieta eficaz e segura, a nutricionista do CEJAM sugere algumas dicas e cuidados. Confira abaixo:

  • Ajuda médica: Antes de tudo, é fundamental buscar o acompanhamento de um nutricionista e um endocrinologista. É possível acessar esses atendimentos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS);
  • Assertividade: Decida, juntamente com o profissional, qual a melhor estratégia a ser seguida para o seu perfil;
  • Comece aos poucos: Se você nunca praticou o jejum intermitente, é recomendado começar com períodos mais curtos e, aos poucos, aumentar a duração;
  • Primeira refeição do dia: Normalmente, essa refeição deve ter baixo índice glicêmico e ser acompanhada de fibra e proteína. Alguns exemplos: aveia com frutas e nozes, omelete com vegetais, iogurte com chia e frutas.
  • Última refeição: Ela também deve ter baixo índice glicêmico, para não aumentar tanto a fome durante o período de jejum. Alguns exemplos: peito de frango grelhado com vegetais, salada de folhas verdes com atum e quinoa com legumes.
  • Hidrate-se: Durante as horas de jejum, mantenha o consumo de água, chás e café sem açúcar;
  • Não exagere: Na hora de comer, o ideal é não ingerir alimentos tão gordurosos ou exceder na quantidade;
  • Preste atenção aos sinais: Caso experimente efeitos colaterais ou sintomas desagradáveis, é recomendado interromper a prática imediatamente.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” 

Campanha Agosto Branco busca reduzir casos do câncer de pulmão, o mais fatal em todo o mundo

O câncer de pulmão está entre os mais frequentes, perigosos e fatais, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Entre 2023 e 2025, são estimados mais de 32 mil novos casos a cada ano no Brasil e com maior predominância nos homens. De acordo com o pneumologista Valter Eduardo Kusnir, do hospital Santa Casa de Mauá, o tabagismo é o responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão. “Em estágios iniciais, as chances de cura passam de 50%”, explica o médico. 

Além do tabagismo, outras situações também podem levar ao câncer de pulmão como as infecções pulmonares, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Fibrose Pulmonar, a hereditariedade, a poluição e a exposição a produtos químicos e à radiação.  

Os principais sintomas são a tosse crônica e persistente, acompanhada ou não de sangue, dor no peito e nas costas, perda de peso, cansaço e muita falta de ar. 

“Na maioria dos casos, os sintomas são associados à doença apensas quando o quadro já está instalado, pois se confundem com outras doenças. Por essa razão, a campanha Agosto Branco é muito importante, já que colabora com a conscientização e a necessidade de se ter um diagnóstico precoce. Na dúvida, procure sempre um especialista”, orienta Valter Eduardo Kusnir.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames de imagem como raio-x, tomografia de tórax e Pet-Scan, com confirmação por biópsia, além de um mapeamento para avaliar se houve metástase.  

Caso não haja metástase, o tratamento indicado é a cirurgia, porém nos casos mais avançados há a associação de quimioterapia e radioterapia. A imunoterapia tem sido de grande ajuda para a melhoria dos resultados porque retira a camuflagem que as células cancerosas usam, aumentando a eficácia do tratamento.  

“A melhor forma de prevenir a doença é não fumar e não se expor ao tabagismo passivo”, orienta o pneumologista Valter Eduardo Kusnir.


Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/ .


Neurologista revela sintomas iniciais da Esclerose Múltipla e orienta para cuidados

Em 30 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), uma data de extrema importância para os pacientes e familiares, dedicada a divulgar e reconhecer os desafios enfrentados por quem convive com essa doença neurológica, autoimune e potencialmente incapacitante. A Esclerose Múltipla afeta, em maior proporção, mulheres entre 20 e 40 anos de idade, apresentando-se de forma diversa em cada pessoa, com uma gama variada de sintomas, que podem regredir, causar danos permanentes ou se manifestar de maneira cíclica.

Segundo o neurologista Lauro Figueira Pinto, do Mater Dei Santa Genoveva, os sinais mais comuns, nos estágios iniciais, são alterações agudas na visão, sensibilidade, força e/ou coordenação, que podem se desenvolver rapidamente e melhorar ao longo de semanas. Devido à natureza sintomática desses indicadores, é comum que alguns diagnósticos sejam equivocados e atribuídos a questões oftalmológicas, estresse ou problemas nos nervos periféricos.

O diagnóstico da esclerose múltipla é complexo e, geralmente, requer a avaliação de um neurologista experiente. Não há um único exame isolado que possa confirmar a presença da doença. Em vez disso, o diagnóstico é baseado em uma combinação de história clínica, exame neurológico e exames subsidiários. Entre os principais exames utilizados para auxiliar na confirmação estão a ressonância magnética craniana e das colunas cervical e dorsal, que podem evidenciar lesões típicas, e o exame do líquor, que pode revelar a presença de anticorpos produzidos próximos ao cérebro. 

Por outro lado, o tratamento da Esclerose Múltipla tem avançado significativamente nos últimos anos, com uma variedade de medicamentos disponíveis para controle da doença. Muitos desses medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através das secretarias estaduais de Saúde. O tratamento adequado, quando iniciado precocemente, pode reduzir a atividade da doença e prevenir a evolução com sequelas em grande parte dos pacientes, proporcionando uma melhor qualidade de vida, mesmo diante do desafio de conviver com uma doença crônica.

O Dr. Lauro alerta que a Esclerose Múltipla é uma doença considerada rara e, por isto, não vemos grandes agrupamentos com graves fatores de risco. Acredita-se que a esclerose múltipla é causada por uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética, infecções virais, viver em climas mais frios, deficiência de vitamina D, tabagismo e obesidade. “Reforço que, apesar das preocupações, NÃO há evidência de aumento de risco de Esclerose Múltipla com as vacinas usadas regularmente”, complementa o médico.

A Esclerose Múltipla continua sendo uma condição sem cura, mas, com os avanços na medicina e a conscientização crescente, as perspectivas para os pacientes têm melhorado significativamente. O suporte médico especializado, o tratamento adequado e a adesão contínua aos cuidados médicos são fundamentais para enfrentar a doença de maneira mais positiva e controlada.

Nesse contexto, a rede Mater Dei Santa Genoveva tem se destacado por seu serviço de atendimento exemplar a pacientes. Com uma equipe médica altamente qualificada e tecnologias avançadas, a instituição tem se empenhado em oferecer o melhor suporte possível, garantindo diagnóstico preciso e tratamento adequado para cada perfil de pessoa afetada pela doença. 

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla é, portanto, uma oportunidade para disseminar informações sobre essa condição e sensibilizar a sociedade para os desafios enfrentados pelos pacientes e seus familiares. Ao aumentar a visibilidade da doença, espera-se promover a empatia, a compreensão e o suporte necessários para que as pessoas com esclerose múltipla possam viver suas vidas com qualidade e dignidade, superando as adversidades impostas por essa condição neurológica.


Quais as causas que podem levar ao explante de silicone?


Segundo relatório mais recente da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), em 2021 o explante ocupa a 16ª posição, correspondendo a uma parcela de 2% das cirurgias mais realizadas. Comparando com o relatório de 2020, o explante teve um aumento de 22,6%.

 

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato explica alguns dos motivos que podem levar a retirada da prótese de silicone:

 

Doenças e complicações associadas aos implantes mamários - Algumas dessas questões incluem a contratura capsular, infecções, ruptura ou vazamento do implante, síndrome ASIA (síndrome autoimune/inflamatória induzida por adjuvantes) e a chamada “doença do silicone”. Além disso, há uma rara forma de câncer chamada linfoma anaplásico de células grandes associado a implantes mamários (BIA-ALCL). Esses problemas podem levar mulheres a optarem pelo explante como uma forma de prevenir ou tratar tais complicações.

 

Complicações locais relacionadas aos implantes - Os implantes mamários também podem causar complicações locais, como rippling (ondulações visíveis na superfície da pele), bottoming out (queda do implante e elevação do mamilo), deformidade em cascata, dupla bolha (quando o implante desliza abaixo do sulco inframamário), mal posicionamento do implante e implante virado. Essas complicações podem afetar a aparência das mamas e levar as mulheres a considerarem o explante para corrigir tais problemas.

 

A necessidade de múltiplas cirurgias - Os implantes mamários não são dispositivos permanentes e, eventualmente, podem precisar ser substituídos. Geralmente, a troca é feita a cada 10 a 15 anos, mas a necessidade de substituição varia de acordo com cada caso. Algumas mulheres optam pelo explante para evitar a necessidade de cirurgias futuras e os riscos associados a elas.

 

Diferentes momentos da vida - As prioridades e preferências das mulheres podem mudar ao longo da vida, e isso inclui a percepção sobre suas mamas e a presença de implantes mamários. Em algumas fases da vida, como a maternidade, as mulheres podem optar pelo explante para facilitar a amamentação ou simplesmente se sentirem mais confortáveis consigo mesmas. Além disso, mudanças nas tendências estéticas e a busca por uma aparência mais natural também podem influenciar a decisão pelo explante.

 

“A escolha pelo explante mamário é uma decisão complexa e multifacetada, que envolve aspectos de saúde, bem-estar e a influência das diferentes etapas da vida da mulher. Para isso, é fundamental que elas sejam bem informadas sobre os riscos e benefícios associados aos implantes mamários e que tenham acesso a profissionais capacitados para orientá-las nessa jornada, garantindo que a decisão pelo explante seja tomada com base nas necessidades e desejos individuais de cada paciente”, diz, Dr. Amato.

 

Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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Febre Maculosa tem sintomas da Dengue e pode ser tratada

A doença é infecciosa, mas não se transmite de pessoa a pessoa

 

Casos de Febre Maculosa, doença causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato-estrela, foram registrados recentemente na cidade de Campinas, interior de São Paulo. A Febre Maculosa é transmitida para o ser humano quando este entra em contato com carrapato infectado com a bactéria.

Segundo Dr. Martim Elviro de Medeiros Junior, Médico de Família e docente do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, além dos animais que carregam o carrapato como cavalos, capivaras e cachorros, se o carrapato estiver no solo e em plantas e tiver tido contato com estes animais, ele pode sim transmitir a doença. “A Febre Maculosa é uma doença infecciosa, mas não se transmite de pessoa para pessoa”, disse.  

A seguir, Dr. Martim explica como prevenir a Febre Maculosa e outras dúvidas.


Os sintomas da Febre Maculosa são semelhantes aos da dengue?

Os sintomas são muito parecidos com os da Dengue e outras arboviroses (zika, chinkugunia) e cursa geralmente com febre, náuseas, dor abdominal, cefaleia, mal-estar e as manchas na pele surgem nas extremidades dos membros e migram posteriormente para o centro sem poupar palma das mãos e pés.


Usar repelente ajuda a prevenir a ocorrência da doença?

Sim, o uso de repelente é muito importante e várias marcas são efetivas e devem trazer isto na bula. Além do uso de repelentes, cobrir o corpo inteiro com roupas claras é muito importante e retirar de forma delicada o carrapato do corpo sem esmagá-lo (pinça ou fita adesiva).


Existe cura para a Febre Maculosa? Como é feito o tratamento?

A Febre Maculosa é totalmente tratável por antibióticos simples e o retardo do início é que pode provocar evolução desfavorável. Porém, o histórico de contato com áreas rurais ou campestre, ajuda no raciocínio epidemiológico.


A Febre Maculosa pode causar confusão mental?

Durante o processo infeccioso o paciente pode evoluir para um quadro séptico grave com comprometimento de vários sistemas, inclusive o neurológico que pode gerar confusão mental.


A Febre Maculosa pode deixar sequelas?

Todo processo infeccioso pode deixar sequelas, mas a evolução se for corretamente tratada é muito benigna.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

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