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terça-feira, 18 de julho de 2023

Sofrendo com a menopausa? Médica compartilha 6 dicas de como lidar com essa fase

Patrícia Santiago explica como amenizar sintomas como alterações de humor e ansiedade

 

Você já ouviu falar dos mistérios que rondam a mente durante a menopausa? Esse período de transição na vida da mulher traz consigo uma série de desafios emocionais e físicos. Mas não se preocupe! A médica Patrícia Santiago ajuda a desvendar o que acontece no cérebro e no corpo durante esse período, além de compartilhar dicas valiosas sobre como lidar melhor com isso.

 

Segundo a Dra. Patrícia Santiago, a menopausa é uma etapa natural da vida feminina em que ocorre uma diminuição na produção hormonal, principalmente dos estrogênios. Essa alteração hormonal pode afetar diretamente o cérebro, resultando em sintomas como mudanças de humor, irritabilidade, ansiedade, dificuldades de concentração e até mesmo problemas de memória.

Além disso, a médica destaca que o corpo também passa por transformações durante o período, “O metabolismo pode desacelerar, aumentando a predisposição ao ganho de peso e alterações na distribuição da gordura corporal. Ondas de calor, suores noturnos, ressecamento vaginal e alterações na pele também são comuns nesse período”, destaca a profissional.

Ela compartilha dicas sobre como lidar com os sintomas:

 

1. Informação é poder: Conhecer e compreender o que está acontecendo no seu corpo e mente durante a menopausa é essencial para lidar melhor com os desafios. Busque informações confiáveis e converse com seu médico para esclarecer suas dúvidas.

 

2. Cuidados com a alimentação: Uma dieta equilibrada e nutritiva é fundamental durante a menopausa. A Dra. Patrícia recomenda o consumo de alimentos ricos em cálcio, vitamina D, vitaminas e minerais para fortalecer os ossos, regular o humor e combater o estresse oxidativo.

 

3. Exercite-se regularmente: A prática regular de atividade física traz inúmeros benefícios para a mente e o corpo. Além de ajudar a manter o peso saudável, os exercícios liberam endorfinas, melhoram o humor, aumentam a disposição e promovem a saúde cardiovascular.

 

4. Gerencie o estresse: Durante a menopausa, o estresse pode se intensificar. Encontre técnicas de relaxamento que funcionem para você, como meditação, yoga, respiração profunda ou hobbies que tragam prazer e tranquilidade.

 

5. Busque apoio emocional: Não hesite em buscar apoio de familiares, amigos e profissionais de saúde. A menopausa pode ser desafiadora emocionalmente, e compartilhar suas experiências pode trazer conforto e compreensão.

 

6. Opções de tratamento: Importante a avaliação médica pois em alguns casos, é necessário a reposição de terapias hormonais ou outros tratamentos para aliviar os sintomas da menopausa. Consulte um profissional de confiança para avaliar suas opções e encontrar a melhor abordagem para você.

 

A menopausa pode ser uma fase de transformação e autodescoberta. Com as dicas da Dra. Patrícia Santiago, você estará mais bem preparada para enfrentar os desafios e viver plenamente essa nova etapa da vida. Lembre-se de que cada mulher é única e o autocuidado é essencial para garantir uma menopausa mais tranquila e saudável.

 



Patrícia Santiago - graduada em medicina pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.


Os ovários, a fertilidade e a longevidade das mulheres

Os ovários são estruturas extraordinárias que abrigam as células reprodutivas femininas (os óvulos) e produzem estrogênio - hormônio com inúmeras ações no organismo das mulheres. O estrogênio exerce funções importantes não só nos órgãos reprodutivos, mas também no aparelho cardiovascular, para a saúde óssea, funcionamento do sistema nervoso central, entre outras funções.

As mulheres nascem com um estoque fixo e não-renovável de óvulos, cuja quantidade e qualidade reduz com o passar dos anos até a ocorrência da última menstruação (menopausa), que acontece em torno dos 51 anos. Todavia, as modificações que levam à menopausa podem começar vários anos antes no período chamado “transição menopausal” e se manifestam principalmente por irregularidade menstrual, ondas de calor,  redução da fertilidade e alterações do sono e humor, ressecamento vaginal, entre outros. Tal fato se explica pela presença dos efeitos do estrogênio em todo o organismo feminino, e não apenas no aparelho reprodutor.

Estudos recentes comprovam a importância do estrogênio para a saúde das mulheres. A remoção cirúrgica dos ovários antes da menopausa acelera o envelhecimento e aumenta a ocorrência de doenças. O estrogênio também pode interagir com o microbioma intestinal (conjunto de bactérias que habitam o intestino) e resultar em uma variedade de  doenças, como a obesidade, síndrome metabólica, infertilidade, endometriose e câncer. Novas descobertas científicas apontam para a relação entre a idade da menopausa e a longevidade feminina: mulheres com menopausa antes dos 40 anos de idade têm risco maior de morte quando comparadas àquelas nas quais a menopausa ocorre entre 50 e 54 anos.

Aparentemente, várias alterações metabólicas envolvendo as mitocôndrias (organelas celulares responsáveis pela produção de energia) e o  DNA parecem contribuir para o envelhecimento ovariano, além de influências ambientais e hábitos de vida, como o tabagismo. Os mecanismos responsáveis pela perda de função ovariana, entretanto, ainda não foram identificados. Na verdade, a menopausa somente ocorre em humanos e algumas espécies de baleias. Nos demais mamíferos o envelhecimento reprodutivo acompanha o do restante do organismo. O motivo pelo qual isso ocorre na nossa espécie permanece desconhecido. Uma explicação aventada por alguns seria a “teoria da avó”, que sugere que o envelhecimento reprodutivo deixaria a avó disponível para cuidar da sobrevivência dos netos.

Diante disso, parece lógico realizar a reposição hormonal quando os ovários param de funcionar para evitar os efeitos adversos à saúde feminina decorrentes da falta do estrogênio. Infelizmente, a equação é um pouco mais complicada e a reposição hormonal na menopausa é assunto que desperta debates no meio médico e científico. O estrogênio é um hormônio fundamental para a saúde feminina, pois orquestra uma variedade de funções vitais que podem mudar o equilíbrio da saúde para a doença, mas seu uso não está livre de efeitos colaterais. Da mesma forma que o Dr. Jekyll e o Sr. Hyde na história de Robert Louis Stevenson, o estrogênio pode mostrar sua face boa ou má, dependendo das circunstâncias. A indicação de Terapia Hormonal (TH) para repor o estrogênio deve ser individualizada e requer avaliação médica especializada que leve em consideração a presença de sintomas, risco cardiovascular, história pessoal e familiar de câncer, entre outros fatores. É preciso ressaltar que há opções não-hormonais para combater alguns destes sintomas indesejáveis da menopausa e que a prescrição da TH exige a presença clara de indicação (alívio de sintomas associados a menopausa) e a ausência de contraindicações.

O envelhecimento reprodutivo feminino é assunto frequente nos congressos e publicações científicas, mas não há métodos estabelecidos capazes de manter ou restaurar a perda da função ovariana que ocorre ao longo da vida. A maioria das intervenções ainda está confinada a estudos experimentais em modelos animais, e essas estratégias ainda carecem de eficácia em humanos e os potenciais impactos na saúde materna e da prole ainda não foram estabelecidas. O desenvolvimento das Técnicas de Reprodução Assistida (TRA), como Fertilização in Vitro (FIV), permitiu postergar a maternidade através do congelamento de óvulos, que preferencialmente deve ser feito até os 35 anos para obtenção dos melhores resultados.

Percebe-se, assim, que apesar dos avanços tecnológicos, a idade feminina ainda constitui um entrave para as chances de gravidez. É fato que muitas mulheres conseguem engravidar espontaneamente após os 35 anos e os dados do IBGE revelam que aumentou em 56% o número de partos nas mulheres de 35 a 39 anos. Como até o momento não há nenhum método capaz de medir com precisão a reserva ovariana, muito menos a chance real de engravidar e ter um filho saudável, é fundamental reconhecer dos limites biológicos e educar a população e os profissionais de saúde de modo que as escolhas reprodutivas sejam livres e esclarecidas.

A menopausa, assim como a menstruação, são cercadas de inúmeras crenças e  mitos. Trata-se de um período de transição associado a mudanças hormonais que podem ser devidamente tratadas de maneira segura. As mudanças hormonais associadas ao envelhecimento podem trazer riscos à saúde, como obesidade, doenças cardiovasculares e câncer, além de afetar negativamente a qualidade de vida. Dessa forma, ter acompanhamento médico especializado como foco na promoção da saúde, no tratamento das alterações hormonais e prevenção do câncer e das doenças cardiovasculares é fundamental.


Dra.Márcia Mendonça Carneiro - Diretora Científica da Clínica ORIGEN e Professora Titular da UFMG– Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina.


17 mil novos casos de câncer de útero: especialista mostra novos testes a favor das mulheres

O câncer no colo do útero foi responsável por 6.627 mortes no Brasil, em 2020. A estimativa do Ministério da Saúde é que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV). Esse vírus é facilmente transmitido na relação sexual; isso porque apenas o contato com a pele infectada já é o suficiente para a contaminação.

A Campanha Julho Verde-Escuro chama a atenção para a importância de exames preventivos e do diagnóstico precoce dos chamados cânceres ginecológicos – aqueles que afetam um ou mais órgãos do aparelho reprodutor feminino. As ocorrências mais frequentes desse tipo de câncer no Brasil são de tumores no colo do útero, no corpo do útero e no ovário.

Além dos exames mais comuns como a colposcopia e o Papanicolau, que identificam alterações nas células do útero por diferentes causas, a captura híbrida pode ajudar a salvar milhões de vida, por ser capaz de detectar o DNA do vírus, antes mesmo do surgimento da lesão inicial.  

É o que alerta Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã. “Trata-se de um teste padrão ouro, robusto, que possui diversos controles e calibradores, a fim de garantir um resultado preciso e confiável. A captura híbrida já existe há mais de vinte anos, entretanto, ainda não foi altamente adotada no Brasil, como em outros países mundo afora, por isso pode ser considerada uma ‘tecnologia nova’ por aqui, que já apresenta cobertura obrigatória por todos os planos de saúde”, destaca Oliveira.  

Segundo ele, a testagem está entre os testes mais utilizados pelos médicos para rastreio genético do HPV. “Milhões de mulheres já realizaram a captura híbrida e muitas vidas já foram poupadas pela contribuição dessa tecnologia. Cabe ressaltar, entretanto, que a captura híbrida ainda é disponibilizada apenas no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste”, aponta. 

Considerando esse dado, torna-se urgente uma inserção da captura híbrida, entre outras testagens moleculares, no Sistema Único de Saúde (SUS), para maior precisão em diagnósticos tão importantes para tantas mulheres, proporcionando tratamento precoce e cura de doenças como essas. 

 

Oxigenoterapia Hiperbárica: cinco perguntas importantes sobre um dos tratamento mais falados da atualidade

Dr. José Branco, especialista no tratamento e diretor executivo do Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente, explica a Oxigenoterapia Hiperbárica e explica o motivo pelo qual está sendo adotada por famosos e atletas


Dr. José Branco atua há mais de 30 anos com a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB). O grupo criado por ele e outros profissionais foi um dos pioneiros no setor privado no Brasil e, atualmente, realiza 6 mil sessões de hiperbárica por mês. Segundo Branco, o foco do tratamento é um desfecho otimizado. Para entender mais sobre o que é o tratamento, confira cinco perguntas sobre a OHB:

  1. O que é a Oxigenoterapia Hiperbárica?

A Oxigenoterapia Hiperbárica é um tratamento adjuvante, que não exclui o uso de antibióticos, nem de curativos ou de desbridamentos cirúrgicos. Ressalta-se a importância do início precoce do tratamento assim como a abordagem multidisciplinar para se obter uma melhora rápida e um resultado satisfatório. 


  1. Como funciona o tratamento?

O paciente entra em uma câmara e é pressurizado, em uma pressão de duas a três vezes a pressão atmosférica normal, o que significa um mergulho de cerca de 15 metros de profundidade, em um ambiente rico em oxigênio puro. 

Se o paciente fizer uma medida antes de entrar na câmara, a pressão de oxigênio no sangue estará em 99% aproximadamente. Se o teste for feito durante a oxigenoterapia, a pressão de oxigênio atinge mais de 2000%. Esse aumento de oxigênio ajudará no processo de cicatrização de feridas: diminuindo a inflamação, prevenindo infecções e complicações, e melhorando a função dos tecidos afetados. 


  1. Em qual momento se deve realizar a Oxigenoterapia Hiperbárica?

Uma das principais indicações da OHB onde há melhora da oxigenação nos tecidos e estímulo à cicatrização é nas lesões com isquemia (falta de oxigênio) que ocorre em condições como nas úlceras de pressão, queimaduras, pé diabético, osteomielite, feridas de difícil cicatrização, enxertos em sofrimento, lesões por radiação, dentre outras.


  1. Quais seriam as contra-indicações do tratamento?

A principal contraindicação ao tratamento é caso o paciente possua pneumotórax não tratado. Ao colocar um paciente em uma câmara e alterar a pressão ao seu redor pode resultar na ocorrência de um pneumotórax hipertensivo na subida de pressão, que pode se tornar uma ameaça. Dessa maneira, os pacientes com essas condições devem ser tratados antes de realizar a Oxigenoterapia Hiperbárica.


  1. Qual é o futuro da Oxigenoterapia Hiperbárica?

Atualmente, o tratamento é muito utilizado por atletas de alta performance, como jogadores de futebol. Os clubes do Brasil estão, aos poucos, investindo nesta tecnologia para acelerar a recuperação de lesões, cicatrizes e infecções dos atletas. Além dos clubes, alguns jogadores e famosos possuem câmaras dentro de suas residências, neste caso eles precisam gerenciar os riscos e há necessidade de um profissional especializado supervisionando. Vale dizer que essas câmaras utilizadas em domicílio são funcionais em situações de transportes, mas é fundamental é recomendado que o tratamento seja feito em clínicas especializadas

É importante ressaltar que a OHB deve ser realizada supervisionada por profissionais treinados e qualificados para minimizar os riscos e maximizar os benefícios para o paciente. O diferencial do serviço está no acolhimento, pois os pacientes em geral estão extremamente fragilizados. Mas, também é preciso ter profissionais para realizar a administração da câmara. 


Dr. José Branco - Médico formado pela Universidade Federal do Maranhão, fundou e faz parte da direção executiva do IBSP - Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, que tem como missão transformar a segurança do paciente em prioridade estratégica nas instituições de saúde. Também, é Diretor Técnico do INDSH - Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, uma Organização Social de Saúde (OSS) focada na gestão de hospitais, clínicas, unidades de referência e de pronto atendimento. Atua como Presidente da Sociedade Médica de Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) do Brasil na regulamentação da OHB no país e disseminação do conhecimento das melhores práticas. Já foi Diretor Clínico do Hospital São Camilo Santana durante 11 anos, com foco em garantir as boas práticas assistenciais com uso das melhores evidências científicas.

 

Você sabia que temperaturas baixas aumentam em até 20% o risco AVC?

Neurocirurgiã explica sobre os riscos da doença e dá dicas de prevenção


A frente fria chegou e, dessa vez, parece que veio para ficar. O clima pede atenção redobrada da população em relação à saúde. Nessa época do ano, além de resfriados, as baixas temperaturas aumentam em até 20% o risco de se ter um AVC, de acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia. De acordo com a neurocirurgiã, Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), isso acontece porque a sensação de frio eleva a pressão arterial, uma das principais causas do problema.

“Para manter a temperatura do corpo os vasos sanguíneos entram em vasoconstrição, ou seja, diminuem a concentração de sangue para evitar a perda de calor. Com isso, ocorre o aumento da pressão arterial sistêmica, por isso as patologias vasculares têm uma maior ocorrência durante o frio”, explica.

Com a redução das mortes por Coronavírus, atualmente o AVC e o infarto voltaram a ser as principais causas de óbito no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Neurologia. Os dados ainda revelam que entre as doenças cardiovasculares, o AVC é a principal causa de morte, sendo responsável por 10% de todas elas.

Danielle de Lara explica que o AVC acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as células de oxigênio e de nutrientes. “Quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral, também ocorre o acidente vascular cerebral. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico, que é o rompimento de um vaso cerebral, o que causa uma hemorragia. Apesar da menor incidência, esse tipo é mais letal. E o isquêmico ocorre quando uma artéria é obstruída, o que pode acontecer devido a uma trombose ou a uma embolia. Essa forma da doença é a mais comum, e representa cerca de 85% dos casos”, conta a neurocirurgiã.



Como prevenir o AVC?

Danielle explica que até 80% dos casos de AVC podem ser evitados com a adoção de bons hábitos de vida e que a prevenção para esse tipo de problema não se dá de forma imediata durante as estações mais frias. “É preciso manter hábitos saudáveis ao longo da vida como, praticar atividades físicas, ir regularmente ao médico e evitar o tabagismo e o sedentarismo - fatores que aumentam a predisposição para ocorrência de um AVC”.

"Vale lembrar que o mesmo tipo de prevenção que se deve ter em qualquer época vai valer também no inverno. Também é importante estar atento aos outros fatores de risco que já são classicamente conhecidos do AVC, como por exemplo, controle da pressão arterial, controle do colesterol, controle do diabetes e manter o estado de hidratação, já que no frio as pessoas tendem a ingerir menos líquido", completa.

Em casos de suspeita de AVC é preciso encaminhar o paciente o mais rápido possível pro hospital para garantir um diagnóstico e tratamento rápido. “Com isso, é possível reverter muitos sintomas e deixar o indivíduo até mesmo sem sequelas”, destaca a neurocirurgiã.

Já em relação ao tratamento da doença, a neurocirurgiã explica que se baseia em medidas de apoio ao paciente e controle dos sintomas. “O tratamento quase sempre é de suporte ao paciente, ou seja, estímulo diário em um ambiente deve ser seguro e familiar, reforçando a noção de orientação do paciente. Os sintomas são tratados conforme necessário, com apoio de fonoaudiólogos, terapeutas e fisioterapeutas. O papel da família também é importante para estimular a prática de exercícios físicos, acompanhada de uma boa alimentação”, conclui.


Calvície afeta mulheres? Entenda alopécia androgenética, condição que afeta Deborah Secco

Dermatologista Gustavo Martins explica principais sintomas e o que causa a popular "calvície" em mulheres

 

Deborah Secco, atriz de 43 anos, revelou em uma entrevista recente à RedeTV! sua luta contra a alopécia androgenética, uma condição genética conhecida popularmente como calvície. Ela abriu o coração ao compartilhar que enfrenta essa questão desde sempre, convivendo com fios de cabelo finos e delicados, semelhantes aos de um bebê.  Para entender melhor essa condição capilar que tem impactado vidas, o dermatologista Gustavo Martins explica as principais dúvidas. 

 

Segundo o Dr. Martins, a alopécia androgenética é uma condição genética e hereditária que, embora seja mais comumente associada aos homens, também pode afetar as mulheres. A sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios andrógenos, em especial a testosterona, é a principal causa desse processo. "Na alopecia androgenética, os folículos capilares gradualmente encolhem e diminuem a produção de fios de cabelo saudáveis. Isso resulta em uma redução progressiva na densidade capilar, afetando principalmente a região do topo da cabeça", explica o Dr. Martins.

 

O dermatologista ressalta que, embora as mulheres enfrentem essa condição em menor proporção, isso não diminui os impactos emocionais significativos que podem ser vivenciados. “Cada caso de alopécia androgenética é único, e o tratamento pode variar de acordo com a gravidade e as necessidades individuais de cada paciente. Felizmente, existem opções terapêuticas disponíveis, como medicamentos tópicos, terapias a laser e transplante capilar, que podem ajudar a retardar a progressão da queda de cabelo e estimular o crescimento dos fios”, ressalta Martins.

 

No entanto, é importante destacar que a condição não tem cura definitiva. O acompanhamento médico especializado desempenha um papel fundamental para identificar o melhor tratamento para cada paciente e oferecer suporte emocional durante todo o processo. O Dr. Martins enfatiza que a aceitação das particularidades capilares é essencial, e a história corajosa de Deborah Secco é um exemplo inspirador para desmistificar a ideia de que a calvície é uma questão exclusivamente masculina. 





Dr. Gustavo Martins - médico graduado pela Universidade Federal de Santa Maria-RS. É dermatologista e cirurgião dermatológico com titulação pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira. Há 12 anos atua na área de tricologia e transplante capilar, sendo um dos primeiros brasileiros a realizar a técnica FUE, na qual são retirados unidades foliculares. Possui mais de mil pacientes operados, com vasta experiência no ramo. Palestrou nos maiores congressos nacionais e internacionais sobre transplante capilar e tricologia. Possui dezenas de artigos científicos publicados em revistas renomadas.


Calázio, terçol… quando operar?

Oftalmologista Luiza Paulo Filho esclarece principais dúvidas

 

Segundo a Dra. Luiza Paulo Filho, o calázio e o terçol são como se fossem “espinhas na pálpebra” causadas pelo entupimento de uma ou mais glândulas palpebrais responsáveis pela produção da lágrima. 


São glândulas que produzem gordura a fim de evitar a evaporação rápida do conteúdo aquoso da lágrima. Quando entopem, a produção gordurosa continua, mas não tem mais por onde escoar. Assim, forma-se uma nodulação inflamada e com um ponto de pus. É uma condição que compromete a lubrificação ocular e resulta em sintomas incômodos, como ardência, vermelhidão e sensação de areia nos olhos.


O Oftalmologista destaca a importância de buscar a orientação de um especialista.

 

A diferença entre terçol e calázio é que o primeiro costuma ser mais simples com resposta mais rápida ao tratamento, enquanto o segundo demora mais a ser tratado em razão da formação de uma cápsula que retém mais firmemente o pus e a inflamação.  

 

Nos casos mais leves, a Dra. Luiza explica que medidas como pomadas, colírios antibióticos, anti-inflamatórios e compressas mornas costumam resolver o problema.  No entanto, em alguns casos, mesmo com a melhora dos sintomas, é possível sentir à palpação uma pequena protuberância na pálpebra. Neste caso, pode-se apenas acompanhar.

 

Quando nenhum tratamento local e/ou oral surge o resultado desejado, novas terapias podem ser adotadas como a injeção de corticoide dentro do calázio ou mesmo a microcirurgia. 


A Dra. Luiza Paulo Filho tranquiliza aqueles que temem a cirurgia, enfatizando que nem sempre ela é necessária. A decisão de realizar o procedimento é baseada em alguns fatores como o tamanho da protuberância, sua localização e no desconforto estético que ela causa. Em casos mais graves, nos quais a protuberância compromete a visão devido ao peso que exerce sob a pálpebra, a cirurgia é indicada.

 

Durante o procedimento cirúrgico, realizado geralmente no centro cirúrgico sob anestesia local, a Dra. Luiza explica que é feito um pequeno corte na parte de dentro da pálpebra para remover a “bolinha endurecida”. A incisão é deixada aberta para continuar drenando o pus no pós-operatório, e não é necessário aplicar pontos, tornando o processo mais confortável para o paciente.

“Nem todos os casos de calázio podem ser tratados apenas com colírios e compressas mornas. É importante compreender que, em alguns casos, um procedimento ou cirurgia podem ser necessários, especialmente quando o o nódulo é grande e o desconforto estético é significativo. No entanto, a decisão final cabe ao paciente, a menos que haja um comprometimento da visão, o que exigiria uma recomendação médica”, esclarece Luiza Paulo Filho.

Além disso, a Dra. Luiza menciona a restrição da cirurgia em crianças devido aos riscos da anestesia e à dificuldade de cooperação durante o procedimento. A maioria dos casos de calázio em crianças não requer cirurgia, a menos que a protuberância seja extremamente grande e cause desconforto significativo.

 

Imagens: Stock Photos


Combate ao estresse: confira os nutrientes que auxiliam no equilíbrio e na saúde mental

Estudos comprovam que a alimentação influencia na prevenção e no tratamento de distúrbios psicológicos. Uma opção saudável é investir no consumo de nutrientes como Ômega 3, Magnésio, Vitamina B6 e Inositol

 

O estresse está se tornando o grande problema do século. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial sofre com sintomas de estresse, sendo o Brasil o segundo país mais estressado do mundo. 

Durante o processo de estresse, o organismo perde nutrientes, além de alterar outros sistemas como, por exemplo, o nervoso, o cardiovascular e o imunológico. Como recompensa no desequilíbrio mental, a tendência em recorrer a alimentos ultraprocessados, fontes de açúcares e gorduras saturadas é alta, podendo causar alteração na microbiota intestinal e até ativar vias inflamatórias. 

“Estudos comprovam que a alimentação influencia na prevenção e no tratamento de distúrbios psicológicos, principalmente ao incluir os nutrientes que auxiliam no equilíbrio e na saúde mental. Além disso, outra recomendação é adotar uma pausa na rotina e praticar atividades físicas regulares”, diz Mayara Stankevicius, nutricionista da Vitamine-se 

Conheça mais sobre os nutrientes importantes que auxiliam no combate ao estresse: 

 

- Ômega 3: ácidos graxos importantes para a formação de células nervosas, podendo ativar genes fundamentais na produção de serotonina, associando a um menor risco de depressão.

 

- Inositol: considerada uma vitamina do complexo B, também auxilia na ação de neurotransmissores, como a serotonina, ajudando no controle de estresse e ansiedade.

 

- L-Triptofano: aminoácido essencial precursor da serotonina, conhecida como “hormônio da felicidade”, causa sensação de bem-estar e melhora do humor. Também ajuda na produção de melatonina favorecendo o relaxamento e o sono de qualidade.

 

- Magnésio: mineral com importante papel no processo de contração e relaxamento muscular. Auxilia na redução do cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”, promovendo maior sensação de bem-estar.

 

- Vitamina B6: envolvida em diversas reações químicas importantes para o sistema nervoso central e função cerebral, incluindo a conversão de triptofano em niacina e a síntese de diversos neurotransmissores, como serotonina. Colabora no processo de inibição de impulsos no cérebro.

 

- Ácido fólico: ajuda a elevar os níveis de serotonina, contribuindo na melhora do humor.

 

- Melatonina: hormônio produzido naturalmente pelo organismo, com importante função de regular o ciclo circadiano. É conhecido como relógio biológico, regulando e melhorando a qualidade do sono.

 

Outra questão relacionada ao estresse é a queda capilar, que apesar de multifatorial, tem grande relação com fatores emocionais, podendo agravar ambas as situações. Nesse caso, a suplementação de Biotina pode ser interessante para ajudar no fortalecimento dos fios, diminuindo a queda. A biotina tem papel importante na construção e manutenção de unhas e cabelo saudáveis, mas também participa de outros processos essenciais do metabolismo, como o armazenamento de energia e a síntese de proteínas.  

“Controlar o estresse é fundamental. Vale investir em pequenas pausas na rotina, além de atividades que proporcionam bem-estar, como meditação, ioga, exercícios físicos, ou até mesmo um jantar com amigos, um bom livro ou filme e momentos de qualidade com a família. Manter a imunidade em dia é uma ótima forma de evitar doenças e viver de forma saudável”, acrescenta a nutricionista da Vitamine-se. 


A cirurgia bariátrica em idosos: indicações e contraindicações

Médica endocrinologista, Dra. Sylka Rodovalho comenta sobre os impactos da cirurgia bariátrica na para pacientes na terceira idade 



Os critérios para indicação de cirurgia bariátrica são baseados em indicações da década de 1990, quando o Instituto de Saúde Americana recomendou a cirurgia para pacientes com IMC acima de 40 e com idades entre 18 e 64 anos. Entretanto, esses critérios não abrangem uma grande porcentagem dos idosos. Apesar de não haver uma indicação formal acima dos 64 anos, muitos pacientes idosos podem se beneficiar dessa cirurgia.

“Ao longo do tempo, houve uma mudança para critérios mais clínicos e individualizados para cada paciente idoso. Alguns idosos podem estar muito doentes e enfrentar riscos cirúrgicos significativos, enquanto outros podem estar com boa saúde. Nesse sentido, a indicação da cirurgia bariátrica deve ser avaliada de forma individualizada”, pontua a especialista.

De acordo com a endocrinologista, pacientes com diabetes frequentemente apresentam comorbidades associadas, como doença renal crônica, insuficiência cardíaca, limitações na mobilidade devido a doenças periféricas e problemas visuais. Portanto, se um paciente apresentar fragilidade ou comorbidades que possam interferir no resultado da cirurgia bariátrica, o procedimento pode não ser indicado.

“A indicação da cirurgia bariátrica em idosos deve levar em consideração outras doenças presentes na pessoa com obesidade, já que algumas delas podem contraindicar a cirurgia bariátrica, como é o caso de câncer avançado em pessoas com mais idade e com obesidade. É importante analisar a saúde geral do paciente para obter melhores resultados pós-cirúrgicos e evitar complicações operatórias”, salienta a médica.

Em relação a má absorção de nutrientes e possíveis efeitos colaterais, a Dra. Sylka explica que é possível que aconteça uma perda de massa óssea e deficiências vitamínicas, que podem ser acompanhadas e tratadas por meio de reposição adequada de vitaminas, monitoramento dos níveis de vitamina D, vitamina B12 e cálcio.

A especialista destaca que é crucial levar em consideração a abordagem cirúrgica, seja ela aberta ou laparoscópica, que influencia diretamente os riscos pós-operatórios e a recuperação. Também é necessário observar a técnica cirúrgica, sendo o bypass gástrico, que reduz o tamanho do estômago e desvia o intestino, ou a cirurgia sleeve, que envolve apenas a redução do estômago.

“A técnica sleeve tem sido preferida devido à possibilidade de menor déficit nutricional e deficiência de vitaminas no pós-operatório, além de contribuir para o controle do diabetes e a redução do número de medicamentos. Embora a perda de peso possa ser um pouco menor em comparação com o bypass, essa abordagem oferece benefícios significativos”, explica a endocrinologista.

Após a cirurgia, é crucial continuar com o acompanhamento médico. É essencial discutir essa necessidade durante o período pré-operatório, pois alguns pacientes podem negligenciar o acompanhamento médico após a cirurgia, acreditando que todas as complicações foram resolvidas com a perda de peso. No entanto, o objetivo não é apenas perder peso, mas também ganhar massa muscular e melhorar a saúde global. Para alcançar esses objetivos, é fundamental ter um acompanhamento multidisciplinar adequado.



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Você já ouviu falar em ataxia-telangiectasia?

A doença apresenta predisposição à câncer

                      Até o momento, o tratamento é paliativo 



Na primeira infância, os pacientes apresentam ataxia cerebelar progressiva, que é um distúrbio de movimento. Mais tarde, eles desenvolvem telangiectasias conjuntivais, quando os vasinhos ficam a mostra, outras degenerações neurológicas progressivas, infecção sinopulmonar e malignidades, principalmente as leucemias e os linfomas. Esses são os sinais da ataxia-telangiectasia (AT), doença autossômica recessiva, caracterizada por ataxia cerebelar, telangiectasias, defeitos imunológicos e predisposição à malignidade.

A AT é um defeito imunológico e os pacientes portadores podem apresentar síndrome metabólica e disfunções hepáticas, além de triagens frequentes para doenças oncológicas.

A Dra. Carolina Aranda, membro do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) comenta que o exame genético é considerado padrão ouro para fazer o diagnóstico, já que avalia as mutações no gene ATM. O aumento da alfafetoproteína, uma proteína sérica, pode ajudar no diagnóstico combinado às manifestações clínicas.

“O gene ATM está envolvido na estabilidade cromossômica. Mesmo que a pessoa não tenha dois alelos afetados ("o chamado portador"), existe a possibilidade que o gene interfira na estabilidade do material genético, e, com isso, predispondo os portadores, principalmente ao câncer de mama e ovário. Nos painéis de investigação para câncer hereditário, o gene ATM se encontra presente, em conjunto com outros genes”, explica Dra. Carolina, e complementa que até os 12 anos de idade, a incidência de leucemias e linfomas é aumentada nessa faixa etária, após isso tumores de órgãos sólidos são possíveis.

A especialista da ASBAI conta que a equipe multidisciplinar é essencial no acompanhamento do paciente com ataxia-telangiectasia. O aporte de nutrientes é diferente, pois a ataxia exige maior energia, que resulta na avaliação e acompanhamento do nutricionista. Os pacientes têm disfagia, e o fonoaudiólogo é essencial. A terapia ocupacional e fisioterapia também são necessárias.

Infelizmente, até o momento, o tratamento é paliativo. “O uso de imunoglobulina pode ser indicado em alguns pacientes, assim como algumas medicações para melhora da ataxia. O acompanhamento nutricional é o que permite melhor desfecho”, finaliza Dra. Carolina Aranda.

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Médica do Hospital Geral de Itapevi explica por que a vacina BCG é tão importante para os bebês

Imunização protege os pequenos da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que provoca a tuberculose

 

A cicatriz no braço e logo abaixo do ombro identifica: quem carrega essa marca tomou a vacina BCG. Ministrada logo no primeiro ano de vida, a BCG protege contra a tuberculose – doença contagiosa que afeta os pulmões e também os ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). 

De acordo com dados da Fiocruz, o número de casos de tuberculose, principalmente em crianças, é cada vez maior no Brasil e no mundo. Em 2020, mais de um milhão de crianças tiveram a doença em todo o planeta. Dessas, mais de 200 mil perderam a vida. 

A Dra. Marisa Salgado, neonatologista do Hospital Geral de Itapevi (HGI), gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” - em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, reforça que a vacina é uma medida eficiente para proteger os pequenos da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que provoca a doença. 

“A vacinação protege a população da disseminação da tuberculose e contra as formas graves da doença. Além da proteção individual, a vacinação em massa produz proteção coletiva, beneficiando as pessoas que não podem ser vacinadas. É de fácil aplicação, em dose única, gratuita e realizada no início da vida”, alerta a médica. 

A BCG é parte do Programa Nacional de Imunizações, do SUS, e está disponível em Unidades Básicas de Saúde. É importante que a vacinação seja realizada o mais breve possível, preferencialmente ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias. 

“No HGI, há um alto índice de vacinação, sendo aplicada em praticamente 100% dos pacientes e raramente os pais se recusam a receber a vacina. A recomendação atual é que a BCG seja aplicada na maternidade, antes da alta hospitalar, para, assim, assegurar a vacinação”, relata a doutora.

 

Por que a cicatriz? E preciso aplicar pomada ou algum remédio no local vacinado?

A médica explica que não é preciso fazer preparação especial para a vacina e fala sobre a cicatriz que fica após a aplicação.

“Após a vacinação, é importante não colocar medicamentos ou curativos no local da cicatriz, pois isso é considerado uma resposta normal do corpo. A reação geralmente começa cerca de 3 a 4 semanas após a vacinação, apresentando uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, que pode evoluir para uma pequena úlcera e produzir secreção até a cicatrização completa, que geralmente ocorre em um período de 6 a 12 semanas".

 

Todo mundo precisa tomar a BCG?

Existem contraindicações, como peso inferior a 2 kg, crianças imunodeficientes, desnutridas, com erupções cutâneas generalizadas, que tenham hipersensibilidade a algum ingrediente da vacina ou que realizam tratamento regular com corticoides. 

Nesses casos, a vacinação deve ser aplicada quando a saúde da criança se restabelecer, desde que isso aconteça até os 7 anos de idade.  

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejam.org.br/noticias


Casos de câncer de cabeça e pescoço geram alerta

Com 1,5 milhão de novos casos em todo mundo, câncer de cabeça e pescoço vira alerta em julho


Os cânceres que surgem nas regiões da cabeça e do pescoço trazem estatísticas pouco animadoras para os pacientes e seus familiares. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), eles respondem em média por 10 mil mortes ao ano no Brasil. O problema é que este número poderia ser bem menor, não fosse pela constatação mais trágica: em nada menos que 75% a 80% dos casos, o paciente recorre ao médico com a doença já em estágio avançado.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), projetou somente para o ano passado 1,5 milhão de novos casos em todo o mundo e cerca de 460 mil mortes. Os dados efetivos ainda não foram divulgados, mas na classe médica admite-se que não deveria haver razões para números tão elevados.

Por isso, entre os oncologistas, o sentimento é de frustração. “Quando ocorre o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 90%. No estágio avançado, ela reduz para 40%, portanto menos da metade. O tempo, neste caso, joga contra os pacientes”, sustenta Dr. Celso di Lascio, médico do plano de saúde You Saúde. O cenário é tão grave que, desde 2022, o estado de alerta converteu-se em uma lei federal que institui o Julho Verde, em combate a esse tipo de câncer.

“O objetivo do Julho Verde é chamar a atenção das pessoas para os riscos do diagnóstico tardio quando se trata do câncer de cabeça e pescoço. E aqui vale uma explicação: há um leque de variedades de câncer nessa região, como o de boca, língua, gengiva, faringe, laringe, tireoide, glândulas salivares, cérebro, entre muitos outros”, enumera o médico, antes de reforçar o alerta para a prevenção. “Pode até parecer uma repetição, mas, no caso do câncer de cabeça e pescoço, a precaução realmente é o melhor remédio.”

E os sintomas e os cuidados para se evitar esse tipo de tumor são bastante evidentes. Os sintomas mais comuns, segundo ele, são ferimentos na boca e dores de garganta intermináveis, surgimento de caroços na região do pescoço, rouquidão, dificuldade de mastigar e engolir alimentos, inchaço na região mandibular, frouxidão dos dentes, entre outros.

“O maior problema dos sintomas é que os pacientes costumam associá-los a doenças menos graves, e recorrem ao médico quando descobrem que as pomadas ou os anti-inflamatórios que usaram não fizeram efeito. Por isso o diagnóstico é quase sempre elevado”, aponta o médico da You Saúde. Mas, além dos sintomas visíveis e até palpáveis, ele também observa que, diferentemente de outras manifestações de câncer, é possível se precaver contra a doença.

“Os principais fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço são o consumo excessivo de álcool e de tabaco e a exposição prolongada ao sol, além da infecção pelo vírus HPV. Ou seja, é possível também evitar sua ocorrência assumindo hábitos de vida mais saudáveis. É uma questão mais de consciência do que propriamente de sucumbir a doença que pode chegar a ser grave”, defende. Razões que, afirma, justificam a realização do Julho Verde.

 

Hidratação é fundamental em qualquer estação do ano, alerta professora de nutrição

Marina Koffke destaca os benefícios do consumo de água para o organismo e ensina como fazer cálculo sobre a necessidade diária


Para o organismo estação do ano. Nos períodos em que as temperaturas estão mais elevadas é natural que as pessoas lembrem de se hidratar ao longo do dia e sintam sede, mas conforme a temperatura vai baixando é comum ocorrer uma diminuição no consumo da água e as pessoas buscarem conforto em bebidas quentes como chás, cafés e outros.

 

E não há nenhum problema no consumo destas bebidas. Elas, inclusive, ajudam na hidratação. No entanto, a hidratação promovida pela água não tem substituição, ressalta a professora de Nutrição da UniSociesc, Marina Koffke. “Chás, cafés, sucos, podem contribuir na hidratação ao longo do dia, da mesma forma que alguns alimentos, como frutas, verduras, legumes - especialmente se consumidos de forma natural - vão ajudar. Mas não há substituição para a água, afinal mais de 70% do corpo humano é composto por ela”, destaca.

 

funcionar adequadamente o consumo de água é essencial em qualquer

A professora observa ainda que as bebidas industrializadas devem ser evitadas por causa da grande quantidade de açúcar e outros aditivos, mas lembra que uma opção interessante pode ser o uso de águas saborizadas feitas em casa. “É uma excelente opção para quem tem mais dificuldade no consumo ou sente menos sede, como os idosos, por exemplo. Cortar uma fruta, colocar umas folhas de hortelã numa jarra ou na garrafa e ir completando com água ao longo do dia. É uma forma interessante de variar o sabor e consumir água”, sugere.

 

Quantidade adequada para cada organismo

 

Existem recomendações dos órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a quantidade adequada de consumo de água para adultos saudáveis. O cálculo sugerido é de 35 mls de água para cada quilo de peso. Uma pessoa de 60 quilos (35x60) teria o consumo indicado de 2,1 litros de água por dia ou ainda, uma pessoa de 80 quilos (35x80), teria o consumo indicado de 2,8 litros de água por dia. “Por isso se fala para as pessoas consumirem pelo menos 2 litros de água por dia, de forma geral”, explica Marina.

 

Este cálculo é uma média de quanto a pessoa perde de água por dia e precisa repor para manter o organismo saudável. Mas no caso de pessoas que praticam esportes ou atividades físicas de grande esforço esta quantidade de água por quilo de peso poderá ser muito maior. E também existem as pessoas que têm alguma condição de saúde específica em que a indicação de consumo é menor. Outro ponto é que durante uma infecção, como da gripe, da Covid 19 ou da dengue, por exemplo, o organismo vai se beneficiar de uma hidratação acima da média.

 


Benefícios da água para o corpo

 

Com o corpo hidratado as atividades celulares e o transporte e absorção de nutrientes são facilitados, a digestão ocorre de maneira tranquila e o funcionamento dos rins é melhor. Hidratado, o corpo faz naturalmente a regulação da temperatura e da pressão arterial e até mesmo ajuda a controlar a frequência cardíaca. E tem ainda aqueles benefícios que você consegue enxergar, como a melhora da pele e dos cabelos, por exemplo.

 

A hidratação adequada, aliada a uma alimentação saudável, prática de atividade física e um sono reparador, serão grandes aliados da saúde geral do organismo. “Cansaço, fadiga, dor de cabeça podem ser alguns sintomas de desidratação, por exemplo. E vale ressaltar que estes sintomas podem ocorrer no dia a dia, em qualquer estação do ano. Ao primeiro sinal desses sintomas vale lembrar se você está realmente cuidando da hidratação. Às vezes aquela dorzinha de cabeça é apenas falta de água”, alerta a professora.

 

Ela faz questão de observar que estes sintomas podem sim, ser indícios de algo mais grave, mas muitas vezes esta questão do consumo de água passa despercebida. “Mantenham a hidratação, aliada a uma alimentação saudável e muitos problemas de saúde serão evitados. O consumo adequado pode contribuir ainda na prevenção de infecções urinárias, candidíase, intoxicações, pedra no rim, apenas para citar algumas”, aponta.


 

Dica de especialista


A professora Marina finaliza, dando uma dica de ouro: “Ande sempre com uma garrafa de água por perto. Serve para adultos, para crianças, para idosos. Lembrando que idosos têm menos sensação de sede, então precisam de maior incentivo para o consumo. Assim, você vai consumindo ao longo do dia sem nem perceber.” A nutricionista explica ainda que é muito difícil que a pessoa consiga exagerar no consumo de forma natural no dia a dia, pois precisaria ser um consumo realmente muito elevado.

 

Desmistificando e convivendo com a diabetes

Médico endocrinologista, Dr. Edson Perrotti comenta sobre a comorbidade e mitiga concepções equivocadas sobre a doença


De acordo com os dados da 10ª edição do Atlas Diabetes, há um aumento global na prevalência da comorbidade, tornando-a um desafio para a saúde e o bem-estar da sociedade. Atualmente, estima-se que 537 milhões de pessoas convivam com a doença. Os dados se tornam mais alarmantes pois há uma previsão de que esse número aumente para 643 milhões em 2030 e 784 milhões em 2045.

O endocrinologista que apoia o Instituto Correndo pelo Diabetes (ICPD) explica que a Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) ocorre com mais frequência em crianças e adultos jovens magros, tratada principalmente com insulina. Já a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é mais comum em adultos obesos, tratada com dieta, exercícios, medicamentos e em alguns casos, insulina. Um terceiro tipo bastante comum de Diabetes é a Diabetes Gestacional, que surge na gravidez e pode ou não persistir após o parto.

Em relação aos sintomas, o especialista salienta que os sinais de alerta incluem sede excessiva, fome intensa, frequência urinária aumentada, fadiga e visão turva. O emagrecimento inexplicado é mais comum na DM1, enquanto a DM2 pode apresentar sintomas mais discretos e de evolução mais lenta.

“No diabetes tipo 2, os fatores de risco englobam obesidade, sedentarismo, tabagismo, histórico de fetos macrossômicos na gestação, histórico familiar de diabetes, hipertensão e dislipidemia. O diagnóstico do diabetes é realizado através de exames laboratoriais, como a medição da glicemia em jejum e testes de tolerância à glicose. É fundamental buscar a orientação de um especialista caso esses sintomas estejam presentes”, destaca o Dr. Edson Perrotti.

Em relação ao tratamento, o médico explica que a insulina é essencial para permitir que a glicose seja absorvida pelas células. Pessoas com diabetes que necessitam de insulina devem aplicá-la usando seringas, canetas ou bombas de insulina. Entretanto, houve avanços significativos na monitorização da glicemia, com o desenvolvimento de sensores, bem como no desenvolvimento de novos medicamentos e insulinas. Além disso, surgiram formas automatizadas de administração de insulina, conhecidas como pâncreas artificiais.

“As complicações do diabetes envolvem problemas vasculares, como obstrução de artérias e veias, resultando em infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e acidente vascular periférico. Além disso, existem as complicações: renais que podem levar à insuficiência renal e diálise; complicações oftalmológicas como catarata e retinopatia que podem resultar em cegueira; e complicações neurológicas, sendo a neuropatia periférica a mais comum, causando dores intensas nos pés e pernas”, pontua o especialista.

Conviver com a diabetes, gera a necessidade de mais cuidado e atenção do paciente. Por outro lado, também pode promover mudanças de hábitos em busca de uma melhor qualidade de vida.


Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD)
https://www.institutocpd.org/
https://instagram.com/correndopelodiabetes


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