Médico endocrinologista, Dr. Edson Perrotti comenta sobre a comorbidade e mitiga concepções equivocadas sobre a doença
O endocrinologista que apoia o Instituto Correndo pelo Diabetes (ICPD) explica que a Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) ocorre com mais frequência em crianças e adultos jovens magros, tratada principalmente com insulina. Já a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é mais comum em adultos obesos, tratada com dieta, exercícios, medicamentos e em alguns casos, insulina. Um terceiro tipo bastante comum de Diabetes é a Diabetes Gestacional, que surge na gravidez e pode ou não persistir após o parto.
Em relação aos sintomas, o especialista salienta que os sinais de alerta incluem sede excessiva, fome intensa, frequência urinária aumentada, fadiga e visão turva. O emagrecimento inexplicado é mais comum na DM1, enquanto a DM2 pode apresentar sintomas mais discretos e de evolução mais lenta.
“No diabetes tipo 2, os fatores de risco englobam obesidade, sedentarismo, tabagismo, histórico de fetos macrossômicos na gestação, histórico familiar de diabetes, hipertensão e dislipidemia. O diagnóstico do diabetes é realizado através de exames laboratoriais, como a medição da glicemia em jejum e testes de tolerância à glicose. É fundamental buscar a orientação de um especialista caso esses sintomas estejam presentes”, destaca o Dr. Edson Perrotti.
Em relação ao tratamento, o médico explica que a insulina é essencial para permitir que a glicose seja absorvida pelas células. Pessoas com diabetes que necessitam de insulina devem aplicá-la usando seringas, canetas ou bombas de insulina. Entretanto, houve avanços significativos na monitorização da glicemia, com o desenvolvimento de sensores, bem como no desenvolvimento de novos medicamentos e insulinas. Além disso, surgiram formas automatizadas de administração de insulina, conhecidas como pâncreas artificiais.
“As complicações do diabetes envolvem problemas vasculares, como obstrução de artérias e veias, resultando em infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e acidente vascular periférico. Além disso, existem as complicações: renais que podem levar à insuficiência renal e diálise; complicações oftalmológicas como catarata e retinopatia que podem resultar em cegueira; e complicações neurológicas, sendo a neuropatia periférica a mais comum, causando dores intensas nos pés e pernas”, pontua o especialista.
Conviver com a diabetes, gera a necessidade de mais cuidado e atenção do paciente. Por outro lado, também pode promover mudanças de hábitos em busca de uma melhor qualidade de vida.
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