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quinta-feira, 23 de março de 2023

Prática do Krav Magá é uma excelente opção para os jovens reduzirem o tempo que passam nos eletrônicos

Tema é discutido na novela Travessia, onde o personagem Theo já teve crise de abstinência e demonstra agressividade, exatamente como um dependente químico

 

Uma pesquisa do Instituto de Psicologia da USP aponta que 85% dos adolescentes jogam videogame e desse total, quase 30% têm as características do Transtorno de Jogo pela Internet (TJI). 

O tema está tão presente nos lares brasileiros que também é abordado na novela Travessia, da Rede Globo, onde o personagem Theo chegou a fugir quando os pais o levaram para viajar para um lugar isolado para que, assim, ele ficasse um pouco longe das telas. Além disso, Theo é agressivo e tem crises constantes de ansiedade. 

Há pouco mais de 1 ano, o vício em jogos eletrônicos passou a ser considerado como doença pela OMS, mas o que fazer com uma juventude cada vez mais digital e conectada? Segundo Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá, incentivar a prática de atividades físicas pode ser um bom caminho.

“O Krav Magá traz diversos benefícios para os jovens porque os treinos coletivos promovem a interação entre as pessoas e o próprio contato físico é muito benéfico nesse sentido. Além disso, o que costuma atrair os jovens para os games, sobretudo os meninos, é o desafio e poucas atividades físicas são tão desafiadoras quanto o Krav Magá”, explica.

Zalmon, que é nascido em Jerusalém - onde iniciou seus passos no mundo da luta e aprimorou a técnica de Krav Magá no exército israelense - pontua que isso acontece não só pelo esforço físico envolvido no treinamento, mas principalmente pelo esforço mental. É que para executar os movimentos de forma correta e rápida é preciso analisar o agressor, a posição do ataque, a distância, o alvo, as possíveis reações, entre outras funções, tudo ao mesmo tempo. Quem for mais rápido e mais competente, ganha. Há muitos jogos que são exatamente assim, o Krav Magá se aproxima da temática preferida deles no mundo virtual: jogos como Street Fighter, Mortal Kombat e Fortnite, por exemplo, exigem agilidade, concentração e contra-ataque ao inimigo.

Além disso, como grande parte dos gamers também é estudante, o treinamento mental do Krav Magá ajuda na capacidade de focar e de se concentrar melhor, no autocontrole, na canalização do estresse, no equilíbrio emocional, além de trabalhar conceitos como humildade, solidariedade, respeito e educação.

Sobre a parte física, Zalmon finaliza falando sobre pontos muito importantes, novamente para a faixa etária dos jovens como a coordenação motora, a flexibilidade, o fortalecimento e o desenvolvimento dos músculos, o uso correto da transferência do peso e a velocidade. “Quem pratica Krav Magá logo entende a importância de dormir e de se alimentar bem porque isso é determinante para seu desempenho em aula. Temos muitos exemplos de jovens que se tornaram mais conscientes e passaram a evitar os excessos pensando em ser melhores que os seus oponentes”, diz.

O Brasil está entre os primeiros colocados no ranking mundial de tempo de uso de telas e como o vício começa na adolescência, é muito importante que os pais estejam atentos. Uma vez detectado o problema, simplesmente proibir não vai resolver porque se há dependência, a tendência é que o jovem procure outros canais, como o celular, por exemplo. Oferecer outras atividades é um caminho interessante para desestimular, aos poucos, o uso dos eletrônicos e a dependência afetiva que isso provoca.

 

Serviço: 

Ajuda em São Paulo

Ambulatório de Dependências do Comportamento do Proad/Unifesp (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo)

Telefone: (11) 5579-1543.

 

Programa Ambulatorial do Jogo (PRO-AMJO) do IPq-HC-FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)

Telefone: (11) 2661-7805.

 

Federação Internacional de Krav Magá 
Site: https://www.kravmaga.org.br/

Email: atendimento@kravmaga.org.br

Telefone: (11) 97041-9797


Março Roxo: Caminhada na Paulista marca Dia Internacional de Conscientização da Epilepsia


Campanha Março Roxo conscientiza sobre a epilepsia
ABE

Ato simbólico chama atenção para necessidades e direitos das pessoas que têm a doença; fachada da Fiesp usará iluminação roxa

 

No próximo domingo, 26 de março, acontecerá na Av. Paulista uma caminhada pelo Dia Internacional de Conscientização da Epilepsia. O evento, que tem organização da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) e do movimento Mães da Epilepsia, reunirá cerca de 700 pessoas usando roupas roxas e tem como objetivo fazer com que a sociedade volte olhares para a doença, que atinge 3 milhões no Brasil e 50 milhões no mundo.

A atividade faz parte da programação oficial da ABE para o Março Roxo, mês de visibilidade global da epilepsia, e deve durar cerca de uma hora. A concentração será às 9h e a partida às 10h da altura do número 1853 (em frente ao Parque Mário Covas) e a dispersão será no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, número 1313. A FIESP, inclusive, usará a iluminação roxa nesta data para contribuir com a causa.  

"A FIESP é uma entidade com responsabilidade social e ambiental e por meio do ComSaude, apoia campanhas que esclareçam a população sobre os aspectos que envolvem as principais doenças, seja em forma de prevenção ou direcionando-as ao tratamento quando já diagnosticada, tudo é feito sempre com o apoio de especialistas fornecidos pelas entidades parceiras.” diz Luiz Monteiro Filiettaz, gerente executivo do ComSaude da FIESP/CIESP.


Março Roxo – Programação

O tema da campanha 2023 é “E se fosse você?”.  “A ideia é despertar empatia. Vamos levar informação para que as pessoas entendam o que é a doença e possam não só vencer preconceitos, mas aprendam como ajudar caso conheçam alguém que tem epilepsia ou presenciem uma crise”, diz Maria Alice Susemihl, presidente da ABE.

Ações de conscientização acontecerão em diversas capitais. Além do previsto para São Paulo, o prédio do Ministério da Saúde, no Distrito Federal, também será iluminado nas cores roxa e azul de 20 a 31/03. Estão agendadas, ainda, atividades em Vitória, Rio de Janeiro, Fortaleza, Pará, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Florianópolis e Rio Grande do Sul. Para conhecer a lista completa, basta acessar o site aqui  ou acompanhar a ABE no Instagram: @assoc.brasileira.epilepsia.

Epilepsia x SUS 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil oferece tratamento integral e gratuito para epilepsia, do diagnóstico aos medicamentos, por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS, mas para o vice-presidente da Associação Brasileira de Epilepsia, o médico neurologista Dr. Lécio Figueira Pinto, a situação é um paradoxo: “no papel é organizado. Contudo, não funciona na prática”. No Março Roxo, mês em que as questões sobre epilepsia ganham visibilidade global, a ABE alerta para problemas no SUS que impactam na qualidade de vida de quem tem a doença.

Antes de detalhar quais são esses problemas e suas consequências, entretanto, um importante ponto de partida para análise da situação atual é que 71,5% dos brasileiros dependem do SUS, segundo levantamento do IBGE divulgado ano passado em com base em dados coletados em 2019. O número representa mais de 150 milhões de pessoas que não contam com qualquer tipo de serviço suplementar. E se por um lado o atendimento público é modelo, inclusive para outros países, como no caso do combate ao HIV, por outro ainda apresenta grandes lacunas, lugar onde está o tratamento para pessoas com epilepsia.

“No atendimento primário, não existe um programa eficiente do governo para capacitar enfermeiros, assistentes sociais e clínicos gerais para triagem e tratamento inicial, o que é fundamental para encaminhamento adequado. No secundário, onde a avaliação é com um neurologista, não temos especialistas suficientes na rede. Já o sistema terciário, apesar de contar com centros de excelência em epilepsia em alguns hospitais do SUS, eles são poucos e atendem apenas a uma pequena quantidade de pacientes em relação ao volume dos que necessitam. E, por fim, a dificuldade de acesso a exames como eletroencefalograma e ressonância magnética”, diz.


Os sérios riscos da falta ou descontinuidade de tratamento

Segundo definição da Liga Internacional de Epilepsia (ILAE), epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas e risco de recorrência.  Isso acontece devido a atividade neuronal síncrona ou excessiva no cérebro, um "curto-circuito".  Qualquer pessoa pode apresentar crises epilépticas, independentemente da idade, sexo, raça ou condição social. Nas crises, ocorrem alterações súbitas e transitórias, como alteração da consciência, movimentos anormais, alterações sensoriais ou psíquicas, que podem ser percebidas pelo paciente ou por um observador. 

A pessoa que tem a doença, mas não trata e não toma os medicamentos tem duas implicações principais: qualidade de vida e segurança. “Os remédios são prescritos com o objetivo de parar ou reduzir as crises, tanto em quantidade quanto em intensidade. Isso evita que uma criança, por exemplo, perca foco na escola, e permite que um adulto consiga acompanhar reuniões, dirigir, etc. Outro ponto importante é a proteção. Com as crises, a pessoa pode perder a consciência e se envolver em acidentes, traumas, queimaduras, até mesmo quedas da própria altura”, continua o neurologista.


A questão da falta de medicamentos

Além do atendimento, diagnóstico e encaminhamento adequados, os medicamentos são parte fundamental para maior qualidade de vida quando o assunto é epilepsia. A disponibilidade no SUS é um fator importante para a prescrição médica, já que a maioria da população recorre ao sistema público. Entretanto, o vice-presidente da ABE explica que essa disponibilidade não significa somente figurar em uma lista de fornecimento, mas a constância e abrangência, ou seja, a distribuição em diferentes regiões e sem interrupções.

“Não ter ou faltar é algo que limita muito. Já tive pacientes que não queriam usar um remédio que é mais adequado por conta da dificuldade de acesso. É importante que todos tenham consciência de que o acesso aos medicamentos não é uma benevolência. Está na constituição brasileira, é um direito das pessoas e um dever do Estado. Além disso, a burocracia precisa ser reduzida. Hoje, o processo para dispensar desses medicamentos é complexo. Por isso, é preciso fiscalizar, cobrar e exigir”, diz o médico.


Apoio além do poder público

A Associação Brasileira de Epilepsia oferece suporte, como o serviço de assistentes sociais para sanar dúvidas. Na questão dos medicamentos, por exemplo, criou a campanha S.O.S Epilepsia, que ajuda a população a indicar os locais onde há falta e cobrar as autoridades.. Já em relação a garantia de direitos, como aposentadoria e benefícios, a ABE tem parceria com escritório de advocacia para, em caso de necessidade de discussão jurídica, a pessoa com a doença ou seus familiares possam ser orientados. “A união aumenta a capacidade de fiscalizar e exigir. Se cada um ficar no seu quadrado, sem remédio, sem tratamento e sem cobrar, a realidade não vai mudar”, finaliza o neurologista.


Cinco exercícios simples para aliviar a cólica menstrual

Aquela dor na região abdominal durante o período menstrual pode variar de leve a intensa e, geralmente, é causada pelas contrações do útero que ajudam a eliminar o revestimento uterino durante a menstruação.

Para ajudar a aliviar esse desconforto, há uma série de exercícios que podem ser praticados até mesmo em casa. Para a professora da academia UPX Sports, de Curitiba, Rafaela Verona, é essencial que a escolha dos exercícios seja de uma forma segura. “O importante é optar por atividades físicas que sejam agradáveis e seguras, e praticá-las regularmente ao longo de todo o ciclo menstrual, incluindo durante o período menstrual”, explica.

Ela listou alguns dos exercícios simples que podem ajudar a aliviar a cólica menstrual:

Alongamento: o alongamento relaxa os músculos abdominais e reduz a tensão. Deitar-se de costas e dobrar os joelhos em direção ao peito e segurar essa posição por cerca de 30 segundos e depois soltar.

Ioga: algumas poses de ioga podem ajudar a aliviar as cólicas menstruais. Por exemplo, ajoelhar no chão, esticar os braços para a frente e abaixar a cabeça em direção ao chão pode ajudar a relaxar os músculos abdominais e aliviar a tensão.

Caminhada: caminhadas leves estimulam o fluxo sanguíneo e reduzem a inflamação, e melhoram a dor abdominal. Caminhar por 20 a 30 minutos em um ritmo confortável.

Exercícios aeróbicos de baixo impacto: exercícios aeróbicos de baixo impacto, como a bicicleta ergométrica ou a esteira, aumentam o fluxo sanguíneo e reduzem a inflamação. Começar devagar e aumentar gradualmente a intensidade.

Pilates: ajuda a melhorar o equilíbrio e a postura, além de fortalecer os músculos abdominais. Esses benefícios podem ajudar a reduzir a dor associada às cólicas menstruais.

A professora lembra que cada corpo é único e pode responder de maneira diferente aos movimentos. É importante consultar um médico antes de iniciar qualquer novo programa de exercícios. Além disso, Rafaela alerta sobre os cuidados com o corpo. “É fundamental ouvi-lo e fazer o que for confortável para você. Com o tempo, você pode encontrar o exercício que melhor alivia suas cólicas menstruais”, finaliza.

 

UPX Sports
@upxsports

Nutricionista lista sinais que o corpo dá que você não está consumindo proteína suficiente

Juliana Vieira também listou alimentos altamente protéicos e com pobres em carboidratos 

 

As proteínas são de extrema importância para diversos processos do organismo humano, desde a estrutura das células até a imunidade. Quando você não está consumindo a quantidade ideal por dia, o corpo começa a dar sinais.  A nutricionista Juliana Vieira listou alguns deles.  

"A falta de proteína no organismo pode causar inúmeros problemas como fadiga, queda de cabelo, baixa imunidade, perda de massa muscular , doenças frequentes, gases e prisão de ventre, entre outros", explica. 

Juliana explicou a importância da proteína. "É um macronutriente que pode ser encontrado praticamente em qualquer parte do corpo ou tecido, como no músculo, osso, componente, encontrado em alimentos de origem vegetal e animal, é essencial para o bom funcionamento do nosso corpo. Ele também ajuda a perder peso, ganhar massa magra , afastar o desejo por alimentos calóricos. É importante para equilibrar a taxa de síntese proteica do músculo; formação do sistema nervoso, entre outros".  

Ela também falou sobre o consumo ideal para um adulto. "Devemos seguir a recomendação da RDA (Recommended Dietary Allowance) que é de 0,8g/Kg por dia de proteínas, ou seja, 12 a 15% das necessidades calóricas diárias, porém varia bastante de tipo de atividade física. Eu costumo calcular para um atleta até 1,5 g a 2 gr/ kd / dia”estilismo e estado de saúde , por exemplo um doente renal necessita de específicas recomendações", destaca.  

Juliana elencou alguns altamente protéticos e com pouco carboidrato. 

Frango grelhado: zero carboidratos

Bife de carne de vaca: zero carboidratos

Atum: zero carboidratos

Salmão: um filé médio tem 0,7g de carboidratos

Queijo Brie: uma porção de 30g tem 0,1g de carboidratos

Muçarela: uma porção de 30 gramas tem 0,9g de carboidratos

Amêndoas: sete unidades têm 2g de carboidratos 

Ovo: 0,56g de carboidratos 

"Lembre-se que os valores indicados acima servem apenas como uma referência e podem variar. A ingestão desses alimentos deve ser sempre moderada e dietas devem ser sempre orientadas por um nutricionista", finaliza.


PASSA MUITO TEMPO SENTADO? FAÇA ALONGAMENTOS E EVITE PROBLEMAS

O especialista Bernardo Sampaio  traz algumas dicas de como aliviar esse desconforto, confira. 


Muita gente passa boa parte do dia sentada no trabalho. Isso pode ocasionar certos incômodos ao final do expediente ou até mesmo se tornar um problema mais sério. Você sabia que existem soluções fáceis e práticas para aliviar essas dores. 

Nesse sentido, a prática de alongamentos, vira uma grande aliada, pois alivia a tensão, ajuda no relaxamento e melhora a circulação sanguínea. “Além da preocupação com a postura, também  é importante manter uma rotina de exercícios físicos e levantar-se de tempos em tempos e alongar o corpo, esses pequenos movimentos incluídos na rotina ajudam muito a manter o corpo saudável", pontua o fisioterapeuta Bernardo Sampaio. 

Ainda de acordo com o fisioterapeuta, regiões como pescoço, punhos e panturrilhas também devem ser levados em consideração, alongar essas regiões ajuda e muito, a aliviar e prevenir futuras dores. Pensando nisso, o fisioterapeuta Bernardo Sampaio listou alguns tipos de alongamento para ajudar nestes dias:

Pulsos:
Para aliviar essa parte do corpo, o que você terá de fazer são rotações em sentido horário e anti-horário nos dois pulsos. Você pode fazer estas repetições sempre que começar a sentir dores ou entre o final de uma tarefa e o início de outra. 

Braços:
Junte as mãos e estique os braços para cima, deixando a postura ereta e o corpo bem elevado. Se mantenha nessa posição por 20 segundos e repita o movimento a cada duas horas (ou no intervalo de tempo que achar necessário). Você também pode variar a direção, fazendo isso com os braços para a frente, ao mesmo tempo.

Pescoço:
Para movimentar o pescoço e aliviar a tensão que geralmente depositamos nesta região, a dica do especialista é começar com movimentos bem suaves. Incline a cabeça, por 5 segundos, para cada lado e repita por 5 vezes. Depois faça o mesmo para frente e para trás e para finalizar faça o movimento de rotação completo nos dois sentidos, duas vezes para cada um deles.

Pernas:
Para diminuir toda pressão que as pernas sofrem por ficarem na mesma posição durante horas, você pode realizar um exercício super discreto: estique uma perna até ficar reta e flexione os joelhos para baixo, repetindo o movimento 10 vezes em cada perna. Na última repetição da série, deixe cada um dos membros inferiores esticados por 15 segundos. Além disso, não se esqueça de dar uma caminhadinha pela casa a cada duas ou três horas para ativar a circulação sanguínea.

Panturrilhas:
Na hora em que você estiver em pé por algum motivo, junte as pernas, fique na ponta dos pés e, depois volte à posição inicial. Repita isso de 10 a 15 vezes sempre que puder. Com todas essas dicas, com certeza os dias de home office se tornarão mais produtivos e as dores vão ficar para trás.

“O alongamento é essencial, porque ajuda a manter a flexibilidade do nosso corpo, mas nunca estique ao ponto de sentir dor ou prenda a respiração durante a atividade” - finaliza Bernardo Sampaio


BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor de graduação e pós-graduação também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo. www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br


Prevenção contra a dengue: Biólogo e especialista em pragas urbanas, Randy Baldresca explica a urgência na prevenção

 No primeiro trimestre de 2023, foram identificados 17.075 focos do mosquito Aedes aegypti em 202 municípios, em São Paulo

Prevenção e informação são as chaves para o sucesso quando se trata de Dengue. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue pode afetar gravemente a saúde humana, levando a sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, a doença pode levar a complicações sérias e até mesmo à morte. Por isso, é fundamental que a população esteja atenta aos cuidados e medidas de prevenção para evitar a disseminação da dengue. Nesse sentido, o biólogo Randy Baldresca é uma das principais referências no combate a essa doença, e revela dicas de como ajudar no combate.

“Com as fortes chuvas que estão acontecendo desde janeiro, existem muitos pontos de alerta que precisam ser verificados. Não basta só os moradores tomarem cuidado com garrafas, pneus e baldes que possam acumular água. É necessários que a prefeitura de cada município faça uma varredura nas cidades. Bueiros com água acumulada, canto de calçadas com possas, tudo isso contribui para a propagação do mosquito da dengue”, comenta o biólogo.

O Ministério da Saúde registrou que os casos de dengue aumentaram 44% em 2023 em relação ao ano de 2022. No dia 03 de março de 2023, a Anvisa aprovou com a resolução RE 661/23 a nova vacina contra a dengue. Ela será aplicada em pessoas com idade entre 4 e 60 anos e foi comprovada uma eficácia de foi de 66,2% (IC de 95%: 49,1%, 77,5%).

No entanto, o biólogo ressalta a importância das empresas do setor privado tomarem suas próprias medidas de segurança em relação à doença. “Grandes indústrias, com aqueles galpões enormes, muitas vezes perdem esse controle de analisar se não há ponto de proliferação dos mosquitos e por isso podem contratar empresas que façam o controle de pragas urbanas. Nós que trabalhamos nesse ramo, sabemos orientar com precisão onde está o foco de contaminação”, ressalta Randy.

Dicas Básicas para a prevenção

  • A primeira forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor. Isso significa evitar o acúmulo de água parada em recipientes como: pneus, vasos de plantas, garrafas e latas. Esses locais são ideais para a reprodução do mosquito, e a eliminação deles é uma forma eficaz de prevenir a doença.
  • Outra maneira é o uso de repelentes e inseticidas para afastar o mosquito transmissor. É importante lembrar que o uso desses produtos deve ser feito de acordo com as orientações do fabricante e que eles devem ser aplicados em áreas expostas do corpo.
  • A conscientização da população também é fundamental para a prevenção da dengue. É importante que as pessoas saibam identificar os sintomas da doença e busquem atendimento médico imediatamente caso os apresentem. Além disso, a divulgação de informações sobre as formas de prevenção, é essencial para que as pessoas possam adotar medidas para evitar a proliferação do mosquito transmissor.
  • A limpeza de áreas públicas também é importante para a prevenção da dengue. É responsabilidade das autoridades locais garantir a limpeza e a manutenção das áreas públicas para evitar o acúmulo de água parada. Além disso, é importante que a população denuncie áreas com acúmulo de lixo e água parada para que as autoridades possam agir de forma rápida.
  • Para finalizar, a eliminação de locais com água parada, o uso de repelentes e inseticidas, a conscientização da população e a limpeza de áreas públicas são algumas das medidas que podem ser adotadas para combater a doença. Com a união de todos, é possível evitar a disseminação da dengue e garantir a saúde da população.

 
Randy Baldresca Controle de Pragas e Sanitização

Visão dos pequenos: é importante estar atento desde cedo

Quanto antes for identificada e corrigida a ametropia - miopia, astigmatismo ou hipermetropia -, melhor será a visão no futuro Número de crianças em idade escolar que precisam de óculos está aumentando, mas ainda é comum o bullying entre os colegas

 

Assim que nascem, os bebês precisam passar por exames diagnósticos importantes, entre eles os testes da orelhinha, pezinho e olhinho – este último avalia a percepção do reflexo vermelho nos olhos do recém-nascido e é capaz de identificar diversos problemas oculares graves, como a catarata congênita e o retinoblastoma, um tipo raro de câncer ocular. No entanto, o teste não verifica um possível erro refrativo, como miopia, astigmatismo ou hipermetropia, que pode acontecer antes mesmo da criança completar um ano, e acaba sendo detectado já na idade escolar, quando o pequeno começa a demonstrar dificuldades de aprendizado e concentração. 

Segundo especialistas, a primeira consulta das crianças ao oftalmologista não deve demorar a acontecer. Isso porque, mesmo com alguns meses de vida, já pode ser necessário o uso de óculos em bebês com alto grau de miopia ou hipermetropia, por exemplo. Também é importante estar atento ao material utilizado no acessório. Hoje, graças ao avanço da tecnologia, já é possível encontrar itens cada vez mais anatômicos e que atendam às particularidades do usuário. No caso das crianças, recomenda-se, por exemplo, o uso de lentes de resina, mais resistentes que as de vidro ou cristal, que são relativamente comuns para adultos que têm alto grau. 

É importante observar se há alguma queixa e, principalmente, qualquer mudança comportamental da criança – que ainda não sabe explicar exatamente o que sente ou como é ter dificuldade em enxergar com precisão. Isso porque seu sistema visual cresce e se desenvolve junto com ela, em especial entre os primeiros cinco e seis anos de vida – quando os óculos podem desempenhar um papel importante para garantir o desenvolvimento normal da visão. Algo que nem todo mundo sabe é que, se a criança possui, por exemplo, um alto grau de miopia ou hipermetropia e a visão não é corrigida a tempo, seu cérebro não será exposto a uma experiência visual plena, com imagens nítidas. 


A descoberta dos óculos e o bullying dos colegas

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), aproximadamente 23 milhões de crianças são portadoras de miopia, astigmatismo e hipermetropia, somente na América Latina. Já, no Brasil, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que 30% do público infantil em idade escolar tenha problemas refrativos – sendo mais comum a miopia – e 10% das crianças, entre sete e dez anos, precisem usar óculos. 

Mesmo com esses números elevados, e aumentando, ainda é muito comum que as crianças que usam óculos sofram bullying dos colegas, que criam apelidos e acabam tornando qualquer possível desconforto com o acessório novo um incômodo ainda maior. A situação é tão comum que apareceu de forma expressiva entre os resultados de um estudo sobre bullying, realizado por pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra. Entre os achados, descobriu-se por exemplo que crianças pré-adolescentes que usam óculos têm mais de um terço de probabilidade de sofrer a prática do que crianças que não usam óculos. Os resultados mostraram ainda que, das crianças que usavam óculos, de 35% a 37% eram mais propensas a serem alvos de bullying.


Como encorajar o uso dos óculos pelos pequenos?

Ainda que haja outros coleguinhas na escola que também usem óculos, a criança pode se sentir desconfortável, principalmente nos primeiros dias da novidade. Para isso, há dicas que podem ajudar os pais a motivá-la: “antes de tudo, é essencial que os próprios cuidadores reconheçam os benefícios do uso dos óculos corretivos, que proporcionarão melhor percepção visual e auxiliarão no desenvolvimento global das crianças ”, explica Makoto Ikegame, CEO da Lenscope. 

De acordo com ele, outras dicas que podem ajudar são:

  • dar exemplo de outras pessoas que as crianças conhecem e gostam, e que usem óculos;
  • estimular o pequeno e o envolver no processo de adaptação de forma positiva;
  • explicar à criança o quanto é importante que ela utilize os óculos do jeito correto, para poder enxergar tudo o que gosta da melhor forma, a inserindo como participante dos cuidados consigo;
  • levá-la para escolher o item ou, ainda, apresentar os óculos a ela de forma divertida.

É fundamental se manter presente na rotina da criança, a fim de acompanhar sua adaptação física e psicológica aos óculos. Um ponto importante também é a escolha correta das lentes dos óculos dos pequenos: “as lentes de resina modernas, além de mais resistentes, mitigam efeitos comuns e indesejados, como o conhecido ‘fundo de garrafa’, principalmente nos óculos daqueles com alto grau de ametropias, trazendo mais conforto, qualidade de vida e leveza”.  finaliza o executivo.

 

Lenscope


São Camilo expõe "Histórias que nos Tocam" nas estações Sé e Consolação com foco na prevenção ao câncer

A exposição está nas estações da linha 1-Azul, de 24 a 31/03, e linha 2-Verde, de 31/03 a 07/04

 

Com a celebração do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, detentor da Campanha "O Câncer de Mama no Alvo da Moda" – que simboliza a conscientização a respeito do câncer de mama –, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo, trouxe a exposição “Histórias que nos Tocam” para as estações Sé, da linha 1-Azul, entre 24 e 31/03 e Consolação, linha 2-Verde, entre 31/03 a 07/04, com destaque para informações de prevenção e relatos de mulheres que enfrentaram a doença.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que cerca de 700 mil casos novos de câncer ocorrerão por ano no Brasil até 2025, sendo as regiões sul e sudeste as que concentram cerca de 70% da incidência dos novos casos.

O acervo conta com 10 relatos de pacientes que passaram por tratamento na Unidade de Oncologia do São Camilo, localizada na Mooca, abordando suas experiências no combate à doença. Além disso, apresenta também algumas dicas para a prevenção do câncer, algo de grande importância para a sociedade visto que as chances de cura aumentam quando mais cedo for detectada a doença. Também é possível conferir as histórias do acervo na íntegra clicando aqui.

No Brasil, o câncer mais incidente na população brasileira é o câncer de pele não melanoma (30%). São 21 os tipos de câncer mais comuns para o próximo triênio, enquanto no último (2020 a 2022) eram 19. O acréscimo foi referente ao câncer de pâncreas e fígado.

Em homens, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer mais incidente é o de próstata (72 mil casos), enquanto nas mulheres, o câncer de mama é o mais comum (74 mil casos).

 

Serviço “Histórias que nos Tocam”

Datas e estações:    

De 17 a 24/03 - República 

De 24 a 31/03 - Sé 

De 31/03 a 07/04 - Consolação 

 

Rede de Hospitais São Camilo


Outono provoca rinite e síndrome respiratória em crianças

 Método de lavagem nasal diária com soro fisiológico é recomendado para prevenir e aliviar os sintomas dessas doenças  

 

A chegada do outono provocando queda de temperatura e maior circulação de vírus que provocam resfriados e gripes é um desafio para os pais. Além disso, outras doenças respiratórias como rinite, asma e sinusite são comuns nessa época do ano porque o ar fica mais seco e frio, irritando as vias respiratórias. Para quem é alérgico, as vias aéreas inflamadas entram em contato com esse ar frio e seco e os sintomas respiratórios se agravam. As crianças acabam ficando cansadas, irritadas e como o sono prejudicado. 

Outra preocupação é o Vírus Sincicial Respiratório, que provoca aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave entre crianças e adolescentes. Para ajudar a fortalecer a saúde dos pequenos, prevenindo a proliferação de vírus, bactérias e outros microorganismos nas vias aéreas superiores, especialistas recomendam a lavagem nasal diária.

NoseWash facilita a vida dos pais, por ser lúdico e adaptado para crianças.

“Antigamente, fazer a lavagem das vias aéreas era recomendação para quando as crianças estivessem doentes. Hoje, orientamos fazê-la diversas vezes ao dia, conforme a necessidade, mantendo a higienização das mucosas, fluidificando a via aérea nasal e diminuindo a inflamação local. Com a lavagem diária, percebemos menor incidência de quadros respiratórios e melhora da saúde em geral”, explica a pediatra e neonatologista da Maternidade Perinatal, Dra. Gabriela Facchini.

Para muitos pais e crianças, manter a rotina da lavagem nasal pode ser um desafio. Isso porque muitas delas têm resistência ao método. Mãe de dois meninos, Guilherme, de 5 anos, e Victor, de 8, a bióloga Michele Longo conhece de perto essa dificuldade. Victor tem Síndrome de Down e precisa fazer o procedimento diariamente, pois uma das características da síndrome é a hipotonia muscular, ou ‘frouxidão muscular’, que dificulta expelir a secreção. Segundo ela, realizar a técnica com uma seringa tradicional exigia paciência e estratégia. Em 2022, Michele conheceu o NoseWash, considerado o primeiro dispositivo de lavagem nasal criado especialmente para a primeira infância. 

"Antes era muito desgastante. O NoseWash mudou nossa rotina, parece que foi feito para atender a todas as minhas dificuldades. Meu filho de 5 anos faz sozinho e não preciso mais segurar o Victor para lavar o nariz. Não temos mais aquele momento tão estressante, com o desgaste físico e mental que nos deixava chateados. Agora, a gente até brinca na hora da lavagem nasal, tem fila, tem diálogo com os bichinhos do NoseWash. Ainda é desafiador, mas é impressionante como mudou nossa interação familiar. Como mãe, fico feliz em ver a ‘meleca’ saindo", brinca Michele.

 

Abordagem lúdica e melhor usabilidade no foco do processo

O dispositivo que Michele mencionou é o mais recente lançamento da AGPMED, empresa nascida no Rio de Janeiro que há mais de 25 anos produz dispositivos inovadores na área de saúde para médicos, consultórios, hospitais, indústria farmacêutica e exporta para países como Estados Unidos, Inglaterra e França. Pela primeira vez, a AGPMED lança para o mercado consumidor um produto que faz a lavagem nasal de bebês e crianças de forma segura, eficaz e lúdica. 

"Até então, a lavagem nasal feita por meio de seringas era realizada de forma adaptada e não apropriada, provocando um risco de machucar o nariz das crianças. Lavar o nariz era uma missão quase impossível! Resolvemos investir em ampla pesquisa para criar um dispositivo que trouxesse um ambiente mais lúdico, confortável e seguro. O NoseWash contém personagens em miniatura no próprio produto e adaptadores que protegem o nariz dos bebês e crianças. Nossa empresa tem um compromisso de mais de duas décadas de sempre desenvolver produtos que transformem a experiência das crianças e suas famílias. Precisamos ir além do ‘tratar’ e, por isso, buscamos oferecer mais cuidado, mais carinho e mais qualidade de vida" destaca Gustavo Reis, gerente de Negócios da AGPMED. 

O produto está aprovado pela Anvisa no Brasil e pelo FDA nos Estados Unidos.

 

Lavagem nasal: saiba como fazer

- Manter uma rotina diária do procedimento

- Se a criança estiver com o nariz entupido, repetir a lavagem pelo menos duas vezes ao dia, a última antes de dormir

- Incluir o processo na rotina de higiene pessoal (como escovar os dentes)

- Posicionar a criança com a cabeça para frente e levemente inclinada para um dos lados para a secreção sair da narina

- A pressão do jato é suave e contínua para eliminar a sensação de ‘afogamento’

 

AGPMED


Março Amarelo e a endometriose: a doença benigna que leva o caos à vida de 8 milhões de brasileiras

Março é o mês escolhido para a conscientização sobre endometriose, doença benigna que compromete a qualidade de vida de cerca de 8 milhões de brasileiras, seja por causa das cólicas intensas, da infertilidade e da busca extenuante por tratamentos muitas vezes ineficazes e inadequados. Os custos para a saúde pública e suplementar são altos e, embora, a endometriose seja considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS), permanece ignorada e com poucos investimentos em pesquisas para melhorar seu diagnóstico e tratamento.

A endometriose é benigna e afeta até 10% das mulheres em idade reprodutiva. Se manifesta principalmente por dor pélvica e dificuldade para engravidar. A doença caracteriza-se pela presença do tecido que reveste o útero (endométrio) na pelve feminina, mas que pode afetar outros órgãos, como o intestino, e até os pulmões. Acredita-se que múltiplos elementos se combinem para gerar a doença, havendo interação de fatores mecânicos, genéticos, imunológicos, endócrinos e ambientais. Embora muitos acreditem que seja uma doença da mulher moderna, a endometriose foi descrita pela primeira vez em 1860 e até hoje apresenta desafios para os médicos e pesquisadores mundo afora.

Apesar de ser comum às mulheres, seu diagnóstico é dificultado pela grande variedade na apresentação clínica: enquanto algumas mulheres não apresentam sintomas, outras podem apresentar sinais que trazem impacto significativo à qualidade de vida. Os principais são cólica menstrual, dor durante relação sexual, alteração do hábito intestinal no período menstrual e sangramento nas fezes e urina. É importante lembrar que outras causas de dor pélvica podem estar presentes na vida da mulher, como alterações intestinais, ortopédicas e urinárias, que devem ser identificadas e tratadas.

A infertilidade também é uma condição associada à endometriose, embora nem toda mulher com endometriose enfrente este tipo de problema. Entre as inférteis, entretanto, até 50%  podem ter endometriose. Nestes casos, a avaliação do casal é fundamental e as opções de tratamento para quem sonha em ter filhos incluem o uso de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) conhecida como “bebê de proveta”.

A maior dificuldade no diagnóstico de endometriose é a presença de sintomas pouco específicos, como cólicas menstruais e dor durante as relações sexuais, além de infertilidade. Portanto, muitas vezes esse diagnóstico é demorado, podendo levar de cinco a 12 anos até o início do tratamento, prolongando a incerteza da mulher. Outro fator que atrasa sobremaneira o diagnóstico e tratamento adequados é a “normalização da dor”. Infelizmente, a queixa de cólicas menstruais é muitas vezes minimizada ou ignorada por profissionais de saúde, família e amigos, segundo o relato de várias mulheres, em vários países.

Diante dos sintomas, principalmente de cólicas e dores que comprometem as atividades habituais, a mulher deve procurar sua (seu) ginecologista, que por meio da avaliação direcionada e exame físico poderá suspeitar da presença de endometriose e prosseguir com a realização de  exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, ficando a  videolaparoscopia com biópsia dos focos reservada para casos específicos. Esses exames, entretanto, devem ser realizados por profissionais com experiência nesse diagnóstico.

Há várias opções de tratamento disponíveis tanto para a dor como para a infertilidade. A abordagem deve ser individualizada, levando-se em conta a idade da mulher e sua reserva ovariana, assim como há quanto tempo está tentando engravidar, além da existência de outros cofatores (infertilidade masculina ou tratamentos anteriores). Para a dor, o tratamento envolve múltiplas medidas. Além da suspensão da menstruação, que pode ser realizada de forma segura e eficaz, com várias opções hormonais disponíveis no mercado, é preciso incluir atividade física, dieta e tratamentos alternativos, como a acupuntura. Cirurgias radicais com remoção do útero e ovários são indicadas em casos específicos nos quais as outras modalidades de tratamento falharam.

A triste realidade é que a endometriose continua sendo uma doença heterogênea para a qual não há cura disponível. As diretrizes atuais recomendam que mulheres com endometriose sejam tratadas por equipes multidisciplinares para obter os melhores resultados com foco em melhorar a qualidade de vida daquela mulher, mas, infelizmente, nem todas têm acesso a esse atendimento. Há um longo e sinuoso caminho até que os melhores atendimento e tratamento possíveis estejam disponíveis para todas as pacientes com endometriose. Lamentavelmente, doenças benignas que afetam mulheres recebem pouco investimento e podem levar anos até que um medicamento que trate a dor e a infertilidade de forma eficaz, ao mesmo tempo em que previne a recorrência da doença, esteja pronto para uso clínico.

Enquanto isso, o que podemos fazer por essas meninas e mulheres com endometriose? Em primeiro lugar, acreditar que a dor é real e parar de achar que as cólicas menstruais são “coisa de mulher” e “normais”. Em seguida, além de acolher a mulher com dor ou dificuldade para engravidar em casa, no trabalho e na família, ajudá-la a buscar atendimento adequado. Converse com o médico da sua confiança. Pergunte sobre as opções disponíveis e discuta dúvidas e medos, bem como eduque os familiares sobre o assunto. Busque fontes de informação confiáveis como as oferecidas por sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Endometriose (@sbendometriose) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (https://www.febrasgo.org.br/pt/). Por fim, tenha cuidado com “curas milagrosas” e lembre-se que a doença é benigna, mas traz um sofrimento profundo que afeta intensamente o curso de vida dessas mulheres. Se no Brasil há cerca de 8 milhões de mulheres com endometriose, é provável que perto de você haja alguém precisando de ajuda.

 

Márcia Mendonça Carneiro - professora Titular do Departamento de Ginecologia- Faculdade de Medicina da UFMG e diretora científica da Clínica Origen BH


Suco de laranja ajuda a equilibrar a microbiota de pacientes obesos, pré-diabéticos e com resistência insulínica

Identificado pela primeira vez por pesquisadores da USP, o consumo de suco de laranja de diferentes variedades pode modular positivamente a microbiota e esse benefício é acentuado quanto maior o grau de obesidade do indivíduo

 

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (Food Research Center - FoRC-USP) já haviam identificado que o suco de laranja de diferentes variedades pode trazer benefícios na redução da pressão arterial, produção de insulina, mudança no perfil de gorduras e melhoria na imunidade, entre outros ganhos à saúde. Agora eles observaram que o suco também proporciona uma mudança benéfica no perfil da microbiota intestinal, o que não só explica os demais efeitos como pode trazer outros relacionados à microbiota, acelerando o processo de digestão e dando disposição para tarefas do dia a dia.

 

A pesquisa foi realizada com 23 pacientes do Hospital Dante Pazzanese, parceiro no projeto, com quadros de obesidade, resistência insulínica e pré-diabetes. Esses pacientes receberam diariamente, em dois períodos distintos, um copo de 400 mL de suco de laranja natural.

 

“Selecionamos pacientes com esse perfil porque são eles que geralmente têm os quadros que mais afetam negativamente a microbiota, levando a uma condição chamada de disbiose – situação na qual há um número superior de micro-organismos patogênicos no intestino, comparado aos que são considerados benéficos à saúde. É uma descoberta importante porque a modificação do perfil da microbiota é um processo que geralmente leva muito tempo. Em apenas 15 dias de consumo o suco foi capaz de proporcionar resultados positivos nos pacientes obesos”, afirma Eric Tobaruela, pesquisador do FoRC e primeiro autor do estudo.  

 

O trabalho foi coordenado pelos professores Franco Lajolo e Neuza Hassimotto, ambos do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCF-USP) e membros do FoRC. Os resultados foram obtidos por meio de análises das fezes e do sangue dos pacientes. Segundo Tobaruela, quanto maior o grau da obesidade, maiores são as alterações no perfil da microbiota intestinal. No entanto, o estudo mostrou que quanto mais obeso era o paciente, maior foi o benefício proporcionado pelo suco.

 

“Além dos benefícios diretos decorrentes do consumo do suco de laranja, no longo prazo deve haver alteração da microbiota para um perfil mais saudável, o que facilita a produção de ácidos graxos de cadeia curta, os quais têm sua produção associada a diversos benefícios à saúde do intestino. A curto prazo já foi possível observar que houve redução de biomarcadores de inflamação e uma melhora na resposta do sistema imune, que podem estar relacionados às mudanças da microbiota intestinal”.

 

No entanto, se o paciente deixar de tomar o suco, os benefícios podem desaparecer. “Os benefícios podem ser transitórios porque um perfil de microbiota formado ao longo da vida tende a se restabelecer após o término de uma exposição, voltando a ser como era antes”, destaca o pesquisador.

 

A microbiota está relacionada com os efeitos benéficos de compostos bioativos do suco da laranja, pois apresenta um papel importante na absorção desses compostos. “Esse é um dos motivos pelos quais as pessoas podem se beneficiar de formas diferentes a partir da ingestão de um mesmo alimento”, explica Tobaruela. “Observamos que a capacidade de modulação da microbiota variou de paciente para paciente. Essa constatação é importante para que, no futuro, tenhamos uma nutrição cada vez mais personalizada e, consequentemente, mais assertiva”, detalha.

 

O que produziu os efeitos – Nos experimentos, os pacientes consumiram sucos de duas variedades de laranja, a pera e a moro, fornecidos pela Fundecitrus, parceira do grupo de pesquisa. Durante 15 dias, eles receberam o suco de apenas uma variedade de laranja. Depois, ficaram 40 dias sem ingerir qualquer suco (para que o consumo do primeiro suco não afetasse a visualização da resposta do segundo) e, em seguida, passaram a receber o suco de outra variedade de laranja por mais 15 dias. “Ambas foram extremamente eficazes, mas os benefícios da moro foram um pouco mais acentuados”.

 

Segundo o pesquisador, os efeitos podem estar associados à presença da hesperidina e da narirutina, duas flavanonas (compostos bioativos encontrados em frutas cítricas) abundantes nas laranjas. Eles são metabolizados pela microbiota intestinal e os compostos produzidos são então absorvidos pelo organismo. “Junto com a vitamina C, esses são os compostos gerados pelas bactérias que compõem nossa microbiota e são os responsáveis pelos efeitos benéficos do suco de laranja”.

 

A laranja pera e a laranja moro são ricas em vitaminas C e diversos compostos bioativos. No entanto, só a laranja moro contém antocianinas, bioativos que também estão presentes na uva, no morango e outras frutas vermelhas, e são associados a outros benefícios, como a redução do estresse oxidativo e dos danos que esse estresse causa ao DNA. “Pode ser que as antocianinas tenham propiciado essa diferença no resultado entre os dois sucos, mas ainda não sabemos”. 

Para assegurar que os resultados foram provenientes do consumo de suco de laranja, os pacientes foram orientados a não consumir, durante todo o período do estudo, alimentos com compostos bioativos, como frutas cítricas, café e chá, e outros alimentos e medicamentos que pudessem alterar o perfil da microbiota, como prebióticos, probióticos e antibióticos.

 

Nota: O artigo ‘Pera’ Orange and ‘Moro’ Blood Orange Juice Improves Oxidative Stress and Inflammatory Response Biomarkers and Modulates the Gut Microbiota of Individuals with Insulin R


Gestação: dores e inchaço são vilões que podem ser combatidos com fisioterapia

Fisioterapeuta desenvolveu método combinando técnicas que ajudam a diminuir o inchaço e fortalecer a musculatura abdominal de maneira segura na gestação, evitando dores e inchaço

 

Os últimos meses da gestação normalmente são acompanhados de dores e inchaço causado pela retenção de líquido. É preciso comunicar ao médico para avaliar se elas são apenas os problemas comuns que afetam a maioria das gestantes ou se podem sinalizar alguma complicação. No geral, as dores na lombar e no quadril estão relacionadas ao peso da barriga e a projeção no centro de gravidade da gestante, e a retenção de líquido nos membros inferiores também são normais.

 

Apesar de esperados, esses sintomas não precisam ser tolerados, pois com acompanhamento profissional de uma fisioterapeuta é possível minimizar esses desconfortos. “Antes de tudo, o acompanhamento gestacional com fisioterapeuta busca proporcionar bem-estar para a gestante e tornar a gestação e o período pós-gestação mais confortável e saudável. Além disso, visamos diminuir a sobrecarga dos músculos da região lombar e do assoalho pélvico e, quando o acompanhamento é feito desde os primeiros meses de gestação, conseguimos também minimizar o risco da diástase patológica após o parto e de suas possíveis consequências”, explica a fisioterapeuta Suellen Faleiro, da Lotus Estética Especializada.

 

Segundo ela, é possível diminuir o inchaço e fortalecer a musculatura abdominal de forma segura ainda durante a gestação. Com base em estudos científicos e em sua prática clínica, ela criou o método FICA (Fisioterapia de Cuidado Abdominal na gestante) que une técnicas como a drenagem linfática manual baseada no Método Leduc, exercícios para a musculatura abdominal supervisionados e específicos para cada fase da gestação e recursos como o taping, bandagens funcionais elásticas que ajudam na sustentação e no conforto da paciente.

 

O método de drenagem utilizado tem como foco estimular o sistema linfático diminuindo o excesso de líquido intersticial e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos, através de movimentos lentos e um ritmo adequado. Os exercícios para a musculatura abdominal são baseados na ativação do diafragma de maneira correta para diminuir a pressão interna do abdômen e o recrutamento do músculo transverso do abdômen que estabiliza a pelve e a região lombar. O taping é aplicado para favorecer o processo de regeneração do organismo e das lesões através da ativação dos sistemas circulatório, linfático e nervoso.

 

Vantagens do acompanhamento com fisioterapeuta na gestação

 

• Prevenir e tratar o inchaço;

• Prevenir e tratar a dor lombar;

• Prevenir o escape de urina;

• Diminuir o risco de diástase patológica (abertura no músculo do abdômen);

• Prevenir e tratar a flacidez da musculatura abdominal.

 

O acompanhamento regular com fisioterapeuta ajuda, principalmente com a dor lombar, que aparece mais comumente a partir da 30ª semana quando o abdômen começa a aumentar de tamanho e de peso. “Normalmente, a gestante não está trabalhando essa musculatura e isso gera uma maior sobrecarga na lombar, por isso é importante iniciar o acompanhamento desde o início da gestação, evitando a sobrecarga no abdômen e na lombar. Além dos exercícios, o uso do taping na região abdominal da gestante ajuda na sustentação do abdômen e na dor lombar”, explica. 

O inchaço também ocorre mais no fim da gestação porque o útero comprime as vias abdominais, resultando em retenção de líquido para os membros inferiores. Algumas orientações que podem ajudar a controlar os edemas são: ter uma alimentação balanceada e diminuir o consumo de sódio, se hidratar muito, praticar atividade física e usar meias compressivas são algumas das principais recomendações. Além disso, evitar ficar de pé ou sentada por muito tempo, elevar as pernas e as mãos acima da altura do coração, colocar um travesseiro sob os pés na hora de dormir e fazer sessões de drenagem linfática semanalmente ajudam muito.


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