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Crédito: canva |
Avanços tecnológicos
permitem que aparelhos auditivos tenham soluções inovadoras, como tradução de
idiomas, controle de volume automático, interação por voz e conectividade com
outros dispositivos. Entenda porque esses equipamentos não são mais os mesmos e
como eles aumentam o bem-estar das pessoas com perda auditiva
Um número alarmante divulgado pela OMS (Organização Mundial
da Saúde) em 2021 indica que, até 2050, uma em cada quatro pessoas no mundo
terá problemas auditivos, somando quase 2,5 bilhões de
indivíduos. Mesmo sendo uma condição que pode afetar grande parte da população,
a perda auditiva ainda é deixada de lado e não tratada, principalmente por
pessoas que têm preconceito com o uso deste tipo de aparelho.
Considerados itens utilizados pela terceira idade, pessoas
mais jovens acabam não passando pelo tratamento adequado, o que pode acarretar
problemas maiores no futuro, incluindo demência e depressão e até riscos à
vida.
“As pessoas ainda têm uma imagem retrógrada sobre o aparelho
auditivo como aquele dispositivo bege grandão que todo mundo vê, mas essa não é
a realidade”, explica Maria Branco, fonoaudióloga do Grupo
Microsom, especializado em qualidade de vida para pessoas com
necessidades especiais como perda auditiva, zumbido no ouvido e apneia do sono.
Para deixar isso claro e mostrar como os aparelhos modernos
são tecnológicos e podem melhorar a qualidade de vida de quem precisa, mostramos
sete provas de que eles não são mais os mesmos.
1
- Estética moderna
“Os
aparelhos hoje são completamente diferentes do que eram anos atrás”, esclarece
Maria. Os modelos disponíveis no mercado são menores, mais leves e bonitos.
“Existem aparelhos que ficam dentro do canal auditivo, outros atrás da orelha,
mas são tão pequenos e leves que são praticamente imperceptíveis”, complementa
a especialista.
Maria
ainda explica que até o molde, complemento do aparelho que precisa ser usado
para mantê-lo dentro da orelha, também é bem menor hoje em dia.
2-
São digitais
Uma
das principais características dos aparelhos modernos é que eles são digitais.
“O fato de o som passar por um processo de digitalização faz com que a gente
consiga deixá-lo mais claro e nítido”, comenta Maria.
Segundo
a fonoaudióloga, com os modelos digitais é possível reduzir sons indesejados e
aumentar os que realmente interessam. Eles são capazes, por exemplo, de
diminuir ruídos externos, como sons da rua, e aumentar o das vozes que falam
diretamente com o indivíduo. “O fato de ser digital permite que os sons sejam
tratados de maneira diferente, e isso promove uma amplificação muito mais
confortável e eficiente para os pacientes”, acrescenta.
3-
São conectados
Acredite
ou não, os aparelhos auditivos podem ser conectados a smartphones. Com isso, há
uma gama de possibilidades que facilitam a vida dos usuários. “Essa conexão
permite que os pacientes falem ao telefone, escutem todos os sons, áudio no
whatsapp, vídeo no Youtube diretamente no aparelho. Essa facilidade é
fantástica”, exalta Maria.
Além
disso, existem aplicativos que podem ser baixados nos celulares que
possibilitam que o indivíduo faça todo tipo de controle e comando para aquele
aparelho. O paciente tem mais “poder” nas mãos para fazer ajustes, deixar o
aparelho mais parecido com o que ele deseja para cada momento da sua vida.
4-
Possuem inteligência artificial
Outra
função surpreendente dos aparelhos auditivos é que eles possuem inteligência
artificial. Isso permite que eles reconheçam diferentes ambientes sonoros e
trabalhem de maneira diferente em locais silenciosos, barulhentos, com música.
“O uso de IA nas diversas aplicações de um aparelho auditivo transforma ele em
um dispositivo completamente diferente do que ele foi no passado”, afirma
Maria.
5-
São integrados a diversos acessórios
Para
Maria, essa possibilidade transforma a vida do indivíduo de maneira muito
significativa. Isso porque o uso de acessórios conecta os usuários a televisão,
computador, e outras soluções que permitem com que as pessoas com perda
auditiva tenham experiências similares a quem não tem, promovendo seu bem-estar
e relações sociais.
Ainda
no dia a dia, é possível conectar com um microfone para, por exemplo, ouvir
aulas e palestras, recebendo o áudio direto no dispositivo.
6
- Monitoram a saúde
Maria
explica que os equipamentos da Microsom têm sensores que permitem monitorar a
atividade física. “Eles são mais do que só aparelhos auditivos: estão se
tornando auxiliares de saúde. Tem sensores que permitem monitorar a atividade
física do indivíduo, aspectos do engajamento social, detectar quedas”, explica.
Com essas funções adicionais, ele deixa de ser só um dispositivo para ouvir
melhor e se tornar uma opção completa de saúde.
7-
Têm funções inovadoras
O
preconceito com os aparelhos impede que as pessoas busquem mais informações e
entendam tudo o que eles podem fazer pelos indivíduos com perda auditiva. Mas,
em um mundo tão conectado, com tecnologias avançadas, esses dispositivos já
acompanham as inovações e contam com funções que as pessoas nem imaginam.
Um
aparelho auditivo pode, por exemplo, responder comandos de voz, aumentar e
diminuir o volume e fornecer informações para o paciente. “Se a pessoa
perguntar se vai chover hoje, alguns modelos podem responder essa pergunta na
orelha dela”, exemplifica a especialista.
“Um
aparelho pode emitir lembretes para ligar para alguém, lembrar um compromisso,
tomar remédio”, completa. Além disso, outra função interessante e pouco
conhecida é que os aparelhos podem fazer tradução de idiomas. “Só a tecnologia
atual permite que esses aparelhos tenham esses recursos”, conclui Maria.
Grupo
Microsom