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sábado, 7 de janeiro de 2023

Herpes-Zóster: por que o Adulto+ deve ficar atento aos sintomas e se vacinar

 

A herpes-zóster é provocada pelo mesmo vírus da catapora
Divulgação

Doença é causada pelo Varicella-Zóster, o vírus da catapora, que pode ficar adormecido no corpo durante anos 

 

A herpes-zóster, popularmente conhecida como cobreiro, é uma doença causada pelo Varicella-Zóster, o mesmo vírus que provoca a catapora. Ela se manifesta na pele do paciente como uma erupção semelhante ao volteio de uma cobra – por isso o apelido “cobreiro”.

Após causar a catapora, o vírus pode ficar incubado (adormecido) nos gânglios localizados nos nervos espinhais e cranianos e, muitos anos depois, se manifestar provocando lesões parecidas com as da catapora. Essas lesões costumam desaparecer dentro de algumas semanas, mas a dor provocada pela doença pode permanecer por meses ou até anos. Essa situação é conhecida como neuralgia pós-herpética.

Pessoas de todas as idades podem ser acometidas pela doença, mas ela costuma ser mais comum no Adulto+, devido à queda natural das defesas do organismo, que ocorre com o passar dos anos.

A melhor maneira de prevenção é ficar atento aos sintomas iniciais e buscar imunização pela vacina contra herpes-zóster, disponível na rede privada.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estimam que aproximadamente 30% das pessoas nos EUA terão herpes-zóster durante a vida, dado que serve de balizador, já que a epidemiologia é semelhante em todo o mundo.

 

É CONTAGIOSA?

Pessoas com herpes-zóster podem transmitir o vírus Varicella-Zóster, infectando contactantes que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas contra a doença.

Clara Buscarini, médica chefe do departamento de Infectologia da Prevent Senior, explica que “o vírus é transmitido por contato direto com as lesões ativas de herpes-zóster ou por transmissão aérea de indivíduos com herpes-zóster localizado. As lesões são consideradas não infecciosas após a formação de crostas”.

 

COMO IDENTIFICAR OS SINTOMAS

O surgimento de uma erupção dolorosa e assimétrica na pele costuma ser o sintoma mais comum da herpes-zóster. Normalmente, se manifesta na face e nas regiões intercostais, mas também pode atingir cabeça e membros superiores. Existem também casos assintomáticos em alguns pacientes.

Em casos mais graves, as complicações podem causar meningite, úlcera, derrame cerebral, hepatite e paralisia dos nervos cranianos.

O quadro agudo, quando bem diagnosticado e tratado, tem grandes chances de cura. Entretanto, a neuralgia pós-herpética pode deixar alguma sequela em cerca de 10 a 15% dos casos, associada a intensa dor e queda de qualidade de vida, já que afeta o sono e o humor.

Principais fatores que propiciam a reativação do vírus
Divulgação


O TRATAMENTO

A infecção é tratada com medicamentos antivirais que agem para diminuir a exposição do vírus na pele. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura. Por isso, é fundamental ficar atento(a) aos sinais e procurar ajuda médica em caso de suspeita.

 

PRECISO TOMAR VACINA?

A vacinação é indicada para pessoas acima de 50 anos e para adultos que necessitam receber terapia imunossupressora com um agente que os coloque em risco aumentado de herpes-zóster. Por exemplo, receptores de transplante de órgãos sólidos, certos pacientes com câncer ou condições autoimunes. Para estes pacientes, é recomendada a vacinação antes da imunossupressão.

A infectologista Clara Buscarini esclarece que “atualmente, existem duas vacinas contra herpes-zóster, uma vacina recombinante não viva (designada vacina recombinante zóster [RZV]) e uma vacina de vírus vivo atenuado (designada vacina zóster viva [ZVL]). A vacina ZVL é contraindicada em imunodeprimidos e gestantes”.

 

ATENÇÃO! Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, recomendar tratamentos e receitar medicamentos. Em caso de suspeita de sintomas, agende uma consulta ou procure uma unidade de pronto atendimento.

  

Prevent Senior


Detox pós-festas: dicas para começar o ano com mais saúde e qualidade de vida

A nutricionista Tamires Cristina conta como uma dieta balanceada ajuda o organismo a se recuperar dos excessos das festas de fim de ano


Diante dos excessos das celebrações de final de anos e a chegada do verão, que faz as temperaturas subirem, muitas pessoas procuram redobrar a atenção aos cuidados com a saúde, especialmente por meio de uma alimentação mais saudável, que vai ajudar no processo de desintoxicação do organismo. “Nessa época, a tendência é aumentarmos o consumo de alguns vilões da dieta como o açúcar, comidas industrializadas, álcool e embutidos”, explica Tamires Cristina, nutricionista da Sodexo On-site.

 

A especialista ressalta que não existe um alimento desintoxicante por si só, mas que fazer escolhas inteligentes quanto aos alimentos que ingerimos ajuda nosso corpo no processo de desintoxicação. Assim, quando começamos a comer corretamente, sem exageros, esse processo é beneficiado e mais eficiente.

 

E para ajudar as pessoas que procuram manter uma vida mais balanceada no novo ano, Tamires preparou algumas dicas que irão ajudar o organismo a eliminar o consumo exagerado de gorduras, carboidratos e álcool.

 

1)   Escolha com cuidado os alimentos que compõe seu prato

Mantenha uma alimentação nutritiva e equilibrada composta de proteínas, carboidratos, gorduras boas, fibras, vitaminas e minerais. Abuse dos preparos assados, cozidos ou crus e evite o uso de muito sal, pois ele ajuda a reter a água no organismo. Evitar frituras, ultraprocessados e alimentos com muito açúcar, também irá favorecer seu organismo no processo de desintoxicação. E não exclua grupos alimentares da sua refeição, pois só comer determinados alimentos, ainda que saudáveis e naturais, é algo muito restritivo e pode não fornecer a quantidade de nutrientes que seu corpo precisa.

 

Lembre-se dessa fórmula: pelo menos a metade do seu prato deve ser de verduras, vegetais e legumes, tanto cozidos como crus, ¼ de proteínas, como carnes, peixes, ovos, entre outros, e o restante de carboidratos.

 

2)   Foco na hidratação

Nos dias quentes ocorre maior perda de líquidos e minerais, devido ao aumento da temperatura corporal e maior transpiração. Por isso, a ingestão de bastante água é ainda mais essencial.

Chás e sucos também podem ser consumidos, mas de maneira moderada e, preferencialmente, o mais natural possível.

 

3)   Abra espaço para os probióticos

Encontrados em iogurtes, reequilibram a flora intestinal, melhorando nossa digestão e contribuindo para aumentar nossa imunidade.

 

4)   Mantenha o corpo em movimento

Além da alimentação, aderir a uma rotina de exercícios também ajuda no processo de desintoxicação do organismo, Além disso, manter o corpo em movimento contribui na redução do inchaço e na manutenção do peso.

 

5)   Durma bem

Ter uma boa noite de descanso é essencial para recuperar o corpo. Por isso é importante regular o sono para normalizar o funcionamento do organismo e potencializar o detox.

 

 

Além das dicas, a nutricionista separou uma receita de suco que vai ajudar a melhorar a nutrição e o processo de desintoxicação depois das festas. Confira:

 

Suco de Maçã verde com gengibre

Ingredientes:

150 ml de água

1 maçã verde

1 fatia de abacaxi

2 fatias de gengibre

1 colher (sobremesa) de chia

 

Modo de preparo:

Corte as maçãs em rodelas e retire as sementes. Adicione a fatia de abacaxi, as fatias de gengibre, a maçã e a água no liquidificador e bata por 3 minutos. Por último acrescente a chia. Sirva gelado.   



Sodexo On-site Brasil
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SBGG defende necessidade de se falar sobre sexo entre pessoas idosas como forma de conter o aumento nos casos de HIV

Entidade defende a quebra de tabu e a necessidade de se fazer campanhas de prevenção voltadas a este público

 

Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2021, do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2009 foram notificados 2.383 casos de HIV em pessoas a partir de 50 anos. Já em 2019, foram registradas 5.469 novas pessoas idosas com HIV, o que representa um salto de 129% em novos registros, comparando os dois períodos. Os dados a partir de 2020 estão defasados em razão da pandemia de Covid-19, mas ainda assim evidenciam a importância da discussão sobre a sexualidade na fase idosa. 

Ainda que as pessoas idosas estejam cada vez mais ativas (inclusive sexualmente), o sexo continua a ser um tabu. Essa falta de diálogo e atenção em relação ao tema gera desconhecimento em muitos aspectos. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) chama a atenção para a necessidade de se quebrar alguns paradigmas, tanto por parte das pessoas idosas, como também por parte dos médicos.  

Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Marco Túlio Cintra, qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser contaminada e passar a ser portadora do vírus HIV. Assim, as medidas necessárias para evitar a transmissão devem ser mantidas independente da faixa etária. 

“O vírus do HIV não vê gênero, raça e nem idade. Ao negligenciar a prevenção por desconhecer este risco, a pessoa idosa fica mais vulnerável. Ainda há um grande tabu, inclusive entre os médicos, sobre o tema. Também há poucas campanhas de prevenção voltadas à conscientização das pessoas idosas Assim, é de extrema importância que as pessoas idosas conversem com seus geriatras sobre o assunto e que, ao solicitar exames de avaliação periódica de saúde, os médicos incluam a sorologia para HIV e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) nos exames de rotina”. 

Outro estigma rechaçado é a chamada sorofobia, isto é, preconceitos com as pessoas que têm HIV. Entre as pessoas idosas, este preconceito se torna ainda mais intenso, o que pode dificultar a procura por consultas médicas por parte deste público. “Este preconceito deve acabar em todas as faixas etárias, inclusive entre as pessoas mais velhas. Sexo seguro também é assunto dos mais velhos, afinal, atualmente, a expectativa de vida tem aumentado, bem como todos os fatores que envolvem uma vida ativa, incluindo o sexo”, reforça o vice-presidente da SBGG. 

Neste cenário, as infecções sexualmente transmitidas são diagnosticadas tardiamente, o que atrasa e dificulta o tratamento. Segundo estudos, a infecção pelo HIV possui uma peculiaridade entre as pessoas idosas: o processo natural de imunossenescência - ou seja, a redução da capacidade do sistema imunológico atuar no organismo - é acelerada pelo vírus HIV e pela terapia antirretroviral. 

“Os cuidados devem ser maiores, uma vez que a infecção sexual pode surgir em pessoas idosas que já apresentam outras condições de saúde de maior prevalência nesta faixa etária, como diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras”, salienta o Dr. Marco Túlio Cintra. 

Porém, o diagnóstico de HIV não deve ser encarado como uma sentença de morte, também entre as pessoas idosas. Graças aos avanços no tratamento, é possível ter uma vida de qualidade sendo soropositivo. “No que tange à pessoa diagnosticada com HIV, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos é fundamental, assim como a adoção de hábitos saudáveis. Já no que se refere à sociedade, mais do que orientar a população idosa a cuidar de si, é essencial reivindicar a implementação de políticas públicas de combate ao HIV/Aids com foco nesta faixa etária, incluindo campanhas de prevenção e educação sexual”, finaliza o Dr. Marco Túlio Cintra, vice-presidente da SBGG. 

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


Vitamina D: como garantir o nutriente com saúde neste verão?

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Especialistas dão dicas de como manter a vitamina em dia para a estação mais quente do ano por meio da exposição solar adequada e da alimentação

 

O verão é sempre lembrado por ser uma estação com muito sol e calor, e é também nessa época que é possível o corpo manter bons níveis de vitamina D. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a melhor forma de o corpo absorver vitamina D é se expondo ao sol com proteção. Ainda segundo a organização, o sol é responsável por 80% a 90% da vitamina que o corpo recebe. Mas, além do sol, como manter a vitamina D em dia? O que é preciso fazer? 

A especialista em emagrecimento e longevidade saudável Mariana Arraes explica que a vitamina D é fundamental para a saúde. De acordo com a médica, o nutriente é essencial para a execução de mais de 85 funções do organismo, além disso, é responsável pela ativação de mais de 2 mil genes. 

A vitamina D funciona como um antidepressivo, previne problemas do sistema imunológico, retarda o envelhecimento, controla o peso e colabora com a fertilidade. A especialista conta que existem formas de repor e melhorar o nutriente no corpo, mas é preciso ter um acompanhamento médico e não é recomendado tomar a vitamina por conta própria.   

“É fundamental que você tente aproveitar pelo menos um pouco de sol diariamente, e se isso não for possível, procure um médico que saiba lhe avaliar e orientar a suplementação adequada para seu caso individual. Lembrando que a ingestão de suplementos de Vitamina D é um hormônio lipossolúvel, ou seja, necessita de gordura para ser absorvido, então saiba como irá suplementar”, alerta a médica.  

Mariana explica que é possível medir os níveis de vitamina D por meio de exames de sangue, mas que é preciso ficar atento a outros sinais que podem evidenciar esse problema. “Baixa imunidade, fadiga sem motivo aparente, dores nas costas e nos ossos, desânimo constante, problemas de cicatrização, perda de cabelo e dor muscular podem ser sinais de que existe um déficit na vitamina D”. 

 

Alimentação  

A nutricionista Janaína Fischborn, da plataforma Science Play, conta que no verão muitas pessoas viajam, frequentam praias e tendem a exagerar em relação a comida e bebida, ficando mais expostas a viroses, intoxicações alimentares e processos inflamatórios decorrentes. Ela explica que a vitamina D pode agir no corpo como um remédio para a saúde. 

“A vitamina D tem ativa participação no sistema imunológico, auxiliando na inativação de vírus e bactérias. Também têm papel anti-inflamatório, ajudando na saúde em geral. Na alimentação, o ideal é optar por peixes gordos como salmão, atum, arenque e sardinha, óleo de peixe, vísceras, gema de ovo, lácteos e cogumelos”. 

Janaína conta ainda que a alimentação colabora apenas com 10% a 20% da necessidade de vitamina D para a saúde. Segundo ela, a maior parte da vitamina é produzida na pele pela exposição solar principalmente através da radiação ultravioleta B, que é mais intensa no período entre as 10h e 14h.  

De acordo com a nutricionista, para os praticantes de atividade física, a vitamina D tem ação benéfica no tônus, força e volume da massa muscular. Nesse sentido, é importante manter seus níveis adequados. A especialista ainda chama atenção para que todas as pessoas tenham todos os nutrientes em dia. “É estando com todas as vitaminas em dia e com a alimentação correta que teremos uma vida mais saudável.”

 

Receita rica em Vitamina D 

A nutricionista Janaína Fischborn escolheu uma receita prática e nutritiva de um patê que pode acompanhar saladas ou canapés para colaborar com essa reposição: 

 

Ingredientes:

- 125g de sardinha em azeite de oliva (Fontes de ômega 3, vitamina A, D e E);

- 1/2 abacate sem caroço (Fonte de ômega 9 e vitamina E);

- Tempero verde a gosto (Fonte de vitamina C e carotenóides);

- 1 colher de chá de mostarda;

- 1 pitada de sal marinho;

 

Modo de preparo:

Higienizar e picar o tempero verde. Amassar com um garfo a sardinha e o abacate e misturar bem todos os demais ingredientes.


Janeiro Roxo: campanha alerta para importância do tratamento precoce da hanseníase

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Mais de 1 milhão e 900 mil adultos brasileiros apresentaram os sintomas da doença em pesquisa realizada em junho de 2022. Especialistas falam sobre estigma que ainda cerca a hanseníase e sobre relevância de um diagnóstico precoce
 



A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. É uma doença altamente contagiosa, mas pode ser tratada e curada se diagnosticada precocemente. A campanha conhecida como Janeiro Roxo faz referência à conscientização e à prevenção da hanseníase, regularizada pelo Ministério da Saúde e assegurada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB). De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em junho de 2022, mais de 1 milhão e 900 mil adultos brasileiros apresentaram sintomas da doença, como manchas ou dormência na pele.

“As campanhas são importantes, pois, de forma clara e educativa, esclarecem dúvidas da população, deixando o estigma existente diante do diagnóstico, que hoje quando descoberta de forma precoce, tem tratamentos que são eficazes. Doença milenar, crônica e curável, mas ainda cercada de mitos, estigmas e preconceitos”, pontua a psicóloga Soraya Oliveira, do Instituto Neurológico de Goiânia. Ela destaca, sobretudo, a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves, que geram incapacidades físicas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo, sendo conhecida desde a época dos egípcios. No entanto, apesar de ser uma doença relativamente rara em países desenvolvidos, ainda é um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, especialmente na África, na América Latina e no Sudeste Asiático.

Os sintomas da hanseníase podem incluir alterações na pele, como manchas brancas ou amareladas, inchaço dos nervos, perda de sensibilidade e fraqueza muscular. Em casos graves, a doença pode levar à deformidades e à incapacidade.



Tratamento e prevenção

O tratamento da hanseníase inclui o uso de medicamentos específicos, como antibióticos prescritos por médicos, administrados para acelerar a cura e evitar recaídas. O tratamento é geralmente realizado em conjunto com o apoio psicossocial e físico, já que a doença pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes.

“Existem graves riscos em negligenciar o tratamento da doença, quando se trata da hanseníase que é uma doença curável, mas que dependendo do seu estágio de evolução pode deixar sequelas em seu portador. Optar por não buscar a cura pode trazer consequências como deficiências ou transmissão da bactéria para pessoas que convivam com o mesmo”, explica o médico Victor Bertollo, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília.

A prevenção da hanseníase inclui a vacinação contra o bacilo, a promoção de medidas de higiene pessoal e o aumento da conscientização sobre a doença. É importante que as pessoas com suspeita de hanseníase procurem atendimento médico imediatamente, pois o tratamento precoce é fundamental para evitar complicações e garantir uma recuperação completa. Além disso, o acompanhamento psicológico, ainda no início do diagnóstico, se torna significativo e relevante devido ao impacto que a descoberta causa.

Segundo a psicóloga Soraya Oliveira, do Instituto de Neurologia de Goiânia, tratar um paciente com hanseníase envolve não só o cuidado com ele, mas, principalmente, com a família. "O impacto psicológico que o paciente sente ao receber o diagnóstico demanda possibilidades de enfrentamento tanto do paciente como dos familiares, que lhes causam reações psicológicas confusas, como o afastamento social, a vergonha, a negação diante do diagnóstico, questionamentos com sentimentos de raiva e revolta, sentimentos de culpa, medo da morte, exclusão, alteração de humor. Tudo isso é provocado por um auto estigma, devido à falta de informação a respeito da doença e do preconceito que ela carrega. É recorrente a dificuldade de compreensão e aceitação da doença por parte dos pacientes", afirma.


Pesquisa aponta que 80% das brasileiras nunca falaram sobre escapes de xixi com seus médicos

Estudo "Menstruação e escapes de xixi", encomendado pela marca de cuidados femininos da Kimberly-Clark e conduzido pela Grimpa, mostra ainda que 39% das brasileiras consideram que existem estigmas em relação aos dois temas e acabam não buscando ajuda por vergonha e insegurança 

 

Durante a jornada de vida de uma mulher, a menstruação vai fazer parte de algumas fases, e os escapes de xixi, que são comuns (mas não normais) podem ocorrer em algum momento, seja na gestação, nos pós-parto, em atividades que exigem mais esforço, entre outras situações. Com o objetivo de entender mais a relação da mulher com esses dois temas, Intimus® -- marca de cuidados femininos da Kimberly-Clark, apresenta a pesquisa Menstruação e Escapes de xixi: investigando estigmas sobre os temas. 

O estudo, realizado em parceria com a Grimpa -- consultoria de pesquisa de mercado e consumo -- entrevistou durante o mês de outubro de 2022, 1.210 mulheres, de 18 a 45 anos, das classes sociais A, B e C e de todas as regiões do Brasil, para entender melhor sobre atitudes, dificuldades e estigmas que envolvem menstruação e escapes de xixi. 

A pesquisa faz parte da estratégia e comunicação da linha Intimus® 2 em 1, que conta com absorvente e protetor diário com dupla função para menstruação e escapes de xixi leves e moderado e, dentre diversos números relevantes, revela que 80% das entrevistadas nunca conversaram sobre incontinência urinária com seus médicos. 

“Intimus® é uma marca que está presente em toda a jornada de autocuidado feminino. Por isso, ouvir as nossas consumidoras é fundamental para entender cada vez mais a relação delas com a menstruação e os escapes de xixi. Nesse sentido, a pesquisa vem comprovar o quanto precisamos falar sobre os dois assuntos, como já temos incentivado, e o quanto ainda há estigmas há serem questionados”, destaca Marisa Cury Cazassa, gerente executiva de marketing da Kimberly-Clark no Brasil. 

A pesquisa Menstruação e Escapes de xixi: investigando estigmas sobre os temas, revelou ainda que 39% das brasileiras consideram os temas da menstruação e escapes de xixi estigmatizados e acabam não buscando ajuda por vergonha e insegurança. Nesse cenário, ao longo de todo o estudo, palavras como “autoaceitação”, “autoconhecimento”, “normalização da fisiologia feminina”, “inclusão”, “prevenção”, “confiança” e “empatia” aparecem bastante nas falas das entrevistas.

 

As mulheres não buscam ajuda ou informações sobre os escapes de xixi 

A pesquisa enfatiza que apenas 36% das mulheres entrevistadas já buscaram informações sobre escapes de xixi e 28% desconhecem qualquer tipo de prevenção. E, sobre conhecimento em relação ao tema 85% das brasileiras entrevistadas conhecem e entendem sobre o tema dos escapes de xixi, mas, ainda assim, não buscam ajuda nem falam a respeito -- mesmo entre amigas -- por medo ou vergonha -- mostrando quanto o assunto, de fato, é estigmatizado. 

“Conversar com o médico é a primeira coisa a se fazer, pois o especialista é a pessoa mais indicada para investigar as causas, trabalhar no melhor tratamento explicar sobre a condição. É por isso que falar sobre o tema é importante. Assim, as mulheres vão se sentir cada vez mais à vontade para lidar com os escapes de xixi, e essa troca com outras mulheres que passaram ou passam pela condição também é importante”, afirma a ginecologista Rebeca Gerhardt. 

Ainda assim, quando o tema surge durante as consultas, 61% das mulheres tiveram a iniciativa de perguntar a respeito, enquanto 39% só comentaram quando foram questionadas. E muitas mulheres ainda atribuem as situações de escape a fatores pontuais, como infecção urinária e movimentos involuntários (tosse, espirro e gargalhada). 

Quando questionadas sobre menstruação, a maioria das entrevistadas costuma tirar dúvidas referentes à menstruação com o ginecologista (64%). Elas também consultam sites, blogs e fóruns (52%) e outras mulheres (47%).

 

Sentimentos associados pelas mulheres à menstruação e aos escapes de xixi 

A instabilidade de humor é mais associada com menstruação por 38% das respondentes. Já os escapes de xixi são mais relacionados à fragilidade do corpo feminino por 32% das respondentes, bem como algo vergonhoso. O fator comum aqui é o sofrimento, que está no mesmo patamar para os dois temas. 

Algo que deve ser “escondido” ou que “não deve ser nomeado” é pouco associado com ambos os temas -- apenas 3% das respondentes. Porém, a menstruação, apesar de normal, é ligeiramente mais associada com sujeira/nojo (11%). 

“Os dados reforçam a importância de debate sobre o ciclo menstrual e os espaces de xixi, para que as mulheres conheçam seus próprios corpos e, sobretudo, busquem por seu bem-estar e saúde, sem estigmas e desinformação”, comenta Marisa.

 

Campanha Intimus 2 em 1 

A estratégia de comunicação da marca, incluindo social, criação e produção da campanha, plano de mídia e sua implementação, são de responsabilidade da agência Ogilvy. A campanha conta com filme de 15s, bumpers, peças digitais, ações nos podcasts “Dono da Razão” e “Vênus”, branded content e uma websérie de quatro episódios apresentada pela repórter Talitha Morete, exibido no GShow, além de conteúdo dos canais da marca até dezembro. 

Contempla ainda ações da agência PROS, com curadoria e conteúdo do time de influenciadoras composto por Vivian Amorim, Rizia Cerqueira, Stefanny Borges, Ju Rangel e Lara Ferreira, além da ginecologista Rebeca Gerhardt e a fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier, que contribuirão com informações mais didáticas a respeito de menstruação e escapes de xixi.

 

Kimberly-Clark

kimberly-clark.com.br


Noite mal dormida têm relação com diabetes

A fragmentação do sono profundo pode piora o controle da glicose nos diabéticos 

 

Especialistas em medicina do sono têm procurado estabelecer uma correlação entre o diabetes e noites mal dormidas pelos pacientes. Ensaios sugerem uma relação entre o controle glicêmico e as medidas do sono, incluindo duração e qualidade do sono.

 

Segundo Dr. Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o controle glicêmico ruim é encontrado no diabetes, uma das doenças mais comuns, graves e não transmissíveis em todo o mundo. “Atualmente, a relação entre estágios específicos do sono, incluindo sono de ondas lentas, também chamado sono 3 do não REM (N3), um estágio encontrado principalmente no início da noite e ligado ao efeito restaurador e o controle glicêmico, permanece pouco clara”, conceitua.

 

O médico informa que esta revisão sistemática teve o objetivo de sintetizar a evidência da eficácia da manipulação específica com a intenção de fragmentar o estágio do sono N3 e comparar as medidas de controle glicêmico — resistência à insulina, glicose e insulina pós-prandial. “Bancos de dados públicos como, por exemplo, psychINFO, MEDLINE, Academic Search Complete, psychARTICLES, OpenDissertations, Scopus e biblioteca Cochrane, foram pesquisados para realização de ensaios controlados randomizados para explorar o impacto nas medidas de controle glicêmico (resistência à insulina, jejum e glicose e insulina pós-prandial) envolvendo manipulação direta do sono de ondas lentas  e/ou do sono REM”, relata.

 

De acordo com o pneumologista, a resistência à insulina foi significativamente maior na interrupção do sono de ondas lentas (N3) quando comparada à condição normal de sono. “Não foram encontradas diferenças significativas para medidas de jejum ou glicose ou insulina pós-prandial”, declara. 

 

Por outro lado, o médico informa que “esta é uma área emergente de pesquisa, e a revisão fornece descobertas preliminares e recomendações para pesquisas futuras sobre a otimização da interrupção do estágio do sono, para explorar ainda mais a Promocao de qualidade do sono para explorar possíveis intervenções também no controle glicêmico”, finaliza.

 

 

Gleison Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS).

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Lesões ortopédicas: como prevenir acidentes com as crianças no período das férias

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Especialistas explicam como evitar as lesões e o que fazer caso elas aconteçam


O período de férias escolares é sinônimo de descanso, passeios, viagens e muita diversão para as crianças. Contudo, é também tempo de ficar atento, pois é nesta época que costumam acontecer o maior número de lesões ortopédicas entre os pequenos. A boa notícia é que a maioria das lesões mais comuns pode ser evitada com alguns cuidados e o uso de proteção adequada.

Segundo o médico Juliano Bernadelli Guerra, ortopedista do Hospital Anchieta de Brasília, as crianças mais jovens, abaixo dos 7 anos, são as mais propensas a sofrerem lesões por não terem consciência do perigo. Além disso, são elas também as mais inclinadas a se afogar em piscinas públicas ou privadas em situações de não vigilância e sem os cuidados adequados.

Para prevenir fraturas, entorses e contusões, o médico explica que os pais devem ficar atentos e vigilantes quanto à segurança dos brinquedos nos parques públicos e privados e quanto à adequação das atividades para cada faixa etária. 

“No intuito de oferecer diversão, os familiares esquecem de seguir algumas regras: averiguar se os parques e eventos infantis divulgados na mídia apresentam licença para funcionamento, se possuem brincadeiras e brinquedos adequados para cada faixa etária. Se existe salva-vidas treinado para piscinas.”, detalha Juliano.

O descuido pode provocar fraturas e lesões. O ortopedista do Hospital São Francisco de Brasília Paulo Victor Pereira conta que as fraturas mais comuns no período de férias estão associadas a quedas. São elas: fratura de punho, de tornozelo e de ombro. O médico explica que durante este período as crianças devem aproveitar ao máximo, mas toda brincadeira deve ser supervisionada por um adulto.

“Se durante a diversão acontecer algum acidente, a primeira coisa a se fazer é manter a calma. Após, devemos avaliar se o acidente foi mais grave e gerou alguma limitação ou dor intensa. Nesses casos um médico deverá ser procurado para uma melhor avaliação”, explica o especialista. 

O profissional indicado para atender casos de lesões e fraturas é um ortopedista. Ele saberá analisar cada caso e tratar com cuidado. Para evitar qualquer tipo de desconforto ou algo mais grave, algumas recomendações são essenciais, entre elas a supervisão de um adulto. 

“Alongamentos antes das brincadeiras pode ser uma forma de evitar as lesões. Crianças não medem o risco durante as brincadeiras, por isso sempre devem ser supervisionadas por um adulto e evitar brincadeiras perigosas. Além disso, sempre recomendo não misturar crianças maiores com menores principalmente no pula pula”, conclui Flávio Patto, ortopedista do Instituto de Neurologia de Goiânia.


Como retomar a rotina de alimentação saudável pós fim de ano e férias?

É comum que, no decorrer das celebrações e convívios de final de ano, as pessoas tenham se permitido, exageros na alimentação, buscando refeições mais calóricas características da época, distanciando-se das atividades físicas e tendo uma vida social mais animada com a ingestão maior de álcool. Todavia, com a chegada de um novo ano, é necessário readaptar-se à rotina. Nessa etapa, muitas pessoas encontram dificuldades para “voltar ao foco”. 

É preciso entender que esses hábitos foram naquele momento, que a partir de agora é preciso retornar à rotina, aos nossos hábitos. É importante termos disciplina e foco para podermos alcançar nossas metas. Por isso, é fundamental estabelecermos uma rotina e seguirmos firmes nela. Somente assim teremos sucesso e alcançaremos nossos objetivos. 

Mas como voltar a rotina e se readaptar as atividades sem desanimar? A nutricionista Cris Ribas Esperança cita dicas para te ajudar a voltar com o foco total, confira: 

1) Retorne aos horários e planejamento. Evite descuidar-se com relação à alimentação, seja no que diz respeito às refeições principais ou lanches intermediários. Ter um horário estruturado para o café da manhã, almoço e jantar auxilia na regulação metabólica - isso contribuirá para o funcionamento saudável do seu organismo.” indica a nutricionista. 

2) Beba bastante água. Beber bastante água é essencial para manter o bom funcionamento do organismo. A água ajuda a equilibrar os líquidos no corpo, regula a temperatura corporal e transporta nutrientes para as células. Além disso, a água também é importante para a digestão, eliminação de toxinas e prevenção de constipação.  

Inclua rotinas de chá, uma excelente estratégia cheia de fitoquímicos. 

Use em média 400ml do mesmo chá ao dia. 

3) Cuidado com longos períodos de jejum. Cris Ribas Esperança alerta que isso pode afetar sua saúde e bem-estar, pode deixar com uma fome avassaladora que você não consiga optar por alimentos saudáveis, é a hora que se chuta o balde. Comer regularmente ajuda seu corpo a se manter forte e saudável. Se você não tem um horário definido para se alimentar, estabeleça um cronograma e siga-o à risca. Dessa forma, você garante que seu corpo receba os nutrientes necessários para funcionar adequadamente.

4) Fuja dos excessos. As guloseimas das férias devem ficar para trás. Evite alimentos muito gordurosos, com as frituras, os salgadinhos e doces. Isso porque eles podem aumentar a quantidade de gordura no sangue, elevar a pressão arterial, alterar sua glicemia e ainda contribuir para o ganho de peso. Ou seja: nenhum dos seus objetivos. 

5) Sempre comece suas refeições pela salada. Embora possa parecer uma dica simples, é importante que suas refeições diárias incluam vegetais e frutas, e a melhor maneira de fazer isso é começando a refeição com uma salada. Procure sempre manter um prato colorido e diversificado. 

As cores dos alimentos contém diferentes vitaminas e, de serem ricos em nutrientes, os vegetais também fornecem fibras que ajudam a regular o funcionamento do intestino. “Dessa forma, começar as refeições com uma salada é uma excelente maneira de manter a saúde do seu organismo. Além disso, isso também te ajudará a se sentir mais saciado e evitará que você coma mais do que o necessário, e a mastigação é essencial “destaca a nutricionista Cris Ribas Esperança. 

6) Consuma bastante verdura, frutas e legumes. Esses alimentos são ricos em nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo, além de serem fonte de vitaminas, minerais, e fibra importantes. Eles também ajudam a prevenir doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Para obter os melhores resultados, é recomendado consumir esses alimentos diariamente. 

7) De volta aos exercícios. Não adianta só retornar aos hábitos saudáveis na alimentação. Matar a frequência dos treinos na academia ou ao ar livre também é essencial para manter a saúde, o bom humor e o bom funcionamento do organismo. 

Para Resultados positivos e efetivos a dupla alimentação + atividade física são essenciais. 

“Faça um planejamento alimentar de preferência com ajuda de um nutricionista, cuidado com dietas malucas de internet, beba bastante água e cuide também, da saúde da mental. Hoje devemos prestar atenção o que alimenta nosso corpo, mente e coração.” finaliza Cris Ribas Esperança. 

 

Cris Ribas Esperança - CRN-3 48747- Nutricionista Funcional. Além da formação é pós graduada em Gastronomia Funcional e especializada em Nutrição Comportamental e Low Carb. Sócia proprietária do Instituto do Bem-Estar Giulliano Esperança, onde divide seus compromissos junto a carreira de nutricionista.


Exame de sangue que investiga alterações cromossômicas se torna obrigatório na triagem de doadores de sêmen e óvul

Resolução publicada em Diário Oficial torna obrigatório o exame cariótipo na triagem de candidatos a doadores de gametas no tratamento de reprodução assistida. Medida é importante para saber se existe risco aumentado de alterações cromossômicas nos gametas


Com a publicação no dia 28 de dezembro de 2022 da Resolução RDC Nº 771, que dispõe sobre as Boas Práticas em Células Germinativas, Tecidos Germinativos e Embriões Humanos, para uso terapêutico, o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Diretoria Colegiada tornam obrigatória a realização do exame cariótipo entre os candidatos para a triagem para doação de gametas. A Resolução traz os requisitos técnico-sanitários mínimos e aplica-se a todos os estabelecimentos, públicos ou privados, que realizem atividades com células germinativas, tecidos germinativos ou embriões humanos, para uso terapêutico em técnicas de Reprodução Humana Assistida (RHA), visando ao uso próprio ou doação.

A partir de agora ficou estabelecido que, para poder doar gametas masculinos (espermatozoide) ou gametas femininos (oócito/óvulo), o candidato deverá fazer o exame de cariótipo. O exame é uma análise que existe há muito tempo, que na medicina reprodutiva ajuda a identificar casos de infertilidade. Ele permite investigar também se, mesmo sendo saudável e sem apresentar sintomas específicos, a pessoa tem alguma alteração cromossômica que eleva o risco de gerar aneuploidias nos embriões que sejam gerados a partir de seus gametas. Porém, antes da Resolução, o cariótipo era opcional.

Larissa Antunes, bióloga e assessora genética da Igenomix Brasil, explica que o cariótipo permite observar alterações estruturais como deleção, duplicação, inversão ou translocação de cromossomos que podem levar ao aumento de risco de aneuploidias. “Na maioria das vezes as aneuploidias embrionárias são incompatíveis com a vida, mas também podem estar relacionadas a síndromes, como por exemplo, síndrome de Down (trissomia do 21 – cópia extra do cromossomo 21). Dentre os muitos outros exemplos estão a síndrome de Klinefelter, que acomete homens, caracterizada por um cromossomo X extra (XXY) e a síndrome de Turner, que ocorre em mulheres, conhecida como “monossomia do X” (no par XX somente uma cópia do cromossomo X está presente)”. exemplifica Larissa.

Quando há alterações no cariótipo, é preciso que a pessoa conte com um aconselhamento genético, para analisar as consequências da alteração específica identificada e estratégias para planejamento familial. Uma das possibilidades pode ser um tratamento de fertilização in vitro junto com avaliação genética dos embriões do casal com o objetivo de selecionar os embriões sem aneuploidias para transferência uterina.

O documento apresenta também os requisitos específicos da triagem de doadores de sêmen; óvulos destinados a criopreservação (congelamento) e de óvulos a fresco. Destaque para os cuidados em biovigilância, que incluem evitar eventos adversos graves em qualquer etapa do processo, desde a coleta até a transferência dos gametas, sem que haja interferência na qualidade do embrião. “Também é previsto como evento adverso grave a perda de material biológico ou nascimento de criança em virtude de embriões de doador portador de doença genética grave ou potencialmente fatal”, observa Larissa Antunes.

  

Igenomix - laboratório de biotecnologia que ajuda no sucesso dos tratamentos de Reprodução Assistida, diagnóstico e prevenção de Doenças Genéticas.

 

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