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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Confira dicas de cuidados com os dentes nas festas de final do ano

Gabriell Bonifacio Borgato, professor de Odontologia do Ceunsp, ressalta pontos importantes para ficar atento com a saúde bucal nesta época 

 

Está chegando as festas mais esperadas para encerrar mais um ano: o Natal e Ano Novo. E neste período de celebrações é comum diversas comidas gostosas, bebidas e momentos de descontração com família e amigos. Mas os cuidados com a saúde não devem ser deixados de lado, principalmente a bucal. 

Diante disso, o professor de Odontologia do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Dr. Gabriell Bonifacio Borgato, listou 5 dicas de cuidados com os dentes nas festas de final do ano. Confira! 

  1. Escovação com fio dental pós doces e sobremesas. Nesta época de festividades, o consumo de alimentos rico em açúcar tende a aumentar. A maior frequência de ingestão dessas comidas durante o dia pode ser prejudicial à saúde oral, portanto é de suma importância que se faça a escovação e uso do fio dental após as refeições. 
  2. Evite exagerar nas bebidas alcoólicas. O consumo de álcool também pode aumentar nesta época do ano, e como reflexo, temos alterações na cavidade oral como diminuição da salivação, também diminuindo o pH bucal, facilitando que o aparecimento da cárie. 
  3. Hidrate-se bastante. A correta hidratação irá beneficiar seu corpo como um todo, mas temos muitos benefícios particularmente na boca, contribuindo com a manutenção do pH bucal. 
  4. Cuidado com as castanhas. Pacientes que estão em tratamento ortodôntico devem estar atentos a alimentos que possam conter castanhas, o que pode causar quebras no aparelho e comprometer o avanço do tratamento. 
  5. Não esqueça o kit higiene bucal.  É comum as pessoas viajarem nesta época, certifique-se de levar um kit de higiene oral com uma escova de dentes nova, pasta de dente e fio dental 2 e 3. 

Por fim, o Dr. Gabriell ressalta que para evitar surpresas durante as festas de final do ano é importante as pessoas se certificarem que a saúde oral está em dia antes de viajar, agendando com seu dentista um check-up. “Assim conseguirão aproveitar todas as festividades sem o risco de desenvolver inflamações na gengiva ou possíveis cavitações nos dentes devido à cárie. A prevenção é sempre o melhor remédio!”.   



Ceunsp - Com 60 anos de tradição e dois campi – Itu e Salto –, o Ceunsp é reconhecido por seu ensino de qualidade, com ótimos indicadores comprovados pelo MEC, Enade e Guia da Faculdade e considerado um dos maiores complexos educacionais da região. Oferece cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados.
www.ceunsp.edu.br


Sangramento nasal: entenda as causas e tratamentos

Ao menos uma vez na vida, 60% das pessoas sofrerão com o problema, indica Ministério da Saúde

 

Diferentemente do que a consagrada sabedoria popular orienta, inclinar a cabeça para trás durante um sangramento nasal (epistaxe) não é recomendado. Conforme o otorrinolaringologista Dr. Arnaldo Tamiso, do Hospital Paulista, o movimento deve ser o oposto.

“Inclinar a cabeça para frente e apertar o nariz com o dedo polegar e indicador, como uma "pinça", e aguardar nessa posição por três minutos, que é geralmente o tempo de coagulação do sangue”, orienta o especialista.

De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos uma vez na vida, 60% das pessoas terão sangramento nasal, o que comumente acontece na parte da frente do septo, parede que separa o nariz em duas cavidades. Somente 10% dos casos acontecem na parte de trás do septo nasal, a parte fixa e dura, ou nas paredes internas das asas laterais, sendo a maior incidência entre pessoas com mais de 60 anos.

Dr. Tamiso explica que a epistaxe acontece porque a rede de vasos sanguíneos fica em uma mucosa muito fina, proporcionando a facilidade de sangramento, quando comparada a outras partes do corpo.

A ocorrência é maior entre crianças, geralmente, com relação ao “cutucar” o nariz, e entre idosos, pela fragilidade da mucosa nasal. “As causas mais comuns que levam ao episódio são a exposição ao calor e tempo seco, traumas e doenças relacionadas ao sangue e tumores. Em portadores de doenças como rinite, desvio de septo, tumores nasais e má formação de vasos sanguíneos no nariz podem ocorrer sangramento nasal com alguma frequência”, afirma o médico.

Na maioria das vezes, o sangramento nasal é controlado em casa. Mas, quando não cessa, um hospital deve ser procurado imediatamente. “Quando o sangramento ocorre com frequência, mais de duas vezes, ou em grande volume, deve procurar o otorrinolaringologista. O sintoma pode indicar a presença de doenças mais graves”, reforça o especialista.

Se necessário, o otorrino fará a solicitação do exame de Nasofibroscopia (uma microcâmera que explora o nariz), que, juntamente com os exames de sangue, são suficientes para diagnosticar a causa da epistaxe e iniciar o tratamento. Normalmente, o sangramento responde à cauterização e/ou ao uso do tampão nasal. Mas, se a ocorrência for frequente ou grave, a intervenção cirúrgica tende a ser necessária.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


5 dicas para evitar dor de ouvido no avião, otorrinos explicam


Viagens de avião ou de carro em serra, podem causar incômodos e dores de ouvido que vão desde dores ou pressão na cabeça, nos dentes e até na face. O médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros, da capital paulista, explica que essa sensação ocorre em função da mudança brusca de pressão durante a mudança de altura na decolagem e pouso de avião ou viagens de automóvel em serras. “Esse desconforto pode passar em alguns segundos ou minutos após o fim da viagem, mas dependendo da intensidade do trauma, isso pode aumentar”, avisa. Quando o ouvido não consegue equalizar a pressão interna com a externa, ocorre um trauma interno, com secreção de líquido e até sangue dentro da orelha média. Chamamos de barotrauma e isto ocorre por bloqueio de um canal que comunica o ouvido e o nariz, chamada tuba auditiva. 

Dra. Roberta Pilla Otorrinolaringologista membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF conta que em crianças e bebês o problema é mais frequente pela própria anatomia das estruturas envolvidas na regulação desta pressão, que incluem o tamanho e posição da tuba auditiva e imaturidade do sistema de compensação, que pode piorar caso a criança esteja passando por algum processo inflamatório, como crise alérgica, resfriado, infecções em ouvido, ou gripe. 

Por isso, os especialistas deixam seis dicas valiosas para evitar o problema que pode atrapalhar as férias.

  1. Manobra de Valsalva é um método que aumenta a pressão intratorácica para equalizar a pressão dos ouvidos e consiste em inspirar, manter a boca fechada e apertar as narinas com os dedos enquanto força a saída de ar pelo nariz. Apesar de ser a primeira opção das pessoas, deve-se evitar realizá-la com muita intensidade, pois pode piorar ainda mais a dor e congestão do ouvido.
  2. Mastigar chicletes ou alimentos, de preferência duros, como maçã ou cenoura, podem ajudar a equilibrar a pressão no ouvido e evitar a dor já que este movimento força os músculos do rosto que abrem a comunicacao entre o ouvido e o nariz, chamada tuba auditiva. Isto permite equalizar a pressão e ajuda a diminuir a sensação de ouvido tampado.
  3. Provocar bocejo com o mesmo princípio da mastigação, aciona músculos da face, liberando a tuba auditiva e favorecendo o equilíbrio da pressão.
     
  4. Fazer uma compressa quente no ouvido por cerca de dez minutos ajuda a aliviar a dor causada pela pressão, aliás ajuda qualquer tipo de dor de ouvido!
  5. O uso de spray nasal desde que devidamente indicado pelo otorrinolaringologista ajuda na passagem do ar para o ouvido, assim, a pressão se reequilibra mais facilmente.
  6. Em crianças, uma saída para minimizar o incômodo é tentar fazer alguma coisa que movimente a mandíbula da criança. “Como por exemplo, fazer engolir, dar a chupeta, tomar água, amamentar, chupar a mamadeira, até mesmo deixar chorar um pouco pode ajudar a mobilizar estas estruturas e melhorar o desconforto. Eventualmente gotas otológicas e analgésicos também podem ser indicadas pelo médico para minimizar o desconforto. Compreensão, carinho, colo e aconchego são sempre indicados!” Completa Dra. Roberta Pilla.

Uma última sugestão indicada pela Dra. Maura Neves otorrinolaringologista pela USP é sempre que possível, evitar realizar voos quando o nariz estiver muito congestionado. “O risco de barotrauma nesta situação aumenta muito. Fale sempre com seu otorrino antes se a viagem dor inadiável”, finaliza a médica.

  

FONTES:
Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.

Dra. Maura Neves – Otorrinolaringologista. Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP

Dra. Roberta Pilla - Otorrinolaringologia Geral Adulto e Infantil. Laringologia e Voz. Distúrbios da Deglutição; Via Aérea Pediátrica. Médica Graduada pela PUCRS- Porto Alegre/ Rio Grande do Sul (2003)


Vai viajar nas férias? Otorrino explica as causas de enjoo nos meios de transporte e dá várias dicas para evitar esse transtorno

Distúrbio, chamado cinetose, é muito comum e atinge mais mulheres e crianças

 

O período de férias chegou e muita gente vai aproveitar para viajar. Se você está nesse grupo e costuma passar mal de enjoo nos meios de transporte, é bom tomar alguns cuidados para evitar contratempos durante o percurso. A otorrinolaringologista Vanessa Rocha, da Clínica Surgical Medicina Integrada, explica que este desconforto é chamado de cinetose e é mais comum em crianças e mulheres. Alguns cuidados prévios podem melhorar os efeitos causados pelo problema.

A cinetose é a intolerância aos movimentos, um distúrbio muito comum, que pode afetar qualquer pessoa que possua integridade da função labiríntica e seja submetida a um estímulo intenso, mas costuma ser mais prevalente em mulheres e crianças. “A cinetose ocorre porque há um conflito de informações sensoriais. As mensagens captadas pelo sistema visual, labiríntico e somatossensorial (músculos e articulações) são diferentes. Por exemplo: quando estamos dentro de um carro, olhando pela janela e vemos outro carro ao lado acelerando, a visão informa ao cérebro que estamos em movimento, mas o labirinto e o sistema somatossensorial enviam a mensagem que estamos parados”, explica a médica.

De acordo com ela, o conflito das informações é processado pelo cérebro no centro comparador, o qual compara o padrão de movimentos atual com os movimentos contidos na memória. “Caso não haja compatibilidade, ou seja, não haja memória deste padrão de movimento, é ativado o centro do vômito como um mecanismo de defesa contra esta situação desconhecida e potencialmente ameaçadora”, esclarece.

Apesar de a cinetose não possuir cura, tem controle. “No caso das crianças, o amadurecimento do sistema vestibular (que é o conjunto de órgãos do ouvido interno responsáveis pela detecção de movimentos do corpo e pelo equilíbrio), que ocorre na adolescência, pode melhorar os sintomas. Nos adultos, a redução da função labiríntica pelo envelhecimento, a partir dos 50 anos, pode também reduzir os sintomas”, comenta Vanessa.

Técnicas de reabilitação vestibular que expõem os pacientes repetidamente às situações de conflito geram memória e tolerância progressiva aos diferentes padrões de movimento. Segundo a otorrinolaringologista, além do uso de medicamentos prescritos pelo otorrino e dos exercícios de reabilitação labiríntica, é muito importante seguir algumas orientações na hora de viajar:

Durante uma viagem de carro / ônibus / trem:

  1. prefira dirigir ou andar no banco da frente do carro
  2. nunca sentar no sentido contrário do movimento do ônibus/ trem
  3. fixe o olhar no horizonte ou durma durante toda a viagem
  4. evite olhar para trás ou movimentar muito a cabeça
  5. não ler, usar celular ou tablet com o carro em movimento
  6. evite bebidas alcoólicas e refeições volumosas logo antes e durante a viagem
  7. inicie a medicação no dia anterior à viagem.

Durante viagem de avião:

  1. prefira assentos próximos a asa do avião (meio da aeronave)
  2. não ler, usar celular ou tablet com o avião em movimento
  3. evite bebidas alcoólicas e refeições volumosas logo antes e durante a viagem
  4. inicie a medicação no dia anterior à viagem.

Durante viagem de navio / cruzeiro:

  1. prefira cabines centrais e inferiores, onde o navio balança menos
  2. não ler, usar celular ou tablet com o navio em movimento
  3. evite bebidas alcoólicas e refeições volumosas durante a viagem
  4. inicie a medicação 3 dias antes da viagem e mantenha durante todo o período embarcado.

“Para finalizar, é importante que as pessoas que vão viajar no feriado não se esqueçam de que ainda estamos no meio de uma pandemia. Portanto, é fundamental utilizar máscaras, higienizar sempre as mãos, manter o distanciamento social, evitar aglomerações e ambientes fechados”, orienta.

  

Clínica Surgical Medicina Integrada


Ano Novo: oftalmologista alerta para acidentes oculares com fogos de artifício

Apesar de bonitos, os fogos são extremamente perigosos e podem gerar lesões oculares graves

 

Comemorar as festas de final de ano é sempre uma delícia, mas, se formos realistas, é fato que acidentes acontecem - ainda mais quando falamos em fogos de artifício. 

Por mais bonitos que sejam à distância, eles podem, sim, ser extremamente perigosos, e um dos maiores riscos, nesses casos, é o de lesões oculares. Segundo o relatório anual da Comissão de Segurança dos Produtos de Consumo dos Estados Unidos, em 2019 foram registradas 12 mortes e 10.000 feridos por fogos de artifício - 1.500 desses sofreram lesões na área dos olhos. 

É por isso que, quando esse é o assunto, o cuidado é redobrado: as crianças e os jovens adultos são as vítimas mais frequentes, e correspondem a 36% do total de feridos. Imagine que apenas as faíscas podem queimar a mais de 1000 ºC!

 

Como evitar acidentes com fogos de artifício? 

"Se você for assistir ou estiver perto de um show profissional de fogos, respeite as barreiras de segurança, siga todas as instruções de segurança e veja fogos de artifício a pelo menos 200 metros de distância", explica o Dr. Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Diretor da Prisma Visão. "Não toque em fogos de artifício não explodidos e, se encontrar algum, saia de perto e avise alguém competente. Não permita que crianças brinquem com fogos de artifício - mesmo aquelas velas sparklers, que a gente usa em bolos de aniversário e são consideradas 'seguras', queimam a temperaturas muito altas e não devem ser manuseadas por crianças pequenas." 

As crianças mais velhas precisam da supervisão de um adulto próximo para usar fogos de artifício, e o ideal é evitar corridas ou brincadeiras com esses explosivos recreativos. Caso decida soltar fogos, o ideal é optar por uma região ao ar livre, e uma área clara, longe de casas, folhas secas, grama ou outros materiais inflamáveis. 

"Mantenha um balde de água nas proximidades para emergências e para derramar em fogos que não acendem ou explodem", recomenda o médico. "Não tente reacender ou manusear fogos defeituosos. Mergulhe-os com água e jogue-os fora, e certifique-se de que outras pessoas estão fora de alcance antes de acender esses explosivos." 

Por fim, verifique as instruções para entender como melhor armazenar esses objetos e evite deixar partes do seu corpo diretamente sobre ou próximas a um fogo de artifício durante o acendimento.

 

O que fazer diante de queimaduras oculares por fogos de artifício?  

É essencial ter em mente os procedimentos mais adequados em caso de acidentes, já que essas lesões podem combinar as queimaduras com traumas por força e exposição química. O ideal é procurar um médico oftalmologista imediatamente. Outras condutas incluem:

  • Não esfregar os olhos
  • Não enxaguar os olhos
  • Não aplicar pressão
  • Não remover nenhum objeto que possa estar preso no olho
  • Não aplicar pomadas
  • Não tomar qualquer medicamento para dor e que afinam o sangue, como aspirinas, a menos que sob orientação médica


Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732. Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa. Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia.


Concentração de espermatozoides no sêmen tem queda de 50%

Médico urologista alerta para a questão da infertilidade masculina

 

Um estudo realizado em Oxford, na Inglaterra, revelou que nos últimos 50 anos a concentração de espermatozoides no sêmen humano caiu, em média, 50% em todo o mundo. Tal notícia gerou um debate entre médicos e especialistas em fertilidade humana, revelando algumas teorias para esse resultado. Muitos pesquisadores atribuem esse declínio à exposição a determinados elementos químicos existentes nos produtos industrializados. 

"Neste período houve uma crescente urbanização da população e surgimento de novos produtos artificiais que não faziam parte do rol de produtos consumidos no passado, que tendiam a ser mais “naturais”. Neste mesmo processo, o aumento da obesidade e do sedentarismo podem ter influenciado negativamente", explica o médico urologista Heleno Diegues Paes. 

Por outro lado, há também uma crítica a este estudo devido às mudanças na metodologia da contagem dos espermatozoides ao longo do tempo, que pode, de alguma forma, ter interferido no resultado. "Mas são os dados que dispomos, não há como interpretar de outra forma", analisa o urologista. 

As causas masculinas mais comuns da infertilidade entre os homens estão relacionadas à produção inadequada de gametas, que pode ser originada de alterações inerentes a doenças nos testículos, problemas genéticos ou hormonais. Mas existem outras situações que podem levar à infertilidade, como problemas na anatomia do pênis e da uretra, agenesia de alguma estrutura do aparelho reprodutor, a ejaculação retrógrada que ocorre no tratamento da hiperplasia prostática e uso de alguns medicamentos que interferem na espermatogênese. 

“Um ponto que gostaria de ressaltar é que um espermograma alterado não é determinante de infertilidade. A infertilidade é algo multifatorial e que compromete o casal. Existem muitos fatores envolvidos na infertilidade e creditar a culpa somente em uma contagem de espermatozoides limítrofe é um erro”, enfatiza Dr. Heleno. 

Até porque, a qualidade dos gametas vai se deteriorando com o envelhecimento natural do homem, assim como o funcionamento das estruturas do aparelho reprodutor. A espermatogênese sofre alterações cumulativas com a exposição a poluentes, tabaco, estresse oxidativo, doenças crônicas, mudanças hormonais. Mas, diferente da mulher, que tem um dia para se tornar infértil, conhecido como menopausa, o homem pode manter sua capacidade reprodutiva ao longo de toda a vida. 

Porém, na infertilidade adquirida, ou seja, naqueles homens que já tiveram filhos, e que têm seu aparelho reprodutor íntegro, ela pode estar relacionada a doenças crônicas como diabetes, insuficiência renal e problemas cardíacos. “Também pode estar relacionado à exposição crônica à poluição, tabaco e cannabis. A lógica é que estas situações levam a um maior estresse oxidativo celular e a espermatogênese é muito sensível a esta situação. Nesse sentido, uma alimentação saudável, rica em vitaminas, tem um efeito benéfico em relação à fertilidade”, explica o doutor. 

O urologista alerta ainda para diversos medicamentos que podem levar a uma diminuição do número ou mesmo a ausência de espermatozoides no esperma. Os principais são os medicamentos à base de testosterona, que inibem a liberação do Hormônio Folículo Estimulante (FSH) na hipófise, que é o principal estímulo à espermatogênese. Dessa forma, esses homens ficam azoospérmicos, ou seja, sem espermatozoides no seu sêmen. 

E como melhorar a fertilidade masculina? O Dr. Heleno é bem claro: “Ter hábitos de vida saudáveis, praticar atividade física regularmente, manter o peso ideal, alimentação rica em vitaminas e substâncias antioxidantes, tratar adequadamente doenças crônicas, evitar exposição a poluição, tabaco e cannabis, evitar deixar os testículos muito tempo comprimidos com roupas ou acessórios apertados de forma crônica, evitar postergar muito a paternidade, reproduzir de preferência antes dos 30 anos, não usar anabolizantes ou medicamentos derivados da testosterona”. 

 

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.


Respirar pela boca causa mau hálito? Saiba o que fazer para resolver

 

Recentemente viralizou no Tik Tok uma trend chamada Mouth Taping, em que os usuários recomendam o uso de uma fita na boca com o intuito de garantir que a respiração ocorra pelo nariz durante o sono. 

Os defensores dessa nova “onda” das redes sociais estão incentivando as pessoas a se envolver em uma prática controversa, com o objetivo de retardar o envelhecimento e dormir melhor: respirar apenas pelo nariz. Eles acreditam que isso é uma solução para os problemas de respiração. Porém, os médicos alertam que essa técnica é extremamente perigosa e colocar a saúde em risco. 

De fato a respiração bucal pode acarretar diversos problemas para a saúde do paciente, e inclusiva ser o responsável pelo temido mau hálito. Porém, os especialistas afirmam que tapar a boca durante o sono para obrigar a respirar somente pelo nariz, com nenhum tratamento indicado, não é a forma correta de resolver o problema. 

Sabe-se que a respiração nasal é fundamental para o desenvolvimento do complexo craniofacial, e influência nas funções de sucção, mastigação e deglutição. E a respiração bucal pode provocar alterações miofasciais, posturais, como queixo levantado e boca aberta, socioemocionais, expressivas, digestivas, fonéticas e de oclusão dentária. 

O ato de respirar através da boca provoca o ressecamento da mesma, o que promove uma descamação excessiva de células da mucosa bucal, ou seja, uma descamação excessiva de “pele” dos lábios e bochechas, e essa “pele” acaba servindo de alimento às bactérias que são responsáveis pelo mau hálito. 

A cirurgiã-dentista e especialista em saúde oral, Dra. Bruna Conde, explica que isso acontece porque a boca é um ambiente propício para a proliferação de bactérias, e elas são responsáveis pelo mau cheiro. Além disso, a salivação é um mecanismo importante para eliminar essas bactérias, e quando respiramos pela boca, ela não ocorre de forma adequada. Por isso, é importante manter os dentes higienizados e buscar formas de não respirar frequentemente pela boca, para manter um hálito sempre agradável. 

Principais causas do aparecimento da respiração bucal

  • Obstruções nasais por alergias (Rinites e Rinossinusites);

  • Hipertrofia de cornetos;

  • Desvio de septo nasal;

  • Adenoides aumentadas;

  • Amígdalas aumentadas.  

Considerando as causas para o desenvolvimento da respiração bucal, é possível entender o perigo de tapar a boca para dormir sem alguma orientação e indicação médica de como proceder.

 

Relações de problemas respiratórios e halitose

 

Infecções respiratórias e o mau hálito

Tuberculose, abscesso pulmonar, sinusite, amigdalite, pneumonia e outras doenças de vias aéreas também podem gerar um odor fétido que se propaga para a boca e provoca o mau hálito.

Porém são 8% dos casos. 90% dos problemas de mau hálito vem da boca. 

“Esses problemas são geralmente tratados com antibióticos, mas às vezes podem ser causados por bactérias ou vírus que não respondem a esses medicamentos. Nesses casos, é importante procurar um médico para avaliar se há alguma outra condição médica subjacente que precisa ser tratada.” indica a Dra. Bruna Conde. 

Nesse caso, deve-se ter certeza de que a higiene bucal está sendo feita corretamente e que não há nenhuma doença na boca ou hábitos errados que poderia explicar o problema.

 

Mau hálito pulmonar existe? Infecções que causam mau odor

Quando o mau hálito emana dos pulmões, às vezes a causa é uma infecção de curto prazo. Algumas condições como bronquite, sinusite e até pneumonia podem causar mau hálito. O único bom aspecto do mau hálito causado por essas condições respiratórias é que, quando a pessoa se recupera, a halitose também desaparece se todos os problemas de mau hálito forem removidos. 

Às vezes, a razão do mau hálito dos pulmões pode ser uma aflição crônica. Pessoas com Fibrose Cística sofrem com esse sintoma, segundo a Sociedade Americana de Rinologia. Esta condição causa a secreção de muco espesso nas vias respiratórias, provocando infecções recorrentes e congestionamento nasal. Esta doença é hereditária e não tem cura, por isso o muco espesso e a dificuldade em respirar podem ser sempre uma preocupação. 

A asma é outra condição respiratória que pode causar mau hálito. As pessoas com asma muitas vezes respiram pela boca, o que resseca os tecidos orais. Muitas das bactérias que causam mau hálito florescem em uma boca seca. Além disso, os inaladores medicamentosos também podem ter um efeito colateral da boca seca, influenciando ainda mais no problema. 

O câncer de pulmão é outra condição que tem um odor característico e pode até ser identificado pela combinação específica de gases no hálito de uma pessoa.  

As causas de halitose procedentes do aparelho respiratório inferior, isto é, com origem primária abaixo do nível da laringe, são mais raras, e incluem as bronquites, bronquiectasias, pneumonias, abcessos pulmonares e carcinomas do pulmão. 

 

Cuidados e tratamentos

A cirurgiã-dentista Bruna Conde ressalta que o tratamento de mau hálito associado a outros problemas deve ter acompanhamento multidisciplinar. Seu cirurgião-dentista especialista em Halitose será capaz de saber se as mudanças na higiene dentária podem ajudar no mau hálito e também indicar se você deve conversar com um médico especializado nas questões respiratórias. 

“Respiração bucal tem tratamento e a escolha da modalidade terapêutica depende diretamente das causas do problema. Esse cuidado é essencial para prevenção das diversas complicações que podem decorrer desta condição. Se identificar algum sintoma, evite fazer qualquer prática sem recomendação médica, não deixe de buscar ajuda profissional.” finaliza a Dra. Bruna Conde. 

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.

CRO SP 102038


Médica esclarece mitos e verdades sobre o câncer de pele

Dezembro Laranja é a campanha que visa conscientizar sobre a doença  

 

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que o câncer da pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil. O país ainda tem registro de 185 mil novos casos a cada ano. Por isso, a campanha do Dezembro Laranja promove a conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, orientando a população a manter hábitos adequados de proteção solar. 

Médica da família da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde, Rafaella Reggiani esclarece mitos e verdades sobre o câncer de pele. Confira:
 

- Todo câncer de pele está relacionado à exposição ao sol?

“Mito. Entre 5% a 10% dos casos de melanoma estão relacionados a fatores genéticos. O câncer de pele também pode ser causado por alterações em genes - hereditárias ou não - e, dessa forma, pode atingir pessoas que produzem bastante melanina. No entanto, a exposição ao sol é o principal fator de risco para a doença - e essa pode ser evitada com os devidos cuidados”, destaca a médica.
 

- O protetor solar é importante na prevenção ao câncer de pele?

“Verdade. O protetor solar age como um filtro sobre a pele, protegendo dos raios ultravioletas. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que o produto seja usado corretamente”, reforça. 

Rafaella Reggiani lembra que o fator de proteção deve estar relacionado à necessidade de quem usa: pessoas com peles mais claras precisam de uma proteção mais intensa. Mas, independentemente do tipo de pele, o FPS mínimo deve ser 30. “Outra dica é buscar um protetor solar que ofereça filtro contra os raios UVB e UVA”, afirma. 

A aplicação do protetor solar deve ocorrer meia hora antes da exposição ao sol para que o produto seja absorvido pela pele. Outro conselho é reaplicar a cada três horas ou de duas em duas horas em casos de transpiração excessiva, exposição solar prolongada ou após molhar a pele.
 

- O uso de cremes bronzeadores aumenta o risco de câncer de pele?

“Verdade. A proteção oferecida à pele por bronzeadores é baixa e insuficiente para filtrar a passagem de raios UVB e UVA. Além deste agravante, a aplicação do bronzeador é feita por cima do protetor solar - o que inibe a ação do produto. Dessa forma, em exposição ao sol não protegida, corre-se o risco de desenvolver câncer de pele do tipo basocelular e também melanoma”, explica.
 

- É preciso usar protetor solar em dias nublados?

“Verdade. As nuvens podem encobrir o sol e diminuir a incidência dos raios ultravioletas em até 40%, mas ela ainda existe. Por isso, mesmo em dias nublados é necessário usar protetor solar e acessórios como chapéus e óculos solares”, finaliza.
 

Sami


Hérnia de disco: uma realidade cada vez mais comum entre os jovens

Apesar de causar dores excruciantes, a maioria dos acometidos não necessitam de cirurgia 

 

Quando uma pessoa apresenta dor de intensidade leve ou forte em coluna, que irradia para os membros, fazendo com que as atividades se tornem difíceis ou até mesmo impossíveis de se realizar, uma das principais causas pode ser a hérnia de disco. Fatores genéticos normalmente associados a sobrepeso, atividades repetitivas intensas, má postura, trauma na região e sedentarismo podem ser fatores decisivos para o surgimento desta que é uma das piores dores que uma pessoa pode ter.

Segundo o Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, a maioria dos casos ocorrem em adultos, porém o número de jovens que desenvolvem hérnia é assustador.

"Diferente do que a população no geral acredita, doenças na região da coluna cervical, lombar ou torácica, não são exclusivas de adultos ou idosos. Elas podem acometer qualquer pessoa em qualquer idade, o que existe é a prevalência de cada tipo de patologia separada por idade", comenta o especialista.

 

Jovens, muita atenção aos sintomas

A patologia pode iniciar com quadro de dor e\ou irradiada para o membro inferior ou superior, alteração da sensibilidade, formigamento, dormência, anestesia em alguma região do membro inferior. Quando há uma piora do quadro pode ocorrer diminuição de força em algum movimento das pernas.

"É muito comum nos consultórios a presença de jovens já diagnosticados com hérnia de disco. O estilo de vida moderno associado a má postura e demais atividades físicas pode causar, em casos graves, desgastes nos discos intervertebrais fazendo com que as crianças e adolescentes estejam cada vez mais predispostas a desenvolver doenças na região da coluna", diz o médico.

 

Tratamento

A maioria dos casos pode apresentar boa melhora com tratamento conservador utilizando medicações analgésicas, fisioterapia, infiltrações guiadas por radioscopia ou tomografia e bloqueios de dor. Também é possível associar relaxantes musculares na presença de contraturas musculares.

Diversos recursos podem ser utilizados inicialmente como métodos físicos: gelo, alongamento e tração, introdução de exercícios posturais, fortalecimento muscular. Não havendo melhora indica-se o procedimento cirúrgico".

A cirurgia pode ser indicada quando a hérnia evolui e comprime as estruturas nervosas próximas, causando dores crônicas e limitantes. O tratamento cirúrgico pode-se ser realizado através de cirurgias minimamente invasivas com mini-incisões, até a colocação de próteses ou cages intervertebrais.

"Vale lembrar que a maioria dos casos de hérnia de disco não necessitam de tratamento cirúrgico, somente 10% a 15% dos casos são cirúrgicos ou possuem indicação cirúrgica. Em muitas situações somente mudanças de hábitos e a prática de atividade física já pode resolver, porém, mediante um caso grave é recomendado buscar ajuda especializada", finaliza o cirurgião de coluna.

 

 Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br


A importância do exercício para pessoas com deficiência física: superação dos limites


No mês de dezembro é celebrado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência Física, que busca promover a conscientização da população mundial sobre a importância de oferecer melhor qualidade de vida para as pessoas com deficiência, bem como assegurar seus direitos e deveres. E a inclusão dessas pessoas em atividades físicas é um importante aliado nessa causa.

No Brasil, a prática de esportes adaptados para pessoas com deficiência física começou na década de 50, com o basquetebol em cadeira de rodas. Esta modalidade fez com que outras práticas de atividades físicas e esportivas fossem possíveis, abrindo as portas do exercício para este grupo e tornando os benefícios da prática esportiva acessíveis para qualquer indivíduo.

Para o Mestre em Ciências Médicas e Coordenador Técnico da Ayo Fitness Club, Júlio César, a limitação desses indivíduos se torna visível ao passo que a sociedade dita padrões ergonômicos para pessoas “normais”. ’’Isso repercute em todas as áreas como, por exemplo, a dos esportes. A inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas ajuda a combater essas limitações. A busca por inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas motiva a criação de várias modalidades adaptadas para esse público”, comenta.

E os benefícios vão além da saúde física. Fazer um exercício ajuda na inclusão social, melhora da autoestima, desenvolvimento motor, além de proporcionar maior facilidade para tarefas do dia a dia e promover a troca de experiências.

Para Mariana Rodrigues, cadeirante e aluna da Ayo Fitness Club, começar a praticar exercício físico foi um passo importante para cuidar da saúde e do bem-estar. ’’Melhorou minha disposição e minha saúde, além do resultado de definição do meu corpo e manutenção do peso. É uma excelente terapia também, sempre saio melhor do que entrei e nunca há o arrependimento de ter ido’’, comenta Mariana.

De acordo com informações do IBGE, cerca de 24% da população brasileira se reconhece como pessoa com deficiência, o que significa dizer que em torno de 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, segundo a percepção dos dados oferecidos então pelo instituto. 

’’É muito importante ter esse incentivo para que pessoas com deficiência começem a cuidar de si, sem se preocupar com limitações impostas pela sociedade. Existem diversos esportes que já tem sua adaptação para atender nossas necessidades’’, finaliza Mariana.


Salto alto faz mal?

 

Com a chegada das festas de final de ano, época de confraternização e do verão, vem junto o uso de diferentes tipos e modelos de sapatos e sandálias de saltos altos. Mas o que os saltos altos podem causar aos nossos pés em curto, médio e longo prazo? 

O uso excessivo do salto alto pode não ser benéfico para os pés, nem para o corpo: quanto maior a elevação mais difícil de se manter no centro gravitacional, vai ser necessário força e equilíbrio extras. Este esforço aumenta as chances e os riscos de lesões musculoesqueléticas, entorses e joanetes. 

O uso excessivo de saltos altos pode aumentar as chances de dores nas costas, pernas e pés, devido a má distribuição da carga corporal nos pés.
 

É proibido usar salto alto? 

Segundo a Doctor Feet, empresa especializada em podologia, recomenda-se o uso de saltos mais confortáveis, sem muita inclinação entre o calcanhar e os dedos, que ofereça boa estabilidade ao caminhar, e que tenha uma eficiente base de apoio do calcanhar. Assim, vai diminuir a pressão, atritos e a carga nos dedos dos pés. Sempre que a pessoa puder, escolher os saltos médios ou baixos, deixando os mais altos para ocasiões específicas. 

Seguem algumas dicas de tipos e modelos de saltos altos para garantir a tranquilidade e a curtição nas festas, sem dores nos pés.
 

Salto plataforma -- salto que nivela todo o solado do calçado, trazendo aos pés muita sustentação, estabilidade e conforto ao caminhar. De todos os saltos altos, é o que menos traz riscos, dor ou desconforto, por reduzir a inclinação entre o calcanhar e os dedos.
 

Salto meia pata -- é a tendência atual, elevado na frente e com um salto mais grosso na base, se assemelha com o salto plataforma, mas ao invés de dar maior sustentação na parte do calcanhar, ele dará maior sustentação na sola frontal, ou seja, no antepé, região dos dedos.
 

Salto anabela -- é uma variação da plataforma, segue o padrão de nivelamento do solado, ou seja, solado inteiriço com a plataforma e o salto. Garante assim, como a plataforma, muita estabilidade, sustentação e conforto. É um dos melhores e mais recomendados, para quem deseja passar muitas horas em pé.
 

Salto bloco, cubano, quadrado ou geométrico -- são saltos estilosos, imponentes e modernos. Esses saltos, garantem total estabilidade do calcanhar, devido sua forma ser grossa na base, e favorável na inclinação, por todo seu comprimento no solado, ou seja, normalmente, são saltos medianos, que amenizam a má distribuição da carga corporal nos dedos.



Doctor Feet
https://www.doctorfeet.com.br

O Reestabelecimento da Competitividade Industrial passa por Condições Adequadas de Financiamento

O financiamento de longo prazo – Revisão da TLP e estabelecimento de um papel estratégico do BNDES são fundamentais para a retomada da competitividade do setor de máquinas e equipamentos.

O processo de desenvolvimento, tem como condição a existência de um eficiente sistema de financiamento isonômico, semelhante ao de países dinâmicos, elevando a participação da indústria acima de 25% do PIB, como observado no início da década de 80.

O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, a principal instituição de fomento do desenvolvimento do País, perdeu quase dois terços da sua importância em termos de desembolso de recursos, ao longo dos últimos 10 anos.

A FINAME, a primeira linha de crédito do BNDES voltada para o financiamento da aquisição e comercialização de máquinas e equipamentos de forma isolada (não integrados a projetos), de indiscutível importância para a modernização do parque fabril do País, vem sofrendo um processo de encolhimento, menos em razão do impacto da pandemia da covid-19, mas mais pelo encarecimento e pela imprevisibilidade motivados pela adoção do TLP (taxa de longo prazo) instituída pela Lei nº 13.483, de 2017.

A principal fonte de captação de recursos do BNDES é o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), remunerado pela TLP baseada na Nota do Tesouro Nacional, série B de 5 anos, o mesmo indexador pelo qual contrata suas aplicações.

No repasse do recurso ao mercado o Banco ainda cobra spread adicional e, se a operação for indireta, uma comissão do agente repassador, o que torna o custo do financiamento de tal forma elevado e incompatível como apoio a investimentos em ativos de produção por superar as margens normais de retorno das atividades produtivas.

Nesse cenário é preciso revisitar os termos que definem as taxas de financiamento praticadas pelo BNDES, devolvendo ao Banco seu papel de instituição financeira especializada no financiamento do investimento de longo prazo. É preciso reestabelecer sua capacidade de exercer políticas anticíclicas, financiar projetos infraestrutura e industrial e, apoiar a inovação e a exportação, entre outros, operando com condições diferenciadas em relação ao mercado e facilitando a realização de investimentos.

A experiência internacional pressupõe, como condição necessária para viabilizar investimentos de longo prazo, a existência de taxa de juros estável, previsível e compatível com as margens de retorno dos investimentos das atividades produtivas. Faz-se necessária, portanto, adoção de medidas que melhorem o sistema de crédito nacional.

Elencamos em seguida algumas sugestões, a saber:

Ø      Alterar a Lei 13.483, de 21 de setembro de 2017 que instituiu a TLP como remuneração do FAT, estabelecendo parâmetro mais adequado às necessidades do país, onde as taxas de juros de longo prazo não concorram com as margens normais de retorno das atividades produtivas e seja previsível. Ao vincular a remuneração do funding do BNDES ao risco do tesouro a Lei tornou o preço do crédito do Banco pró-cíclico, eliminando a possibilidade de ser usado em situações de crise.

Ø      Nas operações indiretas do BNDES, fixar um teto aos spreads das instituições repassadoras;

Ø      Priorizar a concessão de recursos públicos para empresas de pequeno e médio porte e setores estratégicos da indústria de transformação;

Ø      Reduzir a alíquota para 0% do IOF sobre operações de crédito, o que diminui o custo efetivo para o tomador do financiamento;

Ø      Flexibilizar a utilização das garantias visando elevar a ampliação do acesso ao crédito de uma forma rápida e menos burocrática;

Ø      Reformar as normas da CVM de emissão de debentures ao público, desburocratizando o processo e facilitando o acesso de empresas de menores portes

Ø      Promover ações voltadas à transição verde, que visem a criação de linhas de incentivo acessíveis para investimentos em tecnologias de baixo carbono e a criação de um pacote de apoio financeiro para a “transição verde”, de forma a permitir uma descarbonização coerente sem comprometer os negócios da indústria brasileira, em especial das MPEs (micro e pequenas empresas).

Tratam-se de medidas que possibilitarão às empresas nacionais acesso a recursos para capital de giro, investimentos, inovação e exportações a custos menores, dando a elas condições para manterem-se ativas e competitivas. 

 

Gino Paulucci Jr - engenheiro mecânico e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

 

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