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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Companheiros(as) têm direito a receber herança?


 Apesar da dor causada pelo luto, é comum que muitas vezes apareçam dúvidas e ocorram conflitos relacionados ao direito de herança do(a) companheiro(a).    

   

É importante ressaltar, que a união estável é reconhecida como entidade familiar pela Constituição Federal e garante aos companheiros a mesma proteção, com direitos e deveres, dada aos cônjuges na constância do casamento.     

     

A união estável é regulada pelo Código Civil de 2002, que em seu artigo 1.723, traz o conceito de união estável e indica os elementos necessários para sua caracterização, quais sejam: “convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”.     

     

Embora haja a equiparação da união estável ao casamento, o artigo 1.790 do Código Civil prevê uma diferenciação entre o companheiro e o cônjuge no momento da sucessão, dispondo que: “A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:  I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança’.     

    

Neste caso, a lei coloca o companheiro apenas como concorrente e não como pertencente a uma classe de herdeiro, diferentemente do que estabeleceu para o caso do cônjuge sobrevivente. Prevalecendo a regra estabelecida nesse artigo da lei, seria atribuído ao companheiro cota menor na herança do que aquela prevista para o cônjuge. Além disso, ele só se tornaria herdeiro da totalidade do patrimônio se o falecido não tivesse deixado qualquer parente como pais, avós, irmãos, tios e sobrinhos.     

   

No mais, o companheiro não teria direito ao recebimento de bens adquiridos pelo falecido por herança ou doação (título gratuito), salvo se não houvesse qualquer espécie de herdeiro. Cabe esclarecer que bens adquiridos onerosamente são aqueles considerados objeto de compra e venda, por exemplo.   

   

Exemplificando: se o companheiro tivesse dois filhos em comum com o falecido, receberia metade da herança entendida como bens adquiridos na constância da união estável a título oneroso. No caso de não ter filhos em comum e concorrer com dois filhos exclusivos do falecido, este teria direito a ¼ (um quarto) do patrimônio adquirido na constância da união estável. E, inexistindo filhos do falecido, concorreria com os demais parentes recebendo 1/3 (um terço) da herança.   

  

Enquanto o companheiro herda apenas nas condições acima estabelecidas pelo Código Civil, o cônjuge sobrevivente é herdeiro necessário, concorrendo igualmente com os descendentes (filhos comuns ou não), com os ascendentes e se não houver descendentes ou ascendentes, terá direito à totalidade da herança.     

     

Sobre a sucessão no caso de pessoas casadas, a legislação em vigor (Código Civil) diz que com falecimento de um dos cônjuges e a abertura da sucessão, não havendo testamento quanto à parte disponível do seu patrimônio, transmite-se a herança aos herdeiros legítimos dentre os quais está o cônjuge, na terceira classe concorrendo com os descendentes ou ascendentes, que estão elencados nas duas primeiras ordens de herdeiros necessários.     

     

Na hipótese de o falecido não ter deixado descendentes (filhos, netos, bisnetos) nem ascendentes (pais, avós, bisavós), o cônjuge sobrevivente é chamado à sucessão e herda a totalidade do patrimônio, conforme estabelece o artigo 1.838 do Código Civil. Desse modo, mesmo que haja parentes colaterais (irmãos, tios e sobrinhos), se não houver descendentes nem ascendentes, a sucessão será deferida, integralmente ao cônjuge sobrevivente.     

     

Na concorrência entre cônjuges, descentes e ascendentes é preciso observar o regime de bens do casal. Se o regime de bens vigente era o de comunhão universal, onde comunicam-se todos os bens, direitos e obrigações adquiridos antes ou após o casamento, a título gratuito (herança ou doação) ou oneroso (doação ou herança), cabe ao cônjuge sobrevivente a meação (metade do patrimônio), mas não concorre com os descentes. Se o regime de bens for o da separação obrigatória (pessoas maiores de 70 anos, ou menores de 18 anos, por exemplo), o cônjuge, também, não será chamado a concorrer com os descendentes. No caso do regime de bens adotado for o “comum” da comunhão parcial, o cônjuge sobrevivente adquire a sua meação (metade dos bens adquiridos na constância do casamento de forma onerosa) e somente participa da sucessão relativa aos bens particulares do falecido, em concorrência com os descendentes.     

     

Na hipótese de concorrência entre cônjuge e descendentes, o cônjuge recebe o quinhão (parte) igual ao dos que sucederem por cabeça, mas sua parte não pode ser inferior à quarta parte da herança. Exemplificando, se o falecido tinha três filhos, a concorrência entre eles e o cônjuge sobrevivente é solucionada com a divisão igualitária, cabendo um quarto a cada um dos descendentes e ao cônjuge. Contudo, se houver quatro ou mais descendentes do falecido, além do cônjuge sobrevivente, a este caberá um quarto da herança e o restante será dividido entre os descendentes.     

     

Já na concorrência do cônjuge com os ascendentes, este receberá, além da sua meação cabível conforme o regime de bens adotado, a quota relativa aos demais bens inventariados. De acordo com o artigo 1.837, do Código Civil, observa-se a seguinte situação: i) se concorrer com ascendente em primeiro grau, isto é, com os pais do falecido, ao cônjuge caberá 1/3 (um terço) da herança; b) se concorrer com apenas um ascendente, como por exemplo só com a mãe do falecido, caber-lhe-á a metade da herança; c) se concorrer com ascendentes de maior grau, como avós, bisavós, também lhe é assegurado a metade da herança.     

     

Pois bem, nos termos do Código Civil, o companheiro era diferenciado do cônjuge no momento da sucessão, pois não era classificado como herdeiro necessário, portanto, só recebia a totalidade da herança na hipótese de não haver parentes colaterais, ou seja, tios, irmãos ou sobrinhos.     

     

Visando corrigir a desigualdade legislativa, na medida em que a união estável foi equiparada ao casamento pela Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF – RE: 646721 RS) declarou em 2017 a inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil, garantindo assim ao companheiro(a) os mesmos direitos do cônjuge sobrevivente estabelecido no art. 1.829 do Código Civil.     

     

Desta forma, atualmente não existem distinções entre o direito de herança do cônjuge sobrevivente e do companheiro(a), garantindo-se ao companheiro(a) os mesmos direitos do cônjuge na sucessão, restando preservada a igualdade de direitos tanto no casamento como na união estável.     

 

     

Elisângela Lima dos Santos Borges - especialista em Direito de Família e Sucessões e sócia no Gaudêncio Advogados, escritório multidisciplinar com unidades em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Nova Iorque (EUA).     

www.gaudencioadvogados.com    

 

Uso do celular é o que mais incomoda motoristas, revela levantamento da CCR para a Semana Nacional de Trânsito

“Costurar”, dirigir lentamente na esquerda e não olhar para o retrovisor completam o ranking dos fatores que geram incômodo aos motoristas no trânsito; levantamento ouviu quase 9 mil motoristas 

 

Motoristas que usam o celular enquanto dirigem (31%), que “costuram” os outros veículos (25%), que dirigem devagar na faixa da esquerda (20%), que não olham para o retrovisor (20%) e que andam muito devagar (19%) são aqueles que trazem mais incômodo no trânsito, de acordo com levantamento inédito feito pela CCR para a Semana Nacional de Trânsito (SNT), que ocorre entre 18 e 25 de setembro. Neste ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu que as entidades ligadas ao setor realizem, durante a SNT, campanhas de orientação com o objetivo de alertar a população de que fortes emoções, como raiva e medo, não façam parte do dia a dia do trânsito. 

A consulta foi realizada entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro em 11 praças de pedágio localizadas em sete rodovias sob gestão da companhia em São Paulo (Via Dutra, Via Anhanguera, Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia Governador Adhemar de Barros, Rodovia Castello-Branco, Rodovia Raposo Tavares e no trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas), totalizando 1.610 quilômetros. Ao todo foram ouvidos 8.979 pessoas, entre motoristas de veículos de passeio (78%) e caminhões (22%). Foram consultados 7.110 homens (80% do total) e 1.869 mulheres (20%). Deste total, 65% reportaram incômodo nos últimos 30 dias com algum tipo de comportamento no trânsito (foi permitido apontar mais de uma causa de incômodo). O levantamento mostra ainda que 93% estavam utilizando cinto de segurança no momento da entrevista (ou seja, 7% não estavam com o cinto, embora seu uso seja obrigatório). 

"O levantamento tem dois grandes méritos. Primeiro, traz um diagnóstico muito claro dos comportamentos que geram mais incômodos no trânsito. E, em segundo lugar, serve de subsídio para aprimorarmos nossas campanhas educativas: quais recomendações devemos passar aos motoristas", explica Fausto Camilotti, diretor de operações da CCR Rodovias.

 

Mulheres x Homens   

Os dados mostram ainda que homens e mulheres se incomodam por comportamentos diferentes no trânsito. As maiores discrepâncias observadas são trafegar devagar (20% para homens e 13% para mulheres) e carro colado na traseira (incômodo que as mulheres sentem mais, 21%, que os homens, 15%).

 

Semana Nacional de Trânsito 

Ao longo da SNT,  as concessionárias do Grupo CCR nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul farão cerca de 70 ações de conscientização para motociclistas, motoristas, ciclistas, pedestres e caminhoneiros, em parceria com a Polícia Militar Rodoviária e a Polícia Rodoviária Federal. Ao longo da semana, os painéis eletrônicos instalados nas rodovias vão exibir mensagens de orientação. 

Nas redes sociais, o Grupo CCR segue com a “Campanha Gente Boa, Mundo Bom”, com dicas de segurança e interações com os internautas. Além disso, o Programa Caminhos para a Cidadania, gerenciado pelo Instituto CCR, traz, durante o mês de setembro, um vídeo e atividades valorizando ações do cotidiano e visando a participação de todos para a segurança viária, além da gentileza e a cidadania no trânsito. O vídeo, que faz parte da campanha "Nosso Mundo Melhor", pode ser acessado aqui e trabalhado em sala de aula. O material traz ainda atividade para que os educadores construam com os alunos um mapa com as ruas ao redor da escola, indicando os sentimentos de quando estão se locomovendo. Outro conteúdo recomendado é a Curadoria Educativa, que traz a Mobilidade Humana como tema principal, destacando as linhas do metrô e um gibi com dicas de segurança.

 

Principais resultados

Pergunta aplicada: “Você se incomodou nos últimos 30 dias com algum comportamento no trânsito?” 

65% do público entrevistado relatou incômodo com algum comportamento, sendo:

31% motorista mexendo no celular;

25% motorista costurando os outros;

20% motorista dirigindo devagar na esquerda;

20% motorista que não olha para o retrovisor;

19% Carro trafegando muito devagar.

 

Observação: O levantamento considerou mais de um incômodo/resposta para a pergunta.

 

Grupo CCR

grupoccr.com.br    


Entenda como a tecnologia pode aumentar as vendas do varejo de decoração

Na primeira semana de setembro, o varejo brasileiro viveu a chamada Semana do Brasil, período em que são oferecidos descontos e promoções especiais aos consumidores. Em novembro, temos a conhecida 'black friday', dia de promoções naturalizadas nos Estados Unidos, mas que também ganhou espaço em território brasileiro. Na sequência, embalando a temporada do fim do ano, temos datas comemorativas como o Natal e a virada do ano, época em que as famílias aproveitam para se reunir e trocar presentes com parentes distantes.

Pensando nesses momentos aquecidos do comércio, é importante ressaltar o papel da tecnologia neste cenário para alavancar o número de vendas dentro dos principais segmentos do mercado, principalmente no setor de decoração.

Vale dizer, antes mesmo de aprofundar no assunto, que quando cito a tecnologia como um aliado importante para área, não falo apenas da questão de e-commerce, mas sobretudo do uso de ferramentas tecnológicas para contribuir na atração e fidelização desses clientes. 

Dentre essas novidades digitais cada vez mais presentes no setor, é possível ressaltar o papel das projeções 360º e realidade virtual dos espaços. Mais do que simplesmente agilizar o processo decorativo de um imóvel ou cômodo, essa tendência permite aos varejistas oferecerem uma experiência única para o cliente, que consegue se projetar dentro do espaço.

A consequência desse movimento é o maior engajamento deste consumidor, garantindo não só o estímulo para a decisão de compra, mas também a possibilidade de uma venda mais assertiva e completa por parte do varejista. 

Seguindo esta mesma linha de raciocínio, é preciso destacar ainda o papel das plataformas digitais, que possibilitam a projeção do cômodo domiciliar ou comercial escolhido e proporciona ao cliente arquitetar a adição de elementos decorativos dentro desse espaço.

Um dos exemplos mais completos nesse sentido no mercado nacional é a plataforma concebida pela La Decora. Trabalhando em parceria com lojas do setor, a startup oferece uma solução em que o consumidor envia uma planta do local desejado e responde um questionário direcionado aos seus interesses. A partir disso, a plataforma autoral utiliza um algoritmo inteligente para a produção de um projeto de decoração personalizado, que pode conter em média 30 produtos do varejista em um mesmo ambiente. Garantindo que o cliente possa visualizar os produtos e elementos decorativos no seu projeto, a plataforma também produz uma lista com todas as informações dos produtos, retiradas de um extenso banco de dados integrado ao estoque do lojista. Outra possibilidade de integração que a plataforma possui é o direcionamento do cliente por API após a aprovação do projeto, com todos os produtos sugeridos para o ambiente diretamente para o carrinho de compras, facilitando a jornada de compra para o consumidor.

Por ser uma plataforma white label, acaba automatizando os processos e trazendo elementos facilitadores importantes para o melhor atendimento ao cliente dentro dos varejistas de decoração. Além disso, é preciso ressaltar ainda como esse trabalho permite a melhor assertividade nas vendas, assegurando uma melhor experiência para o consumidor, possibilitando, como consequência, alavancar os números de vendas. 

A entrada dos elementos tecnológicos em todos os setores do nosso dia a dia é algo inevitável, e na área comercial isso não é diferente. Esse caminho está tão bem traçado que já é possível dizer que as lojas que não souberem se utilizar desses recursos a seu favor não vão prosperar. No varejo de decoração, essas ferramentas tecnológicas já funcionam como um chamariz essencial por proporcionar uma experiência única ao consumidor, funcionando assim como uma peça fundamental para engajar o cliente e alavancar o número das vendas.  

 

Luciana Mendes - CEO e co-fundadora da La Decora - 41 anos, arquitetura e urbanismo em 2007, 15 anos de experiência em arquitetura e  interiores, trabalhou em gerenciadoras de grandes obras em São Paulo (expansão  shopping Cidade Jardim e licitação shopping Tucuruvi – JHSF), trabalhou como  autônoma de 2011 a 2016 com obras de alto padrão e neste período ganhou diversos prêmios de destaque em arquitetura e decoração.


Marketing direto promete direcionar campanhas ao público alvo desejado

Utilizando e-mail marketing e outras soluções de mídia é possível atingir exatamente o público desejado para cada ação


Com o objetivo de atingir um grupo específico de consumidores com uma ação selecionada, o marketing direto utiliza como meios de comunicação o e-mail marketing, folhetos, telemarketing, mala-direta e, até mesmo, a distribuição de brindes para impactar de forma efetiva o público alvo selecionado.

Graças à tecnologia, é possível desenvolver um banco de dados com as informações mais relevantes sobre cada um dos clientes. Esse conhecimento aprofundado facilita ações de comunicação personalizadas e estimula a interatividade entre empresa e consumidor, agregando valor ao atendimento.

De acordo com Kauana Pacheco, fundadora da ComexLand, empresa que realiza consultoria de marketing para o comércio exterior, essa metodologia foca seus esforços no público que de fato tem interesse em determinado serviço ou produto. “Isso deve acontecer sem intermediários. O e-mail marketing e os anúncios, por exemplo, asseguram que o investimento não seja gasto com quem não tem interesse por esses produtos ou serviços”, pontua.

O motivo da escolha pela utilização do marketing direto irá variar de acordo com as estratégias de cada empresa. “De modo geral, as companhias buscam um aumento nas vendas e a ampliação do reconhecimento de suas marcas. Mesmo que um negócio não tenha sucesso em fechar vendas com uma campanha de marketing, a empresa será notada pelo público e eles podem considerar a compra desse produto ou serviço ao realizar uma compra no futuro. Além desses benefícios, o conceito de marketing direto pode gerar novos leads, criar um relacionamento personalizado, aumentar a fidelização de clientes e obter resultados que podem, efetivamente, ser mensurados e analisados”, pontua a empresária.

Para ter sucesso em uma campanha, é necessário identificar o público que precisa ser atingido. “Como esse modelo trabalha, principalmente, com quem já mostra algum interesse pela marca, é interessante utilizar soluções que concentram os dados dos clientes. Com os dados de público em mãos, traçar uma abordagem ideal se torna uma tarefa mais simples. Fique de olho em detalhes primordiais, como as preferências do público, que vão ajudar a definir como esse contato será feito. Lembre-se de verificar as permissões para mandar e-mail marketing ou realizar ligações de cada usuário, não tornando-se, assim, um contato indesejado”, alerta Kauana.

A fundadora da ComexLand acredita que o marketing direto facilita as operações e mitiga as chances de uma ação mal direcionada. “A campanha pode ser localizada em uma nova região que a empresa deseja explorar, seja um estado ou uma cidade específica. Essa segmentação é de grande valor ao fazer o lançamento de uma ação que, no fim do dia, precisa gerar efeitos positivos”, finaliza.

 

Kauana Pacheco - diretora da assessoria de marketing e comunicação para Comércio Exterior, a ComexLand, e ajuda empresas e profissionais da área a se posicionarem no ambiente digital. O grande diferencial da assessoria é o entendimento em Comex e o atendimento que compreende a necessidade e o deadline de cada cliente. Kauana é formada em Negócios Internacionais e é especialista em Big Data & Market Intelligence.

https://comexland.com/


A importância da seleção e utilização correta das cercas para fazendas

Com destaque pela constante ascensão nos últimos anos e o valor gerado para a economia do país, o agronegócio brasileiro apresentou um superávit de US$ 43,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Nesse contexto, cada detalhe da rotina do profissional do agronegócio pode colaborar diretamente para o desenvolvimento do setor, e isto inclui a qualidade dos equipamentos utilizados em seu dia a dia, como os maquinários, e, até mesmo, os materiais estruturais, como as cercas para fazendas.

No caso das fazendas de criação de animais, um dos itens imprescindíveis são as cercas, que devem ser analisadas criteriosamente antes da instalação, garantindo que cumpram seu papel e evite prejuízo às fazendas, uma vez que, quando o assunto são cercas, tratam-se de produtos com enfoque total em segurança, por isso, são considerados grandes investimentos por parte dos profissionais da área.

Nesse sentido, ao investir em uma cerca, o primeiro passo é identificar sua finalidade e as características do local onde será realizado o cercamento. Estas informações contribuem para a definição do material ideal a ser utilizado. Por exemplo, caso se trate de uma cerca de divisa de propriedade, divisão de pasto ou cerca de divisa com uma estrada, via ou rua, ela deve ser regulamentada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

O arame farpado, por exemplo, é geralmente utilizado em regiões de relevo montanhoso e com desníveis acentuados dentro de uma propriedade, uma vez que ele acompanha tais desníveis. Já os arames lisos, normalmente são utilizados em extensões maiores de terra com relevo mais plano, enquanto os arames para cercas elétricas, são uma ótima opção de custo benefício para divisões de áreas de pastagem.

Ademais, é fundamental ter conhecimento sobre o clima da região. Em ambientes mais agressivos, como litoral, regiões com chuvas ácidas ou alagadiças, faz-se necessário o uso de arames com camada pesada de zinco, que oferece uma proteção superior contra corrosão. Além da camada de zinco, existem outras diferenças entre os arames que devem ser levadas em consideração: o diâmetro, a classificação de resistência à tração e tipo de torção.

Outro fator a ser observado para a escolha da cerca ideal para a fazenda é o tipo de animal que será inserido no local: se é de médio ou grande porte, se é uma raça agressiva ou mansa, para que tudo saia conforme o planejado. Para raças mansas, não é necessário a utilização de muitos fios de arame. É possível utilizar apenas o arame farpado de 250 kg. Entretanto, se for uma raça arisca, como a Zebu, o mais indicado é a cerca de arame liso com, pelo menos, cinco fios, já que este material oferece mais resistência comparado à uma cerca menor.


O impacto das cercas de qualidade para as fazendas

De um modo geral, o cercamento ideal para a fazenda é, acima de tudo, o que apresente alta qualidade, que seja resistente e fabricada de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estabelecem os requisitos para a encomenda, fabricação e fornecimento do arame, a partir das respectivas classes e categorias de zincagem.

Atualmente, o mercado conta com diferentes fornecedores que oferecem o arame fora da norma técnica regulatória, o que pode ocasionar grandes prejuízos aos produtores, já que os materiais sem a galvanização exigida são mais fracos. Isto pode causar um desgaste precoce, com manutenção indesejada e substituição antecipada, gerando custos inesperados para os fazendeiros.

Além disto, o arame também pode arrebentar, provocando acidentes que podem machucar os animais ou até mesmo pessoas. Desta forma, é preciso estar certo da qualidade do arame e, no momento da compra, observar na embalagem se consta o número da norma NBR do produto, para ter a certeza de que o material está dentro dos padrões exigidos.

 

Christian Speyer - gerente de marketing da Morlan, metalúrgica brasileira com forte atuação nos mercados de agropecuária, construção civil e industrial.


Procura do consumidor por crédito cai 6,5% em agosto, aponta Serasa Experian

Aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais tiveram a baixa mais expressiva


O Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian registrou queda de 6,5% em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior. Embora menos acentuada do que a retração que foi apontada em julho (-11,4%), essa foi a terceira queda consecutiva registrada pelo índice. Confira os dados completos no gráfico abaixo:

 

O recorte por renda revelou queda para todas as faixas, com destaque para aqueles que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, que marcaram a baixa mais expressiva, de 7,8%. Segundo o índice, os consumidores que ganham até R$ 500 mensais tiveram retração de 7,0%. Depois ficaram aqueles que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (-5,6%), seguidos pelas pessoas que possuem renda de R$ 2.000 a R$ 5.000 (-5,0%) e de R$ 5.000 a R$ 10.000 (-4,5%). A faixa da população brasileira que ganha mais de R$ 10.000 mensais teve a menor retração, essa de 4,4%.

 

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é compreensível que o movimento de retração da demanda por crédito tenha acontecido pela terceira vez seguida em agosto. “O que estamos vendo é um reflexo do aumento da taxa Selic, que encareceu as linhas de crédito e deixou os consumidores mais cautelosos em relação ao recurso financeiro”. O economista também explica que, “em tempos de instabilidade econômica o encarecimento do crédito é um mal necessário, pois trata-se de uma estratégia utilizada pelo Banco Central para diminuir e controlar a inflação no país”. 

O recuo na procura pelo recurso financeiro aconteceu em todas as regiões brasileiras, exceto na Norte, que marcou leve alta de 0,9%. Confira os dados na íntegra no gráfico a seguir: 


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal. 



Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Mês do Administrador: como se tornar um profissional de sucesso?

 

Em 9 de setembro, foi comemorado no Brasil o Dia do Administrador, data que marca a regulamentação da profissão, que ocorreu em 1965. De lá até aqui, o mundo mudou. E se o mundo muda, o administrador também precisa mudar. Afinal, como está sabiamente escrito na nossa literatura: é papel desse profissional “planejar, organizar, ajustar e mensurar estratégias e processos” - mas, principalmente, desenvolver pessoas. Aqueles que não evoluem, assim, não são capazes de desenvolver ninguém.

Então fica aqui a grande questão: como os administradores brasileiros têm se desenvolvido?

Ao contrário do que tem se ouvido cada vez mais na internet, a formação acadêmica é muito importante. Ela tem um peso incomparável em sua formação, enquanto profissional e como ser humano. É na faculdade que você, administrador, constrói suas bases.

Mas, há outra verdade: um administrador que para de aprender quando se forma, inevitavelmente, vai se tornar uma antítese de si. Um administrador que não aprende todos os dias, é um anti-administrador. Isso porque, quando falamos de Administração, quem não contribui para o avanço é motor da ineficiência.

A bem da verdade, temos de ser sinceros: o Brasil está cheio de anti-administradores. Alguns com diploma, outros que sequer já ouviram falar em Peter Drucker, pai fundador da Administração. E isso é muito ruim. Atrevo-me a dizer que é uma das raízes mais profundas do nosso atraso.

O 9 de setembro rememora a origem da profissão. Mas lembre-se de que ser administrador não é ter um diploma ou um registro. Muito menos é ocupar um cargo de direção. Cadeira, caneta, título, nada disso administra.

Administrar é conduzir pessoas e organizações sempre pelos melhores caminhos, aos melhores destinos. E isso só se faz com aprendizado contínuo, com o olhar aberto ao novo e com os ouvidos atentos às pessoas que estão à volta.

A forma como consumimos se transforma a todo instante. Na era dos hologramas, metaversos e NFTs, a própria noção de realidade foi posta em xeque. Isso afeta como vivemos e nos comunicamos. Somos seres novos a cada dia em que acordamos.

Aquele indivíduo que aprende um ofício, consegue um emprego e trabalha nele até o fim da vida, é um item raro e não será mais produzido. Somos hoje um mundo regido pela urgência, pela vontade de mudar, pelo desejo de fazer e ser mais. E o mais fascinante: daqui a cinco ou 10 anos, tudo será muito diferente outra vez.

Regendo essa complexa orquestra, que ganha novos instrumentos a todo instante, está o administrador. Se ele não segue aprendendo as novas músicas que a banda toca, é incapaz de segurar a batuta. Administrar é, antes de tudo, nunca parar de aprender. Se não é isso, é Anti-administração. 

 

Leandro Vieira - fundador e CEO do Administradores.com e do Administradores Premium, primeiro streaming de lifelong learning do Brasil.

  

Administradores

https://administradores.com.br/


No Mês da Árvore, Ibema lança projeto de reflorestamento estratégico no Paraná

Ibema Florestal surge como fonte de insumos, absorção de CO2 e desenvolvimento do setor de árvores plantadas 

 

A fim de fomentar o desenvolvimento do setor de árvores plantadas no Brasil, a Ibema anuncia uma novidade que marca o Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro: a plantação massiva de árvores de reflorestamento no interior do Paraná. “O reflorestamento de árvores de eucalipto e pinus ficou estagnado nos últimos anos. Por isso, inauguramos a Ibema Florestal, que nasce com o propósito de preservar e fomentar essas espécies no estado”, explica a diretora de Supply Chain da Ibema, Irlene Demeneck.

Para a companhia, esse é um grande passo, não só por fornecer um importante insumo para a região de Turvo, mas especialmente por se tratar de uma iniciativa significativa de recuperação econômica da atividade florestal na região. “O Paraná tem potencial e terras em abundância para conviver em harmonia com os diversos setores do agronegócio, além de garantir o equilíbrio ambiental e sustentável para a economia local”, aponta a diretora.

A primeira área destinada para esse fim foi adquirida em maio de 2022. São 2,2 hectares, onde serão plantadas 1,9 milhão de mudas, próximo ao município de Turvo (PR). Trata-se de uma fazenda de pasto, cujo solo foi recuperado e adaptado para o plantio de árvores, iniciado em setembro. Foram necessários ainda investimentos em infraestrutura para o preparo das estradas e do solo.

“Além de sermos certificados FSC, temos um profundo respeito pela natureza e seu impacto nos setores sociais, ambientais e econômicos”, pondera Irlene.

Em todo o processo, desde a escolha da semente até a colheita, são seguidos rigorosos padrões estabelecidos pelo FSC. “Contamos com parceiros de negócio reconhecidos pela sua competência e que nos ajudam no desenho da estratégia de formação do ativo florestal e sua gestão.”

Além do investimento já realizado, a Ibema planeja trabalhar também com o sistema silvipastoril, que combina o uso estratégico de árvores, pastagens e gado, um cultivo que já é praticado na região em perfeita harmonia com a mata nativa da fazenda e que tem trazido ótimos resultados.

A plantação de pinus, eucalipto e outras espécies gera cerca de US$ 10,3 bilhões para o saldo da balança comercial brasileira (2019), de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Além disso, o setor de árvores plantadas absorve cerca de 1,88 bilhão de toneladas de CO2eq¹ da atmosfera todos os anos, contribuindo para a mitigação do aquecimento global.

Em breve, mais informações sobre esse importante investimento da Ibema! 

#Ibema #ESG #Florestal #Papelecelulose #Ibá #FlorestasPlantadas

 

 

Ibema

 www.ibema.com.br.

 

VLI protocola dois novos pedidos de autorização ferroviária

Os trechos somam mais de 200 quilômetros e movimentarão investimentos estimados em cerca de RS 5 bilhões

 

Apoiadora do desenvolvimento e da transformação da logística nacional, a VLI – controladora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) – protocolou dois novos pedidos de autorização na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).  Os trechos somam mais de 200 quilômetros e movimentarão investimentos estimados em cerca de RS 5 bilhões para ligar as cidades de Correntina a Arrojolândia e Barreiras a Luís Eduardo Magalhães, todas no oeste da Bahia. As autorizações se conectarão a grandes projetos públicos estruturantes em curso: os trechos I e II da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), possibilitando o escoamento da carga da região de forma eficiente e sustentável ao porto de Ilhéus. As propostas agora seguem trâmites internos na ANTT e no Ministério da Infraestrutura para posterior assinatura de contrato de adesão. Após esta etapa, a companhia passará à realização de estudos técnicos de engenharia, socioambiental e análises de viabilidade, para, com os resultados, seguir com execução dos projetos. 

“Os novos projetos que protocolamos reforçam a presença da VLI na Bahia, onde já operamos por meio da FCA. Com as possibilidades trazidas pelo novo marco legal das ferrovias, além de garantir a continuidade dos serviços já prestados pela FCA durante seu contrato atual de concessão, comprovamos nosso propósito de contribuir com o desenvolvimento do futuro da logística baiana e de todo o Brasil”, afirma o presidente da VLI, Ernesto Pousada. 

Uma vez executados, os projetos de autorização entre Correntina e Arrojolândia e Barreiras a Luís Eduardo Magalhães terão 83 e 141 km, respectivamente, ambos em bitola larga. O oeste da Bahia é uma referência no agronegócio nacional, sendo que a soja ocupa cerca de 65% da área total cultivada na região. O volume corresponde a 5% da produção nacional e 58% da produção da região Nordeste. As culturas de milho e algodão também se destacam. 

A VLI considera o modelo de autorização uma inovação positiva para dar celeridade a iniciativas relevantes, estimular a expansão e o aumento de capilaridade da malha ferroviária, além de ampliar a competitividade dos serviços ofertados aos clientes. A companhia foi pioneira em apresentar projetos sob este novo regime ainda em 2021, com contratos de adesão já assinados para a construção e operação dos trechos ligando Lucas do Rio Verde a Água Boa (MT); Uberlândia a Chaveslândia (MG); e Estreito a Balsas (MA) – todos atualmente na fase de estudos técnicos. Com os novos trechos protocolados, a companhia já soma mais de 1.200 km em projetos de autorização.

 

Sobre a VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no país, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Bicampeã do prêmio Valor Inovação, na categoria “Logística e Transportes”, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Uruoca, no interior do Ceará, avança e se torna o 3º maior IDEB do país.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. 

O município de Uruoca, na região semiárida do Ceará, se colocou entre os 03 municípios com o melhor IDEB do país nas séries finais e o 15º lugar nas séries iniciais. 

 

Os resultados foram divulgados nesta última sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em evento na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. 

 

O IDEB é o principal indicador de qualidade da Educação do Brasil, sendo divulgado a cada dois anos. Sua avaliação considera o índice de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep, o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira.

 

Os resultados obtidos pelo município de Uruoca são frutos do trabalho desenvolvido pela secretaria da educação, escolas municipais em parceria com a CREDE 04 de Camocim e do investimento da gestão municipal, como: ampliação da velocidade de internet nas escolas, expansão de internet nas comunidades rurais com o projeto alunos conectados, materiais estruturados para todos os alunos da rede, ampliação da jornada com as escolas de tempo integral com oficinas no contraturno, visitas domiciliares para os alunos que participavam das aulas com material impresso, formação para os professores com oficinas de metodologias ativas, intensificação das visitas do programa com a equipe do Busca Ativa, além de investimentos em infraestrutura. 

 

Para o gestor do município, Kennedy Aquino, o avanço é resultado do trabalho coletivo entre profissionais, gestão e comunidade. “Esses avanços somente são possíveis pelo trabalho conjunto entre gestão, profissionais da educação e comunidade. São frutos de muito trabalho, que indicam que estamos no caminho certo, garantindo um futuro melhor para nossas crianças e adolescentes”, ressalta.  

A cidade, que tem cerca de 14 mil habitantes, obteve um salto significativo durante a pandemia, diferente de outros municípios do país: saltou de 5.2 em 2019, para 7.7 em 2021, nas séries finais.


Exercícios mal feitos podem causar diástase

O afastamento dos grandes músculos abdominais é mais comum em grávidas, mas também ocorre em pessoas que praticam exercícios de forma errada e sedentários 



Engana-se quem pensa que a diástase, afastamento dos grandes músculos abdominais, só acontece em mulheres grávidas. Qualquer pessoa pode ser acometida por este problema, inclusive homens. Mas o que muita gente não sabe, é que praticar exercícios físicos de forma incorreta pode causar esta patologia. Além de incômodos estéticos, como a flacidez na região da barriga, a diástase também pode resultar em hérnia e dor lombar.

“É comum recebermos pacientes que malham bastante com diástase, especialmente fisiculturistas. Os principais exercícios que, se feitos errados, podem ocasionar este prolapso são abdominal, agachamento, levantamento de peso e prancha. Isso acontece devido ao aumento da pressão intra-abdominal, que acaba dissipando para outro lugar, podendo inclusive resultar em incontinência urinária”, esclarece a fisioterapeuta Priscila Pschiski, proprietária da clínica Pelvic Funcional.

Para evitar que isso ocorra, é necessário usar a musculatura abdominal de forma correta, recrutando o transverso do abdômen. “Nós utilizamos o método Dra. Pelvic, um tratamento exclusivo e eficiente que trabalha de forma integral os sistemas para que a pessoa consiga usar os músculos corretamente na hora certa e com a intensidade certa”, explica Priscila Pschiski.

O Método Dra. Pelvic se baseia em desenvolver os 5 C’s: consciência corporal; coordenação perineal e TRA (Transverso do abdômen); controle do diafragma; contração correta do assoalho pélvico e condicionamento físico e performance.

As gestantes são as que mais sofrem com a diástase. Cerca de 60% apresentam esta condição na gravidez. Pessoas sedentárias também podem ter os músculos abdominais distendidos em função da fraqueza e da flacidez na região. "A falta de exercícios traz fraqueza não só para o abdômen, como também para toda cadeia muscular que ajuda na postura e, sendo assim, a pessoa vai gerar uma postura ruim e desfavorável, podendo causar diástase”, afirma a especialista.

Segundo Priscila, é muito importante todas as pessoas fazerem uma avaliação da musculatura abdominal e do assoalho pélvico, pelo menos, uma vez ao ano. “O brasileiro não tem essa consciência, assim como fazemos check-up no cardiologista, também precisamos avaliar o funcionamento desta região para prevenir problemas”, finaliza.

Hormônio do exercício protege os rins contra danos do diabetes

Constatação foi feita por pesquisadores da Unicamp por meio de experimentos com ratos e cultura de células renais humanas. Resultados divulgados na revista Scientific Reports mostram que a irisina, substância liberada durante a prática de atividade física, evita a degeneração celular que leva à nefropatia diabética e à insuficiência renal (imagem: acervo dos pesquisadores)

 

Liberada pelo tecido muscular durante a prática de atividade física, a irisina é a mais recente esperança dos cientistas para proteger os rins de pessoas diabéticas dos danos causados pela progressão da doença. A substância, também conhecida como hormônio do exercício, é considerada pelos cientistas como um dos principais mensageiros químicos responsáveis pela longa lista de benefícios proporcionados pela atividade física regular ao organismo humano.

Após uma sequência de experimentos, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não apenas confirmou os benefícios da substância aos rins como descreveu, pela primeira vez, de que maneira ela pode prevenir os estragos renais produzidos pelo diabetes. Silenciosa, a doença atinge entre 20% e 40% dos diabéticos. Ao provocar danos nos vasos sanguíneos, artérias e veias que irrigam os rins, conduz à insuficiência renal crônica.

“Nós constatamos que o exercício aeróbico está associado a um aumento da irisina muscular na circulação sanguínea e também nos rins, conferindo nefroproteção”, explica o médico José Butori Lopes de Faria, do Laboratório de Fisiopatologia Renal e Complicações do Diabetes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM-Unicamp) e orientador de Guilherme Pedron Formigari, primeiro autor do estudo.

O trabalho, publicado na revista Scientific Reports, teve apoio da FAPESP.


Metodologia

O primeiro passo dos pesquisadores foi induzir o diabetes em ratos com oito semanas de idade e medir indicadores de danos renais, como a presença de albumina na urina. A perda dessa proteína é sinal de que as células renais já começaram a sofrer os efeitos do diabetes. Os animais foram separados em três grupos – controle, diabéticos sedentários e diabéticos exercitados (submetidos a treinamento físico em esteira rolante por oito semanas).

“Vimos que o exercício aeróbico está associado ao aumento da irisina no tecido muscular e na circulação sanguínea, bem como ao aumento da enzima AMPK [proteína quinase ativada por monofosfato de adenosina, que atua como sensor metabólico das células] nos rins, conferindo nefroproteção”, disse Faria.

Na segunda etapa, a equipe injetou medicamentos nos roedores diabéticos e exercitados para bloquear a ação renal da irisina. A deficiência da substância coincidiu com o bloqueio dos efeitos benéficos do exercício, como a redução de albumina na urina e a menor expressão de substâncias que atuam na fibrose dos glomérulos (a unidade do rim que faz a filtragem do sangue e a eliminação dos resíduos do metabolismo). “A falta da irisina aboliu os efeitos protetores do exercício ao rim diabético”, escreveram os pesquisadores.

Mais uma prova foi feita com células tubulares renais humanas cultivadas em laboratório para saber se o tratamento com irisina seria capaz de evitar as alterações da glicose elevada. Durante o processo de filtragem feito pelos rins, os túbulos renais reabsorvem e devolvem ao sangue a água, eletrólitos e nutrientes necessários. No teste, eles foram imersos em um meio que simulava as condições do diabetes e continha o hormônio na sua forma recombinante, fabricada pela indústria.

“A resposta foi positiva. Concluímos que o exercício físico aumenta a irisina no músculo e na circulação e que, nos rins, a presença desse hormônio ativa a enzima AMPK, que bloqueia os mecanismos da fibrose renal”, explica Faria.

Em projeto anterior, também apoiado pela FAPESP, o nefrologista havia demonstrado o papel da enzima AMPK na fibrose renal, que resulta de um estado de inflamação crônica das células e faz com que percam sua função.

Neste novo trabalho, os pesquisadores avaliaram o soro humano (sangue centrifugado, sem os glóbulos vermelhos) de diabéticos exercitados e sedentários. Nas amostras de quem se manteve em atividade, a irisina encontrada protegeu o rim e reduziu a lesão das células tubulares expostas a alta concentração de glicose. “Pela primeira vez, podemos afirmar que, no diabetes, o eixo irisina/AMPK induzido pelo exercício físico protege as células renais dos efeitos da alta glicose”, concluíram os autores.

Identificada por biólogos da Universidade de Harvard (Estados Unidos) há uma década, a irisina tem sido alvo de muitos estudos que visam desvendar seus mecanismos de ação. Pesquisas com roedores já mostraram, por exemplo, que esse hormônio também é importante para a formação da memória e a proteção dos neurônios em roedores com enfermidade semelhante ao Alzheimer, entre outros benefícios (leia mais em: revistapesquisa.fapesp.br/hormonio-do-exercicio-pode-evitar-a-perda-de-memoria/).

O artigo Renal protection induced by physical exercise may be mediated by the irisin/AMPK axis in diabetic nephropathy pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-022-13054-y#Ack1.

 

 

Mônica Tarantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/hormonio-do-exercicio-protege-os-rins-contra-danos-do-diabetes/39608/

 

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