Pesquisar no Blog

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Torção de bicamada de grafeno gera um novo tipo de ligação molecular

Os átomos mostram-se localmente como se estivessem isolados uns dos outros, mas por causa de correlações quânticas não locais a estrutura ainda apresenta um caráter molecular. Resultado foi obtido em estudo teórico conduzido na Unesp (imagem: Antonio Seridonio/Unesp

 

A “twistrônica” é uma variante da eletrônica que descreve o que acontece quando duas folhas de grafeno, quase bidimensionais, são empilhadas e, mantido o empilhamento, uma delas é girada sobre a outra. Quando a torção (twist em inglês) entre as folhas atinge um ângulo específico, chamado de “ângulo mágico”, que vale cerca de 1,1 grau, a bicamada torcida de grafeno (TBG, do inglês twisted bilayer graphene) passa a apresentar uma competição de dois comportamentos antagônicos: isolante e supercondutor.

O fenômeno foi obtido experimentalmente por um grupo de pesquisadores liderado por Pablo Jarillo-Herrero no Departamento de Física do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos. E descrito em artigo https://www.nature.com/articles/nature26160 publicado na revista Nature em 2018.

Um novo estudo, desta vez teórico, obteve, no lugar dos estados isolante e supercondutor, um outro estado possível: o metálico. O trabalho foi realizado com apoio da FAPESP pela equipe coordenada pelo professor Antonio Seridonio no Departamento de Física e Química da Universidade Estadual Paulista (DFQ-Unesp), em Ilha Solteira. Os resultados foram recentemente publicados no periódico 2D Materials.

“No estado isolante, tecnicamente chamado de ‘estado isolante de Mott’, a interação elétron-elétron é repulsiva e dominante. A repulsão dificulta o transporte eletrônico pelo sistema e isso caracteriza a condição de isolamento elétrico. Já no estado supercondutor, ocorre um comportamento contraintuitivo, que é a atração entre os elétrons. Isso gera um novo portador de carga, o chamado ‘par de Cooper’, composto por dois elétrons que fluem juntos pelo material sem dissipação de energia, o que define a supercondutividade”, explica Seridonio.

E continua: “No estado metálico, considerado em nosso trabalho, o TBG não apresenta um gap entre a banda eletrônica de valência [aquela preenchida por elétrons] e a banda eletrônica de condução [aquela que apresenta espaços vazios]. Porém, como o material tem um número periódico de átomos, seus espectros discretos de energia se superpõem e dão origem a espectros contínuos, com energias infinitamente próximas umas das outras.”

Para melhor caracterizar esse estado metálico, o estudo considerou a adsorção de impurezas na super-rede de moiré gerada pelo movimento relativo das duas folhas. O termo “moiré”, de origem francesa, vem da tecelagem e designa um tipo de tecido de padrão ondulado. Em física, é usado para nomear os padrões de interferência que se formam quando duas redes são sobrepostas e rotacionam uma em relação a outra. A expressão “super-rede” é utilizada no caso porque esse padrão de interferência se apresenta em uma escala de tamanho muito maior do que a da rede de grafeno [figura A].

“O que encontramos foi um novo tipo de ligação molecular covalente. A ligação covalente usual é aquela em que átomos da molécula compartilham elétrons devido à superposição de seus orbitais atômicos. Porém, na ‘torção mágica’ da bicamada de grafeno, esse cenário se modifica drasticamente quando um campo elétrico é aplicado ao sistema. O campo quebra a simetria de inversão dos ‘cones de Dirac’ e possibilita a emergência de um estado molecular atomicamente frustrado. Neste, os átomos mostram-se localmente como se estivessem isolados uns dos outros, mas, por causa de correlações quânticas não locais mediadas pela super-rede de moiré, eles ainda apresentam um caráter molecular”, informa Seridonio.

Aqui, é preciso abrir um parêntese para explicar o significado dos “cones de Dirac”. Assim nomeados em referência ao físico britânico Paul Dirac (1902-1984), que deu contribuições fundamentais para o desenvolvimento da mecânica e da eletrodinâmica quânticas, essas superfícies cônicas, semelhantes a ampulhetas, descrevem as configurações eletrônicas de certos materiais, como o grafeno e outros, em níveis específicos de energia. As metades superior e inferior da ampulheta representam cones que correspondem às bandas de condução e de valência, respectivamente. Estas só se encontram nos pontos centrais, chamados de “pontos de Dirac”.

“Para entendermos melhor o papel dos cones de Dirac e do campo elétrico no aparecimento da ligação molecular que encontramos em nosso estudo é interessante fazer uso de uma analogia. Imaginemos os cones de Dirac como as duas metades de uma ampulheta com seus vértices unidos em um único ponto. Esse ponto é o marco zero de energia, onde só cabe um grão de areia, mas que se encontra vazio no início, devido à ausência de um campo elétrico externo. Chamamos esse ponto vazio, sem grão, de ‘pseudogap’ ou ponto de Dirac”, afirma Seridonio.

E prossegue: “O cone superior, de ponta-cabeça, faz o papel da banda de condução e está equilibrado pelo vértice do cone inferior, que emula a banda de valência. Esse último cone, por sua vez, encontra-se plenamente preenchido por areia até uma altura logo abaixo do ‘pseudogap’ e representa o número ideal de elétrons do sistema. Como temos duas folhas de grafeno formando o TBG, há duas ampulhetas nessa condição [figura B]. No ‘ângulo mágico’, é como se as ampulhetas ficassem perfeitamente achatadas, pois a inclinação dos cones torna-se zero. O campo elétrico fecha o ‘pseudogap’, preenchendo-o com areia, e o achatamento dos cones comprime todos os níveis de energia moleculares nesse ponto, onde só cabe um grão, que corresponde ao nível de energia zero [com o achatamento total dos cones, sua representação gráfica fica reduzida a uma linha horizontal; a figura C mostra uma situação de transição, em que os cones aparecem achatados, mas não completamente].”

O pesquisador acrescenta que, estando os cones achatados, a configuração eletrônica não sai do nível zero de energia. Todo o espectro molecular é reduzido a um único estado quântico de energia zero. E torna-se robusto nesse sentido. A molécula “tenta” dissociar-se em átomos independentes, mas “não consegue”, pois os níveis de energia encontram-se altamente “espremidos” pelo colapso dos cones de Dirac. Assim, a molécula se torna “atomicamente frustrada”.

“Esse tipo de configuração é chamado de ‘modo zero de energia’. E, se o aumento progressivo da magnitude do campo elétrico não for capaz de remover esse modo, que fica cravado no zero indefinidamente, ele se torna imune a perturbações externas e é considerado ‘robusto’. A robusteza é um dos principais requisitos para a realização de uma computação quântica topológica”, ressalta Seridonio.

O estudo em pauta, coordenado por Seridonio, faz parte da pesquisa de doutorado de William Nobuhiro Mizobata, autor principal do artigo e aluno da Pós-Graduação em Ciência dos Materiais do DFQ-Unesp. Contou com a participação dos doutorandos José Eduardo Cardoso Sanches e Willian Carvalho da Silva, além do mestre Mathaus Penha e do graduando Carlos Alberto Batista Carvalho. Colaboraram ainda os professores Valdeci Pereira Mariano de Souza (Unesp de Rio Claro) e Marcos Sérgio Figueira da Silva (Universidade Federal Fluminense – UFF).

O artigo Atomic frustration-based twistronics pode ser acessado em: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/2053-1583/ac277f. Também está disponível no repositório arXivhttps://arxiv.org/abs/2110.04909.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/torcao-de-bicamada-de-grafeno-gera-um-novo-tipo-de-ligacao-molecular/38624/

domingo, 15 de maio de 2022

Tênis no trabalho: especialista ensina como aliar conforto e estilo em ambiente corporativo


Freepik

Michelle Castro, influenciadora de moda e parceira da 5àsec, indica quais modelos são ideais para montar um visual formal e descontraído para o trabalho

 

O tênis deixou de ser sinônimo de um item exclusivo para prática de atividades físicas. Atualmente, em um mercado vasto e diversificado, o calçado se tornou aliado para manter o estilo e conforto em diferentes ocasiões, principalmente de mulheres que em um ambiente corporativo, por exemplo, tinham que usar saltos no dia a dia e em grande parte do tempo, com o objetivo de manter uma vestimenta sofisticada. Com modelos de salto alto, médio e baixo, sem cadarço, adereços, como fivelas e cores de diferentes tonalidades, o tênis é uma aposta para um look formal e, ao mesmo tempo, despojado. De acordo com Michelle Castro, economista, influenciadora de moda corporativa e parceira da 5àsec, o tênis se tornou um ‘coringa’ no vestuário da mulher. 

“O calçado pode ser usado no trabalho e, em seguida, incorporado a um happy hour. Por trazer conforto, é um aliado e tanto na rotina diária. Apostar em um tênis de cor mais neutra, como o off white, transforma um look mais sério em uma composição atual, leve e descontraída, por exemplo. Cores de paleta pastel são mais indicadas para não sobrepor as roupas e acabar sendo uma opção certeira no visual”, detalha Michelle. 

A alfaiataria é, sem dúvida, um conceito de roupa que esbanja elegância e cortes refinados, além de ser a opção principal de muitas executivas para o ambiente de trabalho. Hoje em dia, não só com sapatos sociais as peças vestem bem, já que determinados modelos de tênis transitam muito bem com este tipo de vestimenta. Calçados sem cadarço, como slip on ou mocassins, são ideais para trazer uma combinação harmônica. Segundo a consultora e parceira da 5àsec, outro modelo de tênis que combina com as composições formais são aqueles com solados aparentes. Com este tipo de calçado, o indicado é usar com calças mais modernas, como pantalona e pantacourt. Neste último caso, é possível apostar em modelos de tênis que deixem o peito do pé à mostra e que permitem alongar a silhueta da mulher. 

“Além das calças, o tênis também combina com bermudas de alfaiataria e vestidos, pois quebra um pouco da formalidade da composição. Um modelo de calçado que já fazia muito sucesso e hoje está em alta é o All Star, que pode ser um coringa e que transita perfeitamente entre todas as opções de roupas, cabendo em look com calças, bermudas, vestidos e saias, além de ter uma variedade de cores e tipo de materiais, como o couro”, comenta Castro. 

Para deixar o visual mais completo, lembre-se dos acessórios que trazem um visual mais harmônico para a composição. As semijoias são alternativas para valorizar ainda mais a imagem. Brincos e colares grandes são ideais para trazer um ponto de destaque na vestimenta. Neste caso, é recomendado usar as peças com roupas de cores lisas. Esta dica também vale para os tênis. Evite as estampas para não tumultuar e criar ‘brigas’ entre as tendências. Outra dica é usar lenços para incrementar o visual, principalmente nas bolsas, para criar uma combinação que seja aliada à tendência e, ao mesmo tempo, seja funcional.

 

5àsec 

Instagram: @5asecBr


Amamentação sem preocupação: você sabe quais roupas são ideais para essa fase?

 Stylist explica como adaptar o guarda-roupa ou investir em peças versáteis


O período de amamentação geralmente dura mais tempo do que a gestação, mas nem sempre é priorizado na hora de investir em novas roupas. Para otimizar as compras nesse momento, vale a pena pensar em peças que possam conciliar o conforto para a gravidez e a praticidade para o pós-parto. Outra opção é aproveitar looks que já estão no guarda-roupa e que podem ser adaptados em versões funcionais para a hora de amamentar.

No restaurante, na casa de parentes ou até no avião, a roupa para a amamentação deve ser versátil para facilitar os movimentos. É por isso que a consultora de moda, Camile Stefano, indica que as blusas com botões devem ser as queridinhas do closet das novas mamães. “Aquele cardigã de botões que já temos no armário e normalmente é usado aberto por cima das blusas, com os botões fechados e sem nada por baixo, torna-se a parte de cima ideal para amamentar”, ensina. A mesma lógica serve para os blazers ou kimonos, roupas que podem ser usadas como peças únicas, e não apenas como sobreposição. 

Os vestidos são uma ótima pedida, já que não marcam os sutiãs de amamentação e também dão conforto para o corpo no período pós-parto. A stylist alerta, no entanto, que nem todos os modelos são facilitadores na hora de dar de mamar. “Os vestidos com botões, estilo chemise, com zíperes frontais ou decotes em ‘V’ são os mais indicados. Já as peças fechadas e com mangas compridas tendem a complicar os movimentos”, explica. 

Ao comprar roupas novas para a gestação, o ideal é já pensar nos cortes que serão funcionais para a amamentação. A especialista aconselha o investimento em dois tipos de decote que garantem estilo e também praticidade. “O recorte transpassado e o ombro a ombro, conhecido como ‘ciganinha’, aparecem nos vestidos, nas blusas de verão e também nos tricots para os dias de frio. Além de serem lindos, são super adaptáveis ao tamanho dos seios e da barriga”, aconselha. 

A atenção precisa estar também nos tecidos. Camile alerta que materiais planos e rígidos, como o linho, não são recomendados. “A malha é a melhor opção, pela maleabilidade e facilidade para esticar a peça na região do colo”, detalha.

Para finalizar, a consultora de imagem separou quatro sugestões de peças estilosas para o período da amamentação (e também após essa fase!):


 1- As peças com recorte transpassado são o must-have: dá pra usar antes, durante e depois do período de amamentação.

                                                                        Pinterest

 

2- O vestido com decote ombro a ombro, ou “ciganinha”, foi o escolhido pela atriz Blake Lively

                                                                         Pinterest

 

3- O cardigã fechado estilo blusa é uma peça coringa para a amamentação

                                                                       Pinterest

 

4- As camisas largas são uma opção versátil e confortável para a gravidez e também para o período posterior:

                                                                           Pinterest

Camile StefanoPós-graduada pela Universidade Belas Artes (SP), a consultora de imagem paulistana é especialista em visagismo, coloração, etiqueta e perfumaria. Possui mais de seis anos de experiência na área e, hoje, ministra palestras, cursos e workshops direcionados para imagem pessoal e corporativa. Em sua trajetória, Camile auxilia mulheres na busca pelo autoconhecimento e na melhoria da autoestima, compartilhando seu conhecimento no Instagram, em perfil com mais de 40 mil seguidores.


Especialista em consultoria de imagem fala sobre mudança de estilo após os 40 anos

 Há ainda o momento de inserir itens mais elaborados de acordo com a carreira e profissão escolhidas

 

Muitas mulheres, quando chegam aos 40 anos, começam a se questionar sobre o que vestir, se as roupas ainda são adequadas. Surgem dúvidas sobre o comprimento das roupas, os decotes e até sobre as estampas. Há ainda insegurança sobre o que realmente cabe vestir após atingir a maturidade.

Porém, essa não é uma realidade para todas as mulheres. Para algumas, se vestir após os 40, 50, 60 anos está totalmente ligado a quem elas são e não sentem essa a diferença no visual. Quando uma mulher se veste de acordo com quem ela é, a partir de seu gosto pessoal, de seus objetivos de vida, e reconhece claramente sua identidade e o que quer transmitir através de sua imagem, essas mudanças comuns da imagem pessoal acontecem naturalmente e sem esforço.

 Da mesma forma que na infância as mulheres usam vestidos, babados e laços, ou na adolescência se vestem com ousadia, experimentando novas possibilidades ou ainda apostando na dupla, jeans e a camiseta. Há ainda o momento de inserir itens mais elaborados de acordo com a carreira e profissão escolhidas, ou também após o casamento quando algumas mulheres não se sentem mais tão vulneráveis, pois já estão em um relacionamento estável e por isso se vestem de forma mais coberta e comedida. Ou ainda após a maternidade com as mudanças do corpo, mas também a imagem e objetivos que deseja transmitir aos filhos e à família. Ao chegar aos 40 anos, muitas são aquelas que estão iniciando uma nova fase de vida e está adequação de vestimenta se faz necessária.

A consultora de imagem e personal stylist Karol Stahr dá detalhes sobre essa fase na vida da mulher “Isso não quer dizer que ela vai mudar todo seu guarda-roupa, ou que vai se cobrir totalmente, como se nada mais funcionasse nessa nova fase. E, para cada mulher, isso ocorre de forma única. Existem mulheres que sentem a necessidade de mudar totalmente, principalmente se ela passar por uma crise de meia idade, que a faz refletir sobre quem era e quem se tornou e sente como se a pessoa que ela foi até os 40 já não cabe mais na pessoa que ela quer ser dali em diante. E o saudável é que a vestimenta acompanhe essa mutação. É uma fase conhecida como metanoia, comum para muitas mulheres. Porém, nem todas as mulheres passam por essa transformação. Algumas mulheres vivem apenas uma mudança leve, imperceptível.

Dessa forma, as roupas também não mudam muito. Dizer que é preciso mudar a forma como se veste após os 40 seria apenas mais uma ditadura sobre o que vestir, transformando um ser individual em mais do mesmo, padronizando o visual de todas as mulheres após a maturidade. E essa é a fase de libertação. É o momento em que a mulher se sente mais confiante para se afirmar e se posicionar de forma clara e segura. O segredo está na adequação, não na anulação. Muitas mulheres querem se anular por completo e acreditam que devem vestir o personagem dos 40 anos, ao invés de adequar seu estilo a essa nova estação, o que gera confiança sobre quem são e, consequentemente, sobre o que vestem”, explica a especialista.

Na sociedade atual que é cheia de diversidade e liberdade, as mulheres têm total liberdade de se vestirem como desejam e se sentem livres, à vontade, únicas. Essa adequação de imagem e estilo tem a ver com estilo e bom senso, não com regras. Da mesma forma que inserimos dress code para ambientes distintos, como também o visual é transformado durante os anos, com a chegada da maturidade é natural pensar em uma imagem que transmita mais credibilidade, respeito e imponência. Desde a qualidade das roupas, estampas mais selecionadas, nos comprimentos não tão curtos e nas roupas com menos sensualidade.

A mulher, ao alcançar a idade adulta, é mais segura de si e não sente a necessidade de exibir curvas, mas prefere mostrar sua posição através de um visual mais imponente e com muita credibilidade. E esse visual não quer dizer que é careta ou antiquado, pelo contrário. Ele é extremamente atual e de muita qualidade. Essas são as chaves para um visual maduro na medida certa.

 


Karol Stahr - Personal stylist e consultora de imagem

https://www.karolstahr.com

Instagram: @karolstahr


Moda: descubra como aplicar a colorimetria no seu dia a dia

Valesca Sperb Lubnon, professora do curso de Design de Moda do Unipê, explica os fundamentos da colorimetria e como identificar a melhor cor para cada tom de pele

 

Existem cores de roupas que combinam mais com a gente e outras que podem até mudar o nosso humor. Mas afinal, por que isso acontece? A resposta pode estar por trás da colorimetria: essa ciência quantifica e descreve fisicamente a percepção humana da cor. O conceito é aplicado em áreas diversas, e no caso da moda, tem vários usos: ajuda a estruturar a paleta de cores de coleções de roupas e acessórios e é base para a técnica de Análise Cromática, muito utilizada por consultores de imagem pessoal e profissionais de styling.

Nesse cenário, a análise cromática estuda as cores naturais da pele, dos olhos e dos cabelos para identificar a paleta de cores que irá compor os itens do vestuário. A professora Valesca Sperb Lubon, do curso de Design de Moda do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, diz que para saber qual é a paleta que melhor realça a beleza do tom de pele de cada pessoa, é preciso antes analisar os subtons.

“Nossa pele possui uma tonalidade aparentemente homogênea, porém, cada uma é composta de forma única e se comportará diferente quando vestida por determinadas cores. A definição do subtom é indiferente à cor da pele, portanto, não há regra de que peles brancas sejam de subtom frio, ou que pele pardas e negras sejam de subtom quente”, comenta.

Assim, a professora explica um modo simples para classificar cada subtom, e que foi criado em 1976 pelo dermatologista norte-americano Thomas B. Fitzpatrick, diretor do departamento Dermatologia da Escola de Medicina de Harvard. É a classificação feita a partir da capacidade que cada pele tem de se bronzear, incluindo a sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol. Confira:

- Pele que fica bronzeada após banho de sol:  subtom quente;

- Pele que fica avermelhada após banho de sol: subtom frio;

- Pele que tem dificuldade de pegar cor (nem bronzeia nem fica avermelhada): subtom neutro.

“Outra técnica utilizada por profissionais para avaliar o subtom é observar as cores das veias que aparecem próximo à pele. Quando ela é esverdeada, o subtom da pele é quente. Caso ela seja azulada, o subtom é frio. E caso tenha veias esverdeadas e azuladas, o subtom é considerado neutro”, explica Valesca.

Ou seja: com o subtom quente, roupas de cores com o mesmo conceito, como o dourado, vermelho, laranja, roxos avermelhados e amarelos, são os ideais. Mas se seu subtom é frio, as melhores cores são os azuis, verdes e roxos azulados. E é importante lembrar que a análise cromática não visa criar regras do que é certo ou errado de vestir: a ideia é valorizar nossas características individuais com dicas – em geral, o uso de um tom oposto tem efeito em um visual menos impactante e harmonioso,

Assim, a harmonização cromática de looks e maquiagem valoriza a beleza natural de cada pessoa, enaltece seus traços, deixa o olhar mais brilhante e a pele luminosa. Tudo isso rejuvenesce e descansa instantaneamente a nossa aparência, “resultando em mais autoconfiança e liberdade de expressão através da vestimenta”.

Estudante de Design de Moda do Unipê, André Ricardo da Silva Nascimento faz um paralelo com a maquiagem. “O maquiador faz essa arte no seu dia a dia, ele vê os rostos como telas em branco para executar suas obras, escolhendo com cuidado as cores que irão dar ainda mais destaque ao olhar e à beleza da cliente. E notamos que quando não nos sentimos bem com uma maquiagem é provavelmente devido ao mau uso das cores e dos tons. Utilizar os tons corretos é algo fundamental para que a make fique bonita, harmoniosa e evidencie os pontos fortes do rosto da pessoa maquiada. Além disso, dominar os tons é algo essencial para que vários truques possam ser feitos, deixando a cliente muito mais satisfeita.”

Valesca aconselha: só um consultor em imagem pessoal ou styling poderá orientar com as melhores modelagens e estilos das roupas para cada ocasião cotidiana. “É importante buscar orientação de um profissional especializado em colorimetria para entender melhor seu tom e subtom de pele e, assim, poder ajudar o profissional de maquiagem a executar um trabalho com mais qualidade, sabendo quais os tons de base, sombras, blush e batons que irão harmonizar mais com você”, pontua André.

 

 

Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ 

 www.unipe.edu.br

 

3 motivos para ser consciente na hora de se vestir


A moda responsável já domina o mercado há muitos anos, mas nem todos conhecem o real motivo e importância deste nicho não só para a hora de se vestir, mas para o planeta. Dados de uma pesquisa internacional, mostram que o setor deve passar de 6,3 bilhões de dólares em 2019 para $8,2 bilhões de dólares em 2023. Entre 2025 e 2030, esse número pode chegar a 15,2 bilhões de dólares, mostrando que essa causa já faz parte do futuro da indústria da moda.

O termo eco fashion vêm ganhando novos adeptos ao longo deste período, e fazendo com que a preocupação com o meio ambiente se torne algo real, e não apenas uma bandeira levantada por alguns. Aderindo a essa tendência, uma empresa têxtil do interior paulista decidiu apostar em peças femininas produzidas com tecido biodegradável.

A FICALINDA aplica o conceito em todo o processo de produção de um tecido, englobando práticas menos poluentes e que minimizem o impacto ambiental ao longo da criação e existência de uma peça.

A CEO da marca, Rosana Polachini explica como funciona a ideia na prática: “O tecido das peças FICALINDA é fabricado com fio AMNI SOUL ECO, o primeiro fio de Nylon 6.6 biodegradável do mundo. Isso garante boas práticas ambientais ao longo da cadeia produtiva, ausência de toxidade para a pele e para o meio ambiente.”


Veja abaixo 3 motivos para ser consciente:


1 – Rápido período de decomposição: O tecido das peças FICALINDA é biodegradável, com isso demora menos em média 3 anos para se decompor se descartado em aterro sanitário, ao passo que os demais tecidos demoram de 15 a 20 anos.


2 – Peças atemporais: Os modelos das blusas, as cores e estampas são atemporais e não caem de moda nunca, o que faz com as peças sejam ecofashion não só no tecido, mas na eternização do uso, pois elas sempre farão parte da tendência.


3 - Praticidade: O tecido de uma FICALINDA não exige o uso do ferro de passar, além de secar com muita facilidade. A peça também agrega valor e versatilidade aos looks que todas as mulheres têm no guarda-roupa para diversas ocasiões.


E aí? Que tal entrar para o nosso time?



FICALINDA

www.ficalinda.com.br

Instagram: @fica_linda 

Lavar roupa em lavanderia é sinônimo de economia na conta de água

Utilizar serviços de lavanderia profissional pode gerar ao cliente economia de 40% no consumo de água


De acordo com a Sabesp, cerca de 21% do valor da conta de água é resultado da lavagem de roupa doméstica. Um levantamento do Sindicato Intermunicipal das Lavanderias do Estado de São Paulo (Sindilav) aponta que uma lavagem de roupas de uma família composta por quatro pessoas consome 5.400 litros de água por mês. Como mudar esse cenário? A resposta pode ser encontrada no custo-benefício que as lavanderias profissionais proporcionam aos consumidores.

O uso dos serviços de lavanderia profissional passou a desmistificar a ideia de ‘gasto extra’ e se tornou sinônimo de ‘custo-benefício’ para muitos consumidores. Considerando a base apresentada pelo levantamento do Sindilav, com quatro pessoas em uma família, a economia de água ao utilizar o serviço de lavanderia profissional é de 40%. A mudança de hábito também está associada a rotina corrida, distribuída entre casa, trabalho, estudos e, até mesmo, pouco espaço no lar para ter uma lavanderia.

Aos poucos, a cultura por lavar roupa fora de casa se molda aos costumes do brasileiro, seja pela higienização adequada de diferentes tipos de roupas e tecidos ou pela praticidade e economia, poupando também o consumo de água e energia elétrica.  “Os consumidores brasileiros estão se adaptando aos serviços de lavanderia profissional diante não apenas das vantagens, mas também da economia que proporciona ao lar no fim do mês. Além disso, há a questão sustentável, pois as máquinas industriais consomem menos água e lavam uma maior quantidade de roupa em comparação com as máquinas domésticas. Há também um controle em relação ao descarte dos resíduos”, afirma José Previero, especialista em higienização da Quality Lavanderia.

 

Quality

www.qualitylav.com.br


Pantanal: três dicas para soltar um pouco da Juma Marruá que há em você

A novela de grande audiência nos anos 1990 voltou em 2022 prometendo trazer à tona as pautas que norteiam a vida nesta região do país, com looks que contam com elementos mais rústicos

No ar desde o final de março, o remake da novela Pantanal está dando o que falar nas redes sociais. O grande sucesso da Rede Manchete nos anos 1990 voltou repaginado e, com ele, volta à tona uma antiga proposta de visual, com estampas que imitam a pele de animais selvagens e com a presença de cores como o verde, o laranja e o marrom.

A trama contém uma série de aspectos sobrenaturais, e o mais conhecido deles é a história de que a personagem Juma Marruá se transforma em uma onça-pintada. Passar por uma metamorfose como essa não é possível, mas as cores desse animal tipicamente brasileiro são muito populares em peças de roupa e deverão voltar com tudo neste outono/inverno.

As tendências, portanto, serão muito bem vistas por quem curte um estilo mais rústico de se vestir, misturando texturas da fauna e flora silvestre com pautas como os movimentos sociais e ambientais, além de elementos muito presentes no dia a dia nas fazendas da turma do agro.

Separamos neste texto três dicas para soltar um pouco da Juma Marruá que existe em você nesta estação e arrasar com looks inspirados no sucesso Pantanal. Confira:


Animal print


A cada ano que passa, as estampas animal print, que reproduzem padrões de peles de animais, ganham novas texturas e tonalidades. Na nova versão de Pantanal, Maria Marruá (Juliana Paes) e Juma Marruá (Alanis Guillen) viram onças pintadas para defender o local onde vivem da exploração de pessoas mal intencionadas. 

A proposta da novela de misturar em sua estética as pautas que norteiam as discussões nesta região do país deverá influenciar a forma de se vestir dos brasileiros, aflorando nos fãs um sentimento de orgulho de nossas raízes.

É preciso ressaltar, porém, que tudo em abundância enjoa. Desta forma, o animal print deve estar presente em uma ou outra peça; como uma saia, um casaco, uma bolsa ou um sapato, que podem muito bem combinar com diversas semijoias e um mix de anéis. Por exemplo, a estampa de onça fica legal com joias de tonalidade dourada, enquanto a de zebra é mais indicada para peças de ouro branco ou banhadas a ródio branco.

Em composições mais ousadas, o branco e preto voltam com tudo para balancear e trazer sobriedade aos looks e as joias mais minimalistas são uma aposta mais certeira, com o objetivo de não entrar em conflito com a estampa que já se destaca.

E não é somente a onça que vai virar tendência: tecidos sintéticos que imitam couro, como o de cobra ou o de crocodilo, também deverão passear pelas estações mais frias, na forma de cintos, calçados, bolsas e jaquetas.


Moda country


O estilo western, também conhecido como moda country, é inspirado nos elementos que compõem a paisagem dos rodeios, das festas sertanejas e da vida no campo no interior do Brasil.

Uma série de grandes marcas já adotou em seus desfiles peças como camisas country, chapéus e botas, e a tendência vista nas redes sociais é o uso cada vez mais frequente de acessórios do tipo. O chapéu de cowboy, por exemplo, tem sido usado até para compor looks com uma pegada mais street style.

Um look básico, com jeans, camisa e bota country, é considerado uma escolha para sair do óbvio nos dias de hoje, conferindo uma dose de personalidade à composição. As presilhas de cabelo, bem como aqueles acessórios conhecidos como “piranhas”, prometem voltar com muito brilho e podem combinar com joias de tonalidade semelhante.

Os colares chocker, com seus diferentes formatos e materiais, abrem um leque de possibilidades para ousar nas escolhas, enquanto as tão polêmicas franjas podem aparecer de maneira bem mais discreta, como nos brincos, combinando com o animal print de oncinha.


Cores e estampas


Foto: Getty Images/Kevin Winter

Como você viu, peças de roupas como camisas, coturnos, jaquetas, jóias, botas, cintos e bolsas com uma pegada mais rústica deverão ganhar espaço nos guarda-roupas dos brasileiros nos próximos meses e, com elas, quem deverá voltar é o preto.

Peças na cor preta deverão aparecer de maneira mais agressiva, assim como outras nas cores verde – como naquele tom que usou Beyoncé na cerimônia do Oscar 2021 – e também marrom e laranja, trazendo uma nova roupagem para a estação.

Quanto às estampas, será possível notar vestidos, calças e blusas com estampas liberty; aquelas com flores bem pequenas, geralmente em fundos pretos ou azuis. Roupas com trabalhos artesanais também estão em alta, bem como o sempre presente xadrez, que desta vez deve aparecer mais intenso, em cores como o amarelo, o vermelho e o laranja.

A vida na região do pantanal brasileiro, as questões sociais, a fauna e a flora local, a música tradicional, e ainda os conflitos desta parte do país, deverão se misturar em um grande caldeirão audiovisual que promete pautar as discussões dos brasileiros e lançar tendência em 2022. Portanto, prepare-se e aproveite o que esses elementos podem contribuir para o seu look.


Não é só na praia: Confira dicas para usar shorts masculinos nas ruas

A MIC Fun aponta algumas combinações perfeitas para a peça

 

Shorts masculinos não servem apenas para serem usados na praia. Eles são um peça para compor um look irado em diversas ocasiões. 

 

Antes de mais nada, a marca de vestuário MIC Fun explica a diferença de short e bermuda. 

 

O short tem o comprimento na metade da coxa, um pouco acima ou um pouco abaixo, geralmente tem cordão para ajuste da cintura, é feita com tecido bem leve, como algodão, linho, nylon ou poliéster; tem o caimento mais solto para facilitar os movimentos e garantir o conforto.

 

A MIC Fun diz que é possível usar shorts estampados ou com cores fortes. Mas tudo depende de como o visual será montado, para que haja harmonia e que o resultado final seja estiloso. 

Por mais que as cores do short sejam chamativas, é possível quebrar o visual com a parte de cima e os calçados. Já os estampados é importante pensar que ele deve ser o grande destaque do look, prezando que as outras peças sejam o mais discretas possíveis. Uma camiseta básica de cor neutra (preta ou branca) ou tons pastéis é o ideal.

 

A MIC Fun indica usar no ambiente urbano a combinação de short com camisetas básicas (lisas ou com alguma estampa monocromática). Mesmo com shorts com tema tropical ou floral, a camiseta ajuda a deixar o combo mais controlado, sem exageros.

 

Dá para usar os shorts com camisas também. As de linho são uma ótima dica. Mas nem pense em usar a peça com tecidos pesados, fique com as de tricoline leve.

 

Shorts de linho, chino, alfaiataria e sarja caem bem com camisetas de gola polo e camisas de mangas dobradas. Eles são ideias até para dias casuais no trabalho, em que é liberado o uso.

 

Para shorts de tactel e moletom, a melhor combinação são as camisetas de malha

 




         


 Imagens: Divulgação


E você, já conhece os tecidos em alta deste ano?

Mantendo diversas tendências das últimas estações, o linho, o moletom, o cetim e o tricot são grandes apostas para aqueles que querem estilo e conforto em seus looks


Mais importante do que a roupa em si é o tecido utilizado durante a sua confecção. Mantendo diversas tendências das últimas estações, alguns deles ainda continuam em alta neste ano e devem ser grandes apostas para estar presentes no guarda-roupas da população. Em sua maioria, os looks trarão elegância e conforto para quem os veste, quesitos cada vez mais exigidos pelos consumidores.


Linho, moletom, cetim, tricot e o – tradicional – algodão são alguns dos tecidos que continuam presentes em diversas ocasiões e nas araras da Mark at Place – uma loja conceito no Criciúma Shopping. Mantendo a linha que foi adorada por muitos, as peças versáteis podem – em sua maioria – ser utilizadas ao longo de todas as estações, apenas com algumas adaptações conforme a temperatura.


 

Versáteis

 

Presente na vida das pessoas há muito tempo, o algodão seguirá com a moda comfy – que cresce a cada dia que passa. Um fato interessante é que uma versão orgânica desse fio está sendo cada vez mais utilizada por marcas que possuem um viés sustentável. E seguindo essa pegada, o moletom traz diversas opções que podem ser utilizadas desde o inverno até o verão, mudando somente as cores e estampas, que sofrem alterações conforme o tempo.


Trazendo a ancestralidade, bem como um efeito rústico e sofisticado, o linho segue sendo um tecido coringa. Por ser feito com fibras naturais, se torna leve e traz uma sensação de frescor, o que também faz dele uma ótima opção para dias mais quentes. “Mesmo que o nude seja o preferido, existem diversas outras opções de cores que estão sendo utilizadas, como o verde, o lilás, o azul e os tons terrosos”, completa Helen Moraes, gerente de varejo do Grupo EZOS – do qual a Mark at Place faz parte.


 

Tricot e cetim

 

Dois tecidos que se revolucionaram e têm sido muito utilizados nos quatro cantos do mundo, o tricot e o cetim já mostraram toda a sua força. O primeiro, muito utilizado com as candy colors, transmite modernidade e estilo. “Por conta da variedade de fios na sua composição, proporciona uma proposta de peças que sejam leves e rendadas, tirando a ideia de que o fio serve somente para cachecóis”, afirma Helen.


Já o outro, com cores vibrantes, ganhou lugar de destaque em algumas vitrines com lindos vestidos, camisas ou croppeds. Com um brilho delicado, o cetim virou uma febre no mundo da moda e passou a ser utilizado por várias celebridades. “Mesmo o design sendo relativamente simples e clean, ele favorece todas as curvas do corpo. O segredo, para quem desejar utilizar peças desse tipo, é apostar nos acessórios”, pondera a gerente de varejo.


A Mark at Place está localizada no Criciúma Shopping e quem quiser conferir as novidades pode ir até o estabelecimento, de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h. Já nos domingos e feriados, o atendimento funciona das 14h às 20h.

  




Texto e fotos: Catarina Bortolotto

Mark at Place

 

Posts mais acessados