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segunda-feira, 21 de março de 2022

Como a guerra na Ucrânia pode amadurecer o agronegócio brasileiro?

Sem qualquer indício de término ou ao menos amenização, a guerra na Ucrânia está desencadeando impactos consideráveis em setores vitais para a economia mundial. No mercado brasileiro – mesmo geograficamente distante, a movimentação no agronegócio vem gerando crescente preocupação perante produtores nacionais, diante da possível falta de mercadorias e empecilhos de importação. Mesmo em um cenário inevitavelmente preocupante, estamos diante de um momento propício para um amadurecimento do setor, a partir de procedimentos societários como reorganizações societárias e, medidas protetivas como estratégias de superação e continuidade dos negócios.

Em uma análise exclusiva dos efeitos da guerra, estamos presenciando uma retomada significativa do fluxo comercial internacional, marcada pela manutenção da taxa cambial como reflexo da maior atividade comercial dos países. As ofertas e demandas para exportação se elevaram, com foco no mercado de commodities e, em particular, as agropecuárias associadas à oferta de alimentos – segmento muito estratégico no contexto da pandemia. Em uma projeção feita pelo World Bank, a recuperação econômica internacional passou de um índice negativo de -8,3 em 2020, para um resultado positivo de +8,3 em 2021, com perspectivas ainda positivas para este ano, estipuladas para uma média de +6,3.

Na iminência de ser impactado, as principais perdas para o agronegócio brasileiro se enquadrariam na redução de safras e, impossibilidade de cumprir com as suas obrigações em âmbito interno e externo, gerando impacto direto na receita – com redução do fluxo de caixa pelo baixo faturamento e não cumprimento dos contratos firmados. Em uma ampla gama de ataques, a melhor proteção ao agronegócio brasileiro é a prevenção. É o momento ideal de voltar a atenção às operações internas, buscando as melhores alternativas que possam solidificar o negócio de forma sadia e compreendendo as opções viáveis para cada caso.

Muitos países já estão enfrentando dificuldades em suprir a demanda internacional em produtos básicos para a cadeia nacional – carência que evidencia a busca por novos negócios que atendam ao mercado. Nesse contexto, dentre as ações mais recomendadas, a reorganização societária é uma das mais benéficas – seja captando investimentos ou buscando entendimentos com outros produtores, no intuito de minimizar tais impactos, em procedimentos típicos de reorganização societária, como fusão ou incorporação.

No caso específico da renegociação de contratos, é imprescindível a revisão minuciosa dos instrumentos e, para captação de investimentos, a certeza de um compliance interno e regularidade operacional (certidões), garantindo segurança na captação de novos aportes ou obtenção de crédito no mercado.  Caso a estratégia não se mostre possível, é importante verificar qual a margem de crédito do negócio para renegociá-lo junto a bancos – ação que também demandará, além das possíveis medidas societárias, um estudo contábil e financeiro, a fim de selecionar a opção que traga o fôlego esperado ou pretendido à operação.

As exportações também se mostram opções favoráveis como estratégia de sobrevivência para reduzir os impactos da guerra no agronegócio. Em dezembro de 2021, inclusive, bateram recorde, com cerca de US$ 9,88 bilhões movimentados, segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) – quantia 36,5% superior ao de 2020. O fluxo esperado para este ano é otimista – mas, sua adoção deve ser avaliada para cada caso. O produtor deve analisar se seu negócio está pronto para iniciar uma operação internacional, se possui perspectivas positivas financeiramente e, principalmente, o que precisa adaptar para viabilizar tais operações – tanto em uma análise interna quanto na obtenção de licenças que permitam a exportação de produtos ou insumos para o mercado externo.

As possíveis ações são recomendadas para agricultores dos mais diversos portes e linhas de produção – cada qual, com seu devido procedimento e pontos de atenção voltados para o seu nicho e amplitude de negócio.

Em meio à um panorama mundial preocupante, os investimentos no agronegócio ainda serão os grandes focos para este ano. As renegociações farão parte das estratégias para a manutenção saudável das atividades, sendo esperado ainda um crescimento nas exportações em razão da manutenção cambial. Ações conjuntas aliadas à revisão e possível reestruturação do modelo de negócio poderão sustentar um novo olhar acerca dos caminhos protetivos a serem tomados, neste cenário de tantas incertezas.

  

Thais Cordero - advogada e líder da área societária do escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br/pt

 

Compra na planta: quatro dicas para reformar sem dor de cabeça

A adaptação do apartamento à realidade do consumidor exige cuidados antes mesmo da entrega das chaves 

 

O mercado imobiliário registrou alta de quase 26% nos lançamentos em 2021 em relação ao ano anterior. Foram quase 266 mil novas unidades, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A oferta acompanha a demanda crescente. No mesmo período, as vendas subiram 12,8% para 261,4 mil unidades. E a procura por imóveis na planta continua como uma das opções mais buscadas. 

“Como em todo investimento, há vantagens e desvantagens de adquirir um imóvel na planta, mas temos identificado a preferência por este tipo de aquisição de um ano para cá. Registramos um aumento de 40% na procura para obras em apartamentos novos no início deste ano”, diz Danilo Duarte, cofundador da Conecta Reforma, startup que conecta proprietários de imóveis com prestadores de serviço para execução de grandes reformas. 

Tradicionalmente, o imóvel na planta costuma atrair a atenção de quem deseja conquistar a moradia própria ou investir e, ao mesmo tempo, economizar. Isso porque o valor pode ser de 20% a 25% mais em conta se comparado aos apartamentos já prontos. Ao mesmo tempo, o apartamento não está pronto para morar e vai exigir mudanças que requerem atenção. Confira os principais pontos a serem observados: 

 

1 - Planejamento financeiro

Ao decidir comprar um apartamento na planta deve-se ter em mente que o gasto não vai se limitar à entrada e às prestações do financiamento, pois o imóvel precisará passar por uma reforma na entrega, seja mais simples ou mais detalhada. O comprador deve pensar no custo versus o benefício. “Uma das questões a se observar, por exemplo, é a qualidade do material e sua durabilidade. Neste sentido, o barato pode sair caro. O ideal é que o orçamento contemple produtos de primeira linha, para que a pessoa não se arrependa e precise fazer uma nova reforma em pouco tempo, gastando mais”, diz Duarte. 

 

2 - Projeto arquitetônico

Ao contrário do que muita gente pensa, alerta o especialista, o projeto arquitetônico não é um custo supérfluo, mas um investimento importante, que vai dar previsibilidade de como a casa vai ficar. Além disso, melhora o planejamento e o cronograma da obra, quantifica corretamente os materiais e minimiza os erros, proporcionando economia para o proprietário. 

O ideal é encontrar um profissional entre quatro e seis meses antes da entrega das chaves para iniciar o projeto. Caso o apartamento não esteja pronto, o cliente precisa ter, no mínimo, a planta baixa, um desenho técnico em escala que mostra o espaço como se fosse visto de cima. Além disso, deve-se buscar um responsável na construtora para obter informações essenciais à elaboração do projeto. 

 

3 - Vistoria

Antes de entregar as chaves, a construtora costuma agendar uma visita com o morador. “Nesta vistoria, certifique-se de que todos os itens acordados com a construtora para entrega estejam em perfeito estado. Após essa etapa, a construtora pode não garantir reparos ou manutenções”, recomenda Duarte.

Também é na vistoria o melhor momento para levar o arquiteto no imóvel, pois ele vai poder fazer as medições e adiantar o projeto enquanto o proprietário não recebe as chaves. Se não for possível fazer a medição do imóvel, o projeto é elaborado com base na planta enviada pelo cliente e no futuro, após ele receber as chaves, é feita uma conferência. Caso haja uma alteração muito significativa, pode ocorrer um reajuste no valor do projeto e no prazo de execução. Em média, a obra demora até quatro meses para ficar pronta.

 

4 - Busca de garantias

É recomendável contratar uma empresa especializada em reformas para ter a garantia de que os prazos serão cumpridos e de que os profissionais são certificados. É importante buscar referências, conhecer trabalhos executados e exigir a documentação ART, que é anotação de responsabilidade técnica

 

 


5 itens opcionais que valorizam o carro

Banco de imagens

 Além de conforto, itens garantem um preço justo na hora da venda 

 

Alguns cuidados ao escolher o novo veículo podem fazer toda a diferença na hora da revenda. São itens que garantem uma menor desvalorização.

Esses opcionais, além de ter alta procura pelos compradores, deixam o veículo ainda mais cobiçado.

De acordo com Carlos Eduardo Barros, superintendente do AutoShopping Internacional Guarulhos, “o consumidor que busca um seminovo brilha os olhos com opcionais como teto solar, faróis de milha e telas multimídias. Eles já chegam dispostos a pagar um valor maior para ter um carro mais completo e confortável”.

Mas afinal, quais são esses opcionais? Barros dá 5 dicas na hora de escolher os melhores para o seu carro. Confira:

1- Teto Solar -  Além de status e estilo, o telo solar também se encaixa na categoria conforto. Esse opcional faz toda a diferença em um país como o nosso. Ter um teto solar significa curtir a brisa do Verão 40 graus.

2- Trio elétrico – Ter vidros, travas e ajustes do retrovisor elétricos, além de comodidade, pode trazer segurança. Afinal, quem nunca ficou se perguntando se realmente fechou a janela do carro, não é mesmo?

3- Computador de bordo – Essa tecnologia já está aplicada nos carros há alguns anos e permite que o condutor tenha rápido acesso a todos os dados necessário sem tirar a atenção do motorista enquanto conduz o veículo, além disso é um importante aliado na hora de saber como o carro está, para não ser pego de surpresa em caso de problemas.

4- Câmeras e sensores - Dos opcionais que mais chamam atenção, as tecnologias de assistência na hora de dirigir, como os sensores de ré e câmeras ao redor do veículo são um dos mais desejados. Tudo isso garante segurança, conforto e melhor dirigibilidade.

5- Telas Multimídias - Cada dia mais populares, essas “telinhas” transformam aquele antigo rádio comum em GPS, bluetooth, sensores de estacionamento, conector direto com o celular e até mesmo DVD, facilitando a vida de quem está dirigindo e transformando viagens longas em algo divertido. 

 

Shopping Internacional Guarulhos
Endereço: Rua Anton Philips, 1 – Vila Hermínia – Guarulhos – saída 225 da via Dutra, sentido Rio de Janeiro
Horário: Segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, sábado, domingo e feriados, das 9h às 18h
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Crise dos insumos agrícolas já afeta safra 2022/23 e pode ser agravada devido aos impactos dos conflitos na Europa

 Especialistas em informações do mercado agrícola avaliam o cenário de insumos nos últimos meses e apontam desdobramentos futuros

 

A crise dos insumos agrícolas já afeta a safra 2022/23 e uma possível intensificação dos problemas é motivo de preocupação para o agronegócio brasileiro. Isso se deve ao fato de que boa parte das matérias-primas que compõem fertilizantes e defensivos agrícolas utilizados em território nacional são importadas da China, Rússia e Índia. Por sua vez, esses países vêm enfrentando obstáculos para manter o ritmo de produção, além de estarem limitando os embarques pela necessidade de priorizar o abastecimento local. Além disso, as rupturas na cadeia de suprimentos, a inflação e os custos de produção da atividade, em patamares cada vez mais elevados, devem aumentar ainda mais em consequência do conflito entre Rússia e Ucrânia no Leste Europeu.

Dr. Bob Fairclough, Especialista em Tendências Globais da Kynetec, empresa de pesquisa de mercado especializada em saúde animal e agricultura, destaca que os produtores de todo o mundo estão percebendo que há um desafio na cadeia de suprimentos e que nem sempre poderão contar com insumos que desejam e na época mais adequada. “O problema é mais agudo nas Américas, mas o novo cenário internacional pode trazer reflexos mais intensos também em outras localidades”, alerta.

Fairclough pontua que atualmente nos EUA os estoques podem ser considerados baixos, especialmente para herbicidas à base de glifosato, glufosinato, dicamba, 2,4-D e atrazina; e para os inseticidas bifentrina e lambda-cialotrina. Já no Canadá, há registros da falta de glifosato. No Brasil, por sua vez, os produtores relatam o desabastecimento de atrazina, diquat e cada vez mais de glifosato. Fora das Américas, embora os níveis de estoque estejam mais baixos que o usual, ainda não há uma situação de desabastecimento que acarretaria em uma crise de insumos.

No entanto, Camila Guimarães que lidera a área de negócios Crop Subscription da Kynetec Brasil, afirma que o cenário internacional é desafiador para o agronegócio brasileiro, considerando não somente o desabastecimento, mas também a alta dos preços. Isso porque os insumos agrícolas, a depender do cultivo, podem representar até 60% do custo de produção atualmente e, sendo o país tão dependente das importações, é fortemente impactado pela oferta restrita e elevação de preços. Este cenário reflete mudanças no comportamento de adoção dos agricultores no ciclo 2022/23, além de desafiar as margens da atividade no campo. “Mais do que nunca a palavra eficiência operacional deverá fazer parte do agronegócio brasileiro. Todos que atuam na cadeia agro, passando por indústrias de insumos, canais de distribuição, produção agrícola e tradings, devem buscar melhoria de processos”, diz Camila Guimarães.

Desta forma, para se manter como importante mercado produtor de alimentos e gerador de riqueza, o agronegócio brasileiro deverá se reinventar, buscando aumentar a capacidade local de produção de fertilizantes, além de um uso mais inteligente dos insumos agrícolas.


Alguns dados sobre o momento - Dados levantados pela Kynetec revelam diferentes nuances sobre a situação. No caso dos fertilizantes de solo, a oferta está limitada globalmente, na atual safra, devido às crises energéticas tanto na Ásia quanto Europa, reduzindo as cotas de exportação. Outro agravante é a falta de containers que ainda repercute nos preços dos fretes marítimos. Entre o janeiro de 2021 e janeiro de 2022, os preços em reais por tonelada de alguns desses insumos, como MAP, KCl e Ureia, aumentaram acima de 140%, como mostram dados de levantamento no MT da CONAB, com risco de crescimento futuro. No caso dos defensivos, o preço de importação de diversas moléculas como glifosato, acefato, atrazina, malathion está mais caro pela falta de suprimentos, com um acréscimo em reais que foi de 13,0 a 77,1%, entre janeiro e outubro de 2021, para acefato e glifosato, respectivamente (de acordo com estudo e consolidação da Kynetec, com base em informações de ComexStat, Cogo e desk research). Assim, com o aumento nos custos desses insumos, espera-se um maior custo de produção para as indústrias sementeiras, o que deve ser repassado ao agricultor. Com a alta da inflação neste cenário, espera-se uma evolução de preços das sementes ao redor de 20,0 a 25,0%.

O custo de produção dos itens de nutrição vegetal também sofreu um reajuste intenso, considerando a limitação de oferta e preços de algumas de suas matérias-primas. No entanto, apenas parte desse valor deve ser repassado para a ponta durante a temporada 2022/23, sinalizando um aumento de preços na ordem de 20%.

Já os biodefensivos devem sofrer menor impacto. Com a produção concentrada na indústria nacional e local, e domínio dos players sobre o suprimento de micro e macro-organismos, espera-se um menor aumento de preços frente a outros mercados. A variação deverá ser fruto do aumento de inflação e da demanda mais aquecida pelos bioprodutos, principalmente aqueles com potencial de substituição parcial dos químicos.

A Líder de Crop Subscription da Kynetec Brasil enfatiza ainda que as turbulências no cenário internacional, em especial relacionadas ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, podem agravar a crise global de insumos agrícola e elevar ainda mais esses números. “O acesso ao petróleo e ao gás natural da região da Ucrânia certamente será afetado por uma indisponibilidade temporária ou permanente. E além do petróleo, trigo e milho já registram forte alta em suas cotações, uma vez que a região é importante produtora e exportadora dessas commodities e uma possível redução de oferta reajusta os preços para cima. Há também importantes plantas de fertilizantes na região, que provavelmente terão sua produção afetada. Rússia e Belarus respondem por aproximadamente um quarto dos fertilizantes importados pelo Brasil, o que traz um risco direto e imediato para o Agro nacional”, completa.


Possíveis soluções – A longo prazo, não há dúvidas de que o agronegócio brasileiro tem tecnologia para implementar técnicas que possibilitem substituir, ao menos parcialmente, insumos químicos por orgânicos e organominerais, diminuindo a dependência das importações. No entanto, a curto prazo, a solução não é tão simples.

Camila Guimarães explica que em algumas classes de insumos, como biodefensivos, fertilizantes foliares e biofertilizantes, a indústria nacional tem condições de se adaptar e suprir mais fortemente a demanda. Isso porque são produtos que contam com participação maior de matérias-primas de origem nacional, alguns até com matriz de produção 100% local. “Mas é preciso ter em mente que quanto mais complexo é o produto, mais complexa é sua cadeia de suprimentos, envolvendo matérias-primas de diferentes regiões do mundo. Neste cenário, a maioria dos insumos agrícolas está em cadeias globais, por conta da disponibilidade de minérios e gás natural, por exemplo”, detalha. “Isso reforça nossa visão sobre o possível redirecionamento de produtores rurais brasileiros em busca de fontes locais de nutrição ou de técnicas de manejo que visem o uso mais inteligente de insumos”, finaliza.

 

 

Kynetec

https://www.kynetec.com/pt

 

Corrente de comércio do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos cresce 13,3% em fevereiro

 Exportações tiveram alta de 30,8% e o saldo da Balança Comercial apresentou superávit no valor de US 7,6 milhões


A corrente de comércio do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) atingiu US 114,2 milhões em fevereiro de 2022, registrando um aumento de 13,3% na comparação com o mesmo período de 2021 (US 100,8 milhões). Já o saldo da Balança Comercial apresentou superávit no valor de US 7,6 milhões, revertendo o saldo deficitário de fevereiro de 2021, que foi de US 7,6 milhões.

As exportações da Indústria de HPPC alcançaram o valor de US 60.9 milhões em fevereiro de 2022, registrando um crescimento de 30.8% em relação ao mesmo período do ano anterior (US 46.6 milhões). Já as importações totalizaram US 53.3 milhões, apresentando redução de 1,6% em comparação a fevereiro de 2021 (US 54.2 milhões).

Os Sabonetes foram os itens mais exportados no mês de fevereiro/2022 (US 15.7 milhões) e em seguida, aparecem Produtos para Cabelos (US 14.6 milhões) e Produtos de Higiene Oral (US 6.2 milhões). 

De acordo com João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC, os dados de exportações do setor de HPPC de fevereiro deste ano, são os maiores desde 2014. “As empresas brasileiras do nosso setor avançaram com oportunidades para acesso ao mercado internacional e ampliaram seus negócios nas duas principais categorias de exportação do setor, sendo que os sabonetes tiveram suas exportações mais concentradas nos países da América Latina, enquanto os Produtos para Cabelos foram comercializados para mercados mais diversificados, como EUA, Portugal e Oriente Médio”, explica Basilio.


Balança comercial do setor de HPPC fecha primeiro bimestre de 2022 em alta 

O setor já havia registrado resultados positivos no mês de janeiro de 2022, quando a balança comercial fechou com superávit de U 3.1 milhões. No primeiro bimestre do ano, as exportações do setor de HPPC alcançaram o valor de US 114.5 milhões, uma alta de 29,8% em relação ao mesmo período de 2021 (US 88.2 milhões). Em importações, o resultado total foi de US 103.8 milhões, redução de 3,6% em comparação ao período de janeiro-fevereiro do ano anterior (US 107.7 milhões). 

A corrente de comércio entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano alcançou a cifra de US 218.3 milhões, representando aumento de 11,4%, sobre o mesmo intervalo de 2021, quando totalizou US 195.9 milhões. O saldo comercial de janeiro-fevereiro/2022 foi superavitário em US 10.7 milhões, revertendo o saldo deficitário registrado no mesmo período de 2021 (US - 19.5 milhões).

 

Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC)


Projeto reduz invisibilidade social de pessoas com Síndrome de Down

 

: Shutterstock

Preconceito impede autonomia para realização de atividades rotineiras, dificultando, inclusive, o vínculo afetivo, afirma especialista do CEJAM 

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que cerca de 300 mil brasileiros vivem atualmente com Síndrome de Down. A condição genética, causada pela presença de um cromossomo extra, pode ser diagnosticada ainda no útero materno.

Caracterizada por olhos oblíquos, rosto arredondado e pés e mãos menores, a diferenciação física torna-se coadjuvante na vida deste público, já que é o preconceito o principal obstáculo para que tenham uma vida normal.

Nesse sentido, o Dia Internacional da Síndrome de Down, lembrado em 21 de março, foi criado com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de integrar o grupo à sociedade e ajudar a minimizar as dificuldades do dia a dia.

“O preconceito impede que estas pessoas alcancem o desenvolvimento da autonomia e independência durante a vida, seja para trabalhar, desenvolver habilidades acadêmicas e até mesmo manter o vínculo afetivo”, afirma o Supervisor Técnico de Saúde Fernando Lemos Vila Nova.

Fernando pertence à Estratégia Acompanhante de Saúde da Pessoa com Deficiência (APD) Campo Limpo, um serviço desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", para promover a inclusão de pessoas com deficiência intelectual – Síndrome de Down, Autismo e Paralisia Cerebral – na sociedade, reduzindo a invisibilidade por meio do empoderamento pessoal e da cultura.

O serviço conta com uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e acompanhantes, que realiza saídas com os pacientes para eventos, parques, palestras e oficinas.

“Nosso foco é dar suporte à socialização, por meio da ampliação do repertório cultural e de vida aos pacientes, sempre com foco no desejo e solicitação do mesmo. Realizamos, inclusive, ações de estímulo à autonomia no domicílio.”

Atualmente, o CEJAM gerencia as equipes Capão Redondo, Campo Limpo e M'Boi Mirim, na zona Sul da capital paulista. Segundo Fernando, cada grupo é responsável pelo atendimento mensal de cerca de 70 pessoas, totalizando 210 pacientes.

O Supervisor Técnico ressalta que o acompanhamento é realizado com o propósito de incentivar o desenvolvimento cognitivo em todo o círculo de vida destas pessoas, inclusive sensibilizando e conscientizando os que não possuem nenhuma destas condições.

“Seja em território ou nas residências dos pacientes, nossas ações de orientação e acompanhamento têm como objetivo evidenciar a autonomia e independência dos pacientes, destacando sempre a importância de serem protagonistas da sua própria vida.”

Qualquer pessoa com Síndrome de Down ou autismo pode participar da Estratégia APD. Em casos de pessoas com deficiência intelectual, é necessário que os pacientes possuam um grau considerado leve ou moderado.

A inserção de novos pacientes é feita via Sistema Integrado de Gestão de Atendimento (SIGA), presente nas unidades onde os acompanhamentos acontecem ou por meio de busca ativa dentro dos territórios de abrangência dos bairros Capão Redondo, Campo Limpo e M'Boi Mirim.
 

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

Prazo para regularizar dívidas do Simples é ampliado

Thinkstock
As micro e pequenas empresas terão até 29 de abril para aderirem ao Refis, que permite renegociar as pendências com condições especiais

 

O prazo de regularização do Simples Nacional foi prorrogado para abril. Em reunião realizada nesta sexta-feira, 18/03, o Comitê Gestor do Simples Nacional prorrogou o prazo que encerraria dia 31 março, para 29 de abril. A ampliação atende a pedido dos empreendedores e era defendida pela rede de Associações Comerciais.

Nesta sexta-feira também foi regulamentado o Refis do Simples, que oficialmente é chamado Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos (Relp). O Diário Oficial da União promulgou a Lei Complementar nº 193/2022, que institui um programa de renegociação de dívidas para micro e pequenas empresas do regime simplificado.

Ambas as conquistas são resultado direto do trabalho e do empenho da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), das Associações Comerciais e do vice-presidente da Facesp e deputado federal, Marco Bertaiolli, que capitaneou a mobilização em prol da classe empreendedora.

Durante live nas redes sociais para anunciar as novidades, Bertaiolli afirmou que cerca de 500 mil micro e pequenas empresas terão a oportunidade de regularizar a situação, seguir de portas abertas e preservar o emprego de um milhão de trabalhadores.

“O Refis é a oportunidade para que o empreendedor organize suas dívidas, preserve os empregos e, principalmente, continue trabalhando e correndo atrás do prejuízo causado pela pandemia”, disse Bertaiolli, que foi o relator do Refis na Câmara Federal.


CONDIÇÕES PARA O REFIS

A adesão ao refinanciamento será feita exclusivamente de forma on-line, por meio do Portal da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no período de 1º a 29 de abril. O site para solicitar o refinanciamento é: https://www.regularize.pgfn.gov.br/.

Pela plataforma, os contribuintes poderão fazer simulações e verificar o refinanciamento mais adequado.

A adesão ao Refis é permitida para as microempresas, incluídos os microempreendedores individuais, e as empresas de pequeno porte, inclusive as que se encontrarem em recuperação judicial, optantes pelo Regime do Simples Nacional.

Poderão ser quitados os débitos do Simples Nacional, vencidos até fevereiro de 2022 e de acordo com a possibilidade e o caixa de cada empreendedor. É possível, por exemplo, parcelar a entrada em 8 vezes e o restante do débito em até 180 vezes e o desconto nos juros e multas pode chegar até 90%.

O valor mínimo de cada parcela mensal será de R$ 300, exceto no caso dos microempreendedores individuais, cujo valor será de R$ 50.


Cleber Lazo  

Repórter Facesp cleber.lazo@facesp.com.br

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/prazo-para-regularizar-dividas-do-simples-e-ampliado


ASBRAV alerta para importância do cuidado rigoroso na instalação em altura de equipamentos de ar condicionad

 

Divulgação
Qualquer trabalho neste enquadramento exige uma série de cuidados para evitar as quedas.

 

A instalação de equipamentos de climatização tem se tornado cada ano mais frequente, por conta da necessidade de conforto nos ambientes internos. O alerta da ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação é para que sempre sejam cumpridas com rigor as medidas de segurança nos casos de apartamentos que estão em andares superiores.

“A falta de qualidade, comprometimento e responsabilidade no mercado podem custar muito caro. Segurança deve estar acima de tudo”, alerta o especialista Luis Fernando Wolmann, associado da ASBRAV que atua no segmento.

O cuidado fundamental é nunca permitir que o instalador atue pendurado do lado de fora da janela ou suspenso no próprio equipamento que está sendo instalado. A prática é totalmente irregular e traz sérios riscos. Convém lembrar que ao contratar esse instalador ou empresa o cliente passa a ser também responsável por tudo que acontecer. Por isso é importante ficar atento e não ter receio de solicitar que as medidas de segurança sejam de fato adotadas.

Para edificações que estão sendo construídas uma alternativa importante é a chamada “linha de vida”, que pode ser um pino fixado ou chumbado na parede. Estes elementos permitem que o profissional possa se fixar à estrutura por um cinto de segurança.

  

Marcelo Matusiak


Produtor inadimplente pode ficar de fora de novo Programa de Pagamento por Serviços Ambientais em SP

Segundo Bueno, Mesquita & Advogados, proprietários rurais com áreas embargadas e em desacordo com o Código Florestal devem regularizar situação para aproveitar benefícios do Decreto 

 

Produtores rurais com áreas embargadas, bem como aqueles com inadimplência em relação a compromissos assumidos com base no Código Florestal, podem ficar de fora do Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PPSA), que entrou em vigor em São Paulo no último dia 8 de março. O alerta é do Bueno, Mesquita & Advogados, escritório especializado em Direito Agrário e Ambiental, que também recomenda aos proprietários rurais regularizar eventuais créditos não quitados no Cadin Estadual para aproveitar os benefícios desta nova política pública.

O PPSA foi criado visando a implementação da Política Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PEPSA), instituída por meio do Decreto 66.549. Na avaliação do escritório, o novo ordenamento é fundamental para conectar o agronegócio às oportunidades de uma nova economia verde. Isto porque, segundo o decreto, serviços como conservação de floresta e dos recursos hídricos, recuperação de áreas degradadas e até sistemas de manejo como o plantio direto serão compensados financeiramente ao produtor rural.

A PEPSA fica instituída em consonância com a Política Nacional de Pagamentos de Serviços Ambientais, de que trata a Lei federal nº 14.119, de 13 de janeiro de 2021. Em São Paulo, sua gestão será coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA). O novo programa terá o objetivo de incentivar ações em benefício dos serviços ecossistêmicos, tais como conservação de ecossistemas, restauração de vegetação nativa, redução de emissões por desmatamento, captura de carbono, entre outras.

De acordo com o Bueno, Mesquita, poderão participar do programa como provedores de serviços ambientais pessoas físicas e jurídicas que comprovem uso ou ocupação regular do imóvel a ser contemplado e a adequação deste à legislação ambiental, podendo ser assinado um Termo de Compromisso de Adequação Ambiental com obrigações e os prazos para adequação à legislação ambiental.

O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é instrumento econômico voluntário pelo qual um pagador de serviços ambientais transfere a um provedor desses serviços recursos financeiros ou outra forma de remuneração. Sendo assim, produtores rurais que recuperam ou protegem recursos naturais passam a ser remunerados por um serviço até então prestado de maneira gratuita.

Se enquadram como pagadores de serviços ambientais o poder público, organização da sociedade civil ou agente privado, pessoa física ou jurídica. A lei federal permite ainda que sejam captados recursos de fontes como agências multilaterais e bilaterais de cooperação internacional. O pagamento ao produtor pode ser efetuado com repasse direto (monetário ou não), por meio da prestação de melhorias sociais a comunidades rurais e urbanas, como efeito de compensações vinculadas a certificados de redução de emissões por desmatamento e degradação, via comodato, títulos verdes (green bonds) ou Cotas de Reserva Ambiental.

Para Francisco de Godoy Bueno, sócio fundador do Bueno, Mesquita & Advogados, produtores brasileiros têm feito importantes contribuições para garantia de uma economia sustentável. Porém, é importante criar políticas públicas nos moldes do PPSA para que os custos não recaiam exclusivamente nas costas do setor produtivo nacional. “Para que as contribuições feitas pelo país sejam mantidas, torna-se necessário valorar tais contribuições para que os custos sejam compartilhados, assim como os benefícios de uma economia sustentável”, esclarece o advogado.

 

Mulheres vítimas de violência lançam campanha pela aprovação do Estatuto da Vítima

Coletivo fundado em 2011 para acolher as vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih já reuniu quase 17 mil assinaturas em petição aberta na Change.org; PL é debatido na Câmara 

 

“Somos revitimizadas na sociedade e, muitas vezes, desqualificadas. Basta! Isso precisa mudar!”. O desabafo é das autoras de uma campanha que pressiona os deputados federais pela aprovação do Projeto de Lei 3890/20, que institui o Estatuto da Vítima no Brasil. Considerada “revolucionária” para a condição de “vítima”, especialmente mulheres, a medida criará mecanismos a fim de garantir e proteger os direitos de toda e qualquer vítima no País. 

 

O embrião do Estatuto surgiu há 5 anos, a partir das percepções da promotora de Justiça, Celeste Leite dos Santos, que, em sua atuação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), percebeu o quanto as vítimas ficavam desassistidas durante o andamento de um processo judicial, ou pior, revitimizadas a todo o momento nas delegacias ou tribunais. 

 

A fim de mudar essa condição, o PL do Estatuto da Vítima foi abraçado pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), ganhando coautoria de mais de 30 deputados. Entre outros pontos, a medida obriga o Estado a acolher e prestar atendimento social e de saúde à vítima; determina o sigilo de dados pessoais da vítima no Boletim de Ocorrência; e prevê que agentes de delegacias e de outros órgãos passem por um treinamento de humanização no atendimento.


Compreendendo pessoalmente a importância da medida, mulheres vítimas de crimes lançaram um abaixo-assinado com o objetivo de engajar a sociedade no apelo e sensibilizar os deputados federais que votarão o PL. A petição online já reúne quase 17 mil apoiadores.

 

O grupo “Vítimas Unidas”, por meio de sua fundadora, a estilista e escritora Vana Lopes, e de sua presidente, a ativista em Direitos Humanos Maria do Carmo dos Santos, junto com a promotora Celeste, que é gestora do Projeto Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos (Avarc), do MP-SP), encabeçam o abaixo-assinado aberto na Change.org. 

 

“Esse Estatuto vem colocar o agressor no lugar dele e a vítima no lugar dela. O Estatuto permitirá que a vítima ocupe o lugar que lhe cabe de vítima, não sendo questionada, como normalmente acontece quando perguntam, por exemplo: ‘mas o que será que essa pessoa fez para que isso acontecesse?’”, afirmam as mulheres no texto da petição online. 

 

Confira o abaixo-assinado na íntegra: http://change.org/EstatutoDaVitima 

 

Medidas do Estatuto 

 

Para que casos como o da influencer Mariana Ferrer, que sofreu constrangimentos e tentativas de desqualificação em audiência do processo, não se repitam, uma das medidas do Estatuto é garantir a proibição de formulação de perguntas discriminatórias e vexatórias. Outros itens determinam que os depoimentos nas delegacias sejam gravados e usados posteriormente pela Justiça, evitando que as vítimas tenham que repetir por diversas vezes o mesmo relato.   

 

Entre outros pontos, há ainda um item que trata do direito à indenização por danos morais e materiais causados pelo agente do crime ou pela omissão do poder público. O projeto abrange todo o tipo de vítima, incluindo aquelas de desastres naturais e epidemias.   

 

Nas últimas semanas, Vana e Maria do Carmo participaram de audiências públicas na Câmara dos Deputados para discutir o PL. Outras vítimas ou familiares também tiveram momentos de fala, como a atriz Luiza Brunet; a atriz e jornalista Cristiane Machado, que denunciou o ex-marido, o ex-diplomata Sérgio Schiller Thompson-Flores; e Sônia Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio. A expectativa é que o PL seja votado ainda neste mês. 

 

“Eu fico muito feliz com isso porque as vítimas nunca tiveram nada. Como disse [a deputada federal] Tia Eron, nós éramos um rodapé no sistema jurídico, agora não, nós vamos ser ouvidas durante todo o processo, quando o réu for preso, quando ele tiver para sair, e isso é muito bom”, explica Vana sobre um das medidas previstas no Estatuto da Vítima. 

 

Vana foi vítima do ex-médico Roger Abdelmassih e, atualmente, processa o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Em 2011, a escritora e estilista fundou o grupo “Vítimas Unidas” para acolher outras mulheres que sofreram violência do ex-médico. Depois, o coletivo cresceu e passou a apoiar e orientar outras vítimas de abuso e estupro. 

“Queremos o direito de não mais apenas sobreviver, mas de viver, estarmos protegidas e termos as nossas famílias protegidas”, destaca o grupo de mulheres no abaixo-assinado. “Por isso, precisamos urgentemente de uma Lei que seja efetiva para proteger os direitos de quem sofre danos físicos, emocionais e/ou econômicos por ser vítima de crimes”, acrescentam.


Juro elevado em meio a incertezas não é o melhor remédio contra inflação de oferta, diz presidente da Abit

 Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), ao analisar o aumento da Selic de 1 ponto percentual, a 11,75% ao ano, anunciado nesta quarta-feira (16), pelo Copom, pondera que a inflação que se verifica no Brasil, neste momento, é de oferta e não de demanda. Portanto, juros tão elevados têm pouco efeito para contê-la. Para isso, taxa teria de ser tão alta, que jogaria a economia na lona. A escalada de preços, no País e no mundo, foi provocada pela pandemia, agravada pela invasão da Rússia à Ucrânia e pelo excesso de liquidez estabelecido globalmente no combate aos efeitos do novo coronavírus.

“Ocorrem majorações elevadíssimas do petróleo, minério de ferro, carvão e commodities agrícolas, como o trigo, que se refletem na retração do consumo, objetivo, portanto, redundante da elevação dos juros. Este remédio, além de não ser a melhor alternativa para o caso, pode acabar matando o paciente se a dose for exagerada”, alerta Pimentel. Por isso, seria razoável analisar um pouco mais o cenário antes de promover qualquer novo aumento na taxa básica de juros. “Até porque o impacto é grande também no spread bancário, que já subiu, onerando demasiadamente o crédito, seja para consumo ou investimentos”.

O presidente da Abit lembra que o Copom, antecipando-se ao que ocorreu na maioria dos países, vem promovendo há meses uma acelerada e aguda alta da Selic. De 2% ao ano, a taxa já ultrapassou a 10% e o mercado já fala em algo maior do que 12%. Muito aquém disso, o Banco Central dos Estados Unidos deverá anunciar aumento dos juros esta semana e o europeu reportou a redução de estímulos.

“Cabe reconhecer que nosso Banco Central, assim como se vê em todas as nações, enfrenta um dilema para reequilibrar a economia depois de um desbalanceamento provocado pela Covid-19 e, agora, por uma guerra. É uma situação na qual existe linha muito tênue entre o que fazer em termos de política monetária face a circunstâncias que fogem ao controle das autoridades da área. Afinal, estamos vivendo uma situação de forte disrupção”, afirma Pimentel. Algo, porém, é inequívoco: “Como percebemos na indústria têxtil e de confecção, a demanda, no Brasil não está forte”.

Ante tantas pressões, um novo aumento dos juros, mesmo com o IPCA de fevereiro ultrapassando 1%, não é a melhor forma de conter o processo inflacionário. “A economia já está andando de lado na ponta do consumo, como consequência da escalada dos preços. É preciso considerar que a Selic mais elevada também pressiona as contas públicas, criando um círculo vicioso. Por tudo isso, entendemos não haver necessidade de uma nova subida da taxa”, conclui o presidente da Abit.

 

Como fica o uso de máscaras nas obras

Seconci-SP faz novas recomendações para o momento atual da pandemia 


O Seconci-SP recomenda prudência na observância dos decretos do governo do Estado de São Paulo, de outros governos estaduais e municipais, que desobrigaram o uso de máscaras de proteção em locais fechados.

 Os trabalhadores devem ser orientados a continuar trazendo as máscaras ao trabalho e a utilizá-las nos trajetos, pois estas continuam sendo obrigatórias nos transportes públicos e nos locais de acesso aos mesmos. 

Aqueles que ainda não estão com a vacinação completa devem ser orientados a seguir utilizando a proteção em locais fechados da obra, como elevadores e áreas de vivência. 

Também devem continuar usando máscaras os que tenham alguma comorbidade ou sejam imunodeprimidos. 

O pessoal deve ser orientado a respeitar aqueles que optarem por seguir utilizando a máscara na obra, por se sentirem mais seguros. 

O uso de máscaras diminui a circulação do vírus, reduzindo a possibilidade de surgimento de novas cepas. 

A proteção também evita infecções por Covid que, mesmo leves, podem ocasionar sequelas como perda de memória, afetando a produtividade. 

O estímulo à vacinação dos trabalhadores e de seus familiares precisa ser mantido. Só vacina salva!

 

SP abre inscrições para etapa Paralímpica dos Jogos Escolares 2022

 Ao todo 14 modalidades esportivas serão realizadas para os alunos com deficiência das redes de ensino do estado de São Paulo, com o objetivo de fomentar a prática esportiva por jovens com deficiência nas escolas.

 

Até 31 de março alunos com deficiência física, intelectual ou visual das redes de ensino estadual, municipal e privada, além das escolas técnicas estaduais, poderão se inscrever para os Jogos Escolares Paralímpico do Estado de São Paulo 2022 (JEESP). 

Ação realizada pelo Governo de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Esportes, Educação e o Centro Paula Souza, tem como objetivo promover por meio da prática esportiva, o intercâmbio entre os alunos, além de favorecer a descoberta de novos talentos esportivos que possam ser indicados para participar dos programas "Bolsa Talento Esportivo" e "Centro de Excelência Esportiva". 

No total são 14 modalidades para atletas com deficiência: Atletismo (masculino e feminino); Basquete em Cadeira de Rodas 3 X 3 (misto); Bocha Paralímpica (misto); Futebol de 5 (Cegos) (misto); Futebol de 7 (PC) (misto); Goalball (masculino e feminino); Judô (masculino e feminino); Natação (masculino e feminino); Parabadminton (misto); Tênis em Cadeira de Rodas (misto); Tênis de Mesa (masculino e feminino); Voleibol Sentado (misto); Parataekwondo (masculino e feminino) e Halterofilismo (masculino e feminino). 

A ideia é que também fomente a prática esportiva por jovens com deficiência nas escolas, além de seleciona-los para as Paralimpíadas Escolares.

 
Serviço

Inscrições para alunos com deficiência nos Jogos Escolares Paralímpico 2022

Prazo: até 31 de março de 2022

Inscrições de atletas e goleiros: Clique aqui.

Inscrições de adultos (professor/técnico/calheiro/atleta-guia/acompanhante/staff): Clique aqui.

Regulamento: Clique aqui.

 

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