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terça-feira, 15 de março de 2022

Culpa – Função psicológica e desenvolvimento do processo de cura


Muito se fala da autopunição e dos chicotes imaginários os quais usamos para nos culparmos por repetições de comportamentos, situações ou emoções destrutivas: os chamados ciclos viciosos.


Porém, a culpa que imputamos a nós quando percebemos que estamos, novamente, fazendo as mesmas coisas é na verdade, uma tentativa interna de alívio da sensação ruim. Uma maneira de nos sentirmos melhores apesar dos erros. Tentando demonstrar que se está errando de novo, mas não queria estar agindo assim.

 

 Como se, a sua culpa se fosse eliminada neste momento. Mas assumir uma culpa e não tomar atitude de mudança, de nada adianta para que o ciclo seja quebrado.

 

No fundo do nosso inconsciente, agimos assim para assumir para nós mesmos que não somos pessoas tão perversas, tão cruéis ou tão ingênuas. O que não minimiza os impactos e ações que nos prejudicam.

Essas punições são na verdade, manipulações que criamos para nós e para o outro, objetivando um alívio interno e a valorização desta falta de atitude em agir em prol de uma verdadeira mudança.

 

Existe, portanto, uma necessidade real de alteração desse comportamento. Continuar fazendo as mesmas coisas, da mesma maneira ou vivenciando situações que causam a culpa no final, para criar justificativas eternas, não ajudam no aprendizado, e de fato não nos confrontam com o real motivo da repetição.

Indagar-se: Por que errei? Por que sempre estou agindo desta forma? Por que repito sempre os mesmos tipos de relações? Sempre o mesmo perfil de pessoas? O que me faz me perder?

 

Ou porquê perco o controle da situação, se eu já cometi o mesmo erro antes? Essas perguntas investigativas são de extrema importância no processo de eliminação dos seus atos repetitivos e, consequentes, punições imaginárias, através de culpas impostas.

 

O processo de cura acontece quando eu realmente compreendo a função desta culpa e olho para o acontecido com um olhar mais crítico, diagnosticando esse desvio no comportamento.

 

Se culpar pelos erros e repetições apenas, não é uma ação produtiva. É preciso aprender a não sofrer e não se punir sem tomar atitudes que, de fato modifiquem esse processo. Revisitando a situação que gera o desconforto e investigando suas reais motivações.

 

Seja honesto consigo mesmo e desnude-se da armadura de proteção que pode estar impedindo o ajuste desta incoerência emocional.

 

Descubra através do seu próprio diagnóstico, qual o gatilho que foi acionado para desencadear o comportamento vicioso, fazendo com que os mesmos erros sejam sempre cometidos.  

 

Não se justificar através da culpa e assumir os riscos de uma correção é a maneira mais sensata para evitar com que essa roda continue a girar como em outras situações anteriores.

 

Enfim, apenas sofrer por estar sempre fazendo tudo da mesma maneira, repetindo e repetindo, não adianta nada e não irá ajudar você a livrar-se da culpa e da autopunição. Vai ficar no mesmo lugar.

 

O correto é se auto responsabilizar, investigando seu inconsciente. Questionando e buscando respostas verdadeiras sobre as motivações aplicadas, até se conseguir perceber a razão de ser dos sentimentos, emoções e comportamentos.

 

Pare de se lamentar. A chave do sucesso desta ruptura é o autoconhecimento. Só através dele, permite-se que, a aplicação correta da inteligência emocional seja capaz de enfraquecer suas resistências e limitações para dar lugar às transformações positivas no alcance de um equilíbrio emocional.

 

 

Andréa Ladislau - Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); professora na graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras - Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.


Medo de falar em público atinge 59% dos universitários no Brasil

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Pesquisa revela que, independente de gênero, etnia ou idade, as pessoas sentem grande desafio em realizar apresentações

 

O ato de falar em público está entre os líderes no ranking de medo das pessoas do mundo todo. Chega a superar o temor dos problemas financeiros, doenças e até mesmo a morte, de acordo com um estudo realizado pelo jornal britânico Sunday Times.

Uma pesquisa realizada pela National Comorbity Survey Replication (NCS-R) mostra que a prevalência desta fobia específica está entre 9,1% dos adultos norte-americanos de 18 anos ou mais. Isso seria o equivalente a cerca de 15 milhões de pessoas apenas em território norte-americano.

Este medo atinge toda a população, mas quem também sofre com o problema são os estudantes universitários – que frequentemente precisam enfrentar esse medo ao expor trabalhos, conversar com outros alunos na sala de aula ou apresentar o trabalho de conclusão de curso, o famoso TCC.

 

Estudantes brasileiros e o medo de falar em público

De acordo com um estudo realizado no Programa de Pós-graduação em Ciências Fonoaudiológicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG - Belo Horizonte (MG), mais da metade dos estudantes universitários (59,7%) no Brasil manifestam medo de falar em público.

Isso foi concluído depois que o estudo revelou três ou mais sintomas somáticos de ansiedade presentes nos entrevistados.  Entre esses sintomas, os mais frequentes foram a respiração ofegante (95,6%) e a taquicardia (64,7%).

Pouco mais da metade dos participantes apresentaram autoavaliação positiva da fala (53,0%) e autopercepção vocal ruim (55,2%). Os participantes acreditaram que não conseguiam influenciar o interlocutor durante a fala em público (53,0%) e que não conseguiam captar e manter a atenção do ouvinte (57,6%).

Os indivíduos que autorrelataram capacidade de captar e manter a atenção do interlocutor durante as apresentações em público apresentaram maior chance de autor referir medo de falar em público. Aqueles que se perceberam capazes de influenciar o ouvinte com a sua comunicação apresentaram menor chance de sentir medo de falar em público.

O estudo foi realizado com 1124 estudantes universitários matriculados em uma instituição de ensino superior brasileira. Sendo que os entrevistados responderam um questionário sobre sintomas como remores, rubor facial, respiração ofegante e taquicardia. Os participantes assinalaram quais desses sintomas se manifestavam durante a fala em público. E o resultado foi apresentado na presença de três ou mais desses sintomas manifestados nos estudantes.

Como conclusão, o estudo identificou uma alta prevalência no medo de falar em público nos estudantes universitários. Além disso, este medo persiste independente do gênero, etnia e idade. Ou seja, está presente na maioria das pessoas.

“A dificuldade das pessoas em falar em público é devido a nossa educação. Desde o início, a maioria das famílias fala para as crianças ficarem quietas. Por exemplo, a criança está em um shopping. E os pais sempre dizem: ‘Fica quieto, não faz barulho, não grita, não fala’. Então a gente é doutrinado a não falar”, comenta Luis Fernando Câmara, CEO da rede de escolas de oratória Vox2you. “Somos reprimidos quando falamos. Isso acontece muito no ensino fundamental, quando a criança vai para escola. O melhor aluno é aquele que fica quietinho lá na frente, ouvindo o professor, e não aquele que se comunica, fala e se socializa. Isso acaba contribuindo para que as pessoas fiquem mais retraídas. E acontece muito na vida das pessoas, o fato de falar algo e ser reprimido por algo que você falou. Falar algo e sofrer bullying por isso. Então isso vai criando uma legião de pessoas que tem medo de falar em público. Até os extrovertidos tem dificuldade em falar em público. Isso acontece pois no fundo, as pessoas não têm propriamente o medo de falar em público, as pessoas têm medo do julgamento. Do que vão pensar delas.”

O estudo revela:

Pessoas que conseguem influenciar as outras com a comunicação já desenvolveram uma habilidade comunicativa mais refinada. São pessoas que têm grande domínio comunicativo, expõem as ideias de modo claro e persuasivo, envolvendo os ouvintes de modo a influenciá-los. Quando o sujeito já consegue persuadir e influenciar, ele provavelmente não fica excluído do medo, mas apresenta bem menos chances de ser dominado por ele.

Além disso, o acúmulo de experiências positivas ao falar em público melhora significativamente as habilidades de comunicação oral do locutor.

Vale ressaltar que, segundo estudo publicado pela Universidade de Columbia, de Nova York, a fobia social tem inclusive um prejuízo de 10% nos salários do (a pessoa recebe 10% menos do que os outros). E um prejuízo de 10% em sua taxa de graduação na faculdade (tem uma chance 10% menor de se formar na faculdade) e um prejuízo de 15% em sua capacidade de obter cargos gerenciais e de liderança em sua empresa (tem 15% menos chance de entrar uma posição profissional ou gerencial). 

“Hoje com o avanço das novas tecnologias e da Inteligência Artificial, cada vez mais será fundamental os soft-skills, outros tipos de habilidades. Porque há grande probabilidade de outas áreas serem substituídas por IA. Especialmente na área de exatas. Então, todo mundo, sem exceção, até o final de sua vida, vai ter que aprender, desaprender e reaprender novas disciplinas. Só que uma delas nunca muda, que é a capacidade de se comunicar, vender, e a capacidade de liderar pessoas. Então é crucial que os universitários aprendam oratória para se comunicarem bem”, afirma Luis Câmara.

 

Uma solução prática e efetiva

De acordo com o artigo da Forbes “Porque temos medo de falar publicamente e como superar isso”, de Nick Morgan, 10% das pessoas adora falar em público, 10% fica aterrorizado ao falar em público e 80% está em algum lugar no meio. Porém, como pudemos notar, todas as pessoas em algum momento sentem medo ao realizar uma apresentação. A diferença é saber lidar com isso da melhor forma possível.

Dados indicam que 90% da ansiedade que sentimos antes de uma apresentação vem da falta de preparação. E para realizar uma apresentação efetiva uma pessoa precisa dedicar apenas 7% no conteúdo, 38% a sua voz e 55% na comunicação não verbal. Ou seja, no seu corpo.

Felizmente, as pessoas podem driblar estes desafios se preparando profissionalmente e com treinamento adequado, utilizando técnicas corporais, de voz e de preparação para realizar apresentações e falar em público.

Há cursos de oratória que preparam o indivíduo para superar essas situações e controlar o seu medo. Tais cursos oferecem não só a habilidade necessária para conseguir se apresentar, mas também aprimora as relações com a família, autoestima e segurança na hora de comunicar uma mensagem.

“O corpo não fala. O corpo grita. Então é muito importante, sempre que for falar em público ou em uma reunião online ou em uma Live com uma pessoa apenas, usar a linguagem não verbal e observar a expressão silenciosa dos ouvintes. Porque as pessoas são mais eloquentes com gestos do que com palavras. Então é questão de treinar mesmo. Estar sempre com os braços acima da cintura, gesticular, olhar nos olhos para trazer credibilidade. Porque quem não olha nos olhos não traz credibilidade. Se estiver com uma plateia, distribuir o olhar, não ficar olhando apenas em uma pessoa ou em um canto. Com isso você desenvolve uma comunicação verbal bem mais amigável. E obviamente sempre demonstrar um interesse genuíno pelos outros. Pois isso abre muitas portas”, diz Luis Câmara.

Além disso, a oratória não é algo exclusivo e benéfico para adultos, mas também para crianças e adolescentes – que podem tirar significativos benefícios em seu ambiente de relacionamentos interpessoais. Seja fazendo novos amigos, ao se comunicar melhor com a família e estreitar laços, ou ao comunicar uma mensagem com o impacto que ela deve ter.

“A oratória é muito mais do que falar em público. E quem relaciona mais, vive mais, é mais feliz. Há muitos estudos de longevidade os quais revelam que a solidão é algo ruim para a vida. Então, você ter uma capacidade de se relacionar com pessoas prolonga a sua vida. A socialização faz você viver mais. Então é muito importante usar técnicas de oratória como modulação de voz, linguagem não verbal, para você ter uma vida mais saudável, alegre e feliz”, conclui o empresário.

 

 Vox2You


OMS reconhece dependência em games como doença

Docente do curso de Psicologia da Estácio esclarece impactos, sintomas e tratamento desse transtorno de saúde mental

 

Reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde e formalizada a partir de 1º de janeiro deste ano na Classificação Internacional de Doenças (CID 11), a dependência de jogos eletrônicos traz prejuízos físicos e emocionais nos âmbitos pessoal e profissional. O transtorno ganhou tratamento no Brasil, chamado de “Computer Gaming Addicts Anonymous (CGAA)” -- adictos em jogos eletrônicos anônimos -- com reuniões semanais feitas pelo Zoom.  

A docente do curso de Psicologia da Estácio, Renata Mafra, ressalva que o gaming disorder (transtorno dos jogos eletrônicos), como também é conhecido, mesmo sendo classificado como uma dependência comportamental, possui um mecanismo de funcionamento semelhante ao da dependência física (química). 

“A dependência física está associada ao uso de substâncias psicoativas que agem no cérebro, repercutindo no psiquismo e no comportamento humano. Essas substâncias atuam nas áreas ou circuitos de recompensa do cérebro, liberando a dopamina, que é um neurotransmissor associado à sensação de prazer”, elucida.  

Segundo a psicóloga, o adicto nega a dependência e a prioridade que o jogo passa a ter em sua vida. “Os principais sintomas estão relacionados ao tempo, à intensidade e à prioridade que o jogo ganha na vida de quem passa a substituir os momentos e a relação com família, trabalho, estudos, lazer, amigos, dentre outros”, aponta Renata Mafra. 

O tratamento exige um acompanhamento de profissionais especializados, mas a rede de apoio é fator fundamental. “A psicoterapia atuará nos aspectos comportamentais, afetivos e sociais, enquanto que a psiquiatria irá estabelecer um tratamento medicamentoso de apoio aos sintomas de abstinência e de transtornos associados. Além do suporte familiar, grupos, como os Jogadores Anônimos, possibilitam o encontro com pessoas que já passaram por períodos ou situações semelhantes e podem contribuir com suas histórias e estratégias de superação”, orienta a docente da Estácio.  

O comprometimento do vício em games pode ser ainda mais grave em crianças e adolescentes porque estão em processo de desenvolvimento, podendo ainda manifestar a síndrome de abstinência por meio de irritabilidade, insônia, ansiedade e tremores. 

“A diversidade das atividades escolares, o esporte e o convívio social possibilitam a evolução emocional e cognitiva. A dependência intervém sobre esse processo com consequências diversas: problemas de interação social, isolamento, alterações no sono, na alimentação, na afetividade, sedentarismo, irritabilidade e baixo desempenho nos estudos. Se os jogos têm um apelo violento, há ainda uma sobrecarga de estresse com aumento na liberação de cortisol, além de alterações no comportamento”, observa Renata Mafra. 

Para prevenir o contato nocivo de crianças e adolescentes com games, Renata Mafra destaca que é preciso estabelecer limites de tempo de exposição. “A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um manual que estabelece o tempo de uso de tela adequado para crianças e adolescentes, inclusive os jogos. No entanto, existem pessoas mais predispostas à dependência e no caso de jogos, estudos indicam que pessoas do sexo masculino e aquelas com algum transtorno compulsivo ou personalidade impulsiva são mais propensas. A boa notícia é que existem fatores protetores que contribuem para a prevenção, que é uma presença atenta a afetuosa da família, a prática de esportes, a limitação educativa no tempo de uso de tecnologias, as atividades ao ar livre”, salienta a psicóloga.


"O Golpista do Tinder": especialistas dão dicas sobre como proteger seu dinheiro e evitar ser vítima de estelionato amoroso

“O golpista do Tinder”, filme da Netflix que se baseia em uma história real, aborda o chamado estelionato amoroso, tipo de crime onde uma pessoa utiliza a confiança do relacionamento afetivo para obter vantagens ilícitas, levando a outra pessoa a um prejuízo econômico-financeiro.

No filme, participam as vítimas e o próprio golpista, o suposto milionário russo Simon Leviev que surge como um príncipe encantado do Tinder na vida de Cecilie Fjellhøy, Pernilla Sjoholm e Ayleen Charlotte, três mulheres que foram seduzidas pelo homem. Após uma série de eventos e artimanhas do golpista, que era o cabeça de uma organização criminosa, elas enviaram para o homem todas as suas economias e, ainda, pediram empréstimos vultosos em bancos.

O israelense Shimon Yehuda Hayut era quem se passava na verdade pelo bilionário do ramo de diamantes Simon Leviev para aplicar os golpes nas mulheres. Após conquistar a confiança das vítimas, colocava em prática sempre o mesmo plano para extorquir dinheiro e usá-lo com outras, acumulando milhões, num esquema semelhante a uma pirâmide financeira. Quando as mulheres perceberam que se tratava de uma farsa habilmente arquitetada, já era tarde demais...

Mas como não cair na armadilha de estelionatários que utilizam as redes sociais para atrair suas vítimas?

Segundo Fernanda Herbella, delegada de polícia do Estado de São Paulo e graduada pelo famoso FBI (Federal  Bureau of Investigation, dos Estados Unidos), golpes do tipo são mais comum do que se imagina. “O estelionato amoroso ocorre quando o autor do delito se vale da confiança conquistada em de ocorrência do relacionamento afetivo, para obter uma vantagem econômica às custas da vítima”, diz Herbella.


Como saber se você é uma vítima em potencial?

“Em geral, os criminosos buscam pessoas na faixa entre os quarenta e setenta anos, ou seja, basicamente quem tem um emprego e uma vida mais estável, do ponto de vista financeiro”, alerta Fernanda Herbella, comentando, ainda, que é comum que os autores desse tipo de crime sejam estrangeiros e conheçam as vítimas por aplicativos de relacionamento ou plataformas de prática de idiomas.


Cuidados que devem ser tomados

Mas há como se prevenir. Herbella destaca a importância de não compartilhar documentos pessoais, diminuindo as chances de se cair nas artimanhas de malfeitores. “E muito menos pedir empréstimos para entregar os valores solicitados pelo estelionatário, como aconteceu com as vítimas do Golpista do Tinder.”

Aline Bak, especialista em comportamento e segurança na internet, concorda. E destaca algumas precauções para quem usa aplicativos de relacionamentos. “É preciso certificar-se de que a pessoa que está do outro lado realmente existe, pesquisando em outras redes sociais e no próprio Google”, diz ela. E continua: “Quanto mais informação conseguir reunir, melhor. ”

Outra boa tática de prevenção sugerida por Aline é procurar manter algumas conversas pelo máximo de tempo possível, seja por mensagens ou chamada de vídeo, especialmente na fase que antecede o encontro presencial. “E quando marcar pessoalmente, faça-o sempre em um local público, como shoppings e restaurantes, por exemplo, preferencialmente de dia”, completa.


Quando desconfiar e que providências tomar

Mas mesmo após conhecer a pessoa na “vida real”, conforme explica Aline Bak, é prudente não se descuidar e ficar em estado de atenção: “especialmente no início da relação, esteja sempre de antena ligada. “Quando surgir um cenário inesperado, de crise, e que exija uma ação imediata, principalmente envolvendo pedido de dinheiro, este é um forte indício de que pode ser golpe”, destaca Aline. 

Conforme a especialista, há indícios que evidenciam que algo está fora da normalidade. “Quando houver uma situação de emergência, onde a pessoa use a confiança para fazer pressão, é preciso ficar em alerta”, diz ela.  “Se houver qualquer suspeita, procurar ajuda e denunciar em órgãos competentes”, explica Bak.

Porém, Aline reforça que o uso do Tinder não deve ser banido da vida das pessoas que estão em busca de um romance ou amizades. “Tanto na web como na vida real, pessoas mal-intencionadas vão continuar existindo”, diz a especialista. “Os aplicativos de namoro chegaram com o objetivo de revolucionar a forma como a sociedade se relaciona e dar chances para os mais tímidos. É preciso ter cuidado e estar atento; as medidas preventivas bastam”, conclui.


5 passos para se tornar leitor na vida adulta

Conforme revela a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, dentre os leitores de livros de literatura, a maioria é jovem (entre 5 e 29 anos); à medida que a idade avança, o número de leitores diminui.  

Muitas pessoas não tiveram acesso a livros e nem incentivo à leitura na infância ou na adolescência. Então, como criar o hábito de leitura na maturidade? Aqui vão algumas dicas:

 

1 - A escolha do livro

Comece pelos temas relevantes para sua vida. Você tem o autoconhecimento a seu favor. Escolha assuntos que você goste, que façam sentido para sua vida. Não tenha vergonha de iniciar pelas leituras leves: histórias em quadrinhos, contos populares que relembram a infância e livros infantojuvenis (por que não?).

 

2 - Deixe sempre um livro ao seu alcance

A falta de tempo pode ser um grande vilão. Tenha sempre um livro perto de você! Aproveite para ler nas salas de espera, filas de banco ou no transporte coletivo.

 

3 - Bibliotecas são grandes aliadas

Com as responsabilidades da vida adulta fica difícil encaixar a compra de um livro no orçamento. Procure uma biblioteca, além de ser gratuito, você tem profissionais competentes para te auxiliar na escolha do melhor título para você.

 

4 - Socialize a leitura

Converse com amigos, participe de fóruns, clubes de leitura e eventos literários. Siga pessoas que escrevem sobre suas leituras nas redes sociais (booktubers, bookstagrammers etc). 

 

5 - Não se cobre tanto

Já temos cobranças demais em nossas vidas. Permita-se demorar em uma leitura, permita-se não gostar do livro da moda, parar no meio da leitura e retomar depois de um tempo, ou não. Ler um livro também é sobre liberdade.

 

Lílian de Lima Leão - Bibliotecária na Biblioteca Central do Sesc Goiás

sescgo.com.br

 

Tietê livre da dengue

 Maior terminal rodoviário da América Latina escolhe o Aedes do Bem™ da Oxitec para proteger viajantes contra mosquitos transmissores de doenças; tecnologia utiliza mosquitos machos que não picam e não transmitem doenças para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela


Oxford, Reino Unido e Campinas, Brasil - A Oxitec Ltd, líder no desenvolvimento de soluções biológicas para o controle de pragas que transmitem doenças, destroem plantações e prejudicam a pecuária, anunciou hoje que a Socicam, líder no segmento de infraestrutura de mobilidade no Brasil, escolheu sua solução Aedes do Bem™ para proteger os usuários do Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo, o segundo maior do mundo, do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

O Terminal Tietê recebe diariamente 90.000 viajantes, conectando São Paulo com mais de 1.000 cidades em 21 estados brasileiros, além de cidades na Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. 

A Oxitec irá liberar o Aedes do Bem™, uma alternativa ecologicamente correta, mais segura, eficaz e amigável que inseticidas, para o controle do Aedes aegypti em todo o Terminal Tietê, começando agora no final da temporada de mosquitos de 2021/22, com o objetivo de retomar as liberações na temporada 2022/23 no terminal Tietê e expandindo também a solução para outros terminais rodoviários em São Paulo e Campinas. 

O Aedes aegytpi é um mosquito invasor, e, ao contrário de outros mosquitos, ele voa e pica durante o dia, colonizando comunidades urbanas e tornando difícil o seu controle usando métodos convencionais, como inseticidas.  Entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 o Estado de São Paulo contabilizou 4.961 casos de dengue. Chikungunya também tem sido uma preocupação em SP, e um alerta foi emitido pela Secretaria de Saúde quando o número de afetados saltou de 281 em 2020 para 18,2 mil em 2021, o que representa um aumento de mais de 6.000%.

Grey Frandsen, CEO da Oxitec, comenta, “Estamos imensamente orgulhosos com este voto de confiança em nossa solução do mosquito do Bem™ por parte de uma das empresas mais inovadoras do Brasil, que destaca a demanda no país por alternativas altamente eficazes e ambientalmente sustentáveis aos inseticidas para o controle de mosquitos transmissores de doenças.” 

Natalia Verza Ferreira, Diretora Geral da Oxitec no Brasil, comenta, “A Socicam e Oxitec compartilham valores e princípios, já que ambas as companhias priorizam práticas sustentáveis enquanto trabalham dia e noite a serviço das comunidades. A implantação da nossa solução Aedes do Bem™ para controlar o mosquito da dengue nas áreas altamente urbanizadas, como o Terminal Tietê, beneficiará milhares de pessoas diariamente enquanto se deslocam do trabalho para casa, para visitar amigos e familiares ou para viajar nas tão merecidas férias. Será uma honra implantar nossa tecnologia com o time da Socicam e proteger a comunidade e esse espaço público tão importantes do perigoso Aedes aegypti.”

 

Como se preparar para a aposentadoria?

Especialistas dão dicas que vão te ajudar a organizar o orçamento desde agora

 

De modo geral, é notório que as pessoas não têm o costume de se programar para o futuro. Mas, para poder aproveitar a terceira idade com tranquilidade e estabilidade financeira, é fundamental começar a pensar agora na sua aposentadoria. 

Só não esqueça que se preparar para esse momento não consiste apenas em pagar a previdência todo mês e deixar isso para lá. Principalmente porque sabemos que o valor dos salários pagos pela Previdência Social, muitas vezes, é menor do que o valor recebido durante a carreira. Por isso, para manter o padrão de vida de maneira confortável, desenvolva um plano que seja adequado para as suas necessidades e para a sua família. 

Para te ajudar nesse processo, os especialistas da Fundação CELOS, Gilmar Barbosa, Mirian Corrêa da Silva e Bibiana da Rosa Araneda, irão comandar uma webinar sobre aposentadoria, PDI e Planos de Saúde, no dia 18 de março. A transmissão será via Canal da entidade no Youtube, a partir das 9h. 

Mas antes disso, você já pode conferir algumas dicas do trio:

 

Comece o quanto antes

Quanto mais cedo iniciar a acumulação para aposentadoria, menor será o esforço no longo prazo, e mais a rentabilidade trabalhará a seu favor. Analise suas despesas fixas e variáveis e faça um comparativo com sua expectativa de rendimentos como aposentados. 

Os rendimentos que devem ser levados em conta são: benefício do INSS, benefício da Previdência complementar e outras rendas, caso possua. Se esse valor for inferior às suas despesas, comece desde agora a fazer um reforço na sua previdência complementar.

 

Equilíbrio financeiro 

É importante que ao se aposentar a pessoa esteja preparada e equilibrada para administrar suas despesas. Alguns gastos podem surgir inesperadamente, principalmente quando se trata de saúde. Esteja preparado para guardar uma reserva financeira para atender essas eventualidades.

 

Planeje-se

Qual renda você quer ter no futuro? Estipular uma meta, manter contribuições compatíveis com a renda projetada, acompanhar a evolução das suas reservas e, se necessário fazer aportes de contribuições voluntárias, farão você alcançar a estabilidade financeira que almeja.

 

Poupar e investir é uma necessidade

Não dependa exclusivamente do valor pago pelo benefício da previdência social (INSS), pois ele pode ser insuficiente. Poupe um percentual do salário para realizar investimentos de longo prazo. A previdência complementar é perfeita opção para o perfil conservador e é classificada como de baixo risco. 

 

Aproveite os incentivos fiscais

Na fase de acumulação não há incidência tributária. Além disso, quem declara o Imposto de Renda pelo modelo completo, pode deduzir até 12% da sua renda bruta anual da base de cálculo, com os valores que contribuiu ao plano. Assim é possível economizar no IR e investir para o futuro.

 

Convênio entre Motofretista Seguro do Detran.SP e Banco do Povo cria linha de crédito para motos elétricas

Interessados deverão comprovar que veículo será utilizado para serviços de motofrete; crédito pode chegar em até R$ 21 mil 

 

Com o objetivo de fortalecer a regulamentação da atividade de moto entregador, o Programa Motofretista Seguro, rede de proteção lançada pelo Governo do Estado de São Paulo e pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), oferece por meio de um convênio com o Banco do Povo uma nova possibilidade aos motofretistas: o financiamento de motos elétricas.

Nos mesmos moldes das opções de linhas de créditos oferecidas durantes os pit stops do programa, os interessados terão à disposição acesso à linha de crédito oferecida pelo Sebrae e o Banco do Povo de até R$ 21 mil. As taxas e juros diferenciados para motofretistas são as seguintes: 

 •     Pessoa jurídica: crédito de até R$ 21 mil para pagamento em até 36 vezes, com 0,35% de juros ao mês + 1% do valor do empréstimo como taxa de manutenção do fundo. 

•     Pessoa física: crédito de até R$ 15 mil para pagamento em até 24 vezes, com 1% de juros ao mês + 1% do valor do empréstimo como taxa de manutenção do fundo. 

É válido ressaltar que os motofretistas interessados deverão comprovar que utilizarão o veículo para serviços de entrega, seguindo a regra atual. Além disso, é necessário ter concluído o curso de 30 horas de especialização em motofrete, comprovando por meio de certificado. O crédito não é liberado caso o empreendedor solicite a moto para ser utilizada para passeio ou como locomoção ao local de trabalho. 

A relação de documentos necessários assim como o local para envio dos mesmos e do orçamento está disponível em: desenvolvimentoeconomico.sp.gov.br/empreendarapido  

Durante conversa realizada nesta segunda-feira de inovação sobre startups e o Poder Público juntos para construir a mobilidade do futuro, o diretor-presidente do Detran.SP, Neto Mascellani, destacou a importância da rede de proteção e do apoio à categoria. “Temos o Banco do Povo financiando motos elétricas, nós oferecemos cursos gratuitos para que os motofretistas se regularizem e tenham condições melhores para dirigir e fazer suas entregas. Desde o lançamento do Motofretista Seguro reunimos boas condições para que os condutores tenham perspectivas melhores em seus ambientes de trabalho”.   

É importante reforçar que para conduzir a moto elétrica é necessário ter mais de 18 anos e possuir Carteira Nacional de Habilitação na categoria “A”, e as mesmas regras que se aplicam às motocicletas incidem sobre os veículos elétricos: registro, licenciamento e emplacamento devem ser feitos junto ao Departamento de Trânsito.

 

Motofretista Seguro

O Programa Motofretista Seguro, iniciativa que dá sequência à rede de proteção lançada pelo Governo do Estado em 2020 que tem como objetivo desenvolver e regularizar a atividade, está disponível no site https://www.motofretistaseguro.sp.gov.br/.  

O curso é direcionado aos cidadãos habilitados que pretendem desenvolver atividade de motofretista. Os requisitos para a inscrição são os seguintes: 

1) Ter completado 21 (vinte e um) anos.

2) Estar habilitado,no mínimo, há 2 (dois) anos na categoria “A”.

3) Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), decorrente decrime de trânsito, bem como estar impedido judicialmente de exercer seus direitos. 

Após uma carga horária total de 25 horas-aula por meio de ensino à distância em que serão oferecidas aulas que envolveram temas como ética e cidadania na atividade profissional, noções básicas de legislação, gestão do risco sobre duas rodas, segurança e saúde e equipamentos de segurança, os alunos têm mais cinco aulas práticas e uma avaliação final para conclusão do curso.  

O participante do programa terá custeado o valor de R$ 160 referente ao curso e ainda terá a oportunidade de ganhar uma bolsa de R$ 210. Isso desde que ele cumpra mais 30 horas de curso remoto de Atendimento Delivery. O curso oferece mil vagas, todas elas com direito à bolsa.

 

Capacitação profissional inclusiva é oferecida para jovens com síndrome de Down

Curso gratuito acontece em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down


O Instituto Natalia Beauty, braço social do Natalia Beauty Group, realiza curso gratuito de capacitação profissional para pessoas acima de 18 anos com síndrome de Down, no dia 17 de março, para celebrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado dia 21. 

A ação tem como parceria o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, de São Paulo, que selecionou os participantes e o curso de design de sobrancelhas acontece na Universidade Natalia Beauty na capital paulista. 

O objetivo é abrir oportunidades no mercado de trabalho e qualificar os futuros profissionais, que podem atuar em home care, salões de beleza e clínicas de estética. “O império que construí no mercado da beleza sempre esteve de mãos dados com o lado social. Eu, como empresária, trabalhadora e mulher, não posso deixar de pensar na minoria que precisa apenas de uma oportunidade para crescer, se tornar independente e realizada. São pessoas com potenciais escondidos pela sociedade e que precisam ser, cada vez mais, protagonistas de suas próprias histórias. Para nós, o sentimento é de satisfação e orgulho”, sinaliza Natalia Martins, CEO do Natalia Beauty Group, que é composto por Clínica, Universidade, Shop, Filiadas, Franquias e Instituto. 

De acordo com Crystiane Souza, coordenadora do Departamento de Esportes do Instituto Olga Kos, projetos voltados para a capacitação de pessoas com síndrome de Down são de extrema importância, pois dão a oportunidade a cada pessoa com a síndrome de usufruir dos mesmos direitos e deveres de todos os outros, ainda mais quando se ‘falta’ curso disponível. “Ainda existe um caminho longo a ser percorrido quando se fala em mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Pois não basta ter a vaga, é necessário a adequação (acessibilidade) que em muitos locais não existe e muito mais importante que isso, é preciso conscientizar as pessoas do ambiente de trabalho para receber e conviver com a pessoa com deficiência”, finaliza.

O curso gratuito acontece na Universidade Natalia Beauty, no dia 17 de março, das 13h às 17h, na Avenida Rebouças 1481.


Serviço 


Natalia Beauty 
Instagram: @nataliabeauty
Endereço: Avenida Rebouças, 1481 – Pinheiros – São Paulo
Procedimentos: (11) 3061-2670
Cursos: (11) 3062-0965
SAC: (11) 99521-6425


Imposto de Renda 2022: o mais do mesmo

Uma música da banda Legião Urbana retrata bem o que tem sido o Imposto de Renda nos últimos anos: “Sempre mais do mesmo”. Sim, isso mesmo, nada de novo. A tão sonhada Reforma Tributária, de forma fatiada, até prevê mudanças no IRPF como criação de novas faixas e alíquotas, aumento da isenção e tributação de dividendos, mas embora tenha sido aprovada pelo Congresso, a mesma está parada no Senado Federal. Há quem aposte que mudanças mesmo, só para 2023, após as eleições presidenciais. Ou seja, efeitos práticos somente a partir de 2024.

Mas, mesmo sem mudanças profundas, é preciso ficar atento aos riscos e às oportunidades. Em geral, precisam declarar os contribuintes que obtiveram rendimento superior a R$ 28.559,70 no ano passado, quem obteve ganho de capital pela alienação de bens e direitos, negociou em bolsa de valores, recebeu rendimentos isentos – não tributáveis ou tributados na fonte (como indenização trabalhista ou rendimento de poupança) acima de R$ 40 mil em 2021 –, ou que tenha bens com valor acima de R$ 300 mil, entre outras regras mais específicas.

Algumas situações merecem atenção, como, por exemplo, a venda de um veículo usado no ano passado. Com o aumento da tabela FIPE, é possível, em alguns casos, que um contribuinte tenha obtido ganho de capital. Isto ocorre quando se vende um bem acima do valor de aquisição, ou seja, se obteve lucro na operação para alienações maiores que R$ 35 mil. Por outro lado, devido à pandemia nos últimos 2 anos, também existe uma boa oportunidade de deduzir gastos com testes de covid em sua declaração.

Mas é bem importante tomar todos os cuidados para não cair na malha fina. Seguir os informes de rendimentos enviados pelos empregadores e bancos, obter todos os recibos e notas fiscais de consultas médicas, além de considerar os gastos com educação conforme as regras da Receita, são alguns tópicos que precisam de atenção por parte dos contribuintes. Vale lembrar que algumas empresas aderiram ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda no período da pandemia. Caso sua empresa tenha feito esta adesão e você teve redução ou suspensão de jornada de trabalho, não esqueça de baixar o seu informe de rendimentos que será disponibilizado no Portal do Empregado do Ministério da Economia.

Quer antecipar a restituição? Então já prepare os documentos, pois a entrega da declaração se inicia no dia primeiro de março. Além de poder receber a restituição de forma antecipada, o cuidado em cumprir o prazo se justifica por conta da multa mínima de R$ 165,74, e máxima de 20% sobre o valor do imposto. Diferente dos últimos dois anos, que por conta da covid-19 houve postergação, mas dificilmente isso ocorrerá este ano. O risco de o sistema ficar congestionado nos últimos dias é muito grande. O prazo final é 29 de abril de 2022.

O governo atual estuda diversas mudanças no ambiente tributário brasileiro. Há especulações de que, além das alterações do projeto de lei que está no Senado, podem surgir mudanças como a limitação de despesas médicas e até o fim da possibilidade de dedução de gastos com educação. Mas uma coisa é certa: mudanças precisam acontecer. A tabela não é atualizada desde 2015 e a cada ano mais pessoas entram na mira do Fisco.

Ficou com dúvida no preenchimento da sua declaração? O Ministério da Economia publica em seu site uma lista com mais de mil perguntas e respostas. Procurar um especialista (contador) também é recomendável, principalmente se for a sua primeira vez.

 

Marco Aurélio Pitta - profissional de contabilidade, coordenador e professor de programas de MBA nas áreas Tributária, Contábil e de Controladoria da Universidade Positivo (UP).


Quais as melhores estratégias para os ambientes de trabalho no mundo pós-Covid 19?

Opinião

 

Ambientes de trabalho e pessoas representam os dois maiores investimentos para as organizações. Juntos são os principais motivadores para um melhor desempenho. Se orquestrar esse tipo de estrutura normalmente já não é fácil, planejar a vida após o Covid-19 então, vem sendo um grande desafio para as empresas em 2022, em especial quando estamos falando desses aspectos. 

Desde o início de 2020, a pandemia transformou substancialmente a rotina das empresas. O papel dos escritórios mudou diante do advento do trabalho remoto e do home office. Mudou também a atitude dos funcionários em relação ao espaço de trabalho, particularmente entre as gerações mais jovens que buscam espaços de trabalho mais modernos que beneficiam o bem-estar e impulsionam a colaboração e inovação. E, quando tudo parecia caminhar quase para uma normalidade, com o avanço da variante ômicron no início deste ano, as empresas voltaram a repensar como garantir a segurança dos seus colaboradores e manter a produtividade e a lucratividade. 

Algumas optaram por ter menos funcionários ou adotaram o trabalho híbrido como opção a longo prazo, assim como alguns escritórios tornaram-se hubs  de colaboração ou mudaram de local, deixando os grandes centros e ficando cada vez mais próximos dos funcionários, quando possível. 

Vimos, na verdade, de tudo um pouco. As mudanças foram desde as divisórias feitas em acrílico para separar as estações de trabalho e prevenir que vírus e bactérias passassem de uma “mesa para outra”; passando pelo armazenamento de mobiliário ao invés de desfazer-se deles, o que mostrava o desejo de uma solução provisória e não definitiva; até a decisão mais drástica de fechar completamente os escritórios e aderir 100% ao home office a perder de vista. 

A pandemia também colocou fim a uma tendência que muito se usava nos grandes escritórios, no caso, as mesas rotativas, sem postos fixos de trabalho, o que em inglês, denomina-se hotdesking. Pensando em um cenário futuro, e até em outras pandemias, é difícil ver essa tendência sobreviver. Exceto se a rotina de limpeza for muito rígida, de hora em hora, por exemplo, o que pela estrutura de facilities que observamos nas empresas é bem difícil de sustentar-se. 

Ironicamente, por outro lado, é também isso que poderá salvar os grandes escritórios, pois as empresas ainda precisam de espaço para abrigar todos os postos de trabalho. Se uma empresa tem cinco mil funcionários e quer dois mil deles no escritório, por exemplo, será preciso espaço para alocar a todos com segurança. 

No entanto, é fato que situações extraordinárias exigem que uma organização reaja com cuidado e considere as opções à medida que surgem os diferentes cenários. A forma de lidar com cada uma dessas circunstâncias altera a “cara” desta empresa e, possivelmente, sua lucratividade futura. Por isso, decidir sobre quando e como mudar e adaptar suas instalações de trabalho para atravessar esse novo momento é tão desafiador. Existem uma série de fatores a serem considerados, que vão desde os aspectos relacionados ao design até os culturais. O que é mais complicado na hora de pensar o que será feito é descobrir o que é temporário; o que talvez permaneça por alguns meses à medida que as pessoas se ajustem; e quais dessas medidas serão mantidas a longo prazo.  

Portanto, tome as decisões certas, na hora certa, para não apenas prosperar, mas também para obter vantagem competitiva e manter seu time mais inspirado e engajado do que nunca. E nem sempre é possível fazer isso sozinho, e  nem se tem algum especialista em casa que saiba exatamente o melhor caminho a seguir e a logística ideal a ser adotada. As estratégias desenhadas corretamente são o que irão garantir o retorno do investimento maximizado no longo prazo. E também, o que permitirá transformar seu local de trabalho em um local único e inovador, qualificado para engajar suas equipes e impulsionar o sucesso dos negócios. 


Haroldo Modesto - country manager da Crown Worldwide no Brasil, que atua no Brasil há 22 anos apoiando empresas e pessoas em suas mudanças nacionais e internacionais e passou recentemente a prestar serviços na área de mudanças corporativas por meio de sua frente de negócios Crown Workspace.


Em ano de eleição, o advogado e professor em Direito Processual Daniel Neves explica, em evento organizado pela Emerj, como a nova Lei de Improbidade Administrativa coíbe abusos contra réus



O doutor em Direito Processual Daniel Neves, durante o evento “Comentários à Reforma da Lei de Improbidade Administrativa”, organizado pela Emerj, Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, aponta que a nova legislação busca coibir abusos por parte do Ministério Público, tema sempre relevante, em especial em anos de eleição. Daniel Neves alerta ainda para o risco de insegurança jurídica trazida pela novidade. Mediada pela desembargadora e presidente do Fórum Permanente de Transparência e Probidade Administrativa, Inês da Trindade Chaves de Melo, a discussão contou com participação na bancada do desembargador do Município do Rio de Janeiro Rafael Oliveira e da advogada integrante do Fórum Permanente Thaís Marçal.

Uma novidade trazida pela Lei 14.230.2021, explica o advogado é a introdução de dispositivos que têm como um de seus principais efeitos coibir eventuais abusos da parte das ações do Ministério Público e amenizar o aspecto difamante da versão antiga da Lei de Improbidade Administrativa.

“O Superior Tribunal de Justiça havia dado uma interpretação à Lei de Improbidade Administrativa que, mesmo à luz da antiga redação, era uma barbaridade sem fundamentação jurídica séria; o Supremo decidira que a indisponibilidade de bens não dependia da comprovação do periculum in mora, ou seja, de que a demora da decisão judicial pudesse causar um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado ‘para preservar o patrimônio público’; a nova lei corrige isso”, aponta Neves. “Outro ponto trazido pela nova lei é a individualização da conduta dos réus, o que exige uma apresentação mínima de indícios, em contraposição àquilo que acontecia anteriormente, quando o promotor apresentava 20, 25, 30 réus, sem nem especificar em qual medida cada um deles havia contribuído.”

“Havia uma certa propositura de ações de improbidade administrativa entusiasmada demais por parte do Ministério Público; a nova lei é um absurdo, abusiva, um tiro no pé do combate à corrupção?”, questiona, de forma retórica Neves, para logo na sequência trazer sua conclusão. “Não, é uma correção de rumos em alguns entendimentos equivocados do STJ; busca evitar ações natimortas, mesmo sem evidências, que prejudicavam os réus durante anos”.

O advogado destaca outra mudança que imprime maior proteção ao acusado, trazido pelo artigo 17, parágrafo 18, que dita que a recusa do réu em ser interrogado, ou seu silêncio, não implica em confissão. Ou seja, o interrogatório não é mais utilizado como meio de prova, mas de defesa. “O artigo 19, paragráfo 1º, prevê que não há presunção de veracidade na revelia porque essa é uma consequência típica dos processos sancionatórios; poderão apontar o dedo e dizer, ‘ah, agora ficou fácil, o réu nem contesta e o Ministério Público continua com o ônus de provar’; mas não é assim no processo penal? Não é assim no processo administrativo sancionatório? A regra básica do processo acusatório não é o in dubio pro reo, princípio que implica que na dúvida interpreta-se em favor do acusado?”, argumenta o advogado Daniel Neves, ao mesmo tempo em que justifica seu credo de que a nova legislação fecha espaço para o depoimento pessoal.

“Se esse novo dispositivo da lei prevê que não cabe interrogatório, a consequência é a vedação do depoimento pessoal, que seria um ‘drible na vaca’; porque eu não chamaria o réu para um interrogatório, convocaria para um depoimento pessoal, o acusado se recusaria, e eu apontaria, ‘ah, essa negativa se trata de confissão...’.” Se trouxe novidades positivas, tanto Neves quanto Oliveira concordam que a nova lei também embute o potencial para a insegurança jurídica.

“A Lei 14.230/2021 que alterou a antiga legislação de Improbidade Administrativa é uma revolução, um tsunami, que ‘pôs vários bodes na sala’”, define Neves ao abrir sua apresentação. “Em termos processuais, tivemos mudanças visíveis e outras não-expressas; teremos que, durante anos, estudar e discutir até dimensionar exatamente o que aconteceu.”

O advogado cita durante sua fala diversos exemplos de dúvidas que nasceram com a reforma, especialmente na forma como a nova Lei de Improbidade Administrativa dialogará a partir de agora com outras leis.

“O artigo 12, parágrafo 9º da Lei de Improbidade Administrativa diz que a aplicação da sanção depende do transitado e julgado, que se espelha na presunção de inocência da constituição federal, só que no penal existe prisão preventiva”, diz Neves, para exemplificar como isso se aplicaria a um caso da vida real. “O Ministério Público entra com uma ação porque quer tirar um prefeito, mas como o mandato é de quatro anos, e ele já cumpriu dois, se não tirar agora, nunca mais será possível aplicar a pena; a pergunta que fica é se para assegurar a aplicação da pena posso antecipá-la? Porque não dá para aplicar a pena depois do mandato cumprido.”

A principal conclusão para os advogados que atuam na área da Improbidade Administrativa é que a nova legislação exigirá um profissional muito mais versátil para atuar em seus processos. “A nova Lei de Improbidade Administrativa exige um novo profissional multiáreas, terá que entender de direito penal, processo penal, direito administrativo, processo administrativo, processo civil, direito constitucional e não sei mais quais outras especialidades”, conclui Neves.


Daniel Amorim Assumpção Neves – - advogado, mestre e doutor em Direito Processual pela Faculdade de Direito da USP. É professor titular do programa de mestrado e doutorado da FADISP. É parecerista na área do Direito Processual Civil e sócio fundador do Neves, De Rosso e Fonseca Advogados. Possui intensa atuação acadêmica no Direito: é professor assistente do Professor Antonio Carlos Marcato nos cursos de graduação, mestrado e doutorado da Faculdade de Direito da USP. É autor de importantes obras do Direito Processual Civil como o Novo CPC Comparado - Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015, editora Método – Forense, em parceria com Luiz Fux; Manual de Direito Processual Civil, editora Método; Manual de Improbidade Administrativa, editora Método; Manual de Direito do Consumidor, editora Método; e Manual de Processo Coletivo, editora Método, entre outras publicações. É autor também do Novo CPC Comentado Artigo por Artigo, editora Juspodivm. E está à disposição da imprensa para tratar de temas complexos do Direito.

 

Neves, De Rosso e Fonseca Advogados


Dia do consumidor (15/03): Quais os principais direitos nos planos de saúde?

Mais de 928 mil brasilienses são beneficiários; Denise Costa, advogada especialista em plano de saúde, orienta consumidor a evitar dores de cabeça

 

De acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), o Distrito Federal tem atualmente mais de 928 mil pessoas que possuem plano de saúde. Quando falamos de todo o país, o número sobe para 48.945.306. Com a pandemia, a procura pelo serviço aumentou consideravelmente. Mas como escolher o melhor plano para você?

Os direitos dos consumidores nos planos de saúde são protegidos e regulamentados pela a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, e também pelo Código de Defesa do Consumidor que trata a relação contratual entre conveniados e operadoras de planos de saúde.

Porém, segundo a advogada especialista em planos de saúde, Denise Costa, na maioria das vezes o consumidor não tem maturidade e nem conhecimento técnico e jurídico para escolha do seu plano. E muitas vezes não reclama e não busca seus direitos.

"O usuário do plano de saúde tem o direito de receber todas as informações referentes ao serviço que está contratando.  Além disso, quando o usuário recebe alguma negativa de algum procedimento solicitado, ele também deve ser informado sobre o motivo dessa recusa", explica a especialista.

 

O artigo 6 da Lei nº 9.656 considera  como direito básico do consumidor:

“A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”.

 

Como escolher o melhor plano?

Segundo a advogada Denise Costa, se a operadora do plano de saúde não respeitar o direito do usuário, previsto em lei e no contrato, o consumidor pode admitir prejuízo em uma ação judicial. Além disso, notificar à ANS e aos órgãos de defesa do consumidor.

Mas, para evitar dores de cabeça, a especialista orienta sete dicas importantes na hora de contratar um plano de saúde: 

·         Escolha uma operadora de plano de saúde que atenda suas necessidades;

 

·         Verifique se a operadora do plano de saúde está registrada na ANS;

 

·         Pesquise se a operadora do plano de saúde tem reclamações em órgãos de defesa do consumidor.

 

·         Verifique o rol de tratamentos, serviços oferecidos e médicos que o plano se compromete a oferecer;

 

·         Conheça os prazos de carência;

 

·         Analise preços e a tabela de reajuste anual;

 

·         Leia o contrato antes de assinar. Verifique todas as cláusulas, caso tenha dúvida, exerça seu direito de ser informado.

 

Dia do Consumidor

Diferente de outras datas comerciais, o Dia do Consumidor não foi criado pelos varejistas. A escolha do dia 15 de março não é aleatória. Há 60 anos, o presidente norte-americano John Kennedy assinou um decreto reconhecendo os direitos do consumidor, além de discursar sobre o direito à segurança, à informação, à escolha e de ser ouvido.

Foi então que diversos países passaram a dar atenção à defesa do consumidor, paralelamente às mudanças causadas pela industrialização. Mas, só mais de 20 anos depois aconteceu oficialmente pela primeira vez a celebração do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, em 1983. Dois anos depois, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a data.


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