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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Interrupções de suprimentos - causas, consequências e como evitá-las

Nos últimos meses acompanhamos o aumento da inflação de custos, causado pela escassez de matérias primas e componentes, consequência da paralisação de linhas de produção durante o período do coronavírus, aliada à retomada do consumo. Apesar desse pico atual, acredito que a inflação será contida em alguns meses, mas saliento a importância do entendimento profundo da interdependência de cadeias de produção integradas, tema importante, que deve ser compreendido por gestores empresariais, para mitigar riscos em suas operações.

Qual custo para uma montadora parar a linha de produção de um veículo, devido à falta de colunas de direção não entregues por um fornecedor? Quantos barris por dia uma empresa de petróleo upstream perderia se um petroleiro terceirizado não descarregasse o FPSO no prazo? Quantos whoppers o Burger King vende em um dia, e o que aconteceria se o fornecedor de cebola, devido a condições climáticas, deixasse de entregar em determinada região?

De acordo a Harvard Business Review, o custo diário de interrupção de uma cadeia de abastecimento varia de USD 310 mil a USD 1,2 milhão para empresas com receitas de USD 7,7 milhões a USD 50 bilhões por ano.

Para otimizar o capital de giro e melhorar o balanço, as empresas mantêm menos estoques e adotam estratégias just-in-time. Isso aumenta a pressão sobre os ciclos de produção e, portanto, aumenta a dependência de fornecedores terceirizados e o impacto associado a interrupções no fornecimento.

Assessorei, durante 24 meses, uma montadora que possuía um único fornecedor para cada componente dos carros que fabricava, de modo que sua vulnerabilidade com relação a tais fornecedores era tanta, que os mesmos frequentemente solicitavam recursos para tal montadora, ameaçando interromper a produção, afinal, um carro pode ter todos os componentes, mas não sai da fábrica se um, apenas um deles, faltar.

Compartilho aqui um pouco do que vivi e aprendi, mantendo durante esse período as fábricas desta montadora sem nenhuma interrupção. Ressalto que os conceitos desse texto podem ser aplicados a empresas de todos os tamanhos e em todos os segmentos, com menor ou maior profundidade. Seja o Burger King ou o dono da padaria do bairro, ambos estão expostos à ruptura de suas operações por falhas de fornecedores, e precisam estar atentos.

Segundo o filósofo americano William James, “uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco”. Recessões econômicas combinadas com preocupações geopolíticas resultam no aumento da instabilidade, especialmente nas cadeias de abastecimento globais, e o monitoramento da saúde dos fornecedores é imperativo. Empresas precisam ser capazes de proteger suas vulnerabilidades.

Durante o século 20, a verticalização foi o modelo operacional de muitas indústrias. Montadoras, por exemplo, produziam de tudo, desde a fundição, cultivo da borracha, fabricação de peças, montagem e transporte dos automóveis prontos. Este modelo foi vantajoso devido às economias de escala na produção em massa e custos mais baratos para comprar maiores quantidades e variedades de materiais. Fornecedores confiáveis eram essenciais para a produção em massa, já que grandes investimentos em fábricas, equipamentos e estoques podiam ficar ociosos por falta de componentes, que poderiam estar indisponíveis. Portanto, ter a propriedade de toda a operação (integração vertical) tornou-se fundamental.

No entanto, uma mudança em direção à desverticalização ocorreu nas últimas décadas, como resultado de fatores, como: (i) diminuição dos custos de comunicação, (ii) aumento dos sistemas de controle, (iii) padronização da produção, (iv) implementação de programas de controle de qualidade, (v) redução de barreiras comerciais e tributação entre os países, (vi) países com mão de obra qualificada e de baixo custo, (vii) necessidade de otimização do capital de giro e foco no core business.

Isso permitiu que grandes players passassem a comprar produtos e serviços terceirizados, criando economias de escala de indústrias inteiras, ao invés de economias de escala baseadas apenas em uma determinada empresa. O novo padrão passou a ser empresas horizontais, colaborando estreitamente com fornecedores (contando com parceiros para executar funções em vez de manter o controle). De acordo com a Bain Consulting, mais de 80% de todas as grandes empresas do mundo usam parceiros externos, muitos desempenhando funções antes vistas como core businesses.

Esse novo modelo traz vulnerabilidades. As empresas devem determinar a viabilidade e os riscos envolvidos na terceirização. O panorama e as opções da cadeia de suprimentos (número de fornecedores, qualidade, tecnologia, logística, entre outros), devem ser analisados em detalhes antes da decisão.

Um aspecto fundamental é o poder de barganha dos fornecedores. Se houver poucos fornecedores, e tais fornecedores tiverem vantagens competitivas e conhecimentos únicos, eles podem exercer um poder significativo sobre o setor. Se as peças fornecidas forem genéricas e tiverem alternativas facilmente disponíveis (recursos), o fornecedor terá menor poder de barganha. Quando os fornecedores têm poder de barganha, podem pressionar a empresa cliente, cobrando preços mais altos, ajustando a qualidade ou controlando a disponibilidade e os prazos de entrega, podendo afetar o ambiente competitivo e influenciar diretamente a lucratividade da empresa cliente.

Fatores que aumentam o poder de barganha de um fornecedor: (i) poucas opções de outros fornecedores, (ii) altos custos para mudar para outro fornecedor, (iii) facilidade do fornecedor se tornar um concorrente, (iv) conhecimento ou tecnologia específicos, (v) produto altamente diferenciado, (vi) vários clientes - baixa dependência da empresa cliente, (vii) nenhum substituto disponível.

Dada a importância dos fornecedores para a cadeia de valor, é do interesse da empresa-cliente criar e manter boas relações. Informações críticas sobre o processo precisam ser compartilhadas com o fornecedor para garantir que não haja atrasos ou custos desnecessários incorridos. Canais de comunicação abertos com a segurança e confidencialidade exigidas ajudarão a fortalecer o relacionamento com os fornecedores. Comunicação clara também permitirá que o estabelecimento de planos de contingência para circunstâncias excepcionais.

Processos detalhados (com as informações corretas) podem minimizar o risco associado aos fornecedores. Planos de emergência devem ser elaborados para evitar interrupções na cadeia de valor. Se todas as partes conhecerem o plano, elas poderão administrar desastres naturais e outros eventos caóticos sem maiores problemas.

A produção de automóveis é uma das cadeias mais complexas, requer milhares de peças e componentes de um grande número de fornecedores. Tradicionalmente, o poder de barganha dos fornecedores neste setor tem sido muito baixo, mas o cenário mudou ao longo dos anos. Para otimizar a estrutura de capital, as montadoras venderam seus ativos não essenciais, seguindo a tendência de desverticalização. De acordo com MarketRealist, a contribuição dos fornecedores terceirizados para a cadeia de valor de automóveis passou de 56% em 1985 para de 82% em 2015.

Nas últimas décadas as montadoras expandiram nos países emergentes e, para terem uma base de fornecedores confiável, incentivaram os fornecedores tradicionais europeus e americanos a instalarem suas próprias fábricas nesses países. Quando e onde não foi possível, as montadoras desenvolveram sua própria base de fornecedores locais, com empresas locais (a maioria de propriedade familiar).

As empresas familiares são as que mais sofrem em períodos de recessão, como o que passamos recentemente, pois carecem de solidez financeira e experiência para lidar com crises, gestão pouco profissional e dependência de poucos clientes e produtos. Assim, possuir alertas preditivos e monitoramento é fundamental para prevenir os riscos de rupturas desses fornecedores. Interrupções no fornecimento afetam as operações, especialmente para multinacionais que contam com amplas redes de fornecedores, e estão constantemente expostas a múltiplos riscos relacionados à cadeia de suprimentos, que podem prejudicar suas receitas, marcas e reputações.

Os riscos podem ser macroeconômicos, políticos, ambientais, crises econômicas, instabilidades políticas, guerras, mudanças na tributação, medidas protecionistas e desastres naturais. Também podem estar relacionados aos fornecedores: (i) situação financeira deteriorada - redução nas vendas, fluxo de caixa ruim (atual e falta de perspectiva), custos insustentáveis, (ii) endividamento – ausência de linhas de crédito, riscos de recuperação judicial ou falência, (iii) pouca governança e falta de expertise em gestão, principalmente em crises, (iv) informações - muitos fornecedores carecem de ERP sofisticado sistemas e ferramentas de inteligência de negócios, com dados não confiáveis e, resultados imprecisos, (v) tecnologia e base de ativos - equipamentos antigos e falta de recursos para investir em P&D.

É comum vermos fornecedores destas cadeias confiarem aos clientes a função de financiar suas necessidades de fluxo de caixa, uma vez ao se encontrem em situações críticas. Quanto mais dependente do fornecedor, mais caro será ajudá-lo a sair de uma situação de crise. Portanto, as empresas principais das suas cadeias de valor devem conhecer a condição e o status de seus fornecedores para evitar ficarem em posições frágeis. Os gestores de tais empresas precisam desenvolver um relacionamento próximo com os fornecedores e compreender profundamente todas as opções disponíveis, caso seus fornecedores tenham problemas.

A questão é se há uma maneira de aumentar o nível de análise preditiva, para evitar interrupções de produção e acomodações financeiras onerosas. Examinar puramente os KPIs financeiros, de qualidade e de entrega é superficial e não permite antecipação e mitigação de riscos. Um mergulho em outros aspectos-chave do fornecedor só pode ser alcançado com gestão ativa de risco do fornecedor (o que chamamos em inglês de Supplier Risk Management).

De acordo com o MIT Sloan Management Review, a maioria dos gestores sabe que deve proteger suas cadeias de suprimentos, mas poucos agem para mitigar os riscos fazendo pouco para evitar incidentes ou mitigar impactos. Alguns desastres naturais/ biológicos nos últimos anos causaram interrupções em cadeias de suprimentos e destacaram vulnerabilidades dessas redes integradas.

Os gestores deveriam saber proteger suas cadeias de abastecimento de interrupções, mas as soluções mais óbvias, como aumentar os estoques, adicionar capacidade produtiva em locais diferentes e ter vários fornecedores, podem não ser as mais eficazes. Apesar das organizações reconhecem que seus fornecedores são vulneráveis, carecem de know-how para agir e normalmente implantam processos reativos e não preditivos.

Apesar de 66% das organizações estarem preocupadas com os riscos da sua cadeia, apenas 40% realizam avaliações de risco (ainda assim esporadicamente ou após um evento crítico). Além disso, 65% das organizações têm baixa visibilidade dos fatores de risco nos fornecedores Tier2 e Tier “n” (ou seja, fornecedores indiretos que causam tanto risco quanto os diretos).

Consequentemente, 77% das organizações entrevistadas pelo MIT tiveram interrupções significativas em sua cadeia de suprimentos nos 2 anos anteriores à pesquisa. De acordo com a Anual Supply Chain Today de 2014, 24% das empresas relataram que sua marca e reputação foram prejudicadas após uma interrupção na cadeia de suprimentos.

Embora a interrupção seja um problema comum, várias organizações não conseguem determinar com antecedência as repercussões de uma interrupção e os gestores só começam a fazer perguntas depois de enfrentar o problema, e aí, já pode ser tarde demais. O que fazer pra evitar esse tipo de situação?

Definir o nível de risco e proteção desejados, mapeando possíveis problemas relacionados aos fornecedores e a probabilidade de causar interrupções futuras. Após a identificação, definir um plano de ação para resolvê-los antes que se tornem problemas reais, priorizando pela urgência.

Abordar antecipadamente permite projetar o risco, estando em uma posição favorável no caso de ruptura. A principal vantagem da predição é o tempo de resposta. O curto tempo ameniza os danos. A preparação para um evento de interrupção, por exemplo, 90 dias antes, é mais favorável do que a preparação para a interrupção na véspera da mesma.

Além de examinar resultados financeiros históricos, ratings de crédito, tendências de qualidade, tempo de entrega, de giro de estoque, contas a pagar e a receber, é importante reconhecer os sinais de desempenho financeiro futuro. Da mesma forma, é importante conhecer a gestão de caixa e a cultura de caixa do fornecedor, pois indicam a capacidade em enfrentar desacelerações econômicas e eventos de crise. É importante desenvolver um processo de monitoramento para coletar dados do fornecedor e avaliar a saúde financeira continuamente, compreendendo os gatilhos para interrupções, antes que as mesmas ocorram.

Também ajuda aprender com eventos passados (o que aprendemos com a crise atual?), criando contingências (plano tático para cenários de maior probabilidade), ter um "Plano B" e pensar holisticamente (compreender os elementos macro afetando os negócios).

Você deve monitorar seus fornecedores: (i) avaliar o desempenho financeiro (ii) analisar os KPIs, como qualidade e tendências de preços, (iii) identificar novos fornecedores, (iv) solicitar que os fornecedores compartilhem informações (pré-condição contratual) e (v) desenvolver perfil de risco de cada fornecedor. Identifique os problemáticos: entenda os problemas e as principais causas e use as informações de monitoramento para determinar as áreas mais prováveis de perigo. Você pode categorizar seus fornecedores de acordo com alguns graus de stress percebido.

Baixa performance: (i) redução nas receitas, (ii) perda de participação de mercado, (iii) crescimento lento, (iv) margens deterioradas, (v) demissões de pessoal, (vi) questões de qualidade e tempo, (vii) receitas concentradas em poucos clientes. Problemático: (i) restrições de capital de giro, (ii) redução do capex e opex de manutenção, (iii) inadimplência em covenants de dívida e “paredes de dívida”, (iv) perdas operacionais, (v) fluxo de caixa negativo. Em crise: (i) acesso limitado a dinheiro novo, (ii) pedidos de antecipação de dinheiro, re precificações e condições de pagamento, (iii) venda de ativos (às vezes essenciais), (iv) restrições de caixa, (v) falha em cumprir as dívidas atuais.

Com base no grau de dificuldade e nas opções disponíveis, determine um plano de ação (recursos, antecipar dinheiro, aumento de preço, aporte de dinheiro, aquisição, empréstimo) e estabeleça uma equipe para implantá-lo.

Há várias maneiras de endereçar um fornecedor nessas condições e, antes de abordá-lo, você deve entender questões operacionais: (i) nível de estoques nos fornecedores e na sua fábrica, (ii) viabilidade de aumento de estoque (custo, armazenamento), (iii) propriedade dos ferramentais facilidade de recuperá-los, (iv) existência de outros fornecedores substitutos (custo, complexidade e volumes), e questões estratégicas: (i) propriedade intelectual, (ii) nível de dificuldade financeira, (iii) histórico de relacionamento com o fornecedor e experiencia da gestão desse fornecedor, (iv) perspectivas de geração de caixa.

Com base no acima mencionado, as ações que você pode realizar são: (a) arrumar um novo fornecedor: disponíveis com baixa complexidade/ transição rápida, com os mesmos custos (ou aumento ajustado ao risco). (b) apoio financeiro: se a situação pode ser resolvida com eficiência e dinheiro adicional, invista capital e contrate especialistas para melhorar as margens do fornecedor, se a probabilidade de realização for alta, pois pode ser apenas uma correção temporária para problemas. (c) sugerir um M&A: se o apoio financeiro não for suficiente, você pode buscar compradores com solidez financeira para o fornecedor. (d) adquirir o fornecedor: se as alternativas acima não forem possíveis, você pode considerar a aquisição para evitar interrupções.

A passagem de um modelo de operação verticalizado para um terceirizado influenciou a organização de diversos setores e alterou a dinâmica do poder de barganha. Algumas indústrias já têm mais de 80% de sua cadeia de valor fornecida por terceiros. Empresas multinacionais contam com fornecedores globais e locais, cuja capacidade de entrega está sujeita a riscos sistêmicos e intrínsecos.

Para evitar interrupções, o tempo é mandatório, e você deve ser capaz de identificar e resolver problemas prováveis antes que se tornem problemas reais. Monitorar fornecedores, com ferramentas e indicadores adequados, pode reduzir drasticamente o risco associado de perda de receita e reputação. Além disso, existem estratégias adequadas para cada nível de stress de fornecedores, que devem ser implementadas de acordo com os objetivos da sua empresa e a relevância do fornecedor.

 

  

Estevão Rocha - professor de Turnaround na FIA Business School. Engenheiro naval (Poli/USP), extensão em economia (Harvard), finanças e marketing (FEA/USP), tecnologia (Singularty University), mestrando (University of Liverpool). Foi head global de M&A da Atento (NYSE), reestruturador de empresas pela KPMG e IVIX, diretor da G4S (LSE) e associado no private equity Artesia. Assessorou mais de uma centena de empresas.


Home office: especialista dá dicas de trazer mais conforto ao ambiente de trabalho

Trabalho remoto ganha força durante pandemia de Covid-19 e exige adaptações para manter ambiente confortável e produtivo 

 

Em decorrência da pandemia de Covid-19, que impôs medidas para restringir a circulação e aglomeração de pessoas, muitas empresas tiveram que adotar o home office como forma de trabalho. Como resultado, a procura por projetos relacionados à reforma em ambientes residenciais aumentou.

De acordo com a designer de interiores Andreia Araujo, o home office veio para ficar e foi responsável por diversas adaptações nos últimos dois anos. Com isso, alguns cuidados são necessários para manter o ambiente confortável na hora de trabalhar em casa. 

Segundo a profissional, o cuidado com a postura deve ser um dos pontos de maior atenção durante o home office. Por isso, é importante ter mobiliários adequados, como uma boa cadeira e uma bancada na altura correta.

“A altura da bancada e da cadeira deve permitir com que seu antebraço fique apoiado sobre o teclado ou à mesa. Os joelhos devem estar dobrados em um ângulo de 90 graus, já os pés precisam estar apoiados no chão. A altura da tela do computador também é muito importante, sua cabeça tem que estar ereta, sem que você precise levantá-la ou baixá-la”, explica. 


Cuidados com a iluminação

De acordo com a designer, também é preciso ter cuidados com a iluminação para manter o ambiente agradável, visto que certas cores de lâmpada podem influenciar negativamente na qualidade do trabalho. 

“Procure um ambiente onde você consiga ter bastante luz natural. Caso isso não seja possível, considere trabalhar com iluminações artificiais nos tons mais brancos para que você tenha mais atenção”, comenta.

A profissional recomenda que lâmpadas amarelas sejam evitadas, tendo em vista que a tonalidade, apesar de ser considerada aconchegante, também pode dar uma leve sensação de moleza. 


Home office com crianças e pets em casa

De acordo com Andreia, é possível fazer home office com crianças em casa. Para isso, a profissional sugere que sejam feitas mudanças no ambiente para que os pequenos possam entender que aquele também é o lugar de trabalho dos pais.

“A dica é pintar aquele pedacinho onde está a bancada com uma cor diferente e trazer a psicologia com as crianças. Por exemplo: 'olha, quando o papai e a mamãe estiverem sentados neste cantinho, com esta cor aqui, é o momento de trabalhar’. Então, é importante a criança entender o limite dela", diz.

Além de crianças, a designer conta que também é comum a presença de pets no ambiente de trabalho remoto. Desse modo, Andreia recomenda a utilização de métodos que possam distrair o animal.

“Se você mora sozinho, de repente há algum brinquedo que possa prender a atenção do animal. Em casa, quando preciso fazer alguma reunião, a minha cachorrinha Maggie sempre fica na sala, e eu fico no quarto da minha filha, que é o lugar que a gente adaptou para isso”, revela.

Para Andreia, o mais importante é entender que a empresa está sendo adaptada dentro de casa. “Só que, de maneira alguma, você tem que fazer com que isso seja um empecilho, tem que encontrar o equilíbrio para isso. Essa é a minha dica sobre home office", finaliza.


Seis em cada dez empresários demonstram otimismo para realizar investimentos em 2022, aponta Boa Vista

Levantamento, realizado no 4º trimestre de 2021, ouviu 500 empresários dos setores de serviços, comércio e da indústria

 

Um levantamento realizado ao longo do 4º trimestre de 2021 pela empresa de inteligência analítica Boa Vista revelou que 61% dos empresários dos setores de serviços, comércio e da indústria demonstravam otimismo para realizar investimentos em 2022. Segundo a pesquisa, entre os entrevistados que declararam querer investir em seu próprio negócio ao longo deste ano, 62% disseram que irão apostar no aprimoramento de seus produtos e serviços, contra os 54% registrados no mesmo período de 2020. Na sequência, 60% dos empresários apontaram a tecnologia como foco dos investimentos e 57% disseram que pretendem investir na capacitação e no desenvolvimento de suas equipes. A pesquisa permitia mais de uma resposta sobre o destino das aplicações planejadas.


“É notável o aumento da confiança dos empresários que pretendem investir no crescimento de seus negócios. O otimismo identificado no final do ano passado se deu muito por conta da ampla aderência da população à vacinação e o fim das restrições de acesso para o comércio e serviços. Apesar de se tratar de um cenário totalmente oposto ao do final de 2020, é importante fazer a ressalva de que fatores recentes como o aumento dos casos de Covid-19 e de gripe, além de novas restrições, tais como o cancelamento do carnaval de rua em diversas cidades e estados, suspensão de voos e de operações de cruzeiros, por exemplo, podem voltar a frear o ânimo dos empresários neste início de ano”, explica Flávio Calife, economista da Boa Vista.


Entre os entrevistados, 68% declararam ter a expectativa de alavancar seu faturamento em relação ao último trimestre de 2020, período em que 49% dos empresários afirmavam ter certeza de crescimento. “As empresas irão direcionar seus investimentos para buscar o crescimento e compensar o desempenho dos dois últimos anos, que foi severamente prejudicado”, comenta Calife.


O otimismo dos empresários não se limita aos investimentos. Pouco mais da metade dos entrevistados, 51%, espera uma diminuição no índice de endividamento das empresas. Em 2020, no mesmo período, apenas 34% tinham essa expectativa. A diminuição da inadimplência no país também é esperada pela maior fatia dos entrevistados. Cerca de 45% acreditam que os índices devem cair, enquanto 35% apostam na estabilidade e 20% em um possível crescimento dessa taxa.


Mesmo com a perspectiva de queda no endividamento das empresas, há entre os entrevistados, refletindo a alta das taxas de juros, a intenção de não tomar crédito em 2022. Apenas 33% têm planos de solicitar de crédito neste ano, enquanto cerca de 42% declararam a mesma intenção em 2020. O principal objetivo dos empresários que irão precisar de crédito é garantir o capital de giro – 45% – e pagar dívidas já contraídas. “Algumas empresas vão precisar de recursos para ter fôlego financeiro, mesmo com perspectiva de contratarem crédito por taxas maiores que as praticadas em 2021”, explica o economista.



Metodologia


A pesquisa realizada pela Boa Vista foi baseada em um questionário estruturado, aplicado ao longo do 4 trimestre de 2021, entre 500 empresários, na sua maioria representantes dos setores de serviços, comércio e da indústria, em nível nacional. O índice de confiança é de 90% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Boa Vista


Poupatempo da Sé oferece atividades gratuitas para a população curtir ao ar livre

 Na área externa da unidade são realizadas diversas práticas esportivas; iniciativa é promovida pelo Sesc do Carmo  

  

Ainda dá tempo de aproveitar o tempo livre para se descontrair, praticar exercício físico e até mesmo aperfeiçoar as habilidades esportivas.  Quem estiver ou passar pelo Poupatempo da Sé, na região central de São Paulo, pode realizar algumas atividades gratuitas no local até o próximo dia 12 de fevereiro.   

Com um espaço montado na área externa da unidade, o Poupatempo oferece modalidades como slackline, tênis de mesa, futmesa, chute a gol e minigolfe. Promovida pelo Sesc do Carmo, a ação faz parte do projeto Sesc Verão 2022, que conta com uma programação voltada à importância do lazer no cotidiano.   

As atividades são indicadas para maiores de 12 anos, que deverão apresentar um documento com foto e o comprovante de vacinação contra a Covid-19, com duas doses ou dose única, na versão física ou digital – disponível no portal www.poupatempo.sp.gov.br ou no aplicativo Poupatempo Digital. O uso da máscara também é obrigatório durante todas as práticas. 

  O Sesc Verão é uma campanha que busca proporcionar às pessoas novas possibilidades de vivenciar aspectos variados da cultura esportiva, bem como outras experiências corporais. 

  

Serviço 

Espaço Tempo Livre 

Local: Poupatempo da Sé – Rua do Carmo, s/n – Sé/ SP. 

Datas e horários: até 12/02 – segunda a sexta-feira, das 9h às 14h; e sábado, das 9h às 13h. 

Evento gratuito aberto à população. 


Volta às aulas: como se preparar para a retomada da rotina

Para crianças e adolescentes o retorno às atividades escolares requer organização e promove o fortalecimento da autonomia 

 

As aulas estão retornando em todo país. É hora dos familiares adequarem a rotina para incluir os novos horários, e organização para o retorno das atividades. Para crianças e adolescentes, o período das férias é fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais e motoras de forma lúdica. Já o retorno à rotina pede muito aprendizado no processo e diálogo entre as famílias. 

 

Para a psicóloga Michele Morais, do Marista Escola Social Ir, Lourenço, que atende crianças e adolescentes gratuitamente na Zona Leste de São Paulo (SP), a infância é uma fase de organização do mundo interno, mais subjetivo, e do pensamento. “Se a família transmitir segurança, o mundo externo à realidade, é internalizada pela criança e adolescente. Isso possibilitará o fortalecimento de sua autonomia, já que eles normalmente absorvem tudo ao seu redor”, reforça. 

 

A rotina exerce um papel fundamental no desenvolvimento e preparação para o retorno, e pode trazer muitos aprendizados para os alunos. “Eles aprendem a conviver e compreender a realidade de sua família, de sua escola, seu bairro e até sua cidade. A organização e a rotina podem contribuir para o entendimento dos limites e convivência com a frustração. Como nem tudo é permitido, algumas vezes eles podem se sentir frustados, mas esses limites ajudam a entender os próprios sentimentos e como agir em algumas situações”, revela. 

 

A especialista dá algumas dicas de como retomar a rotina para o retorno das atividades. 

 

  1. Incentivo ao encontro 

A escola é ponto de encontro, e as crianças e adolescentes têm saudade do momento de interação e de troca com os colegas. Relembrar esses momentos é também promover e auxiliar os estudantes a se organizarem melhor para a retomada. 


 

2.Prepara o momento do retorno

 

É importante adequar a rotina em casa (horários para se alimentar, dormir) aos poucos, antes das aulas retornarem, para ajudar os estudantes na adaptação.


 

3. Apoie o inicio e as dúvidas

 

Todo início de ano é cercado de novidades, novos colegas, salas, professores. Independente de qual idade a criança ou o adolescente tenha, o incentivo nesses primeiros momentos é importante. “Apoie na reorganização da nova rotina, sente para estudar junto, reveja os horários, calendários, material escolar, descubra os novos professores. Isso  faz com que esse diálogo promova ainda mais segurança na retomada” .



Marista Escolas Sociais

https://maristaescolassociais.org.br/


Planejamento para 2022: além do profissional, precisamos cuidar do pessoal

Andreia Vittorelli, diretora operacional e financeira da BiUP Educação, conta como é importante o planejamento não só do profissional quanto do pessoal

 

Eu sei e você sabe – “Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.” Esta frase de Lewis Carroll, o autor do clássico – “Alice no País das Maravilhas”, nos traz uma grande lição sobre a importância de um planejamento pessoal eficiente. De fato ninguém deseja viver caminhando em círculos, muito menos se esforçar tanto e não ser recompensado por sua dedicação. Contudo, quando a energia empregada não tem um direcionamento correto e um foco específico é sempre isso que vai acontecer.

 

O planejamento de vida pessoal funciona como um guia que indica aonde você quer chegar. Ele reúne sonhos, metas, objetivos e etapas, servindo como direcionamento para seu crescimento e trazendo incentivo e motivação para todas as áreas da vida — especialmente no âmbito profissional. Muitas pessoas o enxergam como um ditador de regra e não fazem seu planejamento pessoal com medo de perderem sua liberdade, mas isso não é verdade. Você perder, de fato, sua liberdade quando não se planeja e vive refém das ocasiões.

 

Quando apenas deixamos que as coisas aconteçam, sem planejar, corremos o risco iminente de tomarmos decisões ruins e que, muitas vezes, podem nos prejudicar. Por isso, se você deseja fazer uma viagem que requer maior investimento financeiro, organizar sua festa de casamento, formatura, mudar de emprego ou mesmo emagrecer alguns quilos, também deve seguir a mesma linha. Ou seja, ser sempre bastante exato ao definir os seus alvos e as estratégias que usará para alcançá-los.

 

Um planejamento torna qualquer tarefa mais produtiva. Quando o assunto é traçar diretrizes que impactarão em seu padrão e estilo de vida, o esforço é recompensado com o alcance mais rápido e certeiro do ideal financeiro almejado. Para elaborar o planejamento pessoal será preciso trilhar uma jornada de autoconhecimento, que trará diversos benefícios. Isso porque serão necessários novos aprendizados, reflexões e um constante aperfeiçoamento.

 

Comece agora, com o que você tem e de onde você está. Invista o tempo que for necessário na busca de seu propósito e aloque todas as suas forças em torná-lo algo real. Aproveite este momento para fazer uma jornada de autoconhecimento, você pode se surpreender positivamente.

 

Não se esqueça que sentir-se realizado é o ideal da maioria das pessoas, mas o conceito de realização é individual — por isso mesmo a responsabilidade em fazer algo para alcançar essa meta é única. 

Reúna suas forças, acredite em sua força interior, mentalize suas realizações acontecendo, sinta esta energia e sensação boa percorrendo todo o seu corpo e caminhe na direção do seu sucesso. Tenho certeza de que ao planejar suas ações e colocá-las em prática, a cada passo, estará cada vez mais confiante, empoderado e próximo de alcançar seus resultados extraordinários. 

 

Andreia Vittorelli - formada em gestão financeira pela ETEC. Possui 10 anos de experiência em empreendedorismo e atua a mais de 20 na área de gestão financeira. É especialista em reestruturação de negócios e atualmente é diretora operacional na BiUP Educação


Qual a importância da gestão estratégica para o setor de energia?

O setor de energia é vital para a economia brasileira. Com uma sofisticada infraestrutura, ele vem sofrendo importantes avanços e modernizações nos últimos anos, adquirindo capacidade e potencial para prover a alta demanda nacional. Sob intensa transformação – e, ainda, imensa expectativa de impulsionar a retomada econômica nacional – ter uma boa gestão estratégica deve ser o foco de investimento das companhias desse segmento, de forma que consigam administrar seu crescimento veloz, sem prejuízos na qualidade da entrega final.

A convergência digital foi um dos principais influenciadores do crescimento do setor energético no país, possibilitando a adoção de sistemas e mecanismos que contribuíssem para um melhor desempenho destas companhias. Não à toa, o número de startups no Brasil voltadas para a área de energia cresceu 29,82% entre dezembro de 2020 e outubro de 2021, de acordo com dados do relatório Mercado de Energia no Brasil. Delas, quase 18% são voltadas para eficiência energética, 20% para geração compartilhada e 15% para Data Analytics.

Grandes oportunidades são vistas no segmento. Mas, mesmo com forte apoio tecnológico, a falta de gestão ainda atinge grande parte do setor – especialmente, dentre os distribuidores da matriz energética solar, que necessitam de soluções modernas para que consigam entregar os projetos com mais eficiência e menor custo. Isso envolve desde a definição do orçamento a ser aplicado, passando por toda gestão de estoque, produção, financeira fiscal, até a assistência técnica e pós-venda.

Quando aplicadas corretamente, essas ferramentas permitem que as organizações tenham uma melhor gestão, possibilitando uma previsibilidade mais assertiva no fluxo de caixa, no balanceamento dos estoques, gestão de custos, reduzindo o ciclo financeiro e aumentando a eficiência operacional e, até mesmo, fidelização dos integradores, que complementam o ecossistema do segmento como base para sua operação.

Todos esses dados das movimentações internas, quando administrados e tratados corretamente, trazem uma visão mais clara sobre o desenvolvimento e eficiência dos projetos, assim como uma tomada de decisões mais assertiva para aprimorar constantemente o andamento dos processos. Para adquirir todas essas vantagens, apenas um bom sistema de gestão é capaz de apresentar uma plataforma robusta com todas as ferramentas necessárias para essa missão.

Um ERP completo traz, em uma única solução, mecanismos que auxiliam o setor energético em toda a sua geração de demanda, desde a definição do projeto a ser executado até o pós-venda. Por meio de dashboards, gestão de ativos e controle de garantia, as empresas conseguem ter um melhor desempenho na captação dos clientes, no dimensionamento técnico esperado, integração do pedido de venda de forma automatizada e uma visão mais clara sobre seu fluxo de caixa.

Ainda, os sistemas de gestão modernos também facilitam a contabilidade interna da companhia, reunindo todos os dados fiscais e financeiros em uma mesma plataforma, com uma maior clareza sobre a entrada e saída de capital. Uma boa estruturação com indicadores de desempenho são fundamentais para uma boa performance no mercado.

Os benefícios de um ERP são inegáveis – mas, devem estar sempre acompanhados de uma cultura de processos bem estruturados. É preciso, mais do que nunca, evidenciar a importância de uma gestão estratégica para a conquista de resultados cada vez melhores para o setor de energia por meio de indicadores que tragam uma administração orientada por dados e, consequentemente, uma maior força para ações que elevem ainda mais o potencial energético no país.

 

Alexandro Dias bacharel em Ciências da Computação e CEO da ALFA Sistemas de Gestão, consultoria SAP Business One Gold Partner.

 

ALFA

www.alfaerp.com.br   


Fevereiro Violeta: Parque D. Pedro Shopping vai abrir sala de alfabetização para jovens e adultos

 

Foto: LZP Produções


Iniciativa permite que funcionários, colaboradores e terceiros retomem os estudos no contraturno do trabalho 

 

O Parque D. Pedro Shopping, administrado pela Aliansce Sonae, vai abrir uma sala de aula para alfabetização de jovens e adultos. A iniciativa faz parte da campanha Fevereiro Violeta, que busca a erradicação do analfabetismo em Campinas. A ação, em parceria com a Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), fará uma busca ativa por funcionários, colaboradores e terceirizados não alfabetizados ou que tenham interesse em retomar os estudos. O shopping contará também com informações nas redes sociais e um quiosque com materiais informativos, consulta de disponibilidade e localização de salas de EJA em Campinas e realização pré-matrícula para o público, disponibilizado pela Fumec, entre 8 e 25 de fevereiro.
 

As aulas no Parque D. Pedro Shopping vão acontecer no contraturno do trabalho desses profissionais e contarão com toda a estrutura da campanha como uniforme, material, lanche, consultas médicas com oftalmologista, óculos se necessário, além de formaturas semestrais.

“Essa é uma iniciativa inédita e que reforça a nossa política de responsabilidade social. Seja por falta de oportunidade ou de tempo, muitos jovens e adultos acabam não priorizando os estudos. Por isso, traremos a sala de aula para dentro do nosso empreendimento, oportunizando o acesso aos estudos, favorecendo as interações diárias dessas pessoas no trabalho e no meio social onde vivem”, explica o superintendente Marcelo Zaffalon. “Para nós, essa iniciativa é motivo de muito orgulho. Alguns funcionários que tiveram a oportunidade de estudar irão se engajar como agentes da transformação, incentivando seus colegas a começarem ou retomarem os estudos”, completa Zaffalon. Nesta quinta-feira (3), o Parque D. Pedro Shopping participou da abertura oficial da campanha na Prefeitura Municipal de Campinas.

Desde 2013, a Fumec atendeu 33.205 alunos nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para esse ano, serão disponibilizadas 116 classes distribuídas em todas as regiões de Campinas, com possibilidades de aumento, se houver novas demandas. “A parceria com o Parque D. Pedro Shopping na Campanha de Alfabetização do Fevereiro Violeta 2022 é de alta relevância para a Fumec pelo fato de contribuir efetivamente na melhoria da qualidade de vida das pessoas acima de 15 anos que não sabem ler e escrever e daquelas que, por algum motivo não concluíram o Ensino Fundamental. Essa iniciativa demonstra o quanto a instituição está preocupada em dar todas as condições aos seus colaboradores para que tenham êxito na sua vida pessoal e profissional”, explica José Batista de Carvalho Filho, gestor dos Programas de EJA da Fumec. A cor violeta foi escolhida, segundo ele, por simbolizar a dignidade, a prosperidade e o respeito, substantivos que convergem com a missão da Fundação, que é possibilitar às pessoas, em qualquer fase de sua vida, a educação.
 

“É importante destacar que esse projeto trata de uma parceria única e diferenciada com envolvimento de todos os níveis hierárquicos, além de oportunizar uma educação de qualidade às pessoas que tiveram o seu direito negado no passado, por razões diversas. Parabéns a toda equipe do Parque D. Pedro Shopping pela iniciativa”, completa o gestor.
 

Andorinha reforça a importância da alfabetização

Para completar as ações, o Parque D. Pedro Shopping iluminará a andorinha, símbolo do empreendimento, com luz violeta. O shopping tem colorido com luzes a sua andorinha em ações de conscientização da sociedade como, por exemplo, o Janeiro Branco, mês de conscientização da saúde mental; Novembro Azul, mês de combate ao câncer de próstata; e o Outubro Rosa, focado na prevenção do câncer de mama.


Processos para conseguir a cidadania italiana crescem durante a pandemia

Caminho via judicial ganha destaque no Brasil pela celeridade na execução e pelo requerente não precisar viajar à Itália


Novos caminhos e novas possibilidades. O processo para conseguir a cidadania italiana ganhou capítulos inéditos durante a pandemia de Covid-19. De um lado, pessoas que passaram os últimos dois anos em casa e acabaram despertando seus sonhos ao encontrar documentos importantes para conquistar a tão sonhada cidadania. Do outro, famílias que se viram em meio a um momento conturbado do país política e economicamente, que acabou se agravando com as restrições impostas pelo avanço do coronavírus, e decidiram dar um passo adiante na tão sonhada mudança para a Europa.

 

Esses novos caminhos, que se cruzaram nestes últimos dois anos, fizeram a procura pela cidadania italiana disparar. Com mais tempo para se dedicar ao sonho de buscar a tão sonhada cidadania, houve um crescimento expressivo de novas solicitações em diversos escritórios de advocacia especializados no assunto.

 

É o caso do ALM Advogadas Associadas, escritório que viu esse “boom” acontecer logo depois do começo da pandemia, já que as pessoas conseguiram encontrar documentos e caminhos necessários para conquistar a cidadania, justamente pelo maior tempo investido na procura das certidões e na pesquisa da linhagem familiar.

 

“As pessoas nestes últimos dois anos, por terem ficado em casa de uma maneira ‘obrigatória’, acabaram indo revirar os sonhos que estavam escondidos na gaveta e encontrando documentos que estavam lá ‘escondidos’ há anos. Até então, com a rotina pré-pandemia, as pessoas não tinham tempo de parar e construir uma linhagem de transmissão documental, obrigatório para solicitar o direito à cidadania, já que temos que comprovar por meio das certidões essa linhagem, desde o Dante Causa, que é quem dá a origem na causa de pedir a cidadania, no caso da italiana, de um italiano nascido na Itália”, disse Karla Leal Macedo, uma das sócias-diretoras do ALM Advogadas Associadas. “A pessoa acabou tendo mais tempo para se dedicar a esse sonho de buscar a cidadania, começou a procurar um profissional de confiança e foi assim que vimos um ‘boom’ de novos requerimentos”, completou.

 

Atrelado a este novo momento, também estavam os processos que iriam ser abertos na Itália, por Via Administrativa, que acabaram sendo cancelados por conta da pandemia. Muitos brasileiros já estavam com a passagem comprada para ir à Itália dar entrada no processo e acabaram encontrando fronteiras fechadas e todas as restrições impostas pelo governo para conter a disseminação do vírus.

 

Todos estes componentes fizeram com que escritórios de advocacia especializados em processos de cidadania criassem uma força-tarefa para dar conta de tantas solicitações. É o caso do ALM Advogadas Associadas, que ultrapassou as barreiras do trabalho presencial e montou um escritório totalmente digital, com a expertise das advogadas no Brasil, na Itália e em Portugal, Karla Leal Macedo, que é mestre em direito pela Universidade de Bolonha e se dedica principalmente aos processos no Tribunal de Roma, e Rebeca Albuquerque, especialista em compliance e em direito internacional. Ambas focadas numa frente que ganhou muito destaque desde o ano de 2018: o processo de pedido de cidadania VIA JUDICIAL.

 

 

Processo para conseguir a cidadania via judicial

 

O brasileiro possui três caminhos para o seu processo de cidadania italiana: a via consular, a via administrativa na Itália e a via judicial junto ao Tribunal italiano competente. Segundo Rebeca Albuquerque, sócia-diretora do ALM Advogadas Associadas, “a via judicial tem sido o caminho mais procurado especialmente a partir de 2018 e depois da recente pandemia do Covid-19, por ser uma via considerada célere em comparação com o tempo das filas consulares e menos custosa do que a via administrativa por fixação de residência na Itália”.

 

O número de processos via judicial vem aumentando desde 2018, ano em que a Itália abriu a oportunidade para quem tem tipologia administrativa paterna. Até então, a via judicial concentrava processos apenas de quem possuía cidadania por via materna. E os descendentes de italiano logo descobriram essa nova oportunidade, já que até então a grande maioria solicitava a cidadania italiana por via administrativa, junto a um comune (prefeitura, em italiano), com a necessidade de estar residindo na Itália.

 

Com a pandemia e as fronteiras fechadas, muitos brasileiros tiveram prejuízos ao investir na cidadania administrativa, uma vez que já tinham passagens compradas e inclusive pago assessores para acompanhar o processo na Itália. E foi neste momento, de fronteiras fechadas, que a via judicial se tornou praticamente a única maneira de conseguir a tão sonhada cidadania italiana.

 

“A pandemia estimulou ainda mais os brasileiros a conseguir a cidadania italiana pela via judicial, porque essa é uma opção que não requer a presença física do descendente na Itália. Ou seja, os brasileiros não precisam gastar com passagens aéreas, aluguel, alimentação e o tempo para ir e permanecer durante todo o período do processo na Itália”, disse Karla Leal Macedo. “Isto fez com que o número de solicitações aumentasse muito”, completou. A advogada lembrou ainda que a via judicial pode ser coletiva. Com isso, processos familiares em que os descendentes de um mesmo Dante Causa compartilham a mesma pasta, podem ser declarados italianos numa mesma sentença. Ou seja, a via judicial tem a vantagem de compartilhar custos e não precisar ir até a Itália para requerer a cidadania.

 

Outra vantagem do caminho via judicial, em comparação com a via administrativa e via consular, é o tempo de espera. Se o cidadão brasileiro decidir entrar com um requerimento de cidadania via consular, o tempo médio para que o processo seja resolvido tem sido de oito anos. Na Itália, por via administrativa, é lei que a administração pública dê o veredito da cidadania em no máximo dois anos. Já via judicial, esse tempo de espera varia de acordo com o volume de processos.

 

 

Via judicial facilita processos, mas afoga Tribunal de Roma

 

A procura foi imensa. O Tribunal de Roma ficou assoberbado de trabalho, já que foram impetrados uma média de 30 mil processos de reconhecimento de cidadania italiana entre os anos de 2020 e 2021. Com a quantidade de ações triplicada, os juízes que até então conseguiam julgar uma ação num período de 1 (um) ano, agora estão fixando audiências para daqui a 3 (três) anos.

 

Outro problema também dificultou um pouco a jornada pela cidadania. Houve uma força-tarefa dos tribunais para se adaptar às novas tecnologias de uma maneira muito veloz, utilizando-se, no entanto, de programas ainda não muito atualizados para o que se realmente necessita no mundo virtual.

 

Por fim, houve uma série de audiências remarcadas por conta da pandemia, atrasando a conclusão de ações. No entanto, com a nova reforma no Código de Processo Civil italiano e a descentralização da competência dos Tribunais para julgamento de ações de constatação de cidadania italiana, espera-se o retorno dos julgamentos em curto espaço de tempo, voltando aos prazos anteriores à pandemia do Covid-19.

 


 

ALM Advogadas Associadas

https://almdireitoacidadania.com/


Insegurança jurídica marca início do ano tributário para empresas

Pixabay
Especialista aponta sete temas da pauta contábil de 2022

 

Uma possível reforma tributária chegou a causar preocupação a contadores e tributaristas no segundo semestre de 2021, mas acabou travada no Senado. Ainda assim, esses profissionais não ficaram tranquilos no último mês do ano. Dois temas foram monitorados de perto: o diferencial de alíquota do ICMS (DIFAL) e a prorrogação da desoneração da folha de pagamento.    

Enquanto a desoneração da folha foi sancionada no dia 31 de dezembro, o DIFAL ficou para depois. E, de acordo com o coordenador e professor dos programas de MBAs em Contabilidade e Finanças da Universidade Positivo (UP), Marco Aurélio Pitta, isso trouxe uma insegurança jurídica enorme para as empresas – principalmente porque alguns estados se anteciparam. "O Paraná, por exemplo, regulamentou, ainda em dezembro, algo que ainda não tinha lei complementar federal sancionada, o que veio a ocorrer somente nos primeiros dias de 2022. Fica a dúvida quanto à eficácia da cobrança desse diferencial: já a partir de janeiro? Após 90 dias, conforme  lei complementar? Em 2023?", questiona o especialista.

Considerando as eleições presidenciais, Pitta elencou sete temas que profissionais de contabilidade e direito tributário precisam ficar de olho em 2022.

  1. Teses tributárias em disputa: Existem milhares de discordâncias entre os contribuintes e o Fisco, sobretudo na esfera federal. As “filhotes” da famosa “tese do século” (exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS) devem ser discutidas em 2022.
  2. Reforma tributária baseada nas PECs: As propostas das Emendas 110/19 e 45/19 tendem, em ano de eleições, a ficarem um pouco de lado. "Senado e Câmara dos Deputados devem voltar a dar atenção para esse tema somente em 2023", prevê Pitta.
  3. Consolidação do PIS e COFINS: A fusão desses dois tributos “gêmeos” foi proposta pelo governo federal por meio do Projeto de Lei 3887/20 (CBS) em uma espécie de Fase 1 de uma Reforma Tributária. Se não vingar via PL, acontecerá pela PEC dentro da Reforma Tributária oriunda das PECs. Mas, segundo Pitta, também só deve voltar à pauta em 2023.
  4. Tributação de Dividendos e redução do IRPJ: Para pleitear possível entrada na OCDE, o Brasil precisa alterar a forma de tributação de dividendos. "A tributação deverá ser de 15% e, em contrapartida, haverá uma redução de alíquota dos atuais 25% no Imposto de Renda para as empresas", antecipa. Outro tema que deve ficar para o ano que vem, segundo o especialista.
  5. Tributação sobre pagamentos: Para fazer frente a possível desoneração da folha, a tributação sobre movimentações financeiras, algo próximo à antiga CPMF, pode aparecer como novidade, segundo Pitta. "A tributação de novos serviços e produtos digitais está na mira", ressalta.
  6. Mudanças no Imposto de Renda Pessoa Física: O governo federal é a favor de aumentar a faixa de isenção do IRPF para cerca de R$ 3 mil mensais. "Essa questão é promessa de campanha do presidente. O problema é que, em ano de eleições, dificilmente deve avançar", avalia.
  7. Revisão de incentivos fiscais: São quase R$ 300 bilhões de reais anuais com renúncias como o Simples Nacional e a Lei Rouanet, por exemplo. O secretário de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, já anunciou nos primeiros dias de 2022 um pacote de mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura. Entre elas, a redução de 50% no teto do incentivo, de R$ 1 milhão para R$ 500 mil.

 

Universidade Positivo

up.edu.br/


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