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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Como evitar as Infecções Sexualmente Transmissíveis?

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Com 917.473 mil casos registrados entre 2010 e 2021, Brasil enfrenta uma crescente e silenciosa epidemia de sífilis


Mesmo com a folia do Carnaval suspensa pela pandemia de Covid-19, a data está se aproximando e, com ela, a importância de destacar e prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

Conforme a enfermeira Ana Paula Bento Lima, líder do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Geral de Itapevi, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, esta época do ano, historicamente, apresenta um aumento considerável das chamadas exposições de risco -- relações sexuais desprotegidas --, responsáveis pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). 

A terminologia substituiu recentemente a expressão “Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)”, porque uma pessoa pode estar aparentemente sadia, mas infectada. E transmitir da mesma forma, sem sinais ou sintomas de uma doença.  

“O Carnaval é uma época de grande extravasamento e alegria, especialmente após um período prolongado de restrição a eventos sociais. As pessoas costumam ir a baladas e festas e podem acabar abusando de bebidas alcoólicas e/ou drogas. Dessa forma, é muito importante chamar a atenção para o tema”, afirma Ana Paula. 

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas e outros micro-organismos, e sua transmissão acontece, principalmente, por meio de contato sexual -- seja ele oral, vaginal ou anal -- com uma pessoa que esteja infectada, sem o uso de preservativos.  

Entre as infecções mais comuns estão herpes genital, HPV, gonorreia, HIV/Aids, hepatites virais dos tipos B e C, clamídia, tricomoníase e sífilis. Essa última é considerada uma epidemia silenciosa no Brasil, com um total 917.473 casos de sífilis adquirida notificados entre 2010 e junho de 2021, segundo o boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.  

“Hoje em dia há a falsa sensação de que, caso a pessoa se infecte, é só tratar, dispensando o uso do preservativo. Isso é uma falácia. Algumas ISTs acabam tornando-se doenças crônicas e podem gerar complicações futuras”, alerta a enfermeira.

 

Prevenção 

Todos que praticam relações sexuais desprotegidas estão expostos ao risco de contrair uma IST, independente de idade, estado civil, gênero, orientação sexual ou crença. A camisinha, seja ela masculina ou feminina, continua sendo o método comprovadamente mais eficaz para evitar as transmissões e até mesmo uma gestação não planejada. 

“Entretanto, vale ressaltar que apenas uma oferta exclusiva de preservativos não é suficiente para garantir os diversos aspectos da saúde sexual”, explica a enfermeira.  

Dessa forma, torna-se fundamental a ampliação dos conhecimentos para a aplicação da chamada “prevenção combinada”, que abrange o uso de preservativos, ações de cautela, diagnóstico e tratamento.  

No Brasil, tanto a prevenção, por meio do uso de preservativos e Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) em um único comprimido, que impede que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo, como o diagnóstico e o tratamento são fornecidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

Um tratamento adequado é capaz de melhorar a qualidade de vida e interromper o ciclo de transmissão destas infecções.  

Segundo a especialista, as ISTs também podem ser transmitidas pelo contato sanguíneo; de uma mãe para o seu bebê, durante a gestação, parto ou amamentação ou por formas menos comuns, através do contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. “Por isso, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas, barbeadores, alicates e escovas de dente, entre outros.”

 

Sintomas 

Normalmente, os sintomas das ISTs costumam aparecer principalmente nos órgãos genitais, mas não é uma regra. Alguns podem surgir na palma das mãos, olhos e outras partes do corpo. 

“Durante a higiene pessoal, observe seu corpo, isso pode ajudar a identificar uma infecção em estágio inicial. Caso perceba algum sinal ou sintoma, procure o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual”, explica a enfermeira. 

Ela destaca ainda que algumas destas infecções podem passar despercebidas por um longo período. “Esses casos são considerados assintomáticos. Se não forem diagnosticados e tratados, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer e até mesmo óbito.” 

 

Relação desprotegida 

Em caso de exposição sexual de risco, é possível recorrer à PEP (Profilaxia Pós-Exposição), uma medida preventiva de urgência à infecção pelo HIV, disponível em unidades de saúde de todo o país.  

“A PEP consiste no uso de medicamentos capazes de reduzir o risco de adquirir essas infecções. Seu uso deve ser feito em até 72 horas após a relação desprotegida, ao longo de 28 dias”, afirma a enfermeira. 

Mesmo com o uso da profilaxia, o preservativo ainda é a barreira de proteção mais eficiente, já que ele é capaz de prevenir outras infecções, como sífilis e gonorreia, não abrangidas pela PEP.  

“Quando for sair para a curtição, tenha sempre preservativos em mãos. Por meio deles, podemos prevenir as ISTs e gestações indesejadas. Além disso, é de extrema importância um acompanhamento regular”, finaliza.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Você sabe qual equipamento é mais adequado evitar acidentes com crianças: boia ou colete salva-vidas?

Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica, explica como escolher entre esses dois equipamentos e por que eles não substituem a vigilância de um adulto

 

Estamos no verão, e o que mais as crianças pedem?! Piscina! 

A ortopedista pediátrica Natasha Vogel conhece bem essa paixão infantil: “O meu filho ama nadar. Pode ser na piscina, no lago ou no mar, não tem quem o segure!”. 

Para atender a esse pedido, é necessário prezar pela segurança, e a prevenção é a melhor forma de evitar afogamentos. Daí a necessidade do uso de colete salva-vidas desde pequeno. E, aí vai a primeira dica: ensinar sobre a importância do uso do colete e colocá-lo nas crianças desde cedo. “É a melhor maneira de diminuir a resistência deles quanto ao uso desse equipamento de segurança”, ensina a médica. 

Natasha alerta para as consequências de um afogamento: “Diferentemente das cenas de filmes, em que a pessoa cai na água, faz um barulhão, a pessoa se debate na água e grita por socorro, esse acidente costuma ser silencioso. E, após poucos minutos de submersão, as consequências podem ser definitivas ou até mortais”.

 

Colete salva-vidas

  • Um colete seguro é aquele certificado pela NORMAM (NORMA DE AUTORIDADE MARÍTIMA), que cuida de normatizar tudo relacionado às funções da Marinha do Brasil, e pela SOLAS, que é a convenção de normas Internacionais para Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
  • Ele deve ser do tamanho adequado para o peso e a altura da criança. Antes de comprar, vista o colete no pequeno e tente suspendê-lo pelas alças. Se o espaço entre o ombro e alças for maior que 4 dedos, o colete está grande.
  • O objetivo do colete salva-vidas é manter a criança flutuando com as vias aéreas para fora da água. Além disso, ele permite que os braços fiquem livres para se divertirem. E é bom deixar claro que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indica o uso do colete para menores de 4 anos.

 

Boias 

  • São tantos os modelos de flutuadores infantis ou boias que fica até difícil escolher. Por causa disso, vamos seguir as orientações da Sociedade Brasileira de Salvamento aquático (SOBRASA), que orienta o uso de boias dos braços isoladas da boia do tronco, pois permitem que a criança consiga rodar. Isso garante a flutuação e mantém a via aérea livre.
  • Boias de ar oferecem o risco de desinflarem. Se for somente a boia de braço, a criança pode retirá-la e esse modelo compromete a mobilidade da criança.
  • As boias “tipo pneu” podem escorregar do corpo da criança, assim, não garantem a flutuação. Portanto, seja muito criterioso na hora de escolher o flutuador para o seu filho.

 

O mais importante, segundo a médica e mãe, é o fato de que nenhum deles (boia ou colete) substitui a vigilância constante. Nessa hora, distrações como: celular, ler, jogar bola, cortar grama ou trabalhar não podem estar presentes! 

Como algumas vezes a piscina faz parte de um encontro da família, de um aniversário ou de um churrasco, o risco de afogamento acaba sendo maior. 

“Para evitar acidentes na piscina, uma excelente ideia é fazer um rodízio entre os pais presentes. Sabe como isso funciona? Um pai é eleito como responsável por ficar de olho na piscina, ele até usa uma braçadeira, depois de um certo tempo, ela é repassada para outro pai”, sugere Natasha.

 

Dra. Natasha Vogel - Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil; Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético; Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil, Especialização -- Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil; Título: Ortopedia Pediátrica;  Especialização -- Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil; Título: Ortopedia e Traumatologia; Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Aumento dos casos de Covid impulsiona a busca por teleatendimento em saúde mental

             O aumento dos casos de Covid causado pela nova variante Ômicron está levando cada vez mais pessoas a utilizar o serviço de teleatendimento em saúde mental, que é a consulta online através da tela de um celular ou computador por um psiquiatra ou psicólogo. 

Apesar de ser um conceito relativamente novo, oito em cada dez pacientes tem optado por esse modelo de atendimento no formato digital. Sem a necessidade de realizar qualquer tipo de exame, aliada a segurança e comodidade que uma consulta por vídeo pode oferecer, vários pacientes migraram automaticamente do presencial para o online. 

De acordo com o Dr. Marcelo Amarante, médico psiquiatra que atende pacientes através da startup de saúde DOC24, existem causas específicas para este aumento da demanda que vão muito além da necessidade de distanciamento social para evitar a propagação da pandemia. 

“Podemos destacar também a ação direta do vírus da Covid no sistema nervoso central; as experiências traumáticas associadas à infecção ou à morte de pessoas próximas; o estresse induzido pela mudança na rotina pessoal; a angústia relacionada às mudanças na forma de trabalhar ou nas relações afetivas; e o convívio prolongado dentro de casa, que aumentou o risco de desajustes na dinâmica familiar”. 

Além disso, o especialista acredita também que o começo do ano é mais propício para o crescimento dessa demanda. “Um dos motivos é que esse período representa a renovação de esperanças e novos projetos na vida das pessoas, trazendo um sentimento de motivação para a maioria delas. Outro fator é que muitas pessoas passam pela melancolia de fim de ano. Dessa forma, janeiro é um momento em que muitos pacientes estão fragilizados e terminam por buscar ajuda profissional e cuidados com a saúde psíquica”, explica. 

Para o Dr. Marcelo Amarante, o que leva uma pessoa a buscar ajuda profissional é algo muito particular, já que cada um vive e interpreta experiências a seu próprio modo. “No entanto, o principal sinal de alerta é quando percebemos que, por algum motivo, não estamos nos sentindo bem ou não estamos sendo funcionais no trabalho, na vida acadêmica, no âmbito familiar ou no meio social. As vezes somos consumidos por estresse, tristeza, dificuldade nas relações interpessoais e desânimo”. 

Por fim, o psiquiatra destaca que a psicoterapia e a acompanhamento médico podem ajudar o indivíduo a se sentir melhor e a descobrir como lidar com suas dificuldades emocionais. “Procurar auxílio psiquiátrico ou psicológico é o primeiro passo a ser dado. Se a pessoa acredita que é importante procurar ajuda, é lícito dizer que o teleatendimento pode ser um importante aliado nesse sentido porque vêm democratizando o acesso à saúde mental”.

 

DOC24

http://www.doc24.com.br


Câncer: crenças, mitos e verdades científicas

No Dia Mundial do Câncer, oncologistas do Hospital Santa Catarina - Paulista esclarecem dúvidas sobre a doença

 

Em meio à pandemia do novo coronavírus e das síndromes gripais, que têm tomado conta da mídia nos últimos anos, profissionais da saúde destacam a importância da conscientização da população em relação ao Dia Mundial do Câncer, que acontece anualmente no dia 4 de fevereiro. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os casos da doença tendem a aumentar na próxima década: até o ano de 2030, pelo menos 27 milhões de pessoas em todo o planeta devem desenvolver algum tipo de câncer. 

Com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a patologia em questão e, consequentemente, evitar preocupações desnecessárias e a propagação de informações errôneas sobre a doença, os Doutores Antonio Cavaleiro e Aumilto Júnior, oncologistas do Hospital Santa Catarina -- Paulista, esclarecem algumas crenças populares:

 

Atitude e pensamento positivos diminuem o risco de câncer e aumentam as chances de recuperação. 

Apesar da perspectiva e da atitude do paciente estimularem os laços afetivos e, consequentemente, o suporte emocional recebido durante o tratamento do câncer, não há evidência científica que relacione atitudes e pensamentos positivos com risco de desenvolvimento da doença ou com seu prognóstico. É normal, inclusive, sentir-se triste, desmotivado ou até zangado nos diferentes processos de evolução e tratamento do câncer.


 

A rádio e a quimioterapia trazem mais efeitos negativos do que positivos 

Não são poucos os pacientes que iniciam os tratamentos oncológicos cheios de receios e dúvidas, pois ele é cercado de crenças; porém, quando bem indicadas, a quimioterapia e a radioterapia podem, sim, ter papel curativo no tratamento do câncer. No caso de dúvidas, o ideal é que o paciente converse abertamente com seu médico.

 

Há uma cura única e milagrosa para o câncer. 

Ao contrário das curas "milagrosas" propostas pela medicina alternativa, a medicina tradicional é rigorosamente regulada. Assim, ao chegar como opção para o paciente, os diferentes tratamentos são avaliados em diversas pesquisas que comprovam sua eficácia através de resultados aplicáveis à realidade. Quando oferecem soluções fáceis para questões complexas, é melhor questionar.

 

Fizemos poucos avanços no tratamento do câncer. 

A ciência avançou muito em relação às pesquisas sobre o câncer e respectivas formas de tratamento nos últimos anos. Terapia-alvo, imunoterapia e terapia celular são alguns exemplos de tratamentos que proporcionam menos efeitos colaterais do que aqueles mais tradicionais, e foram aprimorados graças a pesquisas e testes mais recentes.

 

Superalimentos podem prevenir ou mesmo curar o câncer. 

Manter uma alimentação equilibrada pode auxiliar no controle dos efeitos colaterais do tratamento do câncer, dar mais energia ao paciente e fortalecer seu sistema imunológico. Não existem evidências científicas que a ingestão de determinados alimentos específicos auxilia ou prejudica o controle, ou o tratamento do câncer.


Hospital Santa Catarina 


Dia Nacional da Mamografia (05/02)

Buscas por exames de mamografia caem 35% na saúde pública 

Dia Nacional da Mamografia relembra que exame é o principal aliado no diagnóstico precoce do câncer de mama

 

Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) -- gestora de serviços de diagnóstico por imagem em na rede pública -- aponta que, de 2019 para 2020, o número de mamografias realizadas na rede pública onde FIDI atua caiu 42% (foram cerca de 209 mil exames em 2019 e apenas 120 mil em 2020). Em 2021, o número cresceu um pouco, porém, segue preocupante: foram cerca de 135 mil mamografias realizadas, um número 35% menor do que a quantidade realizada em 2019. O cenário incerto da Covid-19 parece ser a causa principal da diminuição de agendamentos do exame. 

“Houve uma diferença expressiva no número de pacientes que deram continuidade nos exames de rastreamento ou que iniciaram seus tratamentos oncológicos neste momento de pandemia”, observa Vivian Milani, médica radiologista da FIDI. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. Por esse motivo, especialistas aconselham a realização do exame de mamografia para detectar o tumor na mama em fases iniciais. Quando diagnosticado precocemente, aumenta as chances de tratamentos menos agressivos e com mais chances de cura. 

No último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em junho de 2021, o câncer de mama, tumor com maior incidência e mortalidade entre as mulheres, é a neoplasia maligna mais incidente entre mulheres do Brasil inteiro, totalizando 29,7% de casos em 2020, com aproximadamente 66 mil novas ocorrências. 

Para reduzir os fatores de risco, é importante adotar hábitos saudáveis como: praticar atividades física regularmente; alimentar-se de forma balanceada; evitar o consumo excessivo de álcool e fazer a mamografia com regularidade anual, mesmo em momento de pandemia. “Além disso, para mulheres com fatores que contribuem para a indicação do exame, como o histórico da doença na família, ou entre 40 a 70 anos, o cuidado é redobrado, pois as chances de a doença aparecer aumentam. A realização do exame pode diminuir significativamente as chances de morte pela doença”, confirma Vivian Milani, médica radiologista da FIDI.

 

Como é o exame 

No dia do exame, não é recomendado o uso de produtos como desodorante ou talco na região das mamas e nem nas axilas. Na ocasião, a paciente é posicionada em pé, de forma que o seio fique entre as duas placas do mamógrafo, que fará a compressão da mama para a captura das imagens. 

A mamografia pode ser indicada para pacientes que não tenham a idade mínima de 40 anos, mas que tenham risco aumentado para o desenvolvimento de tumores mamários, como aquelas com história familiar de câncer de mama. Já em mulheres grávidas, o exame não costuma ser recomendado porque reduz a precisão. Entretanto, quando se palpa nódulo altamente suspeito na gestante, a mamografia pode ser realizada, pois não interfere no desenvolvimento fetal. Neste caso, a radiação pode ser minimizada com uso do avental de chumbo sobre o abdômen da paciente sentada normalmente, para melhor conforto. Nos primeiros três meses da gestação, quando a mamografia não é indicada, o ultrassom é a melhor opção para avaliação das mamas neste grupo específico.

 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.


Saúde mental: cuidados essenciais o ano inteiro


Com a virada do ano temos a sensação de recomeçar, muitos planos. Esse clima foi a base para que as pessoas começassem o ano pensando também em sua saúde mental. A cor branca simboliza uma página em branco onde teremos a oportunidade de escrever em 365 dias uma nova história da saúde mental, sem os tabus e preconceitos que a cercam. E fazer um novo começo. 

Saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o conceito como "um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, lida melhor com os estresses cotidianos, poder trabalhar produtivamente e ser capaz de contribuir para sua comunidade". 

Falar de saúde mental abrange a promoção e prevenção de saúde e ter um espaço para falarmos das nossas emoções e sentimentos. É avaliar nosso propósito de vida, conseguir observar e lidar com o desenvolvimento das diversas áreas da nossa vida, o que inclui não apenas saúde física, mas também relacionamentos interpessoais, espiritualidade, hobbies, profissão, desenvolvimento intelectual, entre outras.

Assim, a saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e saber que o ser humano tem limites, que tem emoções e como se lida com os seus próprios desejos, capacidades e ambições. 

Para que uma pessoa possa diferenciar um momento de tristeza de um transtorno depressivo - ou de ansiedade para um transtorno ansioso - é necessário avaliar a duração e a carga de sofrimento dos sintomas, o quanto isso tem comprometido aspectos da vida como rendimento acadêmico, profissional, relações interpessoais, concentração, sono, apetite, entre outros. 

Se uma pessoa tem um sentimento que leva a um sofrimento significativo, com uma duração maior que o esperado, passa a comprometer várias áreas da vida. Então, é importante buscar um profissional de saúde mental para uma avaliação criteriosa. Esse profissional está habilitado para diagnosticar a presença de um transtorno mental. 

Estima-se que em cada 100 pessoas pelo menos 30 delas tenham ou venham a ter problemas de saúde mental. A depressão, a ansiedade são os mais comuns. É considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “Mal do Século”. Trata-se de um distúrbio afetivo que afeta a vida emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite, desânimo e perda de interesse generalizado. Há presença também de pessimismo, baixa autoestima e falta de vontade de viver que leva a pensamentos e tentativas de suicídio. Assim, é imprescindível o acompanhamento médico e psicológico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. 

O Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, segundo dados da OMS. Esse transtorno é marcado por sintomas como dificuldade para dormir, concentração, irritabilidade, preocupação excessiva com acontecimentos que ainda estão por vir. Ao perceber que precisa de ajuda ou caso identifique que alguém próximo precisa de ajuda, procure um profissional de saúde mental, para uma avaliação. 

É importante não se calar e procurar ajuda. Expresse e diga o que está sentindo, seja com o profissional da saúde básica, profissional da emergência ou em um serviço especializado em Saúde Mental. O autocuidado também é muito importante para cuidar da saúde mental, devemos priorizar um sono de qualidade, buscar alimentação saudável, realizar atividades que são prazerosas, praticar atividades físicas, empenhar-se em atividades relaxantes e parar por alguns minutos e prestar atenção aos seus sentimentos, tirando um momento para se perceber, se ouvir, acolhendo suas emoções. 

Outro cuidado que você pode desenvolver é fazer psicoterapia individual ou em grupo, pois a psicoterapia é uma aliada importante para aprender a lidar com os desafios e mudanças no nosso dia a dia de forma equilibrada.

Quando o paciente está num estágio grave, seja de depressão com sintomas psicóticos, esquizofrenia, bipolaridade, abuso de álcool ou substâncias químicas, se faz necessário a internação em uma ala de saúde mental, para cuidados diários juntamente com uma equipe multidisciplinar para um cuidado integral do paciente.

No Hospital Santa Luzia, em Ponte Serrada, no oeste catarinense, a saúde mental é tratada com consultas com médico psiquiatra e clínico geral, atendimento individual e/ou em grupo com psicólogo e terapeuta ocupacional, Educador físico, Assistente Social e cuidados da enfermagem. 

Cuidar da mente não é só em janeiro e sim o ano inteiro. Quem cuida da mente, cuida da vida!


Alessandra Fisher - psicóloga do hospital Santa Luzia(Ponte Serrada) e voluntária da Ong Hacking Health


Dia Mundial do Câncer: 10 mitos e verdades sobre a doença que você precisa saber

 O dia 4 de fevereiro reforça ainda mais a necessidade de desmistificar as mais diversas fake news ao redor do tema; Oncologista tira as principais dúvidas e comenta a importância da informação de qualidade

 

O termo "câncer" ainda é cercado por preconceitos e informações que nem sempre são verdadeiras sobre o que pode ou não contribuir para o surgimento da doença. Por isso, é muito importante não acreditar em tudo o que se escuta por aí. 

De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, o primeiro passo é buscar informações de qualidade, seja em veículos que tenham autoridade e com o próprio médico. "Durante as consultas, é fundamental que o paciente leve quais são suas principais dúvidas. É bastante comum diversos mitos serem compartilhados nas redes sociais e internet como um todo, portanto o combate à fake news deve começar dentro do consultório e ir além dele".  

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é previsto que cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano sejam diagnosticados no triênio 2020/2022. Nas mulheres, a incidência da doença no Brasil tem como localização primária a mama (29,7%); seguido por cólon e reto (9.2%); e colo de útero (7,5%). Já nos homens, é possível notar os casos de próstata (29,2%); cólon e reto (9,1%); e traqueia, brônquio e pulmão (7,9%). 

Apesar de existirem muitos tipos de câncer, os tumores aparecem pelo crescimento descontrolado das células em qualquer região do corpo. Podendo ser causado tanto por fatores externos como internos, alguns cuidados contribuem para a prevenção da doença - sendo a informação um deles. 

Abaixo, o Dr. Daniel Gimenes lista 10 mitos e verdades sobre o câncer que você precisa ficar de olho:

 

1. Esquentar alimentos no microondas aumenta risco de câncer

Mito! Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem o risco de câncer relacionado ao uso do microondas. Sabe-se que a radiação interna do aparelho é testada nos altos padrões de segurança. Por isso, é essencial consumir apenas eletrônicos com o certificado do InMetro.

 

2. Airfryer é cancerígena

A principal relação entre o aparelho com o câncer se dá por substância liberadas durante o preparo dos alimentos. A principal dela é a acrilamida, que se forma em preparos em alta temperatura - ou seja, quando a batata, mandioca, entre outros possui um tom marrom escuro. 

Em animais, por exemplo, existe sim uma possível ligação de alimentos que contêm acrilamida ao risco de câncer. Mas, no caso dos humanos, não existem fatos científicos que comprovem a condição, por isso, a airfryer não é considerada cancerígena.

 

3. Amamentar protege contra o câncer de mama

Verdade! Durante a amamentação, as células começam a produzir leite e passam a se multiplicar menos. Como o câncer é o aparecimento anormal delas, o risco da doença é sim reduzido.

 

4. Câncer tem cura

Verdade! Quando é descoberto precocemente, as chances de cura podem chegar a mais de 90%. Cada tratamento é único e individualizado para cada paciente, pois cada um pode responder de maneiras diferentes.

 

5. Desodorante pode causar câncer

Esse mito circula na internet há tempos e não é verdadeiro! Vale lembrar que não existem evidências científicas que comprovem o fato, principalmente sua relação com o câncer de mama.
 

6. Atividades físicas podem prevenir alguns tipos de câncer

Verdade. Quando os exercícios fazem parte da rotina diária, há o equilíbrio dos níveis hormonais, defesa do organismo, entre outros benefícios. Segundo o Inca, eles contribuem para diminuir o risco de câncer de cólon, mama e endométrio.

 

7. Câncer é contagioso

Mito. Ele não pode passar de uma pessoa para a outra. Porém, no caso do câncer causado por vírus, como o do HPV ou hepatite B, pode haver um risco de contaminação por relações sexuais, transfusões de sangue e seringas compartilhadas. Mas, vale lembrar que nestes casos a infecção não garante que o paciente irá desenvolver a doença. Diversos vírus, como os mencionados acima, possuem vacinas que fazem parte do calendário infantil de imunização, podendo ser prevenidos.

 

8. Aquecer alimentos ou deixá-los quentes em potes plásticos pode aumentar o risco de câncer

Verdade. É importante que os alimentos não sejam aquecidos em recipientes plásticos, ou ainda não sejam armazenados enquanto estiverem quentes. Nestes casos, eles podem liberar substâncias cancerígenas, como a dioxina, bisfenol, entre outros. A recomendação pela INCA é de utilizar vasilhas de vidro ou porcelana.

 

9. Açúcar pode fazer com que o tumor cresça mais rápido

Mito! O alimento não é considerado uma substância cancerígena. Até o momento, não existem provas científicas de que ele pode acelerar o crescimento de um tumor, portanto deixar de consumi-lo não significa que o processo deixará de acontecer.

 

10. Álcool e tabaco podem aumentar as chances do desenvolvimento do câncer

Verdade. Pesquisas mostram que esse hábito concomitantemente possui um risco aumentado para o câncer de faringe, laringe, boca e esôfago. Ou seja, no caso do consumo de álcool e tabaco juntos, os efeitos são multiplicados quando comparados aos riscos individuais.

 

Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com


Obesidade e câncer de mama: os 3 mecanismos por trás desta relação

O excesso de peso pode alterar as taxas de tratamento contra o câncer

4 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer

 

Já há algum tempo, vários estudos têm demonstrado que a obesidade é fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama após a menopausa. “A relação entre uma maior incidência de câncer de mama nas mulheres menopausadas com peso excessivo já é conhecida há algum tempo, e existem pelo menos três mecanismos suspeitos para este fenômeno”, diz Dr. Felipe Henning Gaia Duarte, endocrinologista da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

Segundo o médico, um dos principais motivos para o aumento na frequência de câncer de mama neste grupo de mulheres seria o estrogênio (principal hormônio feminino) produzido pelo tecido gorduroso. O tecido adiposo, a gordura no caso, não é somente um depósito de energia da alimentação, ele também é considerado um órgão endócrino pois também produz hormônios, e o estrogênio é um deles.  Somando a predisposição genética para desenvolver um câncer, se uma mulher está acima do peso, ela tem uma carga maior de estrogênio do uma mulher magra, o que pode estimular o desenvolvimento e a doença pode aflorar mais rapidamente.

 

O excesso de peso raramente ocorre sem um desarranjo metabólico, a conhecida síndrome metabólica da obesidade. Neste cenário, várias pacientes podem exibir uma inflamação orgânica assintomática, com produção excessiva de hormônios pró-inflamatórios (citocinas, TNF-alfa, etc). “Esse quadro inflamatório parece atuar no DNA, alterando genes que suprimem o surgimento de câncer, levando a um desarranjo no mecanismo de controle da multiplicação celular de modo que a célula perde a capacidade de se autorregular e facilitando o desenvolvimento do câncer”, explica o endocrinologista. 

 

As pacientes com peso excessivo frequentemente apresentam níveis de insulina mais elevado. Uma das consequências disto é a possível elevação de um outro hormônio chamado IGF-1. Este hormônio é principal mediador das ações do Hormônio do Crescimento, aquele que as crianças produzem para crescer, mas que os adultos também produzem para ajudar a manter o metabolismo funcionando. “Esse hormônio estimula o crescimento de células, então numa célula mais propensa a crescer sem controle, como é a célula tumoral, isso é um estímulo a mais para o seu desenvolvimento”, comenta Dr. Felipe.

 

Segundo ele, existem trabalhos (referências abaixo) documentando que as pacientes acima do peso têm uma taxa maior de insucesso no tratamento da doença, isso porque o tecido adiposo, que é grande fonte de hormônio feminino, ‘compete’ com os medicamentos usados para diminuir esses hormônios.

 

O endocrinologista ressalta ainda que a ansiedade causada pelo diagnóstico pode levar essas pacientes a compensar esse transtorno psicológico por meio dos alimentos: é a comida usada como compensação de prazer, algo como uma válvula de escape para a tristeza que surge naturalmente com diagnóstico desta doença. Além disso, muitas acreditam que nessa fase a dieta seria prejudicial ao tratamento e acabam comendo mais que o necessário “para ficar mais forte”, o que acaba prejudicando a saúde. “Por isso que o tratamento requer um controle multidisciplinar, pois a questão psicológica é bem determinante para o sucesso do tratamento”, finaliza Dr. Felipe.

 

Segundo dados de 2021 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se cerca de 66 mil novos casos de câncer, o que equivale a uma taxa de incidência de 43 casos por 100 mil mulheres. Quanto mais cedo a doença for detectada, mais fácil será curá-la.

 

 

Sugestão de literatura:

Toshiaki Iwase et al. Body composition and breast cancer risk and treatment: mechanisms and impact. Breast Cancer Res Treat. 2021

Kyuwan Lee et al. The Impact of Obesity on Breast Cancer Diagnosis and Treatment, Curr Oncol Rep. 2019

Atilla Engin. Obesity-associated Breast Cancer: Analysis of risk factors

Adv Exp Med Biol. 2017

 

 

SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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4 de Fevereiro: Dia Mundial do Câncer

A nutrição pode ser sua aliada na prevenção;

Como a nutrição pode ajudar;

O papel da nutrição para reduzir o risco da doença

 

O Dia Mundial do Câncer, tem como objetivo incentivar e sensibilizar a todos sobre a importância na prevenção da doença. A taxa global de novos casos está aumentando junto com o envelhecimento da população mundial: 1 em cada 5 homens e 1 em cada 6 mulheres em todo o mundo desenvolvem algum tipo de câncer ao longo da vida, e 1 em cada 8 homens e 1 em cada 11 mulheres morrem da doença. 

Como cada pessoa está exposta a causas ambientais e de estilo de vida diferentes, o risco de desenvolver a doença pode variar. Embora algumas condições não possam ser controladas como mutações genéticas hereditárias, há uma série de hábitos e de estilo de vida modificáveis que podem ajudar a prevenir o câncer.

A carne vermelha inclui a bovina, vitela, suína, cordeiro, carneiro e cabra. A carne processada é aquela que foi transformada por meio de salga, cura, fermentação, defumação ou outros processos para realçar o sabor ou melhorar a preservação. Alguns exemplos são o presunto, salame, bacon e a salsicha. 

Epigalocatequina -- 3 Galato (EGCG): Esta substância presente no chá verde, foi amplamente estudado por seu potencial efeito protetor de vários tipos de cânceres em humanos. Em comparação com outros chás, ele contém a maior quantidade de compostos bioativos que pertencem ao grupo dos polifenóis. A maioria dos dados experimentais mostrou que os polifenóis podem modular várias vias de sinalização, e regular o crescimento, a sobrevivência e a metástase de células cancerígenas em vários níveis. 

Curcumina: O uso da curcumina como agente terapêutico e preventivo no câncer de mama é apoiado por extensas evidências derivadas de estudos laboratoriais e com animais, demonstrando atividade biológica diversa contra células tumorais. A administração concomitante de piperina aumenta em até 20 vezes a absorção, concentração sérica e biodisponibilidade da curcumina em humanos.

Compostos organossulfurados: Alho, cebola, cebolinha e alho-poró são vegetais que possuem estes compostos além de flavonoides e vitamina C.

 

Folato (vitamina B9): Feijões, lentilha, ervilha, grão de bico, ovos e carne são alguns alimentos ricos em B9. Uma análise conjunta de 23 estudos prospectivos envolvendo um total de 41.516 casos de câncer de mama e 1.171.048 indivíduos, mostrou que a ingestão de folato está associada a uma redução de 18% no risco de desenvolver câncer de mama. Além disso, a alta ingestão de folato, foi inversamente associada ao risco de câncer no útero, nos ovários e endometrial.
 

Vitamina B6: É encontrada em alimentos como carnes bovina, suína, leite e ovos, aveia, banana, gérmen de trigo, abacate, levedo de cerveja, cereais, sementes e nozes. A B6 participa de muitas reações bioquímicas, e pode desempenhar papel importante na proteção da carcinogênese.
 

Além da alimentação, ser fisicamente ativo é fundamental para a prevenção e tratamento da doença.

Em um estudo de 2011 com 2.705 homens, que avaliou atividade física (AF) e sobrevida após diagnóstico de câncer, os indivíduos que se exercitavam três ou mais horas por semana, tinham risco 61% menor de morrer, em comparação com homens com menos de 1h de AF por semana.

 

 Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.


A IMPORTÂNCIA DO PARTO CONFORTÁVEL PARA A GESTANTE

Dicas que a grávida precisa saber para receber atendimento ideal na hora de dar à luz

 

A gravidez é um momento único na vida da mulher. Um momento carregado de emoções, sentimentos novos, surpresas, angústias e medos. No final da gravidez essas angústias aumentam ainda mais com a preocupação de como será o seu parto, o que irá acontecer com ela, se irá sentir dor, se irá aguentar, ...  Diante disso a relação do médico com a sua paciente deve ser muito boa, deve haver confiança mútua e esclarecimentos, assim, a mulher, poderá fazer as suas escolhas, de forma consciente e segura, sabendo o que irá passar no final da gravidez e durante o trabalho de parto. Com essa relação de confiança estabelecida entre ambos, o médico lhe explicará de forma mais fácil, qual será a melhor conduta para aquele período ou determinada situação, e a paciente se sentirá mais confiante, e confortável, podendo viver o seu final de gravidez com mais tranquilidade, sem medo, e poderá receber todo afeto e cuidado da equipe que escolheu para cuidar dela nesse momento tão especial e ter só boas lembranças. 

A ginecologista e obstetra, Dra. Elis Nogueira, ressaltou algumas dicas valiosas para diminuir as sequelas psicológicas e físicas que podem ocorrer nesse momento, e o tão esperado trabalho de parto e parto ser ainda mais mágico. 

Em primeiro lugar, a grávida, deve escolher bem o seu médico ou médica, e ter confiança na pessoa que escolheu para cuidar dela nesse período. Isso é de extrema importância nesse momento. Ela deve tirar todas as suas dúvidas com esse profissional, entender os tipos de parto, todas as suas possibilidades e as consequências de cada escolha diante do seu caso. Por isso a necessidade de se ter um bom acompanhamento pré-natal, que traga as considerações e cuidados com a sua saúde e do seu bebê durante toda a gestação. A paciente passará a se sentir mais amparada e cuidada. 

Para um parto confortável, a mulher precisa sentir segurança em todos os procedimentos e ter ao seu lado uma equipe que saiba das suas escolhas para que todas as decisões não sejam vistas, nem sentidas, como uma violação ao seu corpo. 

Abaixo, detalhes importantes que devem ser levados em consideração em todos os tipos de partos:

.           O ambiente. Durante o trabalho de parto e parto, o ambiente deve ser tranquilo, limpo e organizado. O local pode ser trabalhado em função desse momento especial.  A luz pode ser diminuída, uma música agradável pode ser colocada para a paciente ouvir, a aromaterapia é muito bem-vinda também.  A sua privacidade deve ser mantida e as suas necessidades atendidas. Assim ela conseguirá relaxar um pouco mais.

•             O acompanhante. Durante o trabalho de parto e parto é importante, que a mulher tenha um acompanhante para dividir com ela esse momento de alegria, isso se ela realmente quiser. Ela tem o direito de escolher alguém para estar junto dela durante todo esse período. Alguém que esteja ao seu lado, a tranquilizando e a apoiando. Alguém especial.

 

•             Respeito à mãe. Durante o parto, devem ser respeitadas: escolhas, confidencialidade e privacidade da gestante.

 

•             Afeto. Toda a equipe médica e envolvidos em um trabalho de parto e parto devem informar de forma clara à parturiente todos os procedimentos que serão realizados, bem como ouvir e considerar suas escolhas, sempre com muito cuidado, delicadeza e atenção.

 

•             Contato. Assim que o bebê nascer, ele deve ser mostrado a nova mamãe e se estiver bem, a indicação, é que ele seja entregue a ela, para que possam fazer o contato pele a pele. Isso fortalece o vínculo mãe e filho e ajuda o bebê a manter a temperatura corporal. O bebê e a mãe saudáveis não devem ser separados durante os primeiros dias de vida

 

•             Amamentação. Logo após o nascimento, deve ser estimulado que o bebê seja amamentado pela mãe, isso ajuda também a fortalecer o vínculo entre os dois e ajuda na descida do leite. Outro fator importante, é que nesse momento da amamentação, ocorre a liberação de um hormônio, chamado ocitocina, que ajuda o útero a contrair e a mamãe terá menor chance de ter uma hemorragia.

 

•             Técnicas de relaxamento são muito válidas. Se a grávida quiser, ela deve ter contato com elementos que tragam relaxamento para ela como massagens, banhos mornos, incentivar técnicas de respiração para que a dor seja mais controlada.

 

•             Respeitar a melhor posição para mulher. Se o parto for natural, ela deve escolher a posição em que se sente mais confortável para fazer a força e dar à luz.

 


Dra. Elis Nogueira - Ginecologista e Obstetra. É membro da SOGESP (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais Vila Nova Star, Albert Einstein, São Luíz Itaim, Santa Catarina, ProMatre, Santa Joana, Santa Maria, Sírio Libanês e Oswaldo Cruz.


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