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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Tumores Neuroendócrinos: especialista esclarece os mitos e verdades

O dia 10 de novembro é lembrado como o dia da Conscientização do Tumor Neuroendócrino. A data tem a finalidade de reforçar o conhecimento da população sobre a doença, principalmente por se tratar de um tipo raro de câncer. Também conhecido pela sigla TNE no Brasil, essa doença é caracterizada por um tumor que pode acontecer em qualquer área do corpo, sendo as mais comuns o trato gastrointestinal, pâncreas e pulmões, podendo ser também encontrados em qualquer lugar do corpo e se espalharem para o fígado e ossos1.

Esse câncer atinge homens e mulheres de qualquer idade e se inicia pelo desenvolvimento e crescimento de forma incontrolável de células do sistema neuroendócrino, que é responsável pela liberação de hormônios no organismo e regulagem da função de diferentes órgãos2. A incidência deste tipo de tumor é de 7 em cada 100.000 pessoas3.

Por ser uma doença rara, a falta de estudos e informações sobre esse tipo de tumor afeta tanto os médicos como pacientes. Por isso, conversamos com a Dra. Aline Chaves Andrade, médica oncologista e membro titular da sociedade de oncologia clínica, para nos esclarecer os mitos e verdades dos Tumores Neuroendócrinos:


É um câncer agressivo?

Mito. Na maioria dos casos ele cresce lentamente e não tem comportamento agressivo, o que não significa que ele não seja maligno e que não vai espalhar para outros órgãos. Por isso, na maioria dos casos, pode demorar anos para um diagnóstico e para o surgimento de sintomas. Vale lembrar, porém, que existem vários tipos de tumores neuroendócrinos e há um subtipo classificado como carcinoma neuroendócrino que tem comportamento bem mais agressivo e requer tratamentos mais agressivos também.


Todo paciente com TNE tem a síndrome carcinoide?

Mito. A síndrome carcinoide é um grupo distinto de sintomas que algumas pessoas com TNEs podem ter quando os tumores no sistema gastrointestinal se espalham para outras partes do organismo, principalmente para o fígado. Os principais sintomas dessa condição incluem diarreia crônica, rubor e ondas de calor da pele ocasionais (especialmente do rosto), dor no estomago ou desconfortos abdominais, problemas cardíacos, como palpitações, por exemplo. A síndrome carcinoide afeta uma parte dos pacientes com TNEs GI, principalmente os de origem intestinal e com metástase no fígado. Pessoas com síndrome carcinoide podem apresentar esses sintomas de forma inesperada ao longo do tempo, uma vez que os hormônios podem ser produzidos em qualquer momento, afetando a qualidade de vida do paciente e podendo resultar em um problema cardíaco sério, chamado cardiopatia carcinoide. Daí a importância de reconhecer seus sintomas e iniciar o tratamento rápido. 2

Devemos lembrar que a síndrome carcinoide é a mais comum, mas não é a única que pode ocorrer. No caso dos tumores pancreáticos é mais comum a secreção de substâncias como gastrina e insulina, podendo gerar sintomas como dor de estômago, diarreia e crises de hipoglicemia.


Os TNEs são confundidos com outras doenças?

Verdade. Pois alguns desses tumores têm seus sintomas semelhantes a outras doenças, como a síndrome do intestino irritável, crises de asma e ansiedade, doenças inflamatórias intestinais, úlcera péptica, gastrite ou menopausa2.


A cirurgia é o único tratamento para os tumores neuroendócrinos?

Mito. O tratamento do câncer neuroendócrino depende principalmente da localização do tumor, se o câncer se espalhou para outras áreas do organismo e se o tumor está secretando hormônios responsáveis pelos sintomas. A cirurgia, sempre que possível, deve ser realizada se não acarretar riscos e complicações aos pacientes. Tratamentos médicos são utilizados para atenuar os sintomas e para controlar o crescimento do tumor.

A radioterapia raramente é utilizada e a quimioterapia é usada somente para casos selecionados, pois não se trata do tratamento padrão para tumores menos agressivos, em que podemos utilizar injeções mensais de análogos da somatostatina para o controle das síndromes ou do crescimento tumoral ou ainda usar medicamentos orais para seu tratamento sistêmico. Há casos em que não é necessário tratamento medicamentoso, mas o paciente deverá ser monitorado regularmente2.


A dieta e a nutrição têm um papel importante para quem é diagnosticado com TNE?

Verdade. Os tumores neuroendócrinos podem interferir nos hábitos alimentares e na digestão. Alguns TNEs podem, ainda, afetar a capacidade do organismo de extrair nutrientes do alimento, levando a deficiência de algumas vitaminas e minerais. 2.

 

Ipsen

 

Referências:

Vivendo com TNE

Hospital Sírio-Libanês


Diabetes causou média de 46 amputações por dia em 2021

 

Estima-se que 25% dos pacientes com diabetes desenvolverão pelo menos uma úlcera do pé durante a vida
Divulgação

O pé diabético, que pode levar ao problema, representa um dos motivos principais para hospitalização; ABTPé ressalta cuidados


O diabetes é uma doença que afeta mais de 16,8 milhões de brasileiros, segundo a International Diabetes Federation. Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, que reforça o alerta ao problema que tem, entre as principais complicações, as amputações de membros inferiores.

De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro a setembro de 2021, foram realizadas 12.639 cirurgias de amputações de membros inferiores, como pés e pernas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), decorrentes da diabetes. O número equivale à média de 46 procedimentos por dia e é 4,18% maior do que o registrado no mesmo período de 2020 (12.132 amputações).

A diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta ou da incapacidade para a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Pessoas com diabetes apresentam potencial para o surgimento de úlceras nos pés, uma das complicações mais comuns e que podem levar à amputação de um membro ou parte dele.  Estima-se que 25% dos pacientes com diabetes desenvolverão pelo menos uma úlcera do pé durante a vida. Um dado da International Diabetes Federation, de 2019, ressaltou que, mundialmente, a cada 20 segundos um membro inferior - pé ou perna - é amputado em decorrência das complicações da diabetes.

“O diabetes pode causar problemas graves nos pés, que incluem a neuropatia, com alteração da sensibilidade, e vasculopatia, com prejuízo da circulação local. Essas duas condições associadas facilitam o aparecimento e a dificuldade de cicatrização das referidas úlceras cutâneas, que podem evoluir para infecções de pele (celulite), infecções ósseas (osteomielite), coleções de pus (abcessos) e até gangrena”, fala o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), José Antônio Veiga Sanhudo.

O especialista explica que os sintomas da neuropatia incluem a perda parcial ou total da sensibilidade do pé (toque, temperatura e dor) e alterações da sensibilidade que frequentemente se expressam como formigamento. “Em razão disso, os pacientes podem desenvolver bolhas, calosidades ou feridas, mas podem não sentir nenhuma dor”, salienta.

A diminuição da circulação pode causar mudança na coloração e temperatura da pele e dor isquêmica, muitas vezes incapacitante. Inchaço nos membros inferiores são também mais comuns nos diabéticos em virtude do comprometimento vascular.

 

O custo do pé diabético

Os custos da saúde são cinco vezes maiores em indivíduos com diabetes e úlceras no pé quando comparados com indivíduos sem as úlceras. Uma pesquisa realizada entre 2014 e 2017 pela Universidade de Goiás, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio Grande do Sul apontou que, em 2014, as hospitalizações de pacientes com diagnóstico de Diabetes Mellitus para procedimentos relacionados ao pé diabético custaram R$ 48,4 milhões. Na estimativa do valor, apenas os médicos diretos foram incluídos. Os custos não médicos, perda de produtividade, custos com órteses e próteses, custos de assistência domiciliar e serviços sociais para pacientes que sofreram amputação nas extremidades inferiores, não foram incluídos no estudo. “Isso significa que o impacto econômico geral do pé diabético é ainda mais significativo”, salienta Sanhudo.

 

Cuidados

Pacientes com diabetes devem redobrar a atenção nas seguintes ações:

- Não andar descalço, especialmente fora de casa. O uso de calçados especiais para diabéticos – fechados, sem costura interna, com a parte da frente larga e alta e que tenham palmilhas confortáveis – são recomendados sempre que possível.

- Sempre usar meias, de preferência brancas (que facilitam a identificação de secreções), de algodão (que irritam menos a pele), com costura pouco volumosa e sem elástico (para não comprometer a circulação).

- Examinar os calçados antes de vesti-los, para certificar-se que não há nenhum objeto dentro que possa machucar o pé.

- Examinar os pés pelo menos uma vez ao dia, tanto à procura de calos e úlceras, quanto para verificar micoses e rachaduras. Em caso de diminuição da acuidade visual, peça para alguém realizar o exame.

- Em caso de sapatos novos, examine o pé a cada 30 minutos na primeira semana de uso e sempre examine os pés ao removê-los.

- Procure manter os pés hidratados para evitar rachaduras cutâneas e infecções secundárias.

- Não tentar retirar calos, limpar úlceras ou cortar as unhas sozinho.

 

 

Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé  - ABTPé

 

Alimentos específicos podem aumentar os níveis de testosterona?

Peso e idade são fatores que interferem na libido

#novembroazul

 

O que você come ou bebe pode afetar a saúde positiva e negativamente, mas se uma dieta pode aumentar a libido depende de muitas coisas. A partir dos 40 anos, os níveis de testosterona em homens - hormônio sexual masculino - começam a diminuir cerca de 1% ao ano. Porém, há quem propague que o consumo de alguns alimentos e bebidas podem impactar os níveis desse hormônio.

 

“Sabemos que a bebida alcoólica e o excesso de peso interferem negativamente no testosterona e, desta forma, a orientação de uma dieta com alimentos in natura pode contribuir para a perda de peso e, consequentemente, para o aumento dos níveis desse hormônio que variam de 300 a 1.000 nanogramas por decilitro de sangue em sua condição normal”, explica Dra. Lorena Lima Amato, médica endocrinologista.

 

A especialista explica que não há estudos científicos que confirmem que determinados alimentos façam subir os níveis de testosterona. “Perder peso ajuda no aumento da libido, mas que um alimento específico seja responsável pelo aumento do desejo sexual, a ciência ainda não comprovou”, detalha Dra. Lorena.

 

Sintomas: Testosterona abaixo de 300 nanogramas pode desencadear baixa libido, disfunção erétil, fadiga, mau humor ou perda de massa muscular, uma condição médica conhecida como hipogonadismo.

 

Dra. Lorena conta que estudos sobre alimentos ou dietas e níveis de testosterona têm sido geralmente pequenos e os resultados longe de conclusivos.

 

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

 

Especialista responde as principais dúvidas sobre um possível fim da pandemia

Com quase dois anos de duração, a pandemia de Covid-19 pode, finalmente, estar perto de chegar ao fim. Dados atualizados informam que o Brasil teve, na última semana, a menor média móvel de mortes diárias desde abril de 2020, registrando 186 óbitos e 15,8 mil casos da doença no último dia 3 de novembro. No total, foram mais de 609 mil vidas perdidas e quase 22 milhões de pessoas infectadas pela doença.


O médico geneticista David Schlesinger, CEO do laboratório Mendelics, que atuou ativamente no sequenciamento do vírus Sars-Cov-2, acredita estarmos perto de um "Adeus pandemia, bem-vindo a endemia". Mas será o momento de relaxar quanto às medidas de prevenção? Segundo David, o ideal é que 75% da população esteja totalmente vacinada. Abaixo, o especialista responde as principais dúvidas sobre o assunto, confira:


O que, exatamente, define um início de pandemia?

R: Uma pandemia é caracterizada por surtos de uma doença infecciosa em vários países do mundo ao mesmo tempo, o que indica que a doença está sendo transmitida entre populações. Por isso, pandemias costumam ser difíceis de controlar. No caso do novo coronavírus, a pandemia de COVID-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020. Naquela data, já haviam sido reportados 118 mil casos em 114 países. Desde então, esse número subiu para mais de 246 milhões de casos em mais de 200 países.



Quais parâmetros podem nos dizer que a pandemia acabou? Tem alguma definição da OMS?

R: Segundo a OMS, após a fase pandêmica, quando há transmissão do vírus durante longos períodos de tempo e em diferentes regiões, passaremos para uma fase de queda de transmissão e transmissão sazonal . Ou seja, com a queda do número de casos e a baixa transmissão, o vírus passa a ser transmitido em alta escala somente em algumas épocas do ano, geralmente durante o inverno. Esse comportamento é muito comum para doenças infecciosas como a gripe (influenza). Por exemplo: costumamos ver um aumento de casos durante o inverno, quando as pessoas tendem a ficar em locais fechados e com pouca ventilação. A tendência é que a COVID-19 se torne uma infecção sazonal, endêmica, com o aumento do número de casos durante o inverno, mas com picos bem abaixo do que vimos nesses dois anos iniciais.



O que é uma endemia?

R: Doenças são consideradas endêmicas quando ocorrem em regiões e/ou populações específicas. Mesmo durante a época de aumento de casos da doença, o número não é tão alarmante quanto o observado durante a fase pandêmica. A população passa a conviver constantemente com a doença, e as campanhas para redução de transmissão e número casos podem ser mais planejadas. É o caso da gripe, no inverno, e da dengue, no verão brasileiro. Vamos conviver com a COVID-19 por muito tempo ainda, e vamos precisar nos vacinar com uma certa frequência, mas tudo indica que ela não será uma ameaça tão grande nos próximos anos.



Existe alguma estimativa de prazo para isso acontecer no Brasil?

R: É difícil fazer essa predição. A contenção da pandemia depende de vários fatores:

Vacinação: uma alta cobertura vacinal reduz o número de mortes e contém a transmissão.

Distanciamento social: enquanto ainda estivermos convivendo com altas taxas de transmissão, é preciso manter o distanciamento e evitar aglomerações, locais lotados e com má ventilação.

Uso de máscaras: a máscara é uma barreira física de proteção contra o vírus. Enquanto a pandemia estiver em curso, é importante utilizar máscaras para conter a transmissão. Inclusive, o uso de máscaras é recomendado em qualquer local onde você esteja exposto a agentes infecciosos, como no transporte público e hospitais, por exemplo, mesmo em um contexto pós pandemia.

Todas essas medidas reduzem a transmissão e o número de pessoas infectadas, o que é muito importante para a prevenção do aparecimento de novas variantes que possam escapar à imunidade vacinal e gerar novos surtos. O número de novos casos diários está caindo no Brasil desde o fim de junho deste ano. Porém, ainda estamos registrando mais de 10 mil novos casos e cerca de 400 mortes por dia no país. Precisamos continuar vigilantes, mas temos esperança de que estejamos entrando em uma fase pós pandêmica, com surtos sazonais.



Após esse término, as pessoas poderão levar a vida como antes ou ainda precisaremos manter alguns dos cuidados adquiridos nesses últimos anos por conta da Covid?

R: Assim como fazemos com outras doenças infecciosas, como a gripe, por exemplo, é provável que precisemos manter a vacinação contra a Covid-19 com campanhas anuais. Além disso, evitar locais com má ventilação diminui a transmissão não só do coronavírus, mas também de outras doenças infecciosas, como a gripe (influenza), tuberculose e caxumba, por exemplo. A testagem também continua sendo importante pós pandemia para que tenhamos um controle dos vírus que estão circulando na nossa população. Essa informação ajuda a identificar surtos mais precocemente e a criar campanhas de vacinação mais direcionadas.



Esse retorno à vida "normal" já tem acontecido com a diminuição de casos de Covid e aumento da vacinação. Porém, qual a recomendação médica para retornar à rotina? Existe alguma escala para ir seguindo aos poucos essa volta?

R: As recomendações para retornar à rotina e às atividades presenciais incluem uso de máscaras, distanciamento social, evitar locais lotados e com má ventilação. De forma geral, quanto maiores as taxas de pessoas vacinadas, menores as chances de novos surtos do coronavírus. No Brasil, já temos mais de 55% da população do país completamente vacinada e 75% com pelo menos uma dose. O ideal é vacinar completamente pelo menos 70% da população para que tenhamos uma imunidade coletiva e podermos retornar às atividades rotineiras de forma mais segura. Alguns órgãos, como a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), já estimam que a imunidade coletiva talvez só aconteça quando tivermos mais de 90% da população completamente imunizada.



Mesmo com o fim da pandemia, o vírus ainda circula. Existe algum ponto de controle total? Só a vacina ajuda a eliminar o risco? Quais critérios para saber quando devemos ficar atentos novamente e retomar o isolamento?

R: A vacinação, aliada às medidas de proteção (uso de máscara, distanciamento social), é a melhor arma que temos para controlar e erradicar doenças infecciosas. No entanto, isso pode levar muitos anos para acontecer, principalmente quando envolve vírus como o SARS-CoV-2, que são muito transmissíveis e sofrem mutações com muita rapidez. O número de casos é o primeiro sinal de um novo surto. Por isso, precisamos continuar testando a população. É importante saber quais vírus estão sendo transmitidos na população e em quais taxas para criarmos uma vigilância epidemiológica.



Qual a sua opinião sobre o retorno de algumas atividades como volta às aulas, carnaval, eventos festivos, etc?

R: Aos poucos, o esperado é que as atividades cotidianas voltem a acontecer, mas isso deve ser feito de uma maneira responsável, com planejamento. É importante manter as medidas de segurança enquanto o vírus continua circulando, além de fazer o controle de casos através de testagem da população.



A testagem ainda será necessária?

R: Sim. A testagem é importante para acompanharmos quais doenças infecciosas estão sendo transmitidas na nossa população e em quais taxas. Com essa informação conseguimos detectar pessoas infectadas, guiar as campanhas de vacinação e conter novos surtos o mais cedo possível. O monitoramento constante de dados do vírus e suas variantes na população é chamado de vigilância epidemiológica, e é fundamental para decisões efetivas de saúde pública. No Brasil temos o Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde que já acompanha os casos de doenças infecciosas como a gripe (influenza), o sarampo e a dengue, por exemplo. No entanto, para que os casos sejam contabilizados, precisamos testar sempre que alguém apresenta sintomas.



A vacinação deve ocorrer anualmente?

R: Imagino que sim. Assim como fazemos com a gripe, provavelmente teremos que nos vacinar contra a COVID-19 anualmente, para atualizar as variantes cobertas pela vacina.




Mendelics


Aumento de quase 16% nos casos de diabetes preocupa profissionais da saúde

 Médica endocrinologista explica que metade das pessoas não sabe que está com a doença e este pode ser o maior risco à saúde


Próximo ao Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês) divulgou dados preliminares do Atlas Diabetes 2021 com espantosa alta de casos da doença neste ano. A médica endocrinologista do Hospital Anchieta de Brasília, Julianne Maia, especialista no assunto, diz que os números são alarmantes, ainda mais porque a estimativa é que esse índice chegue a 300 milhões em 2025.

Quanto ao Brasil, os dados mostram que 16 milhões de brasileiros têm a doença, mas que a metade deles não sabem dessa condição. A endocrinologista alerta: "É comum o paciente não saber da condição mesmo já apresentando alguns sintomas, e quando fazemos o exame descobrimos que a diabetes já se consolidou. Assim como há casos de pacientes ainda assintomáticos, que já apresentam os exames alterados." Por isso, a médica destaca a importância de realização de checkup de rotina e controle da doença quando o diagnóstico está feito. Esta é outra pauta importante levantada pelo Dia Mundial do Diabetes, lembrar a população sobre a importância dos cuidados com a doença, ainda mais em tempos de pandemia, já que ela pode ser um agravante no quadro da Covid-19.

O documento divulgado neste mês de novembro, mostra que houve um aumento de quase 16% nos casos da doença em adultos (de 20 a 79 anos) em todo o mundo. Hoje são 537 milhões de pessoas com diabetes, isto significa que 1 a cada 10 adultos desenvolveram a doença, e apenas em 2021, já foi responsável por 6,7 milhões de mortes em todo o mundo, ou seja, 1 a cada 5 segundos. Os novos dados divulgados pela IDF sobre brasileiros com diabetes só serão divulgados no próximo dia 6 de dezembro, quando o Atlas Diabetes 2021 for publicado.



Riscos que o diabetes traz

A doença não costuma apresentar sintomas no começo, se não está extremamente descompensada. Por isso, é importante fazer os exames de rotina. Fome frequente, sede constante, feridas que demoram a cicatrizar, vontade de urinar várias vezes ao dia e formigamento nos pés e mãos são alguns dos sinais da doença.

Julianne Maia destaca que é preciso ter uma rotina de hábitos de vida saudáveis com atividade física regular (no mínimo 150 minutos por dia) e alimentação o mais natural possível, "evitar industrializados, evitar o abuso de carboidrato, evitar o consumo excessivo de álcool, tabagismo, entre outros''. É importante destacar também que o diabetes não tratado pode trazer complicações sérias, "as mais conhecidas são as que chamamos de microvasculares, dos pequenos vasos sanguíneos. Ou seja, são alterações que acarretam principalmente em redução da função renal (até mesmo falência da função renal), lesões nos membros inferiores, complicações oftalmológicas e neuropatia diabética - lesões nos nervos periféricos que causam úlceras/feridas que não cicatrizam, dor nos membros inferiores, nas mãos dentre outros" explica.

 

Próteses cirúrgicas com nanotecnologia evitam rejeição e duram cada vez mais

Indústria investe em tecnologia para oferecer ao usuário performance e bons resultados


Próteses ortopédicas cirúrgicas são utilizadas há algum tempo e com o avanço da tecnologia, elas são usadas como um implante no corpo para substituir uma articulação, tendão e até mesmo músculos.

A prótese ortopédica cirúrgica é um dispositivo feito de metal, cerâmica ou polímero de alta resistência que pode substituir uma articulação, por exemplo.

“Essas próteses são usadas para substituir articulações como ombro, quadril, tornozelo, cotovelo, dedos da mãe e do pé. Um cirurgião pode usar esses dispositivos de várias maneiras, dependendo das necessidades e da situação do paciente”, explica Arthur Moro, CEO da Ortoart, empresa paranaense, distribuidor exclusivo no sul do país das próteses da Depuy Synthes, marca da Johnson & Johnson.


Tecnologia como aliada

A tecnologia utilizada em próteses cirúrgicas aumentou exponencialmente nas últimas décadas, isso levou a um melhor pós-operatório para o paciente.

“Com materiais cada vez mais resistentes e leves, graças a nanotecnologia e novos métodos construtivos, além de um entendimento cada vez maior da anatomia humana e de como essas próteses irão trabalhar com o corpo do paciente, a durabilidade delas tende a aumentar bastante, diminuindo problemas e visitas ao cirurgião-ortopedista”, explica Moro.

Uma das maiores queixas de quem utilizava as próteses cirúrgicas para substituir uma articulação, osso ou tendão era o desconforto. Antigamente, elas eram pesadas e grandes para prover a durabilidade, mas justamente por ter essas características causavam desconforto, dor e, muitas vezes, deterioração da prótese e da parte óssea pelo seu uso.

“O investimento dos fabricantes em tecnologia e desenvolvimento de novos, melhores e mais leves materiais é imenso, todos os dias são descobertas que levam a produtos mais confortáveis e que tendem a evitar problemas”, esclarece Moro.

O pós-operatório com as próteses de alta qualidade têm menor período de recuperação, menor risco de problemas, entre eles, a temida rejeição.

“São coisas que podem acontecer, mas é proporcional à qualidade da prótese, quanto maior o investimento em melhores materiais, melhores técnicas cirúrgicas e instrumentos adequados, menor é a probabilidade de rejeição”, afirma o CEO da Ortoart.


Durabilidade a toda prova

A duração das próteses varia de acordo com o tipo e local onde foram implantadas. Hoje, as mais modernas chegam a durar anos, quando as orientações médicas são seguidas à risca.

“A durabilidade depende de diversos fatores, claro que como o paciente se comporta depois de passar por uma cirurgia é um dos fatores determinantes para fazer com que sua prótese dure muito tempo”, explica Moro.

Normalmente, leva cerca de três meses para a maioria dos pacientes se recuperar totalmente da operação e usar sua nova prótese sem quaisquer limitações. Mas isso depende da idade do paciente, local da cirurgia, tipo de prótese e um bom pós-operatório.

“Ter consciência de que uma prótese é algo para a vida toda, quando bem cuidada, como qualquer parte do corpo que vai envelhecendo. Estamos falando de 20 a 30 anos após uma cirurgia, esse é o patamar de qualidade que chegamos em 2021, e que só irá melhorar com o passar dos anos”, conclui Moro.

 


Ortoart

 

Proprietário tem até 15 dias para regularizar veículo autuado antes de remoção ao pátio, alerta Detran.SP

Regra vale para irregularidades que não possam ser sanadas no local, mas o automóvel apresente boas condições de segurança para continuar circulando




Circular com uma placa com os caracteres apagados, lacre de segurança rompido ou com a falta de qualquer uma das placas, por exemplo, dava uma grande dor de cabeça para o condutor menos cuidadoso. O veículo era removido a um pátio pelo agente de trânsito. Agora, com as alterações feitas por meio da Lei nº 14.229 no Código de Trânsito Brasileiro, os motoristas ganharam 15 dias de tolerância para regularizar as pendências. Isso desde que enviem um laudo de vistoria veicular ao Detran.SP para provar que o carro não prejudique as condições e a segurança do veículo.

Se o condutor não agilizar os reparos, o veículo será bloqueado administrativamente pela autarquia e removido ao pátio, em caso de nova blitz. A retirada da restrição administrativa ocorrerá mediante a comprovação da regularização. Já as multas referentes às infrações constatadas na abordagem serão aplicadas normalmente.

Em caso de licenciamento vencido - um dos principais motivos para um veículo ser removido -, o condutor pode sanar o problema no momento da abordagem. Neste caso, o veículo é autuado, mas somente será liberado pelo agente de trânsito se o proprietário quitar todas as pendências no momento da fiscalização de trânsito.

“Com essa alteração na legislação, o cidadão passa a ter a possibilidade de regularizar seu veículo após uma fiscalização, sem que seja necessário pagar o serviço de remoção e as diárias. Isso traz mais celeridade no processo e o proprietário pode seguir com o seu bem. Porém, é extremamente importante que os motoristas estejam regularizados. Dirigir com prudência e dentro das normas de segurança é fundamental, pois um trânsito seguro depende de todos nós”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.



Outras mudanças em vigor

Uma nova alteração estabelecida no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é que a partir de agora os órgãos de trânsito deverão encaminhar no prazo máximo de 360 dias as notificações de penalidade dos processos administrativos de trânsito, seja por multas, seja na aplicação da suspensão e cassação da CNH.

O prazo varia conforme a seguinte regra: caso o condutor infrator envie a Defesa Prévia a tempo, o órgão de trânsito terá 360 dias para envio da notificação de penalidade. Já se a defesa não for encaminhada no período correto ou por pessoa sem legitimidade, o órgão responsável por aplicar a multa terá até 180 dias para envio da notificação de penalidade, contado da data do cometimento da infração.

A Lei 14.229/21 traz também o aumento de 10% para 12,5% na tolerância para o excesso de peso por eixo de ônibus de passageiros e de caminhões de carga sem aplicação de penalidades.

A nova legislação determina que os veículos ou combinações de veículos (carretas com reboques, por exemplo) com peso bruto igual ou inferior a 50 toneladas deverão ser fiscalizados apenas quanto aos limites de peso bruto total ou de peso bruto total combinado (caminhão mais o reboque).


Poupatempo alerta: após ganhar novos prazos, renovação de CNH pode ser feita pelos canais digitais

 Para realizar o serviço, motoristas devem utilizar o portal ou aplicativo Poupatempo Digital, além das plataformas eletrônicas do Detran.SP 

 

Conforme estabelecido pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), fica revogada, a partir desta segunda-feira, dia 8 de novembro, a resolução que suspendeu os prazos de validade das Carteiras Nacionais de Habilitação, em decorrência da pandemia de Covid-19. Com isso, o Detran.SP retoma o cronograma, de acordo com os vencimentos do documento, a partir de março de 2020 até dezembro de 2022 (conforme tabela abaixo).    

O serviço está disponível nos canais digitais do Poupatempo e do Detran.SP e deve ser realizado de forma remota, com segurança, agilidade e autonomia. Por meio do portal (www.poupatempo.sp.gov.br) ou aplicativo Poupatempo Digital é possível renovar a habilitação de forma simplificada, para as categorias A e B, com apenas alguns cliques. O único deslocamento necessário é a realização do exame médico na clínica credenciada ao órgão estadual de trânsito.  

“Como os prazos foram retomados, nós orientamos que os motoristas fiquem atentos ao calendário para regularizar a habilitação no tempo correto. A população pode aproveitar as facilidades do digital para realizar o serviço no conforto de casa, em qualquer hora do dia. É tudo muito rápido, simples e seguro”, reforça Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, responsável pela administração do Poupatempo.  

Antes da pandemia de Covid-19, com os postos do Poupatempo e Detran.SP abertos, uma média de 287 mil renovações de CNHs eram realizadas por mês em todo o estado. De março a agosto de 2020, quando as unidades suspenderam o atendimento ao público durante o período de maior restrição da doença, a média caiu para 62 mil ao mês. Após a retomada das atividades e a reabertura gradual dos postos, a média mensal de renovações está em aproximadamente 360 mil.  

De janeiro a setembro de 2021, cerca de 3,3 milhões de cidadãos deram entrada ao processo de renovação da habilitação. Desse total, mais de 2 milhões de solicitações foram realizadas de forma online, pelo site e aplicativo. Em julho, o serviço bateu recorde, com 365 mil solicitações em todos os canais – digital e presencial.  

“Desde o início da pandemia, o Detran.SP realizou diversas ações para acelerar o atendimento para quem precisa obter a primeira habilitação ou renovar o documento. Agora, com os prazos de renovação da CNH retomados, os condutores podem e devem usufruir das plataformas eletrônicas para manter toda a documentação em dia”, afirma Ernesto Mascellani Neto, Diretor-Presidente do Detran.SP.  

Importante lembrar que apenas os serviços que dependem da presença do cidadão para serem concluídos, como a primeira via do RG e renovação do documento com mudança de dados, transferência interestadual e a alteração nas características do veículo, por exemplo, são realizados de forma presencial nos 89 postos do Poupatempo, mediante agendamento prévio.   

As demais opções, além da própria renovação de CNH, como licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho Digital, Seguro-desemprego, Carteira de vacinação digital da Covid-19, entre outros, estão disponíveis nos canais digitais.  

Desde o início da gestão, a Prodesp trabalha para ampliar a oferta de serviços digitais do Poupatempo. Atualmente, são quase 160 opções no portal, app e totens de autoatendimento. A meta é chegar a 180 opções neste ano e a 240 até o final de 2022.  

  

Renovação da CNH  

Para renovar a CNH, basta acessar o portal www.poupatempo.sp.gov.br ou aplicativo Poupatempo Digital, clicar em Serviços > CNH > Renovação de CNH. Após confirmar os dados, o motorista agenda e realiza o exame médico na clínica credenciada indicada pelo sistema.  

Quem exerce atividade remunerada ou optar pela inclusão do EAR na CNH, precisa passar também pela avaliação psicológica e será direcionado a um profissional credenciado.  

Se for aprovado nos exames, é necessário pagar a taxa de emissão e aguardar as orientações que serão enviadas por e-mail pelo Senatran para acessar a CNH Digital, que tem a mesma validade do documento físico, disponível no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Caso cidadão não receba o e-mail, também pode consultar a versão digital através do site do Poupatempo.  

Para evitar deslocamentos e proporcionar mais conforto e comodidade, o cidadão irá receber o documento emitido em casa, pelos Correios, no endereço de cadastro do motorista junto ao Detran.SP. 

 

Calendário com os novos prazos de CNH: 

 

  Data do vencimento 

Período máximo para renovação 

Março e abril/2020 

Até 30 de dezembro/2021 

Maio e junho/2020 

Até 31 de janeiro/2022 

Julho e agosto/2020 

Até 28 de fevereiro/2022 

Setembro e outubro/2020 

Até 31 de março/2022 

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