Estudo da Descomplica e do Instituto Locomotiva mostra 64% das famílias concordam que o ensino digital foi fundamental para que seus filhos se mantivessem estudando;
51% dos respondentes disseram que a escola demonstra estar
mais empenhada em melhorar o ensino virtual;
A tecnologia foi fundamental para a vida escolar dos estudantes na pandemia e o professor, apesar das dificuldades iniciais para se adaptar às novas ferramentas ao lecionar, foi outro pilar de suma relevância para motivar os alunos a seguirem estudando. Essas são algumas das principais conclusões de pesquisa inédita realizada pela Descomplica, uma das principais EdTechs do Brasil, em parceria com o Instituto Locomotiva, que agora entra na sua segunda fase de divulgação, focada no papel da tecnologia durante os estudos na pandemia, além da digitalização dos professores no período.
De acordo com a nova etapa da "Lições da pandemia: motivos para reduzir as distâncias na educação", divulgada nesta segunda-feira (08), 64% das famílias concordam que o ensino digital foi fundamental para que seus filhos se mantivessem estudando. O estudo revela ainda que 68% das mães e pais consideram que as aulas à distância foram muito difíceis no início, mas que aos poucos as famílias e crianças foram se adaptando. Com relação ao uso de alternativas digitais para estudar, 93% dos estudantes recorreram a algum desses caminhos digitais para ajudar com os estudos: Google (74%), Whatsapp (71%), Youtube (44%), Wikipedia (16%). Realizada em painel digital, a pesquisa ouviu 800 pais e mães de alunos do ensino fundamental II e do ensino médio entre 22 e 30 de setembro de 2021.
A tecnologia
cresceu de relevância dentro dos lares brasileiros quando pensamos no papel que
ela desempenhou na vida escolar dos alunos durante os últimos 20 meses. Antes
da pandemia, o consenso das famílias era limitar o tempo de tela das crianças e
o computador era percebido como um vilão do estudo. Com o ensino remoto, os
papéis da tecnologia na vida cotidiana se ampliaram e ela se tornou fundamental
para o prosseguimento da vida escolar dos estudantes. A ponto de que 50% dos
pais ouvidos pela pesquisa concordarem que, no futuro, o ensino digital será
utilizado em cursos extracurriculares, tais como idiomas e música, e 74% deles
acreditarem que futuramente o ensino digital será utilizado por escolas em
atividades extras, como aulas de reforço. “A transição para o ensino remoto na
maioria das instituições de ensino do país ocorreu de forma complexa e
repentina. De um momento para o outro, os professores e escolas precisavam
dominar diversas tecnologias e implementá-las na pedagogia das aulas. Isso,
claro, criou uma dificuldade inicial que aos poucos foi sendo superada e que
permitiu aos estudantes se adaptarem ao ensino digital”, diz Marco Fisbhen,
CEO da Descomplica. “Do nosso lado, como uma EdTech que há uma década
trabalha com a tecnologia atrelada ao ensino, nós pudemos auxiliar muitas
instituições a fazerem a transição com mais qualidade e agilidade. E acho que a
pesquisa reforça um ponto muito importante que sempre ressaltamos: a inovação
não veio para substituir professores, mas sim para ajudar tudo o que envolve o
ambiente de ensino – de docentes a alunos - a ter mais qualidade e opções de
estudo”, comenta.
Professores se superaram - O professor foi outro pilar fundamental para motivar os alunos a se manterem estudando. Apesar disso, houve uma dificuldade inicial pela rapidez com a qual este profissional se viu obrigado a conhecer novas ferramentas, adaptar planos de aula e linguagem para se conectar aos alunos mesmo que digitalmente. O que se viu nessa experiência foi uma digitalização da escola e do conteúdo que era transmitido nas salas de aula presenciais, além de uma superação dos docentes, que se adaptaram às tecnologias e se mantiveram empenhados em ajudar os alunos nos estudos.
A pesquisa aponta que as famílias percebem uma evolução desde o início da pandemia, mas para que o digital possa fazer parte da vida educacional dos alunos daqui para frente, mesmo que de forma complementar, o consenso geral é o de que ainda é preciso evoluir sua aplicação. Dessa forma, o levantamento traz dados muito relevantes: 66% dos pais afirmaram que a proximidade com o professor foi fundamental para o/a filho/a se manter motivado; 46% deles pais concordaram que os professores melhoraram a forma de dar aulas desde o das aulas à distância até agora; e 51% dos respondentes disseram que a escola demonstra estar mais empenhada em melhorar o ensino virtual.
Abaixo, os
principais dados da pesquisa e suas informações técnicas.
O papel fundamental da tecnologia para a vida escolar dos
estudantes na pandemia
- 64% das
famílias concordam que o ensino digital foi fundamental para que seus
filhos se mantivessem estudando
- 93% dos
alunos recorreram a alguma dessas alternativas digitais para
ajudar com os estudos: Google (74%), Whatsapp (71%), Youtube
(44%), Wikipedia (16%)
- 68% das mães e pais consideram que aulas à
distância foram muito difíceis no início, mas que aos poucos as famílias e
crianças foram se adaptando
- 72% dos
pais concordam que no futuro, o ensino digital será
utilizado em cursos extracurriculares, tais como idiomas e música
- 74% dos pais concordam que, no futuro,
o ensino digital será utilizado por escolas em atividades extras, como aulas
de reforço
- 50% dos pais concordam que, no futuro,
o ensino digital será utilizado por escolas, substituindo em parte as
aulas presenciais
- 51% dos pais concordam que o ensino à
distância ajudou o/a filho/a a desenvolver a sua autonomia
- 52% dos pais concordam que o ensino à
distância alterou positivamente a forma de estudar do/da filho/a
A digitalização do professor e da escola
- 66% dos pais afirmaram que a
proximidade com o professor foi fundamental para o/a filho/a se manter
motivado
- 46% dos pais concordaram que os
professores melhoraram a forma de dar aulas desde o das aulas à distância
até agora
- 51% dos respondentes disseram que a escola
demonstra estar mais empenhada em melhorar o ensino virtual
- Sobre as práticas do
ensino digital que ajudaram na aprendizagem dos filhos, temos: aulas ao
vivo com a possibilidade de interação entre professores e estudantes (92%),
conteúdos das matérias sendo explicado de maneira simples e objetiva (91%),
aulas com professores com o linguajar do jovem (91%), ter um canal
de comunicação direto com os professores, via Whatsapp ou outras
plataformas (91%), planos de aulas direcionados às necessidades
individuais dos alunos (91%), envio digital e correção de
atividades, para o aluno verificar seu desempenho (88%), aulas
gravadas que podem ser assistidas a qualquer momento e de qualquer
aparelho (86%), interação com professores e alunos ao estilo de uma
comunidade virtual (85%), aulas mais curtas do que as tradicionais (63%)
Contexto (OBS: dados de outras pesquisas disponíveis no Brasil, não fazem parte do presente estudo Locomotiva/Descomplica)
- 6 milhões de estudantes (da
pré-escola à pós-graduação) não acompanharam o ensino remoto por falta de
acesso à internet no domicílio
- 5,8 milhões de
instituições públicas de ensino.
- 4,23 milhões de escolas
públicas do Ensino Fundamental.
- 740 mil do Ensino Médio
da rede pública.
- 1,8 milhão de alunos da rede pública
não tiveram acesso ao ensino remoto porque dependem de programas de
distribuição de equipamentos (tablets ou celulares) para poderem se
conectar
- 3,2 milhões, mesmo que tivessem
acesso a chip e aparelhos, continuariam sem estudar porque onde moram não
há sinal de rede móvel
- 8% dos estudantes de 6 a 34 anos
abandonaram a escola em 2020, isso equivale a 4 milhões de
alunos
- 5% dos alunos de ensino fundamental e 11%
do médio abandonaram os estudos
- 23% dos estudantes
brasileiros
tiveram o calendário letivo reorganizado para 2021
- 89% dos professores das redes públicas de
educação não possuíam experiência anterior com ensino remoto
- 42% dos professores da rede pública nunca
haviam recebido formação para uso de tecnologias digitais na
educação
Perfil dos respondentes*
Para mapear as experiências de quem não abandonou os estudos mesmo em um cenário adverso, entrevistamos pais e mães de alunos/as do Ensino Fundamental II (5º a 9º anos) e do Ensino Médio que se mantiveram matriculados na escola durante a pandemia.
Classe social
- 38% classes AB
- 42% classe C
- 21% classes DE
Tipo de estabelecimento - 87% escola pública
13% escola particular
*mais detalhes podem ser fornecidos sob demanda
Pesquisa inédita: Lições da Pandemia – motivos para reduzir as
distâncias da educação
Realização: Instituto Locomotiva em parceria com Descomplica
Metodologia: Pesquisa quantitativa online
Público: pais e mães de alunos do fundamental II e do ensino médio que
não evadiram durante a pandemia
Amostra: 800 entrevistas
Praça: Nacional
Margem de erro: 3,3 p.p.
Campo: 22 a 30 de setembro de 2021
Instituto Locomotiva
https://www.ilocomotiva.com.br/