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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Alta acumulada em planos de saúde compromete renda do brasileiro em 2021

Em meio ao custo crescente, alternativas mais baratas e completas despontam no mercado


Compras de material escolar, matrícula das crianças, seguros, reajuste do aluguel e do condomínio, IPTU, IPVA e compras de Natal. Entra ano e sai ano, a lista de despesas de janeiro sempre aparece para atrapalhar o orçamento do brasileiro, e em 2021 não foi diferente. Para completar o elenco de “vilões” do orçamento, o aumento acumulado no valor dos planos de saúde deste ano deve comprometer ainda mais a renda do brasileiro.

 

Os reajustes anual e de faixa etária referentes à assistência médico-hospitalar que estavam suspensos entre os meses de setembro e dezembro de 2020 por conta da pandemia do novo Coronavírus serão cobrados ao longo de 2021 em 12 parcelas iguais. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos 47 milhões de usuários dos planos, 5,3 milhões serão afetados pelo reajuste.

 

Estimativas de técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), estimam que o aumento nos planos de saúde pode chegar até 25%, somando os valores “atrasados” de 2020 e os previstos para o ano corrente. Mas, apesar das despesas anuais e fixas das famílias parecerem assustadoras, os gastos com plano de saúde não precisam mais ser um fator de preocupação.

 

Em resposta aos altos preços, burocracia e lacunas de serviço, cresce no Brasil o número das chamadas health techs, empresas pensadas para otimizar bem-estar, qualidade de vida, cuidados preventivos, diagnóstico e tratamento de doenças. A partir de R$ 39,90 ao mês, usuários do Clude contam com um programa completo de saúde, acesso a atendimento personalizado, vídeo consulta médica, psicólogos e nutricionistas com o preço reduzido, uma rede completa com descontos em consultas, exames, vacinas, cirurgias, equipe de médicos disponíveis 24h/dia, enfermeiros com monitoramento preventivo, orientação de serviço social e segunda opinião médica em casos de doenças graves.

 

Diferente dos planos de saúde tradicionais e inacessíveis para grande parte da população, o Clude traz uma proposta inclusiva, expandindo o atendimento de qualidade a todos. Os assinantes ainda possuem um programa completo de nutrição e de exercícios físicos, automonitoramento de comorbidades, lembrete de medicamentos e muito mais.

 

Alguns gastos fixos são inevitáveis nas viradas do ano, mas as despesas com saúde podem ser otimizadas de uma maneira mais completa e eficiente. Para saber mais, acesse clude.com.br


Paciente morre após ambulância de MSF ser atacada no Mali

Veículo transportava feridos de bombardeios ocorridos no último domingo (3) na região central do país. MSF pede que os grupos envolvidos no conflito respeitem a ação médico humanitária e civis.

 

Uma ambulância de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que transportava pacientes entre Douentza e Sévaré, na região central de Mali, foi violentamente parada por homens armados durante horas na última terça-feira (05/01), resultando na morte de um dos pacientes a bordo. MSF condena veementemente essa grave obstrução à assistência médica e conclama todas as partes no conflito a respeitarem a ação humanitária e médica e a população civil.

A ambulância, identificada pelo logotipo de MSF de forma bastante visível, estava a caminho do hospital geral em Sévaré com três pacientes gravemente feridos no atentado de domingo (03/01) na região de Douentza. Uma enfermeira do Ministério da Saúde, um zelador e um motorista também estavam no veículo. Os homens armados os amarraram, os agrediram e os deixaram sob o sol forte por várias horas antes de finalmente libertá-los. Um dos pacientes, um homem de aproximadamente 60 anos, não resistiu e morreu durante a ação.

"Condenamos nos termos mais fortes possíveis todas as formas de violência contra nossos pacientes, nossa equipe e profissionais de saúde em geral", disse Juan Carlos Cano, chefe da missão de MSF em Mali. “Estamos muito chocados e pedimos às partes no conflito que respeitem as ambulâncias, a equipe médica, os pacientes e seus cuidadores. Os veículos médicos devem ter permissão para transportar os pacientes com segurança.”

Nesta quarta-feira (06/01), a ambulância de MSF conseguiu finalizar o transporte dos pacientes ao hospital em Sévaré. Os outros dois pacientes do veículo estão atualmente sob cuidados médicos na instalação.

No início desta semana, equipes de MSF trataram de vários pacientes gravemente feridos no centro de saúde de referência de Douentza, após o ataque a bomba nas aldeias Douentza e Sévaré. Os pacientes, a maioria homens idosos, tiveram ferimentos por explosões, estilhaços de metal e ferimentos a bala. MSF não estava presente na área no momento dos eventos e por isso não tem mais informações sobre os ataques na região.

Após a detenção violenta da ambulância da organização e a deterioração da situação de segurança em Mali, MSF reitera o pedido para que todas as partes no conflito respeitem a ajuda médica e humanitária, as instalações médicas e a população civil.

Médicos Sem Fronteiras trabalha no Mali desde 1985. Atualmente, a organização administra projetos médicos e humanitários nas regiões de Kidal, Gao (Ansongo), Mopti (Ténenkou, Douentza, Bandiagara, Bankass e Koro), Ségou (Niono) e Sikasso (Koutiala ), e também na capital, Bamako.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

Mudança de regras no setor de transporte pode gerar perda de arrecadação ao Estado de São Paulo

Levantamento também estima que pelo menos 12 mil postos de trabalho sejam fechados na cadeia do fretamento e turismo


Uma polêmica proposta de mudança nas regras no setor de transporte rodoviário de passageiros vem dando dor de cabeça à Artesp, agência que regula o serviço no Estado de São Paulo. Isso porque algumas das medidas anunciadas antes da realização de uma Consulta Pública colocou em alerta os empresários que atuam com transporte fretado. Este segmento vem crescendo ao longo dos últimos dois anos com o advento de aplicativos como Buser e 4 Bus, que permitem a formação de grupos de viagens cujo valor chega a ser até 70% mais baixo do que os praticados pelas empresas que possuem concessão pública para a exploração de linhas e utilização das rodoviárias.

A modalidade, que foi recentemente considerada legal pelo TJ-SP, tem sido alvo de associações de transportadores, porém, caiu no gosto da população, que aponta vantagens sobre o modelo tradicional, como a qualidade das frotas, segurança e facilidade na reserva de viagens, além do preço consideravelmente mais baixo.   

A proposta da Artesp estabelece regras como a obrigatoriedade do circuito fechado, que é a venda de ida e volta ao viajante, prazo máximo de 48h para que a empresa de viagens envie a lista de passageiros ao órgão fiscalizador e também a proibição de publicidade da plataforma digital. Tais medidas, segundo os fretadores, inviabilizam a atividade e podem decretar o fechamento de empresas e demissões em massa.

Para além do problema aos fretadores, a medida, se confirmada pela Artesp, pode gerar uma considerável perda de tributos, visto que o mercado tem receita anual estimada em R$ 1,05 bi. Conforme um estudo realizado pela LCA Consultoria, as novas medidas podem promover redução de 3,3 milhões passageiros transportados por ano e queda de receita de R$ 391 milhões.

A proposta da Artesp derrubaria a arrecadação das fretadoras que assim como as que possuem concessão pública contribuem com ICMS( 12%); PIS (0,65%), COFINS (3,00%), além de IRPJ e CSLL, que dependem do regime tributário de cada empresa. Além disso, empresas como Buser e 4Bus recolhem ISS (5%), PIS (1.65%) e COFINS (7.6%).

Por ser a região de maior atividade de fretamentos do país, estima-se que o efeito de transbordamento de variações na demanda final geraria uma queda de até R$ 580 milhões, com a redução de pelo menos 12 mil empregos e de R$ 218 milhões em salários ao longo de um ano. Ao mesmo tempo, a queda de arrecadação seria de R$ 108 milhões (incluindo ICMS, Imposto de Importação, PIS/Cofins, e outros impostos líquidos de subsídios). 

A conta não leva em consideração as isenções de IPVA para frota de ônibus e da carga tributária para a aquisição de óleo diesel, benefícios que apenas as empresas que atuam por meio de concessão pública possuem, mas os tributos que são comuns a elas e às de fretamento, além das empresas de tecnologia que intermedeiam a operação, que pagam também o ISS.

Uma denúncia foi feita contra a proposta da Artesp sob o argumento de que ela estaria atuando de forma a proteger as empresas que possuem concessão pública em detrimento das que utilizam as plataformas digitais. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo analisa o caso e deve se pronunciar nos próximos dias.


Bom senso é palavra-chave para avaliação de desempenho em 2020

Performance do profissional ainda será medida pelas entregas, porém o CEO da Prime Talent, David Braga, argumenta que, neste ano atípico, metas podem ser revistas e mais humanizadas. 

 

Em um ano tão desafiador e atípico como 2020, manter as metas previstas no plano estratégico inicial das empresas faz sentido após esse longo período de pandemia do novo coronavírus? É possível os líderes cobrarem, agora, os mesmos resultados que eram almejados antes da crise e com boa parte dos colaboradores em um home office imprevisto? Essas são algumas das perguntas que já estão sendo feitas e continuarão a desafiar os gestores também em janeiro. O CEO da Prime Talent, David Braga, argumenta que, diante desse cenário, a palavra-chave para realizar a tradicional avaliação de desempenho dos colaboradores é bom senso.

Por esse mecanismo, procura-se conhecer e mensurar a performance das pessoas na organização, em geral, por meio de uma comparação entre o apresentado e as expectativas, em linha com as políticas de cada companhia. O objetivo principal é valorizar habilidades e competências que se destacam e ajustar falhas, estimulando o desenvolvimento dos profissionais. Consequentemente, isso contribui para que os líderes tomem decisões sobre promoções, demissões, distribuição de bônus, investimento em treinamentos, entre outros aspectos.

O executivo observa que, em função das transformações ocorridas neste ano, boa parte das empresas saiu de uma cultura de “poder e controle” para a análise da “performance”, que continuará sendo medida pelas entregas. Entretanto, é possível ter um olhar mais humanizado na hora da avaliação de desempenho. “É importante entender se as métricas ainda serão as mesmas neste ‘novo mundo’, com uma visão mais cuidadosa e personalizada. Cabe ao líder ser empático e perceber as questões específicas pelas quais passaram os funcionários com as novas rotinas de trabalho. Além de definir a melhor forma de fazer essa gestão à distância, quando esse for o caso”, afirma. 

Ele lembra, ainda, que a ferramenta serve também para a entrega de bônus, o que será mais difícil de acontecer neste ano, em que muitas empresas faturaram muito abaixo do esperado. “Em épocas de crise, não tem essas regalias. Aqui, cabe a compreensão do colaborador, que precisa ter maturidade emocional neste momento e aceitar a situação com tranquilidade. Em mar revolto, é preciso remar e não olhar para o que você pode pescar”, completa David Braga.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Brasil alcança 7 milhões de pessoas recuperadas

Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico. Informações foram atualizadas às 19h desta quarta-feira (06/01)

 

Brasil já registra 7.036.530 milhões de pessoas curadas da Covid-19. No mundo, estima-se que pelo menos 29 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (638.326) que são os pacientes em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas já representa a grande maioria do total de casos acumulados (89,4%). As informações foram atualizadas às 19h desta quarta-feira (06/01) e enviadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. 

A doença está presente em 100% dos municípios brasileiros. Contudo, mais da metade das cidades (3.686) possuem entre 2 e 100 casos. Em relação aos óbitos, 4.996 municípios tiveram registros (89,7%), sendo que 770 deles apresentaram apenas um óbito confirmado. 

O Governo do Brasil mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população. 

Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde. 

O Ministério da Saúde já destinou aos 26 estados e o Distrito Federal R$ 198,1 bilhões, sendo que desse total foram R$ 134 bilhões para serviços de rotina do SUS, e outros R$ 64,1 bilhões para a Covid-19. Também já foram comprados e distribuídos 27,2 milhões de unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 306,8 milhões de EPI, mais de 19,8 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus. 

O Ministério da Saúde, em apoio a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares, sendo que já entregou 12.949 equipamentos para todos os estados brasileiros. 

As iniciativas e ações estratégicas são desenhadas conforme a realidade e necessidade de cada região, junto com estados e municípios, e têm ajudado os gestores locais do SUS a ampliarem e qualificarem os atendimentos, trazendo respostas mais efetivas às demandas da sociedade. Neste momento, o Brasil registra 7.837.830 milhões de casos confirmados da doença, sendo 63.430 mil registrados nos sistemas nacionais nas últimas 24h. 

Em relação aos óbitos, o Brasil tem 198.974 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, foram registrados 1.242 óbitos nos sistemas oficiais, sendo que 1.203 óbitos ocorreram nos últimos três dias. Outros 2.552 permanecem em investigação. 




Ministério da Saúde


Continental Shopping promove Campanha "Doe Sangue, Doe Vida"

Agendamento via Site garante distanciamento e segurança para doadores


Com a baixa no estoque dos hemocentros, o Continental Shopping, em parceria com o Rotary Clube de São Paulo – Parque Continental e Rotary Clube de São Paulo - Jaguaré, Banco de Sangue Paulista e ONG Amorsedoa, abraça mais uma vez a campanha “Doe Sangue, Doe Vida”.

Os moradores da região e frequentadores do empreendimento podem realizar a boa ação nos dias 14 e 15 de janeiro.

Para garantir a segurança de todos, os interessados precisam agendar um horário para a doação, pelo Site www.continentalshopping.com.br . Os atendimentos acontecem a cada 30 minutos, com no máximo nove pessoas por horário, medida para evitar a aglomeração.

“A doação de sangue é uma das ações mais solidárias e importantes que existem, então esperamos a colaboração de todos para abrir 2021 já fazendo o bem”, afirma Juliana Garbini, Gerente de Marketing do Continental Shopping.

A coleta acontece das 9h às 15h30, no piso Boulevard e tem como meta arrecadar 100 bolsas de sangue que serão destinadas para o Banco de Sangue Paulista. Para ser um doador, o interessado deve apresentar documento oficial com foto, passar por uma breve entrevista de triagem, ter entre 18 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha acontecido até os 60 anos). Menores de idade a partir de 16 anos com termo de autorização assinado pelos pais também podem contribuir, o termo está disponível em www.bancodesanguepaulista.com.br/doacao-de-sangue.

É necessário estar dentro dos requisitos abaixo:

  • O peso deve ser superior a 50 kg para homens e 55 kg para mulheres;
  • Se homem, deve ter doado há mais de 60 dias;
  • Se mulher, deve ter doado há mais de 90 dias, não estar grávida, não estar amamentando, já terem se passado pelo menos 3 meses de parto ou aborto;Não ter tido Hepatite após os 10 anos de idade;
  • Não ter histórico de contato com o inseto barbeiro, transmissor da Doença de Chagas;
  • Não ter histórico de malária ou se esteve em região de malária nos últimos 6 meses;
  • Não ter realizado Endoscopia / Colonoscopia nos últimos 6 meses;
  • Não ter ou ter tido Sífilis;
  • Não ter tatuagens e/ou piercings recentes (menos de 1 ano);
  • Não ter recebido transfusão de sangue ou hemoderivados no último ano;
  • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação;
  • Estar alimentado e com intervalo mínimo de 2 horas após a última refeição;
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que antecedem a doação;
  • Não ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses;
  • Não ter fumado na última hora que antecede a doação;
  • Não possuir comportamento de risco para HIV tais como: não usar preservativos em relações sexuais com parceiros novos ou ocasionais, ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses ou ser usuário de drogas ilícitas.

 

Serviço


Campanha Doe Sangue, Doe Vida – Continental Shopping
Data:
14 e 15 de janeiro
Horário: das 9h às 15h30
Local: Piso Boulevard
SITE para agendamento: www.continentalshopping.com.br
Endereço: Avenida Leão Machado, 100 - Jaguaré – São Paulo – SP
Mais informações: (11) 4040-4981 – www.continentalshopping.com.br


JANEIRO ROXO

 Pelo diagnóstico precoce e contra o estigma, SBD reforça campanha de conscientização sobre hanseníase


"A hanseníase é negligenciada, a sua saúde não! ". Este é o alerta da campanha lançada neste mês pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em apoio ao chamado Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre uma doença que, apesar de todos os avanços técnicos e científicos, ainda faz milhares de vítimas todos os anos no País. Além de material publicitário (cards, posts, vídeos), também foi desenvolvido um site sobre o tema.

CONHECA O SITE DO JANEIRO ROXO 20 21

Ao longo do mês, os dermatologistas brasileiros, em apoio à tradicional mobilização do Ministério da Saúde, farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD. Entre os tópicos abordados estão a descrição de sinais e sintomas da hanseníase e orientações sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. Também será abordada a necessidade de se eliminar o estigma e o preconceito contra as pessoas com a doença.

"Situação negligenciada é aquela que é alvo de desatenção, desconsideração, displicência, descaso, indiferença, menosprezo. Infelizmente, apesar da detecção de 30 mil novos casos da doença a cada ano, a hanseníase ainda é considerada assim: uma doença negligenciada", pontuou o presidente da SBD, Mauro Enokihara, presidente da SBD.

Segundo ele, ao alertar a população sobre este tema, a entidade pretende assegurar a todos o acesso a informações que ajudem a tirar o Brasil de uma triste posição: o segundo lugar mundial em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Todos os anos são diagnosticados, em média, 30 mil novos casos da doença no País.

Campanha 2021 - O Janeiro Roxo, iniciativa instituída no Brasil em 2016, tem como data símbolo o último domingo deste mês, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. Para marcar o período, a SBD planeja também realizar eventos online, divulgar depoimentos de pacientes e celebridades, estimular a iluminação em roxo de espaços públicos e monumentos. Todas as ações visam reforçar o compromisso de prevenir e combater a hanseníase, por meio do diagnóstico e tratamento precoces.

Outra preocupação da SBD é com o preconceito. "Combater o estigma é salvar vidas. Por isso, queremos auxiliar a sociedade a compreender essa doença. Desfazer mitos e fazer prevalecer a verdade sobre a hanseníase são as principais formas de ajudar profissionais da área de saúde, familiares, amigos e principalmente aqueles que buscam por tratamento", ressaltou o vice-presidente, Heitor Gonçalves.

Para dar dimensão a esse alerta, a SBD convidou neste ano instituições de referência nacional. Além de representantes das Secretarias de Saúde dos Estados (Conass) e Municípios (Conasems), também foram convidados a encampar esta luta - por meio da iluminação de suas sedes e filiais ou distribuição de conteúdo digital - o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Precoces - A campanha da SBD também chama a atenção para um outro ponto importante: no Brasil, o tratamento para a hanseníase é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. De acordo com Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, se trata de uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, mas o tratamento precoce promove a cura.

Segundo ela, a hanseníase é transmitida por meio do contato próximo e prolongado com pessoas que tenham a doença e não estejam em tratamento. Por isso, familiares, amigos e colegas de trabalhos de pessoas com Hanseníase também devem ser avaliadas por médicos. "A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, o que ajuda a evitar a transmissão e o consequente surgimento de novos casos", lembra Sandra Durães. "Precisamos frisar: hanseníase tem cura e quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas", complementou.


Janeiro branco reforça discussão sobre saúde mental

Especialista ressalta a importância do autocuidado e da qualidade de vida

 

É certo que a saúde mental de muita gente ficou ainda mais abalada em 2020, justamente por ser um ano atípico marcado por uma doença sem precedentes: a Covid-19. Quem já enfrentava problemas com a saúde mental pode ter apresentado estados mais graves, porque houve muitas perdas de pessoas desconhecidas até as mais conhecidas como entes queridos. O saldo do número de mortos e infectados foi assustador. Dessa forma, a campanha Janeiro Branco é um período que busca destacar, discutir e reforçar a importância de cuidar da saúde mental. 

A escolha do mês de janeiro para essa campanha é estratégica, pois é nessa época que todos querem traçar metas para o decorrer do ano que, consequentemente, pode vir acompanhada da ansiedade ou frustração por não ter conseguido galgar os objetivos planejados no ano interior.

O psiquiatra Luan Marques afirma o quão é importante entender a conjuntura atual para lidar com os momentos difíceis. “O ideal é procurar ajuda de um profissional, caso você não esteja se sentindo bem. Muita gente desenvolveu quadros de ansiedade e depressão por causa da quarentena e, quem já tinha, intensificou ainda mais”, explica o especialista. 

Segundo ele, é preciso ficar alerta aos principais sintomas da depressão, que são: fadiga, medo, irritação, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, insônia, pensamentos de suicídio e cansaço. “Dores físicas, autoestima baixa e falta de concentração também são considerados indícios da doença”, alerta. 

O especialista dá também algumas dicas para tentar aliviar um pouco mais os sintomas e viver melhor. Algumas delas são: praticar atividade física pelo menos 30 minutos ao dia; tirar um tempo para fazer algo que goste, ter uma boa alimentação, ler e fazer outras atividades prazerosas. 

 

O que diz a OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter boa saúde mental depende muito do bem-estar físico e, até mesmo, social para que os seres humanos possam desenvolver capacidades de interação. A organização ainda chama atenção para o número de pessoas acometidas por depressão no mundo: são mais de 300 milhões que não escolhem faixa etária, raça ou classe social. “Ainda há aquelas que têm ansiedade e depressão e não falam, guardam tudo para si. Falar é importante e ajuda no processo do tratamento,” afirma Luan Marques. Ele também garante que, pessoas que apresentam quadro de depressão sorridente, são mais difíceis de identificar.

 

CVV

Durante 24h, o 188 do Centro de Valorização da Vida está disponível para atendê-lo. São disponibilizados vários voluntários para conversar com você, sob total sigilo. Depressão é uma doença séria e precisa de tratamento adequado.


Saúde mental deve estar entre as prioridades de 2021, alertam especialistas

Hospital São Camilo de São Paulo apoia campanha Janeiro Branco, iluminando suas fachadas e promovendo ações internas de conscientização sobre o tema

 

Em tempos de pandemia, falar sobre saúde mental ganhou um sentido de urgência. Isolamento, perda de entes queridos, medo do futuro, tudo isso passou a fazer parte da vida das pessoas nos últimos meses, ampliando a necessidade de debater ações em prol do tema.

Segundo um estudo publicado na revista científica Psychiatry Research sobre os impactos da Covid-19 na saúde mental da população mundial, a incidência de ansiedade e de depressão foi, respectivamente, quatro e três vezes mais frequente quando comparada aos dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nos últimos anos.

A psicóloga Natália Reis Morandi, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, alerta para os efeitos deste aumento em médio e longo prazo.

“Alterações na qualidade do sono e da alimentação, bem como a perda de interesse nas atividades cotidianas, além da dificuldade para lidar com problemas do dia a dia e tomar decisões, estão entre os sinais mais relatados entre os pacientes”, destaca.

A especialista ressalta que sintomas como estes podem evoluir para problemas mais graves e tendem a aumentar quando a pessoa deixa de procurar ajuda profissional.

Natália explica que a mudança nos hábitos sociais pode afetar a forma como as pessoas se organizam no dia a dia e os efeitos disso são devastadores quando não há um acompanhamento.

“A saúde mental pode gerar danos sérios à saúde de maneira geral, como doenças cardíacas, alterações na pressão arterial e problemas digestivos, por exemplo, impactando a qualidade de vida das pessoas”, alerta.



Janeiro Branco

Ampliar a discussão e conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde mental é de extrema relevância no cenário atual em que vivemos.

Pensando nisso, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo participa da campanha Janeiro Branco iluminando suas fachadas durante todo o mês, além de reforçar sua comunicação interna e externa para alertar a todos sobre os devidos cuidados.

A campanha é uma forma de trazer informação à população, além de divulgar dicas de prevenção com o objetivo de mostrar que a saúde mental deve ser levada a sério.

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo oferece atendimento com especialistas em saúde mental nas suas três Unidades (Santana, Pompeia e Ipiranga), permitindo que o paciente realize as consultas e os exames necessários em um único local.

Durante a campanha, a Instituição fará divulgações voltadas para seus colaboradores, através dos seus canais internos. Já o público geral poderá conferir informações sobre prevenção, diagnóstico e formas de tratamento nas redes sociais do Hospital.


Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


Janeiro verde: Camisinha é aliada essencial na luta contra o câncer de colo de útero e outros tumores. Entenda

Preservativo diminui o risco de contaminação pelo HPV, que é responsável por tumores no útero, pênis, entre outros



Provavelmente você não associaria a camisinha com prevenção ao câncer. Mas ela é uma importante aliada para evitar o surgimento de tumores nas mulheres e também nos homens, aponta o médico Andrey Soares, do CPO/Oncoclínicas. Isso porque, além de proteger das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), o preservativo evita o contágio do papiloma humano (HPV), que é o principal responsável pelo câncer no colo do útero. Mas não só ele. Nos homens, há uma forte relação também com o surgimento de tumor no pênis.

"Além da vacinação em meninas e meninos contra o HPV, a camisinha ainda é a principal barreira de transmissão e, embora se conheça melhor essa relação entre o tumor no útero com o contágio do vírus, ainda é grande o desconhecimento em relação ao câncer peniano. Os homens, em geral, tendem a se preocupar menos com a saúde, fazer menos exames, e etc, até por uma questão cultural mesmo. Então, informar sobre a importância do uso da camisinha também na prevenção do câncer masculino é fundamental e dever dos agentes públicos", cobra o oncologista.

E a fala dele é apoiada por números. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a relação entre o sexo desprotegido e câncer não é conhecida pelos brasileiros: entre 1500 entrevistados, quase 30% dos brasileiros não imaginam que usar preservativos pode reduzir o risco de desenvolver câncer. E são muitos os tipos que podem sofrer influência da contaminação do HPV:

"Os preservativos estão comumente relacionados à proteção contra o HIV, mas também são o modo de combate a formas de tumor que têm relação com o HPV, como colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus, boca e garganta", explica o especialista.

O câncer de pênis é considerado raro, mas seu prognóstico pode ter consequências devastadoras para a vida do paciente. Em muitos casos, é necessário fazer a amputação do órgão, embora quando diagnosticado em estágio inicial, apresente elevada taxa de cura. No entanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões aparecem para procurar o médico, o que diminui a sobrevida e as chances de um tratamento com menos consequências físicas. Segundo os últimos dados disponíveis, 402 homens morreram em decorrência deste tumor no ano de 2015.

Já o tumor no Colo do Útero é o terceiro mais comum entre as mulheres. Também causado em grande parte pelo HPV, ele pode ser detectado no exame preventivo ginecológico, que deve ser realizado anualmente por todas as mulheres sexualmente ativas. Através do exame, é possível ver se o vírus sofreu alguma mutação que poderia levar ao câncer, tratando o local antes mesmo de malignidade. São mais de 6 mil óbitos por ano por conta do tumor. 



Desconhecimento e preconceito atrapalham prevenção

O desconhecimento leva à desproteção: 59% dos brasileiros não usa preservativos como medida de prevenção à doença. Outra aliada importante é a vacinação de meninos e meninas contra o HPV, que ainda sofre bastante preconceito e resistência na sociedade brasileira. Além, é claro, da falta da informação sobre ela. O assunto é tão sério que a Organização Mundial de Saúde (OMS) precisou se pronunciar, afirmando que a vacina é "segura e indispensável".

"Os rumores infundados sobre as vacinas contra o HPV seguem adiando ou impedindo de modo desnecessário o aumento da imunização, que urgentemente necessário para a prevenção do câncer cervical", disse em evento no começo de 2020 Elisabete Weiderpass, diretora do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC), vinculado à OMS.

Cirurgiões alertam: medo de procurar hospital na pandemia pode agravar problemas de saúde

Para orientar pacientes, médicos listam sintomas que não devem ser negligenciados por pacientes


O recente aumento de casos de COVID-19 em nosso país pode desencadear um outro problema: casos de urgência e emergência cirúrgicas que chegam em situação mais grave aos hospitais. Isso acontece porque as pessoas têm medo de se contaminarem em ambiente hospitalar e adiam a ida ao médico quando começam a sentir os primeiros sintomas. Essa atitude pode dificultar o tratamento e colocar a vida do paciente em risco.

O cirurgião de urgência, emergência e trauma Bruno Pereira, CEO do Grupo Surgical, responsável por este tipo de atendimento em oito hospitais de Campinas, Valinhos e Vinhedo, conta que nos meses em que a pandemia ficou mais crítica, houve um aumento de casos cirúrgicos mais graves nas urgências e emergências. “As pessoas demoravam mais para buscar o hospital. Em muitos casos, essa demora pode ser bem significativa, aumentando os riscos para o paciente”, explica. “Nossa preocupação é que com o aumento dos casos de COVID-19, isso volte a se repetir. É importante que o paciente entenda que a prevenção em ambiente hospitalar é grande, estamos tomando muitos cuidados para evitar a contaminação. Portanto, é muito mais arriscado ele protelar a ida a um pronto-socorro, se apresentar algum sintoma de doenças que podem ser graves ou se agravar com a demora”, afirma.

De acordo com Pereira, é fundamental que o paciente procure um hospital ao sentir alguns sintomas, como mudança no hábito intestinal, que pode ser tanto constipação quanto diarreia, dor abdominal insistente, cólica forte, sangramento ou escurecimento das fezes, vômito com sangue, falta de apetite, náusea e dor abdominal migratória.

Mudança no hábito intestinal, por exemplo, pode ser sinal de câncer colorretal e, nesse caso, quanto antes fizer o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de cura do paciente. “Pacientes com sangramento do trato gastrointestinal, ou seja, nas fezes ou no vômito, também precisam ser avaliados porque pode ser hemorragia digestiva. Pode ser algo simples, mas 2% a 10% dos pacientes com Hemorragia Digestiva acabam morrendo, então, é um sintoma que realmente precisa ser investigado”, orienta. Há várias causas para o sangramento, como úlceras pépticas, gastrite hemorrágica, esofagite, neoplasias (câncer), varizes esofágicas, uso de anticoagulantes, entre outras.

Outro problema muito comum é a apendicite. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal e falta de apetite, que atingem 100% dos pacientes, seguido por náuseas (90%), vômitos (75%) e dor migratória (50%). Quanto mais cedo houver o diagnóstico, melhor, já que complicações da doença podem causar perfuração do órgão e até infecção na corrente sanguínea (sepse ou septicemia). O quadro do paciente costuma mudar a cada 12 ou 24 horas e a demora também pode resultar em dificuldades cirúrgicas, complicações pós-operatórias, longos períodos de internação e até a morte.

Já as crises de dor intensa podem ser sinal de colecistite, que é a inflamação da vesícula biliar. “Nos casos agudos, a cólica biliar costuma ser mais forte e duradoura, podendo durar até mais de 12 horas, com pico entre 15 e 60 minutos após o início. Os pacientes relatam que, muitas vezes, a dor é insuportável e vem acompanhada de enjoos e vômitos”, complementa o cirurgião. De acordo com ele, cerca de 30% dos pacientes com colecistite aguda também apresentam febre e, em alguns casos, calafrios.

O paciente com colecistite aguda precisa ser operado logo após o aparecimento dos primeiros sintomas porque o quadro pode ser agravar e causar outros problemas, que podem até levar à morte. Entre as complicações mais comuns, estão a peritonite (inflamação do peritônio), formação de fístula para o intestino, septicemia (infecção generalizada), formação de abcessos causados pela necrose provocada pelas bactérias e pancreatite. “Essas complicações costumam ser muito graves. Por isso, é importante agir rapidamente”, afirma Pereira.

“Sabemos que este é um momento que exige cuidados. Não é hora de ir a um hospital por qualquer coisa, mas a pessoa não pode ficar ‘esperando passar’ se tiver alguns desses sintomas. Na maioria das vezes, é uma corrida contra o tempo e, certamente, quanto mais precoces forem o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de cura e menores os riscos”, reforça o cirurgião.

 

 

Grupo Surgical

Dicas para uso de máscaras no verão

Saiba como manter o conforto e a proteção da pele mesmo no calor

O uso de máscaras de proteção é um hábito fundamental para o combate à pandemia do novo coronavírus. Cobrir o nariz e a boca é uma medida especialmente importante para prevenir que pessoas infectadas espalhem o vírus, por meio de partículas expelidas ao tossir, falar ou espirrar. Por isso, o uso de máscaras é considerado hoje não só uma forma de cuidado pessoal, mas um ato de respeito ao próximo.

No verão, algumas medidas simples podem facilitar o uso das máscaras, sem deixar o conforto e os cuidados com a beleza de lado.

Prefira máscaras feitas de tecidos 100% algodão e evite materiais como poliéster, que esquentam mais, ou tecidos muito pesados, que dificultam a respiração. É importante lembrar que, por mais que esteja muito calor, a máscara não pode ser feita de um tecido muito fino, ou terá uma eficácia menor na proteção.

“O tecido da máscara não oferece uma proteção adequada contra os raios UV, por isso continua sendo necessário aplicar no rosto produtos com fator de proteção solar acima de 30 sempre que for se expor ao aol”, diz Adriano Ribeiro, farmacêutico da rede Extrafarma.

Para evitar o aparecimento de acne, prefira protetores solares de textura mais leve, pois a pele já ficará coberta pelo tecido e o uso de cremes pesados pode aumentar a oleosidade e até causar irritação no local.

“Manter uma rotina de limpeza e hidratação diminui as chances de ter problemas como acne ou descamação da pele. Também é importante não descuidar da higiene da máscara, já que ela fica em contato direto com a pele”, afirma Adriano.

Sempre que sair, leve uma máscara de reserva, assim é possível trocar a proteção quando a máscara ficar úmida, já que o tecido precisa estar totalmente seco para proteger o rosto de forma adequada. No calor, quando suamos mais, é ainda mais importante ter o item extra à mão.  

E lembre-se de que, para uma proteção eficaz, é essencial que as máscaras sejam usadas corretamente, como mostra o infográfico.



Extrafarma

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Estudo indica um dos fatores que tornam nova variante do coronavírus mais contagiosa

Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto constataram que a proteína spike da nova linhagem viral interage melhor com o receptor celular humano ACE2, com o qual o SARS-CoV-2 se liga para viabilizar a infecção (imagem: Jadson Santos/USP)

         

Pesquisadores das faculdades de Medicina (FMRP) e de Odontologia (FORP) da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto, identificaram um dos fatores que tornaram mais infecciosa a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2, a B.1.1.7, originária do Reino Unido e com dois casos confirmados no Brasil pelo Instituto Adolf Lutz.

Por meio da aplicação de ferramentas de bioinformática, eles constataram que a proteína spike da nova cepa viral – que forma a estrutura de coroa que dá nome à família dos coronavírus – estabelece maior força de interação molecular com o receptor ACE2, presente na superfície das células humanas e com o qual o SARS-CoV-2 se liga para viabilizar a infecção.

O aumento na força de interação molecular da nova linhagem é causado por uma mutação já identificada no resíduo de aminoácido 501 da proteína spike do SARS-CoV-2, chamada de N501Y, que deu origem à nova variante do vírus, observaram os pesquisadores.

Os resultados do trabalho, apoiado pela FAPESP, foram publicados na plataforma bioRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

“Vimos que a interação entre a proteína spike da nova cepa do coronavírus com a mutação N501Y é muito maior do que a apresentada pela primeira linhagem do vírus isolado em Wuhan, na China”, diz à Agência FAPESP Geraldo Aleixo Passos, professor da FMRP e da FORP-USP e coordenador do projeto. Outro autor do estudo, que realizou as análises bionformáticas, é Jadson Santos, que realiza doutorado na FMRP-USP sob orientação de Passos.

Com o surgimento da linhagem B.1.1.7 no Reino Unido, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a mutação N501Y presente na proteína spike da nova variante, resultante da substituição de um aminoácido asparagina (N501) por um do tipo tirosina (N501Y), poderia ser um dos fatores responsáveis pela alta contagiosidade da nova linhagem do coronavírus.

Isso porque o N501 já havia sido identificado como um resíduo de aminoácido crucial na afinidade de ligação da proteína spike ao receptor ACE2 humano e, consequentemente, implicado na infectividade do novo coronavírus. Além disso, estudos anteriores também apontaram que a mutação N501Y encontrada na linhagem B.1.1.7 cobre um dos seis resíduos de aminoácidos de contato-chave dentro da proteína spike.

“Existem outras mutações no genoma dessa linhagem que não analisamos. Focamos na N501Y porque ela está implicada na ligação da proteína spike com o ACE2”, explica Passos.

A fim de testar a hipótese de que a alta infectividade da linhagem B.1.1.7 poderia ser devido a mudanças na força de interação entre a proteína spike mutante e o receptor ACE2, foram utilizadas estruturas da proteína spike do SARS-CoV-2 isolado em Wuhan e da linhagem B.1.1.7, depositadas em um banco de dados de proteínas, o Protein Data Bank.

Por meio de um software de domínio público, chamado PyMOL, foi possível visualizar a interação entre o resíduo de aminoácido 501 da proteína spike do SARS-CoV-2 com o resíduo Y41 da proteína ACE2 humana e simular e analisar as interações resultantes da mutação N501Y encontrada na linhagem B.1.1.7 com o receptor celular.

“Esse software permite visualizar imagens dessas estruturas moleculares com uma aproximação de 3.5 angstrom de campo, muito maior do que as imagens geradas até mesmo por um ultramicroscópio”, compara Passos.

Por meio de outro software também de domínio público, chamado PDBePISA, foi possível comparar a interação das proteínas spike da linhagem selvagem do SARS-CoV-2 e da mutante com o receptor ACE2 humano.

Os resultados das análises mostraram que a mutação N501Y na proteína spike da nova variante do coronavírus estabelece maior interação com o receptor ACE2 em comparação com a linhagem selvagem do vírus. As interações foram predominantemente não covalentes – mais fracas –, observaram os pesquisadores.

“A somatória de várias ligações fracas entre a proteína spike mutante da nova variante do coronavírus com o receptor ACE2 humano resulta em interações moleculares mais fortes, que permitem que o vírus entre mais facilmente nas células e deflagre o sistema de replicação”, explica Passos.

O estudo também revelou que a mutação N501Y causa uma alteração no espaçamento entre os resíduos de aminoácidos da proteína spike, permitindo que estabeleça ainda mais interações com o receptor ACE2.

“Juntas, essas mudanças confirmaram a hipótese de que a proteína spike da cepa B.1.1.7 interage mais fortemente com o receptor ACE2”, afirma Passos.

De acordo com o pesquisador, os resultados do estudo feito por meio de simulações computacionais in silico permitirão orientar novos experimentos in vitro, voltados a avaliar em laboratório a infectividade da nova variante do coronavírus em culturas de células humanas.

Evolução surpreendente

Segundo os pesquisadores, a rápida propagação do SARS-CoV-2 entre os humanos está impulsionando sua evolução molecular. Até agora, o vírus acumulou mutações a uma taxa de até dois nucleotídeos por mês, e isolados recentes apresentam pelo menos 20 alterações de nucleotídeos em seus genomas em comparação com a linhagem selvagem, isolada em janeiro de 2020. A maior parte das mutações está localizada na proteína spike.

A linhagem B.1.1.7., detectada no início de setembro e descrita em dezembro de 2020 pelo COVID-19 Genomics UK Consortium, no Reino Unido, e já registrada em outros 17 países, incluindo o Brasil, representa um exemplo, entre vários outros, da rápida evolução molecular do novo coronavírus. Contudo, surpreendeu os cientistas por acumular 17 mutações, das quais oito estão localizadas no gene que codifica a proteína spike na superfície do vírus.

“Essa nova cepa acumula muitas mutações. Se observa um número menor em outras linhagens virais”, compara Passos.

Como a descrição dessa nova variante é recente, ainda não dá para avaliar com maior detalhe o fenótipo, ou seja, se ela é mais ou menos patogênica, explica o pesquisador. 

A animação (abaixo) mostra a interação da proteína spike da nova cepa viral com o receptor ACE2.

 

https://www.youtube.com/watch?v=q4QZuHiZ9hQ&feature=emb_logo

 

 

O artigo The high infectivity of SARS-CoV-2 B.1.1.7 is associated with increased interaction force between Spike-ACE2 caused by the viral N501Y mutation (DOI: 10.1101/2020.12.29.424708), de Jadson C. Santos e Geraldo A. Passos, pode ser acessado na plataforma bioRxiv em www.biorxiv.org/content/10.1101/2020.12.29.424708v1.full.

 

 

 

Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudo-indica-um-dos-fatores-que-tornam-nova-variante-do-coronavirus-mais-contagiosa/34932/


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