Performance do profissional ainda será medida pelas entregas, porém o CEO da Prime Talent, David Braga, argumenta que, neste ano atípico, metas podem ser revistas e mais humanizadas.
Em
um ano tão desafiador e atípico como 2020, manter as metas previstas no plano
estratégico inicial das empresas faz sentido após esse longo período de
pandemia do novo coronavírus? É possível os líderes cobrarem, agora, os mesmos
resultados que eram almejados antes da crise e com boa parte dos colaboradores
em um home office
imprevisto? Essas são algumas das perguntas que já estão sendo feitas e
continuarão a desafiar os gestores também em janeiro. O CEO da Prime Talent,
David Braga, argumenta que, diante desse cenário, a palavra-chave para realizar
a tradicional avaliação de desempenho dos colaboradores é bom senso.
Por
esse mecanismo, procura-se conhecer e mensurar a performance das pessoas na
organização, em geral, por meio de uma comparação entre o apresentado e as
expectativas, em linha com as políticas de cada companhia. O objetivo principal
é valorizar habilidades e competências que se destacam e ajustar falhas,
estimulando o desenvolvimento dos profissionais. Consequentemente, isso
contribui para que os líderes tomem decisões sobre promoções, demissões,
distribuição de bônus, investimento em treinamentos, entre outros aspectos.
O executivo observa que, em função das transformações ocorridas neste ano, boa parte das empresas saiu de uma cultura de “poder e controle” para a análise da “performance”, que continuará sendo medida pelas entregas. Entretanto, é possível ter um olhar mais humanizado na hora da avaliação de desempenho. “É importante entender se as métricas ainda serão as mesmas neste ‘novo mundo’, com uma visão mais cuidadosa e personalizada. Cabe ao líder ser empático e perceber as questões específicas pelas quais passaram os funcionários com as novas rotinas de trabalho. Além de definir a melhor forma de fazer essa gestão à distância, quando esse for o caso”, afirma.
Ele
lembra, ainda, que a ferramenta serve também para a entrega de bônus, o que
será mais difícil de acontecer neste ano, em que muitas empresas faturaram
muito abaixo do esperado. “Em épocas de crise, não tem essas regalias. Aqui,
cabe a compreensão do colaborador, que precisa ter maturidade emocional neste
momento e aceitar a situação com tranquilidade. Em mar revolto, é preciso remar
e não olhar para o que você pode pescar”, completa David Braga.
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