Pesquisar no Blog

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

4 mitos sobre como ser um empreendedor de sucesso

Dono do perfil “O Real Empreendedor” e CEO da startup Scaleup, conta os segredos do empreendedorismo de sucesso por meio de consultorias nas redes sociais

 

Ser empreendedor é um sonho que passa pela cabeça de milhares de pessoas. A ideia de não precisar ter chefe, conquistar a independência financeira, ter sucesso em uma determinada trajetória, são vários os benefícios, mas vale lembrar que, para ter uma empresa de sucesso, é recomendável que o dono equilibre três perfis: o técnico, o administrador e o empreendedor.

 

O empresário e consultor Frederico Flores - dono do perfil “O Real Empreendedor” no Instagram – recebe inúmeros questionamentos sobre o caminho para o sucesso. Aos 19 anos, começou vendendo cursos de DJ no Mercado Livre e depois vendeu sua empresa para o próprio Mercado Livre por 36,5 milhões de reais.

Pensando nesse público e no objetivo de diversos brasileiros, Frederico esclareceu alguns mitos do empreendedorismo, as lendas que contam aos futuros empresários sobre como atingir o sucesso.

 

“Trabalhar 14 horas por dia” – De acordo com o empresário, trabalhar 14h por dia só te torna bem sucedido se você souber o que está fazendo. “Trabalhar por trabalhar, apenas para cumprir o papel, qualquer um faz. É preciso ser produtivo, saber priorizar as coisas que são realmente importante e delegar para outras pessoas aquilo que você não consegue ou não tem expertise para fazer. Estar sobrecarregado com coisas que não trazem resultado é muito mais prejudicial do que simplesmente não ter nada para fazer"

 

“Acordar às 5h” – Para e empreendedor, a produtividade tem muito mais a ver com as coisas que são feitas do que com o horário que se acorda. “Ao contrário de alguns colegas empreendedores, sinto que, ao acordar cedo, meu dia rende pouco, eu me desconcentro com mais facilidade ou produzo mais lentamente aquilo que faria em poucas horas. Isso sim seria um desperdício. Não faz o menor sentido associar sucesso ao horário que as pessoas acordam. Não caiam nessas de ‘o sucesso só́ existe para quem acorda cedo’, isso é balela. Se seu corpo funciona melhor às 5 da manhã̃, acorde mais cedo, se não, respeite seu corpo”, destaca.

 

“Só basta acreditar” – O empresário evidencia que um sonho grande é primordial para que se saiba onde quer chegar e consiga traçar um plano prático para conseguir alcançá-lo. No entanto, sonhar sem agir não vai fazer você chegar muito longe.


“O sonho deve servir de orientação, motivação e recordação constante daquilo que é importante para você. A partir dele é que a coisa realmente começa e é nesse momento que inicia a sua necessidade de fazer um esforço e partir para o trabalho. Sem medo, sem receio, sem procrastinação. Simplesmente faça aquilo que você sabe que precisa fazer para ser um profissional melhor, um empresário mais bem sucedido ou um estudante mais dedicado. Só querer, realmente não basta.”, conclui.

 

“Mantenha sua margem de lucro sempre alta” - Esse é um pensamento bastante comum para a maioria dos empreendedores, mas deve ser analisado com muita cautela. Isso porque margens altas, em geral, representam modelos de negócios de baixa concorrência e muitas oportunidades para  novos entrantes. Logo, você não conseguirá manter sua operação atual por muito tempo. Negócios de alta performance e competição - quase sempre - possuem margens apertadas e só assim conseguem se beneficiar dos privilégios da escala. O raciocínio é lógico e faz bastante sentido “Ao atuar de forma agressiva, sacrificando suas margens, vendendo cada vez mais e mais barato, focando sempre em uma experiência incrível ao seu consumidor, você, automaticamente, “rouba” espaço dos seus concorrentes e vai capturando uma fatia que antes era deles. Logo, você cresce e eles perdem espaço. Com o tempo, essa estratégia pode ser tão poderosa, que ninguém mais conseguirá chegar em você. O grande desafio, no entanto, é conciliar qualidade e preço baixo. Apenas baixar o valor do que você vende, não adianta. É necessário baixar o preço e manter ou aumentar o nível de serviço”, destaca.

 

 


Frederico Flores - dono do perfil “O Real Empreendedor” - é CEO da Scaleup - plataforma de empreendedorismo 100% digital que tem como objetivo popularizar a educação para empreendedores. Palestrante e especialista em comércio eletrônico e marketplaces, é formado em Direito e Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com grande atuação no mercado e-commerce no Brasil e América Latina. Durante sua carreira, desenvolveu diversos projetos relacionados às áreas de tecnologia e empreendedorismo e em 2012, criou a Ecommet, empresa de tecnologia que ajuda empresários a vender pela internet por meio de um software de gestão de vendas chamado Becommerce, adquirido pelo Mercado Livre em 2017 por R$ 36,5 milhões de reais.


PIX Friday: o impacto do PIX e das fintechs na Black Friday

Novembro é o mês das ofertas. Tradicionalmente, lojas do mundo inteiro baixam os preços para a Black Friday - que, este ano, acontece no dia 27/11. No Brasil, a expectativa é que os resultados superem o recorde de vendas online de 2019. Contudo, a grande novidade de 2020 será a presença dos pagamentos instantâneos e sem tarifas via PIX que começam a funcionar a partir da segunda-feira (16). Assim, esta Black Friday vai antecipar a maneira como faremos compras daqui para frente.

De acordo com análise global realizada pelo Facebook, apesar do início da flexibilização do comércio, as vendas online continuam em alta. Outra tendência, é que 73% dos consumidores criaram o hábito de comprar de pequenos negócios. Deste modo, o impacto do PIX representará uma revolução para estes artesãos, pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) que poderão receber pagamentos 24 horas por dia e 7 dias por semana sem que o cliente tenha que pagar tarifa pela transferência - um ganho de competitividade.

Por isso, a experiência desta primeira Black (PIX) Friday poderá dar indícios sobre como o consumidor vai estruturar os gastos com a nova tecnologia bancária. Mas isso não é tudo, a partir de 30 de novembro será a vez do Brasil entrar na primeira fase do open banking. Na prática, o consumidor poderá compartilhar seu histórico entre diferentes instituições. A nova era deve abalar os pilares das instituições financeiras tradicionais - acostumadas com cobranças por serviços simples -, uma vez que o consumidor ganhará muito mais mobilidade e opções com o crescimento das fintechs.

O usuário-final será o principal beneficiário desta competição entre instituições bancárias e fintechs. O mercado prevê a criação de novos serviços, crédito mais barato, a diminuição da circulação do dinheiro físico e até mesmo de cartões. Obviamente, toda mudança impõe desafios e, por isso mesmo, a evolução da tecnologia bancária caminha lado-a-lado à cibersegurança. Além disso, o consumidor estará amparado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que entrará em vigor para garantir a segurança das informações pessoais que já compartilhamos diariamente.

Nesse sentido, a temporada de compras de final de ano que tem início com a Black Friday será o grande laboratório destes novos serviços - que aos poucos conquistam a confiança do consumidor. É certo que a transformação já começa a acontecer - na iminência do PIX e das fintechs, os bancos tradicionais já investem em serviços de cashback, investimentos mais rentáveis e menos taxas. Finalmente a tecnologia chegou ao sistema financeiro para diminuir excessos e garantir que serviços bancários sejam uma escolha e não mais uma imposição ao cliente.

 

 


Juliano Carneiro e André Emídio - sócios do RevoBank

 

Como será a Black Friday em meio ao "Novo Normal"?

Assim como mudanças no mercado de trabalho, a pandemia também modificou a forma em que as pessoas consomem os produtos; especialista em Direito do Consumidor esclarece as principais dúvidas sobre o assunto e lista os cuidados que os consumidores devem tomar na Black Friday 2020

 

 

Mesmo sendo uma data de origem americana e muito famosa por lá, a semana do dia 29 de novembro, também ficou marcada pela Black Friday aqui no Brasil. Sempre realizada em uma sexta-feira, é um evento que acontece após o feriado de Ação de Graças, com o intuito de “limpar” os estoques para os lançamentos do Natal e movimentar a economia do país em torno das promoções. Com a pandemia e a mudança na forma em que as pessoas passaram a consumir, a Black Friday deste ano, no dia 27 de novembro, será uma incógnita.


Porém, algumas projeções já estão sendo realizadas. Para se ter uma ideia, de acordo com as buscas do Google obtidas pelo O Estado de S. Paulo, a Black Friday deste ano promete ser maior do que a do ano passado. “Tudo será diferente, até porque os estabelecimentos não vão poder receber filas ou mesmo aglomerações. No ano passado, vários vídeos rodaram na internet de pessoas disputando as últimas unidades de produtos em grandes lojas, tudo muito lotado. Os comerciantes que não respeitarem as regras de distanciamentos, este ano, poderão levar multas ou até mesmo interdição e cassação de alvará de funcionamento”, explica Plauto Holtz, advogado, especialista em Direito do Consumidor e sócio-fundador da Holtz e Associados.

Abaixo, ele esclarece algumas dúvidas e explica os principais cuidados que devem ser tomados na Black Friday 2020. Confira:

 

Muitas pessoas vão optar por comprar pela internet. Quais são os principais cuidados que devem ter? 

Sem dúvidas a maioria dos consumidores irão optar por compras online - isso já acontecia em outras datas como essas, mas agora a tendência é aumentar ainda mais. Por isso, é preciso tomar cuidado com golpes. “Não acesse links de sites desconhecidos. Eles podem ter mecanismos que roubam dados e senhas. Além disso, minha dica é dar preferência aos sites que tenham aquele famoso cadeado do lado esquerdo ao endereço eletrônico”, aconselha o especialista.

 

Além da pandemia também temos a LGPD, qual o impacto da lei na Black Friday? Tanto nas compras online como presenciais? 

A Lei de Proteção de Dados (LGPD) visa, entre outras medidas de segurança, evitar o uso abusivo e ilícito de cruzamento de dados, para oferecer e ofertar produtos relacionados às pesquisas do consumidor, sem que ele tenha autorizado. “Como é uma lei nova, ainda muitas empresas estão desrespeitando”, explica Plauto.

 

Quais os principais cuidados que os consumidores devem tomar ao fazer compras na Black Friday? 

A dica nesse item é comprar com antecedência. “É importante verificar com antecedência os preços dos produtos, para evitar a armadilha do "desconto do dobro". Registre, por meio de fotos ou prints, os preços praticados. Além disso, tenha calma ao comprar. Compre com a razão, e não com o coração, pois a conta pode ser grande. Tenha juízo no bolso”, comenta.

 

Quais as principais fraudes que já aconteciam na Black Friday e que podem ser potencializadas?

Problemas de fraudes na Black Friday não são novidade. Alguns até utilizam o termo “Black Fraude”. “Evite acessar links  que prometem ofertas milagrosas. Muitas vezes o consumidor  acaba se encantando com produtos de lojas desconhecidas e acaba caindo em um golpe. De preferência, compre com cartão de crédito, pois havendo uma fraude, poderá haver contestação da despesa. Evite também depósitos bancários ou pagamentos à vista”, diz o advogado.

 

Caso o consumidor caia em um golpe online, como ele pode agir? 

Se não tomar cuidado com os pontos citados acima, o consumidor pode cair em um golpe, ainda mais na Black Friday que existem várias pessoas se aproveitando do momento. “Dificilmente a pessoa terá acesso ao dinheiro perdido. Mas é necessário fazer um boletim eletrônico de ocorrência policial” finaliza Plauto Holtz. 

 



Plauto Holtz - advogado, ex-presidente da comissão de direito do consumidor da OAB Sorocaba. Com 16 anos de experiência, também é especialista em direito previdenciário, ex professor Universitário pela faculdade UNIP e perito Grafotécnico. Também é sócio-fundador do Holtz Associados um escritório de advocacia focado em oferecer soluções jurídicas sólidas e multidisciplinares na área do direito, medicina e segurança do trabalho,  atende clientes dos mais variados setores da economia, seja no campo da indústrias como também pessoas físicas e  clientes do setor do comércio varejista, educação, tecnologia e instituições financeiras.


Ipem-SP orienta sobre os cuidados na hora do abastecimento de veículos

O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça, e órgão delegado do Inmetro, que tem como objetivo defender o consumidor, tem recomendações importantes na hora do abastecimento em postos de combustíveis. São elas:  

Sempre desça do carro para acompanhar o abastecimento e esteja atento; 

- Veja se o bico engatado no veículo corresponde ao combustível solicitado;  

- Verifique se o preço indicado na bomba de combustível é o mesmo anunciado. Atenção! diferentes formas de pagamento – dinheiro, crédito ou débito – podem resultar em valores diferenciados de cobrança;  

- Verifique se a bomba de combustível inicia em zero;  

- Aguarde o abastecimento começar e esteja atento até o seu término. Somente após a conclusão do abastecimento se dirija ao local de pagamento;  

- Em caso de dúvidas, solicite a conferência da bomba por meio do aferidor de 20L que todos os postos são obrigados a ter. Fique atento para possíveis falhas de energia na bomba medidora após pedir esse ensaio e, antes de testar a bomba, verifique se o aferidor encontra-se lacrado e sem qualquer material em seu interior que possa reduzir seu volume;  

- Tenha como referência os abastecimentos anteriores realizados em postos de combustíveis da sua confiança, pois, o volume nominal do tanque indicado no manual do veículo costuma apresentar erros de até 20% da capacidade real;  

- Abasteça sempre até o desarme automático do bico. Recomende ao frentista para não forçar a entrada de mais combustível;  

- Sempre exija a nota fiscal. Nela constará o valor e a quantidade de litros entregue. Observe se é o mesmo que foi inserido no seu veículo.   

Caso desconfie, denuncie para a Ouvidoria do Ipem-SP, pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou e-mail ouvidoria@ipem.sp.gov.br. 

 


Ipem-SP 

 

O que aprendemos com o home office?

Segundo Marcelo Arone, especialista em recolocação executiva, quem passou os últimos meses ou boa parte deles trabalhando em sistema home office pode se considerar um privilegiado e precisa levar para o escritório, nesta retomada, o que aprendeu com o trabalho remoto.


“Vamos ser sinceros: as PMEs, que respondem por mais de 80% da economia brasileira, não estavam preparadas para o sistema home office. Ao menos não a grande maioria. Se sairmos da bolha das grandes cidades e dos polos corporativos, poucas empresas conseguiram se adequar rapidamente à pandemia. Isso nos leva a crer que, se você passou os últimos oito meses ou parte deles trabalhando em sistema home office, pode se considerar, sim, um privilegiado”.

Segundo Marcelo Arone, autor do comentário acima, Headhunter e Coach de Carreira, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, 12 anos de experiência no mercado de capital humano, o home office, além de ter sido a salvação das empresas que conseguiram se adequar, nos ensinou muito, desde produtividade até relações humanas, e esses aprendizados precisam ser levados, aos poucos, de volta para os escritórios.

O especialista lembra que, segundo estudo divulgado pelo IPEA em junho deste ano, apenas cerca de 25% dos brasileiros têm condições de trabalhar de forma remota. “Podemos imaginar, dados os números, o quanto foi importante para esses profissionais fazerem parte desse time”, reforça Marcelo. Muitas dessas empresas ainda estão em sistema remoto e vão continuar, a estimativa é que a grande maioria volte só em março ou abril de 2021.

“Algumas empresas, especialmente as mais informatizadas e inclusive as de tecnologia, podem seguir o exemplo de Google e Facebook e fazer um 2021 remoto, ainda”, explica Arone, que lembra: “mas as PMEs, que são a maioria, foram certamente as que tiveram mais problema em se adequar à pandemia e as primeiras que voltaram, assim que possível”.

Para Marcelo, podemos enumerar os dois principais aprendizados de quem pôde trabalhar remotamente durante esses meses e que precisam ser levados para as empresas:


#1 Valorize o lado humano do trabalho

“Muitos dos que ficaram em casa sentiram falta do ambiente corporativo. O brasileiro é, por essência, um povo social. Então, valorize essa volta ao máximo, valorize estar empregado em uma época de crise, tome os cuidados necessários – já que a pandemia ainda não acabou. Talvez o cafezinho e os happy hours não sejam ainda os mesmos, e você tenha que levar o próprio almoço. Ainda assim, é uma volta à rotina, e precisa ser valorizada”, lembra o especialista em RH.


#2 Leve a produtividade de casa para a empresa

“No aspecto profissional, vale a pena destacar que a pro atividade que o home office exigiu, e a produtividade que ele provou ser possível, precisam estar de volta às empresas, de forma presencial. Vale mostrar que as reuniões feitas no escritório podem ser tão eficientes quanto as feitas via zoom, que é possível ser mais prático e direto, inclusive para conciliar de forma mais equilibrada as vidas pessoal e profissional, para que a volta ao escritório não represente um retrocesso no caso da convivência familiar, por exemplo”, lembra Marcelo.

O especialista acredita que a retomada vai ser fundamental para consolidar as relações profissionais, melhorar a dinâmica do tempo que se passa no escritório e valorizar o fato de que quem teve a chance de ficar em casa e voltou é de fato, sim, uma pessoa privilegiada: “o home office nos ensinou que, além de ser possível trabalhar de forma remota, é mais possível ainda ser maleável, ter atitude, tomar o que é seu para si e fazer parte de um time, mesmo não estando sob o mesmo teto”, reforça. Agora, a volta à empresa vai mostrar quem aprendeu definitivamente a lição.

 



Marcelo Arone é Headhunter - especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.

 

OPTME Consultoria em RH | www.optme.com.br | contato@optme.com.br


Concessionárias orientam motoristas sobre prevenção do câncer de próstata

Durante o mês de novembro as concessionárias CCR ViaOeste e CCR RodoAnel divulgarão mensagens nos painéis eletrônicos ressaltando a importância dos exames preventivos


As concessionárias CCR ViaOeste e CCR RodoAnel, através do Instituto CCR, estão apoiando o Movimento Novembro Azul, que tem como foco a sensibilização para prevenir o câncer de próstata. Durante todo o mês de novembro, os motoristas que trafegam pelo sistema Castello-Raposo e trecho oeste do Rodoanel serão alertados sobre a importância dos cuidados para evitar este tipo de câncer por meio de mensagens veiculadas nos painéis eletrônicos existentes nas rodovias. 
 

Outra iniciativa é a distribuição de folhetos contendo informações e orientações. O material será entregue principalmente aos caminhoneiros durante os atendimentos que são oferecidos na base fixa do Programa Estrada para a Saúde, localizada no km 57 da rodovia Castello Branco, sentido Capital, em São Roque. 


De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer) o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.


O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte.  A estimativa do INCA é que mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata sejam registrados no país em 2020, com mais de 15 mil mortes. 


Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento. A detecção pode ser feita por meio da investigação, com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.

Judiciário avança em ação nacional para identificação civil de pessoas presas


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu novos passos na estratégia nacional de identificação civil de pessoas privadas de liberdade com a aquisição de mais de 4,5 mil kits de identificação biométrica. Os kits começam a chegar no Brasil no final de dezembro e serão distribuídos a todo o país, com a expectativa de que a ação nacional de identificação para emissão de documentos esteja em funcionamento até julho de 2021.

 

A ação vai potencializar políticas de cidadania voltadas a esse público, como inclusão em programas de saúde, educação e trabalho, promovendo, assim, uma reinserção social mais efetiva. Em 2019, o CNJ editou a Resolução nº 306, que estabelece diretrizes e parâmetros para a emissão de documentação civil e para a identificação civil biométrica das pessoas privadas de liberdade. O objetivo é estruturar uma ação de longo prazo a partir da troca de experiências entre os estados, o que inclui fluxos e integração de sistemas.

 

Os kits serão recebidos em duas etapas. A primeira leva, de 800 unidades, chega ao Brasil no final de dezembro, enquanto a segunda, com 3,7 mil unidades, será recebida em 22 de março de 2021. Os aparelhos serão encaminhados a Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais e secretarias estaduais de administração penitenciária. A definição da quantidade de kits, processos, fluxos e logística foi discutida em planos de trabalho desenvolvidos com cada unidade da federação ao longo do último ano. Atualmente, os planos passam pelos últimos ajustes, incluindo a definição da quantidade de kits que vão para cada órgão.

 

A iniciativa é conduzida pelo CNJ por meio do programa Fazendo Justiça, parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil) e com apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para superação de desafios estruturais no ciclo penal e no socioeducativo. No campo da biometria, há importante colaboração com o Tribunal Superior Eleitoral para alimentação do Banco Nacional de Dados de Identificação Civil (Lei n. 13.444/2017).

 

"As ações do CNJ dão uma diretriz para as unidades da federação de acordo com peculiaridades locais, com objetivo de uniformizar ao máximo o fluxo de emissão de documentação, assim como a biometrização. Para tanto, é preciso fortalecer ações locais, com reuniões com poderes locais para empreender esforços de conhecer realidades regionais e adotar melhor estratégia possível", explica o juiz auxiliar do CNJ com atuação no Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, Fernando Mello.

 

Além da coleta por meio dos kits biométricos, o CNJ também está promovendo a integração dos bancos de dados já existentes em 13 estados. Entre os impactos projetados, estão pelo menos 290 mil novas identificações cadastradas por ano, com redução nas falhas de identificação e gestão interestadual otimizada a partir de base de dados nacional.

 

Documentação civil 

 

A emissão de documentos terá o apoio do Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), que possui novas funcionalidades para elaboração de listas de pessoas egressas e pré-egressas. Levantamento realizado pelo Depen em 2017, mostrou que, de cada dez pessoas presas, oito não possuem documentos pessoais no prontuário dos estabelecimentos prisionais.

 

De posse desta lista, de acordo com o fluxo estabelecido com os estados, as secretarias de administração penitenciária poderão solicitar a emissão de documentos em série no portal da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), entidade que desde 2019 tem parceria firmada com CNJ na garantia da emissão dos documentos e sua gratuidade.

 

Na cerimônia de assinatura do acordo, em 2019, o presidente da Arpen Brasil, Arion Toledo, afirmou que o acordo é importante para os custodiados, mas também para a sociedade que irá receber os egressos após o cumprimento de penas. “As pessoas precisam estar documentadas para terem emprego. A identificação documental a partir da biometria permitirá uma melhor reintegração, tirando os cidadãos das margens da sociedade.”

 

Também foram firmadas parcerias com institutos de identificação estaduais e com outros órgãos da administração federal, como Receita Federal, para fluxos de regularização e gratuidade na emissão de CPF; Ministério da Defesa, para segunda via do certificado de reservista; e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que, pelo Comitê Gestor Nacional do Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica, atente populações vulneráveis, como as pessoas privadas de liberdade.

 

Como explica a coordenadora do núcleo de biometria e documentação do Fazendo Justiça, Ana Teresa Iamarino, o processo é integrado entre todos os atores por meio da utilização do SEEU. “Com este pano de fundo, foram desenvolvidas estratégias que fortalecem o projeto e garantem o acesso de dezenas de milhares de pessoas que saem todos os anos das unidades prisionais a políticas sociais.”

 

A estratégia de emissão de documentos já está em teste nos estados com implantação completa do SEEU ou que tenham prevista a instalação do Escritório Social – estrutura que facilita o acesso de pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares à rede de serviços de apoio e que poderão apoiar no processo de emissão de documentação. Até o final do ano, o fluxo estará pactuado em 17 estados, sendo concluído em todo o país até meados de 2021. Também estão em elaboração manual de utilização do SEEU e videoaulas sobre o fluxo, garantindo a continuidade e a sustentabilidade da estratégia ao longo do tempo.

 

"A emissão de documentos se insere em conjunto mais amplo de estratégias da metodologia de mobilização de pessoas pré-egressas, articulada pelos Escritórios Sociais. Neste período de 180 dias antes de sair da unidade prisional, a proposta é que as unidades prisionais realizem um conjunto de atividades, individuais e em grupo, para orientação e construção de um plano de saída, organizando projetos de vida pós-encarceramento para retomada de laços familiares e sociais", explica o coordenador do eixo de Cidadania do Fazendo Justiça, Felipe Athayde Lins de Melo.

 




Iuri Tôrres

Agência CNJ de Notícias


Procura pelo processo de mentoring cresce entre executivos e profissionais liberais

O método, que já foi aplicado em mais de mil formações, permite que especialistas ajudem outros profissionais a conquistarem destaque no mercado em que atuam


Compartilhar conhecimento e contribuir com o crescimento de profissionais e organizações para se destacarem no mercado em que atuam. Esse é o propósito de pessoas que já conquistaram autoridade em suas carreiras e que agora desejam ajudar os demais a chegarem no mesmo ponto, ou até mesmo, ir mais longe.

Esse processo, que cresce e vem ganhando adeptos a cada ano, chama-se Mentoring. De acordo com o fundador e CEO da Global Mentoring Group, Claudio Brito, a metodologia adotada pela empresa, e que é oferecida aos futuros mentores durante as aulas de formação, é baseada nos grandes centros mundiais de estudo e desenvolvimento como MIT, Stanford, Harvard e nos processos de aceleração de startups do Vale do Silício.

Essa técnica é indicada para estimular pessoas que estão em início de carreira, quem precisa se destacar no cargo em que ocupa, um colaborador que acabou de ingressar em uma corporação ou alguém que vai enfrentar novos desafios na empresa ou fora dela. “Também pode ser aplicado em casos de sucessão, como aposentadoria ou desligamento de colaboradores”, revela o CEO.

Por todos esses motivos, o processo deve ser conduzido por um especialista que tenha a certificação, que o habilita a lidar com todas as situações que o mentee vai trazer, além de vasta experiencia naquela área. “O mentoring apresenta ferramentas e soluções mais completas. Por atuar na mesma área, esse profissional é mais experiente e qualificado, portanto possui mais condições de auxiliar o mentorado a obter melhores resultados e insights, seja na carreira, ou em algum projeto que envolva retorno financeiro”, aponta Claudio.

E todo esse cenário se desenha a partir de uma estratégia ágil, eficiente, assertiva e inteligente que conduz o mentee a conquistar suas metas, evidenciando e estimulando as competências dele. É, sobretudo, um processo em que o mentor se coloca à disposição para encontrar soluções.

Bruno Lorenti Santana, de 35 anos, possui formação acadêmica em administração e agronegócio, mora em São Joaquim da Barra, uma cidade do interior da cidade de São Paulo e desde 2019, vem atuando na área de desenvolvimento humano, principalmente na área de vendas. Já ministrou treinamento para as marcas Brooksfield, Via Venetto, e Emagresee. Ele decidiu participar da formação em mentoring da Global Mentoring Group por ser uma ferramenta que oferece uma transformação mais profunda e eficaz, se comparado a outros métodos. “Apostar nessa formação é uma forma estratégica para se diferenciar e alcançar um posicionamento elevado. Além disso, as aulas trazem dicas práticas do mercado. Fui atraído pelo desafio dos trinta dias para montar o curso on line e a mentoria em grupo. Também trabalhamos com base no conteúdo de referências neste segmento como Jim Collins e Harvard, o que confere ainda mais credibilidade e segurança inclusive para quem deseja realizar um projeto para escalar o seu negócio”, destaca.

O carioca Paulo Roberto Martins, 52 anos, especialista em gestão empresarial e MBA em educação corporativa, além de cinco formações em coach, participou da formação para validar o modelo de mentorar que ele já vinha seguindo. “Desde o início da pandemia, já venho realizando algumas mentorias tanto individuais, quanto em grupo em grupo”, destaca.

Para obter conhecimento e dar mais subsídio ao programa de mentoring que será implantado na empresa em que trabalha, Caren Navas, de 41 anos, moradora da cidade de Barueri, dedicou um final de semana inteiro para conhecer mais detalhes da formação proposta pela Global. “Atuo na área comercial de uma distribuidora de gás há mais de dez anos e, com as ferramentas que obtive na imersão, estarei mais habilitada para participar de mais esse projeto, o que será fundamental para a minha carreira”, destaca.

Baseado no processo de Mentoring aplicado dentro do principal Curso de Harvard, os participantes desta formação têm acesso a um framework prático. Todo o conteúdo aplicado no processo vem levando centenas de profissionais mundo afora para o próximo nível em suas carreiras.

Grandes empresas têm programas estruturados e aplicações variadas de Mentoring, atingindo constantemente resultados de excelência.

 

 

Claudio Brito - mentor de mentores e CEO Global Mentoring Group,  um grupo internacional focado na alta performance de mentores, baseado nos Estados Unidos. Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 21 anos de experiência e treinou com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Além disso, é frequentador assíduo de treinamentos de alto impacto em Babson, Harvard e MIT – Massachusetts Institute of Technology. Para saber mais, acesse https://globalmentoringgroup.com/ ou pelo @ claudiombrito ou @globalmentoringgroup

 

Novembro Branco

 Precisamos falar sobre o câncer de pulmão


Oncologista brasileiro que foi o primeiro fora dos EUA a receber prêmio concedido a profissionais que transformam a realidade do câncer ao redor do mundo – o Partners in Progress da ASCO –, Carlos Gil Ferreira diz que a doença ainda é um estigma social e a incidência do tumor tem crescido entre mulheres e pacientes não tabagistas

 

O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, é o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte que podem ser evitadas.

Apesar da abrangência e gravidade, é um tema estigmatizado e pouco abordado. Por isso é importante falar sobre o assunto e fazer um trabalho de conscientização. Com esse intuito, desde 2017 há uma campanha para alertar a população: o Novembro Branco. Segundo Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico e presidente do Instituto Oncoclínicas, esse tipo de campanha é importante porque essa doença é silenciosa e, portanto, acaba por ser descoberta em estágios avançados, o que dificulta o tratamento. “A maioria (80%) dos pacientes diagnosticados com a doença é ou já foi fumante. Por isso, quem é tabagista precisa fazer uma tomografia anual para controle”, diz o médico.

Segundo o oncologista, um dado que tem chamado a atenção é o crescimento de ocorrências de câncer de pulmão em não fumantes, jovens e, principalmente, em mulheres. “Ainda não se sabe exatamente o porquê desse aumento, talvez seja algo ligado ao cromossomo X. Portanto, mulheres com sintomas respiratórios persistentes devem procurar avaliação de um pneumologista ou clinico geral”, afirma Carlos Gil.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns e que devem ser investigados são tosse e rouquidão persistentes, dificuldade de respirar, dor no peito, fraqueza e perda de peso sem causa aparente. “Podem ser sintomas que não são causados por câncer, mas se forem persistentes, é muito importante procurar um médico e fazer uma investigação”.

 

Tratamento

A imunoterapia é um dos tratamentos mais promissores nos últimos anos. “A técnica visa estimular o próprio organismo a combater o tumor ao facilitar o reconhecimento das células malignas pelo sistema imunológico. A abordagem é interessante porque, antes dela, para a maioria dos pacientes com câncer de pulmão havia somente a quimioterapia”, diz o médico.

 

 Covid19

Segundo o oncologista, durante a pandemia de Coronavírus muitos pacientes deixaram de fazer exames, o que causou um retardo nos diagnósticos. Por outro lado, foram descobertos casos de câncer de pulmão em pessoas que não se imaginavam com câncer, mas fizeram exames por conta do Covid19 e anteciparam o diagnóstico da doença.

 

 


Dr. Carlos Gil Ferreira - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). Desde 2018 é Presidente do Instituto Oncoclínicas e Diretor Científico do Grupo Oncoclínicas. No âmbito nacional e internacional foi Membro Titular da Comissão Científica (CCVISA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No âmbito internacional é membro do Career Development and Fellowship Committee e do Bylaws Committee da International Association for the Research and Treatment of Lung Cancer (IALSC);Diretor no Brasil da International Network for Cancer Treatment and Research (INCTR); Membro do Board da Americas Health Foundation (AHF). Editor do Livro Oncologia Molecular (ganhador do Prêmio Jabuti em 2005) e Editor Geral da Série Câncer da Editora Atheneu. Já publicou mais de 100 artigos em revistas internacionais.


Especialista esclarece sobre a doença que levou a óbito o ator Tom Veiga,intérprete do Louro José, e que já é a segunda maior causa de mortes no mundo

 Responsável pelo protocolo de AVC do Hospital Icaraí, Guilherme explica que quanto mais cedo for realizada a intervenção médica após o início do sintoma, melhores as chances de reversão do quadro


Intérprete do Louro José no programa "Mais Você", da Rede Globo, o ator e humorista Tom Veiga faleceu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, provocado por um aneurismo, , conforme apontou laudo do Instituto Médico Legal do Rio. O acidente Vascular Cerebral (AVC), uma lesão na região do cérebro, já é a segunda maior causa de morte no mundo.  Neurologista e gerente médico do protocolo de AVC do Hospital Icaraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Guilherme Torezani explica que várias artérias nutrem o nosso cérebro e, em dado momento, ocorre uma obstrução que compromete o fluxo de sangue, onde o mesmo deixa de ser entregue para uma região cerebral. Essa região, conforme sofre a perda de sangue, para de funcionar.

Segundo Guilherme, uma vez identificado o AVC, existem muitos procedimentos a serem feitos na medicina moderna. Porém, segundo o especialista, quanto mais cedo for realizada a intervenção médica após o início do sintoma, melhores as chances de reverter  a isquemia e evitar sequelas.  "Os médicos têm poucas horas para poder fazer um medicamento e aplicar procedimentos que revertam essa obstrução da artéria, o que faz com que o sangue volte a circular naquela região que havia perdido o fluxo sanguíneo". 

O profissional elucida que a cada um minuto, passada a obstrução da artéria, cerca de dois milhões de neurônios vão morrer na região acometida. Portanto, essa é a importância de saber identificar a situação em tempo hábil, visto que perdendo-se tempo, perde-se também neurônios.

"Tem uma máxima que diz que tempo é cérebro. Deve-se correr com esse paciente para um hospital que seja capacitado para atender e realizar a intervenção guiada corretamente, dentro de um protocolo, com respaldo na literatura médica", explica, acrescentando que muitas vezes um paciente tem um sintoma em casa e, como não está acompanhado por alguém, ou mesmo quando se identifica o sintoma, demora-se muito tempo para tomar uma atitude, achando que a situação vai passar normalmente, e nisso se perde muito tempo. 

O neurologista explica que o tempo de intervenção para se fazer um medicamento na veia, que reverta o quadro, é de até quatro horas e meia, porém é necessário que a equipe responsável tenha capacidade técnica para intervir adequadamente.  "Comparamos muito com uma equipe de pit stop na Fórmula 1. Nos anos 80, demoravam muito tempo para trocar a roda e fazer a manutenção do carro. E, analisando um vídeo atual, vemos como o serviço está otimizado. No hospital, com uma equipe treinada, em que cada um sabe o que tem que ser feito no fluxo, com tudo já sedimentado, a intervenção se dá em tempo muito mais hábil", afirma. 

 

Iniciativa internacional de combate ao AVC 

O Hospital Icaraí está inserido em um grupo de vários países que compõem a Iniciativa Angels, uma coordenação internacional de vários centros médicos que se capacitam em atender pacientes com AVC. A equipe de neurologia desenvolveu um protocolo de tratamento agudo ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).  A equipe, treinada continuamente para estar à frente do protocolo, conta com o acesso à alta tecnologia e exames avançados, como angiotomografia arterial e ressonância magnética, que permitem tratar o AVC com mais tempo de evolução. 

Segundo Guilherme Torezani, gerente médico do protocolo de AVC do Hospital Icaraí, a unidade hospitalar procurou alinhar a estrutura tecnológica que possui - com recursos de ressonância, tomografia e hemodinâmica - ao treinamento intensivo de suas equipes, desenvolvendo assim o protocolo de AVC no hospital.  

"O treinamento das equipes visa gerenciar tanto o tratamento na fase aguda quanto no período de reabilitação no hospital. A finalidade é oferecer o melhor para o paciente, de forma que ele não seja apenas tratado adequadamente, mas que as complicações que possam ocorrer sejam gerenciadas pontualmente. Entendemos o impacto que nós, profissionais de saúde, podemos ter na vida do paciente que tem o sintoma neurológico e que muitas vezes não encontra um local de referência para ser tratado", diz. 

Ele explica que o treinamento é multidisciplinar, englobando não somente profissionais de saúde direta, como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos, mas também componentes das equipes operacionais e administrativas, como recepcionistas e seguranças: "No hospital, todos vão aprender a conhecer os sinais de um AVC e comunicar as equipes diretas para que se os pacientes em sala de espera - ou mesmo os que estão internados por qualquer outro motivo -  tiverem algum aspecto diferente que aponte a manifestação da doença, isso possa ser sinalizado rapidamente para que se consiga fazer a intervenção de forma mais adequada", relata. 

Guilherme conta que o protocolo de AVC já vem sendo adotado mundialmente há algum tempo, se mostrando eficaz nos tratamentos da lesão neurológica, o que fez com que o Hospital Icaraí buscasse aplicá-lo como modelo em suas instalações e atividades médicas. 

 

A tecnologia potencializando o tratamento 

De acordo com  Guilherme, o Hospital Icaraí oferece a possibilidade de tratamento por ressonância, pois não são todos os casos que possuem indicação do uso na fase aguda - que é uma adição tecnológica muito importante.  

"Vamos ter a disponibilização da terapia de trombectomia mecânica, que permite que se consiga intervir além das quatro horas e meia e ainda assim tratar o paciente, colocando-o na sala de hemodinâmica e fazendo a intervenção direta por meio da retirada do trombo de dentro da artéria, desobstruindo o fluxo de sangue", explica Guilherme. 

"Trata-se de mais um recurso que temos de alta tecnologia. E, claro, contamos com uma rede de terapia intensiva extensa, com quatro CTI's, e uma unidade coronariana que conseguem tratar o paciente com todo suporte de monitoramento e de neurocirurgia 24 horas por dia, mitigando possíveis complicações. Todo o protocolo é pautado em evidências científicas", completa. 

  

Novembro azul: mês luta pelo combate ao câncer de próstata

Especialistas falam sobre a doença, que deve acometer quase 70 mil brasileiros neste ano. Confira ainda qual o papel da alimentação e atividade física no combate e prevenção à enfermidade

 

Novembro chegou e, com ele, a campanha para prevenção e combate ao câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Este também é o segundo tipo que mais mata e deve atingir 65.840 brasileiros só neste ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca.

Thiago Vilela Castro, urologista do Hospital Anchieta de Brasília, explica que o câncer de próstata dificilmente manifesta sintomas (somente na fase mais avançada) e, por isso, o rastreamento é tão importante. "Em geral, ele deve ser feito anualmente a partir dos 50 anos de idade, com o toque retal e o PSA. Naqueles que têm fatores de risco ou história familiar, o rastreamento começa aos 45 anos."

O especialista ressalta que o PSA, isoladamente, não é capaz de identificar todos os casos de câncer de próstata, deixando passar cerca de 30% dos diagnósticos. "Por isso o toque retal e o acompanhamento anual com urologista são tão importantes", enfatiza o médico. "É importante frisar que o diagnóstico precoce torna o tratamento minimamente invasivo, com menos efeitos colaterais e mais chances de cura", conclui.


O homem encara o câncer de forma diferente?

Segundo Renata Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, APBr, geralmente os homens supervalorizam a atividade sexual, o que influencia no impacto psicológico causado pelo diagnóstico de um câncer de próstata e na maior incidência de depressão e ansiedade nessa população.

"As implicações e incertezas advindas do diagnóstico de câncer de próstata intensificam as reações emocionais, como medo, insegurança e choque", pontua a especialista. "A possibilidade da impotência sexual atinge a essência da masculinidade e abala a autoestima", acrescenta.

A psiquiatra ressalta que, por esse motivo, é importante que todos os pacientes com esse diagnóstico recebam tratamento afetivo-emocional. "O tratamento deve oferecer qualidade de informações, auxílio psicológico, formação de grupos de apoio para autoaceitação e, em muitos casos, uso de medicações antidepressivas, de acordo com o quadro apresentado, para assim melhorar a qualidade de vida, aumentando as chances de recuperação do paciente", aponta Renata. 



Estilo de vida

Manter hábitos saudáveis é uma das principais formas de evitar o câncer de próstata, assim como os outros tipos da doença. Isso inclui ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente, como explica o nutrólogo Allan Ferreira.

"Manter o peso ideal, praticar exercícios com frequência, não fumar, reduzir o consumo de alcoólicos, assim como consumir uma menor quantidade de alimentos processados e aumentar o consumo de vegetais e frutas, contribuem para uma vida mais saudável e para a redução do risco de qualquer câncer, incluindo o de próstata", exemplifica.

Neila Oliveira, personal trainer da Evolve Gymbox, reforça a importância da atividade física para prevenir a enfermidade. "Alguns estudos comprovam que a obesidade e o sedentarismo podem favorecer o desenvolvimento de tumores na próstata. Eles também comprovam que a atividade física reduz em 25% a chance de se desenvolver um câncer", destaca.


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Idosos precisam se manter ativos fisicamente e autônomos neste momento, afirma especialista em fisioterapia

A professora doutora do Unipê explica a importância de que a população idosa se mantenha ativa na quarentena, em todos os aspectos da vida, e dá dicas de atividades para o período que ainda estamos vivendo

 

Com a pandemia e a quarentena, foi necessário que todos se mantivessem em casa, especialmente a população idosa, um dos grupos de risco para a Covid-19. Mas, ao seguir as orientações do isolamento social para a prevenção do contágio com o coronavírus, muitos deixaram de realizar atividades físicas no período, e tantos outros ainda seguem em quarentena. Por isso, a professora doutora Olívia Galvão, do curso de Fisioterapia do Unipê – Centro Universitário de João Pessoa, explica no que pode acarretar esta falta de movimentação e como revertê-la.

A diminuição da mobilidade por longos períodos, especialmente na população idosa, pode acarretar diminuição da força muscular, equilíbrio, menor flexibilidade, redução das amplitudes de movimento articular, diminuição da capacidade cardiorrespiratória, e todas essas alterações decorrentes da redução da mobilidade nos idosos podem trazer consequências como quedas e outros agravos mais sérios a saúde.

Nesse sentido, pesquisas* apontam que 30% dos indivíduos com idade igual ou maior a 65 anos apresentam relato de queda anualmente – 70% delas ocorrem no interior da residência. Por isso, os idosos devem ficar atentos, não apenas a se manterem ativos**, mas também evitar outros fatores de risco encontrados em seus domicílios, como pisos escorregadios e molhados, cadeiras instáveis, calçados inapropriados, ambientes escuros, entre outros.

A especialista Olívia Galvão comenta sobre como pode ser revertido este cenário: “Diante desse momento atípico de isolamento social, os idosos devem tentar manter uma rotina de exercícios físicos diários, mesmo em seus domicílios, a exemplo de uma caminhada, uma dança, alongamentos musculares”.

Olívia ainda destaca a importância não só de se manterem ativos fisicamente, realizando atividades da vida diária de forma independente e sem a ajuda de outras pessoas. “É importante também que idosos preservem sua autonomia, que é a habilidade de controlar, de lidar e de tomar decisões pessoais sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências. Assim como estar inserido em uma rede social de apoio”, afirma a professora doutura do Unipê.

Outras atividades que podem realizar são as lúdicas, como jogos de tabuleiro, memória, palavras-cruzadas, entre outras. Aprender a usar novas tecnologias, a exemplo de redes sociais, também é uma opção para manter os laços de afetividade com familiares e amigos neste momento.    

Já para os idosos que faziam tratamento fisioterapêutico antes da pandemia e não estão podendo mais sair de casa para ir ao atendimento presencial, a recomendação da especialista é de que eles recebam orientações do seu fisioterapeuta para realizar alguns exercícios em casa sob a supervisão de outra pessoa.

A professora do curso de fisioterapia ainda destaca: “É importante que as pessoas idosas procurem o fisioterapeuta não apenas para tratar doenças e sequelas já instaladas, mas que busquem a fisioterapia como medida para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. Pois a fisioterapia, nesses casos, tem o objetivo de manter o idoso independente funcionalmente e autônomo, promovendo um envelhecimento saudável”.



*Para os dados de quedas:

FERRETTI, Fátima; LUNARDI, Diany; BRUSCHI, Larissa. Causas e consequências de quedas de idosos em domicílio. Fisioterapia e movimento, Curitiba, v. 26, n.4, p. 753-762, dez., 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502013000400005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 30 de outubro de 2020. https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000400005.

REBELATTO, José Rubens; MORELLI, José Geraldo da Silva. Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. 2. ed. ampl. Barueri, SP: Manole, 2007.

FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

**Sobre conceito de envelhecimento ativo e autonomia:

OMS. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde; 2005.

 

 

Centro Universitário de João Pessoa – Unipê p

www.unipe.edu.br


Posts mais acessados