Segundo Marcelo
Arone, especialista em recolocação executiva, quem passou os últimos meses ou
boa parte deles trabalhando em sistema home office pode se considerar um
privilegiado e precisa levar para o escritório, nesta retomada, o que aprendeu
com o trabalho remoto.
“Vamos ser sinceros: as PMEs, que respondem por
mais de 80% da economia brasileira, não estavam preparadas para o sistema home
office. Ao menos não a grande maioria. Se sairmos da bolha das grandes cidades
e dos polos corporativos, poucas empresas conseguiram se adequar rapidamente à
pandemia. Isso nos leva a crer que, se você passou os últimos oito meses ou
parte deles trabalhando em sistema home office, pode se considerar, sim, um
privilegiado”.
Segundo Marcelo Arone, autor do comentário acima,
Headhunter e Coach de Carreira, especialista em recolocação executiva e sócio
da OPTME RH, 12 anos de experiência no mercado de capital humano, o home
office, além de ter sido a salvação das empresas que conseguiram se adequar,
nos ensinou muito, desde produtividade até relações humanas, e esses
aprendizados precisam ser levados, aos poucos, de volta para os escritórios.
O especialista lembra que, segundo estudo divulgado
pelo IPEA em junho deste ano, apenas cerca de 25% dos brasileiros têm condições
de trabalhar de forma remota. “Podemos imaginar, dados os números, o quanto foi
importante para esses profissionais fazerem parte desse time”, reforça Marcelo.
Muitas dessas empresas ainda estão em sistema remoto e vão continuar, a
estimativa é que a grande maioria volte só em março ou abril de 2021.
“Algumas empresas, especialmente as mais
informatizadas e inclusive as de tecnologia, podem seguir o exemplo de Google e
Facebook e fazer um 2021 remoto, ainda”, explica Arone, que lembra: “mas as
PMEs, que são a maioria, foram certamente as que tiveram mais problema em se
adequar à pandemia e as primeiras que voltaram, assim que possível”.
Para Marcelo, podemos enumerar os dois principais
aprendizados de quem pôde trabalhar remotamente durante esses meses e que
precisam ser levados para as empresas:
#1 Valorize o lado humano do trabalho
“Muitos dos que ficaram em casa sentiram falta do
ambiente corporativo. O brasileiro é, por essência, um povo social. Então,
valorize essa volta ao máximo, valorize estar empregado em uma época de crise,
tome os cuidados necessários – já que a pandemia ainda não acabou. Talvez o
cafezinho e os happy hours não sejam ainda os mesmos, e você tenha que levar o
próprio almoço. Ainda assim, é uma volta à rotina, e precisa ser valorizada”,
lembra o especialista em RH.
#2 Leve a produtividade de casa para a empresa
“No aspecto profissional, vale a pena destacar que
a pro atividade que o home office exigiu, e a produtividade que ele provou ser
possível, precisam estar de volta às empresas, de forma presencial. Vale
mostrar que as reuniões feitas no escritório podem ser tão eficientes quanto as
feitas via zoom, que é possível ser mais prático e direto, inclusive para conciliar
de forma mais equilibrada as vidas pessoal e profissional, para que a volta ao
escritório não represente um retrocesso no caso da convivência familiar, por
exemplo”, lembra Marcelo.
O especialista acredita que a retomada vai ser
fundamental para consolidar as relações profissionais, melhorar a dinâmica do
tempo que se passa no escritório e valorizar o fato de que quem teve a chance
de ficar em casa e voltou é de fato, sim, uma pessoa privilegiada: “o home
office nos ensinou que, além de ser possível trabalhar de forma remota, é mais
possível ainda ser maleável, ter atitude, tomar o que é seu para si e fazer
parte de um time, mesmo não estando sob o mesmo teto”, reforça. Agora, a volta
à empresa vai mostrar quem aprendeu definitivamente a lição.
Marcelo Arone é Headhunter - especialista em
recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no
mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade
Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto
Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas
como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG
Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management
entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe
de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de
liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e
empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para
investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100
empresas em setores distintos.
OPTME Consultoria em RH | www.optme.com.br | contato@optme.com.br
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