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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Calor dispara contaminação de lentes de contato


Os principais vilões são a maior proliferação de bactérias, ar condicionado, água do mar ou piscina.


Usar lente de contato em dias quentes requer o dobro de cuidado no manuseio e higiene. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os prontuários do hospital mostram que durante o calor o número de contaminações chega a dobrar em relação ao s meses mais frios. Isso porque, facilita a proliferação de bactérias que formam depósitos nas lentes e podem contaminar o estojo. Caso estes depósitos não sejam eliminados por uma higienização profissional, antecipa o vencimento da lente.

Isso explica porque o uso além do prazo de validade ou durante a noite por 45% das contaminações

 

Alerta

Queiroz Neto afirma que vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz e visão borrada são os principais sinais de que algo está errado. “Insistir no uso da lente sentindo desconforto pode provocar úlcera na córnea e até cegar”, comenta. Por isso, quando o olho fica vermelho ele recomenda retirar as lentes e consultar um oftalmologista imediatamente. Colocar um colírio por conta própria pode piorar o problema, mesmo que os olhos fiquem temporariamente mais brancos, adverte.

 

Lente escleral protege os olhos

O oftalmologista explica que a lágrima tem a função de proteger os olhos das agressões externas e pode ressecar em pessoas que permanecem ambientes com ar condicionado.  Uma alternativa são as lentes esclerais que funcionam como um protetor da superfície ocular . Isso porque, cobrem a córnea e a esclera (parte branca do olho), minimizando a evaporação da lágrima. Este tipo de lente, destaca, também é indicado para quem tem ceratocone, abaulamento da parte central da córnea e outras doenças que afetam a mucosa ocular, entre elas, a síndrome de Sögren e a síndrome de Stevens Johnson.

 

Nadar ou dormir com lentes pode cegar

“Quem usa lente de contato deve optar por óculos de grau quando vai à piscina ou praia”, adverte. Isso porque, o contato da lente com água contaminada por bactérias, cloro e até filtro solar pode causar uma infecção na córnea ou uma conjuntivite tóxica. Além disso, entrar na água do mar ou de piscina usando lente aumenta o risco de contrair acanthamoeba, um parasita que dificilmente é controlado com medicamentos. Já durante o sono, o especialista diz que a produção lacrimal diminui e a falta de oxigênio na córnea aumenta entre 10 e 20 vezes o risco de deformação da córnea.

Outro erro comum, observa, é usar soro fisiológico para higienizar a lente e o estojo. O produto pode contaminar os olhos porque não tem conservante. Para pessoas alérgicas às soluções higienizadoras a recomendação é usar frascos de dose única de soro,

 

Manutenção

As principais recomendações do médico para quem prefere usar lente são:

Fazer a adaptação com um oftalmologista. Lentes que não acompanham a curvatura da córnea podem causar lesões graves.


Lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes.


Utilizar soluções higienizadora tanto na limpeza quanto no enxágüe das lentes e estojo.


Friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos

Não usar água de torneira ou sobra de soro fisiológico depois que a embalagem for aberta.


Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo


Colocar as lentes sempre antes da maquiagem


Guardar o estojo em ambiente seco e limpo


Trocar o estojo a cada quatro meses


Respeitar o prazo de validade das lentes


Jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno.


Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o oftalmologista


Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas

Não entrar no mar ou piscina usando lentes.

 

Hipertireoidismo, quando a glândula tireoide funciona demais

 Disfunção acomete cerca de 1% dos pacientes com problemas tireoidianos, mas requer atenção e tratamento


Em nosso pescoço, temos uma glândula pequena, em formato de borboleta, que é extremamente importante para todo o bom funcionamento do organismo. Trata-se da tireoide. Pequenina e poderosa, ela também pode apresentar algumas falhas que comprometem o bem-estar.

Em geral, os principais problemas que afetam a tireoide são o hipotireoidismo, mais comum e prevalente, que ocorre quando há diminuição no funcionamento da glândula; e o hipertireoidismo, que é justamente o oposto: quando a tireoide passa a secretar muito hormônio e funcionar em excesso.

"As alterações da função da glândula tireoide ficam apenas atrás da diabetes em termos de números de casos por doenças endócrinas. Especificamente, o hipertireoidismo acomete algo em torno de 1% das pessoas, variando esse valor conforme a idade", conta o Dr. Murilo Neves, cirurgião de cabeça e pescoço da Unifesp.

Há várias razões pelas quais o problema acontece, sendo a mais comum uma doença autoimune, como a de Basedow-Graves. Neste caso, segundo Dr. Murilo, o corpo passa a produzir em larga escala um anticorpo chamado TRAB, que ataca a tireoide e ativa seu funcionamento. Dessa forma, a glândula aumenta de volume sem a formação de nódulos, e a faz trabalhar sem parar. "Esse anticorpo TRAB também ataca a gordura do olho, levando a uma condição de proptose ocular, que é quando o olho parece esbugalhado; e a pele, especialmente a da perna, que fica edemaciada", diz o médico.

Outra causa de hipertireoidismo são os nódulos que podem se formar na glândula. Apesar de a maioria não produzir hormônio, alguns deles o fazem, em especial quando a tireoide é volumosa por conta de vários nódulos bilaterais. "Mais raramente, apenas um único nódulo da tireoide pode se tornar produtivo, condição conhecida como doença de Plummer."

Dr. Murilo ensina que também há causas externas que podem levar ao hipertireoidismo, como o uso de medicamentos e fórmulas para emagrecer. "Existe ainda os casos de pacientes que fazem uso de iodo (na forma de lugol) ou aqueles que simplesmente usam a reposição de hormônio em uma dose muito alta. Todas essas causas, chamadas exógenas, quando executadas na dose ou forma errada, podem levar ao hipertireoidismo", alerta.

O diagnóstico da condição acontece por meio de exames laboratoriais (hemograma, ultrassom, punção aspirativa etc.) e os sintomas mais comuns são:

- Taquicardia: o coração bate mais rápido, e o paciente pode ter uma sensação de batedeira no peito.

É perigoso porque... quando o paciente é mais idoso, isso é muito arriscado e pode causar batidas erradas do coração. "Quando o coração bate errado e sem coordenação adequada, pode faltar sangue no próprio órgão ou no cérebro. O paciente pode ter um mal súbito ou um desmaio. Essa condição demanda tratamento imediato!"

- Intolerância ao calor: a pele fica quente, suada e úmida constantemente. O paciente sofre com calor mesmo em temperaturas amenas.

- Perda de peso: ocorre por conta do metabolismo acelerado e de maneira desordenada. Não é saudável.

- Irritabilidade: ocorre uma variação do humor importante, chamada de labilidade. "O paciente fica com temperamento explosivo e facilmente irritável. Essa condição frequentemente é seguida de insônia e/ou dificuldade em dormir, o que acaba aumentando o grau de irritação do paciente."

- Tremores: principalmente em mãos e extremidades. Não chega a ser um tremor incapacitante, mas muitas vezes atrapalha quando há a necessidade de movimentos finos e precisos.

O tratamento inicial visa controlar o funcionamento da tireoide com remédios que têm a capacidade de frear a produção de hormônio dentro da glândula. "Dependendo da causa do hipertireoidismo, o tratamento muda bastante. Pode ser apenas com medicação ou algum tratamento mais definitivo pode ser necessário", conta o cirurgião.

No caso da doença de graves, por exemplo, o tratamento pode ser apenas com medicação. "Por ser uma doença autoimune, a própria fisiologia da doença leva a destruição do parênquima da tireoide. Dessa forma, após um controle medicamentoso, a melhor opção é esperar algum tempo (atualmente dois ou mais anos, a depender do caso). Nos casos nos quais o controle medicamentoso não ocorre, ou em situações específicas, pode-se partir para o chamado tratamento definitivo."

O tratamento definitivo conta com duas opções: a iodoterapia ou a cirurgia. Cada uma destas opções tem suas indicações, vantagens e desvantagens.

Na iodoterapia, utiliza-se iodo radioativo que se concentra na glândula tireoide. Há uma radioterapia localizada, que destrói a tireoide, que para de funcionar. É melhor quando a glândula não é muito volumosa, segundo Dr. Murilo, quando a paciente não tem urgência em engravidar e quando a tireoide não tem nódulos.

Nos casos em que o hipertireoidismo é decorrente de nódulos, a medicação serve apenas para controle clínico e para preparar o paciente para o tratamento cirúrgico. "Nestes casos, a cirurgia será sempre necessária para a resolução da doença, pois os nódulos sempre produzirão mais hormônios", conta o médico.

 


Dr. Murilo Neves - Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo – USP. Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Residência médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Título de especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - SBCCP  Pós-graduando em Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP


Casos de miopia em crianças disparam na pandemia

Tecnologia e falta de exposição à luz natural são os principais fatores de risco


Nos últimos meses, os casos de miopia em crianças e adolescentes aumentaram de forma significativa. Uma das razões é o isolamento social.

Dentro de casa, a tecnologia se tornou a única forma de se comunicar com o mundo exterior. Além das aulas on-line e da comunicação com amigos e familiares, os dispositivos eletrônicos se tornaram uma das poucas formas de lazer disponíveis em tempos de coronavírus.  
 
Entretanto, segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o uso ilimitado dos equipamentos eletrônicos é prejudicial para a visão, especialmente para crianças abaixo dos sete anos, uma vez que até essa idade a visão ainda está em desenvolvimento.
 
“A recomendação da Associação Americana de Pediatria (AAP) é de limitar o tempo da TV e de equipamentos eletrônicos, como o celular, a no máximo duas horas por dia. Mas, como agora as aulas são on-line, ocorre que esse tempo de exposição está muito maior”, comenta Dra. Marcela.


 
Muito além do abuso das telas


O que poucas pessoas sabem é que os dispositivos não estão sozinhos. Na verdade, o confinamento trouxe outro fator de risco importnate para a miopia: a falta de exposição à luz natural e a redução ou até mesmo nulidade das atividades ao ar livre.
 
De acordo com Dra. Marcela, diversos estudos já provaram que quanto maior o tempo gasto em atividades em ambientes externos, menor o risco de progressão e desenvolvimento da miopia.
 
“As pesquisas apontaram que a exposição aos raios solares estimula a produção da dopamina, um neurotransmissor que previne que o olho cresça alongado, o que leva à distorção do foco de luz que entra no globo ocular, causando a miopia. Além disso, lugares abertos ajudam a treinar a visão de longe, pouquíssimo usada dentro de ambientes fechados”, explica Dra. Marcela.  
 
Caso os pais tenham miopia, a chance de desenvolver a condição é ainda maior. Portanto, é preciso tomar alguns cuidados.
 
“Ainda estamos vivenciando a pandemia e os cuidados devem continuar, inclusive o distanciamento social. Entretanto, com segurança, é possível estimular as crianças e adolescentes a realizarem atividades ao ar livre, principalmente durante o dia, para aproveitar a luz natural”, recomenda Dra. Marcela.


 

Procure um oftalmopediatra


Vale lembrar que as crianças, principalmente as em idade pré-escolar, devem passar por uma avaliação oftamológica de rotina.
 
“A miopia pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou cirurgia, porém nenhuma dessas terapias irá corrigir o alongamento do globo ocular. Quando o grau da miopia é alto, acima de 6, a deformação do globo ocular aumenta o risco de desenvolver condições como o descolamento de retina, catarata e glaucoma, aumentando o risco da perda permanente da visão”, conclui Dra. Marcela.  
 

Lembre-se: Use o bom senso e incentive seu filho a passar mais tempo ao ar livre, praticando esportes ou outra atividade que contribua para o desenvolvimento saudável da visão.


Câncer de Mama é o mais comum entre ulheres no mundo e no Brasil

Campanha do Outubro Rosa busca conscientizar populações sobre a doença


Entre 2020 e 2022, estima-se que o Brasil terá 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano. Esse número corresponde a um risco estimado de mais de 61 novos casos a cada 100 mil mulheres. Os dados fazem parte do estudo "Estimativa 2020 - Incidência do Câncer no Brasil", do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, e mostram a importância da conscientização da campanha do Outubro Rosa que fala da prevenção e controle do câncer de mama e também do de colo de útero.

O câncer de mama é identificado pela proliferação anormal das células do tecido mamário, de forma rápida e desordenada, se desenvolvendo em decorrência de alterações genéticas. Mas isso não significa que os tumores de mama são sempre hereditários. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama hereditário corresponde, em média, de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando existem parentes de primeiro grau com a doença. Portanto, os 90% restantes não se encaixam nesse perfil.

Os principais sintomas da doença são: aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular; alguns casos são de consistência branda, globosos e bem definidos. A doença pode também acarretar edema cutâneo na pele, retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia e outros. De acordo com o INCA, a doença também pode afetar os homens, mas é raro - representando apenas 1% do total de casos.

Cuidar da saúde é o primeiro ato de prevenção, afinal os fatores de risco de desenvolvimento da doença estão relacionados com obesidade, sedentarismo, má alimentação e consumo de bebidas alcoólicas.

"Segundo dados do INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados se a pessoa passar a ter hábitos melhores, como manter uma atividade física regular e ter uma alimentação saudável", explica o doutor Aldemir Rizzo, encarregado do Serviço Médico do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM).

Dados do Ministério da Saúde afirmam que com essa mudança de hábitos na alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Outro fator que pode ajudar a evitar a doença é a amamentação. "Não ter amamentado não é fator de risco para a aparição da doença. A prática do aleitamento materno, o máximo de tempo, é um fator de proteção para o câncer", explica o médico.

A doutora Sara Scremin, oncologista do Hospital Dr. e Sra Goldsby King | Mackenzie, em Dourados (MS), destaca entre os fatores de risco, os que podem ser modificados, como o tabagismo, nuliparidade (não ter filhos) e o uso de contraceptivo e reposição hormonal.

O empoderamento feminino tem desencadeado uma mudança no cenário atual em que se percebe uma união das mulheres na "tentativa de equidade, reforço do amor próprio e do fortalecimento coletivo. Isso repercute no crescimento das mulheres no cenário político e social, mas também numa autovalorização", pontua a doutora.

Segundo a oncologista, quando falamos em prevenção, a autovalorização entra de uma forma muito forte, uma vez que a prevenção é um ato de amor e cuidado.

"Esse cuidado vem da motivação, idealmente intrínseca, mas que pode ser despertada por um estímulo coletivo. Podemos motivar e ser motivados. Informar e ser informados. Cuidar e ser cuidado. Se autoconhecer e poder cuidar", completa ela.

O diagnóstico precoce é essencial, pois aumenta as chances de um tratamento efetivo e da cura. Por isso é importante cada mulher conhecer o seu corpo, analisar elevação, tamanho ou aparição de manchas. Segundo o INCA, a maior parte dos cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres.

"Há evidência que mulheres diagnosticadas com câncer de mama em estágios iniciais I/II, têm taxa de sobrevida em 5 anos que varia entre 80% e 99%; enquanto em mulheres em estágios mais avançados, que desenvolveram metástase a distância, a taxa de sobrevida em 5 anos cai para menos de 30%", pontua Sara.

Como explica a doutora, o grande diferencial nessa expectativa de cura é o diagnóstico inicial de achados suspeitos, que pode ser feito por meio de exames radiológicos, como mamografia e USG, mas também por meio da detecção de nódulos pelo autoexame.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres de 50 a 60 anos façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos, pelo menos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando o diagnóstico precoce.

"O que a maioria das mulheres não sabe é que esses exames, bem como o tratamento que envolve a doença, é coberto pelas operadoras de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, essa é a maior contribuição do conhecimento adquirido pelo compartilhamento de informações: propiciar condições para o diagnóstico precoce e salvar vidas", explica a oncologista.

Começou no dia 1º de outubro a campanha do "Outubro Rosa", criada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure no início da década de 1990, que tem como principal objetivo conscientizar a população da necessidade de prevenção do câncer de mama e do câncer de colo de útero. Alertar e pontuar a importância do diagnóstico precoce e proporcionar acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento é uma maneira de contribuir para a redução da mortalidade.

O câncer de colo de útero, segundo o INCA, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

"Da mesma forma que o câncer de mama, há meios para o diagnóstico precoce, bem como para detecção de lesões precursoras, essas últimas, se tratadas corretamente, levarão o paciente à cura", explica a doutora.

O Diagnóstico é feito através da coleta da colpocitologia oncótica, o papanicolau. "Outro ponto de relevância é a disponibilidade na rede pública e privada da vacina do HPV, que é, sem sombra de dúvidas, uma estratégia realmente eficaz na prevenção dessa enfermidade", finaliza a doutora Sara.
 

Disco artificial para o tratamento da coluna vertebral. Entenda

Pesquisa brasileira indica técnica, que substitui o disco doente, como a melhor opção para recuperação dos pacientes


Artroplastia de disco é o nome do processo cirúrgico para a substituição de uma articulação doente por uma artificial, também conhecida como prótese de disco. O objetivo do procedimento é devolver à estrutura afetada sua funcionalidade original, ou seja, sem perda de mobilidade e retorno a realização de atividades do dia a dia.

O processo envolve a coluna vertebral, que é composta por vértebras e discos entre elas. Os discos intervertebrais têm a função de absorver os impactos gerados por movimentos e posturas, a fim de minimizar danos à coluna. Tal função, no entanto, causa prejuízos a essa estrutura ao longo do tempo, como: degeneração discal, hérnias de maior gravidade, protusão e espondilose.

“Na especialidade de ortopedia da coluna, artroplastia é a troca do disco intervertebral, que pode ser realizada tanto na área cervical (região do pescoço) quanto lombar (região do abdômen)”, explica Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista, especialista em cirurgia de coluna no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês.

Uma das vantagens da artroplastia é colaborar com o pós-operatório do paciente. Uma pesquisa publicada na Revista da Coluna, da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), analisou três tratamentos para degeneração dos discos cervicais em 24 pacientes e revelou que o processo é a opção que mais colabora com a qualidade de vida dos pacientes.

Foram observados parâmetros de limitação do aspecto físico, estado geral da saúde, vitalidade, limitação do aspecto emocional, saúde mental e aspectos sociais. “Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, por isso expõe menos o paciente aos riscos inerentes do processo cirúrgico e reflete também em uma recuperação mais rápida”, revela o especialista e coautor do artigo Dr. André.



Diagnóstico precoce evita complicações

As patologias que acometem os discos podem causar compressão de nervos e prejudicar movimentos de braços, pernas, além de uma série de desordens, como: dores de cabeça, fraqueza muscular, perda de sensibilidade nos membros superiores e inferiores, incontinência urinária e intestinal, entre outros.

O diagnóstico precoce evita que a doença evolua até chegar aos pontos incapacitantes. Por isso, é importante procurar ajuda médica ao sentir dor na coluna. 

“A adoção de hábitos saudáveis, como boa alimentação e exercícios físicos, pode colaborar com a prevenção de doenças da coluna, bem como para sua restauração. Mas se houver a necessidade de tratamento, o médico especialista vai indicar a opção mais adequada ao paciente, de acordo com a evolução da patologia e estilo de vida”, encerra Dr. André Evaristo.


Hoje, o especialista é um dos cirurgiões que mais realizou o procedimento no Brasil. Há cerca de dez anos, atende casos de coluna cervical e, desde que a tecnologia foi modernizada no mundo, opera também a coluna lombar.





Dr. André Evaristo – Ortopedista Especializado em Coluna - Formado pela Universidade de Marília, fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e é Especialista em Cirurgia da Coluna. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna e da North American Spine Society (NASS). Atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, nos hospitais Villa Lobos e AACD. Instagram: @dr.andrecoluna / Facebook: @DrColunaAndreEvaristo.


TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é um dos tipos de câncer com maior incidência no mundo. Para estimular a discussão sobre o assunto, a campanha Outubro Rosa marca o calendário de saúde para conscientizar a população sobre as formas de tratamento, a importância da detecção precoce e, principalmente, da prevenção. 

Segundo o Inca – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. No Brasil, excluídos os tumores de pele melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.

O câncer de mama se desenvolve mais frequentemente nas células que revestem os ductos mamários, que estão em constante multiplicação. Inúmeros fatores pessoais, ambientais, genéticos, hormonais e idades, entre outros, podem transformá-las em células anormais que vão se dividir descontroladamente perdendo o limite do crescimento tanto local na mama,  podendo se espalhar regionalmente para os gânglios da axila ou em outros órgãos.

Mas, a prevenção ainda é o melhor remédio. A doença pode ser curada se descoberta ainda cedo. A realização da mamografia de rastreamento e as visitas regulares ao ginecologista são as melhores formas de garantir o diagnóstico precoce. Quem já tem casos de câncer de mama na família pode começar a se precaver mais cedo. No autoexame, a paciente deve buscar nódulos ou caroços na região dos seios e na axila. Inchaço, endurecimento, coceira, vermelhidão e sensação de calor nas mamas são outros sintomas que devem ser observados com atenção.

O grupo de risco com mais chances de desenvolver câncer de mama são as pacientes entre 40 e 70 anos, principalmente quem teve casos na família. Reduzir a bebida alcoólica, combater a obesidade e ter uma rotina de vida saudável ajuda a prevenir a doença.  A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Um tumor diagnosticado no estágio 0 ou 1 chega a ter mais 90% de chance de cura. Já um câncer de mama no estágio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. “Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente, por isso, é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença”, sinaliza Dra. Elis Nogueira é ginecologista e obstetra.

 

Há alguns sinais e sintomas que ajudam a identificar esta doença. Eles são:

 

•             Nódulo único endurecido.

•             Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.

•             Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).

•             Inchaço da pele.

•             Vermelhidão) na pele.

•             Inversão do mamilo.

•             Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas.

•             Sensação de nódulo aumentado na axila.

•             Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.

•             Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.

•             Inchaço do braço.

•             Dor na mama ou mamilo.

 

“Caso você perceba algum deles, procure seu médico imediatamente. Não deixe de cuidar da sua vida, não deixe para amanhã, pois todo dia é importante e crucial para a cura do câncer de mama”, finaliza a Dra. Elis Nogueira.

 



Dra. Elis Nogueira - Ginecologista e obstetra, concluiu a graduação de medicina na Universidade de Mogi das Cruzes  em 1999. Especializou- se em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo em 2004 e obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira – Federação Brasileira das Sociedades  de Ginecologia e Obstetrícia , posteriormente obteve o título em Advanced Life Support in Obstetrics, especializou- se também, em Ginecologia Endócrina, contracepção e planejamento familiar , enfantopuberal, climatério, e patologia cervical. Atualmente é referência em parto normal , obstetrícia de alto risco e infertilidade ; cirurgia ginecológica, inserção de DIU de cobre e prata, SIU, tratamento do HPV e trombofilias. É membro de entidades médicas reconhecidas como a SOGESP  - Associação de obstetrícia e ginecologia do Estado de São Paulo) APM (Associação Paulista de Medicina ) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais: São Luis, Albert Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, Pro Matre, Santa Joana, Samaritano e Santa Maria.


Outubro Rosa: A importância da reconstrução mamária no tratamento de câncer de mama


As cirurgias plásticas ligadas ao seio, para aumento ou redução, estão entre os procedimentos mais realizados no país, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Números que mostram a importância da mama para a autoestima das mulheres. Entre as cirurgias reparadoras, a reconstrução mamária também se destaca no ranking. É o quinto tipo de cirurgia reparadora mais realizada no Brasil, segundo o último censo.

De acordo com o levantamento mais recente da SBCP, o número de cirurgias para reconstrução mamária cresceu 6%. A reconstrução da mama, após a mastectomia, é parte fundamental do tratamento do câncer de mama, segundo tipo mais comum entre as mulheres. “Quando a paciente passa pelo trauma da retirada do seio, ou de parte da mama, o tratamento não termina com a remoção do tumor. A cirurgia de reconstrução mamária faz parte do tratamento, é um direito previsto em lei e tem um forte impacto na recuperação das mulheres”, explica o médico Samir Eberlin, cirurgião plástico e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

De acordo com o cirurgião, estudos mostram que as mulheres com seio reconstruído têm menos chance de voltar a desenvolver a doença porque o câncer também está relacionado ao equilíbrio emocional.

A reconstrução das mamas pode ser realizada com utilização de próteses de mama, expansores de tecido ou tecido da própria paciente retirado de outras partes do corpo.  Dependendo das condições da paciente, a cirurgia reparadora pode ser realizada logo após a retirada do tumor.

O especialista lembra, porém, que apesar de ser um direito garantido em lei, muitas pacientes que dependem do SUS nem sempre conseguem fazer a reconstrução da mama logo após a mastectomia e ficam anos na fila aguardando para fazer a cirurgia reparadora.

OUTUBRO ROSA

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres e representa em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para conscientizar sobre a importância de realizar exames preventivos, o Outubro Rosa promove ações em todas as regiões do país. São iniciativas que reúnem voluntários, médicos e pacientes, de diversas especialidades, para informar sobre a doença, prevenção e tratamento. Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). Não há uma causa única para o câncer de mama.

Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Quanto antes diagnosticado, mais chances o paciente possui de alcançar a cura. Um tumor mamário detectado no início tem 90% de chances de cura, sem perda da mama. Por isso é muito importante se prevenir e realizar exames regularmente. A prevenção também envolve uma alimentação saudável e prática de atividade física.

Outubro Rosa: exames periódicos a partir dos 40 anos aumentam as chances de diagnóstico precoce do câncer de mama

Fatores de risco como idade avançada, casos na família, obesidade, sedentarismo, menstruação precoce e menopausa tardia estão ligados à doença

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) , o Brasil deve registrar este ano 66 mil novos casos de câncer de mama, que é o tipo de neoplasia que mais acomete e leva mulheres a óbito. Uma das principais medidas que podem ajudar no diagnóstico precoce e, consequentemente, aumentar as chances de cura, é a realização dos exames para o rastreamento a partir dos 40 anos. "A mamografia e a ultrassonografia das mamas devem ser feitas anualmente a partir dessa idade. Mulheres com algum componente hereditário ou outro fator de risco estabelecido pelo médico também podem realizar o exame mais cedo ou incluir a ressonância magnética das mamas na rotina", afirma Débora Gagliato, oncologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e especializada nesse tipo de câncer.

Alguns pacientes podem ser assintomáticos, principalmente quando a doença está no início e é localizada, por isso há tanto apelo para a realização de exames mamários periódicos. "À medida que o tumor evolui, indo para a axila, por exemplo, a paciente pode manifestar outros sintomas como nódulo palpável na mama, alteração do aspecto da pele da mama como vermelhidão, aparência de pele de casca de laranja ou saída de secreção pelo mamilo. Sendo assim, sempre que a mulher tiver algum sintoma, ela deve procurar um médico, de preferência o ginecologista, que deve encaminhá-la a um especialista na área como o mastologista ou o oncologista clínico", ressalta a especialista.

A incidência desse tipo de tumor é muito mais alta entre o sexo feminino, sendo a idade um dos principais fatores de risco. "Estima-se que uma em cada oito mulheres será diagnosticada com neoplasia de mama. Entre homens é mais raro e, quando ocorre, deve-se obrigatoriamente pesquisar causas hereditárias como a mutação no gene BRCA, por exemplo", conta Débora. Outros fatores de risco incluem idade avançada, presença de familiares de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama, paciente que teve menstruação precoce e menopausa tardia, o que mostra exposição mais prolongada aos hormônios femininos, sedentarismo, obesidade, uso excessivo de bebidas alcoólicas, além de tipos de terapia de reposição hormonal na mulher pós-menopausa.


Prevenção e tratamento

A melhor forma de prevenção é adotar um estilo de vida saudável, mantendo uma alimentação equilibrada, praticando atividades físicas regulares, evitando ou limitando o consumo de bebidas alcoólicas, além de optar por tomar medicamentos hormonais apenas sob prescrição médica e se forem realmente necessários. "Além, é claro, de realizar os exames que podem detectar lesões precursoras e que demonstrem que aquela pessoa pode, eventualmente, ter maior predisposição para o desenvolvimento de câncer de mama", comenta a médica.

Já as formas de tratamento são bastante variadas, dependem do subtipo do câncer e podem ser tratamento cirúrgico, radioterápico, quimioterápico, com drogas-alvo e com hormonioterapia. "Isso vai depender do tamanho da lesão, comprometimento do linfonodo, comorbidades da paciente, entre outros fatores. Por isso é importante ter uma equipe multidisciplinar composta por cirurgião oncológico, oncologista clínico e radioterapeuta para determinar o melhor tratamento", ressalta.

Atualmente, há cada vez mais novidades no tratamento desse tipo de câncer como a imunoterapia, que auxilia o próprio sistema imunológico da paciente a identificar e combater o tumor. Ela tem revolucionado o tratamento, tanto em termos de eficácia quanto em toxicidade, pois, em geral, possui menos efeitos colaterais se comparado à quimioterapia citotóxica. "Isso é importante ressaltar, pois estamos falando sobre um tipo de câncer curável. Há cada vez mais remédios eficazes e específicos para o tratamento desse tipo de tumor. Com isso aumentamos a eficácia e reduzimos a toxicidade relacionada ao tratamento", finaliza Débora.


Poupatempo oferece atendimento para matrícula escolar na rede pública

Serviço é oferecido nas 75 unidades do programa, mediante agendamento de data e horário pelo portal do Poupatempo 

  

A partir desta terça-feira, 6 de outubro, os postos do Poupatempo em todo o Estado passam a realizar inscrição para matrícula para alunos que desejam ingressar na rede pública de ensino. Para ser atendido, basta realizar o agendamento de data e horário pelo portal – wwwpoupatempo.sp.gov.br ou em totens de autoatendimento, disponíveis nos postos do programa e em estações do metrô e da CPTM, shopping centers, unidades do Descomplica SP, entre outros. 

A ação é uma parceria com a Secretaria Estadual da Educação e busca facilitar a vida do cidadão que pretende se matricular nas escolas públicas de São Paulo. Em 2019, mais de 580 matrículas foram realizadas nos postos do Poupatempo. 

O anúncio sobre a abertura de matrículas para o ano de letivo de 2021 na rede estadual de ensino foi feito pelo Governador João Doria em coletiva de imprensa na última segunda-feira (5). O prazo para matrícula de quem já é aluno do ensino estadual vai até dia 16 de outubro e a solicitação deve ser feita pelo aplicativo Minha Escola SP ou pela plataforma Secretaria Escolar Digital (SED). Já os pais daqueles que desejam ingressar na rede pública de ensino podem procurar qualquer escola estadual, diretoria de ensino, ou agendar atendimento nos postos do Poupatempo até o dia 30 deste mês. 

No dia e horário marcados, basta comparecer à unidade agendada com o RG ou a Certidão de Nascimento e o comprovante de endereço do estudante. Para os menores de 18 anos é necessário estar acompanhado pelo representante legal, devidamente identificado. 

Após o atendimento no Poupatempo, o cidadão receberá um protocolo, com o qual poderá consultar as vagas disponibilizadas no site da Secretaria da Educação - www.educacao.sp.gov.br. A efetivação da matrícula se dará somente após a entrega dos documentos na escola indicada pela Secretaria da Educação. 

Para informações sobre o Poupatempo, acessewww.poupatempo.sp.gov.br. Para mais detalhes sobre a matrícula escolar 2021, consulte o site da Secretaria da Educação (www.educacao.sp.gov.br). 

 

CFMV aprova Plano Nacional de Contingência de Desastres em Massa Envolvendo Animais

Enquanto o Pantanal sofre com as queimadas e médicos-veterinários e zootecnistas estão na linha de frente resgatando animais atingidos pelos incêndios, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) aprova o Plano Nacional de Contingência de Desastres em Massa Envolvendo Animais para dar suporte à conduta de quem está em campo. O documento traz orientações para a atuação dos profissionais em cenários dessa natureza, com diretrizes de como conduzir o resgate, a assistência veterinária, a manutenção e a destinação de animais domésticos e silvestres. A Decisão nº 1/2020 foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (5).

O plano é resultado do Grupo de Trabalho de Desastres em Massa Envolvendo Animais (GTDM), composto por médicos-veterinários que trabalharam em ações de perícia ou resgate de fauna em Brumadinho (MG), quando rompeu a barragem de rejeitos de mineração do Córrego do Feijão, em janeiro de 2019, entre outros desastres.

O grupo será transformado em uma comissão permanente do CFMV para dar continuidade ao trabalho. “Vamos apoiar ações na resposta e na prevenção dos próximos desastres, que geram impactos para a sociedade, com implicações na saúde pública, na economia e no emocional da população atingida, especialmente dos animais que são vulneráveis e pagam muito caro, sejam eles de companhia, de produção ou silvestres”, diz Francisco Cavalcanti, presidente do conselho.

“O fim do trabalho do grupo é só o início de tudo. O plano é um começo, mas cada desastre terá suas peculiaridades e impactos”, afirma Laiza Bonela, presidente do GT. Ela alerta ainda que com grandes poderes também chegam grandes responsabilidades, e que agora os médicos-veterinários precisam se preparar para ser convocados. “Queremos capacitar os CRMVs para capilarizar o conhecimento e descentralizar a atuação em ocorrências de desastres, sem a necessidade de deslocar equipes de outros estados”, planeja. Para divulgar as ações, Laiza participa de live no perfil oficial do jornal O Estado de S. Paulo no Instagram (@estadao), nesta terça-feira, dia 6 de outubro, às 18h.


O Plano

A construção do conteúdo foi possível observando e documentando as dificuldades enfrentadas em desastres nacionais ocorridos desde 2011, com as enchentes e deslizamentos de Nova Friburgo no Rio de Janeiro, passando pelos rompimentos de barragens em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), em Minas Gerais, até chegar em 2020, com os incêndios no Pantanal.

Assim como as pessoas, os animais também são vítimas de incidentes e é necessário que recebam a devida atenção, seguindo protocolos éticos, legais, sanitários, sociais e ambientais. Com o conteúdo do plano, espera-se que as ações de resgate de animais em situações de desastres em massa possam ser oficialmente reconhecidas e incorporadas à atuação dos órgãos e instituições responsáveis pelo atendimento a cenários de crise.

O resgate técnico de animais em cenários de desastres envolve planejamento e, ao mesmo tempo, exige celeridade. Para facilitar a conduta dos profissionais, o plano destaca oito passos a serem observados visando à saúde e o bem-estar do animal, especificando planos de resgate e acolhimento de bois, cavalos, porcos, coelhos, cães, gatos, aves, peixes e roedores domésticos. Envolve desde assistência no local, com água, alimentação, medicação e preparação do animal (alguns necessitam até de sedação) até o transporte e desembarque no destino, em abrigos temporários.

Na parte operacional, além de orientar sobre diagnóstico inicial, planos de ação, composição e reuniões de equipes, o plano também define prioridades e estratégias para assistência de animais. O documento aborda casos passíveis de eutanásia previsto em legislação e orienta a condução das perícias de local de crime, o que inclui coletar cadáveres, vestígios biológicos e químicos e preservar a cadeia de custódia, mantendo a idoneidade dos vestígios desde o seu reconhecimento e coleta até a sua utilização pela Justiça como elemento probatório.

Destaca a legislação pertinente e a contribuição da Medicina Veterinária Legal para esclarecer causas, dinâmica e autoria de crimes, haja vista que animais vivos e mortos em situações de desastres podem representar informações importantes para a investigação policial e pericial. De forma complementar, entra em necropsia forense, medidas de biossegurança e equipamentos de proteção individual, imunização dos trabalhadores e voluntários, plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde e zonas de trabalho. Trata também do Sistema de Comando de Incidente, estrutura hierárquica para organizar as atribuições de responsabilidades dos órgãos oficiais e suas atuações durante o atendimento a um desastre.

O plano vai além e descreve como deve ser o sistema de documentação para atendimentos médico-veterinários na rotina de abrigos temporários para animais resgatados e indica como lidar com a destinação dos animais domésticos para lar temporário, adoção ou reintegração com o tutor.


Pantanal

De acordo com o presidente do CRMV-MT, ao menos 35 médicos-veterinários trabalharam no Pantanal desde que começaram os incêndios, e mais de 50 animais resgatados já foram tratados e devolvidos à natureza. O regional trabalhou no suporte aos profissionais e promoveu campanhas de arrecadação de utensílios, medicamentos e alimentação para os animais.

Em momentos de desastres, as equipes envolvidas se deparam com um ambiente caótico e complexo, o que requer ação coordenada e integrada de múltiplas agências, visando à mitigação do sofrimento e dos danos. Segundo Silva, não foi diferente no Pantanal, onde a maior dificuldade foi controlar o acesso das pessoas à área afetada, que é muito extensa. “Pela preocupação de calamidade nacional, muitos queriam ajudar, mas sem estrutura e sem treinamento, [isso] se tornava até perigoso. O plano chega em momento oportuno para auxiliar como conduzir os atendimentos em episódios como esse”, opina.

Já no Mato Grosso do Sul, Piva disse que a articulação foi mais rápida por terem médicos-veterinários nas estruturas da administração pública. “Quando começamos a agir, tivemos todo o suporte do governo do estado e pudemos ser protagonistas, unidos tecnicamente aos demais grupos, fortalecendo a atuação da Medicina Veterinária nas estruturas de resgate”, destaca.

Neste momento, o CRMV-MS contribui para a elaboração do Estatuto do Pantanal, com a expectativa de legislação e estruturas que possam subsidiar de forma articulada outras situações dessa natureza. O documento foi proposto pela Comissão Temporária do Pantanal (CTEPantanal) do Senado Federal. Na sexta-feira (2), uma comitiva do Senado, capitaneada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), que é médico-veterinário, foi ao município de Corumbá (MS) para acompanhar os trabalhos na região mais afetada pelas queimadas.

 

Saiba quais pontos que devem ser trabalhados para sua equipe ser produtiva

Em um primeiro momento, quando nos referirmos ao dia a dia dos colaboradores, temos que pensar fora da caixa. Isso significa parar com crenças limitantes de que a sua equipe não alcançará um patamar superior. Para começar, é importante destacar quais são os pontos fortes e fracos, além de oportunidades e as ameaças, em relação a sua empresa, perante o time que está na linha de frente.

Um bom exemplo desse cenário é quando falamos de um profissional médico que nunca atrasa uma consulta: esse é um fator que os pacientes valorizam, e muito. Mas existem outras questões que podem ser tratadas como pontos fortes, como a tecnologia adotada ou uma equipe bem treinada, algo que merece destaque. Já os pontos fracos, precisam ser analisados sem generalizações, até mesmo porque cada empresa tem o seu, que pode ser o pós-venda ou até mesmo falta de qualidade devido à alta demanda de atendimento.

Pesquisas indicam que apenas 12% das pessoas costuma deixar de consultar determinado local por conta de preço, e que a maior parte dos possíveis clientes, 82% deles, não contrataram algum tipo de serviço por conta de atendimento ou pela desvalorização das queixas de pacientes.

Boa parte dos gestores sempre sinalizam que possuem uma equipe bem treinada, mas isso não é realidade. Treinamentos específicos precisam ser direcionados para cada time de colaboradores. Algo a se pensar é se a sua equipe entende que trabalha com você ou para você, pois naturalmente quando algo é feito para outra pessoa, o desempenho pode ser impactado de forma negativa. Você tem um bando ou um time na sua clínica? Um bando é o agrupamento de pessoas que não tem um objetivo, já o time é um grupo onde todas as pessoas têm o mesmo ideal, que é marcar pontos a favor.

Algo muito comum nas empresas é o colaborador tóxico, aquele que costuma ir contra todos os fundamentos ou propostas de melhoria. Não é aquele que pensa e formula ideias de forma diferente, mas trata a iniciativa dos demais de maneira hostil. Manter esse tipo de colaborador na equipe faz com que o time todo seja prejudicado.

Outro ponto que deve ser analisado é o que as pessoas demonstram o que pensam sem falar, mas o corpo sempre entrega a real intenção. Isso tem a ver com a disposição, com a fisionomia de cada pessoa, e é essencial adaptar e treinar a equipe para performar bem diante dessa situação. Muitas vezes, o pensamento cognitivo interfere na comunicação, tornando de difícil entendimento, por isso é importante trabalhar essa questão de forma mais intensa. As atitudes das pessoas mostram muito e a comunicação não verbal é presente diariamente na vida de todos, entender esses gestos torna todos os processos mais interessantes.

Com isso dito, é fundamental colocar em prática o treinamento. Não se trata apenas de ser simpático com os clientes, pois muitas vezes o excesso de simpatia por soar invasivo e ter efeito contrário ao esperado. O ideal é que os colaboradores sejam treinados e capacitados para desempenhar papéis cruciais para o crescimento da empresa, além de propor ideias para melhorar os processos e o serviço prestado.

Vou sugerir quatro ferramentas que potencializam o aprendizado e auxiliam nesses procedimentos.

  1. Descrição de cargos: é fundamental que toda a equipe conheça as funções que cada colaborador da empresa é responsável. O administrativo, financeiro, gerencial, auxiliares, representa um cargo e é responsável por determinado setor.
  1. Rotinas de tarefas: ter uma rotina é a chave da organização. É importante incluir as atividades que precisam ser desempenhadas diária, semanal ou mensalmente, até mesmo questões eventuais precisam estar categorizadas como tarefas, já que podem ocorrer. Um bom formato para fazer isso é com um checklist
  2. .Protocolo operacional padrão: também conhecido como P.O.P, precisa estar incluso no setor de atendimento e administrativo. Para o atendimento, é importante organizar de forma clara como o cliente será recepcionado, seja pessoalmente ou no telefone, além de considerar também questões estéticas, como o vestuário. Já com relação aos colaboradores que fazem parte do backoffice (gerente, contabilidade, laboratório etc.), o cuidado com os processos de gerenciamento necessita ainda mais de organização, pois são tratadas questões delicadas, como pagamentos e o jurídico. Com um bom relatório, o gestor consegue colaborar e analisar a performance de todos.

 

Também é importante estar em dia com o protocolo de biossegurança: os equipamentos precisam estar limpos e em boas condições de uso, o local de trabalho de médicos e dentistas também necessita de máximo cuidado, além de todos os protocolos de segurança visando a situação atual com o covid-19.

  1. Manual de conduta ética: é possível classificar essa ferramenta como a bíblia do seu consultório. Todo colaborador precisa estar ciente deste material antes de iniciar o trabalho na empresa, pois ele vai nortear toda a atividade através destas normas. Por isso, nesse documento, deve constar que não pode acontecer nesse local.

Todos os trabalhos que envolvem pessoas podem parecer complicados, por isso o treinamento precisa ser eficiente, para colaboradores e gestores. Para uma empresa sólida, e com um time empoderado, é necessário estar tão treinado quanto toda a equipe.  Segundo Jack Welch, não é possível fazer o trabalho de hoje com os métodos de ontem se você quiser estar no mercado de amanhã, o que faz todo o sentido.

 



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios e marketing, fundou a SIS Consultoria que pertence ao grupo SIS Há mais de 25 anos no mercado, apresenta hoje significativa expansão e tem sua área de atuação em mais de 120 cidades do país para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

Já começou o cadastramento de usuários do PIX: Especialista em crimes cibernéticos, José Antonio Milagre, dá orientações de segurança digital

Começou nesta segunda-feira (5), o cadastramento de usuários de PIX, sistema de cadastramento do Banco Central, que permitirá transações bancárias 24 horas por dia, em qualquer dia da semana, com transações feitas em até 10 segundos, envolvendo equipamentos celulares.  

Pessoas poderão entrar em contato com seus bancos por meio dos apicativos bancários, para realizar um primeiro cadastramento nos PIX, que substituirá os tradicionais TED e DOC. Tecnologias como NFC e QR code também poderão ser aceitar no PIX para pagamentos até mesmo de transportes publicos 

A partir do dia 16 de novembro, será possível realizar transferências. Embora seja um sistema de inovação, é importante tomar cuidados de segurança 


1) Cuidado com o uso do seu dispositivo 

A tecnologia NFC não permite que um pagamento seja disparado com o celular no bolso. Mas a aproximação de pelo menos 10cm, ou equipamentos "encostados" pode disparar um processo de pagamento. Criminosos podem substituir terminais de NFC por terminais falsos, e coletar pagamentos indevidos.  


2) Cuidados com QRCodes 

Muitos fraudadores enviarão "QR CODES" fraudados, assim como os golpes que ocorriam com "código de barras". Verifique sempre a origem dos códigos. 


3) Atualize sempre os aplicativos 

Manter aplicativos e dispositivos sempre atualizados é fundamental, pois garante que se está atualizado com todas as atualizações de segurança.  


4) Não realizar pagamentos de Internet Pública 

Muito cuidado com pagamentos com wi-fi e conexões desconhecidas, pois o fraudador poderá interceptar tráfego e utilizar os dados para novas fraudes e golpes. 


5) Reforce suas senhas 

É muito importante em tempos em que o celular se torna uma carteira digital, proteger o dispositivo com senhas ou autenticação biométrica. Com a medida, dificulta-se a atuação do fraudador e caso tenha ocorrido fraude, este poderá responder por invasão de dispositivo informático, sem prejuízo de outros crimes praticados. Lembre-se que se o criminoso tem acesso a sua chave criptográfica, poderá fraudar transações. 

Caso tenha sido vítima, preserve o equipamento e procure ajuda especializada para perícia digital e apuração da autoria dos fraudadores, imediatamente iniciando um processo junto à instituição bancária. 

 



Prof. MSc. José Antonio Milagre - Perito Judicial em informática, especializado em Direito Digital e Crimes Cibernéticos, Advogado, Pós Graduado em Gestão de Tecnologia da Informação, Pós Graduado em Direito e Processo Penal, Mestre e Doutorando Ciência da Informação pela UNESP, Presidente da Comissão de Direito Digital da OAB/SP Regional da Vila Prudente, Arbitro fundador da Câmara Internacional de Arbitragem e Mediação em Tecnologia da Informação, E-commerce e Comunicação (CIAMTEC.br).Data Protection Officer Certified by EXIN, Consultor convidado na CPI de Crimes Cibernéticos - CPICyber do Congresso Nacional. É professor de Pós-Graduação em diversas instituições. Autor pela Editora Saraiva em co-autoria com o Professor Damásio de Jesus, dos livros e "Marco Civil da Internet: Comentários à Lei 12.965/2014" e "Manual de Crimes Informáticos". É colunista da Rádio Justiça/STF. Fundador do Instituto de Defesa do Cidadão na Internet – IDCI.

 

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