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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Educação: Pesquisadores da Check Point alertam para as ciberameaças às aulas on-line

Cresce o interesse dos cibercriminosos por temas relacionados à educação escolar, com o número médio semanal de domínios suspeitos aumentando em cerca de 30% e alguns dos mais populares sistemas de aprendizagem on-line apresentando vulnerabilidades


A educação escolar tornou-se o mais recente alvo dos cibercriminosos. O alerta vem dos pesquisadores a Check Point® Software Technologies Ltd.(NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, que identificaram o crescente interesse dos cibercriminosos por temáticas que envolvem as aulas on-line entre outros temas relacionados à volta às aulas.

Os pesquisadores da Check Point analisaram atentamente dados globais dos últimos três meses referentes ao aumento do interesse dos atacantes pelas aulas on-line, concluindo o seguinte:

• Mais de 35 mil (exatos 35.149) novos domínios relacionados às aulas on-line e volta às aulas foram registados nos últimos três meses, sendo que 512 desses domínios são maliciosos e 3.401 são suspeitos.

• O número médio de domínios suspeitos por semana chegou a atingir a quantidade de 356, o que excede a média semanal habitual em torno dos 115 domínios em semanas anteriores.

• O pico ocorreu no final de julho e início de agosto, sendo que a quantidade semanal de domínios suspeitos sobre esta temática aumentou cerca de 30% em comparação com a quantidade semanal no período de junho e julho.

• O número médio de domínios maliciosos por semana durante seu pico (data de registro) foi de 39, em comparação com a média semanal de 46 domínios nas semanas anteriores.

Número de novos domínios registados relacionados às aulas on-line e volta às aulas nos últimos três meses


Falhas de segurança em tecnologias de aprendizagem on-line

No primeiro semestre de 2020, os pesquisadores de Check Point conduziram uma auditoria completa dos Sistemas de Gestão de Aprendizagem que permitem o treinamento on-line. Alguns dos sistemas mais populares utilizam o plug-in do WordPress. A divisão Check Point Research (CPR) identificou falhas de segurança em três plug-ins do WordPress mais usados para desenvolver plataformas de treinamento on-line conhecidos como LearnPress, LearnDash e LifterLMS, comprovando que as tecnologias fundamentais que proporcionam o treinamento remoto apresentavam vulnerabilidades. Essas falhas de segurança já foram corrigidas.


Ameaça real

A questão agora é que existem ciberameaças à "espera" pela oportunidade de entrarem em ação contra os alunos no ensino a distância:

"Zoombombing": nome dado à circunstância na qual uma pessoa não convidada entra numa chamada Zoom na tentativa de prejudicar os demais participantes por meio de insultos, violações ou o compartilhamento de imagens ofensivas.

• O Cyberbullying Research Center indica que 37% dos jovens entre os 12 e 17 anos foram vítimas de bullying on-line, sendo que 30% deles sofreram esse tipo de ataque por mais de uma vez. No Brasil, coincidentemente o mesmo percentual de 37% dos jovens, que responderam a uma pesquisa da UNICEF, afirmaram já terem sido vítimas de cyberbullying.

Ransomware: um tipo de software malicioso projetado para bloquear o acesso ao sistema do computador e aos seus arquivos até ser paga uma certa quantia de resgate. O ransomware é, por norma, transmitido via e-mails que aparentam ser legítimos e que visam fazer com que o destinatário clique num link ou anexo malicioso. Em 2019 , mais de mil escolas dos Estados Unidos foram vítimas desta forma de ataque.

Phishing: é a tentativa de obtenção de informação ou dados sensíveis, como senhas e credenciais bancárias, por meio da falsificação de identidades de instituições confiáveis via comunicação eletrônica.

Principais dicas de segurança para aulas on-line

Face a todos estes riscos de cibersegurança visando educação escolar, a Check Point informa as principais dicas de segurança para alunos, pais e escolas:


PARA ALUNOS

Cobrir a webcam. Desligar ou bloquear a câmera e os microfones dos equipamentos quando não estiver em aula on-line. Certificar-se de que a câmera não tem visibilidade para quaisquer informações pessoais.

Clicar apenas em links de fontes confiáveis. Quando estiver na plataforma colaborativa da escola, clicar apenas em links compartilhados pelo host ou co-hosts quando orientado a fazê-lo.

Fazer login diretamente. Certificar-se de sempre efetuar o login nos portais da escola; não confiar em links de e-mails e estarem atentos a domínios suspeitos em ferramentas públicas.

Adotar senhas fortes. Cibercriminosos tentam frequentemente quebrar senhas, especialmente aquelas que são simples e curtas. Adicionar alguma complexidade à senha pode evitar essa situação.

Nunca compartilhar informação confidencial. Não deve ser solicitado aos alunos o compartilhamento de informações pessoais via ferramentas on-line. Este tipo de informação deve estar fora das plataformas de armazenamento na nuvem.


PARA PAIS

Conversar com seus filhos sobre phishing. Ensinar aos filhos para nunca clicarem em links em mensagens de e-mail antes de verificarem com os pais.

Denunciar o cyberbullying. Explicar aos filhos que comentários ou "pegadinhas" ofensivas feitas on-line não são aceitáveis. Dizer a eles que devem procurar seus pais imediatamente se passarem por isto ou se virem outra pessoa sofrendo cyberbullying.

Explicar que é preciso evitar deixar os dispositivos sem supervisão. Os filhos precisam entender que deixar os dispositivos em mãos erradas pode ter consequências prejudiciais. Os atacantes podem fazer login em seus dispositivos, assumindo a identidade do filho on-line.

Definir o controle parental. Estabelecer configurações de segurança e privacidade em sites de acordo com o nível de conforto para compartilhamento de informações.

Aumentar a conscientização. A educação sobre cibersegurança é um conjunto importante de habilidades, mesmo para os alunos mais jovens. Deve-se investir tempo, dinheiro e recursos para garantir que os filhos estejam cientes das ameaças e precauções à cibersegurança.


PARA ESCOLAS

Obter um software antivírus. Garantir que os notebooks e outros dispositivos dos filhos/ alunos estejam protegidos por software antivírus para evitar o download acidental de malware. Ativar as atualizações automáticas para esse software.

Definir um perímetro on-line. As escolas devem estabelecer controles de perímetro e gateways de acesso à Internet para proteger as redes escolares de ciberataques, acessos não autorizados e conteúdos maliciosos.

Verificar rigorosamente os fornecedores terceirizados. As escolas devem garantir a verificação cuidadosa das plataformas que utilizam de terceiros.

Monitorar o sistema constantemente. As escolas devem monitorar todos os seus sistemas continuamente e analisar as atividades incomuns que possam ser um potencial indicador de um ataque.

Investir em educação em cibersegurança on-line. Assegurar-se de que a equipe da escola está consciente sobre os riscos. Conduzir sessões regulares para que os alunos estejam a par das mais recentes ameaças à cibersegurança.

 


Check Point Software Technologies Ltd.

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Covid 19 é ou não doença ocupacional do trabalho?

No dia 01.9.2020, foi publicada pelo Ministério da Saúde a Portaria n.º 2.309, de 28 de agosto de 2020, que atualizou a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT), destinada a orientar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) acerca da caracterização das relações entre as doenças e as ocupações profissionais.

A COVID-19, causada pelo coronavírus, tinha sido listada inicialmente como doença ocupacional, relacionada ao trabalho. Entretanto, a referida norma foi tornada sem efeito no dia seguinte, por meio da Portaria n.º 2.345, de 2 de setembro de 2020.

E essa mudança de entendimento do Governo Federal decorreu da grande divergência de interpretação de que a contaminação pelo coronavírus pudesse ser entendida como acidente do trabalho reconhecido como tal pelo INSS, quando o afastamento ocorresse por período superior a 15 dias, com direito a todos os reflexos trabalhistas e previdenciários daí decorrentes.

Aliás, como exemplo dessa confusão interpretativa, alguns Fiscais do Trabalho já têm exigido que as empresas emitam a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para qualquer contaminação de empregados pela COVID-19.

Assim, a suspensão dos efeitos da portaria ministerial é oportuna, pois a discussão sobre o enquadramento da COVID-19 como doença ocupacional se arrasta desde a Medida Provisória n.º 927, de 22.3.2020, que determinou que os casos de contaminação pelo coronavírus não seriam considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal. Importante lembrar que no 29.4.2020, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela suspensão da eficácia do referido dispositivo legal, trazendo interpretações de que a contaminação pelo vírus no ambiente laboral não pode ser presumida.

Registre-se que a doença ocupacional é um gênero do qual são espécies a doença profissional e a doença do trabalho, previstas que estão na legislação previdenciária (art. 20, I e II, da Lei n.º 8213/91), cujo enquadramento decorre da existência de nexo causal presumido ou não.

O nexo causal presumido apenas poderá ser reconhecido quando relacionado ao NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, nos termos do art. 337, §3º, do Decreto n.º 3048/99, conforme relação disposta taxativamente na Lista C. do Anexo II, do mesmo texto legal.

Também não deve ser esquecida a previsão inserta no art. 20, §1º, alínea “d”, da Lei n.º 8213/91, que dispõe que não são consideradas como doença do trabalho as doenças endêmicas adquiridas pelos segurados. Como atualmente tratamos de uma pandemia, com extensão e gravidade muito superiores à endemia, o artigo referido também tem muita pertinência para a solução da atual controvérsia.

A contaminação e a consequente possível situação de incapacidade para o trabalho do empregado deverá ser analisada pelo INSS, da mesma forma que as demais situações que suportam o pagamento de benefício previdenciário.

Ressalte-se que a contaminação de qualquer pessoa poderá ocorrer em casa, no deslocamento residência x trabalho e vice-versa, nos estabelecimentos comerciais relacionados ou não às atividades essenciais ou de lazer, e também no ambiente trabalho.

Caberá ao empregador, em eventual discussão administrativa ou judicial futura, demonstrar os cuidados que adotou para preservar a saúde de seus trabalhadores, como identificação de riscos, histórico ocupacional, trabalho em home office, escalas de trabalho, rodízio de profissionais, orientação e fiscalização sobre adoção de medidas relacionadas à saúde e segurança, além da entrega de equipamentos de proteção individual (EPI ’s).

A preocupação com essa definição vai muito além da emissão da CAT e da garantia de estabilidade de 12 meses no emprego após a alta médica previdenciária prevista no art. 118, da Lei n.º 8213/91. É muito importante que a sociedade saiba interpretar corretamente a decisão do STF, assim como os ditames da Portaria do Ministério da Saúde que foi tornada sem efeito por ora, a fim de entender a extensão e o potencial grau destrutivo dessa interpretação precipitada pela caracterização “automática” do nexo causal

Infelizmente inúmeros contaminados pelo coronavírus vêm a óbito, impactando de forma mais assertiva no cálculo do FAP (e nos encargos incidentes em folha de pagamento), acerto de verbas rescisórias e de benefícios legais e convencionais decorrentes, ressarcimento de despesas médicas e hospitalares, danos morais e até pensão mensal vitalícia.

Se o empregador tiver que assumir também a responsabilidade pelo contágio dos empregados neste momento de pandemia e calamidade públicas, é bastante provável que prefira dispensar os empregados. Não nos parece, porém, que essa seja a melhor decisão a ser tomada.

Assim, independentemente da vigência da portaria ministerial em questão, apenas se caracterizado o nexo causal entre a doença e o exercício do trabalho (ou as condições em que o mesmo é exercido), a empresa deverá emitir o CAT e garantir os direitos inerentes aos seus funcionários.

Por fim, é imprescindível que as empresas documentem todas as iniciativas preventivas e orientativas adotadas em relação à saúde de seus empregados, a fim de poder demonstrar, em eventual discussão futura, que cumpriram com todas as obrigações e cuidados cabíveis a fim de preservar a saúde de seus colaboradores.

 

Ricardo Calcini - Professor de Direito do Trabalho da Pós-Graduação da FMU. Mestre em Direito pela PUC/SP. Membro do Comitê Técnico da Revista SÍNTESE Trabalhista e Previdenciária. Autor do Livro Digital “Coronavírus e os Impactos Trabalhistas”. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Junior, do Centro de Estudos Avançados de Processo, da Associação Brasileira de Direito Processual, da Comunidad para La Investigación y El Estudio Laboral y Ocupacional, Chile, e do GETRAB/USP, Grupo de Estudos de Direito Contemporâneo do Trabalho e da Seguridade Social da Universidade de São Paulo.   

 

Maria Cibele de Oliveira Ramos Valença - Advogada, Mestre e Doutora em Direito Previdenciário pela PUC/SP, professora em cursos de pós graduação, autora de livros e artigos em periódicos, ex-conselheira da Junta de Recursos e da Câmara de Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social.

 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Brasil apresenta queda na curva de óbitos por Covid-19

O novo boletim epidemiológico também apresenta queda na média de novos casos registrados e aumento nos casos de pessoas recuperadas da doença em todo o país

 

A atualização do cenário epidemiológico no Brasil, apresentada nesta quarta-feira (2/9) pelo Ministério da Saúde, mostrou queda de 11% na média de óbitos por Covid-19 registrados no país. Caindo de 7.018 mortes registradas no período de 16 a 22 de agosto para 6.212 óbitos registrados entre 23 a 29 de agosto. O novo Boletim Epidemiológico também apontou queda de 1% nos registros de novos casos da doença no mesmo período, passando de 265.266 casos, para 263.791 novos registros. Além disso, do total de casos confirmados no país, 80,3% das pessoas contaminadas já estão recuperadas da doença (3,2 milhões).

Em todo o país, 17 estados apresentaram queda nos registros de novos óbitos e sete apresentaram estabilização. Em relação aos novos casos confirmados, 11 estados apresentaram queda nos registros e sete mostram estabilidade. “Esse é o resultado de muito esforço e trabalho que temos realizado para fortalecer o SUS neste período. E, além das nossas ações para conter o avanço da doença, é também o resultado da atuação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente salvando vidas e garantindo qualidade de vida a esses pacientes infectados”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros.

Durante a apresentação, ainda foi apresentado quantitativo de testes distribuídos para diagnóstico da Covid-19 no Brasil. Até 31 de agosto, o Ministério da Saúde distribuiu mais de 14,3 milhões de testes para diagnósticos da Covid-19, sendo 6,3 milhões de RT-PCR (biologia molecular) e 8 milhões de testes rápidos (sorologia). A pasta distribui os testes conforme a capacidade de armazenamento dos estados e disponibiliza centrais de testagem, que podem ser utilizadas pelos gestores locais quando a capacidade de produção dos laboratórios estaduais chega ao seu limite.

Até o dia 29 de agosto, foram realizados mais de 5,1 milhões de exames de RT-PCR para Covid-19, sendo 2,8 milhões na rede pública e 2,2 milhões nos laboratórios privados. Sobre os testes sorológicos, segundo dados do sistema e-SUS Notifica, foram realizados no país mais de 7,1 milhões de exames nas redes pública e privada.

RASTREAMENTO DE CONTATOS DE CASOS CONFIRMADOS

O Ministério da Saúde também lançou uma ação para rastreamento e monitoramento de contatos de casos de Covid-19. O investimento federal de R$ 369 milhões permitirá o fortalecimento de ações locais para identificação precoce e assistência adequada de contatos de casos de Covid-19, interrompendo a cadeia de transmissão e permitindo a redução do contágio pela doença. A iniciativa permitirá, ainda, a avaliação regular da situação epidemiológica local relacionada ao coronavírus para subsidiar o planejamento conjunto das ações da Vigilância em Saúde e da Atenção Primária à Saúde.



Ministério da Saúde

www.saude.gov.br


Setembro Vermelho: a importância da conscientização das doenças cardiovasculares

No Brasil, doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte, de acordo com dados do Instituto Lado a Lado pela Vida

 

O Setembro Vermelho é celebrado em homenagem ao Dia Mundial do Coração, reservado para a conscientização acerca da saúde deste órgão tão importante para a vida. Uma temática de extrema importância já que, no Brasil, as doenças cardíacas são a primeira causa de morte e, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em 2019 mais de 289 mil pessoas morreram no país em decorrência de patologias cardiovasculares.

Dentre as doenças relacionadas a problemas do sistema cardiovascular estão: insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, hipertensão arterial, e arritmia como algumas das mais conhecidas. As causas podem variar entre as patologias, no entanto, é comum que os fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol e estresse, quando não tratados e controlados, desencadeiem doenças no coração.

Segundo o Hospital do Coração, o diabetes compromete, de forma expressiva, a saúde do coração. Isto porque o excesso de glicose acelera o processo de entupimento das artérias, além de elevar os riscos de um episódio de infarto agudo do miocárdio. Do mesmo modo, pessoas com doenças renais têm maior probabilidade de desenvolverem patologias no coração, pois o sistema renal está diretamente relacionado ao aparelho cardiovascular, uma vez que, para o rim funcionar, é necessário a correta circulação do sangue.

"No que se refere aos tratamentos, cada vez mais investe-se em tecnologias capazes de otimizar o tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente, como com medicações que simplificam a posologia para pacientes com insuficiência cardíaca, por exemplo, e que evitam o surgimento de eventos adversos. Além disso, cresce a prática de tratamentos personalizados, que consideram as singularidades de cada paciente, levando em conta os fatores agravantes, estágio da doença e histórico clínico e familiar", conta o Dr. Rodrigo Noronha, médico cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Em adição, considerando as doenças do coração de modo geral, além de fazer exames periódicos e seguir corretamente as orientações médicas, é necessário adotar um estilo de vida saudável, que combine uma alimentação balanceada com a prática de exercícios físicos, controlar o peso, não fumar ou ingerir bebidas alcoólicas em excesso e evitar o estresse. Deste modo, melhora-se não só a qualidade de vida como também aumenta-se a sobrevida. 



A importância da conscientização + cuidado integral 


Considerando esse panorama, "fica claro a necessidade de promover a conscientização acerca das doenças do coração, por meio da disseminação de informações que visem educar a população como um todo, de modo a estimular a adoção de hábitos saudáveis, evitando não só doenças cardiovasculares como também os fatores agravantes", pontua o especialista.

Neste sentido, durante o Setembro Vermelho, a AstraZeneca estimula a empatia e os bons hábitos para garantir a saúde deste órgão vital, ao promover a iniciativa "Cuidar do coração FazBem", que leva o nome do programa de pacientes da empresa, "FazBem". Ao abordar a jornada do paciente por meio de ativações e conteúdos que conversam com diferentes audiências, como: médicos, enfermeiros, profissionais da saúde; farmacêuticos e balconistas; pacientes e público leigo em geral; e ainda, os colaboradores da companhia, a campanha é 100% digital e OmniChannel .

Durante todo o mês, as ativações e materiais educativos serão difundidos no Facebook e Instagram do FazBem. E, hospedada no site do programa de pacientes FazBem , a landing page exlusiva da campanha reúne todos os conteúdos e ações realizadas durante o Setembro Vermelho. Confira e participe! #SetembroVermelho #CuidardoCoraçãoFazBem


 


AstraZeneca

http://www.astrazeneca.com.br


Tutela ou Curatela: quando e por que devemos pensar nisso

 Familiares de portadores da Síndrome do X Frágil buscam o Instituto Lico Kaesemodel para entender a respeito de curatela e tutela dos pacientes


A Síndrome do X Frágil (SXF) é uma condição genética que acomete, principalmente, meninos. Estima-se que a cada mil nascimentos de meninos, 1 tenha a síndrome. Apesar de também atingir meninas, a doença geralmente se manifesta de maneira mais leve e em uma incidência muito menor. Quando um indivíduo é acometido pela Síndrome, o gene FMR1 (Fragile X Mental Retardation 1) fica comprometido e, por consequência, ocorre a falta ou pouca produção da proteína FMRP (Fragile X Mental Retardation Protein). A ausência dessa proteína afeta diretamente o desenvolvimento do sistema nervoso central, ocasionando déficit intelectual, problemas de desenvolvimento motor, comportamentais e emocionais.  

O portador da Síndrome do X Frágil é contemplado pela Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (Lei Federal 13.146/15), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, que ampliou significativamente o espectro de proteção conferido a elas, ao mesmo tempo em que reconheceu a importância da autonomia, independência e liberdade desses indivíduos para fazerem suas próprias escolhas.

Uma das dúvidas de muitos familiares das pessoas acometidas da doença está sobre solicitar tutela ou a curatela do indivíduo com Síndrome do X Frágil. A Advogada do escritório Farah Kanda, especializada em direito à saúde Renata Farah, explica que a tutela são os direitos e obrigações que a lei confere a uma pessoa para que proteja um menor de 18 anos, que não tenha pais ou quando esses já tiverem destituídos do poder familiar pelo juiz. Já a curatela, segundo a advogada, destina proteger as pessoas maiores de idade que não tem capacidade plena para se responsabilizar por seus atos ou administrar seus bens, designando um terceiro para zelar por seus interesses.

“Muitos familiares nos procuram para entender a respeito da curatela, principalmente quando o jovem portador da Síndrome do X Frágil e de outras deficiências atingem a maioridade”, explica Renata. Segundo a advogada, nem todo adulto com a Síndrome necessitará de curatela. “É preciso identificar, quando completar a maioridade civil, se ela terá capacidade para praticar atos da vida civil, ou se é capaz para a prática de alguns, e incapaz para outros”. Por exemplo, pode ser capaz para o trabalho e recebimento de salário, mas incapaz para compra e venda de bens de alto valor. No termo de curatela, o juiz irá delimitar quais atos precisam de representação do curador, e quais atos o curatelado pode praticar sozinho, dependendo do grau de incapacidade da pessoa”, enfatiza.

A Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência previu expressamente que a deficiência não afetará a plena capacidade civil da pessoa, a qual terá assegurado o direito ao exercício dessa capacidade em igualdade de condições com os demais (art. 6º). “Não resta dúvida que as ideias de deficiência e incapacidade foram desvinculadas. É possível, porém, que haja necessidade de adoção de procedimentos de auxílio para a prática dos atos civis pela pessoa com deficiência, quais sejam, a tomada de decisão apoiada e a curatela”, avalia Renata.

O procedimento de curatela, portanto, terá caráter excepcional e temporário. Ou seja, a curatela somente será adotada quando realmente necessária para a preservação dos interesses do próprio deficiente. Prescreve a lei que a curatela deve ser proporcional às circunstâncias do caso e durar o menor tempo possível. “O curador somente pode ter acesso à administração dos bens do curatelado para os atos necessários ao seu sustento. Qualquer sobra ou despesa adicional deve ser autorizada pelo juiz. O curador também precisa prestar contas ao juízo de forma regular, como medida para resguardar os direitos patrimoniais do curatelado”, explica Renata. “O curador tem o dever de prestar todos os cuidados necessários ao bem estar físico e social do curatelado, podendo se valor, se for necessário, da ajuda de terceiros, cujas despesas devem ser aprovadas pelo juiz”, reforça.

Para falar mais a respeito do assunto de curatela e tutela, a advogada Renata Farah, participa no próximo dia 10 de setembro (quinta-feira), às 19 horas, da live junto ao Instituto L. Kaesemodel, que desenvolve o Projeto Eu Digo X (@projetoeudigox)  que visa disseminar informações a respeito da Síndrome do X Frágil, realizar pesquisas junto a profissionais e instituições de ensino e ainda mapear o número de pessoas acometidas pela condição no Brasil.


Anvisa reenquadra Annita como medicamento sob prescrição médica sem necessidade de retenção de receita

Por se tratar de uma droga em estudo para o tratamento de Covid-19, a nitazoxanida, anteriormente, teve sua venda restrita, com controle especial de receituário

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, no dia 1 de setembro, pela suspensão da necessidade de retenção de receitas para a substância nitazoxanida, cujo medicamento de referência no País é o Annita®, de fabricação da FQM Farmoquímica. Dessa forma, não há mais necessidade de retenção de receita por parte das farmácias e drogarias. A medida foi tomada após a constatação de que não há mais riscos da escassez da substância no mercado. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), no mesmo dia.

Por se tratar de uma droga em estudo – a respeito da sua eficácia no combate ao vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19 –, a nitazoxanida havia sido enquadrada, em abril, na Portaria SVS/MS nº 344/1998, que determinou a necessidade de controle especial para a venda da substância, com o uso de receita especial em via dupla. Em junho, a prescrição da substância, junto aos medicamentos à base de hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina, passou a ser delimitada pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 405, que, apesar de menos restritiva, ainda exigia a retenção da receita em drogarias e farmácias. Desde ontem, medicamentos à base de nitazoxanida foram excluídos da RDC 405/2020.  

A nitazoxanida é um medicamento antiparasitário e antiviral de amplo espectro, que está no mercado brasileiro há mais de 15 anos, tem um papel importante no tratamento de doenças infecciosas do sistema gastrointestinal, como gastroenterites virais, helmintíases, amebíases, giardíases, criptosporidíase e blastocistose. O fármaco é muito prescrito pela comunidade médica, não apresenta toxicidade relevante e, por isso, pode ser usado por crianças a partir de um ano da idade, adultos e idosos.

 


Grupo FQM Farmoquímica


Fortes emoções podem trazer risco à saúde do coração

Médico especialista explica como problemas associados ao estresse, raiva, ansiedade e tristeza podem comprometer a saúde 


“Boa parte dos pacientes com doenças psicossomáticas procuram primeiro o cardiologista com medo de estar com uma doença cardíaca”. A frase é do cardiologista Vinícius Marques Rodrigues (CRM 10224), que atende no centro clínico do Órion Complex, e dá uma mostra de como o coração é sensível às emoções. Isso porque sentimentos como raiva, angústia, ansiedade e tristeza têm a capacidade de fazer com que o cérebro produza hormônios que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial provocando arritmias e dores no peito.  O médico explica que, mais que um corpo saudável proveniente de bons hábitos alimentares e exercícios físicos, é importante manter também, a mente sã. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos.  Algumas das doenças do coração estão associadas a sentimentos ruins. “O aumento de liberação de hormônios produzidos com estresse e raiva aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca, levando a um risco maior de infarto do miocárdio e derrame cerebral”, explica o cardiologista.  

A frequência cardíaca é o resultado do estado emocional trabalhando em uma via de mão dupla com o cérebro. “O excesso de hormônios produzidos na região cerebral caem na corrente sanguínea e afetam o coração. A  adrenalina, noradrenalina e cortisol, que estão mais relacionados a sentimentos ruins, aceleram os batimentos, já a ocitocina e a vasopressina tem efeito contrário e estão relacionadas ao prazer e bem estar”, detalha Vinícius.    

O cardiologista busca afastar sintomas físicos com exames complementares que avaliam a forma e a função do coração, como holter 24h, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste do esforço, além de outros exames, se necessário. Pode recomendar ainda a realização de exames de sangue e dosagens hormonais. Ao diagnosticar problemas cardíacos com origem emocional, o tratamento deve ser uma mudança de hábitos, mas Dr. Vinícius alerta que, em alguns casos, é necessário também prescrever medicação.  “É sempre importante fazer atividades físicas, terapias com yoga, pilates, atividades que trabalham com a mente e o corpo. Já a psicoterapia pode ter bons resultados em casos moderados. Nos mais complexos temos que iniciar tratamento medicamentoso”, finaliza.  


Consumo de vitamina D3 em tempos de isolamento social

Desde que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil no final de março, medidas de isolamento foram tomadas para evitar que a doença se espalhasse ainda mais entre a população. Isso fez com que parte das pessoas adaptassem suas rotinas para estarem dentro de casa e protegerem a si e ao próximo. 

No entanto, além da rotina habitual, esse isolamento trouxe, em grande parte dos casos, a privação à exposição ao sol e a falta de produção de vitamina D3. Certamente esta é uma deficiência preocupante, uma vez que a vitamina D3 (colecalciferol), entre outros benefícios, tem papel fundamental para o fortalecimento do sistema imunológico, que é o mecanismo de defesa de nosso organismo como, por exemplo, gripes e resfriados. 

Na década de 1970 os cientistas descobriram que se trata de um hormônio e não uma vitamina, mas sua nomenclatura já estava consolidada e assim permaneceu. É considerada um micronutriente essencial para o funcionamento de nossas células e então de todo o organismo. Além disso, participam ativamente da infinidade de reações químicas que são imprescindíveis para a vida.

Identificou-se que quase todas as células do sistema imunológico têm receptores para se conectar com a vitamina D3 e esta regula a expressão de mais de 300 genes, participando decisivamente do funcionamento de vários órgãos. Desse modo, é responsável também por outras atividades, trabalhando como reguladora do crescimento, sistema imunológico, cardiovascular, músculos, metabolismo e insulina. 

A falta de vitamina D3 não é algo tão incomum na população de todo o mundo, por diversos fatores como os hábitos de exposição ao sol conforme mencionado anteriormente e mais evidente neste momento em que estamos vivendo, pela cultura da rotina alimentar, idade, entre outros. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomenda o consumo de 5mcg de vitamina D3 ao dia. No entanto, muitas vezes não somos capazes de ingerir essa quantidade por uma questão de compatibilidade com nosso hábito alimentar cotidiano, pois não consumimos diariamente alimentos que são fontes desta vitamina como fígado, atum, sardinha, gema de ovo ou cogumelos. 

Uma alternativa para suprir essa necessidade diária é por meio de alimentos fortificados com vitamina D3, ou mesmo de suplementos alimentares em forma de cápsulas, comprimidos, sachês etc. 

A BASF é uma das principais fornecedoras de vitamina D3 para a indústria do segmento de nutrição e saúde. Seu portfólio contribui disponibilizar este nutriente ao mercado de diversos formatos de aplicação hoje existente pela indústria.

 


Cyntia Moreira - engenheira de alimentos e gerente técnica do negócio de Nutrição Humana da BASF


Força-tarefa examina o papel da tecnologia de saúde móvel na pandemia covid-19

Uma força-tarefa internacional, incluindo dois cientistas da computação da Universidade de Massachusetts Amherst, concluiu em uma nova pesquisa que as tecnologias de saúde móvel (mHealth) são uma opção viável para monitorar pacientes covid-19 em casa e prever quais deles precisarão de intervenção médica.

As tecnologias - incluindo sensores vestíveis, dados eletrônicos relatados pelo paciente e rastreamento de contato digital - também podem ser usadas para monitorar e prever a exposição ao coronavírus em pessoas presumivelmente livres de infecção, fornecendo informações que podem ajudar a priorizar os testes diagnósticos.

O painel de 60 membros, com membros da Austrália, Alemanha, Irlanda, Itália, Suíça e EUA, foi liderado pelo professor associado da Harvard Medical School, Paolo Bonato, diretor do Laboratório de Análise de Movimento do Spaulding Rehabilitation Hospital, em Boston. Os membros da força-tarefa UMass Amherst Sunghoon, Ivan Lee e Tauhidur Rahman, ambos professores assistentes na Faculdade de Informação e Ciências da Computação, concentraram sua revisão em sensores móveis de saúde, sua área de especialização.

O estudo da equipe, A tecnologia mHealth pode ajudar a mitigar os efeitos da pandemia de covid-19? foi publicado no IEEE Open Journal of Engineering in Medicine and Biology. "Ser capaz de ativar um grupo diversificado de especialistas com um enfoque tão singular mostra o compromisso de toda a comunidade científica e de pesquisa em lidar com esta pandemia", disse Bonato. "Nosso objetivo é colocar rapidamente descobertas importantes nas mãos da comunidade clínica para que continuemos a desenvolver intervenções eficazes."

"Investigamos cuidadosamente se as tecnologias poderiam 'monitorar' uma série de indicadores e sintomas óbvios de covid-19 e se alguma liberação ou certificação das autoridades de saúde era necessária", disse Lee. "Nós consideramos a facilidade de uso e a flexibilidade de integração com os sistemas eletrônicos hospitalares existentes. Em seguida, identificamos 12 exemplos de tecnologias que poderiam ser usadas para monitorar pacientes e profissionais de saúde.

O documento conclui: "Quando combinada com testes de diagnóstico e estado imunológico, a tecnologia mHealth pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar a mitigar, se não prevenir, o próximo surto de casos covid-19."

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Cefaleia - Dor de Cabeça na Criança e no Adolescente

 Especialista Afirma que Crianças e Adolescentes Sofrem de Cefaleia Como os Adultos



A cefaleia é uma das queixas mais frequentes entre crianças e adolescentes. Geralmente pouco valorizada por famílias, médico e pelo próprio paciente.  Infelizmente, é preciso saber que  85% das crianças entre 5 e 12 anos terão cefaleia ao menos uma vez na vida -  É o que explica a Dra. Gladys Arnez, Médica Pediatra e Neurologista Infantil, responsável pela Neurocenterkids em SP.

A Cefaleia, mais conhecida como dor de cabeça, é uma das queixas mais frequentes nas crianças e adolescentes e, sim, pouco valorizada devido aos mitos,  que a envolvem.


“As pessoas falam que as crianças fazem manha; que a criança só tem dor de cabeça na hora que vão comer, na hora que vão para escola ou na hora de fazer lição. Minha dica é: sempre acredite no seu filho, leve ao médico, investigue
”- Orienta a especialista.

Vários fatores podem causar Cefaleia, e entre eles, o estresse, a ansiedade, a depressão e o tratamento é feito com medicamentos sintomáticos ou de manutenção.

A Cefaleia pode aparecer como uma simples dor de cabeça, sem apresentar nenhum sinal adicional, mas também pode aparecer com sintomas como sensibilidade à claridade e aos odores, náuseas, sendo caracterizada com uma enxaqueca.

Dra. Gladys Arnez explica que existem as cefaleias primarias e as secundárias:

“As secundárias são por quadros infecciosos, como por exemplo uma amigdalite, sinusite, que nem sempre está acompanhada de febre, é somente a congestão da face que causa a dor de cabeça, pode ser uma meningite ou algum outro quadro infeccioso, como pode resultar, como sintoma secundário  de algum trauma, de alguma queda, por exemplo’ – Explica a médica

“Já a Cefaleia primária são aquelas que não tem uma causa bem definida. A mais comum é a Cefaleia de tipo tensional, que são mais leves, seguidas pela enxaqueca. Essas Cefaleias geralmente tem uma influência genética e por isso é importante que você dê atenção às reclamações dos seus filhos, leve-o ao médico para uma avaliação profissional e busque o tratamento adequado. É preciso entender que as queixas são um sinal de alerta precisam ser investigadas”- diz a Dra Gladys.

Apesar de ter os mesmos tipos de cefaleia que os adultos, as crianças e adolescentes tem queixas diferentes, principalmente as crianças mais novas. E a Cefaleia pode aparecer na forma crônica nas crianças, prejudicando a rotina de suas vidas.

Um estudo abrangendo o Canadá e os EUA mostrou que 62% das crianças que tiveram tumores cerebrais reclamavam de dores de cabeça. Ainda foi observado que apenas 1% dessas crianças apresentavam Cefaleia como sintoma isolado, e 3% no momento do diagnóstico o exame neurológico foi apresentado como normal.

Para saber qual a intensidade da dor de cabeça da criança, uma dica é observar se ela produz algum impacto na rotina. “Os bebês e as crianças menores ainda não saberão descrever se o incômodo está fraco ou forte. Por isso, é importante notar se eles param de brincar quando reclamam da dor. Caso interrompam a atividade, procure o pediatra”

Após descobrir o que causa a dor, fica mais fácil tratá-la. Mas não se preocupe: há medicamentos que podem aliviar o incômodo de imediato. 

“Nos casos em que a dor é em peso ou aperto (como se estivesse com um capacete justo) com duração de 30 minutos a 72 horas contínuas, com frequência mensal e intensidade leve ou moderada, a indicação é apenas de tratamento da crise, sem a necessidade de medicamentos preventivos.

Os analgésicos, como dipirona e paracetamol, podem ser usados, desde que com frequência moderada. E claro: não cabe a você escolher o remédio. Pergunte antes ao especialista qual medicamento pode ser usado no momento da dor.

 

As Causas Mais Comuns Para A Dor De Cabeça Nas Crianças Em Situações Onde O Sintoma é Isolado.

 



1 - Pular Refeições

 

Longos intervalos fazem o índice glicêmico diminui e como o cérebro precisa do oxigênio e da glicose, o metabolismo fica alterado e a dor surge.

Nesse caso, basta comer corretamente para que a dor pare. Ter uma rotina definida, com pequenas porções saudáveis de alimento a cada 3 horas, é a melhor forma de prevenção.


2 - Dormir Pouco

É importante que seu filho também tenha rotina para dormir e acordar porque a fadiga cerebral também ocasiona dores de cabeça.


3 - Problemas De Visão

Se o seu filho se queixa de dor de cabeça, ele pode, mesmo sem saber, estar com dificuldade para enxergar. Os músculos que movimentam os olhos estão no osso da cabeça – se são muito exigidos, podem desencadear o desconforto. É preciso consultar um oftalmologista.

 

4 - Ranger Os Dentes

Problemas na articulação da mandíbula, como o bruxismo, podem fazer com que a criança tenha dor de cabeça. Em geral, é um tipo de desconforto que aparece pela manhã, já que ela contraiu a região durante o sono. O tratamento será com o dentista – o uso de uma placa que não deixa que os dentes se batam é a solução mais adotada.

Concluindo, ficar sempre atento ao comportamento do seu filho, de modo que consiga relatar exatamente como é a dor do seu filho, que horas ela aparece e suas características, é a melhor maneira de conseguir relatá-la ao médico para obter o melhor diagnóstico e tratamento.

 

 


Dra. Gladys Arnez - médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em São Paulo.

www.clinicaneurocenterkids.com.br

Instagram: @clinica_neurocenterkids

Pesquisa revela que 37% dos pacientes com mieloma múltiplo tem dificuldades para continuar o tratamento por conta da pandemia

Consultas remotas podem resolver muitos conflitos que afetam grande parte dos pacientes

 

Os obstáculos que pacientes com mieloma múltiplo enfrentam durante a pandemia foram evidenciados em uma pesquisa realizada na América Latina e conduzida no Brasil pela ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), em parceria com a Amgen. O levantamento demonstrou que a dificuldade para falar com um médico profissional e a distância dos hospitais foram os maiores impasses que os indivíduos encontraram no novo normal que vivenciamos. [1]

Dentre as dificuldades identificadas, 37% dos entrevistados, isto é, um em cada três pacientes alegaram ter problemas com as instalações de tratamento devido a conflitos relacionados à pandemia, transporte e distância.

Foram entrevistados cerca de 300 pacientes no Canadá e América Latina com o objetivo de descobrir dados inéditos da doença a fim de fornecer uma visão geral da condição dos pacientes, inclusive, o impacto socioeconômico e o difícil acesso ao tratamento. ‘’Nesse momento tão delicado, é importante que os pacientes com mieloma múltiplo sejam ouvidos por profissionais da saúde que deem total assistência para tornar essa luta menos difícil e, é fundamental que os médicos orientem da melhor forma as medidas de precaução que devem ser tomadas para que não haja interrupção do tratamento’’ afirmou Merula Steagall, presidente da ABRALE.

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer hematológico que tem início na medula óssea quando, no momento em que os linfócitos B estão se diferenciando, acontece um erro e eles se tornam plasmócitos anormais [2]. Pacientes em tratamento são considerados grupo de risco e devem manter o isolamento social durante a pandemia para diminuir as chances de contágio ao vírus COVID-19 [3].

A pesquisa aponta que a idade média dos entrevistados é de 58 anos, ou seja, esses pacientes fazem parte do grupo de risco por serem idosos e imunodeprimidos, por essas razões, a Organização Mundial da Saúde recomenda o distanciamento social, uso de máscaras e hábitos de higiene reforçados. Uma solução viável encontrada para diminuir as consequências dos impactos na vida do paciente seria o uso da telemedicina, assim, evitando conflitos de agendamento e problemas com o transporte.


A evolução do controle do mieloma

No Brasil, a doença é um grande desafio para os pacientes e profissionais de saúde, especialmente, pela dificuldade do diagnóstico precoce da doença. A doença pode ser assintomática ou ter sintomas agressivos como dores e fraturas ósseas, além do cansaço excessivo, que podem ser confundidos com outras patologias.

O mieloma múltiplo é um câncer que não tem cura, entretanto, a medicina e a ciência vêm trazendo perspectivas para o paciente viver com qualidade de vida e sem a progressão da doença. Quando a doença é descoberta nos estágios iniciais, com os atuais tratamentos, entre 50% e 60% das pessoas conseguem alcançar a remissão [3], ou seja, a doença fica indetectável nos exames, embora seja necessário controle com medicamentos.

Recentemente, a revista Lancet publicou um novo estudo demonstrando que uma nova combinação de tratamentos pode melhorar ainda mais essa curva - trazendo uma taxa quase 10 vezes maior para um paciente atingir a resposta residual mínima em um período de 12 meses, que significa o número de células cancerígenas detectáveis durante ou após o tratamento de determinada doença e que define as chances de um paciente alcançar a remissão da doença.

 

 

Referências:

[1] Multiple Myeloma Treatment Access Obstacles due to COVID-19 Pandemic and other Factors in LATAM and Canada survey results, 2020.
[2]Manual ABRALE Mieloma Múltiplo, pág 10. http://www.abrale.org.br/docs/manual-mieloma-multiplo.pdf
[3] http://www.abrale.org.br/revista-online/tratamento-do-mieloma-multiplo/


Você sabe o que é o transtorno alimentar restritivo evitativo - TARE?

No processo alimentar, é comum, desde a infância, termos preferências na hora de comer, sejam elas baseadas no gosto e na aparência do alimento ou até mesmo em questões relacionadas à religião ou à filosofia de vida. As restrições, porém, devem virar um sinal de alerta quando passam de um simples processo de escolha para algo mais severo e capaz de trazer malefícios à saúde.

É que, segundo a psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro, quando a rotina alimentar ganha um perfil extremamente limitado, ela pode ser classificada como transtorno alimentar restritivo evitativo (TARE), um distúrbio que implica consequências nutricionais, comportamentais e sociais.

“É preciso salientar que esse distúrbio alimentar não está ligado à deturpação de imagem ou à preocupação com o peso. No caso do TARE, a pessoa tem uma alimentação extremamente restritiva que a leva a só comer alimentos de cores específicas, por exemplo, e a sofrer pelas interferências do transtorno em suas relações sociais e pelas complicações provocadas pelas deficiências nutricionais”, conta.

As consequências à saúde podem prejudicar o desenvolvimento físico, cognitivo e psíquico. Para amenizar essas complicações, Marina destaca a importância de um tratamento específico, cujo intuito é introduzir novas opções de alimentos na rotina, e consequentemente, melhorar a saúde física e mental do paciente.

“O tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar, que pode envolver psicólogos, nutricionistas, médicos e até mesmo fonoaudiólogos. Como o distúrbio envolve aspectos físicos e comportamentais, é preciso dessa rede para melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica.

Apesar de não ser algo definitivo para o desenvolvimento do TARE, a psicóloga destaca a importância da boa relação com a comida desde a infância para evitar quadros de restrição. “É esperado que, durante a etapa de descoberta alimentar, a criança passe por diferentes fases em sua relação com a comida e, para isso, a forma como o alimento é apresentado é de extrema importância. É interessante que haja contato real com o que se come, sem distrações nas refeições, o que torna a experiência da alimentação mais prazerosa”, conclui.

 



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Setembro Verde: apesar de queda no número de doações de medula óssea, Brasil segue como terceiro maior banco de doadores do mundo


Existem mais de 5 milhões de doadores e 850 pessoas aguardam por um transplante no Brasil


No “setembro verde” comemora-se o mês de incentivo à doação de órgãos e tecidos para transplantes e o IBCC Oncologia chama atenção para a doação de medula óssea, que segundo dados de junho de 2020 do Redome (Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil), existem 5.199.915 de doadores e atualmente 850 pessoas aguardam pelo Transplante de Medula Óssea do tipo não aparentado, aquele em que tanto o doador como o receptor não possuem grau de parentesco. Com a pandemia da Covid-19, o Redome apresentou queda de 30% no número de doações, entre fevereiro e julho, em comparação a 2019. Apesar da queda, o Brasil permanece na terceira posição mundial quando comparado ao número de doadores de medula óssea.

O médico e coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea do IBCC Oncologia, Dr. Roberto Luiz da Silva, ressalta “precisamos nos conscientizar e nos adaptar ao fato, de extrema importância, que essa pandemia nos trouxe o chamado ‘novo normal´. Por isso, temos que prosseguir com os tratamentos. O Hospital garante um atendimento seguro e diferenciado para todos os pacientes que necessitam de transplante de medula óssea”, diz ao destacar que “a doação de medula óssea salva vidas e pode ser opção de tratamento para mais de 80 tipos de doenças”, explica o hematologista.

 A queda tem sido atribuída à diminuição de campanhas de mobilização, até para que se evite aglomerações, ou ao receio das pessoas de saírem de casa por medo de contrair o novo coronavírus. Entretanto, cabe  observar que hospitais e hemocentros brasileiros seguem as determinações de órgãos de saúde oficiais, como o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Sociedade Europeia para Transplante de Medula e Sangue (EBMT), com protocolos rigorosos para evitar contaminações e a proliferação da doença. “O distanciamento seguro entre as pessoas é fortemente observado. Além disso, proceder com a aferição de temperatura, incentivar o uso, que é obrigatório, de máscaras faciais especificas para cada situação, fornecer álcool em gel por todas as áreas e separar pacientes, de maneira distinta, em suspeitos, confirmados e negativados para a doença são ações adotadas com extremo rigor no Hospital”, complementa o Dr. Roberto. 

Hoje o IBCC Oncologia possui um dos maiores centros de transplante de medula óssea do Brasil. São 47 leitos e capacidade para realizar até 100 transplante de medula óssea por ano. Ainda no mês de setembro é comemorado no próximo dia 21, o ‘Dia mundial do doador de medula óssea’ criado em 2015, e amplamente apoiado por organizações de profissionais que atuam no campo do transplante de células-tronco do sangue pelo mundo, para ocorrer sempre no 3º sábado do mês, em mais de 50 países. O objetivo da data é além de agradecer aos doadores, conscientizar o público em geral sobre a importância do ato de doar a medula óssea.

Na capital paulista, o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, possui o Laboratório de Histocompatibilidade, para receber as doações de medula óssea. Os candidatos a doar devem ser pessoas entre 18 e 55 anos de idade e possuírem boa saúde, ou seja, não podem ter doenças infecciosas, neoplásicas e ou imunológicas.

Para saber mais sobre hemocentros que recebem doadores de medula óssea acesse o site http://redome.inca.gov.br/doador/hemocentros/


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