Pesquisar no Blog

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, cardiologista do Seconci-SP alerta sobre a importância de se manter hábitos saudáveis

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 67% da população brasileira não conhece seus níveis de colesterol

 

Atualmente, no Brasil, quatro em cada dez adultos sofrem com o nível de colesterol elevado, o equivalente a cerca de 18,4 milhões de pessoas. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que registrou que 67% da população brasileira não conhece seus níveis de colesterol e que a maioria das pessoas só realiza os exames diagnósticos a partir dos 45 anos. Com números tão expressivos, o dia 8 de agosto é lembrado anualmente como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, para reforçar a conscienzação da doença.

O cardiologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil), George Fernandes Maia, explica que o colesterol é um tipo de lipídio no sangue que, em excesso, pode levar a complicações cardiológicas. “As causas dos altos níveis de colesterol podem ser primárias, ou seja, fatores genéticos, ou secundárias, com hábitos alimentares desregrados, excesso de carboidratos, sedentarismo, o uso de determinadas medicações, além de outras patologias como obesidade, diabetes e hipertensão”, explica o médico.

O diagnóstico tardio ou a falta do tratamento necessário para abaixar os níveis da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), popularmente conhecida como “colesterol ruim”, pode desencadear futuras complicações de saúde. O acúmulo de LDL provoca o entupimento das artérias, predispondo a doenças cardiovasculares, infarto, derrame ou AVC.

O dr. Maia também explica que mesmo pessoas mais velhas com um estilo de vida mais saudável estão propensas a níveis mais altos de colesterol. “Idosos podem ter uma predisposição a dislipidemia, causada por hipertensão, aumento da idade e/ou placas de gordura nas artérias, levando a um endurecimento da parede arterial”, explica o cardiologista.

Por ser uma doença silenciosa, sem sintomas expressivos, realizar check-ups periódicos é de extrema importância. Para aqueles que não possuem taxas consideráveis ou doenças predispostas, o recomendável é a ida ao médico anualmente. Já para os pacientes que apresentaram alterações em exames prévios, o acompanhamento deve ser feito a cada 90 dias.

A partir do diagnóstico e dos valores de gordura indicados pelos exames, será possível definir o tratamento mais adequado. “A rotina de exames regulares e hábitos de vida mais saudáveis seguem sendo a melhor maneira de se prevenir da doença”, alerta o cardiologista.

 

Atividades físicas podem proteger e aprimorar o sistema neurológico

Da prevenção do Alzheimer à elevação do raciocínio lógico, se exercitar traz uma gama de benefícios ao corpo

 

Recentemente, o jogador de futebol Fred pedalou de Belo Horizonte até o Centro de Treinamento do Fluminense, no Rio de Janeiro para sua apresentação no clube. O feito cativou torcedores por causa dos 600km de distância entre as cidades. Segundo especialistas, a atividade física pode promover benefícios para o corpo e a saúde mental e se encaixa bem para o atleta, que abriu o jogo sobre seu quadro depressivo no ano passado. E assim se corrobora o ditado: “Corpo são, mente sã.”.

De acordo com Ana Carolina Andorinho, neurologista do Hospital São Lucas Copacabana, já existem diversas evidências de que a prática de atividades físicas reduz consideravelmente os riscos de desenvolver condições neurológicas, como o Alzheimer. “No entanto, os benefícios do exercício físico vão além da prevenção de doenças. Sabe-se também que o hábito estimula o aprimoramento de pessoas totalmente saudáveis e pode ser prescrito até mesmo como aliado contra doenças crônicas como epilepsia, esclerose múltipla e depressão”, comenta.

“A explicação é simples: da mesma maneira que os músculos se tornam mais potentes ao serem estimulados por atividades físicas, as células nervosas não ficam de fora, sendo possível também o aprimoramento do desempenho neurológico. Esse fenômeno se chama neurogênese – a formação de novos neurônios. Durante o exercício físico, elevamos os níveis de substâncias como o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (conhecido como BDNF). O BDNF é um exemplo de neurotrofina, importante para a maturação, a conservaçãoo funcionamento das células nervosas e, consequentemente, o processo de neuroplasticidade”.

“Além dessa substância, outra, conhecida como VEGF – fator de crescimento endotelial vascular –, também tem sua produção aumentada quando estamos num pico de atividade física. Esse elemento contribui para a angiogênese – o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos. Dessa forma, garante melhor abastecimento das células nervosas.”.

“Exercitar-se também estimula a produção de hormônios, como a endorfina, a dopamina e a serotonina. Tais substâncias estão associadas à sensação de euforia, alegria, prazer e bem-estar. Além disso, a atividade física atenua os efeitos deletérios gerados pelo estresse crônico. Em condições prolongadas de estresse, há maior circulação de cortisol, que fomenta um ambiente de maior inflamação e, gradualmente, danifica neurônios e gera a atrofia de regiões cerebrais como o hipocampo. Por isso, suar a camisa é um ótimo aliado no tratamento da depressão e da ansiedade e na prevenção de possíveis complicações por tais condições”, ressalta a médica.

Estudos também observaram uma relação entre a prática de exercícios físicos e o aumento da capacidade cognitiva ainda na infância. Uma pesquisa conduzida pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que crianças que se exercitavam regularmente no ambiente escolar obtinham melhor rendimento.

Segundo a especialista, mesmo a rotina de trabalhar em movimento, por exemplo, pode trazer vantagens concretas à saúde em comparação com pessoas que tendem a trabalhar sentadas. Por isso, agregar à rotina pequenos hábitos, como utilizar as escadas e levantar-se a cada 30 minutos, é bastante recomendado.

Embora o organismo se beneficie de qualquer forma de atividade física, práticas que envolvem reflexos rápidos e interações com o ambiente estimulam melhor o aprimoramento dos neurônios. “Essas características são bastante comuns em esportes coletivos como futebol, vôlei ou até mesmo dança. Cabe a cada um escolher prática com a qual se identifique mais”.

 

Ficar em casa para quê?

"As pessoas ouvem que devem ficar isoladas mantendo o distanciamento social, mas não entendem os motivos", diz especialista

 

Tossir, espirrar, rir, gritar, falar, cantar... De acordo com estudos mais recentes, todas essas ações podem estimular o contágio por COVID-19, especialmente em lugares fechados e com pouca circulação do ar, como elevadores, ônibus e metrôs. Até o momento, a comunidade científica confirma apenas a transmissão da doença através do contato com gotículas de saliva expelidas pela boca ou coriza nasal, mas nunca pelo ar liberado na expiração. 

As novas evidências, ainda que incompletas, são suficientes para repensar os métodos de precaução adotados mundialmente. Em carta aberta divulgada por 239 cientistas internacionais dirigida a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cientistas afirmam que a transmissão aérea poderia explicar o alto nível de contágio da doença. No Brasil, tais resultados estariam ainda diretamente relacionados à população mais afetada pelo Sars-CoV-2. 

De acordo com pesquisa realizada pelo Grupo Fleury, Instituo Semeia, IBOPE Inteligência e Todos pela Saúde, o percentual de pessoas que se infectaram com o novo coronavírus na cidade de São Paulo chega a ser 2,5 vezes maior em bairros pobres (16%) do que em relação aos mais ricos (6,5%), bem como em pessoas negras (19,7%) em comparação com pessoas brancas (7,9%).

"As populações de menor nível de recursos e instrução estão se contaminando em níveis absurdos. Existem várias causas para isso: aglomeração, uso de meios de transportes lotados e inadequados, falta de cuidados, entre outras", explica dr. Álvaro Atallah, epidemiologista clínico e diretor da Cochrane Brasil. Segundo o levantamento, habitações com 5 ou mais pessoas, comuns em regiões mais pobres, apresentam soroprevalência quase duas vezes maior do que aquelas com um ou dois moradores.

Segundo dr. Atallah, é preciso que as pessoas entendam o porquê do isolamento e do distanciamento social. Hoje, grande parte da propagação da doença se dá por infectados assintomáticos, principalmente jovens. Tendo em vista o potencial contágio pela expiração, o risco oferecido por esses indivíduos é ainda maior. "As pessoas não têm noção de que só estar em um mesmo ambiente com alguém contaminado já é uma ameaça. Isso explica porque elas se submetem a ir para festas e entrar em ônibus lotados, por exemplo", afirma dr. Atallah.

 

Como se prevenir?

Ainda de acordo com os cientistas, é fundamental que as entidades de saúde estimulem novas medidas preventivas. Com a gradual reabertura dos comércios, o especialista em Medicina baseada em Evidências ressalta a importância da população se preparar e dá algumas dicas:

  • FaceShield: os itens de plásticos devem ser colocados no rosto para isolar os aerossóis expelidos pela fala. "As FaceShields reduzem a ameaça em mais 10% e, pensando no contexto da pandemia, são um grande auxílio", diz dr. Atallah.
  • Máscaras: "A recomendação é utilizar as máscaras de forma semelhante as dos médicos: uma de plástico sobre uma de pano, protegendo bem a boca e o nariz", explica o especialista. As de pano devem ser colocadas na água oxigenada por dez minutos e esperar secar antes de reutilizar.
  • Roupas protetivas: Se tiver, utilize um jaleco ou casaco que possa ser esterilizado assim que chegar em casa. No caso de funcionários de bares, restaurantes e salões de beleza, gorro e luvas também ajudam.
  • Preparação do ambiente: Busque manter o ar arejado, deixando portas e janelas abertas. "Isso é imprescindível para quem mora com muitas pessoas na mesma casa", acrescenta.
  • Distanciamento e isolamento social: Se puder, fique em casa. Caso seja necessário sair, tome todos os cuidados descritos acima, além de fazer a higienização correta das mãos com água e sabão e utilizar álcool em gel ao entrar e sair dos lugares. Evite contatos próximos com outras pessoas. Esterilize frutas, verduras e utensílios de cozinha em água sanitária – uma colher de sopa de agua sanitária para cada litro de água.

O que é medicina do estilo de vida e como ela pode transformar sua saúde

 


Amplamente aplicada em países da Europa e nos Estados Unidos, e em ascensão no Brasil, a Lifestyle Medicine tem como princípio a prevenção e melhora na qualidade de vida

 

Grande parte da população busca a medicina apenas quando há uma doença que precisa ser tratada. O problema é que, em boa parte dos casos, evitar o desenvolvimento de uma patologia é mais eficaz do que tratá-la. É com essa afirmação que trabalha a medicina do estilo de vida, buscando examinar e adequar hábitos que favorecem a saúde do corpo e da mente.

A medicina de estilo de vida não é uma especialidade médica, mas compreende um conjunto de conhecimentos que visam a promoção da saúde e prevenção de doenças e podem ser aplicadas em diversas especialidades. Nos Estados Unidos a faculdade de Medicina de Harvard promove anualmente um curso de atualização em Life Style Medicine, e na Inglaterra a British Society of Lifestyle Medicine é uma das principais autoridades da área.

O Dr. Lucas Costa Felicíssimo, é um dos mais conceituados no Brasil e explica que há crescimento na procura por esse tipo de atendimento. “O motivo é simples, cada vez mais a sociedade tem se conscientizado da importância de melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças. Muitas das principais doenças que afligem a população não tem cura, apenas tratamento, por isso evitar que elas se instalem é a estratégia mais efetiva”, aponta o médico.

Uma prova de como os hábitos são fatores de importante atenção para a saúde é que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais quais diabetes, hipertensão, cânceres e doenças respiratórias crônicas, estão entre as que mais matam no mundo — representando quase metade dos óbitos mundiais segundo a Organização Pan-Americana de Saúde — e na maioria dos casos, são originadas por maus hábitos alimentares e comportamentais.

O paciente que procura esse atendimento passa por uma série de avaliações que buscam analisar predisposições sociais, psicológicas e biológicas e seus impactos, assim como exames para triagem, diagnóstico e monitoração de doenças relacionadas ao estilo de vida. “Para que os resultados sejam os esperados a pessoa precisa estar propensa a fazer as mudanças propostas”, elucida Dr. Lucas.

De acordo com ele, os benefícios de entender bem o corpo e a forma como se está lidando com ele são vários e vão desde a melhora da saúde e composição corporal até a melhora do humor. “Em uma sociedade com expectativa de vida crescente a Medicina do Estilo de Vida é a chave para descobrir a sua forma de ter saúde”, garante.

 

Na abordagem, são utilizadas condutas terapêuticas baseadas em evidências que buscam melhorar aspectos como:

Sono – A restrição ou baixa qualidade de sono causa problemas como falta de concentração, disfunções imunológicas e de memória, por isso, o médico busca trabalhar distúrbios do sono ou quaisquer outros quesitos que impactem na qualidade das noites do paciente.

Alimentação - Todo o comportamento alimentar é analisado e os nutricionistas da equipe atuam na reeducação alimentar, privilegiando alimentos naturais de forma individualizada considerando o que aquele organismo precisa e a rotina do indivíduo.

Exercícios físicos - Uma pessoa sedentária se torna mais inclinada ao desenvolvimento de doenças, por isso, a medicina do estilo de vida busca, por meio de técnicas motivacionais, o incentivo a práticas regulares de algum exercício físico, seja ele esportivo ou não que vise a melhora metabólica daquele organismo.

Controle de tóxicos - Excessos com álcool e consumo de tabaco são, comprovadamente, causa de doenças como câncer. Assim, é trabalhado o vício no tabaco e a moderação na ingestão de alcóolicos e outros hábitos nocivos.

Manejo de estresse – O aspecto psicológico também é trabalhado por meio do reconhecimento das respostas negativas ao estresse, fazendo com que a pessoa tenha maior motivação, produtividade e bem-estar, diminuindo as chances de desenvolver doenças como ansiedade e depressão.

Relacionamento – A resiliência emocional está intimamente ligada com as conexões sociais, sendo assim, isolamento e solidão são analisados para buscar melhorar a qualidade de vida.

 

 

Fabiano de Abreu

 

Dia dos Pais

Ajudar o pai a voltar a ouvir é o melhor presente que ele pode ganhar!

Uma boa audição garante mais interação e comunicação no dia a dia, o que é essencial para o bem-estar do idoso


A população idosa vem crescendo no Brasil. São hoje 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos - 13% da população, segundo o IBGE. Os avanços médicos e tecnológicos colaboram para o aumento da longevidade. Mas é preciso lembrar que entre os males que a idade avançada pode acarretar está a perda de audição.

A dificuldade de ouvir gera problemas de comunicação, acarretando situações constrangedoras no dia a dia do idoso. E o pior: com o tempo, a incapacidade auditiva pode levar ao isolamento social e à depressão, principalmente se o indivíduo também tiver outras limitações, como dificuldades para se locomover. Por isso, é tão importante alertar para a necessidade de tratamento.

"A comunicação e os relacionamentos são aspectos primordiais na vida. Aos filhos, cabe conscientizar o idoso sobre a necessidade de ele procurar ajuda especializada. Não é fácil. Muitos resistem em admitir que já não ouvem bem. Uma das soluções possíveis é o uso de aparelhos auditivos, que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida", afirma a Fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

A hereditariedade e a exposição frequente a ruídos altos ao longo da vida são os principais fatores que contribuem para a perda de audição na velhice. Além da dificuldade de entender uma conversação ou um noticiário na TV, por exemplo, o zumbido no ouvido também pode ser um sinal de danos auditivos. Mas a imensa maioria dos pacientes demora vários anos para procurar ajuda médica. Em parte, devido ao processo lento e gradual de perda auditiva, bem como ao estigma negativo associado ao uso de aparelho.

Com a vida moderna e a comunicação cada vez maior por áudio e vídeo, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o idoso aceite sua limitação auditiva, procure ajuda e mantenha-se ativo em sociedade.

"Se a indicação médica for pelo uso de próteses, cabe aos fonoaudiólogos verificar o melhor modelo de aparelhos para cada usuário. Voltar a ouvir os sons da vida por meio de um aparelho auditivo é o melhor presente para os pais, que assim podem resgatar o convívio social saudável junto aos familiares e amigos, tão importante para elevar a sua autoestima e alegria de viver", lembra a fonoaudióloga da Telex.

Muitos familiares, injustamente, descrevem o idoso deficiente auditivo como confuso, irritado, distraído ou zangado. O fato é que a partir dos 40 anos, uma em cada dez pessoas já tem dificuldades para ouvir por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um. Mas, depois dos 65 anos, esse índice aumenta e a perda auditiva tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sintomas de perda auditiva. "Infelizmente, muitas vezes, o caso já está grave quando se procura tratamento. A perda acontece de maneira progressiva e com o decorrer dos anos a deficiência atinge um estágio mais avançado", pontua a especialista.

Na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada surge como uma grande aliada do deficiente auditivo. Já existem modernos aparelhos no mercado, bem discretos, com som digital, que garantem uma audição perfeita e sem constrangimentos, mesmo para aqueles que têm perda auditiva severa.


Inverno pode aumentar casos de alergias respiratórias

Asma e rinite estão entre as mais comuns nesta época do ano

 

Ambiente controlado evita ácaros e fungos – saiba o que fazer

 

Durante o Inverno, algumas alergias e doenças respiratórias surgem com mais frequência por causa do tempo seco. A asma, que atinge entre 10% e 25% da população brasileira, e a rinite, que segundo estudo ISSAAC (Internacional Study of Asthma and Allergies) compromete cerca de 26% crianças e 30% dos adolescentes, são as mais prevalentes.

O ar seco e frio, comum nesta época, age nas vias respiratórias como um irritante, causando sintomas como espirros, coriza, obstrução nasal, coceiras no nariz, ouvido, garganta, tosse e falta de ar.

O isolamento social, necessário para ajudar a conter a pandemia da Covid-19, também pode contribuir para o desencadeamento desses sintomas, já que as pessoas estão ficando mais tempo em casa e nem sempre há o cuidado do controle ambiental, ou seja, manter as orientações para a prevenção de ácaros e fungos. Aqui vão algumas dicas dos especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) que podem ajudar a evitar alergias respiratórias:

  • Prefira travesseiros de espuma ou fibra e, sempre que possível, use capas impermeáveis aos ácaros.
  • As roupas de cama e cobertores devem ser trocados e lavados regularmente. A secagem deve ser ao sol ou ar quente.
  • Evite tapetes, carpetes, cortinas e almofadas.
  • Bichos de pelúcia e estantes de livros devem ser evitados, principalmente no quarto.
  • Não use vassouras e espanadores. Prefira aspiradores de pó.
  • Passe pano úmido diariamente na casa.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

https://www.facebook.com/asbai.alergia

https://www.instagram.com/asbai_alergia/

https://www.youtube.com/channel/UC2hWbQiFqqyI4bzM7bPhVDw

Twitter: @asbai_alergia

www.asbai.org.br


Dia Nacional da Saúde: profissionais alertam para cuidados com a audição

A data, comemorada no próximo dia 5, visa mostrar à população a importância de se cuidar, manter exames e consultas em dia


Na próxima quarta-feira, 5 de agosto, é celebrado o Dia Nacional da Saúde. Neste dia, muito se fala sobre a importância da atividade física, de cuidar do coração, da pele, mas pouco se discute sobre os cuidados com a audição, a fala e o olfato. Assim como os outros órgãos, a audição também envelhece e precisa de monitoramento desde a infância até a terceira idade. Alguns hábitos garantem a longevidade de uma boa audição e, em contrapartida, outros agravam os riscos de desenvolver alguma deficiência.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a surdez atinge 28 milhões de brasileiros. Isso representa 14% da população do país. A nível mundial, a entidade aponta que 10% da população têm alguma perda auditiva e boa parte dessas pessoas teve a audição danificada por exposição excessiva a sons. Esses números aumentam cada dia mais e a falta de cuidados é o maior responsável. "Em geral as pessoas não têm o hábito, de pensar na saúde auditiva. Nós, profissionais da área, percebemos que pouquíssimos profissionais colocam avaliação da audição dentro dos exames de rotina, tanto de criança quanto de adultos e idosos", alerta a fonoaudióloga da ParaOuvir Erica Bacchetti.

Outro levantamento da OMS mostra que 900 milhões de pessoas em todo o mundo poderão vir a ter surdez até 2050, quase o dobro da quantidade atual. Por esse motivo, a surdez é uma das cinco prioridades da OMS para este século. "É muito importante cuidar melhor da audição porque ela é responsável por nos conectar com as pessoas. Por meio da audição a gente se comunica, a gente conversa, a gente escuta uma história marcante, ouve uma música que emociona a gente. No caso das crianças, a audição faz a gente aprender", afirma a fonoaudióloga.

Cuidados

Assim como qualquer outra parte do corpo humano, a audição precisa de atenção especial. Para manter a saúde do tecido auditivo em dia, são necessários cuidados básicos como não se expor a barulhos muito altos em fones de ouvido, evitar introduzir objetos e deixar cair água dentro do canal auditivo, pois isso, pode causar infecções.

O cotonete também é um vilão quando o assunto é audição. As hastes flexíveis são para limpar a orelha, como explica a fonoaudióloga. "O hábito de limpar dentro do ouvido com o cotonete pode ser um risco, principalmente porque ele pode machucar o tímpano. Ele serve para a gente passar só na parte externa do ouvido", indica Erica.

A médica otorrinolaringologista Larissa Vilela, do Hospital Anchieta de Brasília complementa que a limpeza deve se restringir à parte mais externa do ouvido, região conhecida como pavilhão auditivo, utilizando-se apenas uma toalha fina ou lenço de papel envolvendo o dedo. "A manipulação das regiões mais internas do conduto auditivo com as conhecidas hastes flexíveis ou com qualquer outro instrumento pode causar impactação de cerume formando as rolhas de cerume ou, até mesmo, machucar as delicadas estruturas do ouvido", pontua.

Ela alerta que o uso incorreto das hastes flexíveis pode levar a problemas sérios, e até a surdez. "Essa limpeza de forma errada pode levar à formação de rolhas de cerume que obstruem os condutos auditivos causando perda da audição que se resolvem, somente, após a limpeza adequada com o Otorrinolaringologista", afirma Dra Larissa.

Fala, especialista

De quanto em quanto tempo deve-se realizar a limpeza e retirada da cera com um profissional?

Larissa Vilela aponta que a necessidade de limpeza dos ouvidos é extremamente individual, variando desde pacientes com necessidade de limpeza regular a cada 3-6 meses até pacientes que não precisam fazer a limpeza dos ouvidos em consultório. "Nosso corpo já possui um mecanismo de retirada do excesso de cerume. Se não atrapalharmos com uso das hastes flexíveis, esse processo acontece de forma natural, sem necessidade intervenção do Otorrinolaringologista", acrescenta. "Mas alguns pacientes apresentam maior produção de cerume ou possuem condutos auditivos mais estreitos que dificultam esse processo e, assim, precisam de limpeza em consultório", detalha.

Quando procurar um especialista?

Segundo a médica, em caso de quaisquer alterações auditivas como perda auditiva, sensação de ouvido tampado, zumbido, tontura, dores de ouvido, dentre outras, a pessoa deve procurar um Otorrinolaringologista. Após a avaliação médica, será analisada a necessidade da solicitação de exames específicos e encaminhamento para o Fonoaudiólogo.

 

A saúde bucal das crianças em tempos de pandemia

As mudanças de hábitos sofridas pelos "pequenos" nos últimos meses devido às medidas protetivas contra o avanço do novo coronavírus podem trazer prejuízos não só para a saúde delas como também para o bolso dos pais

 

 

Já vamos para o quinto mês após a implantação das medidas protetivas contra o avanço da covid-19 e isso quer dizer mais tempo em casa. E com a agenda tão livre, haja cuidados com as crianças! O período de isolamento social trouxe alterações na rotina familiar e mudanças de hábitos que podem ser prejudiciais, inclusive, para a saúde bucal dos pequenos.

Acordar tarde, pular refeições, ficar mais tempo à frente das telas, exagerar nos carboidratos, doces, chocolates, refrigerantes e não escovar os dentes estão se tornando rotina dentro dos lares.

Segundo o dentista Gustavo Féres, esses “novos hábitos” pode ser extremamente prejudiciais para os dentes dos adultos e mais ainda o das crianças que estão em plena formação. Ele explica ainda que, sem a escovação diária, há um aumento na acidez da boca que contribui para a formação de cáries. “Não é novidade que a saúde da nossa boca está diretamente relacionada com o nosso bem-estar geral. Por isso, é com a higienização correta e diária que podemos reduzir o volume de microrganismos, como vírus, bactérias e fungos na boca. Se isso não acontece, doenças como gengivite e cáries podem evoluir para problemas mais graves, como infecções, bactérias no fluxo sanguíneo ou mesmo algum quadro infeccioso generalizado. Isso implica, inclusive, em gastos extras com tratamentos”.


Saúde bucal x covid-19

Estudos mostram que uma pessoa que testou positivo para a covid-19, tem alto nível de contaminação na saliva. Portanto, a higiene oral, diária, é extremamente importante no combate a covid-19, pois pode reduzir a quantidade de vírus e, consequentemente, o risco de contágio. “A indicação é que, quem testou positivo, deve trocar de escova de dentes semanalmente até testar negativo. Orientamos ainda para não deixar a escova no mesmo recipiente ou próxima para não haver  contaminação”, indica Gustavo.  Medidas simples, como escovação e uso do fio dental, podem contribuir para manter a imunidade do corpo e a saúde de um modo geral, o que se torna fundamental em tempos de pandemia.


Cólica em bebês não é doença, mas pode ser tratada com fórmulas especiais, na falta de aleitamento materno

A cólica dos bebês causa arrepios na maioria dos pais, pois embora não seja algo grave, clinicamente falando, interfere de maneira importante na qualidade de vida dos recém-nascidos e de toda a família.

“Como a cólica não é uma doença, não tem tratamento. Porém, é possível melhorar a condição dos bebês por meio da utilização de fórmulas nutricionais quando eles não recebem mais o leite materno. Existem várias opções no mercado. O recomendável é buscar uma fórmula específica, pois dessa forma é possível obter eficácia da ação e garantir a nutrição adequada desse pequeno paciente”, explica o Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil.

A cólica é um distúrbio funcional do sistema digestivo, comum na primeira infância, pois logo depois de nascer, o bebê não tem o organismo totalmente desenvolvido. Uma das consequências é ter o excesso de gases ou o movimento não sincronizado do intestino, causas da dor abdominal.

Para a utilização de fórmulas nutricionais específicas, é sempre preciso recorrer à avaliação médica, pois a criança não pode ter nenhum problema decorrente da sua utilização. O ideal são produtos com baixo teor de lactose, para não ultrapassar a capacidade digestiva do bebê, impedindo a fermentação do cólon, que gera gases e inchaço. Como esse paciente não é mais alimentado pela mãe, é preciso oferecer proporção de proteínas semelhantes à do leite materno.

“Estudos com mais de 600 lactentes comprovam a redução de sintomas de cólica em pequenos pacientes que utilizaram fórmula específica. Nada menos que 87% das crianças avaliadas tiveram redução do quadro no primeiro mês de utilização”, ressalta o Prof. Dr. Fábio Ancona.

Os sintomas mais frequentes da cólica são choro ininterrupto, acompanhado de movimentos de pernas e braços indicando que a criança está sentindo dor. Nessas situações, a família tende a ficar estressada e usa simpatias, receitas e indicações sem comprovação científica. O mais importante é pedir ao pediatra a indicação mais adequada para resolver o problema e os suplementos com baixo teor de lactose representam uma excelente opção.

 

Queixa de dor lombar aumenta na pandemia: neuroestimulação é um dos tratamentos possíveis

 Terapia pode diminuir ou inibir 80% dos estímulos dolorosos; o tratamento deve ser indicado por um médico especialista em dor

 

Mais de 60 milhões de brasileiros já sofriam de dor crônica, mas o isolamento social parece ter piorado esse cenário. Durante a quarentena, metade das pessoas que já se queixavam desse tipo de dor na região lombar revelaram piora do quadro, segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A nova vida em home office e mudança na rotina das pessoas ajudam a esclarecer o que vem acontecendo.

Muitas horas na frente do computador sem pensar na postura, cadeiras inadequadas, o sedentarismo, o trabalho doméstico ou mesmo a interrupção do tratamento que estava sendo realizado podem estar por trás do aumento da dor nas costas dos brasileiros.

A dor crônica é caracterizada pela prevalência por mais de três meses seguidos e persiste mesmo depois de tratada a sua causa. Segundo Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Hospital Albert Einstein, as dores crônicas mais comuns são na região lombar, dores de cabeça, articulares e membros, mas também podem estar relacionadas a outras doenças, como por exemplo, câncer, doenças osteoarticulares e até podem apresentar causas neuropáticas pós-cirurgia (quando uma cicatriz causa dor).

A dor pode afeta a qualidade de vida e o convívio social dos pacientes, levando-os a depressão e limitações profissionais. Estudos mostram que 46% das pessoas experimentam dor constante, 59% delas já conviveram com a dor durante 2 a 15 anos e 19% das pessoas deixam de trabalhar por consequência da dor[1]. "Vale ressaltar que sentir dor não é algo normal, é importante procurar ajuda médica para que a causa deste sintoma seja identificada e a condição devidamente tratada", alerta, Dr. Marcelo.

Além do uso de medicação, fisioterapia ou até cirurgias, uma maneira de contornar a dor ainda pouca conhecida envolve a neuroestimulação. Através de estimulação elétrica na medula espinhal enviados ao cérebro, o sistema Intellis DTM ajuda a aliviar significativamente a dor, trazendo redução de 80% ou mais dos estímulos dolorosos que o paciente sente a partir da doença base dele. Para a dor lombar o dispositivo pode aliviar até 74%, enquanto para dores nas pernas o alívio chega a ser de 72%, proporcionando maior bem-estar para os pacientes.

Para os pacientes elegíveis à esta terapia é importante que ele siga duas etapas A primeira consiste em um teste de estimulação medular, um procedimento cirúrgico onde é inserido um eletrodo que iniciará os estímulos elétricos. Esse procedimento é temporário e ajudará a medir a eficácia do tratamento, para que o médico se certifique de que trata de um caso que seja beneficiado pela estimulação medular.

Na segunda fase, é realizado o implante definitivo do dispositivo. A cirurgia implica em posicionar o eletrodo na coluna vertebral, através da pele, sem que o paciente perceba qualquer tipo de fio, que é conectado a um pequeno gerador, com funcionamento semelhante a um marcapasso. Apesar de invasivo, o procedimento é, relativamente, simples e rápido. O paciente pode ter alta no mesmo dia ou no dia seguinte, de acordo com o seu caso.

Posteriormente, nas próximas semanas e meses, são realizados ajustes de programação que consistem em uma combinação de corrente, frequência e localização da energia que será enviada ao sistema nervoso, na tentativa de diminuir ou inibir a percepção dolorosa do paciente. A partir dessa programação, pré-definida com o médico, com o tempo, o dispositivo permite ainda que o paciente controle a intensidade dos estímulos que irá receber.

Dr. Marcelo ressalta a importante de consultar um médico, só é especialista em dor pode diagnosticar e determinar a melhor forma de tratamento. Além disso, é importante que o indivíduo passe por todas as etapas, desde um diagnóstico bem definido da origem do problema até os tratamentos medicamentosos e outras intervenções que devem preceder à terapia de estimulação medular. "Essa é a única forma de garantir que o paciente terá um ótimo resultado com a neuroestimulação", afirma.

 

 

[1] Breivik H, Collett B, Ventafridda V, et al. (2006). Eur J Pain; 10: 287-333


Isolamento acelera a catarata em diabéticos

A aceleração está relacionada à dificuldade de controlar a glicemia. Só 3 em cada 10 conseguem ficar fora de risco.


No final do ano passado, Sônia Maria Azevedo, 54, recebeu o diagnóstico de catarata em uma consulta na rede pública de saúde. “Ainda dava para ir levando, mas logo depois veio a pandemia de coronavírus, a quarentena e em quatro meses minha visão estava tão ruim que já não podia ficar com meus netos, nem reconhecer as pessoas.  Comecei a ter dificuldade para fazer praticamente tudo” comenta. Voltou ao hospital, mas foi informada que as consultas só estavam sendo marcadas para dezembro. Depois do primeiro atendimento entraria na fila da cirurgia sem previsão de quando seria operada. “Fiquei muito nervosa. Não dava para esperar.  Quando enxergamos não temos noção do quanto precisamos de nossos olhos”, diz emocionada.

 

A cirurgia

Sônia foi operada pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier. “Ela já estava cega do olho direito que operamos. Só enxergava luz direcionada acima ou abaixo da linha dos olhos. Geralmente quando retiramos a catarata e implantamos uma lente no lugar do cristalino, quem é míope deixa de usar óculos. O astigmatismo também pode ser eliminado e até os óculos de leitura com implante de lente multifocal.  No caso dela a cirurgia recuperou a visão com uma lente monofocal” afirma. O oftalmologista conta que cirurgia foi complexa porque o cristalino de Sônia estava completamente opaco e ele não tinha como examinar o fundo do olho antes da operação. “É por isso que sempre alertamos para não deixar a catarata ficar muito madura. O mais gratificante é o resultado que conseguimos. No outro olho a visão é de 10% e operamos quando ela decidir”, salienta

 

Prevenção

Queiroz Neto afirma que o isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus aumenta o stress além de dificultar a prática de exercícios físicos e a manutenção de uma dieta equilibrada. “Estas condições dificultam manter a média dos níveis glicêmicos entre 100 a 125 mg/dL, fundamental na prevenção das complicações inerentes à doença: catarata precoce, retinopatia diabética, doenças cardiovasculares, insuficiência renal e o pé diabético.

Hoje o diabetes atinge 14,25 milhões de brasileiros e desses só 30% conseguem manter os níveis glicêmicos balanceados segundo o último levantamento da IDF (International Diabetes Federation).   Significa que nunca foi tão importante manter o acompanhamento médico em dia.

 

Retinopatia

O especialista afirma que quanto maior o tempo convivendo com o diabetes, até pessoas com glicemia bem controlada por medicamentos e dieta balanceada correm risco de contrair retinopatia.  Por isso, quem tem diagnóstico da doença deve fazer exame oftalmológico anualmente.  Na consulta, o especialista percebe se o diabetes está causando alguma alteração na retina, antes dos primeiros sintomas, pelo exame de fundo de olho. “O tratamento pode ser feito com aplicação de laser, medicamento dentro do olho e em alguns casos pela associação dessas duas terapias. Evita a perda irreparável da visão em 90% dos pacientes”, salienta.

 

Olho seco

Queiroz Neto afirma que o diabetes também provoca o maior ressecamento da lágrima, que tem a função de proteger a superfície dos olhos.  Os sintomas são vermelhidão, ardência, visão embaçada, coceira e maior sensibilidade à luz. A síndrome é  mais frequente   nos períodos de seca. O tratamento padrão para olho seco, explica,  é o uso de colírio lubrificante. Mas não vale usar qualquer um porque as fórmulas variam para agir em uma ou mais camadas da lágrima: aquosa, proteica e lipídica. A dica do médico é procurar beber bastante água e incluir na alimentação fontes de ômega 3 encontrado na sardinha, bacalhau, salmão e semente de linhaça. Aplicações de luz pulsada que estimulam a produção da camada lipídica e por isso diminuem a evaporação da lágrima, são a última palavra para eliminar o desconforto, conclui

 

Dia da Saúde: 5 dicas para uma boa saúde

 Cardiologista ensina a ter qualidade de vida  e alerta: mesmo na pandemia, é preciso manter os exames de rotina em dia

 

Nesta quarta-feira, dia 05 de agosto, é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Em tempos de pandemia, quando milhares de pessoas estão perdendo a vida por causa de um vírus, muitas pessoas estão com receio de manter uma rotina de exames em dia. Porém, vale ressaltar que essa espera pode ser desastrosa para a saúde.  

De acordo com o membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médico do Departamento de cardiologia da Rede MaterDei e do Hospital Belo Horizonte, Dr. Augusto Vilela, muitas pessoas estão deixando de visitar regularmente o médico com medo do Coronavírus. “Nesses tempos de pandemia, sabemos que tem muita gente protelando esses cuidados, o que não é bom. O melhor a fazer é colocar sua máscara, usar o álcool em gel nas mãos e ir ao médico sim, pois os hospitais e clínicas estão tomando todas as medidas necessárias para a prevenção”, alerta. 

O médico salienta que, independente do momento, alguns cuidados são importantes para que ter mais qualidade de vida. Entre eles, estão:

. Dormir bem: uma boa noite de sono melhora o sistema imunológico, reduz o stress e a depressão. “Em aproximadamente 10% a 20% dos casos, pacientes depressivos podem se queixar de excesso de sono. Apesar de a insônia ser mais prevalente, a sonolência excessiva também é um transtorno do sono que faz com que o paciente busque tratamento médico”, avalia. 

. Atividade física: Esse é um grande consenso na medicina. A atividade física feita regularmente previne inúmeras doenças, entre elas a obesidade, uma doença que precisa ser combatida e que tem inúmeras consequências para a saúde.

 . Alimentação: Deve andar junto com a atividade física, porém não se trata apenas de manter o peso saudável. Boas escolhas alimentares também previnem e combatem doenças. Um bom prato de salada, legumes, vegetais e carnes magras são como um remédio natural, gostoso e bem mais barato que medicamentos da farmácia.

 . Saúde emocional: Até mesmo antes do isolamento social as doenças de fundo emocional já chamavam a atenção das autoridades de saúde. Isso se agravou bastante com a  pandemia. Buscar ajuda, conversar e  se exercitar ajudam na conquista de uma boa saúde, inclusive a saúde mental.


. Automedicação não:  Também mais comum ainda nessa fase da pandemia, a automedicação tem sido amplamente combatida pela comunidade médica. Nunca tome nenhum medicamento sem o conhecimento do seu médico, nem mesmo os que parecem ser inofensivos. As interações medicamentosas ou mesmo os efeitos colaterais podem ter consequências muito graves para a saúde.

 

Há motivo para comemoração do Dia Nacional da Saúde em 5 de agosto de 2020?

Em 2020, com a pandemia, a data é uma oportunidade de reflexão em relação ao atendimento de pacientes e a necessidade de priorização da saúde integral no país

 

O dia Nacional da Saúde, comemorado em 5 de agosto, foi escolhido em homenagem ao médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz, por sua grande preocupação com a saúde pública, educação sanitária e, principalmente, no combate às doenças transmissíveis.  

É muito provável que Oswaldo Cruz nem imaginava que em 2020 a humanidade passaria por tamanho caos com o início da pandemia. Sem dúvida, o próximo dia 5 de agosto não será de comemoração, mas servirá para uma reflexão se o mundo e, em especial, o Brasil estão no caminho certo quanto ao atendimento de pacientes e ao cuidado integral de saúde.  

O setor de saúde brasileiro carece não só de investimentos, mas de modernização, eficiência e investimentos na prevenção. Com a pandemia muitos problemas crônicos ficaram evidentes. 

As deficiências não são de exclusividade do país. Nos Estados Unidos uma surpreendente realidade foi revelada quando, em uma reportagem do jornal The New York Times, publicada em julho, mostrou que aparelho de fax ainda é utilizado no sistema de saúde norte-americano para receber resultado de exames, gerando um gargalo na comunicação, o que desperdiça recursos e prejudica o atendimento neste momento de urgência.  

Voltando ao Brasil, assim como em diversos departamentos da economia, o segmento de cuidados com a saúde passa por um momento de intensas transformações. O distanciamento social ocasionado pela Covid-19, provocou uma série de mudanças, não só no comportamento e consumo dos brasileiros, mas também em como as empresas têm se “virado” para atender a alta demanda, como é o caso das healthtechs e foodtechs, por exemplo. 

De acordo com o SimilarWeb, ferramenta online que analisa a quantidade de visitas de sites e aplicativos, o volume de downloads dos três principais apps voltados para exercícios físicos cresceu 291%. Outro número que chamou atenção foi a busca por produtos de prevenção contra o Coronavírus. Segundo o Google Trends Brasil, ferramenta gratuita que permite a descoberta das principais tendências relacionadas a uma palavra-chave específica, as recomendações por autoridades da saúde ocasionaram um aumento de 942% no interesse por álcool em gel e 412% em máscaras de proteção facial. 

Mas, os números não param por aí. Segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a adesão por planos de saúde passou de mais de 46 milhões de beneficiários para mais de 47 milhões só em março deste ano, se comparado com o mesmo período em 2019. 

Tal cenário corresponde a uma aceleração na evolução do setor jamais vista. Grandes corporações que antes não ofereciam nenhum recurso voltado para a saúde, começaram a perceber as oportunidades dentro da área. Um exemplo disso foi a global Philips, empresa com produtos voltados à tecnologia, que desenvolveu uma solução para o recolhimento de dados relacionados ao Coronavírus, auxiliando os hospitais para uma tomada de decisão mais assertiva sobre a doença. 

Com a crescente demanda e procura por produtos e soluções que enaltecem o mercado da saúde, as organizações, que atuam diretamente com a área, têm buscado novas aquisições e parcerias para aprimorar seus serviços prestados. O relatório Global Health Tech 2020, desenvolvido pela Deloitte, empresa americana especializada em consultoria, aponta que essa é uma das tendências para o futuro desse ecossistema. 

Se por um lado os serviços oferecidos no modo online estão crescendo, por outro a aquisição por bens não duráveis em espaços físicos mostram uma desaceleração expressiva. De acordo com a Cielo, empresa brasileira de serviços financeiros, o setor de drogarias e farmácias apresentou queda de 4,1% no período da pandemia, embora seja a menor queda entre os setores avaliados não afasta a necessidade de busca de maior eficiência nos processos e conveniência ao consumidor para recuperação. Portanto, vemos um reforço da tendência da inclusão, cada vez mais presente, da tecnologia para compra e venda desses bens não duráveis como produtos de saúde, para higiene, nutrição e bem-estar. 

O mundo está vivendo em uma nova era em que a transformação digital e automação de dados já faz parte do dia a dia. Para se ter uma ideia, o relatório Healthcare 2030, da KPMG, empresa de prestação de serviços profissionais e consultoria, mostra que métodos tecnológicos como a inteligência artificial devem ser utilizados em 90% dos hospitais dos EUA até 2025. 

Os avanços e a alta procura por recursos na área da saúde são mais que visíveis e, além de progredir, as novidades corroboram para o desenvolvimento com grandes benefícios para este departamento, como facilidade de gerenciamento, maior segurança aos pacientes e profissionais da área, melhor acesso aos recursos e produtos que ele oferece. Além disso, todo esse cenário corrobora para uma grande mudança no segmento de cuidados, pois fará com que a assistência médica não fique apenas focada no tratamento de doenças, acelerando os processos de prevenção e cura. 

“E é exatamente disso que precisamos. Quanto menor a resistência na transformação, maiores serão as oportunidades que as instituições médicas terão para proporcionar qualidade de vida e potencializar a eficiência do atendimento ao paciente. Afinal, estamos lidando com pessoas, portanto, nenhum progresso valerá de nada se não focarmos no que realmente importa, a vida”, comenta Rodrigo Correia da Silva, especialista no mercado de saúde e CEO-fundador da Suprevida.  

No caso do Brasil, é certo que para trilhar um caminho evolutivo será necessário reunir todas as forças possíveis, englobando os Governos Federal e Estadual, entidades e profissionais da área da saúde, além de empreendedores, que se dedicam a encontrar soluções que cubram as lacunas parcial ou, até mesmo, integralmente.   

Por isso, as health techs estão ganhando um brilho especial durante a pandemia. São diversas soluções apresentadas, que vão desde a produção de equipamentos de proteção individual em impressoras 3D, passando por soluções que visam a melhoria dos fluxos hospitalares até a criação de uma plataforma que conecta compradores, profissionais de saúde e fornecedores da área de saúde, objetivando facilitar o encontro dessas partes e agilizar o atendimento das necessidades logísticas e de acesso no setor.  

“Não há tempo para esperar e as health techs sabem disso. Essas empresas não estão presas aos modelos existentes, são flexíveis e usam a tecnologia para criar soluções mais viáveis e rápidas nesse momento, já que contam com uma mentalidade diferenciada”, comenta Silva. 

 

 


Rodrigo Correia da Silva – Especialista do mercado de saúde e CEO-fundador da Suprevida  , é CEO-fundador da startup Suprevida. Formou-se advogado pela PUC/SP. Fundou a Correia da Silva Advogados, o qual é premiado internacionalmente pela atuação no setor de saúde em Regulação e em Relações Governamentais. Mestre aos 25 anos com a tese transformada em livro “Regulamentação Econômica da Saúde”, assumiu a liderança dos Comitês de Saúde da Amcham e da Britcham. Foi presidente da Filial SP da Britcham. Atualmente, é membro do Conselho da instituição. Foi membro da Comissão de Assuntos Regulatórios da OAB/SP e atualmente é membro da Comissão de Relações Internacionais da instituição. Fez parte do grupo de estruturação do Instituto Ética Saúde e da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, atuou para diversas associações de classe do setor saúde (Sindusfarma, Abiquif, Abimed, Abraid, ABCV, Abrifar, entre outras), participou de livros e artigos. É conferencista sobre temas relacionados ao setor de saúde e relações governamentais e internacionais. Leciona Política Regulatória e Defesa da Concorrência no MBA de Relações Governamentais da FGV/SP/RJ/DF. Além disso, é reconhecido pela Chambers International, WHO is WHO Legal, Champions League e Practical Law como um dos advogados líderes em LifeSciences e HealthCare no Brasil. 


Como voltaremos a viajar?

Pesquisa aponta como a pandemia da Covid-19 impactou o viajante brasileiro


Quando voltarem a viajar, os brasileiros querem ir, especialmente, para destinos de praia. Pretendem se locomover principalmente de avião e indicam que os dados sobre o estágio da contaminação pelo novo Coronavírus no destino escolhido será o aspecto mais relevante na organização da viagem. Essas são algumas das informações reveladas pela sondagem “Como voltaremos a viajar? – impacto da Covi19 no comportamento do viajante brasileiro” realizada pelo site Viaje na Viagem (www.viajenaviagem.com) entre os dias 14 e 20 de julho. O estudo recebeu 3.243 respostas válidas de leitores do site e de seus seguidores nas redes sociais.

A sondagem apurou que 80% dos que responderam cancelaram ou adiaram viagens por conta da pandemia da Covid-19. Dos que adiaram, 53% ainda não sabem quando vão fazer a viagem; 14% planejam retomar os planos entre outubro e dezembro deste ano. A maior parte das viagens canceladas ou adiadas era para o exterior (mais de 60%).

A crise econômica derivada da pandemia já impacta os planos de viagem dos brasileiros. Os que perderam emprego, tiveram renda reduzida ou sofreram redução de renda no núcleo familiar somam 53% dos participantes da sondagem.

Segundo a professora Mariana Aldrigui, da Universidade de São Paulo, que auxiliou na estruturação metodológica da pesquisa, “os resultados confirmam que 2020 teria sido o melhor ano para o turismo brasileiro desde 2014 e, como evidenciado, o comprometimento da renda em todos os segmentos econômicos vai impactar o turismo por um longo tempo, talvez até maior que o já previsto”.


Planos de viagem

Embora haja preocupação com os protocolos de segurança e higiene para uma viagem, os brasileiros planejam viagens de formato tradicional: Metade ainda pretende se locomover de avião (50,6%) e 45% usando o próprio carro. O aspecto mais relevante na organização da viagem serão os dados sobre o estágio da contaminação pelo novo Coronavírus no destino escolhido. Já em relação à hospedagem, hotéis, pousadas ou resorts são as principais opções que despontam nos planos dos participantes do estudo – somam 65% das respostas. Os que planejam alugar casa para férias ou feriado chegam a 14%.

“Nos próximos meses, todos vamos estar em busca de experiências seguras de desconfinamento" , assegura Ricardo Freire, fundador e editor-chefe do Viaje na Viagem.

Destinos de praia lideram a preferência pela primeira viagem pós-quarentena ou pós-pandemia – 33% das respostas. Cidades grandes (18%), destinos de natureza (17%) e cidades pequenas (12%) aparecem em seguida. O grupo dos viajantes que ainda não escolheu destino soma 14%.

 

Posts mais acessados