Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 67% da população brasileira não conhece seus níveis de colesterol
Atualmente, no Brasil, quatro
em cada dez adultos sofrem com o nível de colesterol elevado, o equivalente a
cerca de 18,4 milhões de pessoas. Os dados são da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC), que registrou que 67% da população brasileira não conhece
seus níveis de colesterol e que a maioria das pessoas só realiza os exames
diagnósticos a partir dos 45 anos. Com números tão expressivos, o dia 8 de
agosto é lembrado anualmente como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, para
reforçar a conscienzação da doença.
O cardiologista do Seconci-SP
(Serviço Social da Construção Civil), George Fernandes Maia, explica que o
colesterol é um tipo de lipídio no sangue que, em excesso, pode levar a
complicações cardiológicas. “As causas dos altos níveis de colesterol podem ser
primárias, ou seja, fatores genéticos, ou secundárias, com hábitos alimentares
desregrados, excesso de carboidratos, sedentarismo, o uso de determinadas
medicações, além de outras patologias como obesidade, diabetes e hipertensão”,
explica o médico.
O diagnóstico tardio ou a
falta do tratamento necessário para abaixar os níveis da Lipoproteína de Baixa
Densidade (LDL), popularmente conhecida como “colesterol ruim”, pode
desencadear futuras complicações de saúde. O acúmulo de LDL provoca o
entupimento das artérias, predispondo a doenças cardiovasculares, infarto,
derrame ou AVC.
O dr. Maia também explica
que mesmo pessoas mais velhas com um estilo de vida mais saudável estão
propensas a níveis mais altos de colesterol. “Idosos podem ter uma
predisposição a dislipidemia, causada por hipertensão, aumento da idade e/ou
placas de gordura nas artérias, levando a um endurecimento da parede arterial”,
explica o cardiologista.
Por ser uma doença
silenciosa, sem sintomas expressivos, realizar check-ups periódicos é de
extrema importância. Para aqueles que não possuem taxas consideráveis ou
doenças predispostas, o recomendável é a ida ao médico anualmente. Já para os
pacientes que apresentaram alterações em exames prévios, o acompanhamento deve
ser feito a cada 90 dias.
A partir do diagnóstico e
dos valores de gordura indicados pelos exames, será possível definir o
tratamento mais adequado. “A rotina de exames regulares e hábitos de vida mais
saudáveis seguem sendo a melhor maneira de se prevenir da doença”, alerta o
cardiologista.
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