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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Férias: como viajar com meu cachorro?


As férias estão chegando, verão se aproximando e a dúvida que não quer calar: como viajar com meu cachorro da maneira certa? A veterinária responsável pela Monello Select, Luana Sartori, dá algumas dicas para que a experiência seja agradável para o bichinho.

O primeiro passo é checar com o seu veterinário de confiança se as vacinas estão todas em dias, isso é fundamental para que a saúde do pet seja preservada, independente do destino da viagem. “Para uma adaptação sem traumas, leve objetos que o animal vá reconhecer, como seus brinquedos, sua caminha ou até mesmo aquele pano velho que ele adora”, aconselha Luana. Uma plaquinha de identificação com nome e telefone é importante se o ambiente for novo para o pet. “Além disso, não saia sem a guia e mantenha o cão sempre perto de alguém da família”, acrescenta. 

Jamais deixe o animal solto dentro do carro ou com a cabeça para fora da janela. Além da possibilidade de se machucar, você pode ganhar uma multa de trânsito. Se a viagem for de avião, cães de menor porte podem ir na parte de cima da aeronave, na sua companhia. Para os casos de animais maiores, opte por caixas ou bolsas de transporte que sejam confortáveis. Lembre-se que o Certificado Veterinário é um documento obrigatório para o embarque e também para as viagens de carro ou ônibus. Ele é emitido pelo seu veterinário e tem validade de 10 dias. Em viagens nacionais, aliás, você precisa apresentar também a Carteira de Vacinação do seu pet.

“Evite mudanças drásticas na rotina do pet, principalmente no caso dos felinos. Não esqueça que gatos preferem ficar no seu ambiente, mas não devem ser deixados sozinhos o tempo todo. Se não tiver um amigo ou familiar que possa ver o animal, no mínimo, de dois em dois dias, contrate uma pet sitter de confiança”, diz Luana. Ter um animalzinho é compensador, mas exige cuidados. “Precisamos lembrar sempre que cães e gatos dão trabalho e necessitam de atenção constante, inclusive no período da suas férias. Antes de planejar a viagem de verão, inclua o pet nesse processo e verifique as melhores alternativas para a família toda”, indica.


Presentear com um pet no Natal exige muita responsabilidade


Pets podem ser uma opção de presente de Natal, mas eles não são brinquedos

Entre os meses de dezembro e janeiro o abandono de animais aumenta, em média, 60%.


Na corrida pela escolha dos presentes de Natal, não é raro que um cão ou gato se torne uma opção irresistível. As razões são muitas, desde o pedido constante dos filhos, até a vontade da família em adotar um animal que precisa de um lar. No entanto, é importante lembrar que ter um pet significa um compromisso de longa data e exige dedicação, paciência, ensinamentos, tempo para levá-lo para passear, visitas regulares ao Médico-Veterinário e, ainda, gera gastos.

Será que quem vai receber um pet de presente tem tudo isso a oferecer? É preciso pensar duas vezes ao comprar, adotar ou presentear familiares e amigos com pets; eles não são brinquedos e o abandono de animais no pós período de festas de final de ano, infelizmente, não é raro. Segundo dados da ONG Gavaa (@adotegavaa), entre os meses de dezembro e janeiro o abandono de animais aumenta, em média, 60%. Este índice, infelizmente, só ajuda a contribuir com o número de animais abandonados no país. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem mais de 20 milhões de cães e mais de 10 milhões de gatos abandonados por aqui.

Uma pesquisa conduzida no Brasil pelo Ibope e o Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WALTHAM™, da Mars Petcare, mostrou que os motivos que geram o abandono ou a devolução de pets aos abrigos são inúmeros. Apenas 41% dos tutores afirmam que levariam o animal junto caso tivessem que se mudar. Outros 14% justificam o abandono alegando motivos facilmente contornáveis, alguns deles como: não ter tempo para cuidar como gostaria; porque o comportamento era inadequado; porque o filho nasceu; porque era muito caro, não ter com quem deixar o pet na hora de viajar, etc. Por isso, antes de comprar ou adotar um pet para presentear é preciso refletir bem sobre o assunto e ficar atento às responsabilidades que envolvem a posse responsável de um animal. 

Há 11 anos o Programa PEDIGREE® Adotar é tudo de bom ajuda a mudar a realidade de cães abandonados por meio da sensibilização, conscientização e mobilização da população para a causa da adoção, do apoio aos abrigos que resgatam e promovem a adoção consciente e da educação da população sobre a posse responsável e mais de 78 mil cães já foram ajudados e encontraram um lar para chamar de seu.

Confira, abaixo, 10 dicas do Programa para uma decisão consciente:

1)      Quanto menor é a casa, menor deve ser o pet. Cachorros grandes, em um ambiente pequeno, podem ter problemas de adaptação.

2)      Antes de adotar ou adquirir um animal, importante considerar o tempo médio de vida que é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados. Não faça nada por impulso.

3)      Pesquise sobre as características do animal e veja se ele é compatível com o seu estilo de vida e perfil.

4)      Caso você já tenha outros pets em casa, apresente o novo morador de forma gradual e fique sempre atento à convivência.

5)      Mantenha o animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. E na hora do passeio, leve os cães com uma coleira ou guia, contendo uma plaquinha de identificação com os dados de contato do tutor.

6)      Evite as crias indesejadas. Castre machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações.

7)      Cães e gatos precisam de alimentação de qualidade e muita água fresca e limpa.

8)      Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao Médico-Veterinário. Dê banho, escove e exercite-o.

9)      Zele pela saúde psicológica do pet. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.

10)   O Brasil tem milhões de cães e gatos abandonados. Esqueça o mito característico da adoção: pets adultos se adaptam com facilidade às mudanças.




MARS, Incorporated


Abandonar animais configura maus-tratos e é crime previsto em lei


Campanha "Dezembro Verde" foca a conscientização sobre a guarda responsável


O abandono de animais causa sofrimento às espécies, traz prejuízos à saúde pública e é crime previsto pela legislação brasileira. As graves consequências da exposição de cães e gatos à situação de rua impulsionaram a criação da campanha “Dezembro Verde”, que tem tido adesão de diferentes tipos de instituições e torna o mês um período de conscientização e educação sobre a guarda responsável.

Isso porque o ato de abandonar um animal fere todos os princípios básicos da guarda responsável, conceito formato por um conjunto de regras para o tratamento adequado dos animais de companhia. Isso inclui garantir, por exemplo: acomodação em espaço limpo e confortável; assistência médica-veterinária periódica e sempre que o animal necessitar; vacinação anual; alimentação adequada e que o animal nunca fique desabrigado ou desassistido.

“É preciso conscientização para garantir o bem-estar dos animais e da sociedade. Nesse sentido, campanhas como o “Dezembro Verde” são aliadas”, diz a médica-veterinária Rosangela Gebara, integrante da Comissão Técnica de Bem-estar Animal (CTBEA) do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

Para o médico-veterinário Carlos Augusto Donini, presidente da Comissão Técnica de Políticas Públicas (CTPP) do Conselho, é oportuno esclarecer que são considerados animais abandonados não só aqueles que foram descartados nas ruas. "A grande maioria dos cães e gatos em vias públicas é semi-domiciliada, ou seja, tem "dono" e "casa", mas, claramente, seus tutores negligenciam a guarda."


Eles passam medo, frio e fome

Presidente da Comissão Técnica de Bem-estar Animal do CRMV-SP, a médica-veterinária Cristiane Schilbach Pizzutto sinaliza que diversos estudos mostram que os animais são seres sencientes, ou seja, são capazes de sentir e responder aos estímulos recebidos pelos órgãos dos sentidos. A observação deixa claro o abalo que o abandono representa.

De acordo com Cristiane, o animal percebe que foi rejeitado e entra em sofrimento. “O abandono provoca um alto índice de estresse, com aumento da liberação de cortisol e alterações do comportamento”, afirma a médica-veterinária, referindo-se à possibilidade da manifestação de agressividade; prostração; apatia; pânico; entre outros desvios comportamentais. Os quadros são agravados pela exposição ao frio, fome e medo. “Podemos dizer que é semelhante ao sofrimento humano, especialmente pelo fato de o animal criar laços com as pessoas com que convivia, ligação que também já é apontada em pesquisas.”


Saúde fica debilitada

A saúde dos animais abandonados é inevitavelmente abalada, sendo que o estresse apontado por Cristiane é um fator crucial para que a imunidade sofra oscilações que facilitem infecções e o desenvolvimento de doenças diversas.

“A ausência das vacinas, controle de vermes, pulgas e carrapatos, bem como a ausência de uma alimentação adequada agravam esse contexto”, afirma a integrante da CTBEA/CRMV-SP, Rosangela Gebara. Ela ainda enfatiza outros riscos à saúde do pet, como envenenamento, atropelamento e ferimentos por brigas e agressão.

Quando os cães e gatos são filhotes, a chances de sobrevivência são ainda menores. “Estudos mostram que em média 75% dos animais abandonados nessa fase de vida morrem antes de completarem seis meses de idade”, diz Rosangela.


Uma questão de saúde pública

O ato de abandonar resulta em prejuízos que ultrapassam a saúde emocional e física dos animais e se reflete na sociedade da qual eles são vítimas, interferindo na saúde pública.

Prova disso é o aumento da veiculação e infestação por ectoparasitas (pulgas, carrapatos, piolhos, sarna e micoses), além de moscas e pernilongos. De acordo com o médico-veterinário Carlos Augusto Donini, presidente da Comissão Técnica de Políticas Públicas (CTPP) do CRMV-SP, a maioria desses são vetores de zoonoses, ou seja, doenças que podem ser transmitidas dos animais para os humanos por meio da picada por esses ectoparasitas quando estão infectados. Exemplos são: Leishmaniose, Filariose enzoótica ("verme do coração"), Microsporiase, Escabiose, Esporoticose, Erlichiose (“doença do carrapato”) e Dipilidiose.

“Possibilita, ainda, a aquisição de parasitas gastrointestinais pelo acesso frequente e ingestão de fezes de animais contaminados, passando a eliminar ovos de parasitas para o ambiente. Assim são mantidas as Giardíase, Toxocariases (lumbrigas- Larvas migrans viscerais), Larvas migrans cutânea (conhecida como "bicho geográfico"), todas zoonóticas, por contato ou ingestão acidental”, pontua Donini.

Além dessas, o médico-veterinário cita as infecções bacterianas a partir do contato com coliformes fecais, oportunistas em casos de doentes crônicos, idosos, crianças e gestantes.

Outro ponto destacado por Donini é o aumento da incidência de ratos em decorrência da dispersão de lixo, que acontece pela busca dos cães e gatos por alimentos.

“Considerando as circunstâncias de ocorrências de animais domésticos soltos em vias públicas, há ainda a relação direta com acidentes de trânsito e por mordidas, que também são questões de saúde pública”, frisa.


Lei prevê detenção e multa

O combate ao abandono e a conscientização quanto à guarda responsável não é somente um ato ético de bondade. Trata-se de um dever. Isso porque abandonar de animais de qualquer espécie é uma forma de maus-tratos, prática que configura crime, de acordo com a Lei Federal nº 9.605/98, conhecida como “Lei de Crimes Ambientais”.

A pena é de detenção de três meses a um ano, além de multa. A penalidade consta no artigo 32 da legislação e é aumentada, de um sexto a um terço, quando ocorre a morte do animal.

Pesquisador do tema e autor do livro “Maus-tratos contra animais e violência contra pessoas”, Marcelo Robis Francisco Nassaro argumenta que, no estado de São Paulo, há ainda a Resolução da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente nº 48/14, que em seu artigo 29 descreve “abandonar animal que esteja sob sua responsabilidade à sua própria sorte” como prática de maus-tratos.

“Reconhecendo o abandono como maus-tratos e infração ambiental, passível de multa na esfera administrativa, a norma acabou ingressando, também, no sistema jurídico, como regulamentação extrapenal. Isso reforça o abandono de animais como crime ambiental”, argumenta Nassaro.


Como denunciar

Denúncias requerem provas ou flagrante. Por isso, é indicado que hajam reunidos registros em fotos e vídeos, além de recuperar imagens de circuitos de condomínios que possam ter filmado o ato. O material deve ser levado às autoridades policiais, que darão início às investigações.








Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 38 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

Depressão: Cães e gatos também sofrem com a doença

 Pixabay

O Brasil é o país mais deprimido da América Latina, são quase 12 milhões de brasileiros sofrendo com a doença. Porém, quem pensa que o transtorno depressivo aflige apenas seres humanos está enganado. Cães e gatos também convivem com o problema, conforme explica Luana Sartori, veterinária responsável pela Monello Select. 

Traumas, abandono, chegada de um novo membro, mudança de ambiente e solidão são algumas das causas da depressão nos animais. “A tristeza profunda acomete cães e gatos que passam por experiências difíceis, por sustos grandes ou que ficam muito tempo sozinhos. Cada animal responde de uma forma a esses fatos expostos”, conta Luana.

É importante não confundir a depressão com a Síndrome da Ansiedade de Separação - conhecida pela sigla SAS. Muito embora os sintomas sejam semelhantes, são problemas diferentes. Alguns sinais indicam que o pet pode estar em estado de depressão como, por exemplo, a falta de apetite que vai piorando conforme os dias passam. 

“A falta de interesse pelas coisas também pode ser sinal da doença. Ficar muito agitado, rejeitar carinhos do tutor, destruir objetos da casa, urinar em local diferente e latir em demasia também podem indicar um transtorno depressivo”, acrescenta a especialista da Nutrire.

Às vezes, a mudança de ambiente pode desencadear o problema. “O que parece simples para nós, não é tão simples para o pet. As mudanças sempre causam desconforto ao animal, que já estava ambientado ao local que vivia. Sair da zona de conforto pode causar medo aos bichinhos e uma série de doenças, inclusive a ansiedade e depressão”, revela.

O mais indicado para quem vai se mudar é levar o animal para reconhecer o local antes da mudança. Além disso, evitar ao máximo mudar seus hábitos e rotinas também é importante. “Leve o pet para passear nos mesmos horários, mantenha as mesmas brincadeiras e redobre o afeto para que ele se sinta acolhido nesse novo ambiente”, indica Luana.

Ao notar qualquer mudança no pet, seja física ou de comportamento, o recomendado é consultar o veterinário imediatamente. “Muitos desses sintomas estão relacionados com outras doenças mais graves, que exigem tratamento imediato. Por isso, é sempre importante que o animal esteja com as vacinas em dia e frequente um especialista regularmente”, alerta.

O tratamento varia de acordo com cada caso, mas pode ser necessário o uso de medicamentos alopáticos - que têm ação específica nos sintomas. Você pode ajudar a prevenir o transtorno depressivo estabelecendo uma rotina de brincadeiras e mantendo os passeios em dia. “O ambiente em que o animal vive deve ser limpo diariamente e, claro, protegido da chuva. É importante que os bichinhos aproveitem o sol, mas com cuidado para evitar o câncer de pele, especialmente nos gatinhos brancos. Todos esses fatores influenciam no bem estar do pet”, conclui Luana.


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