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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Um país ávido por reforma tributária



 Você já parou para pensar que aqui no Brasil todas as pessoas – físicas e  jurídicas – moram em três lugares? Não existe “morar no Brasil” para fins tributários. Então, deveria ser proibido falar em reforma tributária, sem antes levar em consideração dados estatísticos que trazem à tona a demanda da sociedade, dos empresários e dos investidores que pensam em se instalar em algum estado brasileiro.
Uma prova cabal dessa teia tributária é que, segundo estudos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), desde a Constituição Federal de 1988 foram editadas e publicadas no Brasil mais de 300 mil normas tributárias em âmbito federal, estadual e municipal.
Nesse período, entre tantas contribuições, taxas e impostos criados, podemos citar como exemplo a CIDE, a CPMF, a Cofins, a CSLL, além das tributações sobre as importações (COFINS Importação, PIS Importação e Imposto de Importação), entre outras. Porém, mesmo com todas essas contribuições e impostos, um fato é que o Brasil é um dos países que menos transforma tributos em benefícios para o contribuinte.
O país tem educação gratuita, mas a qualidade deixa a desejar. O sistema de saúde não promove a prevenção necessária e contabiliza mortos nas filas de espera. A maior parte da tributação incide sobre consumo e salário (dois terços). Como comparação, nos países desenvolvidos a relação é de apenas um terço. Para piorar, a tributação sobre o consumo incide da mesma forma para ricos e para os menos favorecidos. Não se leva em conta a proporcionalidade da renda.
As políticas governamentais desestimulam a produção e fomentam a desigualdade, pois a carga tributária é do tamanho das despesas da máquina pública, já que foram definidas assim, como altísismas. E nessa esteira tributária, as empresas sofrem muito para se manter no jogo, uma vez que podem chegar a cumprir o número absurdo de aproximadamente 4 mil normas tributárias, caso façam negócios em todos os estados brasileiros e o Distrito Federal.
Por conta disso, os gastos dos empresários são elevados para manter equipamentos de ponta, colaboradores capacitados e softwares tributários flexíveis a todo o cenário brasileiro.
Contudo, mesmo diante de números alarmantes e desanimadores, o Brasil tem espaço para crescer e se desenvolver, desde que os geradores de emprego e renda estejam atentos à movimentação política-econômica, tendo a percepção das reais necessidades de mercado e oferecendo serviços e softwares robustos para enfrentar as dificuldades tributárias de um país ávido por reforma tributária.
Somente o tempo dirá se essa reforma acontecerá ou não e como ela será. Mas para as empresas modernas, consolidadas no mercado brasileiro de softwares e com especialistas em diversas áreas, em especial em planejamento tributário, há uma grande expectativa de crescimento e desenvolvimento por conta das oportunidades oriundas das muitas lacunas e necessidades deixadas pela legislação tributária do Brasil.




Johney Laudelino da Silva - especialista em Gestão Tributária e na Solução Fiscal GUEPARDO da FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software. É formado em Ciências Contábeis e possui MBA em Gerência Contábil pelo IBPEX.


  FHhttp://www.fh.com.br.


A importância do trabalho voluntário para 2020


Você sabia que realizar trabalho voluntário pode abrir portas para um novo emprego em 2020? Boas ações melhoram qualquer currículo e as empresas valorizam o trabalho voluntário por parte de candidatos que concorrem às vagas dentro de uma organização. Esta experiência mostra ao recrutador que a pessoa está disposta a se envolver, tomar iniciativas e fazer com que as coisas aconteçam.


O trabalho voluntário mostra qualidades que são muito procuradas em todos os setores - tanto que para Iris Aline, Assessora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, é importante sinalizar essa informação para diferenciar o currículo:
 
"A realização do trabalho voluntário pode ser utilizado como critério de desempate entre dois ou mais concorrentes. As empresas entendem que quem dedica parte do seu tempo para o trabalho voluntário desenvolve diversas habilidades como trabalho em equipe, boa comunicação e liderança."

Outro detalhe é que o trabalho voluntário possibilita que o profissional evolua sua sensibilidade, humanidade e proatividade,  características essenciais para quem deseja ingressar no mundo corporativo.
 
Como colocar no currículo?

A melhor maneira de incluir esta informação vai depender do formato que está o currículo. Dá para destacar a experiência de trabalho não remunerado como uma atividade extra ou, como outra alternativa, incorporar em seu histórico de trabalho. Uma boa sugestão é incluir uma seção no currículo para cargos voluntários.

Assim como na seção de experiência de trabalho profissional, o preenchimento precisa apresentar qual foi o trabalho realizado, a posição ocupada e o nome da empresa ou associação. O mais importante é deixar bem clara quais atividades foram feitas e quais resultados conquistados.   




Fonte: KAKOI Comunicação
www.kakoi.com.br


Mercado vê otimismo no setor de cannabis medicinal


A estimativa é de que 13 milhões de pacientes sejam beneficiados com a aprovação


Nesta terça-feira, 3/12, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, a regulamentação do registro e da venda de medicamentos à base de cannabis em farmácias e drogarias do Brasil. Está vetado, no entanto, o plantio da erva em território nacional para fins científicos e medicinais. A norma entrará em vigor em 90 dias. A estimativa é de que 13 milhões de pacientes sejam beneficiados com esta aprovação.

A regulamentação vai ao encontro do otimismo do mercado mundo afora, que está sendo observado de perto pelos investidores, uma vez que o plantio da matéria-prima segue proibido no País. “O Brasil continuará dependente da importação de insumos para fabricação dos produtos. As empresas que se instalarem no país terão a opção de importar medicamentos já prontos, e países como os EUA serão um dos principais fornecedores”, pontua Paola Melem, 30 anos, gestora do fundo americano Global Green Partner, voltado para quem deseja investir exclusivamente no mercado de cannabis, que será lançado em janeiro de 2020.

O setor da cannabis medicinal, popularmente conhecida como maconha, somente no ano passado, registrou uma alta de faturamento de 28,8%, chegando a US$ 12,9 bilhões. A expectativa é que este ano os números fechem com US$ 17 bilhões.

O principal motivo para o sucesso do setor está no benefício em que medicamentos com base da cannabis proporcionam no tratamento de doenças como esclerose múltipla, Alzheimer, câncer de mama, epilepsia, glaucoma, dores crônicas, dentre outras. “Os benefícios não param por aí: a cannabis têm marcado sua posição como uma nova tendência nos mercados mais rentáveis do mundo, como cosméticos, alimentos e bebidas”, pontua.

Paola entende que o momento é o ideal para quem busca investimentos com fortes possibilidades de retorno. “Apesar de ser extremamente potente, ainda está silencioso. O momento para investir é exatamente esse, pois há um movimento mundial de organizações sem fins lucrativos, centros de pesquisa e instituições científicas para estabelecer a credibilidade dos benefícios da cannabis”.


Fundo de investimento da cannabis com abertura para brasileiros

Muitos sabem o quanto é difícil estrangeiros investirem em fundos americanos. No entanto, a Global Green Partner, que começará a capitação de recursos em janeiro, é o único fundo americano que aceita e que conta com benefícios fiscais voltados para investidores brasileiros.

A projeção do fundo é arrecadar US$ 5 milhões, porém, a operação – plantio – da companhia começará em meados de fevereiro para que a manufatura inicie em maio com investimentos iniciais de US$ 1,5 milhão oriundos dos próprios sócios-fundadores, independente do total alcançado.


As sete promessas para 2020


O que os profissionais precisam ter em mente para entrar no ano novo com o pé direito


2019 foi um ano de grandes mudanças e novos aprendizados, tanto para as empresas como para os seus colaboradores. A tecnologia e novos modelos de gestão estiveram presentes nas grandes transformações do mundo corporativo, e, saber lidar com este cenário foi o desafio de muitos profissionais.

“A tecnologia, como quarta revolução industrial, está influenciando cada vez mais o ambiente corporativo e o surgimento de novas profissões, o que não será diferente em 2020. Por isso, estar antenado nestas mudanças e em constante evolução educacional serão práticas importantíssimas que guiarão os profissionais no próximo ano”, ressalta Paulo Lira, coordenador e supervisor acadêmico da HSM University.

Pensando nisso, a HSM University elencou algumas características para se ter em mente em 2020.

1.  Avanços Tecnológicos: A tecnologia tem trazido mudanças profundas e irrevogáveis. Não é mais possível voltar atrás e eliminar tudo o que ela fez e continuará fazendo pelo mercado e pelas profissões. Por isso, cabe ao profissional imergir neste novo contexto.

2.  Pensamento Crítico: Ter a capacidade de enxergar além do problema e propor soluções criativas e inovadoras. 

3.  Gestão de Pessoas: Independente do cargo, o profissional deve ter a capacidade de desenvolver o trabalho em equipe e de reconhecer os elementos que influenciam o comportamento individual e organizacional. 

4.  Inteligência Emocional: Talvez um dos quesitos mais importantes. Saber como lidar com as próprias emoções, evitar as explosões e tomar boas decisões é o papel fundamental para quem quer começar o ano com o pé direto.

5.  Criatividade: Ter a capacidade de combinar as soluções tecnológicas com aspectos mais criativos e estratégicos.

6.  Atualize-se: A graduação é importante, mas ter conhecimento específico em determinadas áreas torna o currículo ainda mais atrativo. Aprender uma nova língua, fazer cursos e estar sempre em busca por novos saberes, são essenciais para o desenvolvimento dos profissionais.

7.  Visão Estratégica: Entender e conhecer profundamente todo o processo produtivo e ter a capacidade de usar todas as ferramentas disponíveis para a tomada de decisões.


“O mais importante é estar aberto às mudanças em um cenário disruptivo, entendendo o timing das transformações combinado ao autoconhecimento e a constante reciclagem educacional”, finaliza Lira.




HSM University



Médicos pelo Brasil: nova e irônica versão do Mais Médicos



Uma nova versão do Programa Mais Médicos foi aprovada recentemente pelo Senado Federal e depende apenas de sanção presidencial para entrar em vigor. Denominado de Médicos pelo Brasil, o programa tem o objetivo de ampliar a oferta de serviços médicos em locais afastados ou com população vulnerável.
A principal novidade do projeto é a reincorporação dos médicos cubanos ao programa, por mais dois anos. Poderão pedir a reincorporação aqueles que estavam em atuação no Brasil no dia 13 de novembro de 2018 e tenham permanecido no país após o rompimento do acordo entre Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que intermediava a participação dos cubanos no programa brasileiro. Outra condição é que o profissional tenha permanecido no território nacional até a data de publicação da MP 890/2019 (1º de agosto), na condição de naturalizado, residente ou com pedido de refúgio.

Políticos são políticos e defendem ideologias, interesses próprios, quando o alvo deveria ser a sociedade. Nesse sentido, será irônica será a assinatura do presidente Jair Bolsonaro em liberar a reincorporação dos médicos cubanos, após uma gigante polêmica antes de assumir o cargo mais importante do país. As reservas do presidente com relação ao Mais Médicos são de longa data. Em 2013, Bolsonaro, então deputado federal, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão do programa. As principais alegações dele à época eram de que a medida provisória não atendia aos requisitos legais que exigem caráter de urgência ou emergência. Bolsonaro também criticava o mérito do programa, em razão da contratação de médicos estrangeiros e da adição de dois anos de atuação no Sistema Único de Saúde no currículo de estudantes de Medicina.

O então parlamentar apontava “desdobramentos inevitáveis” para a Previdência Social, além de aspectos de “extrema preocupação para a segurança nacional” devido ao aumento de estrangeiros residindo no Brasil. O que mudou agora? O balanço sobre a presença dos cubanos foi positivo para o país?

Esse novo programa indica que algumas dessas preocupações mostraram-se infundadas. Sem dúvida, o início do programa provocou uma grande polêmica com a chegada dos profissionais cubanos. De acordo com o Ministério da Transparência, muitas prefeituras brasileiras aproveitaram as contratações do programa para demitir outros médicos que já trabalhavam nas cidades. Algumas instituições, como o CFM, consideraram o programa como programa de caráter eleitoreiro e sem condições de oferecer ao País as soluções definitivas para o acesso à assistência em saúde.

Outra ironia é fazer um novo programa que é a cópia do anterior. Houve um lapso de quase um ano sem um programa efetivo para atender a população dos cantos mais distantes do país de maneira efetiva.

A falta de continuidade das políticas de saúde, mesmo as que parecem acertadas, é uma das causas da perpetuação dos problemas do cenário atual: o subfinanciamento do sistema, problemas de gestão, relação entre o SUS e o sistema privado de saúde, burocracia exagerada e, principalmente, a corrupção e fraudes, estas últimas pelas quais escoam os recursos da saúde.

Embora muito parecido com o programa anterior, o Médicos pelo Brasil diminuiu o alcance do programa, o que é objeto de crítica e louvores. De acordo com o novo programa, os principais alvos serão os locais com dificuldade para se manter médicos:  municípios com população pequena, baixa densidade demográfica e grande distância de centros urbanos. São 13 mil vagas em áreas prioritárias, 7 mil vagas a mais que o Mais Médicos, sendo 4 mil no Norte e Nordeste, o que é positivo. Segundo o Ministério da Saúde,  a atenção à saúde em municípios de médio e grande porte, será estimulada pelo programa Saúde na Hora, que oferece incentivo financeiro para Unidades de Saúde da Família que ampliarem horário de atendimento à população.

Outra diferença é que o novo programa será conduzido por uma agência criada pelo Poder Executivo. A Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps) funcionará na forma de serviço social autônomo, com personalidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos. A Adaps poderá desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão na área médica e executará o programa, contratando os médicos, realizando convênios com órgãos e entidades públicas e privadas e promovendo o desenvolvimento e a incorporação de tecnologias assistenciais e de gestão. Por que subordinar o programa a essa agência? Aliás, em uma área em que faltam recursos por que criar mais despesas?

Bastante peculiar, entretanto, é o fato de a MP propor que hospitais universitários federais firmem convênios com planos privados. Sem dúvida, essa inovação abre caminho para a implantação da dupla porta de entrada nos hospitais universitários e deve ampliar iniquidades e injustiças no atendimento. Não obstante, não só por médicos é formada a assistência à saúde. O programa cuida da contratação de médicos, mas não de outros profissionais de saúde, os quais podem (e muito!) contribuir para a melhoria da saúde no país, como já ocorre em outros lugares no mundo. Ademais, além da necessidade de uma equipe multidisciplinar, a melhoria na assistência depende de uma rede que permita a realização de exames básicos com maior agilidade e acesso a profissionais especializados para encaminhamento de casos mais graves.

Vale lembrar que os recursos para a saúde no Brasil são escassos e vive-se uma crise sem fim no atendimento básico. Deve haver investimentos significativos também na formação dos médicos especialistas para que, a longo prazo, as carências de profissionais sejam supridas e para que esses profissionais se fixem em regiões carentes de toda espécie de atendimento.

Ressalte-se que, durante a vigência do programa Mais Médicos, o “avanço” na assistência à população foi, no mínimo, repleto de contradições e limitações. Nem por isso, deixa de ser louvável como política de saúde pública. Se esperança é a marca do brasileiro, ela se renova com a perspectiva desse “novo” programa para que o atendimento básico da saúde da população brasileira ganhe novos caminhos.





Sandra Franco - consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública, MBA/FGV em Gestão de Serviços em Saúde, fundadora e ex-presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) entre 2013 e 2018, membro do Comitê de Ética para pesquisa em seres humanos da UNESP (SJC) e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde.



Cuidados necessários na contratação de uma empresa tercerizadora de serviços



Atualmente, inúmeras empresas terceirizam mão de obra para otimizar seus recursos ou para delegar esforços. Entre os exemplos mais comuns podemos citar os serviços de limpeza ou segurança. Porém, é preciso ter cuidado na contratação desse tipo de serviço, sendo recomendável a participação de um advogado trabalhista.

As recentes mudanças na legislação tornaram possível terceirizar mais atividades. Agora esse tipo de contratação pode envolver atividades chamadas “de fim” além das atividades chamadas “de meio”. As atividades “de fim” são aquelas relacionadas ao objetivo principal que se pretende alcançar com a empresa, enquanto que as atividades “de meio” são aquelas que servem para dar apoio às atividades-fim do negócio.

Para evitar dissabores nos tribunais, ao se contratar um prestador do serviço, é importante que um advogado do trabalho faça uma boa análise geral da empresa. O advogado identificará os documentos necessários para realizar uma avaliação pré-contratual da prestadora prospectada, verificando se a empresa cumpre as regras trabalhistas e se possui débitos ou ações nessa esfera.

A análise da documentação é essencial para proteger o contratante do serviço de terceirização (tomador). Desta forma, os riscos trabalhistas são minimizados e a contratação do prestador se torna mais segura.

A avaliação da empresa prestadora dos serviços é fundamental para a proteção da empresa contratante da mão de obra terceirizada, pois caso um empregado da prestadora entre com uma reclamação trabalhista contra seu empregador, esse empregado também pode entrar contra o tomador e contratante do serviço.

Nesse tipo de ação, a responsabilidade, do contratante e tomador do serviço de terceirização, é subsidiaria. Na prática a situação se chama “responsabilidade compartilhada”, o que significa que o trabalhador pode entrar com a ação contra a prestadora de serviço, a sua empregadora, contra também a empresa que tomou o serviço, a tomadora. Caso, a prestadora de serviço, a empregadora, aquela que realmente fez o contrato de trabalho com o trabalhador, não pagar a ação trabalhista ou não cumprir as determinações judiciais em relação a aquela ação, a empresa tomadora será acionada a pagar os valores daquela empresa que ela contratou como terceira. 

Então, é imprescindível tomar todos os cuidados com a terceirização, pois pode existir o repasse do ônus para o contratante tomador do serviço.

Para minimizar riscos trabalhistas é fundamental uma análise muito bem-feita e criteriosa da empresa que será contratada como fornecedora de mão de obra terceirizada.

Depois de efetivada a due dilligence, é importante a realização de um contrato que estabeleça salvaguardas ao contratante tomador. Assim, mesmo com todos os cuidados prévios, haverá maior segurança para a empresa tomadora em caso de reclamações trabalhistas.

Além de penas de multa, há outras considerações para proteção do contratante. Por exemplo, é indispensável uma cláusula contratual determinando que o contratante possa pedir a qualquer momento os comprovantes de pagamento dos encargos fiscais, sociais e trabalhistas daqueles que prestam serviço dentro da sua empresa.

Esse tipo de cláusula tem um papel de fiscalização no cumprimento das regras trabalhistas. O descumprimento desta cláusula pode causar a rescisão do contrato de terceirização.

Outra cláusula fundamental é a possibilidade de retenção dos valores de pagamento referente à prestação de serviço, no caso de reclamação trabalhista proposta por um empregado terceiro que ajuíze a ação em face também do contratante tomador do serviço.

Por exemplo: Se o empregado entrar com uma causa de R$ 50.000,00 (cinquenta mil) contra a prestadora e tomadora, a contratante tomadora poderá reter o valor dos pagamentos mensais da prestadora, enquanto durar a ação, ou enquanto a prestadora não resolver a questão.

Portanto, são cláusulas importantes que devem estar presentes em um contrato de terceirização, a fim de se resguardar o contratante de riscos trabalhistas.  Muitas empresas pensam que ao terceirizar o serviço, os seus problemas também serão terceirizados, mas não é bem assim tão simples, e uma análise prévia, aliada a um contrato bem feito, são as melhores garantias que uma empresa pode ter.





Lucas Vinicius Salomé - Advogado especialista em Direito do Trabalho pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e sócio no Raposo Soares e Salomé Advogados. 

Como a Inteligência Emocional pode ser um diferencial para a Mulher nas eleições?



As pesquisas comprovam e o resultado histórico feminino nas eleições sugere fragilidade nas candidaturas femininas. Desde 1932 quando o voto feminino foi liberado, as mulheres passaram a participar das eleições. Em 1934 a primeira Mulher foi eleita. A partir daí o que vimos foi uma tentativa de inserir a mulher nas eleições, inclusive com a legislação eleitoral específica que obriga os Partidos Políticos a compor todas as “chapas” para câmaras Municipais, Estaduais ou Federais com um mínimo de 30% de candidatas. A teoria da proporcionalidade sugeriria que, com essa exigência, teríamos algo em torno de 30% de mandatos femininos, dando um tom de sensibilidade a esse universo historicamente masculino. 
A partir desse foco passamos a estudar porque os números não integralizam este resultado. Menos de 15% dos mandatos brasileiros são ocupados por mulheres. Uma curiosidade pode nos ajudar a apontar um caminho que elucide e apresente alternativas. O Senado Federal foi criado em 1960, o primeiro banheiro feminino no Senado foi construído apenas em 2016, as Mulheres até então eram obrigadas a utilizar os banheiros do restaurante anexo. Vamos entender as competências de Inteligência Emocional e começar a desenvolver um raciocínio que talvez nos ajude a perceber e elucidar o porquê desses resultados, ao mesmo tempo, quem sabe, abrir uma nova perspectiva para que a Mulher possa ocupar de vez o lugar que de fato lhe pertence.
Dos quatro pilares de Inteligência Emocional, dois são internos e dois são externos. Segundo Daniel Goleman, o pai da Inteligência Emocional, Autoconhecimento e Autocontrole são características desenvolvidas internamente. Capacidade de gerar Empatia e Relacionamentos Sociais são características desenvolvidas externamente.
Ao analisar o cérebro humano, o que se percebeu é que as áreas referentes às duas características internas são mais desenvolvidas no Homem, enquanto que nas outras duas áreas o cérebro feminino aparece com maior atividade. Para sintetizar, o Sistema Límbico das Mulheres, área do cérebro que cuida das nossas emoções é mais desenvolvido e o Córtex Pré Frontal, área do cérebro que governa a razão onde nascem os pensamentos cognitivos, tem mais atividade no Homem. 
Ao tentarmos entender resultados, invariavelmente temos que analisar comportamento, ou seja, para obter um determinado resultado você precisa desenvolver um determinado comportamento. Porque as Mulheres não obtêm os resultados numéricos proporcionais? Qual comportamento a Mulher precisa desenvolver, ou melhor, quais as habilidades comportamentais que precisam se agrupar formando um comportamento condizente com a VITÓRIA NAS URNAS?
Quero lançar mão de uma das principais ferramentas para definição comportamental, uma técnica de Coaching que se aplica neste caso de forma bem eficiente. Em um dos treinamentos que tive a oportunidade de ministrar fiz a seguinte pergunta a uma plateia de mais de 300 mulheres: qual o primeiro voto que você Mulher precisa conquistar? A resposta? O próprio voto. 
A primeira e maior interferência de resultado para as mulheres é interna. Enquanto os homens simplesmente saem por aí pedindo votos de forma, na maioria das vezes, atabalhoada, a mulher não. As Mulheres precisam se convencer de que são capazes.
 Para a mulher agir, hela precisa parar olhar pra dentro de si e dizer: eu quero!!! Logo depois precisa ter a seguinte certeza: Eu posso! A palavra ação remete a alguma consequente reação e neste momento a mulher começa a provocar resultados impactantes em seu ambiente. 
Voltando à Pirâmide Comportamental, a ferramenta que citei lá em cima. Na base está o Ambiente, ou seja, o meio em que a ação e a reação ocorrem. A Mulher historicamente é reativa. A nossa sociedade ainda é muito machista e o ambiente Político mais ainda. Quando você se propõe uma candidatura, você está se propondo a AÇÃO. Invariavelmente passará a provocar REAÇÃO e para isso precisa de uma mudança comportamental. 
A mudança comportamental vem quando somos capazes de lançar mão de um novo arsenal de Competências ou Habilidades. Não será possível pra ninguém lançar mão de novas Habilidades sem contar com a Crença de que “Sou capaz”. Essa crença só vai nascer de forma estruturada quando fica absolutamente clara a “sua Missão”, seu propósito. É justamente aqui que trabalhamos em nossas palestras e treinamentos. Justamente por ter uma capacidade de gerar emoção superior à dos Homens, o sofrimento no Ambiente torna-se mais impactante para a Mulher. Instalar na Mulher a certeza de ela pode sim vencer, ela pode sim causar resultados impactantes na sociedade, ela pode sim alcançar o seu propósito, faz com que suas características de Inteligência Emocional fiquem potencializadas. Então mais do que os homens, elas são capazes de conjugar a “Fórmula do Voto”. 
Durante o Treinamento pergunto várias vezes: você seria capaz de executar este passo? Recebo “sempre” um sonoro SIM. Uma crença positiva vai se instalando e fazendo com que a “emoção” do Propósito seja palpável. Quando finalizo pedindo que as Mulheres olhem para seu Propósito, sintam, ouçam, o que recebo em troca é uma palavra repetida três vezes em altíssimo volume: ÓTIMO, ÓTIMO, ÓTIMO! Enfim, MULHER, EMOÇÃO e VOTO, essa mistura representa VITÓRIA!



Osmar Bria - especialista em Análise Comportamental e presidente da Associação Brasileira de Alta Performance. 


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